AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM DIABETES MELLITUS ACOMPANHADAS PELA USF VILA BIANCHI EM BRAGANÇA PAULISTA

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1 1 Ariana da Silva Batista Jacqueline Fernandes Cintra Thais Rodrigues de Sousa AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM DIABETES MELLITUS ACOMPANHADAS PELA USF VILA BIANCHI EM BRAGANÇA PAULISTA Bragança Paulista 2011

2 2 Ariana da Silva Batista RA Jacqueline Fernandes Cintra RA Thais Rodrigues de Sousa RA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM DIABETES MELLITUS ACOMPANHADAS PELA USF VILA BIANCHI EM BRAGANÇA PAULISTA Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Enfermagem, da Universidade São Francisco, sob orientação do Prof a. Débora Magrini Baratella Assis, como exigência para conclusão do curso de graduação. Bragança Paulista 2011

3 3 DEDICATÓRIA Dedicamos esse trabalho a todos as mulheres com Diabetes Mellitus, em especial as que colaboraram para que a execução desse trabalho fosse bem sucedida. Aos profissionais de saúde das Unidades de Saúde da Família, principalmente os que se esforçam para melhorar cada vez mais a qualidade de vida dos pacientes com diabetes.

4 AGRADECIMENTOS A realização e conclusão dessa monografia foi possível devido à cooperação de várias pessoas e instituições. A todos manifestamos nossa gratidão. E de forma particular: Aos nossos familiares, pela dedicação, pelo carinho, amor, compreensão em todos os dias de nossa vida, e pelo apoio na realização deste trabalho e em toda a graduação. À Secretária de Saúde do município de Bragança Paulista, em nome de sua secretária Dra. Maria Amália Gouvêa Oliveira, pela autorização de realizarmos a pesquisa numa USF desta cidade. Aos professores do Curso de Enfermagem que durante a graduação contribuíram muito para a nossa formação e crescimento pessoal e profissional e principalmente à profª Débora Magrini Baratella Assis pela dedicada e valiosa orientação e estimulo que a mesma apresentou em todas as fases do trabalho.

5 "Para um grande sonho tornar-se verdadeiro, a primeira condição é ter uma grande capacidade de sonhar; a segunda é a perseverança - a fé no sonho" Hans Selye, M. D.

6 SIGLAS ADA - Associação Americana de Diabetes AMG - Automonitoração da Glicemia DM Diabetes Mellitus DMID - Diabetes Mellitus Insulino-dependente DMNID - Diabetes Mellitus Não-insulino-dependente DM1 - Diabetes Mellitus Tipo 1 DM2 - Diabetes Mellitus Tipo 2 GJ - Glicemia de Jejum QV Qualidade de Vida OMS - Organização Mundial da Saúde SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes

7 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Distribuição das entrevistadas segundo grau de escolaridade. Bragança Paulista, Gráfico 2:Distribuição das entrevistadas segundo ocupação. Bragança Paulista, Gráfico 3: Distribuição das entrevistadas segundo tipo de diabetes e tempo de diagnóstico. Bragança Paulista, Gráfico 4: Distribuição das entrevistadas segundo tipo de tratamento utilizado para Diabetes. Bragança Paulista, Gráfico 5: Distribuição das entrevistadas segundo utilização de insulina ao dia. Bragança Paulista, Gráfico 6: Distribuição das entrevistadas que possuem aparelho de glicemia. Bragança Paulista, Gráfico 7: Distribuição das entrevistadas segundo frequência de monitorização da glicemia. Bragança Paulista, Gráfico 8: Distribuição das entrevistadas segundo visita domiciliar dos agentes comunitários de saúde. Bragança Paulista, Gráfico 9: Distribuição das entrevistas segundo frequência de acompanhamento na USF. Bragança Paulista, Gráfico 10: Distribuição das entrevistadas segundo acompanhamento por profissional de saúde. Bragança Paulista, Gráfico 11: Distribuição das entrevistadas segundo disposição para realizar as atividades diárias de rotina. Bragança Paulista, Gráfico 12: Distribuição das entrevistadas segundo a percepção de que a restrição alimentar causada pelo diabetes altera de alguma maneira a sua vida. Bragança Paulista, Gráfico 13: Distribuição das entrevistadas segundo realização de atividades de lazer. Bragança Paulista...38 Gráfico 14: Distribuição das entrevistadas segundo freqüência em que o diabetes atrapalha as atividades de lazer. Bragança Paulista, Gráfico 15: Distribuição das entrevistadas segundo frequência em que o diabetes atrapalha no trabalho. Bragança Paulista, Gráfico 16: Distribuição das entrevistadas segundo a percepção de satisfação com apoio da família em relação ao diabetes. Bragança Paulista, Gráfico 17: Distribuição das entrevistadas segundo a percepção de satisfação com sua saúde atualmente. Bragança Paulista, Gráfico 18: Distribuição das entrevistadas segundo áreas da vida que o diabetes causou impacto. Bragança Paulista,

