A FORTUNA DAS AFORTUNADAS Dados para uma análise comparada da História dos arquipélagos atlânticos nos séculos XV e XVI.

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1 Rua dos Ferreiros, Funchal Telef ( ) Fax ( ) A FORTUNA DAS AFORTUNADAS Dados para uma análise comparada da História dos arquipélagos atlânticos nos séculos XV e XVI. ALBERTO VIEIRA COMO REFERENCIAR ESTE TEXTO: Vieira, Alberto, A FORTUNA DAS AFORTUNADAS-Dados para uma análise comparada da História dos arquipélagos atlânticos nos séculos XV e XVI, online, Funchal, CEHA, disponível em: data da visita: / / RECOMENDAÇÕES O utilizador pode usar os livros digitais aqui apresentados como fonte das suas próprias obras, usando a norma de referência acima apresentada, assumindo as responsabilidades inerentes ao rigoroso respeito pelas normas do Direito de Autor. O utilizador obriga-se, ainda, a cumprir escrupulosamente a legislação aplicável, nomeadamente, em matéria de criminalidade informática, de direitos de propriedade intelectual e de direitos de propriedade industrial, sendo exclusivamente responsável pela infracção aos comandos aplicáveis.

2 A FORTUNA DAS AFORTUNADAS Dados para uma análise comparada da História dos arquipélagos atlânticos nos séculos XV e XVI. ALBERTO VIEIRA. CEHA(Funchal-MADEIRA) O Atlântico, que a História nos recorda é acima de tudo o mundo das ilhas. Aqui encontramos um conjunto polifacetado de ilhas e arquipélagos que foram relevantes no processo histórico do Oceano, actuando como intermediários entre o mar alto e os portos litorais dos continentes europeu, africano e americano. As ilhas anicham-se, de um modo geral, junto da costa dos continentes africano e americano, pois apenas os Açores, Santa Helena, Ascensão e o grupo de Tristão da Cunha se distanciam dela. Foi Gaspar Frutuoso, quem em finais do século XVI pela primeira vez reconheceu a identidade e protagonismo histórico deste espaço, reservando-lhe a sua obra monumental sob o título Saudades da Terra 1. Depois, a Historiografia do século XX veio dar-lhe razão. Assim, com o pioneiro estudo de Fernand Braudel (1) as ilhas adquiriram, de novo, um protagonismo evidente, sendo consideradas uma posição chave do oceano e litoral dos continentes que o abraçam. A partir daqui a Historiografia passou a manifestar grande interesse pelo seu estudo. Pierre Chaunu (2), diz-nos que a intervenção dos arquipélagos da Madeira, Canárias e Açores, que designou Mediterrâneo Atlântico, na economia castelhana dos séculos XV e XVII foi muito activa (3). No Atlântico português a actuação acontece em três frentes -- Costa da Guiné, Brasil e Índico -- alargou os enclaves de domínio ao sul do oceano, surgindo cinco vértices insulares-- Açores, Canárias, Cabo Verde, Madeira e S. Tomé -- imprescindíveis para a afirmação da hegemonia e defesa das rotas oceânicas dos portugueses. Foi aí que a coroa portuguesa assentou os principais pilares atlânticos, fazendo das ilhas até então abandonadas, lugares de acolhimento e repouso para os náufragos, ancoradouro seguro e abastecedor para as embarcações e espaços agrícolas dinamizadores da economia portuguesa. No primeiro caso podemos referenciar a Madeira, Canárias, Cabo Verde, S. Tomé, Santa Helena e Açores, que emergem, a partir de princípios do século XVI, como os principais eixos das rotas do Atlântico. Aqui há necessidade de diferenciar as ilhas que se afirmaram como pontos importantes das rotas intercontinentais, como foi o caso das Canárias, Santa Helena e Açores, e as que se filiam nas áreas económicas litorais, como sucedeu com Arguim, Cabo Verde, e o arquipélago do Golfo da Guiné. Todas viveram numa situação de dependência em relação ao litoral que as tornou importantes. Apenas a de S. Tomé, pela importância da cana-de-açúcar, esteve fora da subordinação litoral por algum tempo. O protagonismo das Canárias e Açores é muito mais evidente no traçado das rotas oceânicas que se dirigiam e regressavam das Índias ocidentais e orientais, resultado da posição às portas do oceano. Actuaram como via de entrada e de saída das rotas oceânicas, 1. São sete livros, contemplando os arquipélagos dos Açores, Canárias, Cabo Verde e Madeira. Cf. Miguel Tremoço de Carvalho, Gaspar Frutuoso. O Historiador das Ilhas, Funchal, 2001.

3 o que motivava a maior incidência da pirataria e corso. Mas os dois arquipélagos não foram apenas áreas de apoio, uma vez que o solo fértil permitiu o aproveitamento por meio das culturas europeio-mediterrâneas. Foi isto que os projectou para um lugar relevante na História do Atlântico. Atente-se que a valorização não foi unilinear, dependendo da confluência de dois factores. Primeiro, os rumos definidos para a expansão atlântica e os níveis de expressão em cada um, depois as condições propiciadoras de cada ilha ou arquipélago em termos físicos, de habitabilidade, da existência ou não de população autóctone. Apenas as Antilhas, Canárias e a pequena ilha de Fernão do Pó, no Golfo da Guiné, estavam já ocupadas quando aí chegaram os marinheiros peninsulares. As restantes encontravam-se abandonadas ---- não obstante falar-se de visitas esporádicas às ilhas dos arquipélagos de Cabo Verde e S. Tomé por parte das gentes costeiras ---- o que favoreceu o imediato e rápido povoamento, quando as condições o permitiam. Se na Madeira a tarefa foi fácil, não obstante as condições hostis da orografia, o mesmo não se poderá dizer dos Açores ou de Cabo Verde, onde os primeiros colonos enfrentaram diversas dificuldades. Para as ilhas já ocupadas as circunstâncias foram diferentes, pois enquanto nas Canárias os castelhanos defrontaram-se com os autóctones por largos anos (1402/1496). Já em Fernão do Pó e nas Antilhas foi mais fácil vencer a resistência indígena. Nos séculos XV e XVI ilhas e arquipélagos firmaram um lugar de relevo na economia atlântica, distinguindo-se pela função de escala económica ou mista. No primeiro caso surgem as ilhas de Santa Helena, Ascensão, Tristão da Cunha, para o segundo, as Antilhas e a Madeira e, no terceiro, as Canárias, Os Açores, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. No grupo emergem a Madeira e as Canárias pelo pioneirismo da ocupação que, por isso mesmo, se projectaram no restante espaço atlântico por meio de portugueses e castelhanos. Daqui resultará, sem dúvida, a vinculação económica e institucional da Madeira ao espaço atlântico português, como o é das Canárias com as índias de Castela. Daí também a importância que assume para o estudo e conhecimento da História do Atlântico a valorização da pesquisa histórica sobre ambos os arquipélagos (4). As ilhas jogaram um papel fundamental na estratégia de afirmação colonial no Novo Mundo, como pilares destacados do complexo que começou a construir-se a partir do século XV. De imagem do Paraíso passaram a espaços de rica exploração económica, escalas retemperadoras e de apoio aos intrépidos marinheiros. Aos poucos adquiriram a merecida posição na estratégia colonial, projectando-se nos espaços continentais próximos e longínquos. Abriram as portas do Atlântico e mantiveram-se até a actualidade como peças fundamentais. Foram aberturas para a descoberta do oceano como para a afirmação e controlo dos mercados continentais vizinhos, como sucedeu em Cabo Verde e S. Tomé. Os séculos XVIII e XIX não foram de menor protagonismo para os insulares. Manteve-se a missão de escala da navegação e comércio, associada agora a centros de apoio e laboratórios da ciência. Cientistas cruzam-se com mercadores e seguem as rotas delineadas desde o século XV. Juntaram-se, depois, os "turistas", que afluem às ilhas desde o século XVIII na busca de cura para a tísica pulmonar ou à descoberta. Foi o início de um movimento que esteve na origem da actual vocação das ilhas. O protagonismo das ilhas, acima referenciado, abona em favor da ideia que os portugueses terão criado um império anfíbio, que teve como principais alicerces as ilhas. A omnipresença do mar está patente num provérbio chinês: os portugueses são como peixes, que morrem quando se lhes tira a água (5).

