A IGUALDADE CONSTITUCIONAL E A DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS EM SAÚDE

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1 A IGUALDADE CONSTITUCIONAL E A DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS EM SAÚDE INTERVENÇÃO FEITA NO III SIMPÓSIO SOBRE O SNS EUGÉNIO ROSA Economista edr2@netcabo.pt

2 EXPLICAÇÃO DA DIVULGAÇÃO DESTES SLIDES Estes slides utilizei-os numa intervenção que fiz no III Simpósio Ibérico de Diabetes que se realizou em Beja no dia , em que participei a convite da respetiva comissão organizadora. Como eles contém um conjunto de dados sobre a situação do setor da saúde e, nomeadamente, sobre o Serviço Nacional de Saúde, pensei que eles podiam ser úteis a todos aqueles que se preocupam com esta matéria vital para todos os portugueses, daí a razão da sua divulgação Contrariamente ao que se pode depreender das declarações oficiais, a situação do SNS é cada vez mais difícil e vai-se agravar ainda mais em 2018, piorando a prestação de serviços de saúde aos portugueses. E isto porque as transferências previstas no Orçamento do Estado de 2018 para o SNS ainda são inferiores às de 2017, e o endividamento dos Hospitais para poderem funcionar disparou. Os recursos disponibilizados ao SNS são cada vez mais escassos relativos às necessidades como provam os dados destes slides e são os portugueses que sofrem as consequências tendo maiores dificuldades de acesso ao bem saúde e sendo obrigados a suportar do seu bolso custos crescentes com a saúde. Como consequência as desigualdades aumentam.

3 OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE SÃO FUNDAMENTAIS PARA UMA VIDA SAUDÁVEL, NO COMBATE ÀS DESIGUALDADES E PARA O CRESCIMENTO ECONÓMICO E DESENVOLVIMENTO DO PAÍS O economista, que dedicou a sua vida a estudar as desigualdades, ATKINSON no livro DESIGULADADE : o que fazer refere que nas estatísticas de distributivas está ausente uma importante fonte de rendimentos : o valor dos serviços públicos, como a educação, a saúde e a segurança social. E sendo o seu custo suportado pelo Estado a desigualdade é consideravelmente inferior à que se verifica quando se utiliza apenas o rendimento disponível (pág. 53 e 54). RICHARD E KATE no livro, que serve de inspiração a todos os que se preocupam com esta problemática, O ESPIRITO DA IGUALDADE referem que a desigualdade está associada a uma menor esperança de vida, a taxas mais altas de mortalidade infantil, a uma estatura menor à sida e à depressão. E que num mesmo país estas taxas variam de acordo com as classes sociais, portanto de acordo com rendimentos (pág.114). Os economistas do desenvolvimento reconhecem que o investimento na saúde da população, tal como na educação, é fundamental para o aumento da produtividade e para o desenvolvimento do país O PAPEL DA DESPESA PUBLICA EM SAÚDE É VITAL PARA QUE UMA POPULAÇÃO TENHA UMA VIDA SAUDÁVEL, NO COMBATE À DESIGUALDADES, NO CRESCIMENTO ECONÓMICO E DESENVOLVIMENTO

4 A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NO SEU ARTº 64º RECONHECE ISSO ESTABELECENDO QUE TODOS OS PORTUGUESES TÊM O DIREITO À SAUDE E QUE O ESTADO DEVE GARANTIR ESSE DIREITO 1. Todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover. 2. Para assegurar o direito à proteção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado: a) Garantir o acesso de todos os cidadãos independentemente da sua condição económica, aos cuidados de medicina preventiva, curativa e de reabilitação; b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e em unidades de saúde No entanto, o direito à saúde é cada vez menos garantido aos portugueses pelo Estado, devido ao crescente e crónico subfinanciamento do SNS, a que se associa uma distribuição desigual dos recursos a nível do país, uma deficiente utilização dos recursos escassos, ao crescente endividamento dos Hospitais públicos aos fornecedores privados, e à necessidade de suportarem do seu bolso custos crescentes com a saúde, o que contribui para agravar as desigualdades. O SNS está a ser instrumentalizado ao défice.

5 Em 2007 a Comissão para a sustentabilidade do financiamento do SNS nomeada pelo ministro Correia Campos já defendeu a subordinação do financiamento do SNS à redução do défice 1-Um financiamento do OE ao SNS que garanta o cumprimento dos objetivos do PEC: Portanto um financiamento do SNS pelo OE que permita reduzir o défice orçamental, primeiro, para -3% PIB e, depois, para -0,5% do PIB em 2010 (agora é -1,4% em 2017, e -1% em 2018) 3-Um financiamento do SNS pelo OE que permita reduzir a despesa pública de 45,4% do PIB em 2007 para 41,5% do PIB em 2010 (agora 44,8% do PIB em 2017 e 44,5% do PIB em 2018) 4-Qualquer financiamento que não permita cumprir os objetivo do PEC: NÃO É SUSTENTÁVEL => um critério meramente financeiro de sustentabilidade do SNS portanto necessariamente redutor e limitado. Atualmente, apesar de todas as declarações oficiais de defesa do SNS, a verdade é que o financiamento do SNS continua subordinado à redução para valores incomportáveis para o país do défice orçamental. Por outras palavras, o SNS continua a ser instrumentalizado no objetivo de redução do défice com consequências graves para os portugueses.

