A PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NA ECONOMIA BRASILEIRA RESULTADOS PARA 1994/2003

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1 A PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NA ECONOMIA BRASILEIRA RESULTADOS PARA 1994/2003 MAURO VIRGINO SILVA (1) ; MARCELO BRAGA NONNENBERG (2). 1.ED&F MAN BRASIL, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 2.IPEA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL. nonnenberg@ipea.gov.br APRESENTAÇÃO ORAL ADMINISTRAÇÃO RURAL E GESTÃO DO AGRONEGÓCIO A PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NA ECONOMIA BRASILEIRA RESULTADOS PARA 1994/2003 Grupo de Pesquisa: ADMINISTRAÇÃO RURAL E GESTÃO DO AGRONEGÓCIO Resumo A principal motivação desse estudo é a percepção de que, na medida em que os países se desenvolvem e o setor agrícola se moderniza, aumenta a integração intersetorial ao longo da cadeia de suprimentos entre as indústrias que ofertam para a agropecuária (insumos e equipamentos) e entre a agropecuária e a indústria de processamento, marketing e distribuição. Nesse processo, ocorrido nas últimas décadas, a agricultura brasileira deixou de ser um setor relativamente autônomo e independente dos demais, para inserir-se de forma muito mais profunda no sistema econômico. Portanto, é fundamental obter medida do tamanho do agronegócio. O presente trabalho representa uma inovação frente às principais metodologias já desenvolvidas. Palavras-chaves: Agronegócio, Agroindústria, PIB Abstract As long as countries develop and agricultural sector becomes more knowledge intensive, intersectoral integration increases. In this process, which occurred in the last decades, Brazilian agriculture became less and less autonomous. So, it is very important to have a precise measure of the agricultural sector. The present paper brings some innovations in regard of previous efforts. Key Words: Agribusiness, Agroindustry, GDP 1

2 1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA O objetivo principal deste artigo é apresentar os resultados do cálculo do PIB do Agronegócio com base em uma nova proposta metodológica de mensuração e avaliação da participação do agronegócio na economia brasileira. A análise é feita para o período entre 1994 e 2003 e tem como fontes de informações a Matriz Insumo-Produto para o Brasil de 1996 e as Tabelas de Recursos e Usos publicadas pelo IBGE, sendo 2003 o ano da publicação mais recente. A principal motivação desse tipo de estudo é a percepção de que, na medida em que os países se desenvolvem e o setor agrícola se moderniza, aumenta a integração intersetorial ao longo da cadeia de suprimentos entre as indústrias que ofertam para a agropecuária (insumos e equipamentos) e entre a agropecuária e a indústria de processamento, marketing e distribuição. Nesse processo, ocorrido nas últimas décadas, a agricultura brasileira deixou de ser um setor relativamente autônomo e independente dos demais, para inserir-se de forma muito mais profunda no sistema econômico. Em conseqüência, os limites entre agricultura, indústria e serviços são cada vez menos nítidos e vão, paulatinamente, perdendo relevância analítica. Por outro lado, a distinção tradicional entre rural e urbano vem, também, ficando obscurecida. Parcela considerável dos trabalhadores em atividades tipicamente agropecuárias reside em cidades; não é incomum que trabalhadores em atividades industriais e de serviços, por sua vez, tenham residência no meio rural. Discute-se, também, a relevância de considerar igualmente como ambientes urbanos grandes metrópoles, com milhões de habitantes, e pequenas cidades, com ausência da maioria dos serviços (saúde, educação, comércio de produtos de alta tecnologia, internet, etc.) comuns em cidades de maior porte. Por essas razões, muitos pesquisadores têm buscado definir um conceito ampliado para a agropecuária, que incorpore essa nova realidade. Desde Davis & Goldberg (1957), autores que cunharam o termo agribusiness, a principal razão para essa busca é que ao tomar o conceito tradicional de setor primário, presente nas contas nacionais, por exemplo, subestima-se a real contribuição do setor ao produto nacional, emprego e renda, uma vez que se desconsidera a interdependência entre a agropecuária e os setores a montante e a jusante. Dessa forma, ao utilizar o termo agronegócio para se referir à soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas; das operações de produção na fazenda; do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles chega-se a um conceito mais amplo da atividade agropecuária e abre-se a possibilidade de uma nova abordagem sobre papel desse setor na economia. Adicionalmente, vale chamar atenção para o fato de que o setor agrícola stricto sensu, por suas especificidades tais como maior exposição à variação dos preços internacionais e da taxa de câmbio, bem como a mudanças climáticas inesperadas, é fonte de choques positivos ou negativos sobre a economia como um todo. Uma vez que tais choques atingem primeiro as atividades industriais mais próximas da agropecuária e em seguida o resto da economia, resulta daí a necessidade de se medir adequadamente a participação dessas atividades industriais no PIB do agronegócio. Este trabalho está dividido em 5 seções, incluindo esta introdução e justificativa. Na segunda, é apresentada uma análise das principais metodologias utilizadas na mensuração do PIB do setor e seus resultados, concentrando-se nos estudos sobre o caso brasileiro. A terceira seção é dividida em três partes. Na primeira, apresenta-se uma nova proposta para cálculo do PIB do agronegócio brasileiro. Os resultados a que se chegaram utilizando-se essa nova metodologia é apresentada na 2