4 DO MITO À REALIDADE A Europa terá partido no século XV à procura do Éden bíblico e da literatura clássica greco-romana. O mesmo ideal juntou Colombo e os navegadores portugueses (6). As ilhas materializam este retorno ao Éden, que aos poucos se perdeu, como sucedera aos primogénitos Adão e Eva. Os descobrimentos dos séculos XV e XVI deram lugar aos dos séculos XVIII e XIX em que as ilhas se apresentam de novo o paraíso redescoberto pelo viajante, tísico e turista, e recuperado ou revelado ao cientista, seja ele inglês, alemão ou francês. A imagem bíblica do Éden dominava a mente dos que visitaram ou nos legaram escritos sobre as ilhas. O Paraíso está teimosamente presente e domina todos ou quase todos os testemunhos dos que tiveram o privilégio de as redescobrir a partir do século XVIII. Na Antiguidade Clássica, o paraíso confundia-se com as ilhas e para o mundo grego eram sinónimo das Afortunadas, Hespérides, que é o mesmo que dizer as ilhas do Atlântico Oriental (7). A Antiguidade Clássica deixou testemunhos reveladores do conhecimento das ilhas do Atlântico Oriental, através da memória dos périplos. O primeiro realizado no tempo do Faraó Necao ( AC.), a que se seguiram os de Hannon de Cartago no séc. V AC. e de Scylax no séc. IV AC, e finalmente a viagem de Sataspes no séc. V AC (8). O conhecimento das ilhas atlânticas ainda que escasso persistiu na memória oral e misturou-se com a lenda. A FORTUNA A fortuna das Afortunadas está bem patente no papel que assumiram no mundo atlântico a partir do século XV. As ilhas foram escalas retemperadoras após as delongas viagens oceânicas e espaços de explorações económica. Daqui resultou uma forte vinculação ao mundo europeu que nunca prescindiu da posse na estratégia expansionista e de domínio do espaço atlântico. O progresso das comunicações não lhes retirou protagonismo, antes pelo contrário revalorizou. Os portos dos veleiros deram lugar aos vapores e aos cabos submarinos e acabaram cedendo aos aeroportos. Hoje, as ilhas, como espaços independentes ou autónomos, continuam a assumir a vinculação europeia, apostando na vocação turística. ESCALAS DO OCEANO Uma das funções privilegiadas das ilhas, foi o serviço de escala oceânica, servindo de apoio aos que sulcavam o oceano em distintos sentidos. Primeiro escalas de descobrimento que abriram os caminhos para as rotas comerciais e depois escalas do percurso de afirmação da Ciência através das expedições científicas que dominaram os areópagos europeus a partir do século XVIII. Umas e outras entrecruzam-se e revelam quão importante foi para a Europa o mundo das ilhas. ESCALAS COMERCIAIS

5 O Atlântico surge, a partir do século XV, como o principal espaço de circulação dos veleiros, definindo-se um intricado liame de rotas de navegação e comércio entre o velho continente e as costas africana e americana e as ilhas. A multiplicidade de rumos resultou da complementaridade económica das áreas insulares e continentais, consequência das formas de aproveitamento económico aí adoptadas. As condições geofísicas do oceano, definidas pelas correntes e ventos que delinearam o traçado das rotas e os rumos das viagens. A mais importante e duradoura de todas as rotas foi sem dúvida a que ligava as Índias (ocidentais e orientais) ao velho continente. Galvanizou o empenho dos monarcas, populações ribeirinhas e acima de tudo os piratas e corsários, expressando-se por múltiplas escalas apoiadas nas ilhas que polvilhavam as costas ocidentais e orientais do mar: primeiro as Canárias e raramente a Madeira, depois Cabo Verde, Santa Helena e os Açores. Nos arquipélagos, definidos como Mediterrâneo Atlântico, a intervenção nas grandes rotas fez-se a partir de algumas ilhas, sendo de referir a Madeira, Gran Canaria, La Palma, La Gomera, Tenerife, Lanzarote e Hierro, Santiago, Flores e Corvo, Terceira e S. Miguel.. As rotas portuguesas e castelhanas apresentavam um traçado diferente. As primeiras divergiam de Lisboa, as castelhanas partiam de Sevilha com destino às Antilhas, tendo como pontos importantes do raio de acção os arquipélagos das Canárias e Açores. Ambos os centros de apoio estavam sob soberania distinta: o primeiro era castelhano desde o século XV, enquanto o segundo português, o que não facilitou muito o apoio. Por um lapso tempo ( ) o território entrou na esfera de domínio castelhano, sem que tivesse significado maior segurança às armadas. Apenas neste período se intensificaram as operações de represália de franceses, ingleses e holandeses. A escala açoriana justificava-se mais por necessidade de protecção das armadas do que por necessidade de reabastecimento ou reparo das embarcações. Era à entrada dos mares açorianos, junto da ilha das Flores, que se reuniam os navios das armadas e se procedia ao comboiamento até o porto seguro na península, furtando-os à cobiça dos corsários, que infestavam os mares. Desde o início que a segurança das frotas foi uma das mais evidentes preocupações para a navegação atlântica pelo que ambas as coroas peninsulares delinearam, em separado, um plano de defesa e apoio. Em Portugal tivemos, primeiro, o regimento para as naus da Índia nos Açores, promulgado em 1520, em que foram estabelecidas normas para impedir que as mercadorias caíssem nas mãos da cobiça do contrabando e corso. A necessidade de garantir com eficácia tal apoio e defesa das armadas levou a coroa portuguesa a criar, em data anterior a 1527, a Provedoria das Armadas, com sede na cidade de Angra (9). A nomeação em 1527 de Pero Anes do Canto de provedor das armadas da Índia, Brasil e Guiné, marca o início da viragem. Ao provedor competia a superintendência de toda a defesa, abastecimento e apoio às embarcações em escala ou de passagem pelos mares açorianos. Além disso estava sob as suas ordens a armada das ilhas, criada expressamente para comboiar, desde as Flores até Lisboa, todas aquelas provenientes do Brasil, Índia e Mina. No período de 1536 a 1556 há notícia do envio de pelo menos doze armadas com esta missão. Depois, procurou-se garantir nos portos costeiros do arquipélago um ancoradouro seguro construindo-se as fortificações necessárias. Tal estrutura de apoio fazia falta aos castelhanos numa área considerada crucial para a navegação atlântica, e por isso por diversas vezes solicitaram o apoio das autoridades açorianas. A ineficácia ou a necessidade de uma guarda e defesa mais actuante obrigou-os a

6 reorganizar a carreira, criando o sistema de frotas. Desde 1521 as frotas passaram a usufruir de uma nova estrutura organizativa e defensiva. No começo foi o sistema de frotas anuais artilhadas ou escoltadas por uma armada. Depois a partir de 1555 o estabelecimento de duas frotas para o tráfico americano: Nueva Espana e Tierra Firme. O activo protagonismo do arquipélago açoriano e, em especial, da ilha Terceira é referenciado com certa frequência por roteiristas e marinheiros que deram conta das viagens ou os literatos açorianos que presenciaram a realidade. Todos falam da importância do porto de Angra que, no dizer de Gaspar Frutuoso, era "universal escala do mar do poente" (10). A participação do arquipélago madeirense nas grandes rotas oceânicas foi esporádica, justificando-se a ausência pelo seu posicionamento marginal em relação ao traçado ideal. A ilha não ficou alheia ao roteiro atlântico, evidenciando-se em alguns momentos como escala importante das viagens portuguesas com destino ao Brasil, Golfo da Guiné e Índia. Inúmeras vezes a escala madeirense foi justificada mais pela necessidade de abastecer as embarcações de vinho para consumo a bordo do que pela falta de água ou víveres frescos. Não se esqueça que o vinho era um elemento fundamental da dieta de bordo, sendo referenciado pelas qualidades profiláticas no combate ao escorbuto. Acresce, ainda, que tinha a garantia de não se deteriorar com o calor dos trópicos, antes pelo contrário ganhava um envelhecimento prematuro. Era o chamado vinho da roda, tão popular nos séculos seguintes. Motivo idêntico conduziu à assídua presença dos ingleses, a partir de finais do século dezasseis. A proximidade da Madeira em relação aos portos do litoral peninsular, associada às condições dos ventos e correntes marítimas foi o principal obstáculo à valorização da ilha no contexto das navegações atlânticas. As Canárias, porque melhor posicionadas e distribuídas por sete ilhas em latitudes diferentes, estavam em condições de oferecer o adequado serviço de apoio. Todavia a situação conturbada que aí se viveu, resultado da disputa pela sua posse pelas duas coroas peninsulares e a demorada pacificação da população indígena, fizeram com que a Madeira surgisse no século XV como um dos principais eixos do domínio e navegação portuguesa no Atlântico. Segundo Zurara a ilha foi desde 1445 o principal porto de escala para as navegações ao longo da costa africana. Mas o maior conhecimento dos mares, os avanços tecnológicos e náuticos retirou ao Funchal a posição charneira nas navegações atlânticas, sendo substituído pelos portos das Canárias ou Cabo Verde. Já a partir de princípios do século XVI a Madeira afirma-se como um ponto de referência para a navegação atlântica, uma escala ocasional para reparo e aprovisionamento de vinho. Apenas o surto económico da ilha conseguirá atrair as atenções das armadas, navegantes e aventureiros. Em síntese, as ilhas são as portas de entrada e saída e por isso mesmo assumiram um papel importante nas rotas atlânticas. Mas para sulcar longas distâncias rumo ao Brasil, à costa africana ou ao Indico, era necessário dispor de mais portos de escala, pois a viagem era longa e difícil. As áreas comerciais da costa da Guiné e, depois, com a ultrapassagem do cabo da Boa Esperança, as indicas tornaram indispensável a existência de escalas intermédias. Primeiro Arguim, feitoria e escala para a zona da Costa da Guiné, depois, com a revelação de Cabo Verde, a ilha de Santiago a principal escala da rota de ida para os portugueses e podia muito bem substituir as Canárias ou a Madeira, o que realmente aconteceu. Outras mais ilhas foram reveladas e tiveram uma lugar proeminente no traçado das rotas. É o caso de S. Tomé para a área de navegação do golfo da Guiné e de Santa Helena para as caravelas da rota do Cabo. A projecção dos arquipélagos de S. Tomé e Cabo Verde sobre os espaços

