PROPOSTA PEDAGÓGICA DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE SEMILIBERDADE DA FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FUNAC/MA

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1 ESTADO DOMARANHÃO FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE-FUNAC/MA Fonte do Bispo, Rua Cândido Ribeiro, nº 850, Centro, São Luís-MA-CEP: Fone: (98) / Fax: (98) presidência@funac.ma.gov.br CNPJ nº / PROPOSTA PEDAGÓGICA DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE SEMILIBERDADE DA FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FUNAC/MA São Luís/MA

2 SUMÁRIO DADOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO 03 APRESENTAÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS Geral Específicos 07 3 PRINCÍPIOS NORTEADORES 08 4 METODOLOGIA Jornada Pedagógica 10 5 PARÂMETROS SOCIOEDUCATIVOS Eixos Operacionais EDUCAÇÃO ESCOLARIZAÇÃO PROFISSIONALIZAÇÃO / OFICINAS ESPORTE, CULTURA E LAZER SAÚDE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA SEGURANÇA ATENDIMENTO TÉCNICO ESPECIALIZADO ATENDIMENTO AS NECESSIDADES BÁSICAS METODOLOGIA DE GESTÃO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 20 REFERÊNCIAS 23 2

3 DADOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO Nome: Fundação da Criança e do Adolescente FUNAC/MA Endereço: Rua Cândido Ribeiro, nº 850, Fonte do Bispo, São Luís Maranhão. CEP: Telefone: (98) / Página internet (Site): de contato (institucional): presidencia@funac.ma.gov.br Dados das Unidades Nome: Centro da Juventude Nova Jerusalém - CJNJ Endereço: Rua Bom Jesus, s/n, São Cristovão, São Luís MA Capacidade de Atendimento: 12 (doze) adolescentes/jovens Telefone: (98) Nome: Centro da Juventude Cidadã CJS Endereço: Rua Dom Cesário, n 205, Três Poderes, Imperatriz MA Capacidade de Atendimento: 12 (doze) adolescentes/jovens Telefone: (99)

4 APRESENTAÇÃO A Fundação da Criança e do Adolescente FUNAC, criada em conformidade com a Lei 5.560/93, é, no Estado do Maranhão, o órgão responsável pela coordenação e execução da política de atendimento a adolescentes/jovens em conflito com a lei, conforme assegura a Lei nº / Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, Lei nº / Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo SINASE e demais normativas internacionais das quais o Brasil é signatário. A sua missão institucional é garantir o cumprimento da política de atendimento especial ao(a) adolescente em conflito com a lei, de forma articulada, promovendo o seu desenvolvimento pessoal e social a partir da valorização de suas potencialidades e habilidades. Para o atendimento socioeducativo, a FUNAC dispõe, em sua estrutura organizacional, de Unidades destinadas para atender o(a) adolescente em cumprimento de medida cautelar, restritiva e privativa de liberdade. No que diz respeito ao regime de semiliberdade, o ECA dispõe que pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto. Nesse regime, o adolescente participa das atividades externas, independentemente de autorização judicial. Têm como obrigatoriedade a oferta de escolarização e profissionalização, devendo sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade. A medida não comporta prazo determinado, aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à internação. Para a operacionalização dessa medida, tem-se como base, além dos documentos supra citados, o Projeto Político Pedagógico da FUNAC, que estabelece os princípios e fundamentos teórico-metodológicos norteadores das ações socioeducativas, bem como o Regimento Interno da FUNAC e das Unidades de Atendimento Socioeducativo. A partir dessas orientações e normativas, desenvolve-se a Proposta Pedagógica da Medida de Semiliberdade, para as Unidades Centro da Juventude Nova Jerusalém e Centro da Juventude Cidadã, que tem por finalidade nortear o atendimento socioeducativo de semiliberdade para os(as) adolescentes/jovens na faixa etária de 12 a 18 anos e excepcionalmente até 21 anos. 4

5 1. JUSTIFICATIVA A Proposta Pedagógica da Medida de Semiliberdade constitui-se no documento norteador das práticas pedagógicas, visando à orientação e uniformização das ações, atividades e procedimentos socioeducativos direcionados aos (às) adolescentes/jovens em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade. Nessa perspectiva, as ações socioeducativas deverão possibilitar aos adolescentes/jovens um espaço pedagógico que os favoreçam pensar e criar possibilidades de superação das condições que os levaram a cometer o ato infracional. De acordo com Antônio Carlos Gomes da Costa a medida socioeducativa é uma decisão; o programa socioeducativo a ser desenvolvido junto ao adolescente é ação. (COSTA, 2006) Os (as)adolescentes/jovens necessitam de um ambiente propício para a garantia do direito a educação, saúde física e mental, que promova sua preparação para o trabalho e contenham atividades de lazer e cultura. Nesta Proposta compreende-se a adolescência como a fasede transição da infância para a vida adulta, de acordo com o ECA compreende-se o período entre 12 anos incompletos a 18 anos completos. Pode ser entendido também, como um momento em que o indivíduo molda a sua identidade, faz suas escolhas, e se prepara para o ingresso no mundo adulto, podendo-se afirmar que a adolescência é um período de constantes transformações no corpo, na mente e na vida social. Por fatores os mais diversos,o (a) adolescente pratica ato infracional, mas deve ser analisado por diversos ângulos, pois é um ser eminentemente social, que tem o seu desenvolvimento constituído nas e pelas relações sociais. Nesse sentido, acredita-se na possibilidade de mudança daquele (a) adolescente cuja sociedade na maioria das vezes o (a) estigmatiza. No Maranhão, no ano de 2011, a FUNAC atendeu 947 (novecentos e quarenta e sete) adolescentes/jovens em cumprimento de medida cautelar, medida privativa e restritiva de liberdade e atendimento inicial. Destes, 42% cumpriram medida de internação provisória, 40% atendidos no Centro Integrado Unidade de Atendimento Inicial, 13% cumpriram medida socioeducativa de internação e 5% semiliberdade. 5

