Recuperação do emprego perde fôlego, mostra FGV
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- Diana Valverde de Andrade
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1 Boletim 1245/2017 Ano IX 07/07/2017 Recuperação do emprego perde fôlego, mostra FGV Por Alessandra Saraiva Após ligeira melhora no início do ano, a recuperação do mercado de trabalho perdeu fôlego em junho, segundo dois indicadores divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 2,4 pontos entre maio e junho, para 96,9 pontos, e o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 0,7 ponto no mesmo período, para 96,6 pontos. Para Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV, o desempenho do ICD indica que há recuperação do mercado de trabalho - ainda que em ritmo lento e que pode ficar mais vagarosa com o agravamento da crise política. Segundo o economista, dados mais recentes divulgados pelo IBGE sobre emprego mostram desaceleração das demissões. No trimestre finalizado em maio, a população de desempregados foi estimada em 13,8 milhões, permanecendo estável em relação ao trimestre finalizado em fevereiro. No entanto, Barbosa Filho afirma que a maior turbulência na área política não dá confiança ao empresariado para elevar ritmo de aumento de vagas, porque pioram as condições de aprovação de medidas importantes, com impacto expressivo na economia real. Com os recuos de maio e junho do IAEmp, a média móvel trimestral do indicador caiu pela primeira vez no ano, 1,2 ponto, sinalizando recuperação mais moderada do mercado de trabalho. Já o ICD, no ano até junho, cedeu sete pontos. A FGV destaca que a redução reflete de forma consistente os recuos recentes da taxa de desemprego, indicando que o mercado de trabalho teria chegado ao fundo do poço. "Obviamente, uma possível perda da governabilidade pode reverter esta tendência", avalia Barbosa Filho. (Fonte: Valor Econômico 07/07/2017) 1
2 Otimismo para contratar diminui, mostra FGV O Indicador Antecedente de Emprego, da Fundação Getulio Vargas, recuou em junho, pela segunda vez consecutiva, mas resultados seguem altos o que revelam ainda boas expectativas São Paulo - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas, recuou em junho, pela segunda vez consecutiva, sinalizando que a recente crise política reduziu as intenções de contratações nos próximos meses. O IAEmp mostrou redução de 2,4 pontos em junho, para 96,9 pontos. De acordo com a FGV, após essa segunda queda seguida, pela primeira vez neste ano o indicador de médias móveis trimestrais diminuiu (1,2 ponto). Da mesma forma, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 0,7 ponto em junho para 96,6 pontos. No ano, o indicador já cedeu sete pontos. O ICD capta a percepção das famílias brasileiras sobre o mercado de trabalho, sem refletir, por exemplo, a diminuição da procura de emprego motivada por desalento. "Se observar a curva de evolução do indicador antecedente, o nível está alto. E o ICD cai de forma consistente. Assim existem duas mensagens, uma de que a queda do desemprego deve continuar ocorrendo [nos próximos meses]. Não existe um motivo para que tenha recuperação do desemprego. A outra é que o fundo do poço no caso do mercado de trabalho já chegou", avaliou ao DCI o pesquisador do FGV/Ibre e economista, Fernando de Holanda Barbosa Filho. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil apresentou retração no trimestre móvel encerrado em maio deste ano, na comparação com igual período de 2016, ao passar de 13,6% para 13,3%. Com relação ao trimestre imediatamente anterior, houve estabilidade. Segundo Barbosa Filho, a crise que o atual governo passa - após as delações do dono da JBS, Joesly Batista - aumentou a incerteza na economia, e, desta forma, reduziu as expectativas quanto à contratação futura, "como pode ser visto na queda do ímpeto de contratação nos próximos três meses pela indústria". "O elevado nível do índice, no entanto, ainda reflete otimismo quanto ao futuro", ressalta o pesquisador. De acordo com o economista, apesar do recuo do ICD estar de forma consistente, com as recentes diminuições da taxa de desemprego, "obviamente, uma possível perda da governabilidade por parte do governo, pode reverter esta tendência", diz ele. 2
3 Detalhes De acordo com a FGV, no caso do IAEmp, cinco dos sete componentes variaram negativamente em junho. A maior contribuição individual para a queda foi dada pelo indicador que retrata o ímpeto de contratações na indústria nos três meses seguintes, com variação de -10,3 pontos em relação ao mês anterior. As classes de renda que mais contribuíram para a queda do ICD foram as duas mais baixas: consumidores com renda familiar até R$ 2.100, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou -3,6 pontos; e a faixa entre R$ e R$ 4.800, com queda de 2,4 pontos. Atualmente, existem 13,771 milhões de pessoas desempregadas em todo o País. O total de brasileiros com emprego, com ou sem carteira, somou 89,687 milhões até maio deste ano. Por outro lado, a renda média real do trabalhador foi de R$ 2.109, alta de 2,3% em relação a 2016, devido ao alívio na inflação. Fernanda Bompan Governo paulista inicia testes para trabalho 'home office' O decreto do Governo do Estado de São Paulo, prevê que trabalhadores de áreas específicas possam trabalhar até dois dias por semana à distância São Paulo - O Governo de Estado de São Paulo sancionou no dia 27/06 o decreto , que possibilita e cria determinações para a prática do teletrabalho, ou home office, para funcionários públicos. Os servidores serão supervisionados durante o trabalho à