3 segunda. São apresentados e discutidos os resultados para a participação do agronegócio brasileiro de 1994 a 2003 e do comportamento da sua participação no PIB brasileiro ao longo do período em análise. Além disso, esta seção mostra os resultados da decomposição das causas do crescimento do setor em termos dos agregados que compõe o agronegócio. A seção se encerra com a apresentação dos resultados para o PIB do agronegócio utilizando-se a metodologia proposta pelo Banco Mundial. A quarta seção tem como objetivo fazer um comparativo entre os resultados encontrados pelos estudos apresentados no segundo capítulo e os obtidos pela presente pesquisa, com especial atenção à relação entre a opção metodológica de cada estudo e as diferenças nos resultados obtidos por cada um. Finalmente, a quinta seção apresenta as considerações finais. 2 REVISÃO DA LITERATURA A conceituação e o cálculo de uma versão expandida do PIB da atividade agropecuária ou, de outra forma, do agronegócio, tem sido objeto de estudo de vários pesquisadores e instituições de pesquisas nacionais e internacionais. Este interesse decorre principalmente do fato de que as estimativas sobre a participação da agropecuária na economia brasileira têm sido baixas e declinantes ao longo do tempo, conseqüência normal e recorrente do processo de desenvolvimento dos países. Assim, considera-se que em uma economia com o setor agrícola moderno e bastante integrado com os setores industriais, como a brasileira, tomar como referência apenas o PIB agrícola stricto sensu é subestimar a importância dessa atividade para a economia. Contudo, a opção por adotar uma visão sistêmica e mais ampla da atividade agropecuária esbarra inexoravelmente no problema de delimitar quais setores devem ser considerados no conceito de agronegócio. Adicionalmente, uma vez definidas quais atividades vinculadas à produção e transformação de produtos agropecuários devem ser consideradas parte do agronegócio, deve-se decidir qual parcela do valor adicionado dessas atividades será incluída no cálculo do PIB do setor, ou mesmo se todo o valor adicionado das atividades a montante e a jusante da agropecuária devem ser parte do agronegócio. É nesse ponto que reside praticamente toda a diferença nos resultados encontrados pelos diversos estudos que procuram medir a participação do agronegócio no PIB brasileiro, como será visto adiante. No trabalho Complexo Agroindustrial Brasileiro: caracterização e dimensionamento Nunes & Contini (2000) desenvolveram uma metodologia para o cálculo do PIB do Complexo Agroindustrial (CAI) brasileiro a partir de dados da matriz insumo produto de Os autores dividiram o CAI em três grandes segmentos, a saber: I) Atividades Núcleo do CAI: Agropecuária; II) Atividades Antes da Porteira (Fornecedores de insumos); e III) Atividades depois da porteira: agroindústria e serviços. Este último segmento se subdivide, ainda, em dois outros grupos de atividades: IIIa) Atividades exclusivas do CAI; e IIIb) Atividades parcialmente pertencentes ao CAI Os pesquisadores da USP/ESALQ desenvolveram diversos trabalhos envolvendo discussões metodológicas e o cálculo do PIB do agronegócio. Dentre eles, destacam-se Furtuoso (1998), Guilhoto et al. (2000) e Furtuoso & Guilhoto (2003) entre outros. Ademais, é com base nessa proposta que o Centro de Estudos e Pesquisas em Economia Aplicada (CEPEA) da ESALQ/USP calcula regularmente o PIB do agronegócio brasileiro, inclusive em uma base mensal. Em todos esses trabalhos o agronegócio brasileiro é dividido em 4 agregados, a saber: I) Insumos para a agricultura; II) Agropecuária; III) Indústria de base agrícola; e IV) Distribuição e Serviços. 3

4 Outro traço comum nesses estudos é que a composição e delineamento da indústria de base agrícola, agregado que concentra a maior parte das divergências (em termos de sua abrangência) entre os diversos estudos nessa área, foi definida com base no modelo GHS, desenvolvida por Guilhoto et al. (1994). A metodologia desenvolvida por Guilhoto et al. (2000) é bastante elaborada, notadamente no que diz respeito ao critério de escolha dos setores de atividade que compõe o agronegócio da Indústria de Base agrícola (Agregado III), segmento em que não há um consenso na literatura econômica quanto a sua abrangência. No entanto, pode-se criticá-la por incluir todo o valor adicionado das atividades consideradas parte da Indústria de Base Agrícola como sendo PIB do agronegócio. A Metodologia desenvolvida pelos autores é a adotada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ) para o cálculo sistemático do PIB do agronegócio Brasileiro, inclusive em uma base mensal. A Tabela 1 mostra os resultados da participação do agronegócio (e de seus agregados) no PIB,de 1994 a

5 Tabela 1 - PIB do Agronegócio Brasileiro, 1994 a 2003, Participação do setor no PIB Brasileiro Agronegócio Insumos não Agropecuários Agropecuária Indústria Distribuição Agronegócio Insumos não Agropecuários Agropecuária Indústria Distribuição Fonte: CEPEA/ESALQ Observa-se, na Tabela 1, que a participação do agronegócio no PIB entre 1994 e 2003 ficou entre 26,9% e 30,6%, percentual um pouco superior ao apresentado por Guilhoto et al (2000). A indústria e os serviços foram o que mais contribuíram com esse percentual. No entanto, desde 1999 a agropecuária passou a apresentar incrementos de participação no PIB, chegando em 2003 com participação de 9,52%, superando, inclusive, a Indústria. Finalmente, uma outra proposta de metodologia a ser discutida nesse trabalho é a do Banco Mundial, apresentada no estudo Beyond the City: the rural contribution to development (2005).Em linhas gerais, a proposta do Banco Mundial é medir o PIB do agronegócio com base nas ligações para traz e para frente da agropecuária com os demais setores de atividades da economia, tomando como base o grau de dependência dessas atividades em relação à produção agropecuária. Esta dependência pode ser tanto em função do percentual da produção de um determinado setor que se destina ao consumo intermediário da agropecuária, como em função da participação da agropecuária na oferta de insumos às atividades a jusante. Para calcular as ligações para frente (LF) da agropecuária a seguinte equação foi proposta: T N AJ AJ LF = VA T T J K KJ (1) AJ Onde: 5