6 Quanto à procedência dos 171 (18% dos atendidos) adolescentes/jovens que cumpriram medida socioeducativa restritiva e privativa de liberdade, 18% são de São Luís e 82% são provenientes de outros municípios do Estado, a exemplo de Paço do Lumiar, Santa Inês, Pinheiro, Codó, São José de Ribamar, Governador Nunes Freire, Pedreiras, Raposa, Coroatá, Bacabal, Imperatriz, Caxias, Açailândia, Senador La Roque, entre outros. Destaca-se no atendimento socioeducativo restritivo e privativo a predominância do sexo masculino, em 99% dos adolescentes/jovens atendidos. Segundo Braz e Sousa (2005), isso é justificado por uma cultura que estimula a violência masculina, pois considera-se que os rapazes sofrem mais pressão do que as mulheres para usar a violência como recurso legítimo de resolução de conflitos, construindo a identidade masculina a partir de símbolos e relações de força e agressividade. Quanto àetnia, 90% dos (as) adolescentes/jovens se declararamafrodescendentes, o que reflete a realidade da população maranhense em que a maioria é negra e parda. No que diz respeito ao nível de escolaridade, predomina adolescentes/jovens fora da faixa etária regular de escolaridade, uma vez que se constatou em 2011, que a maioria dos adolescentes/jovens em cumprimento da medida de semiliberdade encontrase inseridos no ensino fundamental incompleto. Esse quadro se agrava quando observase que a maioria dos adolescentes/jovens, aproximadamente 80%, não frequentavam a escola no ato da infração. Quanto à natureza dos atos infracionais cometidos, observa-se a predominância dos atos infracionais contra o patrimônio na modalidade roubo, seguido dos atos infracionais contra a pessoa e a vida, que são o latrocínio e homicídio. Constatandose,ainda, que houve um aumento desses últimos tipos de atos infracionais ao longo dos três anos. Percebe-se que no geral o ato infracional cometido por adolescentes/jovens oriundos de famílias vulnerabilizadas, ocorre pela precariedade das condições socioeconômicas, desprovidas de expectativas educacionais e de inserção no mundo do trabalho. Muitas vezes, vítimas de agressão física, da violência sexual, da discriminação, cuja organização familiar, normalmente apresenta-se com relações 6

7 conflituosas onde a carência afetiva e material fazem com que ingressem no mundo da droga, do crime e da violência. A medida socioeducativa possui caráter educativo que deve proporcionar ações socioeducativas conforme os princípios do ECA e SINASE. Para tanto, faz-se necessário um esforço conjunto com as outras políticas públicas. Nessa perspectiva, fomentar a participação permanente de outros órgãos governamentais se constitui em uma das tarefas fundamentais de um projeto sociopedagógico que vise a educação para a cidadania, desenvolvendo a auto-confiança e a auto-estima desses adolescentes/jovens. 2. OBJETIVOS 2.1 Geral Atender, com qualidade, e de forma articulada com as diversas Políticas Públicas, os (as)adolescentes/jovens em cumprimento de medida restritiva de liberdade, na perspectiva da (re) construção do projeto de vida, em consonância com os preceitos estabelecidos nas normativas internacionais das quais o Brasil é signatário, a Constituição Federal/88, o Estatuto da Criança e do adolescente ECA, Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE, bem como o Projeto Político Pedagógico Institucional. 2.2 Específicos Proporcionar aos (às) adolescentes/jovens, em cumprimento de medida socioeducativa, a garantia de seus direitos, tais como: educação, esporte, lazer, alimentação, saúde, profissionalização, cultura, dignidade e respeito em meio ao desenvolvimento de atividades que contribuam para o resgate de sua identidade e valorização de suas potencialidades; Garantir atendimento técnico especializado, de forma personalizada, individualmente ou em pequenos grupos, por meio de equipe multiprofissional a fim de favorecer o desenvolvimento da auto-estima, o protagonismo juvenil e o resgate dos vínculos afetivos familiares e comunitários através do Plano Individual de Atendimento; 7