distância. Com a sanção do texto, o projeto recém começou a fase de testes, que terá previsão de duração de oito meses. O piloto foi iniciado com grupos de funcionários da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria Geral do Estado. Os servidores da diretoria de Representação, nas unidades de Bauru, Campinas e São Paulo, responsáveis por análise e revisão de autos de infração, já estão colocando em prática a modalidade à distância. Dos 80 agentes da área, 20 se candidataram para testar esse método de trabalho remoto. Segundo determina o decreto, os agentes poderão trabalhar em casa durante dois dias da semana, exceto segundas e sextas-feiras. Segundo o secretário estadual da Fazenda, Helcio Tokeshi, a secretaria pode acompanhar o horário em que o servidor acessou o sistema e quais processos foram baixados, para um controle do trabalho. O diretor adjunto 3
4 da diretoria de representação fiscal da secretaria, André Watanabe Hurtado, explica como funciona a fiscalização do trabalho. "Há uma meta de quantidade de trabalho. A nossa diretoria tem diversas atividades, mas a única sujeita ao home office, é a que se pode mensurar a produção. Os funcionários acessam remotamente o sistema, por um acesso com certificado digital, e com isso, os gestores irão medir o trabalho pelo servidor ". Ele garante ainda que, por mais que o controle seja remoto, não há possibilidade de o funcionário não trabalhar durante todo o período, por conta da quantidade de trabalho. "No teletrabalho eles têm que produzir 15% a mais do que presencialmente". Obrigações Quanto às obrigações dos servidores, o artigo 9º do decreto estabelece que os mesmos devem estar acessíveis durante o horário de trabalho, mantendo telefones de contato ativos e consultando o institucional; manter o superior informado do andamento do trabalho; comparecer ao seu órgão ou entidade, no mínimo a cada dez dias para reunião com superiores; cumprimento de eventuais obrigações presenciais; entre outras. Caso as determinações não sejam cumpridas pelo funcionário, o mesmo perderá o direito ao home office. Segundo a Secretaria, o objetivo da medida é, além do aumento da produtividade, por conta do maior bem-estar do funcionário em realizar suas atividades em casa, sem precisar se deslocar ao trabalho, a economia de gastos públicos como manutenção do escritório (energia elétrica e água), transporte e alimentação. A advogada Cecília Teixeira Carvalho, especialista em questões trabalhistas do escritório Bobrow Teixeira de Carvalho Advogados, defende o decreto, alegando a efetividade de outros órgãos públicos que já adotaram a medida. "Os órgãos públicos que já adotaram tiveram aumento de produtividade, como o Tribunal de Contas da União, Tribunal Superior do Trabalho e o Tribunal de Justiça de São Paulo. "Acredito que isso vai ser bom, mesmo porque as responsabilidades serão maiores, tem que trabalhar porque há fiscalização". E destaca que a medida pode melhorar a produtividade pois dá mais qualidade de vida ao servidor. Beatriz Boturão (Fonte: DCI 07/07/2017) 4
5 Microsoft demite até 4 mil funcionários na área de vendas e marketing Empresa confirmou cortes, mas não divulgou números; maior parte das vagas foi encerrada no setor de vendas da empresa A Microsoft confirmou, na tarde desta quinta-feira, 6, que vai realizar cortes na sua divisão de vendas e marketing, como parte de um esforço de reestruturação da empresa. A companhia do Windows, porém, não confirmou números de demissões segundo o The New York Times, os cortes estão entre 3 mil e 4 mil funcionários, atingindo menos de 10% do efetivo da empresa no setor. De acordo com a publicação, o número de demissões ainda é incerto porque boa parte das demissões serão realizadas fora dos Estados Unidos, em países onde acordos sindicais e leis trabalhistas podem influir nos planos da empresa. Procurada pelo Estado, a Microsoft Brasil disse não ter posição oficial se os cortes afetarão funcionários no País. Na última terça-feira, os trabalhadores da empresa que serão afetados foram notificados das mudanças além dos demitidos, haverá também um contingente de funcionários que serão remanejados para novas funções. "As mudanças vão nos ajudar a alinhar os recursos certos para o consumidor certo, na hora certa", disse Judson Althoff, vicepresidente executivo da empresa, em um interno na semana passada. Na mensagem, Althoff reiterou a nova direção da empresa, expandindo seus negócios em áreas como computação na nuvem, análise de dados e inteligência artificial, ajudando empresas a se tornarem cada vez mais digitais. No , Althoff definiu seis áreas prioritárias para a Microsoft: indústrias, serviços financeiros, varejo, saúde, educação e governos. É uma direção diferente da qual a Microsoft se tornou conhecida em seus primeiros dias, vendendo sistemas operacionais para usuários domésticos e empresas. É o maior corte de funcionários na Microsoft desde 2014, quando 18 mil postos de trabalho foram eliminados. Na época, porém, cerca de 8 mil vagas foram cortadas na divisão de dispositivos móveis da empresa, que tinha se integrado recentemente à área de celulares da Nokia, comprada pela Microsoft por US$ 7,2 bilhões em (Fonte: Estado de SP 07/07/2017) 5
Ano VI Abr./2018. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai, Giulia Coelho e Ingrid Nossack
Índice de Confiança da Construção apresenta recuo e sugere menor otimismo no curto prazo Os dados de fevereiro de 2018 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) indicam criação líquida de
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