DEMOLIÇÃO DE ESTRUTURAS PELO USO CONTROLADO DE EXPLOSIVOS - O PROJECTO DE DEMOLIÇÃO

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1 DEMOLIÇÃO DE ESTRUTURAS PELO USO CONTROLADO DE EXPLOSIVOS - O PROJECTO DE DEMOLIÇÃO Raul GOMES Professor Adjunto Academia Militar Lisboa Jorge de BRITO Professor Auxiliar IST/ICIST Lisboa SUMÁRIO Nesta comunicação, são referidos os seguintes tópicos no projecto de demolições de estruturas pelo uso de explosivos: principais métodos empregues; cálculos de estabilidade e préenfraquecimento; trabalhos preparatórios necessários à realização do evento; análise e avaliação dos possíveis riscos; métodos e meios de protecção do ambiente às explosões provocadas pela demolição das estruturas e, finalmente, possíveis soluções para a reutilização do betão fragmentado, resultante das demolições. 1. ESTADO ACTUAL DO CONHECIMENTO 1.1 O projecto dos mecanismos de colapso Um edifício pode ser considerado como demolido com recurso ao uso de explosivos quando a sua estrutura, tendo sido severamente afectada pelos explosivos, entra em colapso, reduzindose a um amontoado de escombros e pó, facilmente removíveis por meios mecânicos a partir do terreno circundante. O princípio básico de tais demolições é o de aplicar o mínimo de energia de forma concentrada para remover e/ou cortar elementos críticos da estrutura. O processo da demolição consiste assim em conseguir uma descontinuidade na estrutura principal pela acção de explosivos em posições cuidadosamente calculadas, de tal forma que a estrutura entre em colapso pela acção da gravidade indo o peso dos materiais destruindo a restante estrutura à medida que esta se vai deformando e desmoronando, durante a queda e o impacto com o solo.

2 O projecto de um mecanismo de colapso correcto, com a finalidade de obter uma demolição controlada, com o máximo de fragmentação dos componentes da estrutura sem que estes se espalhem para fora da área desejada e ainda por forma a que o evento cause o mínimo possível de distúrbios e nenhum estrago nos edifícios adjacentes ao local onde se verificou a demolição, exige destreza, perícia e uma grande capacidade de planeamento. 1.2 Finalidades do projecto A escolha de um determinado mecanismo de colapso é a base de partida para a concretização de qualquer demolição por recurso ao uso controlado de explosivos. Esta escolha é condicionada pela consideração de factores que podem influenciar o desenrolar do mecanismo adoptado. São exemplos de finalidades deste projecto as seguintes: obter um colapso eficiente e controlado; obter o máximo de fragmentação da estrutura; controlar as projecções de material resultantes da explosão; obter um espalhamento mínimo de poeiras e materiais; prever o comportamento da estrutura durante a demolição e provocar o mínimo distúrbio possível. 1.3 Avaliação estrutural e inspecção dos arredores Avaliação estrutural Com o fim de se projectar um mecanismo de colapso correcto, é necessário realizar uma prévia avaliação estrutural da construção, juntamente com uma inspecção rigorosa dos arredores, procurando assim obter toda a informação necessária e minimizar as possíveis situações de dano em edifícios ou estruturas vizinhas devendo, entre outros factores, ser considerados: as dimensões de todas as partes da estrutura; a identificação de todas as peças da estrutura com capacidade de carga, principalmente pilares; a disposição de juntas; os tipos de materiais empregues, a idade e resistência; a qualidade da construção; a extensão de possíveis defeitos, estragos ou locais enfraquecidos; a localização de nós móveis; as cargas projectadas apropriadas à idade da construção e tipo de fundações. Sem uma confirmação destes aspectos, pode ser necessário realizar alguns trabalhos de demolição prévios, por métodos tradicionais, por forma a obter a informação necessária. Finalmente, mesmo que haja informação relativa à estrutura, deverá ser sempre realizada uma inspecção in-situ, para confirmar todos os aspectos pertinentes a ter em conta na realização do projecto Inspecção dos arredores A inspecção dos arredores, deve identificar claramente a proximidade do edifício que se pretende demolir, de outros edifícios adjacentes, equipamentos sensíveis, estradas e serviços, bem como as suas condições, características especiais e o possível risco de dano. Uma avaliação prévia da zona de segurança necessária, também nos dará uma primeira indicação do número de pessoas que irá estar envolvido numa futura evacuação. 1.4 Mecanismos de colapso básicos [1] Os quatro mecanismos básicos de colapso de uma estrutura por recurso ao uso controlado de explosivos são: telescópio; derrube; implosão e colapso progressivo.

