Development Policy and Sectoral Issues Development Policy, Coherence and Forward Studies

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1 COMISSÃO EUROPEIA DG Desenvolvimento Development Policy and Sectoral Issues Development Policy, Coherence and Forward Studies Orientações relativas aos princípios e boas práticas aplicáveis à participação dos intervenientes não estatais nos diálogos e consultas em matéria de desenvolvimento Índice 1. ENQUADRAMENTO POLITICO E ANTECEDENTES OBJECTIVO DO DOCUMENTO PRINCÍPIOS ORIENTADORES E BOAS PRÁTICAS Consultas e diálogo: um processo contínuo Objectivo e conteúdo das consultas e do diálogo Identificação dos INE Organização das consultas e do diálogo Exame intercalar dos Documentos de Estratégia Apoio ao desenvolvimento das capacidades Abordagem geral Abordagens tendo em vista assegurar o apoio em matéria de desenvolvimento das capacidades dos INE Promoção de parcerias entre os INE Reforço das capacidades das organizações de base locais Promoção do diálogo social Facilitar o acesso ao financiamento AVALIAÇÃO DO PROCESSO CONCLUSÕES INFORMAÇÃO ÚTIL Comissão Europeia Dialogue with civil society Other issues of interest ACP Secretariat European Platforms of NGO...21 Commission européenne, B-1049 Bruxelles / Europese Commissie, B-1049 Brussel - Bélgica. Telefone: (32-2)

2 European NGOs Confederation for Relief and Development (CONCORD) EU member states national platforms European and International Socio-Professional Organisations International Organisation of Employers (IOE) European Trade Union Confederation (ETUC/CES) International Confederation of Free Trade Unions (ICFTU/CISL) World Conference of Labour (WCL/CMT) International Federation of Agricultural Producers (IFAP- FIPA) International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies (IFRC) 23 2

3 1. ENQUADRAMENTO POLITICO E ANTECEDENTES A Declaração Comum do Conselho e da Comissão sobre a política de desenvolvimento da Comunidade Europeia, de Novembro de 2000, afirma que a apropriação ( ownership ), pelos países parceiros, das suas próprias estratégias é a chave do sucesso das políticas de desenvolvimento, pelo que importa encorajar a mais ampla participação possível de todos os segmentos da sociedade, por forma a criar as condições necessárias a uma maior equidade, à participação dos mais pobres no crescimento e no reforço do tecido democrático. Além disso, no ponto 38 da Declaração Comum é já reconhecido o contributo de um vasto leque de membros da sociedade civil para a política da comunidade no âmbito da nova parceria com os países ACP. É necessário incentivar, no quadro das relações da União com o resto do mundo, a aplicação de uma abordagem que favoreça uma maior participação das organizações não-governamentais, dos agentes económicos e sociais e do sector privado. O presente documento é anunciado nas conclusões da Comunicação da Comissão relativa à Participação de Intervenientes Não Estatais na política de desenvolvimento da CE (COM (2002) 598 final de 7 de Novembro de 2002). As presentes orientações pretendem abranger a cooperação da UE com todos os países e regiões em desenvolvimento, tal como referido na Declaração do Conselho e da Comissão sobre a Política de Desenvolvimento da Comunidade 1. Foram já definidas, ou estão em vias de o ser, orientações operacionais mais específicas destinadas às Delegações da CE, que têm em conta as especificidades da cooperação entre a UE e as diferentes regiões geográficas (ACP, MEDA etc.) 2. O Conselho Assuntos Gerais e Relações Externas de Maio de 2003 incentiva a Comissão e os Estados-Membros a adoptarem um quadro de princípios e práticas para a consulta da sociedade civil e a sua participação nos diálogos, tendo por base os critérios essenciais propostos na Comunicação, com o objectivo de envolver a sociedade civil na formulação das prioridades e na avaliação dos processos de desenvolvimento. O Conselho congratula-se igualmente com a intenção da Comissão de elaborar orientações para as suas delegações em matéria de participação da sociedade civil no processo de desenvolvimento e de debater tais orientações com peritos dos Estados-Membros, procurando paralelamente um contributo da sociedade civil para a elaboração de tais orientações. O Conselho incentiva ainda a Comissão e os Estados-Membros a chegarem a acordo quanto a uma abordagem prática comum a fim de garantir uma participação efectiva da sociedade civil nos diálogos sobre a política de desenvolvimento, bem como a desenvolver sistemas de acompanhamento adequados, baseados em indicadores que permitam avaliar a qualidade do processo de participação dos Intervenientes Não Estatais (INE), tendo em conta as diferentes tipologias existentes em cada país parceiro. 1 2 Declaração Comum de ; Comunicação sobre a Política de Desenvolvimento da Comunidade Europeia (COM(2000)212 final ). Em relação aos ACP: o presente documento completa e clarifica alguns aspectos das Directrizes de programação nº 6 os novos intervenientes na parceria, elaboradas em Ver igualmente as orientações destinadas às delegações da CE de Setembro de 2003 sobre a execução das disposições do Acordo de Cotonu relativas aos intervenientes não estatais", que explicam os instrumentos disponíveis e as modalidades de execução tendo em conta as normas e a regulamentação do 9º FED. 3