8 Gráfico 19: Distribuição das entrevistadas segundo sinais e sintomas que causam mais influência no dia-dia. Bragança Paulista, Gráfico 20: Distribuição das entrevistadas segundo conhecimento das complicações do diabetes. Bragança Paulista, Gráfico 21: Distribuição das complicações do diabetes conhecidas e citadas pelas entrevistadas. Bragança Paulista, Gráfico 22: Distribuição das entrevistadas segundo frequência de preocupação com complicações em decorrência do diabetes. Bragança Paulista, Gráfico 23: Distribuição das respostas das entrevistadas sobre qualidade de vida. Bragança Paulista, Gráfico 24: Distribuição das entrevistadas segundo a percepção quanto a qualidade de vida hoje. Bragança Paulista,

9 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Distribuição das entrevistadas segundo idade e estado civil. Bragança Paulista, Tabela 2: Distribuição das entrevistadas segundo trabalho, renda mensal e casa própria. Bragança Paulista, Tabela 3: Distribuição das respostas das entrevistadas em relação a restrição alimentar causada pelo diabetes. Bragança Paulista,

10 RESUMO Avaliação da qualidade de vida de mulheres com diabetes mellitus acompanhadas pela USF Vila Bianchi em Bragança Paulista Batista, Ariana S.; Cintra, Jacqueline F.; Sousa, Thais R.; Assis, Débora M B. O Diabetes Mellitusé uma doença crônica que afeta a população de forma crescente, é um sério problema de Saúde Pública, e pode ter um efeito profundo na qualidade de vida dos portadores. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida de mulheres com diabetes mellitus acompanhadas na USF Vila Bianchi em Bragança Paulista - SP. Participaram do estudo 18 mulheres diabéticas, com idade acima de 18 anos, cadastradas no Programa Hiperdia, e foi utilizado um instrumento com questões abertas e fechadas. Resultados: 6 (33,3%) tinham entre 61 e 70 anos; 5 (27,7%) anos; 3 (16,7%) anos; 2 (11,1%) anos; e 1 (5,6%) anos e 1 (5,6%) com menos de 40 anos; 9 (50%) eram casadas; 8 (44,4%) viúvas e 1 (5,6%) solteira; 14 (77,8%) das entrevistadas não trabalhavam; 5 (27,8%) ganhavam até um salário mínimo (SM) por mês; 10 (55,6%) ganhavam entre dois a três SM e 3 (16,6%) ganhavam acima de três SM por mês; 13 (72,2%) possuíam casa própria; 8 (44,4%) tinham ensino fundamental incompleto; 4 (22,2%) não sabiam ler/escrever; 4 (22,2) tinham ensino fundamental completo; 1 (5,6%) ensino médio completo e 1 (5,6) ensino superior completo; 7 (38,8%) eram aposentadas; 4 (22,2%) donas de casa; 3 (16,6%) pensionistas; 18 (100%) possuíam diabetes tipo 2; 12 (66,6%) conviviam com a doença há mais de cinco anos; 5 (27,8%) entre dois a cinco anos e 1 (5,6%) convivia com a doença há menos de uma ano; 16 (38,1%) realizavam dieta alimentar; 15 (35,7%) utilizavam hipoglicemiantes orais; 6 (14,3%) utilizavam insulina e 5 (11,9%) realizavam atividade física; 3 (50%) utilizavam insulina uma vez ao dia e 3 (50%) duas vezes ao dia; 15 (83,3%) não possuíam aparelho de glicemia; 6 (33,3%) monitoravam a glicemia semanalmente; 4 (22,2%) apenas quando iam a USF; 3 (16,7%) semanalmente e quando apresentavam sintomas; 2 (11,1%) diariamente e 2 (11,1%) apenas quando apresentavam sintomas; 10 (55,6%) recebiam visita domiciliar dos ACS a cada quinze dias; 6 (33,3%) uma vez por mês e 2 (11,1%) uma vez por semana; 9 (50%) faziam acompanhamento na USF mensalmente; 8 (44,4%) semestralmente e 1 (5,6) anualmente; 12 (66,6%) faziam acompanhamento na USF somente com médico;11 (61,1%) possuíam