Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe Abate de animais de médio e grande porte.
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- Anderson Ferrão das Neves
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1 PROTOCOLO Nº /2010 PARECER ÚNICO Requerimento de Exclusão do Item 1 do Programa de Automonitoramento Licenciamento Ambiental Nº 00213/1991/001/2007 LOC INDEFERIMENTO Outorga: Portaria nº 2544/2004 e 11408/2008 Poço tubular DEFERIDA Empreendimento: REAL DISTRIBUIDORA DE CARNES LTDA CNPJ: / Município: UBERLÂNDIA/MG Unidade de Conservação: - Bacia Hidrográfica: RIO PARANAÍBA Sub Bacia: RIO UBERABINHA Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe D D Abate de animais de médio e grande porte. Processamento de subprodutos de origem animal para produção de sebo, óleo e farinha. 5 3 Responsável pelo empreendimento: Cilas Miranda dos Santos Responsável pela solicitação Fernando Fernandes Miranda Cargo Proprietário Cargo Responsável Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 0323/2008 DATA: 15/08/2008 Data: 21/06/2010 Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura Amilton Alves Filho Evandro de Abreu Fernandes Jr. Kamila Borges Alves Ciente: José Roberto Venturi Página: 1/7
2 1. INTRODUÇÃO O empreendimento Real Distribuidora de Carnes Ltda, está localizado no Município de Uberlândia/MG, na Fazenda Pedra, lugar denominado Estiva. O acesso ao empreendimento é feito pela Rodovia BR- 050, de Uberlândia/MG para Uberaba/MG no Km 81 lado direito. As atividades desenvolvidas no imóvel incluem o abate de suínos e bovinos e o processamento de subprodutos de origem animal para a produção de sebo óleos e farinha. O empreendimento obteve da URC COPAM TMAP a Licença de Operação Corretiva (certificado de LOC nº. 215/2009) na 59ª Reunião Ordinária realizada em Uberlândia, no dia 11 de setembro de 2009, nos termos do Parecer Único nº /2009 elaborado pela equipe técnica da SUPRAM TMAP, que sugerio ao Conselho o deferimento da referida licença, desde que atendidas as condicionantes e programas de monitoramento no prazo estipulado, conforme denota-se no processo administrativo nº 00020/1998/005/2008. O objeto deste parecer é avaliar o requerimento protocolado nesta Superintendência em 07/06/2010 (protocolo R064885/2010), solicitando o cancelamento da condicionante nº 12, referente ao Item de monitoramento do esgoto sanitário, conforme se verá a seguir: 2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Segundo a Deliberação Normativa do COPAM nº 74 de 2004, a atividade principal desenvolvida no empreendimento é o abate de animais de médio e grande porte (suínos e bovinos), com capacidade nominal de 500 cabeças/dia, código D , sendo classificado como classe 05 devido ao seu porte e potencial poluidor. A atividade secundária é o processamento de subprodutos de origem animal para produção de sebo, óleos e farinha (D ) com capacidade nominal instalada de 25,0 toneladas/dia, classificando-se de acordo com a DN 74/04 como classe 03. O imóvel possui uma área total de 20,00 hectares conforme matrícula nº do C.R.I de Uberlândia/MG. No entanto, a BR-050 ocupou uma faixa do imóvel restando Página: 2/7
3 apenas uma área de 13,95,61 hectares. Nesta área de 13,95,61 hectares encontra-se instalado a industria e o curral para recepção de animais. Conforme os estudos ambientais apresentados o solo do local é classifacado como Latossolo Roxo Distrófico (LRd3) ou Distrófico Epiálico A moderado textura muito argilosa fase cerrado tropical subcaducifolio relevo plano a suave ondulado. De acordo com a nova classificação brasileira (EMBRAPA, 1999) este solo pertence ao grande grupo Latossolo Vermelho Eutroferrico. Em geral são solos bastante profundos, atingindo vários metros de espessura. De acordo com a declaração nº 12526/2008 da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente foram localizado na zona de entorno, no raio de 10 Km das Unidades de Conservação de Proteção Integral na categoria Parque Municipal o Parque Municipal Santa Luzia a 5 Km, o Parque Municipal do Sabiá a 8 Km e o Parque Municipal São Francisco a 3,0 Km e o empreendimento em questão não provoca interferência ambiental negativa às Unidades de Conservação retro mencionadas. Em