8 Promover atividades que favoreçam a participação ativa e qualitativa da família no processo socioeducativo, possibilitando o fortalecimento dos vínculos familiares; Usufruir da intersetorialidade garantida pelas políticas públicas de educação, saúde, trabalho, profissionalização, previdência social, assistência social, cultura, esporte e lazer com o propósito de favorecer o atendimento integral aos (às) adolescentes/jovens. 3. PRINCÍPIOS NORTEADORES Fortalecer o processo pedagógico do atendimento em detrimento do caráter sancionatório voltado para desenvolvimento do adolescente como um ser único e em fase de desenvolvimento; Respeito aos direitos humanos como princípio e condição indispensável a uma convivência coletiva, ética e democrática; Gestão democrática e participativa; Incompletude institucional; Utilização de práticas restaurativas na resolução de conflitos; Adoção de princípios de proteção; Valorizaçãodo processo de interação e integração do adolescente dentro da unidade; Consideração dos conhecimentos e experiências dos socioeducandos; Respeito à diversidade cultural, religiosa, étnico-racial, de gênero e sexual; Crença na capacidade de transformação do adolescente; Disciplina como meio fundamental para realização da ação socioeducativa, construindo regras claras de convivência coletiva; Valorização do protagonismo juvenil; Co-participação efetiva da família durante o cumprimento da medida socioeducativa; Prática de atendimento, individual e coletivo de acordo com as necessidades dos adolescentes/jovens em cumprimento de medidas, com base no Plano Individual de Atendimento. Atendimento eminentemente de caráter pedagógico voltado a ressignificação de valores. Formação continuada dos profissionais. 8

9 4. METODOLOGIA Em consonância com o Projeto Político Pedagógico da Fundação da Criança e do Adolescente FUNAC, as ações a serem desenvolvidas nos Programas de Atendimento Socioeducativo de Semiliberdade se consubstanciam nos marcos legais referente aos direitos da criança e do adolescente e ao atendimento socioeducativo, como o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo SINASE, a Constituição Federal/88 e demais normativas das quais o Brasil é signatário.além dos documentos nacionais e estaduais, fazem parte da elaboração das ações socioeducativas, da Unidade, a pedagogia da presença, práticas restaurativas, bem comoa implantação de princípios da política de proteção no espaço institucional. A pedagogiada presença traz, como condição primordial, o compromisso a ser assumido pelo educador, o qual se torna importante, necessário e imprescindível por sua atuação sempre presente. O estar presente não se trata apenas do preenchimento físico do espaço, mas de uma presença educativa, ou seja, do oferecimento constante de meios para a construção de um processo de mudança. As Práticas Restaurativas, consubstanciadas nas normativas nacionais e internacionais atinentes ao trato com adolescente autor de ato infracional, visam criar na comunidade socioeducativa um ambiente seguro, protetor e instrumentalizado com ferramentas restaurativas, baseado no respeito mútuo e na cultura da paz. Já a Política de Proteção no Espaço Institucional tem como finalidade garantir um ambiente protetivo, aos (às)adolescentes/jovens em cumprimento de medida socioeducativa, capaz de resguardar os direitos garantidos nas normativas, em um ambiente democrático, participativo e de respeito aos direitos humanos. É com base nos pressupostos mencionados que se fundamentam as ações socioeducativas a serem desenvolvidas nos Centros da Juventude Nova Jerusalém e Cidadã. Nesse sentido, a proposta pedagógica aqui apresentada norteará a construção de Planos de Ação das atividades pedagógicas a serem desenvolvidas nos Centros Socioeducativos, bem como quaisquer outros documentos relacionados ao atendimento. Atendendo, ainda, as diretrizes pedagógicas e arquitetônicas do SINASE, na execução da medida de semiliberdade, adota-se como estratégia de atendimento ao (à) adolescente/jovem, três fases, a saber: 9

10 a) Fase inicial: compreende o período de acolhimento, de reconhecimento e de elaboração por parte dos adolescentes/jovens do processo de convivência individual e grupal, tendo como base as metas estabelecidas no Plano de Atendimento Individual PIA. b) Fase intermediária: consiste no período de compartilhamento em que o adolescente apresenta avanços relacionados nas metas consensuadas no PIA. c) Fase conclusiva: período em que o adolescente deve apresentar clareza e conscientização das metas conquistadas em seu processo socioeducativo. 4.1 Rotina Pedagógica Durante o atendimento socioeducativo, os (as)adolescentes/jovens semiinternos nos Centros são informados e orientados da Rotina Pedagógica, que consiste em todas as atividades executadas desde o despertar até o recolhimento ao final do dia. Na Rotina Pedagógica estabelece os horários por atividades internas o que inclui: despertar, onde ocorre a higiene pessoal e limpeza do alojamento; seis refeições diárias que corresponde ao café da manhã, três lanches, almoço e jantarcom alimentação variada e de acordo com o cardápio do dia,atendimento técnico especializado individual e grupal; assistência religiosa;recebimento de ligações ou contato telefônico com os familiares; atividades culturais, esportivas e de lazer. A medida também comporta atividades externas aos (às) socioeducandos tais como escolarização e profissionalização, assistência médica, apresentação em audiência, aquisição de documentação civil, também ocorre externamente à assistência religiosa, atividades culturais, esportivas e de lazer. Aos (às) socioeducandos (as) que residem no município de execução da medida são liberados para a convivência familiar e comunitária nos finais de semanas, após a avaliação da equipe multidisciplinar. O recebimento de visita dos familiares pelos (as) adolescentes/jovens ocorrerá nos espaços abertos de convivência no interior dos Centros. Ressalta-se que as atividades internas e externas serão planejadas de acordo com a Rotina Pedagógica, em horários alternados e, consonância com a fase de atendimento em que o (a) adolescente/jovem se encontra. 10