muita disposição para realizar as atividades diárias de rotina; 6 (33,3%) possuíam pouca disposição e apenas 1 (5,6%) referiu nenhuma disposição; para 6 (33,3%) a restrição alimentar causada pelo diabetes altera a sua vida de alguma maneira; 4 (66,6%) relataram que têm vontade de comer doces ; 13 (72%) realizavam atividades de lazer; 8 (61,5%) referiram que o diabetes nunca atrapalhou as atividades de lazer; 3 (16,6%) o diabetes nunca atrapalhou o trabalho; 1 (5,6%) raramente e 14 (77,8%) não se aplica; 11 (61,1%) estavam muito satisfeitas com o apoio da família em relação ao diabetes; 6 (33,3%) estavam satisfeitas e 1 (5,6%) estava insatisfeita; 9 (50%) relataram estar satisfeitas com sua saúde atualmente; 6 (33,3%) relataram estar muito satisfeitas e 3 (16,7%) relataram estar insatisfeitas; para 8 (28,5%) o diabetes não causou nenhum impacto; para 6 (21,4%) causou maior impacto na capacidade física; 4 (14,2%) atividades do lar; 3 (10,7%) lazer; 2 (7,1%) trabalho; 1 (3,5%) auto imagem; 1 (3,5%) independência/autocuidado e 3 (10,7%) outros (não especificado); 7 (25,9%) tiveram como principais sinais e sintomas cansaço e fraqueza; 5 (18,5% ) emagrecimento; 3 (11,1%) polidpsia; 3 (11,1%) sudorese; 2 (7,4%) poliúria; 1 (3,7%) pé diabético e 5 (18,5%) apresentaram outros sintomas; 17 (94,4%) relataram que conhecem as complicações do diabetes; 9 (31%) das que conheciam as complicações do diabetes citaram a amputação como principal complicação; 7 (24,1%) cegueira; 5 (17,2%) feridas nos pés; 4 (13,7%) problemas renais; 1 (3,4%) infarto; 1 (3,4%) derrame; 1 (3,4%) morte e 1 (3,4%) problemas de circulação; 8 (44,4%) nunca sentiam preocupação em relação a complicações em decorrência do diabetes; 8 (44,4%) sempre sentiam; 9 (36%) referiram que qualidade de vida significa ter saúde; 6 (24%) viver bem e em paz; 3 (12%) se alimentar bem; 3 (12%) ter boas condições financeiras; 2 (8%) família estar bem; 1 (4%) não ter diabetes e 1 (4%) ter disposição podendo realizar suas próprias tarefas; 8 (44,4%) avaliaram como boa a qualidade de vida atual; 5 (27,8%) muito boa; 4 (22,2%) ruim e apenas 1 (5,6%) avaliou como muito ruim a qualidade de vida atual. Conhecer a QV dos indivíduos remete à importância do planejamento e da implementação de ações de responsabilidade das esferas governamentais, com embasamento em informações científicas, a serem desenvolvidas por meio de políticas públicas, que envolvam tanto a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, quanto a valorização dos trabalhadores das ESF. Descritores: mulher, qualidade de vida, diabetes mellitus, saúde da família

11 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA DIABETES MELLITUS: FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA GERAL CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES DIABETES MELLITUS TIPO DIABETES MELLITUS TIPO FISIOPATOLOGIA DO DIABETES MELLITUS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO QUALIDADE DE VIDA MORBIDADE E QUALIDADE DE VIDA NA MULHER UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA - VILA BIANCHI JUSTIFICATIVA OBJETIVOS OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS ESPECÍFICOS METODOLOGIA TIPO DO ESTUDO CONTEXTO DO ESTUDO POPULAÇÃO E AMOSTRA CRITÉRIOS DE INCLUSÃO CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS COLETA DE DADOS ANÁLISE DOS DADOS ASPECTOS ÉTICOS ORÇAMENTO ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS APÊNDICES APÊNDICE APÊNDICE APÊNDICE