7 vizinhas da costa africana levou a coroa a criar duas feitorias (Santiago e S. Tomé) como objectivo de controlar as transacções comerciais da costa africana. No Atlântico sul as principais escalas das rotas do Índico assentavam nos portos das ilhas de Santiago, Santa Helena e Ascensão. Aí as armadas reabasteciam-se de água, lenha, mantimentos ou procediam a ligeiras reparações. Releva-se, ainda, a de Santa Helena como escala de reagrupamento das frotas vindas da Índia, depois de ultrapassado o cabo, isto é, missão idêntica à dos Açores no final da travessia oceânica. Esta função da ilha de Santiago com escala do mar oceano foi efémera. A partir da década de trinta do século XVI as escalas são menos assíduas. O mar era já conhecido e as embarcações de maior calado permitiam viagens mais prolongadas. Apenas os náufragos dos temporais aí aparecem à procura de refugio. O posicionamento das ilhas no traçado das rotas de comércio e navegação atlântica fez com que as coroas peninsulares dirigissem para aí todo o empenho nas iniciativas de apoio, defesa e controlo do trato comercial. As ilhas funcionavam como bastiões avançados, suportes e símbolos da hegemonia peninsular no Atlântico. A disputa pelas riquezas em circulação tinha lugar em terra ou no mar, onde incidiam piratas e corsários. Deste modo uma das maiores preocupações das autoridades era a defesa dos navios. Nas ilhas da Guiné isso nunca foi conseguido, tardando, ao contrário do que sucedeu na Madeira, Açores e Canárias, o delineamento de um sistema defensivo em terra e no mar, o que explica a vulnerabilidade, evidente na primeira metade do século XVII com as inúmeras investidas inglesas e holandesas. O século foi marcado pela mudança do sistema de rotas do Atlântico. Os progressos no desenvolvimento da máquina a vapor deram origem a um novo plano de portos de escala, capazes de fornecer os produtos e o carvão para as máquinas. Nos Açores o porto de Angra cedeu o lugar aos da Horta e Ponta Delgada, enquanto em Cabo Verde a ilha de Santiago foi substituída pela de S. Vicente, lugar que disputava com as Canárias. Entretanto o Funchal viu reforçada pela dupla oferta como porto carvoeiro e do vinho da ilha, o que fez atrair inúmeras embarcações inglesas e americanas. A par disso a posição privilegiada que os ingleses gozavam na ilha levou a que se servissem do porto como base para as actividades de corso contra os franceses e castelhanos. A nova aposta no sector de serviços de apoio à navegação comercial e passageiros dependerá de uma outra política, a dos portos francos. O Funchal foi no século XVIII um centro chave das transformações sócio-políticas então operadas, de ambos os lados do oceano, fruto da forte presença da comunidade inglesa e o facto de a ter transformado num centro para a afirmação colonial e marítima, a partir do século XVII. A vinculação da ilha ao império britânico éevidente no quotidiano e devir histórico madeirenses dos séculos XVIII e XIX (11). A Madeira, no decurso do século XVIII, firmou a vocação atlântica, contribuindo para isso o facto de os ingleses não dispensarem o porto e o vinho madeirense na estratégia colonial. As diversas actas de navegação (1660, 1665), corroboradas pelos tratados de amizade, de que merece relevo especial o de Methuen (1703) (12), foram os meios que abriram o caminho para que a ilha entrasse na área de influência do mundo inglês (13). Aos poucos ganharam uma posição de respeito na sociedade madeirense que, por vezes, se tornava incomodativa (14). A presença e importância da feitoria inglesa, no decurso do século XVIII, é uma realidade insofismável. A comunidade inglesa usufruía na ilha um estatuto diferenciado que lhe dava a possibilidade de possuir um cemitério próprio, desde 1761, direito a igreja, enfermaria, conservatória (15) e juiz privativo. Esta opção, embora da primeira vez colhesse o governador de surpresa, parece ser desejada, pois em 1898 as autoridades de S. Miguel, depois de tomar conta do

8 sucedido, manifestou o desejo que o mesmo sucedesse nos Açores de forma a evitar-se o perigo dos franceses (16). A presença de armadas inglesas no Funchal era constante e o relacionamento com as autoridades locais amistoso, sendo recebidos pelo governador com toda a hospitalidade (17). De entre estas relevam-se as de 1799 e 1805, compostas, respectivamente de 108 e 112 embarcações (18). Para além disso era assídua a presença de uma esquadra inglesa a patrulhar o mar madeirense, sendo a de 1780 comandada por Jonhstone (19). A partir de meados do século XIX o Funchal especializou-se como porto de escala de navios de passageiros, com especial destaque para os ingleses. Para isso contribuiu a presença britânica e a afirmação da ilha com estância turística. Daqui resulta que o porto funchalense recobrou forças e novas funções face aos novos desafios da navegação oceânica. Nos Açores assiste-se no decurso do século XVII a uma clara mudança dos espaços portuários de dimensão intercontinental. Assim, a Horta, pela posição charneira no grupo central e destaque que assumiu no apoio à baleação americana, acabou por se transformar num porto oceânico de apoio às pescarias, ao comércio americano e de fornecimento de carvão, retirando a importância de Angra. A situação foi reforçada na segunda metade do século XIX com a amarração dos cabos submarinos. Por outro lado, o grande centro económico do arquipélago era a ilha de S. Miguel, o que implica a valorização do porto de mar. Também em Cabo Verde ocorreram mudanças que levaram à desvalorização de Santiago em favor de S. Vicente. O porto oceânico transformou-se num oásis oceânico das embarcações a vapor que aí procuravam o necessário abastecimento de carvão e num eixo destacado de amarração de cabos submarinos. Tudo isto ficou mais claro a partir 1838 quando se criou a vila nas proximidades do Porto Grande e se procedeu à instalação do primeiro depósito de carvão, pelo cônsul inglês John Rendall. A situação mudou a partir de 1883, pois a agressividade espanhola através dos portos francos de Las Palmas e Santa Cruz de Tenerife, associada à modernização do porto francês de Dakar, conduziram à desvalorização dos portos portugueses nas ilhas. Já no século XX a situação é distinta às ilhas. O jogo de interesses entre o continente europeu e americano fez com que algumas ilhas se transformassem em peças chave da hegemonia económica. Daqui resultou a disputa entre Alemanha e Inglaterra para conseguir traze-las à esfera de influência. A política dos sanatórios foi o subterfúgio usado pelos alemãs para iludir as pretensões expansionistas no Atlântico. Na base está o conflito gerado pela questão dos sanatórios na Madeira, que teve como instigador a Inglaterra (20). Mais uma vez a Inglaterra usufruiu de uma posição favorável ao reivindicar a tradição histórica da aliança (21). A percepção da importância das ilhas na afirmação da hegemonia marítima britânica levou Thomas Ashe(1813) (22) a reivindicar para os Açores a transformação num protectorado britânico. Nos anos vinte os vapores começaram a ceder lugar às "máquinas voadoras" e paulatinamente a aviação civil foi conquistando o mercado de transporte de passageiros. Mesmo assim as ilhas continuaram por muito tempo a manter o papel de apoio às rotas transatlânticas. Nos Açores tivemos Santa Maria, enquanto em Cabo Verde idêntico papel foi atribuído ao Sal desde 1939 (23).