6 T AJ é o valor total (nacional e importado) do consumo intermediário da atividade J por produtos da agropecuária; T KJ é o valor do consumo intermediário da atividade J por produtos da atividade K; N AJ é o valor do consumo intermediário da atividade J por produtos da agropecuária nacional; VA J representa o valor adicionado da atividade J Assim, a Equação (1) propõe que a parcela do valor adicionado das atividades a jusante (J) da agropecuária considerada agronegócio deve ser uma proporção do grau de dependência dessa atividade em relação à agropecuária, dada pela participação da agropecuária nacional no seu consumo intermediário. De maneira similar, para o cálculo das ligações para traz da agropecuária (LT) os autores propuseram a seguinte equação: LT = Onde: T JA T K JK N JA T JA K TVO N JK N J VA J T JA representa o valor da oferta total da atividade J (nacional + importado) destinado ao consumo intermediário da agropecuária; N JA representa o valor da produção nacional da atividade J destinado ao consumo intermediário da agropecuária; (2) T JK representa o valor da oferta total da atividade J (nacional + importado) destinado ao consumo intermediário dos demais setores de atividade da economia; T JK representa o valor da produção nacional da atividade J destinado ao consumo intermediário dos demais setores de atividade da economia; TVO representa o valor da produção da atividade J. Os dois primeiros termos da Equação (2) fornecem a importância relativa da agropecuária como demandante de produtos nacionais da atividade J. O terceiro termo busca ponderar esse coeficiente pela participação da produção da atividade J destinada ao consumo intermediário das demais atividades no valor total da produção da atividade J. O resultado é multiplicado pelo valor 6

7 adicionado da atividade J, sendo o resultado considerado a parcela do valor adicionado da atividade J correspondente ao agronegócio. A proposta metodológica do presente estudo se baseia, sobretudo, no modelo do Banco Mundial. Essa opção foi feita por considerar que a idéia base dessa proposta: adicionar ao PIB da agropecuária não todo o valor adicionado das atividades a jusante da agropecuária, mas apenas uma parcela do valor adicionado dessas atividades com base no seu grau de dependência em relação à atividade agropecuária, representa melhor a real contribuição do agronegócio ao PIB do País. No entanto, algumas adaptações foram feitas por conta, especialmente, do nível de agregação das atividades e produtos que compõem as tabelas de recursos e usos do IBGE, o que será discutido adiante. 3 NOVA PROPOSTA PARA QUANTIFICAR A PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NO PIB BRASILEIRO: METODOLOGIA E RESULTADOS. Como resultado da discussão anterior fica clara a necessidade de se desenvolver e testar novas formas de quantificação do PIB do agronegócio. Busca-se, com isso, contribuir para o aperfeiçoamento dos métodos utilizados atualmente para quantificação do PIB do setor. 3.1 Metodologia Define-se o agronegócio como sendo formado por quatro agregados: a) Insumos Industriais; b) Agropecuária; c) Agroindústria e Atividades a jusante e d) Serviços e Administração Pública. A base para o cálculo do PIB das indústrias fornecedoras de insumos para a agropecuária é a Equação (2). Assim, como discutido anteriormente, a parcela do valor adicionado dessas atividades considerada como PIB do agronegócio é definida como uma proporção do valor da produção doméstica do setor J destinada ao consumo intermediário da agropecuária. A atividade núcleo do agronegócio, a agropecuária, será a única que terá todo o seu valor adicionado considerado no PIB do setor. Em relação ao cálculo da participação da Agroindústria e Atividades a jusante da agropecuária no PIB do agronegócio utilizou-se, com algumas adaptações, a equação (1). Propõe-se aqui que ao invés de se multiplicar o valor adicionado das atividades que compõem esse agregado por um coeficiente dado pela participação da agropecuária no seu consumo intermediário, que se tome o valor adicionado dessas atividades como uma proporção do consumo intermediário que esses setores de atividade fazem não só da agropecuária, mas também de um grupo de atividade industriais vinculadas ao agronegócio, aqui chamadas de atividades de referência do agronegócio. São elas: Agropecuária Madeira e Mobiliário Celulose, papel e gráfica Indústria têxtil Fabricação de artigos do Vestuário Fabricação de Calçados Indústria do Café Beneficiamento de produtos vegetais Abate de animais Indústria de laticínios Fabricação de açúcar Fabricação de óleos vegetais Fabricação de Outros produtos alimentares 7

8 Dessa forma, o subescrito A da Equação (1) inclui não apenas a agropecuária, mas também um grupo de atividades industriais claramente vinculadas ao agronegócio. A justificativa para tal adaptação é que ao utilizar diretamente a proposta do Banco Mundial não se incorporaria a parcela do valor adicionado das atividades agroindustriais que fazem a segunda e terceira transformações de produtos oriundos da agropecuária. Por exemplo, a maior parte do consumo intermediário da atividade Indústria Têxtil é intrasetorial, ou seja, é composto por produtos da própria atividade e não por produtos da atividade agropecuária. Se considerarmos apenas a demanda por insumos que essa atividade faz da agropecuária estar-se-á deixando de lado a parcela do consumo intermediário dessa atividade correspondente aos fios têxteis naturais e tecidos naturais, por exemplo. Esses produtos compõem a atividade Indústria Têxtil e nada mais são do que produtos de origem agropecuária que passaram por transformações 1. Para estimar o agregado Serviços e Administração Pública recorreu-se também às equações (1) e (2), utilizando-as na forma como foram discutidas. No caso da Equação (1) considera-se a parcela dos Serviços e Administração Pública relacionada com as atividades agroindustriais e a jusante da agropecuária, enquanto que na equação (14) estão contempladas as parcelas dessas atividades relacionadas às atividades a montante. Considerou-se nesse agregado os seguintes setores de atividades: Comércio Transporte Comunicações Instituições Financeiras Serviços Prestados às Famílias Serviços Prestados às Empresas Aluguel de Imóveis Administração Pública Serviços Privados não Mercantis Vale lembrar que a regra de proporcionalidade presente nas Equações (1) e (2) para a definição da parcela das atividades que deve ser considerada agronegócio será aplicada a todas as atividades consideradas nas Contas Nacionais do Brasil, inclusive as atividades de referência. A única exceção fica para a atividade núcleo do agronegócio, a agropecuária, a qual terá todo o valor adicionado considerado no PIB do agronegócio. Em suma, o método proposto pelo presente estudo difere das outras definições do PIB do agronegócio por não atribuir ao agronegócio todo o valor adicionado das indústrias relacionadas à agropecuária. 1 Saliente-se que, em nível de produto, a atividade Indústria Têxtil é composta por: Fios têxteis naturais, Tecidos naturais, Fios têxteis artificiais e Outros produtos têxteis, sendo que o produto Fios têxteis artificiais não é considerado um produto de origem agropecuária e, portanto, não é computado como insumo do agronegócio. 8