12 12 1. INTRODUÇÃO O diabetes mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, como por exemplo, destruição das células beta do pâncreas que produzem insulina, resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros (BRASIL, 2006). É uma doença comum e de incidência crescente, sendo que no Brasil, assim como em muitas outras localidades, está sendo reconhecido como um importante problema de saúde pública. Em termos de morbidade, atualmente representa uma das principais doenças crônicas que afetam o homem contemporâneo, acometendo indivíduos de países em todos os estágios de desenvolvimento econômico-social. Também vem alcançando um espaço cada vez maior na literatura, com o aumento de pesquisas nesta área, representando, assim, uma doença de grande relevância (GUIMARÃES; TAKAYANAGUI, 2002). Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde OMS, o número de portadores da doença em todo o mundo era de 177 milhões em 2000, com expectativa de alcançar 350 milhões de pessoas em É uma doença crônica não transmissível que está afetando a população de forma crescente, visto que no Brasil, são cerca de seis milhões de portadores, aumentando progressivamente a cada ano. Entre os fatores que contribuem para esse aumento destacam-se o envelhecimento da população, hereditariedade, alimentação inadequada, obesidade e estilo de vida cada vez mais sedentário (BRASIL, 2006). De acordo com Castro et al. (2008), o diabetespode ter um efeito profundo na qualidade de vida (QV) dos pacientes devido não somente aos efeitos diretos da doença e de suas complicações na saúde do indivíduo, como também nas medidas de controle da doença, como dieta e automonitoração.

13 13 Ferreira; Santos (2009), acreditam que as alterações impostas pelo tratamento do DM, adoção de terapêutica medicamentosa, presença de complicações, entre outros, são alguns dos fatores relacionados ao DM que podem interferir na QV dos indivíduos. A Organização Mundial de Saúde OMS, através do Grupo de Qualidade de Vida, define qualidade de vida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (WHOQOL GROUP, 1994). Frente ao exposto, ressalta-se a relevância de conhecer os aspectos da QV relacionada à saúde de indivíduos diabéticos mais impactados negativamente pela condição, para planejar e implementar as ações em saúde, em especial na atenção de enfermagem, voltadas para a prevenção e promoção da saúde(ferreira; SANTOS, 2009).

14 14 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Diabetes Mellitus: Fisiologia e Fisiopatologia Geral Diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, a qual é resultado de defeitos na secreção e/ou na ação da insulina. Normalmente, determinada quantidade de glicose circula no sangue, as principais fontes dessa glicose são a absorção do alimento ingerido no trato gastrintestinal e a formação de glicose pelo fígado a partir das substâncias alimentares. A insulina, um hormônios produzido pelas células beta do pâncreas, controla o nível de glicose no sangue ao regular a produção e o armazenamento de glicose. No estado diabético as células podem parar de responder à insulina ou o pâncreas pode parar totalmente de produzi-la. Isso leva à hiperglicemia, a qual pode resultar em complicações metabólicas agudas, como a cetoacidose diabética, e a efeitos a longo prazo como complicações macrovasculares (doença da artéria coronária, doença vascular cerebral e doença vascular periférica), complicações microvasculares crônicas (doença renal e ocular) e complicações neuropáticas (BRUNNER, 2006). 2.2 Classificação do diabetes A classificação atual do DM baseia-se na etiologia e não no tipo de tratamento, a classificação proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Associação Americana de Diabetes (ADA) inclui quatro classes clinicas: DM tipo 1 (DM1), DM tipo 2 (DM2), outros tipos específicos de DM e DM gestacional. Ainda há duas categorias, referidas como prédiabetes, que são a glicemia de jejum alterada e a tolerância a glicose diminuída (SBD, 2009).

15 Diabetes Mellitus Tipo 1 O DM1, forma presente em 5 a 10% dos casos, é o resultado da destruição de células beta pancreáticas com consequente deficiência de insulina. Na maioria dos casos essa destruição de células beta é mediada por autoimunidade, porém existem casos em que não há evidências de processos autoimunes, sendo, portanto, referida como forma idiopática de DM1 (SBD, 2009). Originalmente conhecida como Diabetes Mellitus Insulino-dependente (DMID), os indivíduos com esse tipo de diabetes produzem pouca ou nenhuma insulina endógena, exigindo injeções de insulina para controlar a glicemia e evitar a cetoacidose. A apresentação característica é rápida com os sintomas clássicos de polidipsia, polifagia, poliúria e perda de peso. Observado em maior frequência em pacientes com menos de trinta anos de idade, mas pode ocorrer em adultos e idosos (BRUNNER; NETTINA, 2003). O desenvolvimento do diabetes tipo 1 pode ocorrer de forma rapidamente progressiva, principalmente, em crianças e adolescentes (pico de incidência entre 10 e 14 anos), ou de forma lentamente progressiva, geralmente em adultos (BRASIL, 2006). 2.4 Diabetes Mellitus Tipo 2 O DM2 é a forma presente em 90 a 95% dos casos e caracteriza-se por defeitos na ação e secreção da insulina. Em geral, ambos os efeitos estão presentes quando a hiperglicemia se manifesta, porém pode haver predomínio de um deles. A maioria dos pacientes com essa forma de DM apresenta sobrepeso ou obesidade, e cetoacidose raramente se desenvolve de modo espontâneo, ocorrendo apenas quando se associa a outras condições como infecções. DM2 pode ocorrer em qualquer idade, mas é geralmente diagnosticada após os 40 anos. Os pacientes não dependem de insulina exógena para sobreviver, porém podem necessitar de tratamento com insulina para obter controle metabólico adequado (SBD, 2009).

