A expectativa que temos, ao elaborarmos os Parâmetros e a participarmos do Programa Salto para o Futuro, da TV Escola, neste ano, é

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2 SAÚDE E APRESENTAÇÃO A série Saúde e Orientação Sexual vai levar ao professor uma discussão sobre a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais em Ação para os temas transversais Saúde e Orientação Sexual. A construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais em Ação Saúde e Orientação Sexual é fruto de uma articulação entre os Ministérios da Educação e da Saúde, o que resultou na Portaria Interministerial nº 766/ GM, assinada em 17 de maio de 2001 pelos Ministros de Estado da Saúde, José Serra, e da Educação, Paulo Renato de Souza. Nela, foi instituído um Grupo Interministerial com a finalidade de elaborar, implementar, avaliar e acompanhar o desenvolvimento dos temas transversais Saúde e Orientação Sexual, no âmbito do Programa Parâmetros em Ação, do Ministério da Educação. Este Grupo, integrado por representantes das Secretarias de Políticas de Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde e da Fundação Nacional de Saúde, por parte do Ministério da Saúde, e da Secretaria de Ensino Fundamental, Secretaria de Educação Média e Tecnológica e da Secretaria de Educação a Distância, por parte do Ministério da Educação, é coordenado pela Secretaria de Políticas de Saúde e tem, como desafio, a tarefa de concretizar um desejo de que se possa pensar a educação e a saúde sob uma ótica mais integradora e, ainda, de que se possa estar contribuindo efetivamente para o desenvolvimento de ações de promoção da saúde no contexto escolar. A expectativa que temos, ao elaborarmos os Parâmetros e a participarmos do Programa Salto para o Futuro, da TV Escola, neste ano, é PROPOSTA PEDAGÓGICA 2

3 a de contribuirmos para a formação continuada dos professores e para a construção de uma nova cultura da saúde, na qual a educação e a saúde tenham sentidos e significados mais integrais e que resultem na elaboração de projetos de vidas mais saudáveis. Na série Saúde e Orientação Sexual, que será apresentada de 30 de setembro a 4 de outubro, pautamos as seguintes questões para debater com os professores: A importância e a necessidade das abordagens de Saúde e Orientação Sexual no contexto escolar; A transversalidade dos temas Saúde e Orientação Sexual; Os sentidos e os significados da saúde no cotidiano da sociedade e, em especial, na escola, entre crenças, mitos e vivências dos professores, alunos e comunidade; Os caminhos que a promoção da saúde pode perfazer, tocando as diferentes dimensões humanas; Conceito de promoção da saúde; A evolução do conceito de saúde e algumas referências ilustrativas de sua determinação histórica; As principais concepções sobre educação escolar dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil e o papel da escola e do professor no trabalho com sexualidade, prevenção das DST/Aids e ao uso de drogas; O relacionamento, o corpo e as manifestações da sexualidade, prevenção das DST/ Aids e prevenção ao uso de drogas; Os subsídios teóricos sobre relacionamento, corpo e manifestações da sexualidade, prevenção das DST/ Aids e prevenção ao uso de drogas, além das sugestões para aplicação em sala de aula. PROPOSTA PEDAGÓGICA 3

4 ESTA SÉRIE SE DESENVOLVERÁ A PARTIR DOS SEGUINTES PROGRAMAS: PGM 1 - SAÚDE, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO Entendendo saúde e educação como dimensões inter-relacionadas da qualidade de vida, este programa vai apresentar, historicamente, como se deu a inserção dos temas Saúde e Orientação Sexual na educação até o momento em que estamos hoje, em que os temas constam dos Parâmetros e Referenciais Curriculares Nacionais, denominados de temas transversais, com a orientação para que sejam trabalhados transversalmente. Estes temas transversais foram selecionados segundo critérios de abrangência nacional e urgência social e passaram a ser valorizados como contextos significativos para a aprendizagem. Entre eles estão incluídos a Orientação Sexual e a Saúde, considerados temas relevantes para a formação integral e para a conquista dos direitos de cidadania. PGM 2 - PROMOVER SAÚDE: RESPONSABILIDADE DE TODOS O programa é um convite à reflexão sobre saúde como um conceito em construção, em movimento, dependendo de valores sociais, culturais e históricos. No texto que serve de base para as discussões, as autoras percorrem caminhos da história humana para exemplificar como a saúde vem sendo vivida segundo os valores e significados no tempo e no espaço. Vamos discutir, também, a promoção da saúde, nascida da efervescência do viver humano, das lutas e construções sobre o viver e o morrer, rompendo as barreiras da fragmentação e ampliando o seu entendimento. A construção da saúde e a conquista da qualidade de vida só se darão a partir do envolvimento de toda a sociedade. Vamos analisar, ainda, a promoção da saúde como um desafio à complexidade dos problemas que caracterizam nossa realidade sanitária. É busca de parcerias, é ação política, é lidar com estilos de vida, é mobilizar o coletivo, é construir espaços saudáveis. PGM3-APROMOÇÃO DA SAÚDE NO CONTEXTO ESCOLAR O programa coloca a saúde e a educação sob um ótica integradora, na expectativa de contribuir para o debate e para a construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais em Ação - Saúde. No intuito de discutir sobre os sentidos e os significados da saúde no cotidiano e na escola, entre crenças, mitos e vivências dos professores, alunos e comunidade, o programa pretende PROPOSTA PEDAGÓGICA 4