4 O presente documento tem em conta as observações e sugestões apresentadas pelos Estados-Membros aquando da reunião do Comité de co-financiamento ONG em Novembro de O documento foi debatido tendo em vista elaborar abordagens práticas comuns para aumentar a participação da sociedade civil no processo de desenvolvimento, assim como controlar a qualidade do processo. 2. OBJECTIVO DO DOCUMENTO Os INE têm vindo a tornar-se progressivamente um dos principais parceiros da política de desenvolvimento da Comunidade Europeia. Os objectivos da CE ao promover abordagens participativas são contribuir para a apropriação das estratégias de desenvolvimento por parte de todos os beneficiários, consolidar gradualmente instituições responsáveis, transparentes, e democráticas, apoiar o exercício da cidadania e facilitar o estabelecimento de parcerias entres os sectores público e privado, o que, por sua vez, resultará numa maior visibilidade das estratégias de desenvolvimento. Estes objectivos serão alcançados em coordenação com os Estados-Membros. O presente documento pretende incentivar e apoiar as delegações da CE em todos os países e regiões em desenvolvimento a explorarem e aplicarem as possibilidades oferecidas pela participação progressiva dos INE no processo de desenvolvimento, sempre que possível com as autoridades do país. A promoção de um diálogo efectivo com os INE deverá conduzir à consolidação dos processos de democratização e ao reforço das capacidades nos países parceiros. Através deste documento pretende-se proporcionar às delegações orientações em matéria de boas práticas, tanto no contexto do processo de programação (preparação dos Documentos de Estratégia por país, exames intercalares dos mesmos) como no âmbito do diálogo periódico levado a cabo com as autoridades e os INE em cada pais. Estas orientações podem ser aplicadas mutatis mutandis a nível regional. O documento não se centra na execução de projectos nem inclui orientações relativamente a questões processuais relacionadas com a preparação dos projectos e as decisões financeiras, nem tampouco pretende harmonizar os diferentes procedimentos aplicáveis. Estão a ser elaborados documentos distintos sobre as regras específicas aplicáveis a cada instrumento de cooperação 3. No entanto, o presente documento sublinha as boas práticas a aplicar pelas Delegações a fim de melhorar o acesso ao financiamento por parte dos INE (informação, orientações práticas e facilitação). Todas as orientações práticas constantes do presente documento pretendem basicamente promover um clima de confiança entre as autoridades e os INE para que possam empenhar-se num diálogo sobre o processo de desenvolvimento. Propõe-se um exemplo de quadro geral que deverá ser adaptado a cada país, a fim de ter em conta os diferentes contextos, especialmente nos países que revelam maior relutância em relação a abordagens participativas ou que não têm tradição desse tipo de abordagem. 3 A Comissão já elaborou orientações internas para as delegações da CE nos países ACP sobre os procedimentos de execução dos fundos do 9º FED reservados aos INE no âmbito do PIN e as orientações em matéria de acesso às rubricas orçamentais temáticas estão disponíveis no website do Europaid. 4

5 Sublinha-se que os Chefes de Delegação dispõem da máxima flexibilidade para decidir as formas mais adequadas de envolver os INE no diálogo. De acordo com a respectiva análise da situação no país, e tendo por base estudos específicos de investigação e inventários, os Chefes de Delegação tomarão as decisões operacionais sobre a melhor forma de assegurar a participação dos INE. A sede facilitará o estabelecimento de redes e o apoio estratégico necessário para contribuir para a coerência política das decisões tomadas pelos Chefes de Delegação, as quais deverão intensificar a coordenação e a complementaridade entre a CE e os Estados-Membros no terreno no que se refere à participação das organizações da sociedade civil (OSC) nos diálogos sobre o desenvolvimento. 3. PRINCÍPIOS ORIENTADORES E BOAS PRÁTICAS A participação da sociedade civil no processo de desenvolvimento contribui para o objectivo fundamental de redução da pobreza. As autoridades dos países parceiros e os dadores internacionais têm de incentivar e apoiar as OSC a desempenharem um papel activo na concepção e na execução das estratégias de redução da pobreza. Esta participação deverá ser considerada tendo em conta tanto o contexto específico de cada país ou região parceira, como o papel complementar, e não de oposição, desempenhado pelos INE relativamente ao das instituições estatais como os Parlamentos. Este objectivo de garantir a participação dos INE tem um carácter permanente e exige uma atenção constante por parte das Delegações da CE e dos Estados-Membros. No entanto, no âmbito do processo de cooperação para o desenvolvimento, é possível identificar cinco etapas diferentes que se revelam especialmente importantes para avaliar os progressos registados: (1) Consultas sobre as Estratégias Nacionais de Desenvolvimento e os Documentos de Estratégia de Redução da Pobreza; (2) Consultas sobre a elaboração do Documento de Estratégia para o País; (3) Consultas sobre as estratégias sectoriais, após definidos os sectores prioritários; (4) Participação dos INE na execução de projectos em todos os domínios do desenvolvimento, incluindo actividades especialmente orientadas para as suas necessidades (reforço das capacidades, etc.); (5) Participação no exame (anual, intercalar e final) do Documento de Estratégia para o país, bem como na avaliação dos progressos realizados a nível da execução e dos resultados de projectos específicos e de políticas sectoriais. A participação dos INE nos diálogos e nas consultas em cada uma destas fases deverá assim ser considerada um processo contínuo, que exige naturalmente a adaptação às circunstâncias específicas do país, devendo, no entanto, ser levado a bom termo tanto no âmbito do processo de programação como dos contactos regulares com as autoridades e com os INE. O reforço das capacidades da sociedade civil nos países parceiros deverá ser considerado uma prioridade. Aquando da elaboração dos programas de assistência financeira é necessário prever um apoio ao reforço das capacidades em domínios essenciais, bem como a atribuição de recursos financeiros aos INE. 5

6 3.1. Consultas e diálogo: um processo contínuo Objectivo e conteúdo das consultas e do diálogo As Estratégias Nacionais de Desenvolvimento e os Documentos de Estratégia de Redução da Pobreza, sempre que existam, constituem as bases para a estratégia de resposta da CE. A participação dos INE no processo de definição das agendas de desenvolvimento por parte das autoridades públicas desde o seu início constitui o melhor ponto de partida e uma excelente oportunidade para intensificar o diálogo entre os governos e os INE. A consulta dos INE em matéria de estratégias de redução da pobreza não deverá substituir as consultas no âmbito do processo relativo ao Documento de Estratégia para o país (DEP), que constituem um compromisso a longo prazo com os INE em todas as fases do ciclo de programação. Por outro lado, a consulta dos INE não substitui também o debate normal no Parlamento sobre o orçamento e as políticas de desenvolvimento nacionais. Caso não exista uma estratégia a nível nacional, a participação dos INE poderá efectuar-se a um nível inferior, isto é, em debates sobre as estratégias ou planos de desenvolvimento a nível regional, provincial, local ou qualquer outro nível descentralizado ou sectorial com as autoridades descentralizadas competentes. A questão da participação dos INE no processo de programação da CE deverá integrar-se no diálogo regular sobre cooperação com as autoridades nacionais. Em países onde não exista uma tradição de participação, o Chefe da Delegação terá de tomar a iniciativa a fim de facilitar a interacção entre as autoridades e os INE, designadamente introduzindo questões de debate tais como o quadro legislativo, o contexto do financiamento ou o sistema de registo de INE no diálogo regular com o Governo. A coordenação a nível de país, entre a CE e os Estados-Membros, bem como com outros dadores que partilhem a abordagem participativa enquanto princípio de base da política de desenvolvimento, poderá contribuir significativamente para a concretização desta abordagem. A sociedade civil pode proporcionar um contributo valioso a nível da identificação das questões a abordar no diálogo com as autoridades. A associação dos INE ao diálogo implica igualmente que lhes sejam comunicadas informações sobre os resultados de tal dialogo. O processo de consulta constitui uma abordagem com duas vertentes. Em primeiro lugar, a nível das estratégias nacionais de desenvolvimento ou do processo dodep, o objectivo deverá ser incentivar uma ampla participação dos INE no debate público sobre a definição dos objectivos de desenvolvimento e o reforço da boa governação e do Estado de Direito. Em segundo lugar, no que se refere às discussões de programação mais específicas, poderá revelar-se necessário limitá-las aos INE directamente envolvidos nos sectores específicos/domínios de concentração previstos na estratégia de resposta da CE ou por eles afectados. Assim, poderão ser incluídos INE que assumiram especificamente um papel na defesa ou sensibilização de questões transversais (como a pobreza, género, ambiente, prevenção de conflitos). Esta abordagem terá a vantagem de contribuir para concentrar o apoio comunitário nos INE susceptíveis de participar directamente nos programas da CE e tornar o processo de diálogo mais fácil de gerir. As consultas com os INE relativas à preparação dos DEP têm por objectivo debater a analise, as grandes linhas da estratégia de resposta, bem como a futura participação dos INE no processo de execução e de acompanhamento. É conveniente associar a 6