9 É preciso esclarecer, ainda, o tratamento dado às importações no modelo proposto. O último ano para o qual se têm dados de oferta e demanda de produtos importados por atividade é Alterações importantes na relação da economia brasileira com o exterior ocorreram desde então, notadamente após a mudança do regime cambial em janeiro de No entanto, na falta de dados mais recentes, aplicaram-se, sobre os dados apresentados pela Tabelas de Recursos e Usos do IBGE de 2003, os coeficientes de participação das importações de Para mostrar a necessidade das adaptações ao modelo proposto pelo Banco Mundial será feito, para o ano de 2003, o cálculo do PIB do agronegócio empregando-se de forma direta a metodologia proposta pelo Banco Mundial, ou seja, sem adaptação alguma. A razão para proceder a esses cálculos é evidenciar que, por conta da elevada agregação das atividades e produtos nas Tabelas de recursos e usos do IBGE, implementar de forma direta esta metodologia significa subestimar o tamanho da participação do agronegócio no PIB brasileiro. Essa hipótese seria confirmada por baixos links para frente da agropecuária. Além disso, os resultados gerados pelo emprego da proposta do Banco Mundial sem adaptações e da proposta modificada possibilitarão a formação de uma banda que, entendese, contém a verdadeira contribuição do agronegócio ao PIB brasileiro. 3.2 Resultados: O PIB do agronegócio brasileiro, São apresentados nesta seção os resultados do dimensionamento do agronegócio brasileiro de 1994 a 2003 e da evolução da sua participação no PIB do País ao longo do período em análise. Adicionalmente, apresentam-se também análises sobre o comportamento da taxa de crescimento do setor e de seus agregados e resultados da decomposição das causas do crescimento do setor em termos dos agregados que o compõe. Inicialmente, porém, é necessário discutir os procedimentos utilizados para o cálculo dos percentuais de participação das atividades no PIB do agronegócio. Para exemplificar o método utilizado tomou-se o ano de 2003, o mais recente para o qual se tem dados oficiais sobre as inter-relações entre os setores de atividades da economia brasileira. Este procedimento foi aplicado aos demais anos considerados. A Tabela 2 apresenta a participação das classes e atividades no valor adicionado a preços de mercado. Esses resultados são derivados da Tabela 11 do Sistema de Contas Nacionais do Brasil (2003), que apresenta a participação das classes e atividades no valor adicionado a preços básicos. Para se chegar a esses percentuais a preços de mercado deduziu-se de cada atividade a parcela da dummy financeira e acrescentou-se, também de forma normalizada, os impostos sobre produtos. Para exemplificar, a parcela da agropecuária no valor adicionado passou de 9,9%, a preços básicos, para 10,48%, a preços de mercado, da mesma forma, a parcela da indústria passou de 38,76% para 41,02% e a parcela dos serviços passou de 56,69% a 60%. 9

10 O passo seguinte consiste na multiplicação dos percentuais de participação das atividades pelo valor adicionado a preços de mercado. Esse mesmo procedimento foi aplicado aos dados das Tabelas de Recursos e Usos do IBGE para o período entre 1994 a A partir dessas informações e das fórmulas apresentadas anteriormente chegou-se ao valor do PIB do agronegócio. Tabela 2 Participação das classes e atividades no valor adicionado a preços de mercado (2003) Classes e Atividades (%) Classes e Atividades (%) Agropecuária 10,48 Industria 41,02 Fab. calçados e de artigos de couro e peles 0,32 Extrativa mineral (exceto combustíveis) 0,63 Indústria do café 0,30 Extração de petróleo e gás natural, carvão e outros 3,54 comb. Beneficiamento de produtos de origem vegetal 0,60 Fabricação de minerais não-metálicos 1,03 Abate e preparação de carnes 0,51 Siderurgia 1,75 Resfriamento e preparação do leite e laticínios 0,19 Metalurgia dos não-ferrosos 0,46 Indústria do açúcar 0,55 Fabricação de outros produtos metalúrgicos 1,06 Fabricação, refino óleos vegetais 0,47 Fabricação e manutenção de máquinas e tratores 3,24 Outras indústrias alimentares e de bebidas 0,90 Fab. aparelhos e equipamentos de material elétrico 0,37 Indústrias diversas 0,57 Fab. aparelhos e equipamentos de material 0,54 eletrônico Serviços industriais de utilidade pública 3,61 Fab. de automóveis, caminhões e ônibus 0,52 Construção civil 7,66 Fab. de outros veículos, peças e acessórios 0,68 Serviços 60,00 Serrarias e fabricação de artigos de madeira e 0,75 mobiliário Comércio 8,15 Indústria de papel e gráfica 1,62 Transporte 2,59 Indústria da borracha 0,45 Comunicações 3,35 Fab. de elementos químicos não-petroquím. 1,18 Instituições financeiras 7,39 Refino de petróleo e indústria petroquím. 4,50 Serviços prestados às famílias 5,09 Fab. de produtos químicos diversos 1,12 Serviços prestados às empresas 4,59 Fab. de produtos farmacêuticos e de perfumaria 0,61 Aluguel de imóveis 10,81 Indústria de transformação de material plástico 0,41 Administração pública 16,72 10