11 5. PARÂMETROS SOCIOEDUCATIVOS Eixos Operacionais O desenvolvimento das ações a serem executadas no Programa de Atendimento Socioeducativo de Semiliberdade estão consubstanciadas em uma prática educativa que garanta aos (às)adolescentes/jovens atendidos seus direitos de pessoa humana, como apregoa o Projeto Político Pedagógico da FUNAC. Sendo assim, a proposta pedagógica apresentada visa à operacionalização e, portanto, garantia dos direitos a: educação, saúde, esporte, cultura e lazer, profissionalização, assistência religiosa, acompanhamento técnico especializado, bem como dignidade e respeito à sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Ressalta-se, entretanto, que para a garantia dos direitos mencionados é imprescindível a articulação estratégica com as políticas públicas. Dessa forma, a construção de uma rede integrada de atendimento aos (às)adolescentes/jovens em cumprimento de medida de semiliberdade contribuirá no processo de inclusão social do público atendido. 5.1 Educação Conforme disposto no ECA (1990): Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: I igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: I ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio. Também o SINASE (2006), ao tratar do eixo educação a ser desenvolvido em entidades ou programas que executam a semiliberdade, argumenta sobre a garantia do acesso a todos os níveis de educação formal aos (às)adolescentes/jovens inseridos no atendimento socioeducativo, sendo incluídos (as) na rede pública externa. 11

12 5.1.1 Escolarização Os Programas de Semiliberdade oferecerão educação externa, utilizando os recursos existentes na comunidade, conforme preconiza o ECA. Para isso, as atividades desenvolvidas serão de responsabilidade compartilhada entre FUNAC e Secretaria Estadual e Municipal de Educação, no sentido de atender os (as) socioeducandos em seu direito fundamental de acesso ao ensino obrigatório e gratuito. Tendo em vista que a maioria dos (as)adolescentes/jovens em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade, encontram-se em defasagem idade/série, conforme dados estatísticos disponível nos relatórios anuais da FUNAC, considera-se a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA)a mais adequada, dentre as modalidades de ensino oferecidas pela rede pública.entretanto, àqueles (as) que não se adequarem ao perfil de aluno (a) a ser contemplado (a) com a EJA, deverá ser garantida a inserção no ensino regular. A EJA fundamenta o Projeto Político Pedagógico da FUNAC, além de ser estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB 9.394/96 e referenciada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente em seu inciso I do artigo 54. O Estado e o Município, através da Secretaria de Educação e da escola pertencente ao entorno dos Centros, deverão oferecer igualdade de atendimento em relação àqueles (as) que fazem uso regular da escola e efetivação da matrícula de todos Profissionalização / Oficinas A proposta pedagógica para as ações de profissionalização apresenta em seu bojo a concepção de trabalho diretamente relacionada com a natureza da educação. Sendo assim, o desenvolvimento das competências e habilidades básicas sobre a forma de estruturação e funcionamento do mercado de trabalho, bem como a competência pessoal, relacional, cognitiva e produtiva, fazem parte do processo de aprendizagem, conforme determina o SINASE. O ECA, no art. 68 parágrafo 1º, compreende trabalho educativo como a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo. Nesse sentido, as ações 12