9 Até ao aparecimento e vulgarização da telegrafia sem fios a estratégia de circulação da informação assentava nas ilhas. A Madeira, a Horta e São Vicente foram de novo motivo de disputa e interesses por ingleses e alemães (24). A Horta rapidamente se transformou num nó de amarração de cabos submarinos que ligavam a Europa, América, África do Sul e Brasil, assinalando-se em 1926 a existência de quinze cabos (25). O mesmo acontecia na ilha de S. Vicente onde amarrou o primeiro cabo inglês em ESCALAS DA CIÊNCIA A literatura científica e de viagens definiu, desde o século dezoito, este conjunto de ilhas como uma unidade merecedora de atenção. São as Western Islands que encabeçam os títulos das publicações (26). Aqui entendia-se quase sempre os Açores, mas muitas vezes associavase as Canárias, a Madeira e, raramente Cabo Verde. Esta unidade ficou estabelecida na designação de Macaronésia, de acordo com a designação atribuída na Antiguidade Clássica. Note-se que o mais antigo testemunho que se conhece da vida vegetal e animal aparece nas volumosas Saudades da Terra de Gaspar Frutuoso ( ), escritas no último quartel do século XVI. Aliás, pode ser considerado precursor dos naturalistas do século XVIII. Aí é possível fazer um percurso por todas as ilhas e constatar a riqueza natural e a que resultou da acção do colono europeu. Mesmo assim o rastreio não é exaustivo tornando-se difícil ao cientista saber com exactidão quais os elementos vegetais e animais indígenas e os que resultaram da ocupação europeia. A descoberta foi tardia, como veremos. Apenas o homem do século XVIII sentido necessidade de o fazer e foi a partir de então que tivemos notícia do quadro natural das ilhas. Entretanto haviam passado mais de três séculos de presença europeia em que as espécies do velho continente se haviam mesclado com as do novo. As ilhas entraram rapidamente no universo da ciência europeia dos séculos XVIII e XIX. Ambas as centúrias foram momentos de assinaláveis descobertas do mundo através do estudo sistemático da fauna e flora (27). Daqui resultou dois tipos de literatura com públicos e incidências temáticas distintas. Os textos turísticos, guias e memórias de viagem, que apelavam o leitor para a viagem de sonho à redescoberta do recanto do paraíso que se demarca dos demais pela beleza incomparável da paisagem, variedade de flores e plantas. Já os tratados científicos apostam na divulgação através daquilo que o identifica. As técnicas de classificação das espécies da fauna e flora tiveram um espaço ideal de trabalho. (28). O século XX anuncia-se como o momento ecológico. As preocupações com a preservação do pouco manto florestal existente e da recuperação dos espaços ermos eram acompanhadas da crítica impiedosa aos responsáveis. Não será inoportuno recordar que as preocupações ambientalistas que vão no sentido de estabelecer um equilíbrio do quadro natural e travar o impulso devastador do homem não são apenas apanágio do homem do século XX. Na Madeira como nas demais ilhas sucedem-se regimentos e posturas que regulamentam esta relação. Nas Canárias e nos Açores a situação das diversas ilhas não foi uniforme. Os problemas de desflorestação fizeram-se sentir com maior acuidade nas do primeiro arquipélago, Assim, em Gran Canaria já em princípios do século XVI a falta de madeiras e lenhas era evidente, assim o testemunham as posturas e intervenção permanente das autoridades locais e a coroa (29). A solução estava no recurso às demais ilhas, nomeadamente Tenerife e La Palma. Mesmo nestas começaram a fazer-se a sentir as mesmas dificuldades. Nos Açores o facto de a cultura da cana não alcançar o mesmo sucesso da Madeira e Canárias salvou o espaço florestal deste efeito predador.

10 A Madeira surge, nos alvores do século XV, como a primeira experiência de ocupação em que se ensaiaram produtos, técnicas e estruturas institucionais. Tudo isto foi, depois, utilizado, em larga escala, noutras ilhas e no litoral africano e americano. O arquipélago actuou como centro de irradiação dos sustentáculos da nova sociedade e economia do mundo atlântico: primeiro os Açores, depois os demais arquipélagos e regiões costeiras onde os portugueses aportaram. A par disso foi, nos alvores do século XV, a primeira experiência de ocupação em que se ensaiaram produtos, técnicas e estruturas institucionais. Tudo isto foi depois utilizado em larga escala noutras ilhas e no litoral africano e americano. No traçado das rotas oceânicas situava-se o Mediterrâneo Atlântico com um papel primordial na manutenção e apoio à navegação atlântica. A Madeira e as Canárias foram, nos séculos XV e XVI, entrepostos do comércio no litoral africano, americano e asiático. Os portos principais da Madeira, Gran Canaria, La Gomera, Hierro, Tenerife e Lanzarote animaramse de forma diversa com o apoio à navegação e comércio nas rotas da ida, enquanto nos Açores, com as ilhas de Flores, Corvo, Terceira, e S. Miguel, a escala necessária e fundamental da rota de retorno. Esta posição demarcada do Mediterrâneo Atlântico no comércio e navegação atlântica fez com que as coroas peninsulares investissem todas as tarefas de apoio, defesa e controle do trato comercial. As ilhas são assim bastiões avançados, suportes e os símbolos da hegemonia peninsular no Atlântico. A disputa pela riqueza em movimento no oceano fazia-se na área definida por elas e atraiu piratas e corsários ingleses, franceses e holandeses, ávidos das riquezas em circulação. Uma das maiores preocupações das coroas peninsulares foi a defesa das embarcações das investidas dos corsários europeus. A área definida pela Península Ibérica, Canárias e Açores foi o principal foco de intervenção do corso europeu sobre os navios que transportavam açúcar ou pastel ao velho continente. Por outro lado o protagonismo não se fica só pelos séculos XV e XVI, pois as navegações e explorações oceânicas nos séculos XVIII e XIX levaramnas a assumir uma nova função para os europeus. De primeiras terras descobertas passaram a campos de experimentação e escalas retemperadoras da navegação na rota de ida e regresso. Finalmente, no século XVIII desvendou-se uma nova vocação: as ilhas como campo de ensaio das técnicas de experimentação e observação directa da natureza. A afirmação da Ciência na Europa fez delas escala para as constantes expedições científicas dos europeus. O enciclopedismo e as classificações de Linneo (1735) tiveram nas ilhas um bom campo de experimentação. Tenha-se em conta as campanhas da Linnean Society e o facto de o próprio presidente da sociedade, Charles Lyall, ter-se deslocado em 1838 de propósito às Canárias. O homem do século XVIII perdeu o medo ao meio circundante e passou a olhá-lo com maior curiosidade e, como dono da criação, estava-lhe atribuída a missão de perscrutar os segredos ocultos. A ciência é então baseada na observação directa e experimentação. A insaciável procura e descoberta da natureza circundante cativou toda a Europa, mas foram os ingleses quem entre nós marcaram presença, sendo menor a de franceses e alemães (30). Aqui são protagonistas as Canárias e a Madeira. Tudo é resultado da função de escala à navegação e comércio no Atlântico. As ilhas, pelo endemismo que as caracteriza, história geo-botânica, permitiram o primeiro ensaio das técnicas de pesquisa a seguir noutras longínquas paragens. Também actuaram como meio revelador da incessante busca do conhecimento da geologia e botânica. Instituições seculares, como o British Museum, Linean Society, e Kew Gardens, enviaram especialistas para proceder à recolha das espécies. Os estudos no domínio da Geologia,