11 Indústria têxtil 0,38 Serviços privados não-mercantis 1,31 Fab. de artigos do vestuário e acessórios 0,50 Produto interno bruto a preços de mercado 111,51 Fonte: Sistema de Contas Nacionais IBGE (2003) e Dados da pesquisa. A Tabela 3 mostra os resultados do dimensionamento do PIB do agronegócio brasileiro e dos agregados que o compõe. Nota-se que, com exceção dos anos de 1996 e 1997, o valor do PIB do agronegócio apresentou tendência ascendente ao longo dos dez anos analisados, passando de R$ 316,6 bilhões em 1994 para R$ 366,03 bilhões em Com exceção do agregado Serviços e Administração Pública, que apresentou uma redução de 1,7% entre 1994 e 2003, passando de R$ 94,8 bilhões para R$ 93,65 bilhões, todos os demais agregados apresentaram incremento. O agregado com melhor desempenho foi a Agropecuária, aumentando em 31,5% o valor de seu PIB entre o período inicial e final, seguido do setor de Insumos Industriais (+23,4%) e a Agroindústria e Atividades a Jusante (+10,05%). Tabela 3 - PIB do Agronegócio Brasileiro, 1994 a 2003, em milhões de R$ de 2005 (preços de mercado) Anos Agronegócio , , , , ,5 Insumos industriais 7.887, , , , ,0 Agropecuária , , , , ,0 Agroindústria e atividades a jusante , , , , ,1 Serviços e Adm. Pública , , , , ,4 Anos Agronegócio , , , , ,8 Insumos industriais 9.016, , , , ,5 Agropecuária , , , , ,9 Agroindústria e atividades a jusante , , , , ,3 Serviços e Adm. Pública , , , , ,1 Fonte: Dados da Pesquisa 11

12 A Tabela 4 mostra o comportamento das taxas de crescimento do agronegócio e de seus componentes. Observa-se que a partir de 1999 o PIB do agronegócio apresentou taxas de crescimento positivas até o final do período analisado. Esse desempenho se deve em grande parte ao segmento Agropecuária. Os Insumos Industriais apresentaram comportamento bastante volátil ao longo do período. Por exemplo, após um ano de forte crescimento como em 1999 (+22,9%) este agregado apresentou uma taxa de crescimento negativa de 7,42% no ano subseqüente. O agregado Agroindústria e Atividades a Jusante apresentou comportamento em geral bastante favorável após 1999, com exceção de 2001 (- 3,43%) e 2003 (-0,55%). Finalmente, o segmento Serviços e Administração Pública foi o que apresentou desempenho menos dinâmico ao longo do período analisado. Após crescimento de mais de 14% em 1995, este agregado tem apresentou ou taxas de crescimento bastante baixas ou negativas, sendo que em 2003 apresentou taxa de crescimento negativa de 12,46% em relação ao ano anterior. Tabela 4 - PIB do Agronegócio Brasileiro, 1994 a 2003, Variação Anual Total 5,78-2,08-0,62-1,09 3,49 Insumos industriais -11,17 1,28 0,47 2,89 22,90 Agropecuária 2,19-4,21-0,97 3,52 1,46 Agroindústria e atividades a jusante 2,95-2,69 1,44-5,48 7,57 Serviços e Adm. Pública 14,62 0,78-1,90-3,18 1, Total 4,06 1,03 2,40 1,93 Insumos industriais -7,42 7,84 20,81-10,47 Agropecuária 1,44 5,57 5,09 14,81 Agroindústria e atividades a jusante 9,67-3,43 1,12-0,55 Serviços e Adm. Pública 3,62-1,09-1,52-12,46 Fonte: Dados da Pesquisa Por outro lado, a Tabela 5 apresenta o resultado da participação do agronegócio e de seus agregados no PIB brasileiro. A partir dessa tabela é possível observar que a participação do 12

13 setor no PIB tem ficado em torno de 20%, sendo 1995 o ano em que o agronegócio apresentou a maior participação (21,5%) e 1998 o ano com a menor participação (19,5%). Tabela 5 - PIB do Agronegócio Brasileiro, 1994 a 2003: Participação Total e dos seus Segmentos no PIB (%) Agronegócio 21,2 21,5 20,5 19,8 19,5 Insumos industriais 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 Agropecuária 8,6 8,5 7,9 7,6 7,8 Agroindústria e atividades a jusante 5,7 5,6 5,3 5,2 5,0 Serviços e Adm. Pública 6,4 7,0 6,9 6,5 6, Agronegócio 20,0 20,0 19,9 20,0 20,3 Insumos industriais 0,5 0,5 0,5 0,6 0,5 Agropecuária 7,9 7,7 8,0 8,2 9,4 Agroindústria e atividades a jusante 5,3 5,6 5,3 5,3 5,2 Serviços e Adm. Pública 6,3 6,3 6,1 5,9 5,2 Fonte: Dados da Pesquisa A Tabela 5 deixa claro também que o agregado Agropecuária tem aumentado a sua contribuição ao PIB do País, especialmente após Este resultado está relacionado à mudança do regime cambial brasileiro em janeiro de 1999, que favoreceu o aumento da competitividade dos produtos primários brasileiros, especialmente das commodities agrícolas. Vale chamar atenção para o ano de 2000 em que a participação da agropecuária no PIB se reduziu levemente em relação ao ano anterior. Este fato é reflexo de problemas climáticos ocorridos em diversas regiões do País, o que ocasionou quebra de safra de culturas importantes como a cana-de-açúcar no estado de São Paulo, por exemplo. Adicionalmente, a participação dos agregados Insumos Industriais e Agroindústria e Atividades a Jusante no PIB do Brasil mostraram estabilidade ao longo do período analisado. Suas participações ficaram, respectivamente, em torno de 0,5% e 13