7 este diálogo a mais vasta representação possível das diferentes perspectivas e sensibilidades da sociedade civil. A participação dos INE nos debates sobre as diferentes políticas (definição das políticas nacionais sectoriais ou debates no contexto do DEP logo que tenham sido identificados os sectores fulcrais) contribui para a interacção, a compreensão mútua e o reforço da confiança entre os INE e as autoridades nacionais a todos os níveis, incluindo o Governo central, o Parlamento e as instâncias descentralizadas. A participação dos INE em debates sobre as diversas políticas deverá constituir parte integrante do processo de partilha de informações sobre o conteúdo e os efeitos dessas políticas, bem como permitir à sociedade civil influenciar as políticas públicas e colaborar com as autoridades no que se refere à concepção e ao apoio a políticas que beneficiem os mais pobres e à alteração das que não contribuem para esse objectivo. A participação dos INE no processo de exame intercalar dos DEP está directamente ligada à sua participação na elaboração dos mesmos. Os exames intercalares deverão conduzir a uma actualização e a um ajustamento da estratégia, tendo em conta as alterações verificadas entre a programação inicial e o momento em que é realizado o exame intercalar. Não tem de conduzir necessariamente a uma alteração da estratégia ou da selecção dos sectores de concentração. Os INE deverão participar activamente em todo o processo desde o seu início Identificação dos INE A realização de um estudo identificativo sobre a situação dos INE em cada país ou região pode ajudar de forma significativa a Delegação a dar início ao processo de participação. Quanto melhor for o conhecimento das limitações, potencialidades, necessidades, sectores de envolvimento e actividades dos INE mais facilitada estará a sua participação no processo de desenvolvimento, bem como a preparação de programas específicos de apoio a estes intervenientes. Um estudo deste tipo poderá contribuir de forma muito valiosa para uma actividade essencial que consiste em avaliar a influência dos INE na sociedade de cada país parceiro. Os objectivos deste estudo/inventário são os seguintes: Apresentar uma perspectiva global de todas as redes e organizações de INE existentes (incluindo ONG nacionais/internacionais, meios de comunicação social, parceiros económicos e sociais, organizações de investigação, associações de mulheres, outras organizações com estatuto especial como a Cruz Vermelha, etc.), bem como do processo de diálogo mais relevante existente a nível de cada país/região no qual a sociedade civil esteja envolvida; Avaliar a capacidade dessas organizações, o papel que desempenham e os problemas que têm de enfrentar, em termos de defesa de interesses e sensibilização, acompanhamento, diálogo sobre políticas e prestação de serviços, tanto a nível distrital como central. O estudo deverá ser realizado de uma forma realista e identificar as redes e organizações de INE essenciais, bem como seleccionar geográfica e tematicamente redes e organizações representativas para análise, tendo em conta os domínios de importância estratégica para a cooperação UE/CE. 7

8 A fim de produzir os resultados esperados, o estudo deverá analisar os seguintes aspectos das organizações e redes da sociedade civil: i. a sua missão e funções, bem como as capacidades para as desempenharem; ii. iii. iv. as relações que mantêm entre si; o seu nível de participação no diálogo no acompanhamento e na execução das políticas, tanto a nível central como distrital, com as autoridades nacionais ou com a comunidade de dadores; este aspecto deve incluir o actual nível de participação em relação à cooperação comunitária e de outros dadores; a opinião das comunidades de base; v. o seu contexto financeiro e estratégias de obtenção de fundos (quadro legislativo em matéria de financiamento e dependência da ajuda externa); vi. vii. viii. ix. perspectivas das organizações da sociedade civil, expectativas e estratégias em matéria de parcerias com as autoridades centrais e locais; fluxos de informação no âmbito da sociedade civil e entre os próprios INE a nível central e comunitário: natureza ( descendente, isto é, do nível central para o nível distrital e das comunidades, e/ou ascendente, isto é, das comunidades para o nível distrital e central) e conteúdo; fluxo de informação entre os dadores, o Governo e a sociedade civil; natureza ( descendente / ascendente ) e conteúdo (estratégias, políticas, responsabilização, procedimentos, acesso a financiamentos, etc.); indicação (geográfica, sectorial, etc.) sobre o grau de organização dos INE e se necessitam de reforço das capacidades, tendo em conta as possíveis sinergias e ligações com programas e iniciativas já existentes neste domínio. Os resultados previstos deste inventário incluem Uma descrição analítica das redes e organizações de INE existentes e da respectiva missão, bem como dos interesses que representam ou do mandato que lhes foi conferido pelos membros. O estudo proporcionará informação útil sobre o tipo de organizações das camadas mais pobres da população que participam e com que objectivos, bem como sobre o equilíbrio de poderes e influências entre os diferentes grupos de INE e em que medida podem ser considerados representativos dos interesses das bases; Uma avaliação das capacidades dessas organizações para contribuírem para o processo de desenvolvimento em termos de diálogo sobre as políticas, acompanhamento e defesa de interesses, bem como prestação de serviços, incluindo uma análise do actual nível de participação de organizações da sociedade civil na prestação de serviços ao Governo;. Uma análise de como os mecanismos existentes de consulta e diálogo contribuíram para igual participação de mulheres e homens no processo de definição de politicas, 8