11 botânica e flora são resultado da presença fortuita ou intencional dos cientistas europeus. A moda do século XVIII levou a que as instituições científicas europeias ficassem depositárias de algumas das colecções mais importantes de fauna e flora: o Museu Britânico, Linnean Society, Kew Gardens, a Universidade de Kiel, Universidade de Cambridge, Museu de História Natural de Paris. Por cá passaram destacados especialistas da época, sendo de realçar John Byron, James Cook, Humbolt, John Forster. Darwin esteve nas Canárias e Açores (1836) e mandou um discípulo à Madeira. No arquipélago açoriano o cientista mais ilustre terá sido o Príncipe Alberto I do Mónaco que aí aportou em James Cook escalou a Madeira por duas vezes em1768 e 1772, numa réplica da viagem de circum-navegação apenas com interesse científico. Os cientistas que o acompanharam intrometeram-se no interior da ilha à busca das raridades botânicas para a classificação e revelação à comunidade científica. Em 1775 o navegador estava no Faial e no ano imediato em Tenerife. Os Arquipélagos da Madeira e Canárias, devido à posição estratégica na rota que ligava a Europa ao mundo colonial, foram activos protagonistas nos rumos da Ciência dos séculos XVIII e XIX. Já aos Açores estava, ao contrário, reservado o papel de ancoradouro seguro antes de se avistar a Europa. O papel desempenhado pelo arquipélago desde o século XVI catapultou para uma posição privilegiada na história de navegação e comércio do Atlântico. Nas Canárias a primeira e mais antiga referência sobre a presença de naturalistas ingleses é de 1697, ano em que James Cuningham esteve em La Palma. O Século XVIII anuncia-se como a forte presença franceses. O contacto do cientista com o arquipélago açoriano faziase quase sempre na rota de regresso de Africa ou América. Para os americanos as ilhas eram a primeira escala de descoberta do velho mundo. Por outro lado os Açores despertaram a curiosidade das instituições e cientistas europeus. Os aspectos geológicos, nomeadamente os fenómenos vulcânicos foram o principal alvo de atenção. Mesmo assim o volume de estudos não atingiu a dimensão dos referentes à Madeira e Canárias pelo que Maurício Senbert em 1838 foi levado a afirmar que a "flora destas ilhas [fora]por tanto tempo despresada", o que o levou ao seu estudo (31). As ilhas recriavam os mitos antigos e reservavam ao visitante um ambiente paradisíaco e calmo para o descanso, ou, como sucedeu no século dezoito, o laboratório ideal para os estudos científicos. O endemismo insular propiciava a última situação. As ilhas forram o principal alvo de atenção de botânicos, ictiólogos, geólogos. A situação é descrita por Alfredo Herrera Piqué a considera-las "a escala científica do Atlântico" (32). Os ingleses foram os primeiros a descobrir as qualidades de clima e paisagem e a divulga-las junto dos compatriotas. Na Madeira aquilo que mais os emocionou os navegadores do século XV foi o arvoredo, já para os cientistas, escritores e demais visitantes a partir do século XVIII o que mais chama à atenção é, sem dúvida, o aspecto exótico dos jardins e quintas que povoam a cidade. Nas Canárias a atenção está virada para os milenares dragoeiros de Tenerife. O Funchal transformou-se num verdadeiro jardim botânico. Começaram a surgir na Europa desde o século XVI: em 1545 temos o de Pádua, seguindo-se o de Oxford em Em 1635 o de Paris preludia a arte de Versailles em Em todos é patente a intenção de fazer recuar o paraíso (33). Diferente é a atitude do homem do século XVIII. Aliás, desde a segunda metade do século XVII que o relacionamento com as plantas mudou. Em 1669 Robert Morison publica Praeludia Botanica, considerada como o principio do sistema de classificação das plantas, que tem em Carl Von Linné (Linnaeus) ( ) o principal protagonista. A partir daqui a visão do mundo das plantas nunca foi a mesma. Contemporâneo dele é o Comte de Buffon

12 que publicou entre 1749 e 1804 a "Histoire Naturelle, Générale et Particuliére" em 44 volumes. Perante isto os jardins botânicos do século XVIII deixaram de ser uma recriação do paraíso e passaram a espaços de investigação botânica. O Kew Gardens em 1759 é a verdadeira expressão disso. Hans Sloane ( ), presidente do Royal College of Physicians, da Royal Society of London e fundador do British Museum, esteve na Madeira no decurso das expedições que o levaram às Antilhas inglesas (34). A aclimatação das plantas com valor económico, medicinal ou ornamental adquiriu cada vez mais importância. Aliás, foi fundamentalmente o interesse medicinal que provocou desde o século XVII o desusado empenho pelo estudo (35). Em 1757 o inglês Ricardo Carlos Smith fundou no Funchal um dos jardins onde reuniu várias espécies com valor comercial. Já em 1797 Domingos Vandelli ( ) e João Francisco de Oliveira no estudo sobre a flora apresentou no ano imediato um projecto para um viveiro de plantas. O viveiro foi criado no Monte e manteve-se até O naturalista francês, Jean Joseph d'orquigny, que em 1789 se fixou no Funchal foi o mentor da criação da Sociedade Patriótica, Económica, de Comércio, Agricultura Ciências e Artes. Também na ilha de Tenerife, em Puerto de La Cruz, Alonso de Nava y Grimón criou em 1791 um jardim de Aclimatação de Plantas. Na Madeira tivemos a proposta de Frederico Welwistsch (36) para a criação de um jardim de aclimatação no Funchal e em Luanda (37). A ilha cumpriria o papel de ligação das colónias aos jardins de Lisboa, Coimbra e Porto. Já a presença de outro alemão, o Padre Ernesto João Schmitz, como professor do seminário diocesano, levou à criação em 1882 um Museu de História Natural, que hoje se encontra integrado no actual Jardim botânico. Só passado um século a temática voltou a merecer a atenção dos especialistas. E várias vozes se ergueram em favor da criação de um jardim botânico. Em 1936 refere-se uma tentativa frustrada de criação de um Jardim Zoológico e de Aclimatação nas Quintas Bianchi, Pavão e Vigia, que contava com o apoio do Zoo de Hamburgo (38). A criação do Jardim Botânico por deliberação da Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal a 30 de Abril de 1960 foi o corolário da defesa secular das condições da ilha para a criação e a demonstração da importância científica revelada por destacados investigadores botânicos que procederam a estudos (39). Nos Açores foi evidente a aposta nos jardins de aclimatação. Um dos principais empreendedores foi José do Canto, que desde meados do século XIX criou diversos viveiros de plantas de diversas espécies adquiridas em todo o mundo. Na década de setenta as suas propriedades enchiam-se de criptomérias, pinheiros, eucaliptos e acácias (40). Tenhase em conta os contactos com as sociedade científicas e de aclimatação francesas, as visitas aos mais considerados jardins europeus. Tudo isto contribuiu para que se transformasse a paisagem da ilha em densos arvoredos e paradisíacos jardins de flora exótica. A José do Canto podemos juntar António Borges que em 1850 lançou o parque das Sete Cidades e oito anos após o jardim de Ponta Delgada que ostenta o nome. Outro entusiasta da natureza foi José Jácome Correia que nos legou o jardim de Santana. Tenha-se em consideração o facto de António Borges ter permanecido desde 1861 oito anos em Coimbra onde trabalhou no Jardim Botânico e manteve contactos estreitos com a universidade, mercê do apoio do patrício Carlos M. G. Machado. Daqui resultou uma estreita cooperação como envio de Edmond Goeze (41) para recolher espécies arbóreas para a estufa do jardim coimbrão. Já nas Canárias a preocupação fundamental foi a política de florestação. Para isso contribuíram a partir do séc.xviii as Sociedades Económicas de los Amigos del Pais em Gran Canaria(1777), Tenerife(1776) e La Palma (42). Os Jardins botânicos surgem aqui a partir da

13 década de quarenta do nosso século: em 1943 o de Puerto de La Cruz em Tenerife e em 1953 o de Viera y Calvijo em Gran Canaria. Em qualquer dos momentos assinalados as ilhas cumpriram o papel de ponte e adaptação da flora colonial. Os jardins de aclimatação foram a moda que na Madeira e Açores tiveram por palco as amplas e paradisíacas quintas. O Marquez de Jácome Correia (43) identifica para a Madeira as quintas do Palheiro Ferreiro e Magnólia como jardins botânicos. São viveiros de plantas, hospital para acolher os doentes da tísica pulmonar e outros visitantes. O deslumbramento acompanhou o interesse científico e os dois conviveram lado a lado nas inúmeras publicações que o testemunham no século XIX. Os jardins, através da harmonia arvoredo e das garridas cores das flores tiveram nos séculos XVII e XVIII um avanço evidente. Os bosques deixaram de ser espaços de maldição e as árvores entraram no quotidiano das classes altas. Os jardins adquiriram a dimensão de paraíso bíblico e como tal de espaço espiritual. São a expressão do domínio humano sobre a Natureza (44). A Inglaterra do século XIX popularizou os jardins e as flores (45). A ambiência chegou à ilha através dos mesmos súbditos de Sua Majestade. As ilhas exerceram um fascínio especial em todos os visitantes e parece que nunca perderam a imortal característica de jardins à beira do oceano. Podemos, assim, afirmar que foram jardins e que os jardins continuam a ser o encanto dos que as procuram, sejam turistas ou cientistas. No século XVIII as ilhas assumiram um novo papel no mundo europeu. De espaços económicos passaram também a contribuir para alívio e cura de doenças. O mundo rural perdeu importância em favor da área em torno do Funchal, que se transformou num hospital para a cura da tísica pulmonar ou de quarentena na passagem do calor tórrido das colónias para os dias frios e nebulosos da vetusta cidade de Londres. O debate das potencialidades terapêuticas da climatologia propiciou um grupo numeroso de estudos e gerou uma escala frequente de estudiosos (46). As estâncias de cura surgiram primeiro na bacia mediterrânica europeia e depois expandiram-se no século XVIII até à Madeira e só na centúria seguinte chegaram às Canárias (47). Dos visitantes das ilhas merecem especial atenção três grupos distintos: invalids (=doentes), viajantes, turistas e cientistas. Enquanto os primeiros fugiam ao inverno europeu e encontravam no temperatura amena das ilhas o alívio das maleitas, os demais vinham atraídos pelo gosto de aventura, de novas emoções, da procura do pitoresco e do conhecimento e descobrimento dos infindáveis segredos do mundo natural. O viajante diferencia-se do turista pelo aparato e intenções que o perseguem. Ele é um andarilho que percorre todos os recantos das ilhas na ânsia de descobrir os aspectos mais pitorescos. Na bagagem constava sempre um caderno de notas e um lápis. Através da escrita e desenho ele regista as impressões do que vê. Daqui resultou uma prolixa literatura de viagens, que se tornou numa fonte fundamental para o conhecimento da sociedade oitocentista das ilhas. Ao historiador está atribuída a tarefa de interpretar estas impressões (48). Aqui são merecedoras de destaque duas mulheres: Isabella de França (49) para a Madeira e Olívia Stone (50) para as Canárias. O turista ao invés é pouco andarilho, preferindo a bonomia das quintas, e egoísta guardando para si todas as impressões da viagem. O testemunho da presença é documentado apenas pelos registos de entrada dos vapores na alfândega, das notícias dos jornais diárias e dos "títulos de residência" (51), pois o mais transformou-se em pó. A presença de viajantes e "invalids" nas ilhas conduziu à criação de infra-estruturas de apoio. Se num primeiro se socorriam da hospitalidade dos insulares, num segundo momento a cada vez mais maior afluência de forasteiros obrigou à montagem de uma