6 UM SNS SUBFINANCIADO NUM PAÍS ONDE AINDA 2 MILHÕES DOS PORTUGUESES ESTÃO NO LIMIAR DE POBREZA AGRAVA A POBREZA: indicadores da pobreza e da desigualdade em Portugal - INE

7 UM SNS SUBFINANCIADO NUM PAÍS DE GRAVES DESIGUALDADE AGRAVA AINDA MAIS AS DESIGUALDADES: 60,4% dos agregados (3 milhões ) detêm 26,2% do rendimento total declarado apara efeitos de IRS em 2015, e o rendimento do escalão mais elevado é 155 vezes superior ao do escalão mais baixo

8 PORTUGAL UM PAÍS DE BAIXÍSSIMAS PENSÕES, UM SNS SUBFINANCIADO TORNA MAIS DIFÍCIL A VIDA DOS PENSIONISTAS: em 2017, a pensão média de velhice da Segurança Social (2 milhões pensionistas) era apenas 441 e de invalidez ( ) era de 380, e as pensões dos Regimes não contributivos e equiparados ( pensionistas ) entre 280 e 290 /mês

9 PORTUGAL UM PAÍS DE DESIGUALDADES REGIONAIS DE RENDIMENTO, UM SNS SUBFINANCIADO AGRAVA AS ASSIMETRIAS: rendimento declarado para efeitos de IRS em 2015 por agregado

10 PORTUGAL UM PAÍS ONDE APESAR DA POBREZA E DAS DESIGUALDADES SEREM ENORMES A DESPESA CORRENTE COM A SAÚDE TEM DIMINUÍDO, O QUE TORNA O ACESSO À SAÚDE CADA VEZ MAI DIFÍCIL PARA QUEM TEM BAIXOS RENDIMENTOS : em % do PIB caiu e é já uma das mais baixas da U.E.

11 PORTUGAL UM PAÍS ONDE A DESPESA PÚBLICA COM SAÚDE EM % DA DESPESA TOTAL DE SAÚDE É INFERIOR À MEDIA DA U.E. E A PRIVADA É SUPERIOR -Em 2015, Média da U.E. : 8% do PIB; Portugal: 6% do PIB.

12 APESAR DA POBREZA E DAS GRAVES DESIGUALDAADES O PESO DA DESPESA PÚBLICA CORRENTE EM SAÚDE NA DESPESA TOTAL COM SAÚDE DIMINUIU-2000/2016 INE

13 ENTRE 2000 E 2016, A DESPESA PUBLICA NA DESPESA CORRENTE DE SAÚDE EM PORTUGAL DIMINUIU DE 70,4% PARA 64,9% E A PAGA PELAS FAMÍLIAS AUMENTOU DE 23,8% PARA 27,4% -INE: o acesso à saúde é cada vez mais difícil para as famílias

14 A DESPESA DAS FAMÍLIAS POR PRESTADOR 2000/2015: o negócio privado com a saúde disparou com custos elevados para as famílias devido à diminuição da despesa publica com saúde-ine

15 GRAVES DESIGUALDADES (assimetrias) DE PODER DE COMPRA ENTRE OS PORTUGUESES DAS DIFERENTES REGIÕES DO PAIS: o poder de compra médio de um português que vive no Alentejo corresponde apenas a 43% do poder de compra médio de um português que vive no concelho de Lisboa o que torna o acesso à saúde cada vez mais difícil em muitas regiões do país - INE

16 QUANTO MENOS DESENVOLVIDA É A REGIÃO MAIOR É O PESO DAS DESPESAS DOS AGREGADOS FAMILIARES COM A SAÚDE Dados do INE

17 A SITUAÇÃO É AGRAVADA POR UMA DISTRIBUIÇÃO GEOGRAFICA DESIGUAL DOS RECURSOS DE SAÚDE: o Alentejo com 7% da população tem apenas 4% dos médicos e 6,3% dos enfermeiros (inclui SNS e do setor privado

18 A DISTRIBUIÇÃO DESIGUAL (assimétrica) DOS RECURSOS DO S.N.S. POR REGIÕES: o Alentejo com 7,1% da população tem apenas 3,7% dos médicos, 5,2% dos enfermeiros e 5,1% dos profissionais de saúde de todo o SNS