16 16 Originalmente conhecida como Diabetes Mellitus Não-insulino-dependente (DMNID), a apresentação característica é lenta e, com frequência insidiosa com sintomas de fadiga, ganho de peso, má cicatrização de feridas e infecção recorrente (BRUNNER; NETTINA, 2003). 2.5 Fisiopatologia do Diabetes Mellitus No DM1 há uma destruição das células beta por um processo auto-imune, levando a uma deficiência total na produção da insulina e, consequentemente, a todos os processos bioquimicos e moleculares, o que leva à hiperglicemia. Diferentemente do diabetes tipo 1, no qual um único mecanismo fisiopatológico está envolvido, o DM2 apresenta diferentes mecanismos fisiopatológicos. A maioria dos pacientes apresenta dois defeitos fisiopatológicos básicos, incapacitação do tecido muscular, adiposo e hepático em responder à ação da insulina, ou seja, existe uma diminuição da sensibilidade à ação da insulina (resistência à insulina) com conseqüente diminuição na captação de glicose e aumento da produção hepática de glicose; e incapacitação das células beta do pâncreas em compensar adequadamente este estado de resistência à insulina, acarretando, em consequência, uma deficiência na produção de insulina (GODOY-MATOS, 2005). Tabela 1. Valores de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clinicos Categoria Jejum* Duas horas após 75 Casual** g de glicose Glicemia normal Menor que 100 Menor que Tolerância à Maior que 100 a Igual ou superior a - glicose diminuída menor que a menor que 200 Diabetes Mellitus Igual ou superior a 126 Igual ou superior a 200 Igual ou superior a 200 (com sintomas clássicos)*** *Define-se jejum como a falta de ingestão calórica por, no mínimo, oito horas. **Glicemia plasmática casual é a realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última refeição. ***Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e perda não explicada de peso. Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (2009)

17 Diagnóstico Atualmente, são três os critérios aceitos para o diagnóstico de DM, glicemia de jejum (GJ) igual ou superior a 126 mg/dl; sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal acrescidos de glicemia casual acima de 200mg/dl, compreende-se por glicemia casual aquela realizada a qualquer hora do dia, independentemente do horário das refeições; e, glicemia de duas horas pós-sobrecarga de 75g de glicose acima de 200mg/dl. Deve-se sempre confirmar o diagnóstico de DM pela repetição do teste em outro dia, a menos que haja hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM (SBD, 2009). Glicemia de jejum consiste no sangue colhido após um jejum mínimo de oito horas, para avaliar as quantidades circulantes de glicose no sangue; e a glicose aleatória ou casual, é colhida a qualquer momento, sem jejum. Além da glicemia podem ser realizados outros testes para o controle glicêmico, hemoglobina glicosilada (Glicoemoglobina, HbA1c), ensaio do peptídeo C (Ensaio do Peptídeo de Conexão) e ensaio de Frutosamina, sendo que estes exames não são empregados para o diagnóstico (BRUNNER; NETTINA, 2003). 2.7 Tratamento A principal meta do tratamento do diabetes consiste em normalizar a atividade de insulina e os níveis glicêmicos para reduzir o desenvolvimento de complicações vasculares e neuropáticas, sem causar hipoglicemia e sem romper gravemente a atividade e o estilo de vida usual do paciente. O tratamento consiste em terapia farmacológica e terapia não farmacológica (tratamento nutricional, exercício, monitoração e educação). Nutrição, dieta e controle de peso constituem a base do tratamento do diabetes. O objetivo mais importante no tratamento dietético e nutricional do DM é o controle da ingesta calórica total para atingir ou manter um peso corporal razoável e controlar os níveis sanguíneos de glicose. O exercício também é extremamente importante no controle do diabetes por causa de seus