5 desencadear toda uma problematização, ligando teoria e prática, ação e reflexão, na tentativa de superar a fragmentação na abordagem e no entendimento entre condições de vida, aprendizagem e sujeitos. O texto desenha caminhos que a promoção da saúde pode perfazer, tocando as diferentes dimensões humanas: afetividade, capacidade criadora, amorosidade e participação. PGM 4 -, PREVENÇÃO DAS DST/AIDS E DROGAS O programa pretende explicitar as principais concepções sobre educação escolar dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, para então situar o papel da escola e do professor no trabalho com sexualidade, prevenção das DST/Aids e ao uso indevido de drogas. As temáticas sociais, como as abordadas no texto deste programa, atravessam os diferentes campos do conhecimento, demandando, portanto, que sejam trabalhadas de forma contínua e integrada às áreas/disciplinas. A isto se deu o nome de transversalidade, ou seja, pretende-se que os temas de Orientação Sexual e Saúde integrem as áreas convencionais, de forma a estarem presentes em todas elas. A proposta da transversalidade indica um dos caminhos mais potentes para que possamos, ao longo de toda a escolaridade, contribuir para a formação de atitudes de promoção da saúde, de reflexão sobre si mesmo e de respeito ao outro. É importante que cada educador, no seu fazer cotidiano, possa ir explicitando a dimensão da sexualidade e da promoção da saúde nos diferentes conteúdos que aborda tradicionalmente. PROGRAMA 5 - PROJETOS DE SAÚDE E O programa pretende discutir a pedagogia dos projetos, tendo como enfoque as propostas de trabalho voltadas para a Saúde e Orientação Sexual. Vamos debater a construção dos grupos de trabalho, o contexto familiar, o papel da escola e, em especial, a atuação do professor, apresentando sugestões de projetos que podem ser desenvolvidos com alunos do Ensino Fundamental. PROPOSTA PEDAGÓGICA 5

6 PGM 1 SAÚDE, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO: EXPERIÊNCIAS INTEGRADAS NA VIDA MARINA MARCOS VALADÃO* Na sociedade em que vivemos, a oportunidade de acesso à educação formal tem relação direta com a situação de saúde das pessoas e coletividades, pois saúde e educação são dimensões inter-relacionadas da qualidade de vida e da cidadania. A Declaração de Dakar, assinada no Fórum Global da Educação realizado em 2000, é hoje um dos documentos de referência para situar a abordagem de temas sociais entre eles a saúde no âmbito da educação formal. Afirma uma concepção abrangente da educação, que envolve "o saber, o fazer, o viver junto e o ser", e que favorece o desenvolvimento dos talentos e potencialidades individuais e coletivos para a melhoria da qualidade de vida e a transformação social. (UNESCO, 2000) 1. As contribuições da escola para a saúde são essenciais e múltiplas: participa decisivamente na formação cultural; está na base da preparação para o mundo do trabalho; traz conhecimentos específicos que cada uma das disciplinas aporta em relação à saúde e à sexualidade; constitui-se em espaço privilegiado das vivências da infância e da adolescência, períodos decisivos na formação de valores, hábitos, ati- * Enfermeira. Consultora em Educação para a Saúde. 1 UNESCO. The Dakar Framework for Action. WORLD EDUCATION FORUM, Dakar, Senegal: BOLETIM 6

7 tudes e comportamentos (Martínez, 1996) 2. Considerando, também, a definição da promoção da saúde afirmada na Carta de Otawa (Brasil, 1996) 3 como o "processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle desse processo", compreende-se porque a escola é considerada um cenário tão importante: cada vez mais, a educação é determinante do acesso aos recursos para viver e da ampliação de oportunidades para participar nos processos de tomada de decisão, pois o cuidado de si e dos demais requer a apropriação e utilização de conhecimentos e recursos que podem ser conquistados através da educação formal. Mesmo com a forte convergência nos propósitos da educação e da saúde, não podemos tomar essa proximidade como espontânea e suficiente para garantir o desenvolvimento de ações integradas nos níveis federal, estadual, municipal ou local. A intencionalidade nas aproximações institucionais é necessária, na forma de planejamentos integrados e políticas públicas dos diferentes setores que tenham influência na construção da qualidade de vida, na alocação racional de recursos e no desenvolvimento das ações que busquem explicitamente melhores condições de vida, educação e saúde. Em resumo, os desafios da educação cidadã e da promoção da saúde são inter-relacionados e envolvem mudanças profundas em valores sociais e atitudes, implicando compromissos de longo prazo com um processo amplo de transformação da sociedade. Orientação Sexual e Saúde na Escola Os conteúdos relativos à saúde e às doenças começaram a ser incorporados ao currículo escolar brasileiro desde o século passado, nas disciplinas de Higiene e Puericultura e, mais recentemente, Ciências Naturais ou Biologia. Mas apenas em 1971, a Lei n introduziu formalmente a temática da saúde no currículo escolar, sob a designação de "Programas de Saúde", com o objetivo de "levar a criança e o adolescente ao desenvolvimento de hábitos saudáveis quanto à higiene pessoal, alimentação, prática desportiva, ao trabalho e ao lazer, permitindo-lhes a sua utilização imediata no sentido de preservar a saúde pessoal e a dos outros" (Parecer CFEN nº 2.264/74). Até poucas décadas atrás, a sexualidade era considerada uma questão privada. A sua abordagem na escola, muito restrita, concentrava-se na biologia ou na "transmissão" de regras de compor- 2 MARTÍNEZ, Albertina M. La escuela: un espacio de promoción de salud. Psicologia Escolar e Educacional, (1): 1,19-24, BRASIL.Ministério da Saúde/ Promoção da Saúde. Carta de Otawa, Declaração de Adelaide, Sundsval e Santa Fé de Bogotá. Brasília: Ministério da Saúde, BOLETIM PGM1-SAÚDE, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO 7

8 tamento. Mas os problemas emergentes nas últimas décadas entre eles o aumento da gravidez na adolescência e do uso de drogas e, especialmente, a epidemia mundial de Aids cumpriram um papel decisivo no questionamento dos enfoques educativos tradicionais, ampliando-os para o campo cultural e social. Sabemos hoje que a orientação sexual envolve, mais do que a informação, a oportunidade de reflexão sobre atitudes e valores para a convivência humana. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e os Parâmetros e Referenciais Curriculares Nacionais, os chamados temas transversais passaram a ser valorizados como contextos significativos para a aprendizagem, incluindo a Orientação Sexual e a Saúde como conteúdos relevantes para a formação integral e a conquista dos direitos de cidadania. A educação escolar tem um grande potencial para estruturar e fortalecer comportamentos e hábitos saudáveis, forjando entre alunos e educadores sujeitos capazes de influenciar mudanças que tenham repercussão em sua vida pessoal e na qualidade de vida da coletividade. A saúde e a sexualidade são temas sempre presentes no dia-a-dia da experiência escolar. Mas para que cada escola seja mais que "depositária" das demandas sociais emergentes, e incorpore o trabalho com esses temas ao seu projeto pedagógico, é necessário construir uma proposta articulada entre os campos e setores saúde e educação, de forma a gerar um novo conhecimento e uma nova prática social que serão, necessariamente, diferentes da simples soma ou sobreposição dos projetos de cada setor concebido isoladamente. Hoje, o diálogo constante e o trabalho conjunto entre os setores saúde e educação mostra-se indispensável para a formulação e implantação conjunta de políticas e planos de ação democráticos e sustentáveis (Valadão, 1999) 4. As relações entre saúde e educação : intersetorialidade e parcerias Atualmente, fala-se cada vez mais em trabalho intersetorial. Uma das origens desta proposta está na identificação da convergência de responsabilidades e na evidente limitação das ações realizadas pelos diferentes setores, isoladamente. No Brasil, os dois setores educação e saúde estão vivendo um amplo processo de municipalização e muitas decisões são tomadas por quem está mais próximo dos problemas: a gestão municipal. Nesse movimento de municipalização, a intersetorialidade e a participação da sociedade ganham maior expressão. Uma articulação política intersetorial 4 VALADÃO, M.M. School Health in Brazil: National Strategies. In: WHO. Improving Health Through Schools- National and International Strategies. WHO Information Series on School Health. Genebra: WHO/NMH/HPS, BOLETIM PGM1-SAÚDE, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO 8

