Sustentabilidade do Sistema de Saúde Garantir o futuro. Pedro Pita Barros Universidade Nova de Lisboa

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1 Sustentabilidade do Sistema de Saúde Garantir o futuro Pedro Pita Barros Universidade Nova de Lisboa

2 Sustentabilidade voltou a ser um tema da moda Mas cada um usa o entendimento que acha apropriado Não há qualquer garantia que estejamos a falar dos mesmos assuntos Necessidade de clarificar um pouco, antes de avançar a discussão

3 Dois exemplos recentes Cuidados informais poderão ser a chave da sustentabilidade ( ) O Estado não tem qualquer possibilidade de manter a sustentabilidade dos Serviços de Saúde sem o apoio das Famílias e dos cuidadores informais Inês Guerreiro, Tempo Medicina, 24 de Maio de 2010

4 Dois exemplos recentes O risco da insustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) volta a colocar-se Porque é que isto acontece? Porque há um crescimento forte da despesa associado a um não crescimento ou crescimento débil da economia Jorge Simões, Público, 26 de Maio de 2010

5 +1 exemplo

6 Sustentabilidade Técnica ter a capacidade técnica de prestar os cuidados de saúde necessários à população (exº: se não houver médicos, não interessa quantos fundos se tem ) Financeira de uma forma genérica ter capacidade de pagar os cuidados que querermos ter

7 Sustentabilidade Do Serviço Nacional de Saúde Do sistema de saúde que inclui mas não se limita ao SNS Em qualquer dos casos, a discussão de sustentabilidade é sempre sobre o quanto estamos dispostos a sacrificar de outros consumos para ter mais cuidados de saúde

8 Circuíto simplificado popula ção financia mento presta ção Cuidados de saúde

9 PIB: 164 mil milhões de euros, 2009 Rendimento disponível das Familias: 131 mil milhões de euros, 2009; acréscimo para 2010: 2,2 mil milhões de euros Total da despesa pública: 83,6 mil milhões de euros (fonte: AMECO Comissão Europeia) Despesa total em saúde, 15 mil milhões (2006) SNS 2010: 8,698 mil milhões de euros (nota: há mais despesa pública associada com saúde)

10 Observação nº1: Sustentabilidade financeira entendida como capacidade de pagar cuidados de saúde não pode ser desligada das outras opções de utilização do rendimento disponível Quer se esteja a falar do sistema de saúde ou do serviço nacional de saúde

11 Porquê se sente que é um problema? Crescimento das despesas em saúde Menor crescimento recente do rendimento disponível Escolhas vão ser mais difíceis percepção de que será preciso abdicar de algo face ao crescimento prevísivel das despesas em saúde Vou-me centrar no Serviço Nacional de Saúde

12 Como medir sustentabilidade financeira? Não há um indicador universal As afirmações baseiam-se muito em impressões e na análise de um único indicador: despesa pública em saúde / PIB (ou despesa total em saúde/pib)

13 Há sustentabilidade financeira? Rácio Despesa pública em Saúde / PIB (em %) cenário

14 Há sustentabilidade financeira? cenário 2 35 Rácio Despesa 30 pública em Saúde / PIB 25 (em %)

15 Há sustentabilidade financeira? 35 Rácio Despesa pública em Saúde / PIB (em %) Olhar só para o valor absoluto em % do PIB não dá informação suficiente cenário 2 cenário 1

16 cenário 2 cenário 1 real O que é a realidade? 18 Rácio 16 Despesa 14 pública em Saúde / PIB12 (em %)

17 Rácio Despesa pública em Saúde / PIB (em %) O que é a realidade? Previsão com base no trajecto histórico cenário 2 cenário 1 real previsão

18 Sustentabilidade financeira Observação nº 2 Para discutir a sustentabilidade financeira seja do Serviço Nacional de Saúde seja do sistema de saúde não se pode olhar apenas para o valor num momento do tempo, tem que se olhar para as taxas de crescimento Observação nº 3 se queremos alterar o padrão de sustentabilidade financeira temos que actuar sobre as taxas de crescimento

19 Sustentabilidade financeira do SNS Definição: Existe sustentabilidade do financiamento do Serviço Nacional de Saúde se o crescimento das transferências do Orçamento do Estado para o SNS não agravar o saldo das Administrações Públicas de uma forma permanente, face ao valor de referência, mantendo-se a evolução previsível das restantes componentes do saldo. (da Comissão para a Sustentabilidade Financeira do SNS)

20 Sustentabilidade financeira do SNS De forma mais simples, existe sustentabilidade financeira se for compatível com a evolução da outra despesa pública e com a recolha de imposto que cresce com o crescimento da economia Hoje: crise => prestações sociais aumentam concorrência pelo espaço orçamental; actividade económica reduzida ainda menor espaço orçamental => problemas conjunturais ou estruturais?