9 incluindo a identificação de incentivos positivos que podem ser necessários para que as organizações de mulheres participem activamente no diálogo ao nível do pais Uma descrição analítica dos mecanismos institucionais e do quadro legislativo ao abrigo dos quais os INE exercem as suas actividades e que orienta a interacção entre o Governo e a sociedade civil; Uma análise da visão e estratégias do Governo em matéria de participação da sociedade civil no processo de desenvolvimento; Uma perspectiva das iniciativas de outros dadores relacionadas com a participação da sociedade civil no diálogo, bem como com o reforço das suas capacidades. Convém igualmente sublinhar e analisar as diferentes opções para conseguir sinergias e coerência por exemplo, fundos comuns (basket funding) ou outras formas de coordenação do apoio); Uma análise dos mecanismos existentes ou previstos para envolver os INE na programação, revisao e avaliação da cooperação para o desenvolvimento financiada pela Comunidade. O estudo descritivo terá de ser discutido em reuniões de trabalho com as partes interessadas, a fim de compreender melhor a natureza e as expectativas dos INE, bem como identificar os principais elementos necessários para organizar as diferentes consultas e preparar um programa de apoio aos INE. Em países menos populosos, nos quais é fácil identificar os INE, algumas componentes da abordagem inerente a este estudo poderão revelar-se úteis para analisar correctamente a situação. Em países em que a CE ou outros dadores já realizaram alguns estudos cujo conteúdo responde em larga medida aos objectivos do estudo descritivo, estes inventários podem ser utilizados a fim de evitar uma duplicação de esforços, embora possa ser necessário proceder a uma actualização dos seus resultados num futuro próximo. Em alguns casos, estes estudos não existem ainda, tornando-se muito difícil identificar os intervenientes não estatais com vista à sua participação nos diálogos e nas consultas devido ao elevado número de organizações da sociedade civil, ou à falta de capacidades dos INE existentes. Na pendência de um levantamento exaustivo de todos os INE, todas as questões relativas à participação dos INE poderão começar a ser debatidas no âmbito de sistemas de consulta multilaterais que associem as diversas partes interessadas e sejam flexíveis, abertos, abrangentes, pluralistas e sujeitos a reexames periódicos no que se refere à respectiva composição Organização das consultas e do diálogo Paralelamente a uma boa organização, uma participação efectiva no diálogo sobre as políticas e a programação exige que as informações adequadas sejam atempadamente comunicadas aos intervenientes não estatais, que uma diversidade dos intervenientes não estatais participem no processo e que lhes sejam comunicadas informações adequadas sobre os resultados da consulta. Sempre que as autoridades não o tenham feito, a Delegação pode dar início a um diálogo com as autoridades pertinentes para promover e facilitar os contactos ao nível mais 9

10 adequado entre os diversos intervenientes no processo de desenvolvimento. Regra geral, o papel da CE é o de facilitar o diálogo e agir como observador crítico, devendo o processo ser conduzido pelas autoridades públicas e pelos representantes dos INE. Incumbe às autoridades locais competentes e ao Chefe de Delegação decidir os mecanismos de diálogo e dos meios a utilizar para garantir uma consulta adequada de acordo com a situação local, o nível de organização dos INE e a anterior experiência de diálogo. As decisões nesta matéria deverão ter em conta o facto de ser essencial garantir o seguimento do processo de consulta. É necessário envidar esforços para organizar as consultas de modo a possibilitar o lançamento e a facilitar um processo contínuo de diálogo da forma mais adaptada. As consultas iniciais e o seu seguimento podem assumir a forma de um seminário ou de uma reunião co-presidida pelos representantes do Governo e pelo Chefe de Delegação, exemplo das já organizadas em alguns países ACP. Podem ser utilizadas as tecnologias da informação e da comunicação sempre que necessário. Se já existirem fóruns de diálogo da sociedade civil, estes deverão participar e contribuir para canalizar as contribuições dos INE para o processo de diálogo. Os processos de diálogo existentes entre as autoridades ou os dadores e as organizações da sociedade civil, tais como os que emergiram no contexto da Iniciativa em Favor dos Países Pobres Fortemente Endividados (HIPC), deverão igualmente ser intensificados. Em princípio, deverá ser evitada a criação de quaisquer novas estruturas ad hoc de diálogo com a sociedade civil para além das já existentes pois provavelmente não representariam verdadeiramente os interesses da sociedade civil, nem seriam parte da sua dinâmica e dependeriam para a sua existência do apoio dos dadores, não tendo pois um motivo específico para existir para além de atrair financiamentos dos dadores. Do mesmo modo, é importante evitar que as estruturas de diálogo com a sociedade civil sejam impulsionadas por dadores ou pelo Governo. A partilha de informações e as acções de sensibilização são essenciais para uma participação efectiva e bem sucedida dos INE nas consultas. Estes intervenientes deverão receber informações claras e completas, com tempo suficiente (a avaliar segundo o nível de capacidade dos INE) por forma a permitir-lhes preparar as suas reacções e propostas. As autoridades dos países parceiros e as Delegações da CE têm também um papel a desempenhar tanto na divulgação das informações sobre as diferentes possibilidades de participação dos INE, como na preparação e no seguimento a dar às consultas. Assim, convém preparar e difundir com tempo suficiente informações práticas e claras sobre as questões a debater no decurso das consultas, que deverão ser adaptadas às necessidades do país e às capacidades e interesses dos participantes. As organizações de INE já existentes ou os peritos independentes especializados em difusão de informações e sensibilização podem desempenhar um valioso papel nesta matéria, bem como no reforço das capacidades de análise e de defesa de interesses dos INE e das capacidades de se ligarem a grupos e agirem como seus porta-voz, o que contribui para melhorar o contributo dos INE para as consultas. As iniciativas desenvolvidas por instituições da UE, tais como os seminários regionais e as reuniões gerais do Comité Económico e Social Europeu (CESE), destinados a difundir informações sobre o Acordo de Cotonu e a ilustrar a participação dos INE na execução do Acordo, têm vindo a contribuir para divulgar informações, aumentar a sensibilização, bem como intensificar o debate político. 10