9 pode estabelecer-se em função de metas focais e imediatas ou amplos projetos para implementação a médio e longo prazo. Não é necessário nem adequado que implique a subordinação de perspectivas, prioridades e projetos. As identidades e responsabilidades próprias dos setores educação e saúde precisam ser claramente reconhecidas, pois elas determinam a contribuição de cada um e a sua importância na parceria, permitindo o aumento da eficácia no uso de recursos e a otimização dos resultados das ações. É necessário o estabelecimento de propostas claras, com objetivos, metas, prazos, estratégias de ação. O exercício do planejamento, muitas vezes inexistente como um componente interno da organização do trabalho de cada um dos setores envolvidos, é um dos grandes desafios. Para estabelecer parcerias, o caminho não é o de pressupor quais os papéis ideais que cada um vai desempenhar: ao contrário, no processo de trabalho conjunto, a capacitação e a formação continuada de todos os profissionais envolvidos é um requisito para o sucesso. Autonomia local e aprendizagem significativa Cada escola tem sua própria maneira de trabalhar os temas Saúde e Orientação Sexual e de estabelecer prioridades e ações de acordo com sua realidade. Em qualquer caso, essas dimensões estão sempre presentes no cotidiano da experiência escolar: na forma como os conteúdos do currículo são abordados, na maneira como as relações interpessoais são estabelecidas, na implantação de projetos e até mesmo nas omissões diante de questões emergentes. Para cada área do conhecimento, cada professor e cada escola, sempre existem ações passíveis de serem implementadas. Para isso, é indispensável "reconhecer a realidade local, não para sua aceitação passiva, manutenção ou reprodução, mas para buscar maior clareza quanto à direção na qual se quer seguir e para estabelecer estratégias para sua transformação"(valadão, 1998) 5. Os educadores atentos às diversas formas em que os conteúdos de saúde e sexualidade emergem no convívio escolar e se articulam com as diferentes áreas do conhecimento são capazes de dar novo significado ao processo de ensino e de aprendizagem, articulando-o com a vida real. A escola realiza a promoção da saúde e a orientação sexual na exata medida em que se empenha em ser escola: cenário privilegiado para a promoção do ser humano. 5 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Brasília:MEC/SEF, BOLETIM PGM1-SAÚDE, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO 9

10 PGM 2 PROMOVER SAÚDE: POSSIBILIDADES E RESPONSABILIDADE DE TODOS CLÉLIA MARIA DE SOUSA FERREIRA PARREIRA 1 MARIA DO SOCORRO ALVES LEMOS 2 A promoção da saúde compreende a ação individual, a ação da comunidade e a ação e o compromisso dos governos na busca de uma vida mais saudável para todos e para cada um 3. Para entender o que seja promoção da saúde, precisamos antes nos debruçar na complexidade do que seja saúde. A saúde é um conceito em construção, dependente de períodos históricos definidos e por que não dizer que está também relacionado a interesses econômicos e sociais. Tomando uma doença como exemplo: a peste, que foi responsável pela morte de 1/3 da população européia na Idade Média, foi na época reconhecida como uma doença transmissível, ou seja, que era passada de pessoa a pessoa. Por isso, naquele tempo, as pessoas doentes eram mantidas em quarentena. Só algum tempo depois, graças ao conhecimento científico, reconheceu-se que a peste era transmitida pela pulga e que se propagava pela Europa em navios, que nave- 1 Educadora, Consultora de Promoção da Saúde da Secretaria de Políticas de Saúde, do Ministério da Saúde. 2 Médica, Infectologista, Consultora de Promoção da Saúde da Secretaria de Políticas de Saúde, do Ministério da Saúde. 3 Trecho extraído da cartilha Vamos promover nossa saúde?, publicada pela Coordenação de Promoção da Saúde, da Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde em 2002, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde e o Programa Alfabetização Solidária. BOLETIM 10