3 O mecanismo tipo telescópio é normalmente usado na demolição de estruturas ocas, provocando-se basicamente, a demolição, simultânea ou não, de vários trechos em altura, na estrutura da torre. Esta acaba por ruir, numa área aproximadamente igual aquela que inicialmente ocupava, de uma forma semelhante ao fechar de um telescópio (Fig. 2). O mecanismo tipo derrube [2] é normalmente utilizado em todo o tipo de estruturas onde exista uma grande relação entre a altura e a base, não havendo perigo se a estrutura cair para um dos seus lados. Procura-se apenas derrubar a estrutura, sobre uma área previamente definida, e assim facilitar, a partir do solo, o acesso das máquinas à estrutura. Este mecanismo envolve normalmente menos trabalhos preparatórios, menos quantidade de explosivos e, dependendo da construção, pode induzir na estrutura uma maior fragmentação durante o colapso (Fig. 3). O método mais conhecido entre nós é o designado por implosão [1], onde, por meio de explosivos, se consegue criar uma descontinuidade em pontos da estrutura (pilares), fazendo assim com que esta entre em ruína e que, através do seu peso próprio, se fragmente o mais possível durante a queda e quando atinge o solo. Neste mecanismo, o colapso é provocado centralmente fazendo com que a estrutura ceda sobre si mesma, como se algo a puxasse na direcção do seu centro (Fig. 1). É o método apropriado para estruturas de elevado porte. Fig. 1 - Implosão realizada no edifício Penzer no centro de Pittsburgh. Fig. 2 - Mecanismo tipo telescópio Fig. 3 - Mecanismo tipo derrube Fig. 4 - Mecanismo tipo colapso sequencial Finalmente, no que respeita ao último tipo de mecanismo básico (tipo colapso sequencial), este descreve-se como a queda sequencial de peças de um jogo de dominó. Com efeito, este método é normalmente empregue em edifícios contíguos ou com um grande desenvolvimento em comprimento, provocando-se um colapso sequencial normalmente do tipo referido (Fig. 4).

4 1.5 Escolha do mecanismo de colapso a adoptar Baseando-nos nos conhecimentos acumulados sobre a estrutura que se pretende demolir e tendo em mente as restrições impostas pela possível presença de outros edifícios e serviços próximos, é possível definir então qual será o melhor mecanismo de colapso a adoptar. Na maior parte das situações, o mecanismo mais apropriado será claramente definido, permitindo assim obter o resultado pretendido. O mecanismo final de colapso escolhido reflectirá a extensão necessária dos trabalhos de préenfraquecimento, a disposição do explosivo e a sequência de atrasos na iniciação do processo, factores necessários para se conseguir atingir a máxima eficiência, em termos de mínimo gasto de energia e máxima destruição e fragmentação. 1.6 Previsão do comportamento O colapso progressivo de estruturas pode ser definido pela perda gradual da capacidade resistente duma estrutura, cujo processo é iniciado por rotura localizada que origina o posterior colapso duma parte ou de toda a estrutura. A segurança relativamente ao colapso progressivo é fundamentalmente um problema de dinâmica não-linear transitória [5], devido à existência de acções dinâmicas com reduzido tempo de actuação e de grande potencial que originam roturas localizadas, daí resultando a libertação de grandes quantidades de energia potencial. A previsão do comportamento de uma estrutura durante o colapso deve ser feita não só para a altura em que ocorre o evento - sendo este cálculo introduzido no evento, pelo atraso que se der à sequência de iniciação - como também se deverá realizar o estudo da resposta da estrutura às fraquezas e forças introduzidas pelo explosivo, remoção de suportes e consequente movimento adquirido. A resposta dinâmica de uma estrutura depende essencialmente do seu factor de amortecimento, traduzido pelos materiais que a constituem e as suas características geométricas. São também factores importantes na rigidez dinâmica de uma estrutura, a concepção, implantação e dimensão das peças estruturais que a compõem. A qualidade do processo de construção e dos materiais empregues assume também particular importância, já que dela dependerá a maior ou menor capacidade de absorção das ondas de choque. O uso de modelos simplificados, fornece apenas uma ideia geral da dinâmica do processo de colapso, sendo o recurso ao cálculo numérico uma forma de se obter uma previsão mais realista, já que durante a duração do fenómeno explosivo, os edifícios submetidos a essa acção são sujeitos a vibrações e impulsos, semelhantes aos provenientes dos abalos telúricos. No entanto qualquer um destes modelos deve ser cuidadosamente calibrado com o resultado da experiência de outras demolições já efectuadas. As maiores dificuldades colocadas em testes desta natureza traduzem-se na simulação da força de gravidade, devido não só a dificuldades de escala, bem como aos tipos de materiais a usar nos modelos. O carácter dinâmico destes eventos é também difícil de simular em laboratório. Ultimamente, têm-se verificado alguns avanços no tipo de testes realizados, tendo-se começado com testes estáticos, mas estando-se já a realizar alguns dinâmicos.