13 profissionalizantes apresentam como primazia o caráter educativo, sem, no entanto, desconsiderar o aspecto produtivo. De acordo com Volpi (2002), o trabalho deve apresentar em si o princípio educativo, o que exige a participação dos adolescentes/jovens na definição e planejamento das atividades produtivas, conhecimento técnico-científico e participação no destino da produção. Desta forma, o trabalho, enquanto um dos princípios educativos, deve envolver os adolescentes/jovens, como parte integrante e fundamental de todo processo que envolve a ação profissionalizante. É com base nessa concepção de trabalho e de formação profissional que serão estruturadas as atividades profissionalizantes a serem desenvolvidas em articulação com o Núcleo de Profissionalização da FUNAC. Todas essas ações deverão respeitar a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, possibilitar o desenvolvimento das competências e habilidades e emitir certificados, tanto por meio da FUNAC como de entidades reconhecidas, a fim de favorecer a inserção dos adolescentes/jovens no mercado de trabalho e oportunizar-lhes posterior geração de renda, preferencialmente na perspectiva da economia solidária. Para a execução das ações de qualificação profissional é imprescindível a articulação com as instituições especializadas no mercado e no aparelho do Estado, que adotem metodologias adequadas para o atendimento do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa. Todavia, os cursos a serem executados deverão estar de acordo com as demandas do mercado de trabalho local e com o interesse dos (as) socioeducandos (as). Vale ressaltar que os (as) adolescentes/jovens autores de atos infracionais constituem-se públicos prioritários nas vagas ou postos de trabalho oriundos de programas governamentais, conforme disposto na Política Nacional de Qualificação (PNQ) e no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Portanto, a inserção dos adolescentes/jovens no mercado de trabalho será efetivada através de convênios e parcerias com empresas públicas ou privadas locais, tendo como referencial o disposto acima. As oficinas pedagógicas serão oferecidas nos próprios Centros, tais como: capoeira, artesanato, origami, informática, bordado, dentre outros. 13

14 O adolescente com deficiência que cumpre medida socioeducativa tem seus direitos garantidos por meio do Decreto de Lei nº 3.298, de 20/12/99. Dessa forma, o público atendido na unidade pode ter as mesmas oportunidades de acesso não só com relação à profissionalização, mas a todas as atividades executadas. 5.2 Esporte, Cultura e Lazer Cultura, esporte e lazer se configuram, em nosso país, como direitos fundamentais ao ser humano, o que é refletido no Estatuto da Criança e do Adolescente. Ações voltadas para o eixo em questão constituem parcela considerável no processo ensino-aprendizagem. Isto porque, ao desenvolvê-las, apresenta-se ao homem o legado histórico-cultural do qual faz parte, a fim de que se identifique com o mesmo e tenha elementos para continuar produzindo-o, enquanto sujeito. Aliado ao aspecto cultural, o esporte e lazer complementam o fazer pedagógico quando propõem uma vida saudável, ou seja, o cuidar de si. A transversalidade contribui, ainda, com a Proposta Pedagógica da Medida de Semiliberdade quando possibilita o trabalho com temáticas diversas através das práticas esportivas como: liderança, tolerância, disciplina, confiança, equidade étnico-racial e de gênero, como sugere o SINASE (2006). Tais concepções e referenciais permearão a garantia de atividades culturais, esportivas e de lazer. Para as atividades específicas deste eixo serão utilizados prioritariamente os espaços da comunidade. Nos espaços externos e internos poderão ser desenvolvidas atividades como: jogos, exibição de filmes com temas educativos e atividades lúdicas. Deverá compor nos Planos de Ação das Unidades os passeios culturais a teatros, praias, pontos turísticos; participação e acesso a diversas programações culturais e esportivas, nas suas várias modalidades, dentre outras. A consideração das manifestações da cultura popular regional e local durante o desenvolvimento das atividades contribuirá no processo de identificação do adolescente com sua cultura de forma a valorizá-la, aceitando-se como participante da mesma. 14

15 O estabelecimento de parceria com Secretaria Municipal e Estadual de Esporte, Cultura, Lazer e afins enriquecerá e alargará as alternativas de concretização do planejamento das ações nesta área. 5.3 Saúde Considerando que a saúde faz parte do rol de direitos fundamentais de responsabilidade do Estado, da família e da comunidade, devendo estes garantí-la com absoluta prioridade para as crianças e os adolescentes/jovens, essa Proposta Pedagógica reconhece que a saúde é um direito universal. Portanto, as ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde devem ser efetivados de maneira igualitária, não admitindo qualquer tipo de pré-conceito para seu usufruto. O Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 7º estabelece que a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Partindo desse pressuposto, os Programas de Atendimento da Medida de Semiliberdade irão oferecer assistência à saúde através da articulação com a rede pública municipal e estadual, via Sistema Único de Saúde - SUS. Além disso, serão desenvolvidas atividades, nas Unidades, que favoreçam discussões e reflexões críticas por parte dos (as) socioeducandos (as), a exemplo de oficinas temáticas abordando assuntos como: autocuidado, auto-estima, autoconhecimento, cidadania, cultura de paz, relacionamentos sociais, uso de álcool e outras drogas, projeto de vida, relações de gênero, relações étnico-raciais, saúde sexual, saúde reprodutiva, prevenção e tratamento de DST e AIDS, saúde bucal e saúde mental. Também deverão ser organizadas campanhas e seminários sobre: saúde bucal; imunização; alimentação, nutrição e modos de vida saudável; higiene e limpeza pessoal; prevenção ao abuso de álcool, tabaco e outras drogas; doenças sexualmente transmissíveis; adolescência e a sexualidade; entre outros temas, fazem parte das atividades direcionadas para o atendimento a saúde do (a) adolescente em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade. 15