11 gavam de porto em porto. O crescimento das ciências biológicas e a contribuição de Pasteur trouxeram à modernidade uma nova visão do processo saúde-doença. A complexidade do problema torna árdua a conceituação de saúde e múltiplas formulações têm sido propostas. Já é consenso relacionar saúde com condições de vida, em conceitos que vêm se estabelecendo ao longo da história do Ocidente. No Brasil, estes conceitos estão considerados nas mais importantes leis de saúde. A Lei Orgânica da Saúde 8.080/90, define, em seu artigo 3º, que a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. Esta compreensão ampliada de saúde vai além da definição de saúde como ausência de doenças, porque tanto a doença como a saúde são partes da vida, e não extremos opostos. Do ponto de vista da saúde, expresso na própria evolução do conceito, esta visão integral de homem vem sendo buscada. É certo que a preocupação com a saúde não é algo novo. Ela sempre existiu. No início, pensava-se que a saúde das pessoas dependia do ar, do clima, do tipo de terra e das águas. Depois, se defendia que ela dependia de como as pessoas respondiam ao ataque dos vírus, das bactérias e de outros agentes. No último século, com os avanços da ciência e da tecnologia, acreditou-se que conhecer o funcionamento do corpo era suficiente para entender o que era saúde e porque as pessoas adoeciam. Com a descoberta de remédios e os diferentes tipos de tratamentos, a sociedade explicou o homem mediante o estudo de seu corpo, pelo seu funcionamento. Esta visão de funcionamento de corpo, cujas partes poderiam ser analisadas e compreendidas isoladamente, se expressou em uma visão de sociedade que, da mesma forma, poderia ser estudada e organizada separadamente das dinâmicas e das relações interpessoais e coletivas que nela ocorriam. A idéia de construção social da sociedade, dos sujeitos e, por extensão, da saúde e das doenças só veio mais tarde. Mas viver com saúde é mais do que ter um corpo em pleno funcionamento. A possibilidade da eliminação das doenças com as grandes descobertas, como o conhecimento dos microorganismos, dos antibióticos, das vacinas que estavam dentro do contexto das doenças transmissíveis, responsáveis pela grande maioria da mortalidade humana até então, criou nos profissionais e no imaginário das populações que saúde era a ausência de doença. Este conceito, baseado na experiência da ciência e de tecnologias biomédicas, fez com que o setor saúde e seus serviços fossem se confundindo e sendo demandados para prestar assistência a doentes. O desenvolvimento deste conhecimento e destas tecnologias trouxeram BOLETIM PGM 2 - PROMOVER SAÚDE: RESPONSABILIDADE DE TODOS 11

12 enormes avanços à humanidade, como o controle e a eliminação de algumas doenças transmissíveis, como é o caso da varíola e, no final deste século, convivemos com o prodígio das clonagens, que apesar de serem tema de um debate ético, trazem, por meio da genética, possibilidades de abordagens das doenças. Do ponto de vista da organização do setor saúde, este modelo, baseado na tecnologia, trouxe a atenção à saúde, entenda-se doença, para dentro de grandes centros tecnológicos, que são os hospitais, que ainda recebem a maioria dos sofrimentos das populações em seus ambulatórios e serviços de urgência. A pressão deste mercado leva a que as necessidades sejam traduzidas pela exigência cada vez maior de insumos tecnológicos, procedimentos especializados e até a incorporação de medidas preventivas ainda não muito bem comprovadas ou avaliadas. Neste momento, vemos na mídia o questionamento do uso de reposição hormonal na menopausa que já rendeu, até então, enormes lucros para a indústria farmacêutica. Vivemos um período de mudanças que caracterizam a modernidade. Aumento da sobrevida, diminuição da taxa de natalidade que faz com que as populações do mundo estejam mais velhas. No Brasil, a perspectiva de vida ao nascer é, atualmente, de 68 anos, ao contrário do início do século, quando se vivia, em média, 35 anos. Há um crescimento das doenças crônicas não transmissíveis como as cardiovasculares, o câncer e doenças pulmonares. Há um aumento da morte e do adoecimento por violência e acidentes e as doenças infecciosas reaparecem com nova roupagem, como é o caso da dengue, ou são realmente novas, como a AIDS, motivadas por transmissão universal, graças à globalização, tal qual como ocorreu com as endemias ocidentais, que foram responsáveis pela morte das populações nativas na era das navegações. Outra característica deste período histórico é a urbanização acelerada e a aglomeração de pessoas em grandes centros urbanos, o crescimento intenso da indústria de consumo, o tempo que cada vez toma outros valores para a produção, uma vez que a jornada de trabalho de 8 horas, sonhada pelos primeiros anarquistas, vem se tornando de 10, 12 e 16 horas, pois a maioria dos trabalhadores necessita enfrentar transportes urbanos e individuais que se arrastam em imensos congestionamentos. Há um aumento do sedentarismo, do medo, do estresse, da solidão, que caracterizam a vida do homem moderno. O desenvolvimento proposto se afasta cada vez mais das promessas criadas por esta mesma era. Promessas de um mundo de liberdade, fraternidade, solidariedade e paz. Estas características geram, com certeza, imensos e graves problemas de saúde. Somos uma população com sobrepeso, com problemas mentais importantes, sedentários, nos alimentando de BOLETIM PGM 2 - PROMOVER SAÚDE: RESPONSABILIDADE DE TODOS 12

13 produtos industrializados e de alimentos rápidos que concentram sal, açúcar e gorduras saturadas. Somos cada vez mais vítimas diretas ou indiretas da violência, da insegurança, do medo do desemprego e ainda lutando pela sobrevivência, mesmo quando já conquistamos, enquanto humanidade, conhecimento e tecnologias para não mais nos preocuparmos com isso. Este período de problemas complexos trouxe, por sua vez, a discussão de novos valores esquecidos ou marginalizados pela modernidade. O contraponto à modernidade vem produzindo uma série de mudanças nos diferentes campos de conhecimento e saberes, que se voltam para redirecionar o desenvolvimento, visando à rediscussão de valores e princípios que façam frente ao predomínio da intolerância na convivência humana, ao aumento das guerras, ao acirramento das desigualdades. Desafios que vêm sendo postos para a formação de cidadãos ativos, criativos e solidários, capazes de construir os caminhos necessários a este desenvolvimento pautado na ética, na justiça, na eqüidade e na cultura da paz. Isto provoca o desafio de abordagens múltiplas, compartilhadas, desenhadas a partir das potencialidades de cada povo, cada nação, cada cultura, cada comunidade, cada família e cada indivíduo de enfrentar seus problemas. Vivemos o desafio histórico da questão ética do viver com qualidade. A relação depredadora que estamos mantendo com a natureza nos deixa de novo, no início deste milênio, também diante do questionamento vital da nossa sobrevivência. Neste contexto, devemos pensar: o que é saúde? Sem ter a pretensão de finalizar esta discussão, propomos que saúde é um conceito em construção, em movimento, dependendo de valores sociais, culturais, subjetivos e históricos. Mas podemos dizer que é a busca de uma relação harmoniosa que nos permita sobreviver e viver com qualidade, relação que depende de um melhor conhecimento e aceitação de nós mesmos, de relações mais solidárias, tolerantes com os outros, relações cidadãs com o Estado e relação de extremo respeito à natureza, em uma atitude de responsabilidade ecológica com a vida sobre a Terra e com o futuro. Estas relações significam construir saúde em seu sentido mais amplo, significam radicalizar na luta contra as desigualdades e participar na construção de cidadania e da constituição de sujeitos. Sujeitos que amam, interagem uns com os outros, sofrem, adoecem, buscam suas curas e necessitam de cuidados. Saúde que em nosso país significa direito de cidadania e necessita se constituir como objeto de nossos desejos. Esta efervescência discursiva levou à sistematização das estratégias da promoção da saúde, que é um campo de ações para abordagens dos problemas de saú- BOLETIM PGM 2 - PROMOVER SAÚDE: RESPONSABILIDADE DE TODOS 13