14 5,3% do PIB. A participação do agregado Administração Pública que chegou a representar 7% do PIB em 1995 tem se reduzido deste então, chegando a 5,2% em Resultados do modelo proposto pelo Banco Mundial O objetivo dessa seção é apresentar os resultados do PIB do agronegócio para o ano de 2003 utilizando-se a proposta do Banco Mundial de forma direta, ou seja, sem proceder a nenhuma adaptação. É preciso lembrar que a metodologia utilizada pela presente pesquisa se diferencia da proposta do Banco Mundial apenas por incluir os chamados setores de referência do agronegócio. Como discutido anteriormente, a justificativa para inclusão desses setores de referência é considerar no cálculo do consumo intermediário das atividades a jusante da agropecuária os produtos dos setores de atividade que fizeram a segunda e terceira transformações de produtos da agropecuária. As ligações para frente, segundo proposta do Banco Mundial, se referem apenas à participação de produtos da agropecuária no consumo intermediário das atividades a jusante. Por outro lado, no presente estudo, o consumo intermediário dos setores agroindustriais e de serviços à jusante da agropecuária (ligações para frente) inclui produtos não só da atividade agropecuária, mas também das atividades de referência do agronegócio. Como conseqüência, as ligações para frente da agropecuária após essas inclusões serão maiores do que as ligações para frente encontradas utilizando-se a proposta do Banco Mundial. Uma vez que as ligações para frente da agropecuária utilizando a proposta do Banco Mundial se reduzem significativamente, o resultado final será um PIB do agronegócio bastante inferior ao encontrado, utilizando-se a versão modificada. Observese, por exemplo, que enquanto a ligação para frente da agropecuária com o setor de atividade Indústria Têxtil foi em 2003 de pouco mais de 12%, utilizando-se a proposta do Banco Mundial, esta passa a 44% segundo a metodologia utilizada no presente estudo. Isso significa que com a aplicação direta da proposta do Banco Mundial apenas 12% do valor adicionado da atividade Indústria têxtil será considerada no cálculo do PIB do agronegócio, enquanto que este percentual sobe para 44% fazendo-se as adaptações efetuadas pelo presente estudo. A Tabela 6 apresenta os resultados do PIB do agronegócio segundo proposta do Banco Mundial. Observa-se que, pelas opções metodológicas já discutidas, os únicos componentes do PIB do agronegócio que se modificam em relação aos resultados encontrados pela presente estudo são os a jusante da agropecuária, os quais apresentaram expressiva redução quando comparados com os resultados obtidos pelo presente estudo. Sendo esses componentes decisivos na determinação do tamanho da contribuição desse setor ao PIB brasileiro, tanto o tamanho do PIB do agronegócio quanto a participação 14

15 relativa de seus componentes serão bastante diversos daqueles encontrados pelo presente estudo. Tabela 6 O PIB do Agronegócio Brasileiro em 2003 a Preços de Mercado, em Valores Correntes, Segundo Proposta do Banco Mundial PIB a preços mercado PIB Agronegócio PIB Agronegócio/PIB 12,9% Agregado I Agregado II Agregado III Agregado IV ,2% 72,9% 16,5% 6,4% Fonte: dados da pesquisa Observa-se que a já mencionada redução no tamanho absoluto das atividades a jusante da agropecuária implicou em alterações significativas nas participações relativas de cada um dos agregados tanto no PIB do agronegócio como no PIB do Brasil. Destaca-se o expressivo aumento da participação da agropecuária no PIB do agronegócio. Esse agregado passa a ser responsável por aproximadamente 72% do PIB do setor, mantendo, pelos motivos já discutidos, a participação de 9,5% do PIB do Brasil. Esse aumento na participação relativa desse agregado se deve à redução do tamanho absoluto da agroindústria no PIB do agronegócio, utilizando-se o modelo do Banco Mundial. O PIB da agroindústria passa a ser de pouco mais de R$ 33 bilhões, o que corresponde a 16,5% do PIB do agronegócio e 2,1% do PIB do Brasil. Em relação ao agregado Serviços e Administração Pública observou-se também uma redução expressiva no seu tamanho absoluto quando da aplicação da proposta do Banco Mundial. A contribuição desse agregado ao PIB do agronegócio em 2003 é de pouco mais de R$ 12,8 bilhões de reais correntes, o que significa 6,4% do PIB do agronegócio ou 0,8% do PIB do País. Finalmente, os insumos industriais representam 4,2% do PIB do setor e 0,5% do PIB do brasileiro. A próxima seção apresenta uma breve discussão sobre o porque das diferenças encontradas entre os diversos estudos que calcularam o PIB do agronegócio. 4 PIB DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UM COMPARATIVO ENTRE RESULTADOS 15

16 A proposta deste capítulo é buscar fazer uma relação entre as metodologias adotadas pelos diversos estudos aqui apresentadas e o impacto dessa opção nos resultados obtidos por eles. Como será visto, tais comparações não são totalmente apropriadas uma vez que a forma como os autores desagregam o agronegócio nem sempre é coincidente, o que influencia no resultado da participação de cada agregado tanto no PIB do País como no do agronegócio. A tabela 7 apresenta o resultado do PIB do agronegócio segundo Guilhoto et al. (2000) Nunes & Contini (2000) e a presente propostapara o ano de 1996 desagregado pelos seus 4 componentes. Observa-se que as atividades industriais depois da porteira (agregado III) têm expressiva participação no PIB do Agronegócio. Os agregados Distribuição e Serviços e a Indústria de base agrícola participaram, cada um, com cerca de 34% do PIB do agronegócio. Por outro lado, a agropecuária e a indústria de insumos para a agropecuária respondem, respectivamente, por 23,4% e 8,6% do PIB do setor. Como mostrado na Tabela 2, em 1996 o PIB do agronegócio segundo essa metodologia representou 27,42% do PIB do Brasil. Um traço comum nos resultados obtidos por esses dois estudos é a expressiva participação dos setores industriais a jusante da agropecuária. Observa-se que, em Nunes & Contini (2000) a participação dos setores industriais a jusante da agropecuária no PIB do setor é de pouco mais de 34%, mesmo percentual obtido por Guilhoto et al (2000). No entanto, os resultados encontrados para a participação do setor núcleo do agronegócio, a agropecuária, no PIB do agronegócio é bastante divergente. Enquanto Nunes e Contini (2000) encontraram um percentual de pouco mais de 42% de participação para esse agregado, em Guilhoto et al. (2000) esse percentual é de apenas 23,31%. Finalmente, vale chamar a atenção para a diferença na participação do agronegócio no PIB do Brasil (ambos a preços de mercado) para o ano de 1996: 20,6% em Nunes e Contini (2000) e 27,42% em Guilhoto et al (2000). Parte expressiva dessa diferença nos resultados se deve basicamente à opção de Guilhoto et al (2000) em considerar todo o valor adicionado dos setores industriais a jusante da agropecuária no PIB do agronegócio, enquanto que Nunes & Contini (2000) consideram, pelo menos para algumas dessas atividades industriais, apenas parcela do seu valor adicionado. 16