16 A periodicidade para o desenvolvimento dessa atividade dependerá do calendário local, regional e nacional das diversas instituições envolvidas na promoção, proteção e recuperação da saúde dos (as)adolescentes/jovens. Portanto, é imprescindível a articulação e parceria com a Secretaria de Saúde Estadual e Municipal para o desenvolvimento dessas atividades, bem como assegurar o direito de atenção à saúde de qualidade na rede pública de saúde de acordo com as necessidades dos (as) socioeducandos (as) No que diz respeito à atenção à saúde do (a) adolescente com transtornos mentais, as parcerias e convênios firmados pela FUNAC com as instituições que fornecem esse tipo de atendimento, bem como o Sistema Único de Saúde através do ambulatório de saúde mental, dos Centros de Atendimento Psicossocial e outros espaços da rede, conforme a Lei de nº. 1026/2001, deverão garantir o acesso e o tratamento de qualidade aos (às) adolescentes/jovens em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade 5.4 Assistência Religiosa O artigo 3 do ECA ressalta os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana e, portanto, à criança e ao adolescente, evidenciando, ainda a sua proteção integral. O referido artigo também trata das oportunidades destinadas a esse público, as quais devem lhes facultar, dentre outros, o desenvolvimento espiritual. Isto se estende aos artigos 94 e 124 da mesma lei que descrevem, respectivamente, obrigações aos Programas de Semiliberdade e os direitos do (a) adolescente privado de liberdade. Neles consta a assistência religiosa àqueles (as) que desejarem, de acordo com suas crenças. O SINASE também propõe o oferecimento de atividades de espiritualidade, respeitando o interesse dos (as)adolescentes/jovens em participar. Com isso, a espiritualidade se constitui um aspecto importante no trabalho socioeducativo, na medida que promove a vivência de sentimentos e perspectivas que transcendem o mundo concreto e imediato, fortalecendo a fé que atua como instrumento do processo de mudança e crescimento humano e espiritual do educando. Diante desse entendimento, os (as)adolescentes/jovens terão o direito de cumprir os preceitos de sua 16

17 religião, ter em seu poder livros ou objetos de culto ou instrução religiosa, de acordo com seus credos. Nesse sentido, para a realização de atividades de espiritualidade, deverão ser firmadas parcerias com as diversas instituições religiosas, o que caberá acompanhamento sistemático pela equipe técnica das Unidades,considerando uma ótica que ultrapasse a adversidade emocional, social e física, e que o (a) educando viva plenamente de forma digna e honesta. As atividades a serem desenvolvidas nesse eixo deverão fazer parte da rotina pedagógica da Unidade com dia e horário definido. Para isso, é necessário o planejamento das mesmas entre equipes do atendimento ao (à) adolescente e instituições religiosas, as quais deverão, ainda, apresentar proposta ou projeto de trabalho, bem como sua concepção religiosa. 5.5 Segurança Os Programas de Semiliberdade da FUNAC/MA serão norteados por um Plano de Segurança Institucional interno e externo a ser elaborado juntamente com a Secretaria de Segurança Pública e Polícia Militar, conforme determina o SINASE, visando garantir a segurança de todos que se encontram no atendimento socioeducativo. Investir na prevenção e gerenciamento das situações-limite (brigas, fugas, motins, rebelião, quebradeiras, agressões, incêndio, invasões, dentre outros); orientar as ações do cotidiano; solucionar e gerenciar as situações mencionadas, constituem ações a serem contempladas no referido Plano. Outro aspecto relevante diz respeito à adoção de medidas que considerem os três níveis de riscos para a integridade física, psicológica e moral dos (as)adolescentes/jovens, a saber: o relacionamento dos (as) semiinternos com os profissionais, entre eles (as) mesmos(as) e entre adolescente e a realidade externa, como orienta o SINASE. Junto a isso, a constante comunicação (informação, discussão, dentre outros) com toda a comunidade socioeducativa proporcionará melhor desempenho dos trabalhos, além de contribuir para a diminuição das situações de conflito. Vale ressaltar que os Programas adotarão as práticas restaurativas (círculos de paz) como ferramenta de trabalho que contribui na resolução dos conflitos e na 17