14 de, partindo do seu conceito amplo. A promoção da saúde parte do pressuposto de que o setor saúde necessita romper as barreiras da fragmentação da abordagem das doenças, seja por questões econômicas, já que o grande investimento em seu combate, partindo da perspectiva somente biomédica, não vem mudando as tendências do adoecer e morrer que afligem hoje a humanidade; seja porque há o entendimento de que a construção de saúde e qualidade de vida só se dará a partir do envolvimento de toda a sociedade. A promoção da saúde, embora tenha suas bases teóricas em largas e antigas experiências, foi sistematizada na 1 a. Conferência Internacional de Promoção da Saúde de Ottawa, Canadá, em 1986, que estabeleceu que os problemas de saúde necessitam ser abordados intersetorialmente, envolvendo setores governamentais e da sociedade organizada. É também fundamental o reforço das ações comunitárias e o estímulo à autonomia dos indivíduos no reconhecimento de seus problemas de saúde e na busca de suas soluções. Neste contexto, promover saúde se impõe pela complexidade dos problemas que caracterizam nossa realidade sanitária, em que predominam as doenças crônicas não transmissíveis e as doenças sociais do nosso tempo, como a violência e as novas endemias. Impõe-se também pela potencialidade de estratégias que superam a cultura da medicalização, que ainda predomina no imaginário da sociedade. A promoção da saúde enfrenta esta realidade na medida em que oferece condições e instrumentos para uma ação integrada e multidisciplinar, que inclui as diferentes dimensões da experiência humana a subjetiva, a social, a política, a econômica e a cultural e coloca a serviço da saúde os saberes e ações produzidos nos diferentes campos do conhecimento e das atividades. Promover saúde é fazer política. É aceitar o imenso desafio de desencadear um processo amplo que inclui a articulação de parcerias, atuações intersetoriais e participação popular, que otimize os recursos disponíveis e garanta sua aplicação em políticas que respondam mais efetiva e integralmente às necessidades da sociedade. É se responsabilizar no nível da legislação e execução com políticas que favoreçam a vida em todas suas dimensões, sem que isso implique, necessariamente, o desenvolvimento de ações inéditas, mas sim o redirecionamento do enfoque das políticas de saúde. A promoção da saúde lida com estilos de vida. Com as formas de viver constituídas nas sociedades modernas, onde a população perde de vista o que é uma vida saudável e passa a adaptar-se a uma forma de vida sedentária e estressante, com o predomínio de consumo de alimentos industrializados com altos teores de sal e ácidos graxos não saturados, com o abuso de drogas lícitas ou ilícitas, que BOLETIM PGM 2 - PROMOVER SAÚDE: RESPONSABILIDADE DE TODOS 14

15 são determinantes fundamentais na geração de doenças. A promoção da saúde trabalha a mobilização comunitária. Mobilização que tenta romper o individualismo, que se tornou uma das principais características das sociedades modernas. Neste espaço, atua no fortalecimento da ação comunitária, compartilhando os saberes técnicos e saberes populares e criando condições para a construção de estratégias que têm se mostrado eficazes na abordagem dos problemas de saúde. A promoção da saúde busca construir espaços saudáveis. As noções prevalecentes de progresso vêm estimulando ataques permanentes ao meio ambiente: rios, mares, terra, floresta, ar, mangues. Além disso, os ambientes de trabalho muitas vezes não estão adequados às condições mínimas de salubridade e convivência; nos ambientes escolares há grandes e persistentes dificuldades de se conter a violência, persiste o desrespeito às diferenças e há pouca integração entre a escola e comunidade. O estímulo à construção de espaços saudáveis, pensando o espaço enquanto território vivo, como na concepção de Milton Santos, favorece suas potencialidades na implementação de qualidade de vida. Se pensarmos uma formação cidadã, nos moldes aqui apontados, iremos discutir uma formação integral e humana. Para o campo da educação, esta formação vai requerer uma dinâmica que lida, contraditoriamente, com a necessidade de disseminação de mais e melhores informações, por um lado, e de incentivo à formulação e à elaboração de alternativas que dêem conta de um mundo em transformação, por outro. No campo da saúde, se está buscando avançar na compreensão deste homem que vive e adoece, de forma a superar a fragmentação do cuidado e da assistência. Debater sobre esta formação, seus pressupostos e pilares, é perguntar sempre: Que tipo de sociedade desejamos, que tipo de homem esta sociedade precisa e qual formação ele deve ter? Embora se pense, em um primeiro momento, que a ação educativa esteja mais relacionada à estratégia que prevê o desenvolvimento de habilidades pessoais, ela vai estar perpassada e permeando todas elas. Há fortes evidências de que uma política pública de educação, que se volte para a elevação da escolaridade, por exemplo, tem impactos positivos na saúde da população. Existe uma relação comprovada entre elevação da escolaridade da mãe e redução da mortalidade infantil. Por outro lado, quando se pensa na construção de ambientes favoráveis à saúde, se pensa na escola, enquanto espaço físico e de socialização, bem como na ação educativa como sendo capaz de desencadear processos de transformação dos ambientes, sejam escolares ou comunitários, e a irradiar conhecimentos, valores e práticas para a família e o entorno escolar e a ganhar espaços para além dos BOLETIM PGM 2 - PROMOVER SAÚDE: RESPONSABILIDADE DE TODOS 15