11 Sempre que as consultas se centrem numa questão específica, como uma política sectorial, seria útil identificar as redes ou os agentes especializados locais que se dedicam a um tema ou secção específicos. Os parceiros económicos e sociais, as organizações com uma experiência específica, como câmaras de comércio, sindicatos, centros de investigação e universidades ou ONG especializadas, redes envolvidas na defesa dos direitos humanos ou em actividades locais destinadas a reduzir a pobreza ou que representem agentes económicos, nomeadamente do sector informal, deverão estar envolvidas no diálogo desde o início. O seu papel poderá ser muito importante uma vez que têm uma vasta base de representação e permitem à Delegação auscultar um maior número de opiniões. No entanto, há que assegurar que essas redes são representativas de um número adequado de pessoas e que oferecem uma perspectiva equitativa das suas opiniões. A identificação de redes de INE fiáveis é uma questão que poderia ser contemplada no estudo descritivo. Os INE, que deverão ter recebido a informação pertinente a tempo, serão convidados a expor os seus pontos de vista, as suas necessidades e de que forma tencionam participar no processo de desenvolvimento. As suas opiniões deverão ser devidamente tomadas em consideração e debatidas, podendo as estratégias ser alteradas em conformidade, caso necessário. Deverá igualmente ser facultada aos INE a informação necessária sobre os resultados das consultas e do diálogo. Os INE que tenham participado nas consultas deverão, por sua vez, partilhar esta informação com os outros segmentos da sociedade civil e comunicar às bases os resultados do processo. As autoridades nacionais, os representantes dos INE e a CE deverão decidir conjuntamente quais os intervenientes não estatais que participarão em cada fase do processo de consultas e de que forma estruturar as discussões. Espera-se que os INE actuem de forma transparente e responsável, partilhem os objectivos-chave em matéria de desenvolvimento e tenham capacidade para apresentar os pontos de vista e as propostas dos seus membros. Deverão ainda ser capazes de transmitir aos seus membros ou aos grupos que representam ou ainda as outras partes interessadas não presentes nas consultas os resultados das reuniões em que participam, bem como de difundirem a informação junto de um vasto leque de organizações, incluindo organizações de base. É fundamental que todos os sectores de interesse estejam representados, sendo necessário encontrar um equilíbrio entre os parceiros económicos e sociais e as associações ou ONG que representam diversos grupos ou sectores afectados. Considerando que a apropriação a todos os níveis representa um valor acrescentado, todas as forças da sociedade podem, e devem, desempenhar um papel igualmente importante. Deverão ser identificados sistemas de consultas participativos e que garantam o pluralismo a fim de envolver no processo de consulta os diferentes tipos de estruturas que coexistem e representam diferentes pontos de vista e diferentes opiniões. É necessário conceder especial atenção às organizações de base de pequena dimensão. A facilitação do diálogo numa base descentralizada entre as autoridades locais/descentralizadas e as organizações de base locais poderia revelar-se uma forma adequada de assegurar a sua participação, sendo igualmente conveniente promover parcerias entre os INE. Após a identificação das redes adequadas, e a fim de lhes permitir participar de forma mais eficaz nos debates sobre as diferentes políticas, cabe à Delegação da CE analisar se o apoio a estas redes deverá ser proporcionado no contexto de um programa de desenvolvimento ou ao abrigo de um programa específico de desenvolvimento das suas 11

12 capacidades. Os próprios INE deverão participar na selecção das actividades a apoiar, que poderão incluir o desenvolvimento de competências em matéria de lobbying, técnicas de negociação, participação em trabalhos legislativos, análise e apresentação, tecnologias da informação, estabelecimento de redes ou actividades organizadas Exame intercalar dos Documentos de Estratégia Os princípios gerais relativos às consultas e ao diálogo no âmbito do processo do Documento de Estratégia por país (DEP) são igualmente aplicáveis ao processo de exame intercalar dos documentos, o qual constitui um momento-chave do ciclo de programação para continuar a avançar na aplicação de uma abordagem participativa no âmbito do processo de desenvolvimento. O exame intercalar proporcionará uma oportunidade para prosseguir o diálogo com a sociedade civil, ou para o iniciar na minoria de casos em que esse diálogo ainda não existe. No âmbito do seu envolvimento em todo o processo de programação dos DEP, os INE também têm um papel a desempenhar no exame intercalar, bem como nos exames operacionais anuais, pelo que deverão participar activamente nas diferentes fases do processo de exame. A fim de explicar melhor a natureza e os objectivos do processo de exame intercalar e facilitar a participação dos INE desde a sua fase inicial, propõe-se que, como ponto de partida, a Delegação disponibilize o DEP existente com as suas análises e estratégia de resposta, bem como os relatórios de avaliação públicos e pertinentes existentes. Além disso, as Delegações poderiam enviar um modelo e/ou um resumo do relatório do exame intercalar aos INE, indicando um prazo para as suas contribuições antes de o primeiro projecto ser elaborado pelo Chefe de Delegação e as autoridades competentes. Paralelamente, deverá igualmente ser enviada aos INE uma cópia do último relatório anual sobre a cooperação entre a CE e o país parceiro, a título de exemplo e de elemento contextual. Convém igualmente incluir uma secção para avaliar a participação dos INE no diálogo sobre as estratégias e na implementação dos programas de cooperação. Por último, será necessário comunicar aos INE o seguimento dado às suas contribuições para o relatório e mantê-los informados sobre as fases subsequentes do processo, nomeadamente no que se refere à reunião de reexame no país, se for caso disso. Para além de proporcionar uma oportunidade para reforçar as abordagens participativas, o exame intercalar representa um momento-chave para avaliar a qualidade da participação dos INE no processo de desenvolvimento a nível do país Apoio ao desenvolvimento das capacidades Abordagem geral O desenvolvimento das capacidades é essencial para permitir aos INE contribuir de forma construtiva para o processo de desenvolvimento. Contudo, não deverá ser considerado um objectivo final, mas um meio para alcançar objectivos de desenvolvimento. Os diferentes processos podem ter um impacto sobre as capacidades de uma determinada organização, mas só os processos verdadeiramente assumidos pela própria organização e por ela iniciados poderão revelar-se proveitosos a longo prazo. O reforço das capacidades não é um exercício pontual mas um processo a longo prazo que exige empenhamento e confiança entre os intervenientes. O estudo descritivo pode proporcionar uma oportunidade para debater com todas as partes interessadas uma 12