14 estrutura hoteleira de apoio. A isto juntou-se a publicidade através da literatura de viagens e guias. Os guias forneciam as informações indispensáveis para a instalação no Funchal e viagem no interior da ilha, acompanhados de breves apontamentos sobre a História, costumes, fauna e flora. Para a Madeira, um dos mais antigos guias que se conhece é anónimo (52), seguindo-se os de Robert White (53), E. V. Harcourt (54), J. Y. Johnson (55) e E. M. Taylor (56). O primeiro guia de conjunto dos arquipélagos é de William W. Cooper (57) e A Samler Brown (58). O último tornou-se num best-seller, pois atingiu 14 edições. É diverso o destinatário. Em 1851 James Yate Johnson e Robert White (59) fazem apelo aos "invalid and other visitors", enquanto em 1887 Harold Lee (60) dirige-se aos "tourists" e em 1914 temos o primeiro guia turístico de C. A. Power (61), que marcou nas ilhas o fim do chamado turismo terapeutico e o início do actual. As dois grupos junta-se um terceiro que também merece atenção, isto é, o naturalista ou cientista (62). A Madeira firmou-se a partir da segunda metade do século dezoito como estância para o turismo terapêutico, mercê das qualidades profiláticas do clima na cura da tuberculose, o que cativou a atenção de novos forasteiros (63). Aliás, foi considerada por alguns como a primeira e principal estância de cura e convalescença da Europa (64). No período de 1834 a 1852 a média anual de Invalid's oscilava entre os 300 e 400, maioritariamente ingleses. Em 1859 construiu-se o primeiro sanatório. O último investimento foi dos alemães que em 1903 através do príncipe Frederik Charles de Hohenlohe Oehringen constituíram a Companhia dos Sanatórios da Madeira. Da polémica iniciativa resultou apenas o imóvel do actual Hospital dos Marmeleiros (65). Não temos dados seguros quanto ao desenvolvimento da hotelaria nas ilhas, pois os dados disponíveis são avulsos (66). Os Hotéis são referenciados em meados do século XIX mas desde os inícios do século XV que as cidades portuárias de activo movimento de forasteiro deveriam possuir estalagens. A documentação oficial faz eco como se poderá provar pelas posturas e actas da vereação dos municípios servidos de portos. No caso da Madeira assinala-se em 1850 a existência de dois hotéis (the London Hotel e Yate's Hotel Family) a que se juntaram outros dez em 1889 (67). Em princípios do século XX a capacidade hoteleira havia aumentado, sendo doze os hotéis em funcionamento que poderiam hospedar cerca de oitocentos visitantes (68). A preocupação dos visitantes em conhecer o interior da ilha, nomeadamente a encosta norte levou ao lançamento de uma rede de estalagens, com expressão visível em S. Vicente, Rabaçal, Boaventura, Seixal, Santana e Santa Cruz (69). Tenha-se ainda em conta um conjunto de melhoramentos que tiveram lugar no Funchal para usufruto dos forasteiros. Assim, desde 1848 com José Silvestre Ribeiro temos o delinear de um moderno sistema viário, a que se juntaram novos meios de locomoção: em 1891 o Comboio do Monte, em 1896 o Carro Americano e finalmente o automóvel em As Canárias, nomeadamente Tenerife e Furteventura, juntaram-se à Madeira no turismo terapeutico desde meados do século XIX (70). Em 1865 Nicolás Benitez de Lugo construiu em La Orotava (Tenerife) "un estabelecimiento para extranjeros enfermos". Deverá ter sido na época que Tenerife se estreou como health resort, passando a fazer concorrência à Madeira, tendo a favor melhores condições climáticas (71). O Vale de La Orotava, através do porto (hoje Puerto de La Cruz), afirmou-se como a principal estância do arquipélago. Isto provocou o desenvolvimento da industria hoteleira, que depois alastrou à cidade de Santa Cruz de Tenerife (72).Vários factores permitiram a rápida ascensão das ilhas de Tenerife e Gran Canária na segunda metade do século XIX.. A afirmação de Santa Cruz de Tenerife como porto abastecedor de carvão aos barcos a vapor, a declaração dos portos francos em 1852 fizera atrair para aqui todas as linhas francesas e inglesas de navegação e comércio no

15 Atlântico. Esta aposta no turismo e serviços portuários permitiu uma saída para a crise económica do arquipélago e uma posição privilegiada face à concorrência da Madeira ou dos Açores (73). Nos Açores o turismo teve um aparecimento mais recente. Não obstante Bullar (1841) referir a presença de doentes americanos na Horta foi reduzido o movimento no arquipélago. Isto conduziu ao aparecimento do primeiro hotel conhecido no Faial, em Em 1860 chegou o primeiro grupo de visitantes norte-americanos, mas só a partir de 1894 ficaram conhecidos como tourists (74). A partir de finais do século XIX o turismo, na forma como hoje o entendemos, dava os primeiros passos. E foi como corolário disso que se estabeleceram as primeiras infraestruturas hoteleiras e que passou a ser uma actividade organizada com uma função relevante na economia. Mais uma vez o inglês é o protagonista. Este momento de afluência de estrangeiros coincide ainda com a época de euforia da Ciência nas Academias e Universidades europeias. Desde finais do século XVII as expedições científicas tornaram-se comuns e a Madeira (Funchal) ou Tenerife (Santa Cruz de Tenerife e Puerto de La Cruz) foram portos de escala, para ingleses, franceses e alemãs. A FORTUNA DOS EUROPEUS A definição dos espaços políticos fez-se, primeiro de acordo com os paralelos e, depois, com o avanço dos descobrimentos para Ocidente, no sentido dos meridianos. A expressão real resultava apenas da conjuntura favorável e do acatamento pelos demais estados europeus. Mas o oceano e terras circundantes podiam ainda ser subdivididos em novos espaços de acordo com o protagonismo económico. Dum lado as ilhas orientais e ocidentais, do outro o litoral dos continentes americano e africano. A partilha não resultou dum pacto negocial, mas sim da confluência das reais possibilidades económicas de cada uma das áreas em causa. Neste contexto assumiram particular importância as condições internas e externas de cada área. As primeiras foram resultado dos aspectos geo-climáticos, enquanto as últimas derivam dos vectores definidos pela economia europeia. A partir da maior ou menor intervenção de ambas as situações estaremos perante espaços agrícolas, vocacionados para a produção de excedentes capazes de assegurar a subsistência dos que haviam saído e dos que ficaram na Europa, de produtos adequados a um activo sistema de trocas inter-continentais, que mantinha uma forte vinculação do velho ao novo mundo. O açúcar e o pastel foram os produtos que deram corpo à última conjuntura. De acordo com isso podemos definir múltiplos e variados espaços agro-mercantis: áreas agrícolas orientadas para as trocas com o exterior e assegurar a subsistência dos residentes; áreas de intensa actividade comercial, vocacionadas para a prestação de serviços de apoio, como escalas ou mercados de troca. No primeiro caso incluem-se as orientais e ocidentais e a franja costeira da América do sul, conhecida como Brasil. No segundo merece referência as ilhas que, mercê da posição ribeirinha da costa (Santiago e S. Tomé), ou do posicionamento estratégico no traçado das rotas oceânicas (como sucede com as Canárias, Santa Helena e Açores), fizeram depender o processo económico disso.