16 muros da escola. A própria idéia de reforço à ação comunitária se pauta, fortemente, no fortalecimento dos movimentos populares que têm, historicamente, atuado em prol da educação e em favor de uma maior participação das populações nas decisões políticas e estratégicas que afetam suas vidas. Afinal, promover saúde é se comprometer com o futuro em todas as políticas, programas, projetos e ações, preocupados com nossos mananciais naturais e a vida neste planeta. É se responsabilizar enquanto indivíduos, comunidade e nação, com a construção de um Estado que coloque a saúde e a qualidade de vida no centro de todas as decisões e políticas. Afinal, como diz Leonardo Boff, o momento não é de nos preocuparmos em ampliar nosso desenvolvimento e sim responder à pergunta se queremos viver ou não. BOLETIM PGM 2 - PROMOVER SAÚDE: RESPONSABILIDADE DE TODOS 16

17 PGM 3 OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS EM AÇÃO: A PROMOÇÃO DA SAÚDE NO CONTEXTO ESCOLAR CLÉLIA MARIA DE SOUSA FERREIRA PARREIRA 1 ÂNGELA DUMONT TEIXEIRA 2 Numa altura em que os sistemas educativos formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento, em detrimento de outras formas de aprendizagem, importa conceber a educação como um todo. 3 A elaboração coletiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais em Ação Saúde é um marco do ponto de vista interinstitucional, por ser uma ação Interministerial 4 e, ao mesmo tempo, uma concretização de um desejo de que se possa pensar a educação e a saúde sob uma ótica mais integradora. A expectativa 1 Educadora, Consultora da área de Promoção da Saúde da Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde. 2 Educadora, Consultora da área de Promoção da Saúde da Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde. 3 Extraído na publicação Educação: um tesouro a descobrir, editado pela Cortez, MEC e UNESCO, em 2001, como relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. 4 A Portaria Interministerial nº 766/GM, assinada em 17 de maio de 2001 pelos Ministros de Estado da Saúde, José Serra, e da Educação, Paulo Renato de Souza, instituiu o Grupo Interministerial com a finalidade de elaborar, implementar, avaliar e acompanhar o desenvolvimento dos temas transversais Saúde e Orientação Sexual, no âmbito do Programa Parâmetros em Ação, do Ministério da Educação. O Grupo, integrado por representantes da Secretarias de Políticas de Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde e da Fundação Nacional de Saúde, por parte do Ministério da Saúde, e da Secretaria de Ensino Fundamental, Secretaria de Educação Média e Tecnológica e da Secretaria de Educação a Distância, por parte do Ministério da Educação, vem sendo coordenado pela Secretaria de Políticas de Saúde. BOLETIM PGM3-APROMOÇÃO DA SAÚDE NO CONTEXTO ESCOLAR 17

18 que temos, ao elaborarmos os Parâmetros, é a de participarmos da formação continuada dos professores, contribuindo para a construção de uma nova cultura da saúde, na qual a educação e a saúde tenham sentidos e significados mais integrais e que resultem na elaboração de projetos de vidas mais saudáveis. No entanto, os Parâmetros, para que possam ser trabalhados em sala de aula, precisam desencadear uma reflexão sobre as práticas de saúde dos próprios professores, alunos, funcionários e comunidade escolar. Afinal, as sugestões contidas nos Parâmetros, mais do que orientações metodológicas, são contribuições para que o professor possa dar sentido às questões de saúde que o rodeiam. É no cotidiano escolar e na escola, como espaço privilegiado de formação, que acontecem as relações com o conhecimento, com os grupos de alunos, de pais, de professores e com a comunidade. Para a promoção da saúde, os processos educativos têm como eixos a construção de vidas mais saudáveis e a criação de ambientes favoráveis à saúde, o que significa conceber a educação como processo. Processo este que trata o conhecimento como algo que é construído e apropriado e não meramente como algo a ser transmitido. Conhecimento, por sua vez, que é fruto da interação e cooperação entre sujeitos que são diferentes, que trazem experiências, interesses, desejos, motivações, valores e crenças que são únicos, singulares, mas que são, ao mesmo tempo, plurais, e por isso diversos. Um conhecimento que é incompleto e histórico. No entanto, a educação e a saúde, como campos de conhecimentos e de práticas, têm sido consideradas a partir de suas especificidades, o que tem feito com que a educação seja associada à escola e aos processos de aprendizagem. E a saúde, por sua vez, seja mais identificada com os serviços de saúde e aos processos de adoecimento. Tal concepção vem fazendo com que as ações educativas sejam incorporadas às práticas em saúde exclusivamente do ponto de vista instrumental de modificar comportamentos individuais e que a saúde seja vista apenas como a prestação de assistência aos educandos, sobretudo àqueles que apresentam alguma limitação ou deficiência na sua aprendizagem escolar. Se vista de uma forma mais ampliada, a relação entre saúde e educação vai além de ações pontuais, passando a estabelecer um outro ponto de interseção, o que permite uma maior integração dos saberes acumulados por tais campos, posto que os processos educativos, assim como os processos de saúde e doença, incluem, igualmente, tanto conscientização e autonomia quanto a necessidade do desenvolvimento de ações coletivas e de fomento à participação. Tais perspectivas, de educação e de saúde vêm sendo revistas, no sentido de diminuir a fragmentação presente tanto na BOLETIM PGM3-APROMOÇÃO DA SAÚDE NO CONTEXTO ESCOLAR 18