13 estratégia global de reforço das capacidades, que deverá ter por base o contexto do próprio país e não modelos externos, a fim de evitar intervenções que se revelem insustentáveis. De um modo geral, o reforço das capacidades deverá apoiar os INE: (1) A melhorarem a sua estrutura e organização internas, ampliar as suas bases de representação (alargamento de redes) e desenvolver as qualidades de liderança, capacidades analíticas e de defesa dos interesses, mecanismos sustentáveis de angariação de fundos, etc.; (2) A desempenharem um papel de defesa dos interesses face às autoridades públicas, tanto a nível central como distrital, garantindo que as necessidades das comunidades de base locais são representadas a todos os níveis. O aumento da capacidade dos agentes da sociedade civil em matéria de análise e de diálogo político constitui uma questão conexa; (3) A desempenharem um papel de observação relativamente às instituições estatais ou a uma questão específica de interesse geral; (4) A agirem como prestadores de serviços. E necessario reforçar a capacidade financeira e de gestão das organizações da sociedade civil para que possam participar na prestação de serviços públicos e garantir a qualidade desses serviços; (5) A melhorarem as capacidades de investigação, a fim de centrar as intervenções em políticas de desenvolvimento orientadas para as camadas mais pobres, articular as preocupações das comunidades pobres e as agendas dos Governos e dos dadores e identificar as melhores práticas a reproduzir ou adaptar a outros contextos com desafios de desenvolvimento semelhantes Abordagens tendo em vista assegurar o apoio em matéria de desenvolvimento das capacidades dos INE A integração da participação dos INE em todos os programas, nos sectores de concentração ou noutros sectores: isto implica que no decurso da preparação de todos os programas de desenvolvimento seja sistematicamente analisado o papel potencial ou efectivo dos INE na área específica de desenvolvimento em causa, a fim de propor actividades e recursos específicos para os apoiar no exercício deste papel. Em especial, os INE têm um importante e útil papel a desempenhar em actividades relacionadas com a descentralização e a boa governação. Para tal é necessário apurar quais as organizações que devem participar e definir mecanismos que lhes permitam estar plenamente em condições para assumir o seu papel em matéria de preparação e execução do projecto ou programa. No decurso e no final de um projecto, as Delegações deverão envolver os INE na avaliação desse projecto, muito especialmente no caso de projectos em que são visados grupos específicos da população, dado que os INE têm mais possibilidades de conhecer as reacções dos grupos-alvo. Mesmo no caso de projectos em que o contributo popular seja menos evidente, a consulta de INE com alguns conhecimentos do sector pode enriquecer as conclusões da avaliação. Programas para a criação de capacidades dos INE em sectores específicos ou em geral: este tipo de projectos contribuirá para apoiar o desenvolvimento institucional, a criação de redes e, em sentido lato, todos os processos organizativos dos INE, no que se refere à defesa de interesses, ao controlo, à investigação e à prestação de serviços. Este objectivo 13

14 poderá ser alcançado através de estratégias de comunicação adequadas, formação e melhores estruturas de governação. O diálogo da CE com os INE, com outros dadores e com as autoridades competentes deverá proporcionar uma oportunidade para, em primeiro lugar, debater a agenda de desenvolvimento das capacidades dos INE, em segundo, decidir os domínios que poderão ser contemplados pela CE e, em terceiro, identificar os recursos que podem ser mobilizados. Com base no estudo descritivo dos INE, pode ser lançado um estudo de viabilidade e elaborada uma proposta de programas de apoio aos INE. O estudo de viabilidade analisará explicitamente os objectivos globais (qual a importância de que se reveste o projecto para os beneficiários, a região e o Governo?), o objectivo específico do projecto (por que motivo os utilizadores e os beneficiários necessitam do projecto?), os seus resultados (que serviços o projecto proporcionará aos utentes e beneficiários? Que serviços externos ao projecto classificados como hipóteses são necessários para alcançar o objectivo específico do projecto?) e as suas actividades do projecto (Que há que fazer para alcançar os resultados do projecto? Que actividades externas ao projecto classificadas como hipóteses será necessário desenvolver para assegurar os seus resultados?). O objectivo específico e os resultados do projecto serão especificados através de indicadores, sendo as actividades do projecto quantificadas com a maior precisão possível, devendo igualmente ser identificadas quaisquer pré-condições necessárias ao início das actividades do projecto Promoção de parcerias entre os INE Existe já uma longa tradição de parcerias entre INE europeus e locais,. As parcerias tornaram-se um instrumento de base para que os INE possam trabalhar em conjunto. A parceria vai para além dos aspectos puramente financeiros, sendo uma relação que se desenvolve e cresce ao longo do tempo, baseada numa confiança mútua crescente, que permite um verdadeiro diálogo, que por seu lado constitui a base para um desenvolvimento genuíno através do qual ambas as partes aprendem, crescem e desenvolvem as suas capacidades. A realização de actividades em parceria é igualmente vantajosa para a sociedade civil local, uma vez que o facto de agrupar diferentes organizações, juntamente com os segmentos da população que representam, para formar a massa crítica necessária à defesa dos seus interesses alarga a base de apoio e o âmbito de actividades das diferentes organizações individuais. As campanhas de sensibilização e de defesa de interesses tornam-se mais eficazes em termos de custos e é reforçada a sua credibilidade e influência. As parcerias oferecem uma oportunidade de partilhar informações, aumentando assim o nível de conhecimento e de compreensão das questões de interesse para a rede. No entanto, as parcerias têm também de fazer face a diversos desafios: conflito de papéis entre as diferentes organizações da sociedade civil e as coligações, tendência por parte dos membros para considerarem as parcerias como uma expansão das suas próprias organizações e não como uma entidade específica, secretariados por vezes isolados e pouco apoiados pelos seus membros, etc. O estudo descritivo deverá analisar a viabilidade destas parcerias e a melhor forma de as apoiar, sempre que necessário. 14