17 Tabela 7 PIB do agronegócio em 2003: comparativo de resultados (%) Agregados Banco Mundial CEPEA IPEA AgregadoAgregado/P /PIBagro. IB Agregad o/pibagr Agregad o. o/pib Agregad o/pibag ro. Agregado/PIB Insumos Industriais 4,2 0,5 6,6 2,0 2,7 0,5 Agropecuária 72,9 9,4 31,1 9,5 46,3 9,4 Agroind. e Ind. a Jusante 16,5 2,1 30,3 9,3 25,6 5,2 Serviços e Adm. Pública. 6,4 0,8 32,0 9,8 25,5 5,2 Total 100,0 12,9 100,0 30,6 100,0 20,3 Fonte: CEPEA (2006) e dados da Pesquisa. Os dados da Tabela 7 mostram haver grande disparidade dos resultados de acordo com a metodologia adotada. De acordo com a metodologia do Banco Mundial, a Agropecuária responde por quase ¾ do agronegócio e, portanto, este agregado representaria apenas 13% do PIB. Lembre-se que esses são os cálculos dos autores deste trabalho utilizando a metodologia do Banco e não o resultado obtido por aquela instituição. Por outro lado, pela metodologia do CEPEA, agropecuária, indústria e serviços são responsáveis, cada uma, por cerca de 30% do total e o agronegócio atinge 31% do PIB. Já pela metodologia proposta neste trabalho, os pesos da indústria e serviços seriam bem menores, acarretando uma participação do agronegócio de apenas 20%. Dois aspectos principais podem ser mencionados para justificar a diferença dos resultado entre a nossa proposta e do Banco Mundial apesar da aparente semelhança metodológica. O primeiro se refere ao elevado nível de agregação das atividades e produtos nas Contas Nacionais brasileiras. Como o IBGE apresenta uma desagregação que compreende apenas 43 atividades e 80 produtos esse elevado nível de agregação induz à mencionada superestimativa do tamanho do PIB do agronegócio incorrida pelo presente estudo. Isso ocorre, pois na maioria dos casos não é possível extrair da parcela do consumo intermediário das atividades os produtos (que compõe as atividades de referência) que não são parte do agronegócio (ver nota de rodapé número 5). A segunda surge, implicitamente, pela opção entre a aplicação direta da proposta do Banco Mundial e a versão modificada dessa proposta, na forma como foi feita no presente estudo. 17

18 Na proposta do Banco Mundial tem-se um conceito mais restrito de agronegócio uma vez que a parcela das atividades a jusante da agropecuária considerada agronegócio é dada participação apenas de produtos da agropecuária utilizados como insumos por essas atividades. Com isso, deixa-se de lado parcela importante do agronegócio que corresponde aos produtos agropecuários que passaram por transformações. Por outro lado, a aplicação da versão modificada da proposta do Banco Mundial proporciona um conceito de agronegócio mais amplo e melhor adaptado ao nível de agregação das atividades e produtos nas contas nacionais brasileiras e a uma visão sistêmica de agronegócio. Para exemplificar, tome-se novamente o caso da atividade Indústria Têxtil. Para o ano de 2003 tem-se que, utilizando-se o conceito restrito de agronegócio (proposta do Banco Mundial), apenas 12% do valor adicionado dessa atividade é considerado agronegócio. No entanto, esse percentual passa a 44% quando se utiliza o conceito ampliado de agronegócio proposto pela presente estudo. A razão para essa elevação nas ligações para frente da agropecuária fica evidente pela observação do comportamento do consumo intermediário dessa atividade na Tabela de Usos publicada pelo IBGE. Como já mencionado, a maior parte do consumo intermediário da indústria têxtil é formada por produtos da própria atividade, tecidos e fios têxteis naturais, por exemplo, que em sua origem são produtos agrícolas - mas passaram por transformações em nível industrial - e não por algodão em pluma, que é um produto da atividade agropecuária. O mesmo ocorre com a atividade Celulose, Papel e Gráfica, com a Indústria do Café e com todas as demais atividades de referência do agronegócio. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS No presente trabalho foram discutidas as principais metodologias de mensuração do PIB do Agronegócio, bem como apresentada uma metodologia alternativa de cálculo da participação desse setor no PIB do Brasil. A partir dos resultados encontrados por essa nova metodologia foi possível fazer comparações entre os resultados dos diversos estudos discutidos neste trabalho. Mostrou-se que a forma mais comumente utilizada para quantificar a participação do PIB do agronegócio no PIB total é através da adição ao PIB da agropecuária de todo o valor adicionado das atividades industriais a jusante da agropecuária e de parcela do valor adicionado das indústrias fornecedoras de insumos à agropecuária e do setor de serviços e distribuição. Em linhas gerais, esse foi o método presente em Furtuoso (1998), Guilhoto et al. (2000), Furtuoso & Guilhoto (2003) e IICA (2003). No entanto, seguindo a crítica presente no estudo do Banco Mundial, discutido no presente relatório, calcular o tamanho da contribuição do agronegócio ao produto nacional e a sua participação relativa no PIB, pela simples agregação ao agronegócio de todo o valor adicionado das atividades a ele relacionadas, acaba por superestimar a importância do PIB do agronegócio no PIB do Brasil. Ora, imagine o que ocorreria se vários outros setores da economia brasileira decidissem estimar a sua real contribuição ao produto nacional agregando à atividade núcleo todo o valor adicionado das atividades a ela relacionadas. 18

