OS SUPER-RATOS. Engenharia Genética; controle de doenças; evolução da espécie humana e
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- Giovana Peralta Caldeira
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1 OS SUPER-RATOS AUTOR: RILDO BARROS FERREIRA RESUMO: O presente artigo discute a utilização de ratos transgênicos no estudo genético de determinadas doenças que afligem a espécie humana assim como a busca de novas qualidades que podem ser aferidas ao organismo humano. Procura apresentar a forma como inúmeros laboratórios de todo o mundo vêm empenhando-se nesta difícil tarefa de conhecer o organismo humano por meio de moldes genéticos os camundongos. Enfatiza ainda a preocupação crescente quanto ao número de animais sacrificados com o uso dessas novas técnicas da Engenharia Genética e, em comparativo, desenvolve uma abordagem referente à importância da educação no processo científico. PALAVRAS-CHAVE: educação. Engenharia Genética; controle de doenças; evolução da espécie humana e 1. INTRODUÇÃO Compreender o homem, sua capacidade de pensar e de modificar as coisas na sua essência é praticamente impossível. De um lado se investe em ciência e tecnologia e por outro se deixa que crianças passem fome. Trata-se de um verdadeiro descaso com o ser humano, oferecer-lhe altas tecnologias e não fornecer-lhes uma educação digna que lhe possibilita aprender. 1
2 2. OS SUPER RATOS: A Medicina atual possui uma preocupação constante com as inúmeras doenças que há séculos atingem o organismo humano e que, para as quais, ainda não se encontrou a sua cura, como é o caso do câncer. Também é motivo de alerta as doenças que começam a aparecer em um número cada vez maior de pessoas, em diferentes idades e sexo e, por isso, vários laboratórios de todo o mundo tentam desenvolver experiências com roedores mutantes, buscando um estudo mais particular e minucioso de tais problemas. Neste sentido, já é possível constatar alguns avanços implementados pela Engenharia Genética ao longo dos últimos dois séculos, utilizando-se, como objeto de estudo, os ratos, justamente pelas afinidades que possuem com o organismo humano, como é o caso, de genes parecidos, órgãos com o mesmo funcionamento e código genético extremamente semelhantes (95%). Ocorre que uma das criações do geneticista chinês Joe Tsien, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, é o desenvolvimento de uma nova linhagem de camundongos, os quais receberam uma dose extra do gene chamado NR2B, responsável pela formação de uma proteína que serve como receptor de sinais químicos nos neurônios. Como conseqüência, surgiu uma nova linhagem, a qual se denominou DOOGIE, mutantes genéticos capazes de aprenderem, em inúmeras situações apresentadas, de modo mais arguto do que outros camundongos não-mutantes. De certa forma, esse implemento genético representou um passo a mais para o controle de disfunções cerebrais. Convém salientar também que, a experiência desenvolvida, em março de 1999, pelo ginecologista italiano, Severino Antinori, em Roma. Utilizou-se de órgãos sexuais testículos de roedores, para amadurecer espermatozóides da espécie humana e, em seguida, realizou o processo de fertilização artificial, dando origem a quatro crianças saudáveis. Experiências como as citadas e inúmeras outras, desencadeadas em laboratórios experimentais, ousam encontrar soluções para os distúrbios que aparecem na espécie 2
3 humana, sendo que em muitos casos alcançam-se êxitos não esperados. Entretanto, existe toda uma preocupação em relação à forma como vêm sendo conduzidas tais avanços, pois ao mesmo tempo que se obtêm resultados favoráveis à espécie humana, uma grande quantidade de animais vem sendo sacrificadas. Acredita-se que dos roedores que recebem genes mutantes, apenas cerca de 1 a 10 % conseguem incorporá-los e tornam-se viáveis aos estudos. Os demais acabam sendo sacrificados, pois, passam a ser inúteis aos cientistas. A este respeito convém indagar até que ponto é satisfatório o sacrifício de tais animais, será que, com todo o avanço tecnológico que permeia a sociedade moderna, não existem outros meios alternativos de desenvolver tais experimentos sem sacrificar espécies de seres vivos? Por outro lado, existe também todo um sistema de comércio lucrativo envolvendo tais laboratórios de pesquisas, porque muitos deles, trabalham apenas na produção de cobaias, de acordo com os pedidos solicitados, para fim experimentais. A venda dessas cobaias representa circulação monetária e, muitos tem interesse. 