15 Reforço das capacidades das organizações de base locais A promoção de parcerias poderia constituir uma forma de chegar até às organizações de base locais, desenvolvendo as suas capacidades para participarem activamente no processo de desenvolvimento. Frequentemente, os grupos que defendem os pobres ou que alegam representar os interesses destes segmentos da população, são constituídos por pessoas pertencentes a elites, com poucas ligações às comunidades pobres locais. No entanto, tais grupos têm influência e contactos sociais e podem desempenhar um importante papel, suscitando alterações das políticas em favor das camadas mais pobres da população. O seu trabalho poderia ser consideravelmente reforçado através do estabelecimento de laços mais estreitos com organizações de pessoas pobres. Os dadores podem contribuir para a criação deste tipo de parcerias, proporcionado espaços e oportunidades para estes dois tipos de grupos se encontrarem, facilitando a criação de redes entre grupos de pessoas pobres e grupos de defesa dos seus interesses com influência, bem como através da promoção de actividades conjuntas que associem interesses práticos e estratégicos. Os espaços específicos de diálogo e debate entre a sociedade civil, os parceiros económicos e sociais e as autoridades locais podem igualmente surgir no âmbito da abordagem da cooperação descentralizada. Será necessário prestar especial atenção ao desenvolvimento de capacidades operacionais e de análise por parte das organizações de base locais. A promoção de sistemas de organização entre os pobres representa um outro desafio difícil. A organização (reuniões, discussões, reforço da sensibilização para determinadas questões, procura de soluções) exige tempo, que é um recurso crucial para os pobres, implicando por vezes custos financeiros muitas vezes superiores aos meios de que dispõem as camadas mais pobres. Estas diferentes questões podem ser tratadas no âmbito do estudo descritivo, a fim de analisar e identificar um conjunto de possíveis opções e respostas Promoção do diálogo social O diálogo social constitui um domínio específico no âmbito da promoção de abordagens participativas, que frequentemente requer também algum apoio sob a forma de difusão das informações e apoio ao reforço das capacidades. Consoante o contexto nacional, o diálogo social pode assumir a forma de negociações, consultas ou um mero intercâmbio de informações entre representantes das autoridades públicas, das entidades patronais e dos trabalhadores sobre questões de interesse comum relativas à política económica e social. A Delegação da CE não pode iniciar o diálogo social, uma vez que não é parte nesse diálogo. Todavia, de acordo com a análise da situação do país, deverá incentivar o diálogo entre os participantes no diálogo social (parceiros económicos e sociais e Governo), podendo também suscitar a questão do diálogo social no seu diálogo regular sobre a cooperação com as autoridades nacionais. Paralelamente ao papel de destaque desempenhado por instituições da UE como o CESE na promoção do diálogo social, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) mantém o seu compromisso internacional em favor do reforço do diálogo social através do desenvolvimento de mecanismos, instrumentos e orientações para juntar os participantes. Na página internet podem ser obtidas informações sobre o papel e actividades desta organização. 15

16 O diálogo social é um importante pilar do reforço de uma cultura de diálogo e de parceria, podendo igualmente desempenhar um papel de relevo em matéria de consolidação dos processos de democratização e da governação social nos países parceiros Facilitar o acesso ao financiamento A Delegação proporcionará aos INE todas as informações pertinentes em matéria de oportunidades e condições de elegibilidade para financiamento. Assim, convém disponibilizar um conjunto completo de informações, com procedimentos claros, transparentes e coerentes que permitam informar os INE das possibilidades de acesso aos diferentes tipos de financiamento e aumentar a previsibilidade dos processos de tomada de decisões da Comissão. A Delegação encarregar-se-á de facilitar o processo de preparação dos projectos a apresentar para apoio financeiro da CE. Os serviços competentes da sede garantirão a actualização dos guias do utilizador que apresentam as diferentes fases do processo de tomada de decisões. 4. AVALIAÇÃO DO PROCESSO A existência de sistemas adequados de controlo, baseados em critérios realistas e relativamente simples, para avaliar a qualidade do processos de participação e o valor acrescentado proporcionado pelos INE em matéria de formulação e implementação de políticas revela-se um importante elemento, designadamente a fim de identificar os obstáculos à participação da sociedade civil no diálogo e de melhorar as abordagens participativas. As perguntas a seguir propostas permitem identificar uma lista indicativa de critérios. O questionário poderá ser complementado a nível do país, em estreita cooperação com as organizações da sociedade civil e as autoridades públicas. Estas questões poderiam constituir a base de uma avaliação deste tipo, podendo igualmente ser utilizadas pelas Delegações para preparar uma consulta específica ou para estabelecer relatórios sobre a participação dos INE no processo de desenvolvimento num dado país. A avaliação centrar-se-á, em primeiro lugar, na vontade política e na capacidade demonstrada pelas autoridades (e pelos dadores, se for caso disso) de permitirem aos INE expressarem as suas opiniões, de envolvê-los em todas as fases do processo de desenvolvimento, facilitar o seu acesso à informação, melhorar o quadro legislativo e institucional em que desenvolvem as suas actividades, etc. Foi realizado um estudo descritivo adequado da sociedade civil no país? As autoridades públicas, a Delegação e os outros dadores consultam regularmente os intervenientes não governamentais relativamente às propostas ou iniciativas políticas, tal como a estratégia nacional de desenvolvimento, à elaboração do Documento de Estratégia para o País, aos debates sobre políticas sectoriais, ou ao exame intercalar do Documento de Estratégia? Os INE recebem suficientemente a tempo informações sobre o local e o conteúdo das consultas? Com que antecedência foram os documentos pertinentes enviados aos INE? 16