18 implantação da cultura de paz, bem como os princípios da Política de Proteção no Espaço Institucional, proporcionando um espaço seguro para a comunidade socioeducativa. 5.6 Atendimento Técnico Especializado O acompanhamento técnico ao (à) adolescente em cumprimento de medida de semiliberdade deverá ser efetuado por uma equipe multiprofissional formada por Assistente Social, Psicólogo, Pedagogo e Advogado. Para a formação da equipe técnica é indispensável que os profissionais possuam conhecimentos e habilidades específicas para o atendimento aos (as)adolescentes/jovens autores de atos infracionais e suas famílias. No atendimento técnico deverá ser garantido pela equipe multiprofissional o atendimento inicial, atendimento individual, grupal e familiar com frequência regular, atividades de restabelecimento e manutenção dos vínculos familiares. Para tanto, é imprescindível a utilização dos instrumentais adotados pela FUNAC, para o registro do atendimento, a exemplo do Plano Individual de Atendimento (PIA); relatórios de acompanhamento; controle e registro das atividades individuais, grupais e com a família e comunidade; relatórios mensais, apresentando elementos sinalizados pelo SINASE; relatórios anuais; relatórios de início de cumprimento de medida, circunstanciados, de avaliação de medida e outros a serem cumpridos dentro dos prazos determinados internamente e externamente. Os Programas deverão dispor de um conjunto de normatizações internas, elaboradas coletivamente, dentre elas o Regimento Interno, no qual constará as atribuições dos diversos profissionais, orientações sobre normas e procedimentos de rotina, entre outros aspectos. Dentre as atribuições da equipe técnica estão: o favorecimento do processo de auto-avaliação dos (as)adolescentes/jovens em relação ao cumprimento de sua medida; encontros sistemáticos semanais para estudo de caso dos (as) socioeducandos (as), com representante de cada equipe de profissionais que acompanha o (a) adolescente (equipe técnica, auxiliares técnico-pedagógicos, equipe de saúde e demais profissionais caso seja necessário), elaboração do Plano Individual de Atendimento - PIA. 18

19 Quanto ao atendimento familiar, este deve ser desenvolvido a partir de conceitos ampliados de família ou de arranjos familiares, nas modalidades individual e grupal; bem como através de métodos que primem pela qualificação das relações afetivas, das condições de sobrevivência e do acesso às políticas públicas pelos integrantes do núcleo familiar; além da realização das visitas domiciliares, de atividades de integração para as famílias dos (as)adolescentes/jovens, inclusive os de outros municípios, e do trabalho com temáticas relevantes e necessárias. Nesse atendimento à família, as Unidades contam com o apoio e assessoria da Unidade de Atendimento à Família UNAF, no sentido de unificar uma proposta para fortalecer o atendimento familiar. Ressalta-se que no ato da extinção da medida, o (a) adolescente e sua família será acompanhado pelo Programa de Apoio a Egressos, na cidade de São Luís e nos demais municípios do Estado. 5.7 Atendimento as Necessidades Básicas No sentido de garantir adequadas condições para o cumprimento de medida socioeducativa imposta ao (à) adolescente em conflito com lei, observando-se as prerrogativas constantes no SINASE, é dever da Fundação da Criança e do Adolescente ofertar alimentação, vestuário e material para higiene pessoal compatíveis com as necessidades dos (as) socioeducandos (as). As refeições devem ser ofertadas seis vezes ao dia, a partir de um cardápio balanceado e sistematizado semanalmente. As oportunidades de realização das refeições devem ser realizadas como momentos de integração entre os (as) socioeducandos (as) de forma a incrementar informações a respeito de bons hábitos alimentares e saúde, devendo acontecer no refeitório. Quanto aos materiais de vestuário e higiene pessoal, estes devem ser entregues aos (às)adolescentes/jovens em quantidade compatível com seu consumo, e seu uso deve ser orientado, numa perspectiva de fortalecer as ações de assepsia, auto-cuidado e auto-estima. 19

20 6. METODOLOGIA DE GESTÃO Respeitando os preceitos orientadores existentes no SINASE, a metodologia de gestão dosprogramas de Atendimentoterá caráter participativo, o que faz referência a uma participação ampliada dos agentes que integram a execução do atendimento socioeducativo, a chamada comunidade socioeducativa. Tal modalidade gestora está associada ao compartilhamento de responsabilidades, mediante compromisso coletivo com os resultados. De acordo com o SINASE, esta modalidade de gestão implica a existência de instâncias que articulem todos os agentes em forma de colegiado, denominado Grupo Gestor ou Colegiado Gestor. Cada Programa deverá eleger o seu Colegiado, devendo ser entendido enquanto espaço democrático composto por funcionários, familiares e socioeducandos (as), a fim de que sejam discutidos e deliberados encaminhamentos/soluções paras as problemáticas presentes no espaço institucional local. É de responsabilidade deste Colegiado a realização de diagnóstico situacional dinâmico e permanente sobre a situação da unidade em seus diversos aspectos (administrativo, pedagógico, segurança, de gestão, entre outros); estruturação de comissões temáticas ou grupos de trabalho objetivando solucionar questões levantadas no diagnóstico; avaliação participativa do trabalho, da direção, da equipe de funcionários e dos (as) adolescentes/jovens; definição da rotina de funcionamento da unidade; e organização e condução das assembléias. As assembléias, de cada Unidade, será formada por todos funcionários, adolescentes/jovens e famílias quando se fizer necessário, terão caráter consultivo e deliberativo, constituindo-se em canal privilegiado de discussões e tomadas de decisão. Deve funcionar de forma sistemática com frequência no mínino mensal, possuindo um regimento flexível que detalhe o seu funcionamento e seus procedimentos. 7. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO A avaliação como uma ferramenta construtiva contribui para melhorias e inovações e permite identificar possibilidades, orientar, justificar, escolher e tomar decisões a partir de experiências vivenciadas dentro de um processo de reflexão 20