5 2. O PROJECTO DA DEMOLIÇÃO É comum combinar explosivos com acções de pré-enfraquecimento das estruturas, nomeadamente retirando manual ou mecanicamente determinadas peças da estrutura, por forma a facilitar o seu colapso por acção dos explosivos. Normalmente esta acção é desenvolvida em algumas paredes e vigas, não devendo ser realizado noutros elementos resistentes. Tal acção é calculada por forma a garantir-se que não ocorrerá um colapso progressivo antes da detonação. A determinação das quantidades de explosivo necessárias é baseada em fórmulas empíricas e na experiência. O objectivo é optimizar a utilização da energia do explosivo, maximizando os danos na estrutura e minimizando os efeitos ambientais. O problema mais comum numa demolição com explosivos consiste em determinar o tamanho e o tipo da carga necessária para produzir os efeitos explosivos pretendidos. A figura 5 [6] mostra o resultado de testes realizados com cargas de diversos tamanhos, mantendo as restantes condições sem alteração. Para estruturas convencionais de betão armado, as forças de compressão são as mais representativas na resistência do material à explosão. Fig. 5 - Resultados obtidos em experiências com cargas de diversos tamanhos. Assim, a quantidade de explosivo necessária deve crescer proporcionalmente à capacidade resistente do betão armado empregue. No entanto, para resistências do betão superiores a 50 MPa, a capacidade resistente da estrutura aos esforços introduzidos pelo explosivo diminui, podendo assim ser reduzida a quantidade de explosivo empregue [6]. A quantidade de aço existente numa estrutura também é relevante, já que o aço normalmente retarda o efeito da onda de choque produzida na explosão, devendo assim ser incrementada a quantidade de explosivo necessária, consoante a quantidade de aço empregue. 2.1 Trabalhos preparatórios a - carga demasiado pequena, não houve fragmentação do elemento; b - aumento no peso da carga, produzindo alguma fragmentação; c - carga óptima; d - carga demasiado grande, produzindo demasiados estragos à estrutura. São exemplos de trabalhos preparatórios a desenvolver antes de accionar o mecanismo de colapso os seguintes: remoção de materiais de amianto; remoção de divisórias falsas; remoção de algumas paredes divisórias; remoção de vidros, janelas e portas; cálculos da extensão das acções de pré-enfraquecimento; cálculos de estabilidade; testes de rebentamentos (explosões); dispositivos e quantidades de explosivo necessárias, entre outros.