19 A ESPERANÇA DE VIDA AOS 65 ANOS NÃO É IDÊNTICA EM TODAS AS REGIÕES DO PAÍS E SE EXISTISSEM DADOS DA ESPERANÇA DE VIDA ENTRE RICOS E POBRES AS DESIGUALDADES AINDA SERIAM MAIORES COM O AUMENTO DOS CUSTOS DE SAÚDE PARA AS FAMÍLIAS: o acesso ao bem saúde é muito desigual no país

20 SUBFINANCIAMENTO CRÓNICO DO SNS : as Transferências do Orçamento do Estado para o SNS (linha a azul), têm sido sempre muito inferiores à Despesa Total (linha a castanho). A linha a vermelho inclui as tranferências extraordinárias para fazer face ao subfinanciamento acumulado 2010/2017

21 DEVIDO SUBFINANCIAMENTO DO SNS, OS HOSPITAIS PÚBLICOS SÓ TÊM CONSEGUIDO FUNCIONAR COM GRANDES DIFICULDADES ATRAVÉS DO ENDIVIDAMENTO CRESCENTE

22 O NEGÓCIO DA INDUSTRIA FARMACÊUTICA EM PORTUGAL Em milhões de euros- APIFARMA

23 O MERCADO AMBULATÓRIO REPRESENTA CERCA DE 70% DO MERCADO TOTAL DE MEDICAMENTOS, E 74,6% É DESPESA DO SNS. E A NÍVEL HOSPITALAR A SITUAÇÃO NÃO É DIFERENTE: o SNS é um fonte lucros enormes para a indústria farmacêutica até porque continua a verificar-se em Portugal um consumo excessivo de medicamentos, e a quota de genéricos em valor continua a ser reduzida

24 O INEVITÁVEL AGRAVAMENTO DAS DIFICULDADES DO SNS EM 2018 : as transferências do O.E. para o SNS diminuirão de 8.478,7M para 8.427,4M entre 2017 (pág. 144 do Relatório OE-2018) e em 2018 as despesas do SNS vão aumentar (dividas de 2017 que transitam, progressão nas carreiras dos profissionais de saúde, acordo enfermeiros, aumento de preços, etc.)

25 AS TRANSFERÊNCIAS DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA O SNS DIMINUEM TAMBÉM EM % DO PIB O QUE É INACEITÁVEL ANOS PIB Milhões Transferências OE para SNS Milhões Trnsferências % do PIB ,11% ,91% ,34% (8.094) 4,40% 2018 (OE) ,4 4,28% FONTE: Orçamento do Estado e INE

26 A CONTINUAÇÃO DA POLITICA DO SNS EM INVESTIR PREFERENCIALMENTE NA MEDICINA CURATIVA HOSPITALAR, MUITO MAIS CARA, EM PREJUÍZO DA MEDICINA PREVENTIVA: a maioria dos médicos estão nos hospitais, nomeadamente dos grandes centros urbanos (por ex. o Hospital de Évora esteve durante muito tempo sem um cirurgião vascular, agora tem apenas um, numa região onde a taxa de incidência do chamado Pé diabético é a maior do país, e sem recursos, nem tem uma sala disponível no hospital), e faltam médicos nos Centros de Saúde e não há medidas para alterar esta situação

27 OS GENÉRICOS JÁ REPRESENTAM EM VOLUME (unidades vendidas) 36,1% DO MERCADO MAS APENAS 18,7% EM VALOR (euros). OS MEDICAMENTOS DE MARCA CONTINUAM A SER UM GRANDE NEGÓCIO PARA OS LABORATÓRIOS. QUANDO É QUE SE CONSEGUIRÁ INVERTER ESTA RELAÇÃO? AS MEDIDAS EFETIVAS TARDAM E A DESPESA COM MEDICAMENTOS CONTINUA A SER ENORME

28 QUATRO QUESTÕES FINAIS QUE DEIXAMOS PARA REFLEXÃO 1- Será que o subfinanciamento crónico do SNS, num país de graves desigualdades e pobreza (quase 2 milhões de portugueses estão no limiar da pobreza, a esmagadora maioria dos pensionistas tem pensões inferiores a 450 ), não agravará essas desigualdades e não estará a pôr em causa o acesso ao bem saúde de muitos portugueses, direito este garantido pela Constituição? 2- Será que o subfinanciamento crónico do SNS que está a determinar o endividamento crescente das unidades de saúde para poderem funcionar, não está a determinar custos acrescidos para o Estado impostos pelos fornecedores para compensar os atrasos de pagamento? 3- Por que razão não se tomam medidas para racionalizar os custos (ex. pessoal, medicina curativa VS medicina preventiva, medicamentos) e para uma melhor distribuição pelo país dos recursos existentes numa situação em que os recursos do Estado são escassos e as necessidades são crescentes? 4- Será que a subordinação do SNS à redução do défice orçamental e a sua instrumentalização, é compatível com o disposto no artº 64 da Constituição da República? Não estará a pôr em causa o direito à saúde garantido pela Constituição e a ter efeitos negativos no crescimento económico e no desenvolvimento do país (uma população com menos saúde é menos produtiva)?

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