19 Com certeza, a posição do Brasil no ranking das maiores economias do mundo melhoraria substancialmente, porém, artificialmente. Isso ocorreria por que ao PIB de qualquer indústria pode ser atribuída a contribuição de vários setores de atividades. Da comparação entre os resultados da presente pesquisa e os resultados obtidos a partir da metodologia proposta por Guilhoto et al. (2000) observou-se diferenças não só na participação relativa dos agregados que compõe o PIB do agronegócio, mas, mais importante, uma diferença significante no tamanho absoluto do PIB do setor. A razão dessa diferença se deve basicamente, como já mencionado diversas vezes, à consideração de todo o valor adicionado de setores industriais a jusante da agropecuária como sendo valor adicionado do agronegócio. Como resultado, tomando-se como exemplo o ano de 2003, a participação do agronegócio no PIB brasileiro foi de 20,3% utilizando-se a metodologia proposta pelo presente estudo e de 30,6% utilizando-se a proposta de Guilhoto et al. (2000). Da comparação com os resultados de Nunes & Contini (2000) observou-se que a participação do agronegócio no PIB segundo o método desenvolvido pela presente pesquisa foi bastante próximo ao encontrado pelos autores, 20,54%, enquanto que o encontrado por eles para o mesmo ano foi de 20,6%. Essa similaridade nos resultados encontrados pelos dois estudos se deve ao fato de ambos terem adotado a regra da proporcionalidade, ainda de que de formas diferentes, na consideração de quais setores a jusante da agropecuária seria considerado pertencente ao agronegócio ou complexo agroindustrial. Esse fato fez com que mesmo tendo considerado algumas atividades industriais a jusante da agropecuária como 100% pertencentes ao agronegócio 2 o estudo de Nunes & Contini (2000) não tenha gerado um resultado muito diverso do obtido pelo presente estudo. Este estudo considerou que a proposta do Banco Mundial requeria algumas adaptações para ser aplicada adequadamente ao caso brasileiro. Um dos motivos é que com base nessa metodologia, o conceito de agronegócio é bastante restrito. Isso porque que a parcela das atividades industriais incluída no conceito de agronegócio restringe-se ao percentual correspondente à participação dos produtos da agropecuária no consumo intermediário aplicado ao VA dessas atividades. Uma vez que as ligações para frente segundo essa proposta se referem apenas à participação de produtos da agropecuária no consumo intermediário das atividades a jusante, os percentuais de ligações para frente da agropecuária encontrados foram menores do que os encontrados pelo presente estudo. Com isso, o resultado final foi um PIB do agronegócio bastante inferior ao encontrado utilizando-se a versão modificada, ou seja, a proposta que inclui as atividades de referência do agronegócio. A aplicação direta da proposta do Banco Mundial gerou para 2003 um PIB do agronegócio de R$ 200,6 bilhões de reais correntes, o que correspondeu a 12,9% do PIB brasileiro. Ao 2 Celulose, papel e gráfica, Indústria do café, Beneficiamento de Produtos Vegetais, Abate de Animais, Indústria de Laticínios, Indústria do Açúcar, Fabricação de Óleos Vegetais e Outros Produtos Alimentares. 19

20 mesmo tempo, o PIB do agronegócio encontrado pelo presente estudo para 2003 foi de R$ 315,9 bilhões de reais correntes, o que representou 20,3% do PIB. Considera-se que os objetivos iniciais do presente estudo foram alcançados. Adaptou-se o modelo proposto pelo Banco Mundial ao caso brasileiro e os resultados obtidos a partir dessa nova metodologia mostraram-se bastante consistentes com a realidade do agronegócio brasileiro. Infelizmente, no entanto, não foi possível calcular o PIB do agronegócio para anos mais recentes devido a periodicidade de publicação das tabelas de Recursos e Usos do IBGE, cujo último ano de publicação foi BIBLIOGRAFIA Araújo, N.B.; Wedekin, I.; Pinazza, L.A. Complexo Agroindustrial: o agribusiness brasileiro. São Paulo: Agroceres, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ/USP). Acessado em 29/03/2006. Davis, J.H.; Goldberg, R. A Concept of Agribusiness. Boston, Harvard University, Furtuoso, M.C.O. O Produto Interno Bruto do Complexo Agroindustrial Brasileiro, Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, Furtuoso, M.C.O.; Guilhoto, J.J.M. Estimativa e Mensuração do Produto Interno Bruto do Agronegócio da Economia Brasileira 1994 a Revista Brasileira de Economia e Sociologia Rural, v. 43, n.4, Gasques, J.G. Gastos Públicos na Agricultura. Brasília: IPEA, Mimeo. Guilhoto, J.J.M. et al ; Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v.24, n.2, 1994 Guilhoto, J.M.G.; Furtuoso, O.C.M.; Barros, G.S.C. O Agronegócio na Economia Brasileira 1994 a Confederação Nacional da Agricultura, Hirschman, A.O. The strategy of economic development. New Haven: Yale University Press, IBGE. Matriz de insumo - produto de IBGE, Rio de Janeiro, 1999a. Sistema de contas nacionais do Brasil. Vários números. Rio de Janeiro. Medina, M.H. Definição da Agropecuária no Contexto das Contas Nacionais. Relatório de Pesquisa Rede-IPEA. Rio de Janeiro, Ago./2005. Mimeo. Medina, M.H. Definição da Agropecuária no Contexto das Contas Nacionais. Relatório de Pesquisa Rede-IPEA. Rio de Janeiro, Ago./2005. Mimeo. Nunes, E.P,; Contini, E. Dimensão do complexo Agroindustrial Brasileiro. Associação Brasileira de Agribusiness, Pinheiro, F.C. de Freitas. Compatibilização de Produtos do Agronegócio (CNAE/IBGE) com as Estatísticas de Comércio Exterior (NCM). Relatório de Pesquisa Rede-IPEA. Rio de Janeiro, Nov./2005. Mimeo. Rasmussen, P. Studies in intersectorial relations. Amsterdam: North Holland,

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