relação ao processo produtivo inicialmente os animais chegam em caminhões boiadeiros. Permanecem em currais/polcigas em período de jejum, descanso e dieta à base de água por no mínimo 12 horas (bovinos) e 6 horas (suínos). No momento do abate são encaminhados ao chuveiro de aspersão onde permanecem para que sejam limpos. Em seguida os animais são encaminhados ao box de atordoamento, insensibilizados (pistola pneumática bovino) e eletronarcose (suínos). Após o atordoamento os animais são sangrados e permanecem no processo de sangria por tempo mínimo de 03 (três) minutos. Onde ocorre a geração de efluentes líquidos. Após o processo de sangria os animais seguem para o processo de esfola (retirada do couro no caso dos bovinos) ou escaldagem (imersão do suíno em tanque contento água à temperatura de 65º C para o amolecimento dos pêlos e cascos) e depilação (remoção dos pêlos). No caso de abate de bovinos, na qual é feita a oclusão do esôfogo e a retirada da cabeça, que segue para inspeção de cabeças. Caso seja liberada, esta segue para a sala de desossa de cabeça, onde são desossadas. A carne é embalada, etiquetada e congelada nos túneis de congelamento. A retirada das vísceras, que serão inspecionadas. Caso sejam liberadas, seguem para o setor de miúdos onde serão lavadas, escorridas, etiquetadas, embaladas e congeladas. No caso dos buchos seguem para bucharia suja, bucharia limpa, embalagem, etiquetação e congelamento. Em seguida ocorre a divisão em hemi-carcaças após a Página: 3/7
4 evisceração. Feito isto, as carcaças serão inspecionados (inspeção de traseiro e dianteiro). Caso não sejam liberadas as carcaças seguem para a graxaria onde serão destruídas na autoclave. Na toalete são retirados os excessos de sebo e gordura e a carne industrial. Após a toalete, as carcaças serão pesadas, etiquetadas, lavadas e conduzidas às câmaras frias pra resfriamento. Caso sejam comercializadas com osso, é feita apenas a divisão em: traseiro, dianteiro e ponta de agulha. Caso sejam comercializadas sem osso, são conduzidas para desossa, onde serão separadas em peças, embaladas, rotuladas, armazenadas em câmara-fria até o momento da expedição para o mercado consumidor. Depois de desossados, os cortes podem seguir para o setor de carnes preparadas para ser realizado o porcionamento em bifes, moída e iscas. Em seguida é armazenado na câmara fria para posterior expedição para o mercado consumidor. O couro é vendido in natura para processamento. A empresa possui uma graxaria instalada com capacidade para 25,0 toneladas/dia. De acordo com os estudos o sistema de processamento de subprodutos animais utiliza matérias primas tais como: ossos, sebo, resíduos de carne, bucharia e triparia, provenientes das atividades do próprio frigorífico, de onde os mesmos são coletados e transportados até a graxaria. O processamento industrial na unidade de produção ocorre em bateladas, de acordo com a recepção da matéria-prima. Inicialmente as matérias primas são acondicionadas na tolva de recepção de ossos, de onde seguem por rosca transportadora até os trituradores, onde são quebradas e fragmentadas. A massa obtida nos trituradores segue através de rosca helicoidal até os digestores térmicos, que operam à temperatura de 120 º C no cozimento do material, por um período de 60 a 100 minutos. Essa variação no tempo de cozimento depende da proporção da mistura utilizada (ossos/vísceras), pois quando maior for a proporção de vísceras na massa, maior será o período de cozimento desta. Concluída a operação de cozimento, abre-se a descarga do sebo e dos sólidos para o tanque percolar, onde se desenvolve uma separação parcial entre as fases líquida e sólida. Depois da separação inicial, a fase sólida, ainda impregnada com sebo é conduzida através de trasportador helicoidal até o filtro prensa, onde ocorre a segunda etapa de separação entre o sebo e o material sólido. Após passagem pelas prensas, o material sólido é encaminhado por transportador helicoidal para uma tolva, e desta também conduzida por rosca helicoidal até o moinho, onde ocorre um processo de moagem fina para posterior ensacamento da farinha de carne e ossos. O Página: 4/7