16 A estratégia de domínio e valorização económica do Atlântico passava necessariamente pelos pequenos espaços que polvilham o oceano. Foi nos arquipélagos (Canárias e Madeira) que se iniciou a expansão atlântica e foi neles que a Europa assentou toda a estratégia de desenvolvimento económico em curso nos séculos XV e XVI. Ninguém melhor que os portugueses entendeu a realidade que, por isso mesmo, definiram para o empório lusíada um carácter anfíbio. Ilhas desertas ou ocupadas, bem ou mal posicionadas para a navegação foram os verdadeiros pilares do empório português no Atlântico. A definição dos espaços económicos não resultou apenas dos interesses políticos e económicos derivados da conjuntura expansionista europeia mas também das condições internas, oferecidas pelo meio. Elas tornaram-se por demais evidentes quando estamos perante um conjunto de ilhas dispersas no oceano. No conjunto estávamos perante ilhas com a mesma origem geológica, sem quaisquer vestígios de ocupação humana, mas com diferenças marcantes ao nível climático. Os Açores apresentavam-se como uma zona temperada, a Madeira como uma réplica mediterrânica, enquanto nos dois arquipélagos meridionais eram manifestas as influências da posição geográfica, que estabelecia um clima tropical seco ou equatorial. Daqui resultou a diversidade de formas de valorização económica e social. Para os primeiros europeus que aí se fixaram a Madeira e os Açores ofereciam melhores requisitos, pelas semelhanças do clima com o de Portugal, do que Cabo Verde ou S. Tomé. Nos dois últimos arquipélagos foram inúmeras as dificuldades de adaptação do homem e das culturas europeio-mediterrânicas. Aí deu-se lugar ao africano e as culturas mediterrânicas de subsistência foram substituídas pelas trocas na vizinha costa africana. A preocupação pelo aproveitamento dos recursos locais surge num segundo momento. Por fim é necessário ter em conta as condições morfológicas, que estabelecem as especificidades de cada ilha e tornam possível a delimitação do espaço e a forma de aproveitamento económico. O recorte e relevo costeiro foram importantes. A possibilidade de acesso ao exterior através de bons ancoradouros era um factor importante. É a partir daqui que se torna compreensível a situação da Madeira definida pela excessiva importância da vertente sul em detrimento do norte. E nas ilhas do Golfo da Guiné o facto de Fernando Pó ser preterida em favor de S. Tomé. De um modo geral estávamos perante a plena dominância do litoral como área privilegiada de fixação ainda que, por vezes, o não fosse em termos económicos. Naquelas em que as condições orográficas propiciavam uma fácil penetrar no interior, como sucedeu em S. Miguel, Terceira, Graciosa, Porto Santo, Santiago e S. Tomé, a presença humana alastrou até aí e gerou os espaços arroteados. Para as demais a omnipresença do litoral é evidente e domina toda a vida dos insulares, sendo aí o mar a via privilegiada. De acordo com as condições geo-climáticas é possível definir a mancha de ocupação humana e agrícola das ilhas. Isto conduziu a uma variedade de funções económicas, por vezes complementares. Nos arquipélagos constituídos por maior número de ilhas a articulação dos vectores da subsistência com os da economia de mercado foi mais harmoniosa e não causou grandes dificuldades. Os Açores apresentam-se como a expressão mais perfeita da realidade, enquanto a Madeira é o reverso da medalha. A mudança de centros de influência foi responsável porque os arquipélagos atlânticos assumissem uma função importante. A tudo isso junta-se a constante presença de gentes ribeirinhas do Mediterrâneo, interessadas em estabelecer os produtos e o necessário suporte financeiro. A constante premência do Mediterrâneo nos primórdios da expansão

17 atlântica poderá ser responsabilizada pela dominante mercantil das novas experiências de arroteamento aqui lançadas. Certamente que os povos peninsulares e mediterrânicos, ao comprometerem-se com o processo atlântica, não puseram de parte a tradição agrícola e os incentivos comerciais dos mercados de origem. Por isso na bagagem dos primeiros cabouqueiros insulares foram imprescindíveis as cepas, as socas de cana, alguns grãos do precioso cereal, de mistura com artefactos e ferramentas. A afirmação das áreas atlânticas resultou do transplante material e humana de que os peninsulares foram os principais obreiros. O processo foi a primeira experiência de ajustamento das arroteias às directrizes da nova economia de mercado. A aposta preferencial foi para uma agricultura capaz de suprir as faltas do velho continente, quer os cereais, quer o pastel e açúcar, do que o usufruto das novidades propiciadas pelo meio. Aqui estamos a lembrar-nos de Cabo Verde e São Tomé onde a frustração de uma cultura subsistência europeia não foi facilmente compensada com a oferta dos produtos africanos como o milho zaburro e inhames. Em Cabo Verde, cedo se reconheceu a impossibilidade da rendosa cultura dos canaviais. Mas tardou em valorizar-se o algodão como produto substitutivo, tal era a obsessão pelo açúcar e pelas trocas da costa da Guiné. A sociedade e economia insulares surgem na confluência dos vectores externos com as condições internas dos multifacetado mundo insular. A concretização não foi simultânea nem obedeceu aos mesmos princípios organizativos pelo facto de a mesma resultar da partilha pelas coroas peninsulares e senhorios ilhéus. Por outro lado a economia insular é resultado da presença de vários factores que intervêm directamente na produção e comércio. Não basta dispor de um solo fértil ou de um produto de permanente procura, pois a isso deverá também associar-se os meios propiciadores do escoamento e a existência de técnicas e meios de troca adequados ao nível mercantil atingido pelos circuitos comerciais. Para conhecermos os aspectos produtivos e de troca das economias insulares torna-se necessária a referência aos factores que estão na origem. Ao nível do sector produtivo deverá ter-se em conta a importância assumida, por um lado, pelas condições geofísicas e, por outro, pela política distributiva das culturas. É da conjugação de ambas que se estabelecia a necessária hierarquia. Os solos mais ricos eram reservados para a cultura de maior rentabilidade económica (o trigo, a cana de açúcar, o pastel), enquanto os medianos ficavam para os produtos hortícolas e frutícolas, ficando os mais pobres como pasto e área de apoio aos dois primeiros. À hierarquia, definida pelas condições do solo e persistência do mercado, podemos adicionar para a Madeira outra de acordo com a geografia da ilha e os microclimas que a mesma gerava. O arquipélago açoriano e as demais ilhas na área da Guiné surgem numa época tardia, sendo o processo de valorização económica atrasado mercê de vários factores de ordem interna a que não são alheias as condições mesológicas. O clima e solo áridos, num lado, sismos e vulcões, no outro, eram um cartaz pouco aliciante para os primeiros povoadores. Em ambos os casos o lançamento da cultura da cana sacarina esteve ligado aos madeirenses. A Madeira, que se encontrava a pouco mais de meio século de existência como sociedade insular, estava em condições de oferecer os contingentes de colonos habilitados para a abertura de novas arroteias e ao lançamento de novas culturas nas ilhas e terras vizinhas. Assim terá sucedido com o transplante da cana-de-açúcar para Santa Maria, S. Miguel, Terceira, Gran Canária, Tenerife, Santiago, S. Tomé e Brasil.

18 A tendência uniformizadora da economia agrícola do espaço insular esbarrou com vários obstáculos que, depois, conduziram a um reajustamento da política económica e à definição da complementaridade entre os mesmos arquipélagos ou ilhas. Nestas circunstâncias as ilhas conseguiram criar os meios necessários para solucionar os problemas quotidianos ---- assentes quase sempre no assegurar os componentes da dieta alimentar --, à afirmação nos mercados europeu e atlântico. Assim sucedeu com os cereais que, produzidos apenas nalgumas ilhas, foram suficientes, em condições normais, para satisfazer as necessidades da dieta insular, sobrando um grande excedente para suprir as carências do reino. Um dos primeiros objectivos que norteou o povoamento da Madeira foi a possibilidade de acesso a uma nova área produtora de cereais, capaz de suprir as carências do reino e depois as praças africanas e feitorias da costa da Guiné, situação definida por aquilo a que ficou conhecida como o "saco de Guiné". Entretanto os interesses em torno da cultura açucareira recrudesceram e a aposta na cultura era óbvia. A mudança só se tornou possível quando se encontrou um mercado substitutivo. Assim sucedeu com os Açores que a partir da segunda metade do século dezasseis passaram a assumir o lugar da Madeira. O cereal foi o produto que conduziu a uma ligação harmoniosa dos espaços insulares, o mesmo não sucedendo com o açúcar, o pastel e o vinho, que foram responsáveis pelo afrontamento e uma crítica desarticulação dos mecanismos económicos. A par disso todos os produtos foram o suporte, mais que evidente, do poderoso domínio europeu na economia insular. Primeiro o açúcar, depois o pastel e o vinho exerceram uma acção devastadora no equilíbrio latente na economia das ilhas. Diferente foi o que sucedeu aos colonos portugueses quando chegaram a Santiago e S. Tomé. Foi necessário estruturar de forma diversa o povoamento das ilhas e as culturas a implantar. O recurso aos africanos, como escravos ou não, foi a solução mais acertada para transpor o primeiro obstáculo. Eles tinham uma alimentação diferente dos europeus, baseada no milho zaburro, no arroz e inhame, culturas que aí, nas ilhas ou vizinha costa africana, medravam com facilidade. Perante isto os poucos europeus que aí se fixaram estiveram sempre dependentes do trigo, biscoito ou farinha, enviados das ilhas ou do reino, ou tiveram que se adaptar à dieta africana. Junto ao cereal plantou-se os bacelos donde se extraía o saboroso vinho de consumo corrente ou usado nos actos litúrgicos. A extrema dependência dos espaços continentais, com especial destaque para o europeu, não foi apenas apanágio dos primórdios da ocupação das ilhas. A situação persistiu por mais de quatro séculos, continuando na periferia da economia europeia e do mercado colonial actuando de acordo com os ditames que regem a política colonial. As culturas dominantes quase sempre em sistema de monocultura obedecem a estes requisitos. Sucedeu assim com os panos e a cana sacarina em Cabo Verde, com o cacau em S. Tomé e Príncipe, com a laranja nos Açores e o vinho na Madeira. Na segunda metade do século XIX, uma das fases mais conturbadas da economia insular, era evidente a capacidade manifestada pela ilha de S. Miguel no reajustamento económico. A crise da laranja é prontamente suplantada com uma variedade de culturas (batata doce, chá tabaco, e ananás) e industrias (tabaco, álcool). O reajustamento do processo de exploração agrícola é parceiro de uma discussão política sobre a forma de acabar com os entraves ao desenvolvimento económico. As orientações vão desde a discussão do sistema tradicional de propriedade ao novo regime de portos francos.