3. O PROCESSO DE EXCLUSÃO ESCOLAR: A EDUCAÇÃO DISCRIMINATÓRIA Assim como na ciência, em que o homem busca incansavelmente novas descobertas científicas que visam amenizar algumas doenças que perduram há séculos, a educação também entra nessa luta para romper os velhos paradigmas educacionais. É essencial destacar que os problemas que afligem o sistema educacional, principalmente o da baixa escolaridade no Brasil, é resultado do acúmulo de problemas decorrentes de anos e anos de descaso com a situação educacional da população. O caso é que, mesmos diante de todo o avanço tecnológico que a sociedade vem conseguindo, a educação continua obsoleta e não respondendo aos novos tempos. Para que as mudanças possam ocorrer é necessário, em primeiro lugar, o comprometimento do governo e da sociedade em prol de uma educação de qualidade. 3
4 A nova Lei de Diretrizes e Bases (Lei Federal 9394) consolida e amplia o dever do poder público com a educação, assegurando a todos a formação comum indispensável para o exercício da cidadania, fornecendo-lhes meios para progredir no trabalho e em seus estudos posteriores. No papel, tudo parece tão simples, porém é básico que as pessoas que trabalham na área educacional sejam conhecedoras da nova lei e tornem-se agentes de transformação da realidade, com a participação consciente da comunidade. Neste sentido, as iniciativas devem partir do próprio âmbito escolar que precisa despertar para o novo, para a realidade social, econômica e cultural, onde as oportunidades possam ser igualitárias a todos aqueles que participam do processo de construção do saber, onde não exista uma política educacional bancária e onde cada pessoa possa ser vista como um ser capaz e importante no processo de construção histórica. Todavia, o sistema de ensino não pode ser responsabilizado sozinho pela situação social existente. Se a escola, ao promover um ensino discriminatório, ao reprovar e excluir, afasta grande parte de sua clientela do conhecimento que deveria ser igualitário. Acredita-se também que uma tarefa contínua, onde a contribuição de cada um favorece o alcance dos ideais sociais, pode contribuir para uma mudança substancial nessas relações de discriminação e exclusão. Como afirma SANTOMÉ (1998:150) Uma política antidiscriminatória não pode reduzir-se a uma série de lições ou unidades didáticas isoladas destinadas ao estudo desta problemática. Não podemos dedicar apenas um dia por ano à luta contra os preconceitos raciais e a marginalização. Esta tarefa de educar é diária, é árdua, mas necessária para que a prática escolar se torne democrática e não-excludente, unindo-se ao desafio de desencadear uma ação pedagógica planejada e vivenciada por todo o grupo sócio-escolar. 4
5 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O assunto desenvolvido nos conduz a uma reflexão em relação ao desenvolvimento tecnológico e científico no qual o mundo moderno está inserido. De certo modo, torna-se uma ferramenta que conduz ao conhecimento e prevenção de algumas doenças ou ainda à mudança na ordem genética de novos indivíduos que os tornará imunes a mesma, por outro, há uma grande preocupação em caracterizar como estas pesquisas estão sendo desenvolvidas. No entanto, a clareza em definir que em meio a estas duas posições existe uma série de incentivos econômicos que visam à obtenção de fins meramente lucrativos, independente se a preservação de espécies de seres vivos está sendo comprometida ou não. Acredita-se que, apesar de toda essa problemática, serão encontradas soluções condizentes aos impasses encontrados de modo a satisfazer todos os interesses, pois frente à era moderna não é mais possível aceitar que não existam mecanismos capazes de à solucionar tais problemas. Ressalva-se ainda até onde o homem pretende chegar diante de tantas invenções, de tantas pesquisas? Quais os seus verdadeiros propósitos de vida? O que adianta tanto modernidade se muitos não conseguem usufruir de tamanha maravilha e acabam morrendo ou excluídos por falta de condições dignas de vida? A questão social não é uma questão de vida, de sobrevivência de uma espécie, que de certo modo, está comprometida? E a educação merece ou não a mesma preocupação que a ciência vem tendo assumindo? Educação é ou não uma questão de sobrevivência d sujeito nesse mundo competitivo? 5
6 5. BIBLIOGRAFIA: SAVIANI, Demerval. A Nova lei da Educação: LDB Trajetória, Limites e Perspectivas. 2ª edição. São Paulo: Autores Associados, SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e Interdisciplinariedade. Artes Médicas: Porto Alegre,
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