21 permanente, tornando-se, portanto, um instrumento valioso para o aperfeiçoamento e continuidade das ações dessa Proposta Pedagógica. Sendo assim, faz-se necessário avaliar todo o atendimento socioeducativo, ao longo do processo de execução, considerando as ações, opiniões e satisfação de toda a comunidade socioeducativa. O processo avaliativo sistemático permite a saída do senso comum, garantindo elementos prováveis sobre a realidade vivenciada. Logo, o registro das diversas ações através de instrumentais, atas de reuniões, relatórios mensais e anuais, dentre outros, é imprescindível para que haja o conhecimento dos acertos e dos erros no processo de atendimento socioeducativo, sob a perspectiva de superá-los. Nesse sentido, reuniões com fins de discussão, análise e, portanto, avaliação das ações, precisam ser efetuadas com periodicidade definida, envolvendo todos os setores, representação de adolescentes/jovens, famílias e Coordenação de Programas Socioeducativos - CPSE. A diversificação de encontros para avaliação com equipes específicas, adolescentes/jovens, e entre equipes e adolescentes/jovens também deve ser pensada. Ressalta-se que todos esses momentos precisam ser organizados pelo diretor(a) de cada Programa. O registro das ações avaliativas deverá primar por indicadores qualitativos e quantitativos já considerados em instrumentais adotados pela instituição como os relatórios mensais e fichas individuais dos (as)adolescentes/jovens, bem como outros que se fizerem necessários na dinâmica da rotina pedagógica e durante todo o processo de atendimento socioeducativo. A avaliação deverá, ainda, perpassar todos os eixos do atendimento, analisando todas as ações e atividades desenvolvidas em cada um: educação, saúde, recursos materiais, infra-estrutura, esporte, cultura e lazer. O SINASE, na sua especificidade, elenca os seguintes elementos para avaliação: Direitos humanos: alimentação, vestuário, higiene pessoal, documentação civil, documentação escolar, escolarização, profissionalização/trabalho, 21

22 esporte, cultura, lazer, atenção integral à saúde, assistência espiritual, respeito e dignidade, direitos sexuais e direitos reprodutivos, direitos políticos; Ambiente físico e infra-estrutura: capacidade física; salubridade; refeitório; dormitórios; banheiros; espaço para escolarização; espaço para atendimento à saúde; espaço para prática de esportes; cultura e lazer; espaço para atendimento jurídico, social e psicológico; espaço para profissionalização; espaço para visita íntima; espaço ecumênico; equipamentos e segurança. Atendimento socioeducativo: atendimento familiar, atendimento jurídico, atendimento técnico, encaminhamento para a rede de atendimento; atendimento ao egresso no caso de internação, Plano Individual de Atendimento (PIA). Gestão: capacidade de gestão, planejamento e projeto pedagógico, supervisão e apoio de assessorias externas, coleta e registro de dados e informações, avaliação e parcerias. 22

23 REFERÊNCIAS Anuário Estatístico do Maranhão / Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos, v. 4, São Luís: IMESC, Diretrizes e Procedimentos, Fundação CASA São Paulo, 2007 BRASIL, LDB. Lei 9394/96 - Lei de Diretrizes Bases Educacionais do Nacional. Disponível em < Acesso em: 02/09/2010. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Plano Nacional de Qualificação PNQ Brasília, DF, BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEE, BRASIL, Secretaria de Saúde. Aprova as diretrizes para a implantação e implementação à saúde dos adolescentes/jovens em conflito com a lei, em regime de internação e internação provisória. Portaria Nº 1426, de 14 de julho de BRASIL, Secretaria de Saúde. Substituta da Portaria Nº 340 de 14 de julho de 200, Portaria Nº 647 de 15 de setembro de Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA COSTA, Antônio Carlos Gomes da. Pedagogia da Presença. Belo Horizonte: Modus Facied,1977. Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo no Estado do Maranhão, Conselho Estadual de Direito da Criança e do Adolescente no Maranhão, São Luís, Proposta Pedagógica da Unidade de Internação de Alagoas. Proposta Pedagógica da Unidade de Internação de Bahia. Proposta Pedagógica da Unidade de Internação de Goiás. Proposta Pedagógica da Fundação Casa, São Paulo. Projeto Político Pedagógico da Fundação da Criança e do Adolescente - FUNAC, Maranhão, Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo SINASE / Secretaria Especial de Direitos Humanos Brasília DF: CONANDA,

24 Souza, Rosimere de. Caminhos para a municipalização do atendimento socioeducativo em meio aberto: liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade / Rosimere de Souza [e] Vilnia Batista de Lira. Rio de Janeiro: IBAM/DES; Brasília: SPDCA/SEDH, p. VOLPI, Mario. O Adolescente e o ato Infracional. São Paulo: Cortez,

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