5 sebo obtido nas etapas de digestão térmica e prensagem é conduzido por gravidade a um tanque pré receptor de sebo, de onde é bombeado para a etapa de clarificação nas refinadeiras em seguida o material passa por um processo de filtração. A filtração ocorre em equipamento tipo filtro prensa, onde são geradas duas fases: a fase sólida (farinhenta) é encaminhada por escoamento em conjunto com o material que sai do moinho, enquanto o sebo industrial é encaminhado para armazenamento em tanques metálicos para comercialização. O Frigorífico Real possui o registro no Serviço de Inspeção Municipal (SIM) sob nº 102 da Prefeitura Municipal de Uberlândia. Portanto, a comercialização do seu produto fica restrita ao Município de Uberlândia. O empreendimento em questão conta com 165 funcionários, sendo que 129 colaboradores desempenham as suas funções no sistema de produção e 36 funcionários na área administrativa. Em relação aos efluentes domésticos produzidos estes são direcionados para fossas sépticas. 3.0 DO PEDIDO DE EXCLUSÃO DA CONDICIONANTE Nº 12, REFRENTE AO ITEM 1 DO PROGRAMA DE AUTOMONITORAMENTO DO ESGOTO SANITÁRIO O empreendedor protocolou na Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, em 07 de junho de 2010, o seguinte pedido: A empresa REAL DISTRIBUIDORA DE CARNES LTDA, PROC. COPAM Nº 00020/1998/005/2008, situada à Rodovia BR-050 KM 81 S/N - Zona Rural Uberlândia/MG, vem mui respeitosamente através desta solicitar tempestivamente PEDIDO DE CANCELAMENTO da seguinte condicionante: Condicionante nº 12: Executar o Programa de Automonitoramento conforme descrito no Anexo II, deste parecer único. Anexo II ESGOTO SANITÁRIO, Este pedido se pauta no fato de que o efluente proveniente da fossa séptica é enviado à Estação de Tratamento de Efluentes do frigorífico e que todos os parâmetros solicitados na analise do efluente sanitário são realizados mensalmente nas analises do efluente tratado (saída da ETE) Página: 5/7
6 Preliminarmente, importante citar que o Certificado da Licença de Operação Corretiva e os Anexos referentes às Condicionantes e ao Programa de Automonitoramento foram recebidos pelo empreendedor em 25/09/2009, estabelecendo o seguinte programa de monitoramento de esgoto sanitário: Local de amostragem Parâmetros Freqüência Entrada e saída do sistema de tratamento de efluentes sanitários. DBO 5,20, DQO, ph, Sólidos em Suspensão e Sólidos Sedimentáveis. Semestral Relatórios: Enviar semestralmente à SUPRAM TM AP, até o dia 10 do mês subseqüente, os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises alem da produção industrial e o número de empregados no período. Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO, ou na ausência delas, no Standard Methods for Examination of Water and Wastewate. Nesse sentido, o primeiro relatório de monitoramento do esgoto sanitário deveria ter sido protocolado no dia 10 de abril de 2010, todavia, o empreendedor não atendeu ao estabelecido no Programa de Automonitoramento, razão pela qual esta Superintendência procedeu a lavratura do auto de infração, conforme as disposições contidas no Anexo I, código 105 do Decreto Estadual nº /2008. No que se refere ao pedido formulado, a equipe de analise técnica não é favorável a exclusão do monitoramento do esgoto sanitário, devendo o empreendedor encaminhar o efluente sanitário para fossa séptica e comprovar com laudos de análise a eficiência do sistema de tratamento, conforme já estabelecido. Ressalta-se que a fossa séptica é uma unidade de tratamento primário de esgoto doméstico, na qual é feita a separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto. As fossas sépticas são fundamentais no combate a doenças, verminoses e endemias, pois evitam o lançamento de dejetos humanos diretamente no meio. Página: 6/7
7 4.0 CONCLUSÃO A equipe interdisciplinar de análise deste processo, do ponto de vista técnico e jurídico, opina pelo Indeferimento da solicitação de exclusão da condicionante nº 12 - Anexo II Esgoto Sanitário, pelos motivos expostos acima. Data: 21/06/2010 Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura Amilton Alves Filho Evandro de Abreu Fernandes Jr. Kamila Borges Alves Ciente: José Roberto Venturi Página: 7/7
B -09-05-9 Central de Armazenamento de Gás Natural Liquefeito 3
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