6 2.2 Cálculos de estabilidade e pré-enfraquecimento Devem ser realizados cálculos para reconfirmar a estabilidade local e global da estrutura préenfraquecida, sob a acção das cargas retiradas e a acção de cargas laterais do vento. No essencial, a extensão e posição das acções de pré-enfraquecimento reduzirão a quantidade de explosivo necessária para efectuar a demolição, assim como a onda de choque e as vibrações no solo provocadas pela explosão. Poderão ainda ajudar no controle do mecanismo de colapso, por forma a conseguir-se atingir o movimento da estrutura inicialmente pretendido. Têm importantes implicações em termos de custos para a empresa que tiver o contrato da demolição. Também pode acontecer que uma pequena quantidade de explosivos seja usada para provocar apenas uma ligeira descontinuidade numa peça da estrutura em vez de a destruir totalmente Uso de explosivos em cortes localizados e na demolição parcial de estruturas de betão A realização de um pré-enfraquecimento da estrutura a demolir exige a realização de pequenos cortes localizados, bem como a demolição parcial de alguns elementos, sendo no entanto fundamental, como já se referiu, manter a estabilidade do conjunto. Experiências práticas e teóricas indicam que a colocação dos explosivos em furos, abertos nas peças onde se pretende danificar a estrutura, é um método interessante para realizar cortes localizados bem como demolir parcialmente uma estrutura. Por seu lado, a colocação de cargas na superfície dos elementos onde se pretende efectuar os cortes deve ser usada apenas em determinadas situações, devendo preferencialmente ser empregues cargas lineares de corte também conhecidas por cargas ocas. É também possível aplicar os explosivos por forma a obter o máximo de fragmentação do betão, com vista à sua reutilização. Numa detonação, quando as cargas são colocadas no interior de um furo, a onda de choque gerada induz a estrutura a um ciclo de esforços complicados e extremamente rápidos. O material, na zona circundante à carga, é esmagado pela onda de choque a grandes velocidades (Fig. 6). À medida que a distância à carga aumenta, a zona de aparecimento de fendas varia entre as regiões com deformação plástica e deformação elástica. Alguns autores afirmam haver uma relação directa da transmissão da onda compressiva com a impedância. Com efeito, indicam que se a impedância do explosivo é igual à do material e, se os materiais estão em contacto directo, haverá uma transmissão directa da onda de compressão do explosivo para o material. Pelo contrário, diferenças na impedância do explosivo em relação ao material produzem reflexões e, consequentemente, perda de energia, diminuindo assim o efeito esperado. As fendas que aparecem à superfície são o caminho para a libertação dos gases gerados que seguem a onda de choque, provocando a destruição do material. A onda de choque tem uma duração muito curta, da ordem dos 10 microsegundos, enquanto que a expansão dos gases se dá por um período de tempo mais longo, na ordem dos milissegundos. Numa deflagração, quando as cargas são colocadas no interior de um furo, apenas se produz a expansão dos gases, não havendo lugar ao aparecimento da onda de choque no material. Da mesma forma, forma-se uma zona de aparecimento de fendas junto da carga gerada pelos esforços de compressão, sendo no entanto os seus efeitos bastante menores que no caso da detonação. São geradas altas temperaturas mas apenas são obtidos pequenos volumes de gás. Os fu-

7 ros têm que ser hermeticamente e fortemente selados. Materiais como a areia ou argila não são suficientes, devendo aqui ser usados materiais como o cimento para o atacamento dos furos. superfície livre I - zona da detonação IIa - zona de fendilhação plástica IIb - zona de fragmentação III - zona de vibração elástica Fig. 6 [6] (à esquerda) - Propagação de fendas junto à superfície livre de uma peça, provocada pela detonação de um explosivo. a - fendas radiais causadas pela onda de choque primária; b - fendas radiais à superfície, causadas pela interacção entre as ondas de compressão e as ondas de tensão reflectidas; c - fendas tangenciais causadas pelas forças de tensão devidas às ondas reflectidas; d - fendas tangenciais causadas pelas ondas directas de compressão / tensão. Fig. 7 (à direita) - Efeito provocado numa parede de betão armado usando cordão detonante na face oposta. No caso das cargas colocadas à superfície dos elementos, as cargas de deflagração não produzem normalmente qualquer deformação no betão, já que os gases gerados se podem libertar facilmente. No caso das detonações, quando o explosivo detona directamente em contacto com a superfície do elemento, este é sujeito a uma onda de choque cuja pressão, da ordem dos 40 GPa na sua superfície, provoca uma deformação. Este efeito é mais agravado se o explosivo for coberto por um material com massa suficiente (areia ou argila por exemplo). O efeito na estrutura é determinado pela superfície de contacto do explosivo com o elemento e pela pressão de detonação do explosivo. Os factores mais importantes a ter em conta na escolha do método ou na sua combinação para a realização de cortes localizados ou demolições parciais são: a resistência da estrutura; as reparações necessárias após os cortes; os efeitos ambientais e a extensão do trabalho a efectuar Técnicas de colocação dos explosivos Cargas colocadas em furos Os principais parâmetros que interferem directamente nos resultados de uma explosão resultantes da colocação de um explosivo dentro de um furo num determinado elemento da estrutura são [6] : parâmetros relacionados com o betão - espessura, resistência e a quantidade

