Resultado do PIB mostrou que Brasil retrocedeu em conquistas sociais

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1 Boletim 934/2016 Ano VIII 04/03/2016 Resultado do PIB mostrou que Brasil retrocedeu em conquistas sociais Ontem, o IBGE confirmou que a economia teve queda de 3,8% em Retração de 4% no consumo e recuo de 4,6% no produto per capita revelam paralisação no ciclo de ascensão social São Paulo - O relatório que confirmou a queda de 3,8% na economia brasileira em 2015 mostrou que o ciclo de ascensão social vivido desde a década passada não só foi interrompido, como também retrocedeu, avaliam economistas entrevistados. Para eles, isso ficou evidente no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) per capita (por pessoa) que registrou o terceiro recuo consecutivo anual e a maior queda em 15 anos (de 4,6% ante 2014, para R$ ). Esses dados foram divulgados, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A retração de 3,8% do PIB foi a maior verificada pelo Brasil em 25 anos. 1

2 Vitor França, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avalia que os números recessivos são resultado da combinação do aumento do desemprego, queda da renda, restrição ao crédito, inflação e juros em patamares elevados e falta de confiança na política e na economia no País. Esse conjunto de fatores, inclusive, fez com que, em 2015, o consumo das famílias registrasse a primeira queda anual em 11 anos, de 4%, em relação a Principal motor da economia desde meados dos anos 2000, o consumo apresentou uma retração mais acentuada no último trimestre de 2015 (-6,8%), em comparação com o mesmo trimestre de "Como a variável 'consumo' responde por 63,4% do PIB, seu impacto no indicador econômico é significativa. Só em 2015, o segmento respondeu por -2,5% da queda de 3,8% do PIB", informa Alessandra Ribeiro da Tendências Consultoria. Segundo ela, como não há sinal de recuperação nas condicionantes do consumo (juros, inflação, crédito, renda), a tendência é que essa variável registre a mesma contração neste ano, em torno de 4%, projeção igual à informada por Vitor França. Istvan Kasznar, professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, também não prevê nenhuma melhora no consumo. "Espera-se mais aumento do desemprego neste ano. E a renda daqueles que estão trabalhando continua sendo corroída pela inflação [de 10,71%, em 12 meses até janeiro]. Então, não tem como ocorrer recuperação nesse sentido", diz ele. "Estamos passando por uma redução brutal da produção com significativo impacto da no nível do emprego." O Brasil perdeu 1,5 milhão de vagas formais em 2015, e, para este ano, o governo estima mais 2,8 milhões de postos de trabalho fechados. Perdas sociais O retrocesso social provocado por esse cenário de deterioração do emprego e da renda é um dos aspectos mais destacados pelos economistas ao olhar para o desempenho do PIB. "Quando a gente tem retração do PIB per capita em um ambiente com juros altos, pode ter certeza que isso vai resultar em aumento da desigualdade social", ressalta França, destacando que o Brasil retrocedeu já em conquistas. "Não só interrompemos o ciclo de ascensão social, como retrocedemos. Nós estamos ficando mais pobres. Quem era da classe C passou para a classe D, e quem estava na B foi para a C", acrescenta Alessandra, destacando que desigualdade social provoca impopularidade do governo. Taxa de poupança 2

3 Kasznar chama a atenção ainda para a taxa de poupança da economia brasileira que alcançou 14,4% no ano de Em 2010, essa taxa estava em 19,2%. "A população não está formando renda e está se despoupando cada vez mais. Sem oportunidades de emprego, perda do poder de barganha na renegociação de salários e com inflação corroendo renda, esse 'despoupamento' tende a se agravar. [...] Sem possibilidade de fazer uma compra de um bem durável, por exemplo, os empresários não farão novos aportes e as taxas de investimentos vão cair mais", diz. Ele afirma ainda que a retração do consumo vai provocar mais queda nos setores econômicos. (FONTE: DCI 04/03/2016) TST julga improcedente ação de advogado de estatal elétrica Foto: dreamstime - A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho julgou improcedente ação rescisória de um advogado das Centrais Elétricas do Pará (Celpa) contra decisão que indeferiu seu pedido de receber as horas de trabalho excedentes à jornada de quatro horas da categoria. Segundo a relatora, ministra Delaíde Miranda Arantes, o empregado foi contratado em regime de dedicação exclusiva, com jornada de 40 horas semanais, antes da edição da Lei 8.906/94 (Estatuto da OAB). Na reclamação trabalhista original, a SDI-1, em 2008, deu provimento ao recurso de embargos da companhia e, reconhecendo o regime de dedicação exclusiva a que estava submetido o advogado, julgou improcedente a solicitação de horas extras e reflexos. (FONTE: DCI 04/03/2016) 3

4 Justiça do Trabalho condena farmácia por danos morais O Tribunal Superior do Trabalho (TST) não conheceu de recurso da Drogaria Mais Econômica contra condenação ao pagamento de indenização de R$ 10 mil por danos morais a um gerente cuja foto foi publicada em reportagem que relatou a autuação da farmácia por descumprimento da lei municipal sobre o funcionar em período noturno. A legislação do município determina que a abertura de farmácias à noite somente é permitida mediante autorização especial da prefeitura. O empregado afirma que alertou a empresa sobre a legislação. (FONTE: DCI 04/03/2016) 4

5 (FONTE: DIÁRIO DE SÃO PAULO 04/03/2016) 5

6 (FONTE: DIÁRIO DE SÃO PAULO 04/03/2016) 6