19 abordagem quanto na produção do conhecimento e no desenvolvimento das práticas, sobretudo as que envolvem as ações educativas no contexto da promoção da saúde. Mas superar esta fragmentação é um grande desafio. Desafio porque a nossa prática está impregnada deste olhar fragmentado. O fracasso escolar, por exemplo, é facilmente explicado do ponto de vista estreito de uma limitação do aprendiz para o aprender. Uma limitação que é só dele e que foi, durante muito tempo, medicalizada. Se não tivéssemos esta fragmentação tão arraigada, o fracasso escolar estaria sendo visto sob a perspectiva de sua multideterminação. Estaria sendo analisado do ponto de vista interacional, no qual a importância da relação professor-aluno seria reconhecida e em que o processo ensino-aprendizagem estaria mais voltado para o estabelecimento de diálogos favoráveis à construção de um saber fundamentado na busca continuada da autonomia, da solidariedade e da cooperação cidadã, principais elementos para o crescimento da pessoa e para a consolidação de uma compreensão de mundo e de estar no mundo. Estaria, também, sendo analisado do ponto de vista metodológico, no qual a adequação dos conteúdos e sua significação estariam sendo considerados estruturantes no desenvolvimento e na aprendizagem do aluno. Da mesma forma, a participação e o compartilhar saberes, nos quais princípios culturais e coletivos estejam presentes, têm igual relevância neste desenvolvimento e nesta aprendizagem. Esta mesma fragmentação se expressa do ponto de vista da organização e da gestão escolar, vindo a ter implicações também neste aprender e ensinar, refletindo direta e indiretamente na participação dos professores e da comunidade. Do ponto de vista da promoção da saúde, o fracasso escolar está intimamente relacionado ao sucesso escolar e, por esta razão, não poderia ser entendido somente como algo que se restringe ao rendimento escolar do aluno. Ao contrário, este sucesso, da mesma forma que o fracasso, se irradiam para outras dimensões da vida do educando e têm impacto positivo ou negativo na auto-estima do aprendiz, bem como repercutem nas suas relações e na noção que ele tem de si mesmo. Assim como a aprendizagem, a saúde envolve movimentos e mobilização de recursos internos e externos e, para que o professor seja capaz de organizar e estimular situações de aprendizagem e gerar a progressão desses processos, ele terá, certamente, que mobilizar também seus recursos internos e externos. Quando se propõe uma reflexão sobre a concepção de saúde que cada um tem, pensamos que tal procedimento, para ser efetivo, precisaria implicar uma reflexão sobre a saúde dos próprios professores, seja do ponto de vista individual, seja do coletivo. O estresse diário dos docentes, o esforço repetitivo que o cotidiano exige, BOLETIM PGM3-APROMOÇÃO DA SAÚDE NO CONTEXTO ESCOLAR 19

20 o enfrentamento de situações dramáticas e de sofrimento parecem não ser objeto de discussão e de reflexão no ambiente escolar. A busca do equilíbrio e da superação dos sentimentos gerados pelas dificuldades e situações estressantes, sejam elas resultantes de aflições ou de dilemas éticos colocados pela própria profissão, aparece de forma isolada, retirando a possibilidade de o grupo rever a própria dinâmica escolar, resultando na procura individualizada de ajuda nos consultórios médicos ou nos grupos de apoio. Se pensamos uma escola promotora de saúde, precisamos incluir, necessariamente, esta idéia de saúde, de estar saudável, que deve estar associada ao bem-estar docente. Por isso, levantar como esta concepção foi sendo construída, ao longo das histórias de vida de cada professor, significa repensar esta mesma construção no grupo de professores e também avançar na discussão coletiva sobre a construção de vidas mais saudáveis. Sob esta ótica, é possível afirmar que quando a saúde é vista como recurso para a vida, ela passa a permear as práticas pedagógicas e a se traduzir e a se expressar de diversas formas e em diferentes linguagens, assumindo um caráter transversal e sistêmico. Um exemplo disso pode ser o seguinte: mais do que convidar um profissional de saúde para ministrar uma palestra sobre alimentação, é preciso provocar uma inquietação ou um movimento nessa direção, que tanto permita um balanço das práticas alimentares de cada um, quanto leve todos a aprender, conhecer, fazer e partilhar conhecimentos e vivências sobre práticas e alternativas alimentares, sabores, fome, preferências, hábitos culturais associados à alimentação, mitos, diferenças regionais, manipulação de alimentos, mídia, vigilância sanitária e direitos. Nessa linha de pensamento e de ação, é possível criar espaços para uma reflexão sobre uma abordagem de alimentação que está estreitamente relacionada a outras questões igualmente instigantes, como é o caso da atividade física. Trabalhar a importância da associação entre alimentação saudável e atividade física não se baseia somente nas evidências que comprovam o seu impacto positivo na redução da incidência de doenças cardiovasculares ou na diminuição do sobrepeso e da obesidade principais fatores de risco de adoecimento por doenças crônicas não transmissíveis mas, principalmente, no impacto positivo que esta integração tem na elevação da auto-estima, aumentando a sensação de bem-estar e a disposição para andar, correr, se movimentar mais e com alegria. Ela tem implicações, também, no estabelecimento de relações interpessoais mais solidárias, quando empresta ao esforço competitivo, predominante na abordagem do exercício físico, um caráter mais de integração, solidariedade e cooperação. São muitas as questões a serem tra- BOLETIM PGM3-APROMOÇÃO DA SAÚDE NO CONTEXTO ESCOLAR 20

21 balhadas na perspectiva da promoção da saúde que se fundamentam no entendimento da triangulação entre autoconhecimento, autocuidado e cuidado com o outro. As principais ações dirigidas ao público escolar têm se concentrado em propostas de redução do tabagismo, do alcoolismo e do sedentarismo. Existem evidências suficientes para que se invista em ações preventivas e de fortalecimento dos fatores de proteção associados à adoção de hábitos que inibam o uso do tabaco, álcool e demais drogas. Se o uso ou abuso de drogas, por exemplo, for um tema relevante e oportuno, é fundamental que se tenha informações precisas, claras e corretas quanto aos tipos e à sua classificação. No entanto, para que se possa tratar estes temas do ponto de vista educativo, essa informação precisará ser elaborada, apropriada e internalizada. As drogas lícitas ou ilícitas têm efeitos sobre o organismo da pessoa e a informação de que elas fazem mal não é suficientemente motivadora para que sejam evitadas. Muitos jovens as associam e as buscam por diferentes motivos: aceitação no grupo, curiosidade, afirmação, prazer, desejo de transgredir e muitos outros. Conhecer tais motivações, os valores envolvidos e o sentido de vida associado à opção pela droga ou pela sua rejeição, aproxima o professor do aluno e o ajuda a construir caminhos mais saudáveis, de forma mais sólida e significativa. É a oportunidade para que se consiga que os fatores de proteção à saúde, bem como a opção por uma vida sem drogas, se torne um chamado, um convite para se viver plena e saudavelmente. Para se promover saúde não é suficiente informar. Para que isso aconteça, é necessária uma relação dialogal, uma comunicação emancipadora, na qual os sujeitos sejam envolvidos numa ação educativa, formativa e criativa, levando em conta a necessária reconstrução do saber da escola e a formação continuada dos docentes. Se, por um lado, promover saúde implica ou requer ter paz, educação, alimentação, renda, ecossistema saudável, recursos sustentáveis, justiça e eqüidade, por outro lado, desenvolver ações de promoção da saúde no contexto escolar passa pelo respeito às possibilidades e limites do corpo, do intelecto e das emoções, da participação social e do estabelecimento de alianças. Hoje, sabe-se mais sobre ensinoaprendizagem da mesma forma que se sabe mais sobre saúde e doença do que na época em que os programas de saúde eram verticais e obrigatórios pelo currículo, período em que as ações de saúde no contexto escolar estavam dirigidas basicamente para a higiene pessoal. Em que pese a importância dessas ações, hoje a saúde deixa de ser uma ação isolada ou um conteúdo específico e passa a ser um tema transversal, dada a sua urgência e importância social. A saúde, na sua inteireza, assim como os demais temas transversais apon- BOLETIM PGM3-APROMOÇÃO DA SAÚDE NO CONTEXTO ESCOLAR 21