19 AS ILHAS DO VINHO O ritual cristão fez valorizar o pão e o vinho que, por isso mesmo, acompanharam o avanço da Cristandade. Em ambos os casos foi fácil a adaptação às ilhas aquém do Bojador o mesmo não sucedendo com as da Guiné. A viticultura ficou reservada às do Mediterrâneo Atlântico, onde o vinho adquiriu um lugar importante nas exportações. A evolução da safra vitivinícola madeirense dos séculos quinze e dezasseis só pode ser conhecida através do testemunho de visitantes estrangeiros, uma vez que é escassa a informação nas fontes diplomáticas. A documentação e os visitantes, entre os sécs. XVIII/XIX, foram unânimes em considerar o vinho como a principal e total riqueza da ilha, a única moeda de troca. A Madeira não tinha com que acenar aos navios que por aí passavam, ou a demandavam, senão o copo de vinho. Tudo isto fez aumentar a dependência da economia madeirense. Desde o século XVII o ilhéu traçou a rota no mercado internacional, acompanhando o colonialista nas expedições e fixação na Ásia e América. O comerciante inglês, aqui implantado desde o séc. XVII, soube tirar partido do produto fazendo-o chegar em quantidades volumosas às mãos dos compatriotas que se haviam espalhado pelos quatro cantos do mundo colonial europeu. O movimento do comércio do vinho da Madeira ao longo dos sécs. XVIII e XIX imbrica-se de modo directo no traçado das rotas marítimas coloniais que tinham passagem obrigatória na ilha, juntando-se outras subsidiárias, quase todas sob controlo inglês: são as rotas da Inglaterra colonial que fazem do Funchal porto de refresco e carga de vinho para os mercados das Índias Ocidentais e Orientais, donde regressavam, via Açores, com o recheio colonial; são os navios portugueses da rota das Índias, ou do Brasil que escalam a ilha onde recebem o vinho que conduzem às praças lusas; são, ainda, os navios ingleses que se dirigem à Madeira com manufacturas e fazem o retorno tocando Gibraltar, Lisboa, Porto; e, finalmente, os norte-americanos que traziam as farinhas para madeirense e regressavam carregados de vinho. Por tudo isto o vinho ilhéu conquistou, desde o séc. XVI, o mercado colonial em África, Ásia e América afirmando-se até meados do séc. XIX como a bebida por excelência do colonialista e das tropas coloniais em acção. Regressado o colonialista à terra de origem, depois do surto do movimento independentista, trouxe na bagagem o vinho da ilha e fê-lo apreciar pelos patrícios. Releva-se a posição do mercado americano, dominado pelas colónias das Índias Ocidentais e portos norte-americanos. O último destino sedimentou-se, a partir da segunda metade do século XVII, mercê de um activo relacionamento. Desde então, o vinho da Madeira foi uma presença assídua nos portos atlânticos - Boston, Charleston, N. York e Filadélfia, Baltimore, Virginia - onde era trocado por farinhas (75). Esta contrapartida reforçou o relacionamento comercial e actuou como circunstancia favorecedora do progresso da economia vitivinícola. Assim, se nos séculos XV e XVI a afirmação da cultura dos canaviais foi conseguida com o suprimento de cereais dos Açores e Canárias, a partir de finais do século XVII é na América do Norte que se situa o celeiro madeirense. Cedo a Madeira entrou na esfera dos interesses norte-americanos, sendo o vinho o cartão de visita. Nos demais arquipélagos foi apenas nas Canárias e Açores que a cultura da vinha e o comércio do vinho atingiram posição similar à Madeira (76). Os mercados foram os mesmos sendo disputados com extrema concorrência. Note-se que ficaram conhecidas na documentação oficial norte-americana como as ilhas do vinho (77). A Madeira e os Açores, face aos privilégios concedidos pela coroa britânica no período após a Restauração-- as actas de navegação de 1660 e 1665 e o tratado de Methuen em conseguiram firmar uma

20 posição. Mas nos séculos seguintes apagaram-se as diferenças e o vinho das ilhas entrava em pé de igualdade nos portos e mesa dos norte-americanos. AS ILHAS DO AÇÚCAR A cana-de-açúcar, pelo alto valor económico no mercado europeu e mediterrâneo, foi um dos primeiros e principais produtos que a Europa legou e definiu para as novas áreas de ocupação no Atlântico. O percurso iniciou-se na Madeira, alargando-se depois às restantes ilhas e continente americano. Na primeira experiência além Europa a cana sacarina evidenciou as possibilidades de desenvolvimento fora do habitat mediterrânico. Tal evidência catalisou os interesses do capital nacional e estrangeiro, que apostou no crescimento da cultura e comércio. Se nos primeiros anos de vida no solo insular a cana sacarina se apresentava como subsidiária, a partir de meados do século XV já aparecia como o produto dominante, situação que perdurou na primeira metade do século seguinte. O período de plena afirmação desta cultura situa-se entre 1450 e Os canaviais dominaram o panorama agrícola madeirense e o açúcar foi o principal produto de troca com o mercado externo. O ritmo de crescimento da cultura foi quebrado apenas nos anos de , com uma crise momentânea na comercialização. A partir de 1516 os efeitos da concorrência fizeram-se sentir na ilha e conduziram a um paulatino abandono dos canaviais. A primeira metade do século dezasseis foi o momento de apogeu da cultura açucareira insular e pelo avolumar das dificuldades que entravaram a promoção em algumas áreas como a Madeira onde o cultivo era oneroso e os níveis de produtividade desciam em flecha. Na época as ilhas de Gran Canária, La Palma, Tenerife e S. Tomé estavam melhor posicionadas para produzir açúcar a preços mais competitivos. Isto sucedeu na década de vinte do século dezasseis e avançou à medida que os novos mercados produtores de açúcar atingiam o máximo de produção. Na Madeira manteve-se a tradição das industrias ligadas ao açúcar, isto é, da doçaria e conservas, o que não fez desaparecer da ilha o cana sacarina que retornava sempre que havia dificuldades no abastecimento a partir do mercado brasileiro. Já no último quartel do século XIX os canaviais retornaram a recobrir o solo madeirense e a industria de fabrico de aguardente e açúcar manteve-se com alguma pujança até à década de setenta da presente centúria (78). As socas de cana madeirense foram levadas para os Açores pelos primitivos cabouqueiros, promovendo-se o cultivo em Santa Maria, S. Miguel, Terceira e Faial. A cultura foi tentada várias vezes, mas sem surtir os efeitos desejados. As condições geofísicas aliadas à inexistência ou reduzida dimensão dos capitais estrangeiros travaram o desenvolvimento. O Açúcar açoriano só ganhará importância a partir do nosso século, mas apenas com a transformação da beterraba. Aos arquipélagos de Cabo Verde e S. Tomé os canaviais chegaram muito mais tarde e como noutras áreas a experiência madeirense foi importante. No primeiro só nas ilhas de Santiago e S. Nicolau, mas sem nunca ter sido uma cultura rentável e concorrencial do açúcar madeirense. As condições morfológicas e orográficas foram-lhe adversas. A introdução deverá ter sido feita, no início do povoamento na década de sessenta, não obstante a primeira referência datar de Por outro lado o açúcar produzido no arquipélago, a exemplo do que sucederá em S. Tomé, não apresentava a qualidade do madeirense, pois como nos refere Gaspar Frutuoso "nada deste chega ao da ilha da Madeira".

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