8 de aço; parâmetros relacionados com a carga - potência do explosivo, peso, espaçamento entre cargas, interacção entre explosivos e atacamento; parâmetros geométricos - recobrimento, diâmetro do furo e relação entre o diâmetro do furo e do explosivo. Assim, para os parâmetros relacionados com o betão, o estudo do desmonte de rochas, em particular o do granito - características semelhantes ao betão - permitiu concluir que a energia necessária para fracturar um material é função da sua resistência e da sua capacidade de deformação. As cargas de tamanho normal provocam poucos estragos nas armaduras do betão, normalmente não as cortam e a deformação provocada é pequena. O aço retarda a onda de choque provocada, pelo que é necessário mais explosivo à medida que a quantidade de aço vai crescendo, excepto quando a direcção principal da explosão é paralela ao plano da armadura, sendo neste caso a quantidade de explosivo independente da quantidade de aço [6]. Refira-se que a deformação da armadura nas peças a demolir, pode provocar o arranque do betão adjacente às mesmas. Relativamente aos parâmetros relacionados com as cargas, a força de um explosivo é função da energia e volume de gás gerados [6]. A amplitude da pressão do gás num furo durante uma detonação é determinada pelo calor e pelo volume de gás gerados na mesma. A onda de choque provocada é função da velocidade da detonação. A pressão gerada na detonação é directamente proporcional à densidade e ao quadrado da velocidade da detonação. Assim, quando se realizam demolições parciais ou cortes localizados, não podendo ser corrido o risco de danificar elementos adjacentes, devem-se utilizar explosivos com velocidades de detonação e volume de gases mais baixos. Na Suécia e no Japão, foram desenvolvidos explosivos com velocidades de detonação abaixo dos 2000 m/s com produção de volume de gases abaixo dos 0.1 m 3 /kg. Podese no entanto usar explosivos que deflagrem com velocidades de deflagração e volume de gases gerados muito baixas, no corte de elementos planos de betão. A interacção entre as cargas depende directamente do seu afastamento. Normalmente, os rebentamentos são realizados recorrendo ao uso de várias cargas de explosivos, pelo que é de todo conveniente atender à sua interacção. Esta pode ser conseguida pelo rebentamento simultâneo ou recorrendo ao uso de detonadores de atraso. Normalmente, são usados detonadores com atrasos de ms [6], ainda que estes valores sejam demasiado grandes para permitir uma boa interacção entre os efeitos provocados pelas diversas cargas, sendo aconselhável valores na ordem dos 1 ou 2 ms. O atacamento dos explosivos num furo é normalmente realizado com argila, argamassa ou areia. Tendo pouca acção na onda de choque, o principal efeito do atacamento dos explosivos é na confinação dos gases gerados, provocando assim uma fendilhação do betão superior. Para cargas com velocidades de detonação baixas ou deflagrantes, o atacamento das cargas requer cuidados especiais, já que os efeitos do explosivo dependem, como já foi referido, do desenvolvimento da pressão dos gases gerados no furo. Finalmente, referindo os aspectos relacionados com os parâmetros geométricos, um factor importante é a distância à superfície da carga colocada na peça (recobrimento), sendo este o parâmetro mais importante no cálculo das cargas pelas fórmulas empíricas disponíveis na literatura existente, em que o peso necessário da carga é expresso em função desse valor. No entanto, essas fórmulas empíricas não têm em conta a quantidade de aço existente na estrutura,