22 tados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais a pluralidade cultural, a ética, a orientação sexual, a cidadania, o meio ambiente, o trabalho e o consumo lida com as condições concretas dos sujeitos e das comunidades e, exatamente por isso, são temas complementares e interdependentes. Neste sentido, é impossível discuti-los como se fossem conceitos isolados. No cotidiano escolar, estes temas emergem nas situações concretas de violência, de preconceito, nos momentos de tomada de decisões, nas interações e na organização dos rituais e das festas, nos impasses entre pessoas e grupos, nos conteúdos dos textos e materiais de estudo e de trabalho. O sentido do trabalho escolar está em lidar com os valores, as crenças, os mitos e as representações que se tem sobre a própria relação do saber-fazerser educador e educando. Por isso, é importante organizar e estimular situações de aprendizagem nas quais a saúde possa ser compreendida como direito de cidadania e um pressuposto ético, valorizando as ações voltadas para a sua promoção. Uma promoção da saúde deve ser entendida como sendo determinada por muitos fatores, que não se limitam aos fatores biológicos e que podem estar interagindo de diversas maneiras. Há momentos em que nos angustiamos e por isso nos sentimos fracos para lidar com as dificuldades, com as limitações. Existem momentos em que, ainda que estejamos acometidos por alguma doença, temos força para reagir e continuar em frente, positivamente. Isso demonstra as múltiplas faces dessa condição de estar saudável ou estar doente e, se o professor lida com as questões de saúde e doença reconhecendo tal complexidade, ele irá lidar com as questões de saúde e de doença de uma maneira diferenciada. Por vezes, a saúde existe ou é comprometida em função das condições de nossa existência. Se temos saneamento básico, se temos emprego, comida, moradia, paz, tranqüilidade, afeto, oportunidades de aprendizagem e de escolarização, tudo isso pode determinar nossa saúde e bem-estar e, do ponto de vista da promoção da saúde, a construção ativa dos alunos passa pela criação de momentos coletivos e individuais, em que a questão da desigualdade e do preconceito possa estar sendo refletida a partir da abordagem de temas como sexualidade, sensualidade, desempenho escolar, pobreza, tolerância, desigualdade, violência e saneamento, por exemplo. São diversas as possibilidades de se dar concretude a essa abordagem em sala de aula. O que, do ponto de vista da educação, corresponderia à sua contextualização, no campo da saúde vai equivaler ao reconhecimento dos determinantes sociais da saúde. Mas existem determinantes que não são quantificáveis e que são igualmente importantes para a compreensão da condição de saúde das pessoas. São fatores subjetivos, BOLETIM PGM3-APROMOÇÃO DA SAÚDE NO CONTEXTO ESCOLAR 22

23 singulares, qualitativos e complexos. Exemplo disso é o fato da sensação de bem-estar, ou mal-estar, não ser dada meramente pelas condições materiais que nos rodeiam ou que nos são dadas. Promover saúde é tocar nas diferentes dimensões humanas, é considerar a afetividade, a amorosidade e a capacidade criadora e a busca da felicidade como igualmente relevantes e como indissociáveis das demais dimensões. Por isso, a promoção da saúde é vivencial e é colada ao sentido de viver e aos saberes acumulados tanto pela ciência quanto pelas tradições culturais locais e universais. Criar momentos de debates sobre fatores desfavoráveis à saúde presentes nas realidades dos alunos e da comunidade escolar, mobilizando projetos, ações, com relação à saúde individual e coletiva, considerando a saúde sob seus diferentes aspectos, é possível quando se favorece o desencadear do desejo de conhecer e utilizar os recursos da própria localidade voltados para a promoção da saúde e para a atenção à doença. Os serviços que podem contribuir para esta promoção não se limitam aos serviços de saúde. Dispomos de uma rede de apoio que, nas mais diferentes formas e instâncias, é fundamental nesta promoção. São os conselhos de saúde, de direitos da mulher, de cidadania, de defesa da criança e do adolescente, conselhos tutelares, associações de moradores, de pescadores, de domésticas, de professores, grêmios estudantis, movimentos ligados a partidos políticos ou às igrejas e tantos outros. São inúmeras as formas e os nomes que compõem tais redes e elas serão potencializadas quanto mais as ações forem intersetoriais. No entanto, mobilizar recursos, no nosso entendimento, significa não somente envolver estas redes ou os setores governamentais e não-governamentais em ações institucionais no campo da saúde. Significa participar, a partir dos diferentes espaços de que dispomos, da construção de um projeto que tem como horizonte a qualidade de vida de todos e de cada um. Tanto para o educando, quanto para o educador, o exercício de troca, de diálogo, de embates, de compartilhamento de saberes e fazeres, da crítica da realidade, possibilitará a construção da autonomia, da solidariedade e da cooperação cidadã e se manifestará na redefinição dos eixos temáticos para as diferentes áreas e na eleição das abordagens e dos conteúdos. Esta mobilização de recursos, que em um primeiro momento tem o local como ponto de partida, vai sendo alargada e alcançando dimensões mais amplas e incorporando outras redes do município, do estado, da região, do país, do continente, tomando, na perspectiva mais global, uma dimensão planetária. QUESTÕES PARA REFLEXÃO Sob quais valores ou crenças estão sendo pautadas as ações educativas em saúde na escola? Como relacionar modos de viver e condições de vida na abordagem das BOLETIM PGM3-APROMOÇÃO DA SAÚDE NO CONTEXTO ESCOLAR 23

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