21 Actualização (?) Tentativa de actualizar as simulações da Comissão para a Sustentabilidade Financeira do SNS (o PEC e o OE dão hoje menos informação pública que há 4 anos!!!) Com algumas hipóteses, é possível avançar

22 Actualização Elementos cruciais: Taxa de crescimento do PIB se à volta de 1% Taxa da restante despesa pública se à volta de 3% Taxa de crescimento da despesa em saúde (2,6% em 2004/2008; 8% em 1998/2008) Problemas de sustentabilidade das contas públicas Se taxa de crescimento=2,6%, saúde não contribui Se taxa de crescimento=8%, saúde contribui

23 Situação actual Dificuldades orçamentais exercem forte pressão sobre a despesa em cuidados de saúde feita pelo Estado Pressão para medidas de efeito imediato Medidas administrativas perigos (com base na experiência passada): descredibilização dos mecanismos de controlo; acumular de dívidas; reentrada nos ciclos de orçamentos rectificativos

24 Caminhos Médio prazo Actuar sobre mecanismos de crescimento da procura Ajustar a oferta existente Longo prazo Promoção de hábitos saudáveis Gestão da saúde

25 Que sabemos sobre médio prazo? Procura de cuidados de saúde depende também do rendimento menor crescimento da economia, menor pressão sobre os cuidados de saúde mas com desigualdades potenciais Procura de cuidados de saúde depende pouco do envelhecimento

26 Envelhecimento e despesas de saúde Despesa em saúde per capita (US $ PPP) % POP +65 anos 11,4 13,6 16,4 17,0 17,3 Despesa em saúde/pib 5,3 5,9 8,8 10,2 9,9 Questões rápidas: -% de aumento da despesa per capita em saúde? -% de aumento da população com mais de 65 anos? - Em que medida o aumento da população com mais de 65 anos explica o aumento das despesas per capita, se tudo o resto tivesse permanecido constante?

27 despesa pessoa +65/despesa pessoa < 65 = 4x % pop + 65 em 1980 = 11,4% % pop +65 em 2005 = 17% Mantendo-se a despesa per capita base, só contando o aumento devido à alteração demográfica, despesa crescia 12,52% Crescimento real entre 1980 e 2005: 660%

28 despesa pessoa +65/despesa pessoa < 65 = 10x % pop + 65 em 1980 = 11,4% % pop +65 em 2005 = 17% Mantendo-se a despesa per capita base, só contando o aumento devido à alteração demográfica, despesa crescia 24,88% Crescimento real entre 1980 e 2005: 660%

29 despesa pessoa +65/despesa pessoa < 65 = 10x % pop + 65 em 2000 = 16,4% % pop +65 em 2005 = 17% Mantendo-se a despesa per capita base, só contando o aumento devido à alteração demográfica, despesa crescia 2,18% Crescimento real entre 1980 e 2005: 39%

30 Principal efeito no aumento de custos nova tecnologia Interage com aumento de rendimento populações que se sentem mais ricas querem mais tecnologia Parte substancial da inovação dirigida a população idosa (mas é distinto to efeito demográfico puro)

31 Avaliação económicas das novas tecnologias análise custo benefício (ou uma sua variante) Significa que se for bem feita, introduzir vale mais do que o respectivo custo de oportunidade o sacrificio de outros consumos

32 Voltamos ao inicio: Observação 4 se as intervenções e tecnologias em saúde forem sujeitas a uma avaliação custo benefício adequada, então são financeiramente sustentáveis por definição (nota: se não houver recursos, o custo de oportunidade é muito elevado, e logo não passa na avaliação)

33 Mas há muitos desvios e pontos do sistema onde esta avaliação não é feita Nesses pontos há que procurar melhorar

34 Exº 1: Medicamentos Pelo facto de haver avaliação económica para a sua introdução, e se for bem feita, não podem ser considerados como pondo em causa a sustentabilidade financeira Mas se forem dados gratuitamente, estimula-se o seu desperdício e neste aspecto vão contra a sustentabilidade financeira

35 Exº 2: Subsistemas levam a maior consumo, sem esse maior consumo se traduzir num melhor estado de saúde em média; Substituição de consultas de clínica geral por consultas de especialidade, para além do aumento total Efeito de aumento é mais pronunciado nos utilizadores pouco frequentes Mas exercem mais controlo sobre o que compram (!?!)

36 E no final? Actualmente pressão sobre SNS vem do espaço orçamental Procura de eficiência deve estar sempre presente Identificar e actuar sobre os mecanismos que geram aumentos de procura (desnecessários) Deve ser uma preocupação constante, mas evitando as medidas apressadas e de curto prazo

37 E no final? Sustentabilidade financeira é um conceito que obriga a pensar em termos dinâmicos: taxa de crescimento e não nível da despesa Soluções têm que passar por alterar taxa de crescimento se for só alterar nível, é apenas ganhar tempo Para cada solução, perguntar como é que altera a taxa de crescimento da despesa?

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