9 que tem implicações directas nas fendas provocadas pela onda de choque e no trabalho produzido pela expansão de gases numa detonação. Refira-se ainda a importância do espaçamento entre cargas, normalmente igual ao recobrimento das mesmas, sendo aqui o objectivo o uso de cargas tão pequenas quanto possível, significando assim que o espaçamento entre cargas deverá ser reduzido e o número de cargas e furos elevado. A relação entre o diâmetro do furo e da carga afecta directamente a transmissão das ondas de choque ao material envolvente do explosivo, bem como o desenvolvimento da pressão gerada no furo. À medida que esta relação cresce, há uma queda acentuada na eficiência do explosivo, mas por outro lado, diminuem os danos para o ambiente. Uma forma de aumentar esta relação pode ser conseguida, por exemplo, empregando cordão detonante em furos com mm Cargas colocadas à superfície dos elementos As cargas colocadas na superfície livre dos elementos produzem grandes ruídos de explosão e causam pequenas fragmentações na fase oposta ao local onde são colocadas. São normalmente empregues em estruturas metálicas para obter cortes localizados, sendo o explosivo mais utilizado o cordão detonante [6]. As cargas colocadas exteriormente apresentam a vantagem de não exigirem trabalhos de furação, podendo ser colocadas facilmente na face do elemento. São particularmente eficazes para elementos com espessuras entre mm. 3. PROTECÇÃO DO MEIO AMBIENTE O ponto de partida para obter uma protecção capaz de amortecer a onda de choque e conter a projecção de materiais, é obtido envolvendo individualmente os pilares e/ou pisos onde as cargas são colocadas por múltiplas camadas de materiais de diverso tipo, seguros em torno de todo o perímetro e vizinhança da área de explosão por correntes metálicas ou rede de aço. Figuras 8 (à esquerda) e 9 (à direita) - Pormenores da protecção colocada em torno de um pilar, envolvendo-o com uma rede de arame seguindo-se uma manta especial de borracha do tipo pesado sendo o conjunto solidificado com correntes. Pode-se usar em alternativa placas de aglomerado de madeira; placas de contraplacado marítimo; placas de chapa de aço; etc.. Ao nível do solo, dependendo do projecto, o sistema de protecção deve ser reforçado pela

10 colocação de um resguardo alto de metal (ou outros materiais já referidos) amarrado a uma estrutura de andaime segura ao nível do solo e ao nível do primeiro piso do edifício a demolir. Adicionalmente, a restrição ao movimento deste resguardo, na sua parte inferior, poderá ser fornecida pela criação de um aterro de terra no seu perímetro exterior, o qual servirá também para diminuir o efeito da onda de choque provocada pela explosão. Por vezes, é também providenciada uma barreira deflectora ao nível do solo como meio preferível para absorver a onda de choque e alguns materiais projectados. A prática corrente nas demolições com explosivos é projectar tais protecções com base na observação real dos resultados de testes e na experiência ganha em prévias detonações e demolições. É também usual empregar os diversos materiais referidos conjuntamente. Finalmente, refira-se que os trabalhos de protecção deverão incluir acções: no local; nos edifícios perto do local; nos serviços (água, electricidade, gás, etc.); nas estradas e passeios; de estudos sobre formas de protecção e em resultados de testes de explosões. 4. REUTILIZAÇÃO DO BETÃO DAS DEMOLIÇÕES COM EXPLOSIVOS Nos dias de hoje, o desenvolvimento necessita de ser sustentável. No domínio da construção em betão armado, isto passa pela reutilização dos inertes resultantes das demolições. Sob este ponto de vista, a demolição exclusivamente pelo uso controlado de explosivos, claramente a mais indicada sempre que possível em edifícios de grande porte de estrutura em betão, tem algumas desvantagens. De facto, o próprio processo contribui para dar origem a uma amálgama de materiais de mais difícil triagem. Por outro lado, uma vez que a fragmentação da estrutura se faz em boa medida pelo seu impacte no solo, os destroços têm geralmente dimensões dificilmente compatíveis com o seu transporte para unidades de reciclagem. Interessa pois perceber como é possível este método de demolição adaptar-se à necessidade de reutilizar os materiais. São fundamentalmente duas as medidas a tomar: implementar um processo pré-demolição em que se tira partido do tempo de preparação para retirar e triar a maior quantidade possível de materiais não estruturais; instalar junto ao edifício de demolição uma unidade portátil de reciclagem dos inertes. 5. REFERÊNCIAS [1] Brown, C. Demolition of Structures by the Controlled Use of Explosives, Curso da Ordem dos Engenheiros, Coimbra, 1995, 25p. [2] Michels, G.; Reul, H.-J. Demolição com Explosivos de uma Chaminé na Estação Central de Caminhos de Ferro de Dusseldórfia, LNEC, Lisboa, 1985, 17p. [3] Kasai, Y. Demolition and Reuse of Concrete and Masonry, Chapman & Hall, London, [4] Neto, M. Manual de Campanha de Explosivos e Destruições, Exército Brasileiro, Brasília, 1991, 158p. [5] Gonçalves, A. Recomendações de segurança em demolições de edifícios por explosões controladas, Tese de Mestrado, FCTUC, 1998, 328p. [6] Hansen, T. Recycling of Demolition Concrete and Masonry, Rilem Report 6, 1992, 316p.

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