17 Em que fase os INE participaram? (na fase inicial, aquando da concepção da proposta/iniciativa; ou no decurso do processo, aquando da redacção da proposta/iniciativa; ou numa fase posterior, para aprovação de uma proposta/iniciativa já finalizada e acordada); Está prevista a possibilidade de alterar a proposta/iniciativa após consulta dos INE? Estão representados todos os interesses dos INE afectados pela proposta/iniciativa objecto da consulta? (verificar os tipos de INE convidados/representados: ONG locais e internacionais, sindicatos, organizações de consumidores, associações de mulheres, outras organizações com estatuto especial como a Cruz Vermelha ) Está previsto que os INE participem na implementação e supervisão das propostas/iniciativas? As consultas prevêem um seguimento? A proposta/iniciativa reserva fundos para o desenvolvimento das capacidades da sociedade civil? (percentagem relativamente a dotação total da proposta/iniciativa). Neste contexto, que revela as condições existentes para a implementação de abordagens participativas, sugere-se que sejam também avaliadas as atitudes dos INE. Com efeito, é igualmente importante avaliar a capacidade destes intervenientes e o valor acrescentado que proporcionam em matéria de formulação de políticas, a sua vontade de participar em processos abrangentes e transparentes que envolvam outras organizações, etc.. Os INE estão dispostos a aproveitar a oportunidade de participarem no processo de desenvolvimento (reforçando as suas próprias capacidades, aumentando a sensibilização)?; Os INE estão dispostos a reforçar as suas redes (nível central para dar a palavra às bases, informar as comunidades de base a fim de preparar as consultas, transmitir os resultados das consultas, etc.)? As contribuições dos INE no decurso das consultas e dos diálogos têm qualidade e pertinência? A avaliação global qualitativa tem por objectivo proporcionar uma visão clara da qualidade da participação nas consultas e identificar os pontos fracos e os aspectos a melhorar, incluindo os elementos que seria adequado introduzir. Pode ter por base a lista acima apresentada, adaptada ao contexto do país, bem como na apreciação global do Chefe de Delegação sobre as características gerais do país no que respeita à sua tradição de abordagens participativas. A avaliação poderia contemplar os seguintes aspectos: Tendências gerais: voz dos INE na sociedade; participação no processo de desenvolvimento, acesso à informação; Abordagens participativas no contexto do diálogo regular com o Governo; progressos realizados e a realizar para melhorar o quadro legislativo institucional em que operam os INE; atitude geral das autoridades públicas em relação às abordagens participativas: capacidade/vontade de liderar os processos de consulta; 17

18 Apreciação sobre a utilização da ajuda financeira concedida aos INE. Para que estes intervenientes possam assumir com êxito a sua principal função, isto é, participar nos debates sobre a política de desenvolvimento e intervir activamente nos projectos de desenvolvimento, é necessário proporcionar-lhes apoio adequado para que se organizem e se convertam em parceiros credíveis. Este apoio deverá traduzir-se em resultados e a avaliação deverá centrar-se nos seguintes aspectos: impacto dos programas em termos de reforço das capacidades dos INE (cf. ponto 3.2) valor acrescentado proporcionado pelos INE enquanto parceiros responsáveis pela execução (através da avaliação de questões tais como o valor acrescentado/pertinência de recorrer a INE como prestadores de serviços para a implementação de componentes específicas de alguns programas de desenvolvimento ou para agirem como grupos de pressão e de defesa de interesses, de os contratar para acompanharem os resultados de alguns programas de redução da pobreza, de os incluir nos comités de direcção ou comités consultivos dos projectos a fim de assegurar que os seus conhecimentos e experiência do sector são tidos em conta na execução do programa em causa, de os associar aos reexames intercalares, às auditorias e às avaliações finais, etc. 5. CONCLUSÕES A Delegação deverá: Assegurar, sob a responsabilidade do Chefe de Delegação, que são tomadas as medidas adequadas para o envolvimento progressivo dos INE no processo de desenvolvimento em todas as regiões, designadamente através da promoção de um diálogo efectivo com estes intervenientes, bem como da sua participação em todo o ciclo de programação; Designar um funcionário responsável pelas relações com os INE ao qual incumbirão as tarefas de informação e de promoção da política CE em relação aos intervenientes não governamentais de um modo dinâmico e sistemático, ou recrutar um agente local com bons conhecimentos do sector dos intervenientes não estatais e dos instrumentos e políticas de cooperação da CE/UE para apoiar todo este processo. Alguns tipos de Organizações Não Estatais, particularmente as de nível mais básico, podem sentir-se constrangidas pelas instituições públicas e pelos doadores internacionais, mas elas jogam um papel crucial no processo de desenvolvimento. O ponto de contacto das ONE em cada Delegação deve entrar em contacto com elas tendo em vista traze-las para o processo de consulta e diálogo na definição de politicas. Promover abordagens participativas no país recorrendo a apoio técnico externo, através de um estudo descritivo de uma forma adaptada ao país. Um melhor conhecimento da situação dos INE facilitará a participação destes intervenientes no processo de desenvolvimento. Poderá ser conveniente estabelecer um plano de acção indicativo tendo em vista facilitar a participação da sociedade civil em todas as fases do processo de desenvolvimento; Explorar as possibilidades de incentivar na prática o debate e o intercâmbio de pontos de vista entre os próprios INE, através de reuniões e seminários, a fim de promover o 18

19 debate sobre os temas a discutir posteriormente com o Governo ou com os dadores e melhorar o contributo da sociedade civil para este diálogo; Reflectir, nos relatórios anuais e nos relatórios do processo de exame intercalar, as principais conclusões da avaliação da participação dos INE. Seria de realçar o valor acrescentado proporcionado pelos INE em matéria de formulação e execução de políticas, a utilização dos recursos para o desenvolvimento de capacidades, bem como o nível e a qualidade do diálogo e das consultas com a sociedade civil. Para permitir acompanhar o processo nas várias regiões e ao longo do tempo, poderá ser necessário consolidar e disseminar as informações, que poderiam igualmente constituir um útil instrumento de debate e de criação de redes entre os diferentes intervenientes; Assegurar, através das unidades responsáveis na sede, a coordenação das diferentes fontes de financiamento disponíveis para intervenientes não estatais (os grandes programas geográficos, as rubricas orçamentais temáticas, nomeadamente as rubricas orçamentais relativas ao co-financiamento com ONG e à cooperação descentralizada, a Iniciativa Europeia para a Democracia e os Direitos Humanos ou os instrumentos específicos de apoio ao sector privado). Neste contexto, é essencial identificar os instrumentos e procedimentos mais adequados para financiar as actividades associadas ao diálogo e às consultas, incluindo a assistência técnica que poderá revelar-se necessária para elaborar os estudos descritivos, as actividades de disseminação das informações e de sensibilização, convém prestar especial atenção a fim de evitar a sobreposição e a duplicação de esforços ou a incoerência a nível da execução dos financiamentos provenientes dos diversos instrumentos aos mesmos sectores. 19

20 6. INFORMAÇÃO ÚTIL 6.1. Comissão Europeia Dialogue with civil society Other issues of interest Country and Regional Strategy Papers ACP group Country Strategy Papers Regional Strategy Papers Other countries and Regions Governance Conflict prevention Linking Relief Rehabilitation and Development Humanitarian Aid Gender Practical tool for mainstreaming in MTR Guidelines by theme (or sector) Aidco page on Resources and tools Integration of gender in EIDHR Programmes and Projects The evaluation website Annual reports and other publications 20

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