18 18 efeitos sobre a diminuição da glicemia e redução dos fatores de risco cardiovascular. O exercício diminui o nível de glicose no sangue ao aumentar a captação de glicose pelos músculos e melhorar a utilização da insulina, além disso melhora a circulação e o tônus muscular (BRUNNER, 2006). A monitoração da glicemia é a pedra fundamental do controle da doença, os níveis de automonitoração da glicemia (AMG) pelos pacientes alteram o cuidado do DM. A AMG frequente possibilita que pessoas com diabetes ajustem o regime de tratamento para obter o controle ideal da glicose sanguínea. Isso permite a detecção e prevenção da hipoglicemiae hiperglicemia, desempenhando papel primordial na normalização da glicemia, o que, por sua vez, pode reduzir o risco das complicações a longo prazo (BRUNNER, 2006). Quando o paciente com DM2 não responde ou deixa de fazê-lo adequadamente às medidas não medicamentosas, deve-se indicar agentes farmacológicos antidiabéticos, com o objetivo de controlar a glicemia e promover a queda da hemoglobina glicada (HbA1C). De acordo com o mecanismo de ação principal, pode-se subdividir os agentes antidiabéticos orais em: aqueles que incrementam a secreção pancreática de insulina (sulfonilureias e glinidas); os que reduzem a velocidade de absorção de glicídios (inibidores das alfaglicosidases); os que diminuem a produção hepática de glicose (biguanidas); e/ou os que aumentam a utilização periférica de glicose (glitazonas) (SBD, 2009). O tratamento do diabetes tipo 1, na maioria dos casos, consiste na aplicação diária de insulina, dieta e exercícios, uma vez que o organismo não produz mais o hormônio. A quantidade de insulina necessária dependerá do nível glicêmico (BRUNNER; NETTINA, 2003). No DM2, a insulina pode ser necessária a longo prazo para controlar os níveis de glicose quando falharem a dieta e os agentes orais. A insulinoterapia envolve a injeção subcutânea de insulina de ação curta, intermediária ou longa, em vários momentos, para conseguir o efeito desejado (BRUNNER, 2006).

19 Qualidade de Vida Qualidade de vida (QV) é uma noção eminentemente humana e abrange muitos significados que refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades. No campo da saúde, o discurso da relação entre saúde e QV existe desde o nascimento da medicina social. Assim, a expressão Qualidade de vida ligada à saúde, tradução da expressão inglesa HealthrelatedQualityof Life, tem sido utilizada para ser distinguida da QV, em seu significado mais geral (DANTAS; SAWADA; MALERBO, 2003). Ferreira; Santos (2009) afirmam que a qualidade de vida está relacionada a elementos que a sociedade considera como padrão de conforto e bem-estar, variando com a época, valores, espaços e histórias. A avaliação da QV vem se tornando cada vez mais utilizada para medir o impacto geral de doenças na vida dos indivíduos. No contexto da área clínica o interesse tem sido geralmente, naqueles aspectos da QV que são ou estão sendo influenciados pela ocorrência ou tratamento de doenças ou traumas (AGUIAR et al. 2008). Apesar de não haver definição consensual, existe razoável concordância entre os pesquisadores acerca do construto QV, cujas características são: subjetividade, multidimensionalidade e bipolaridade (DANTAS; SAWADA; MALERBO, 2003). Segundo Seidl; Zannon (2004), no âmbito da saúde coletiva e das políticas públicas é possível identificar interesse crescente pela avaliação da QV. Assim, informações sobre QV têm sido incluídas tanto como indicadores para avaliação da eficácia, eficiência e impacto de determinados tratamentos para grupos de portadores de agravos diversos, quanto na comparação entre procedimentos para o controle de problemas de saúde. Outro interesse está diretamente ligado às práticas assistenciais cotidianas dos serviços de saúde, e refere-se à QV como um indicador nos julgamentos clínicos de doenças específicas. A compreensão sobre a QV do paciente pode incorporar-se ao trabalho do dia-a-dia dos serviços, influenciando decisões e condutas terapêuticas das equipes de saúde.

20 Morbidade e Qualidade de Vida na Mulher Um dado praticamente universal é que as mulheres vivem mais do que os homens, vantagem que pode ser parcialmente atribuída às diferenças em doenças que acometem uns e outros. A taxa de doenças letais é muito maior entre os homens idosos do que entre as mulheres idosas, entre as quais predominam as doenças não fatais, mas incapacitantes e crônicas. As mulheres mostram níveis mais elevados de incapacidade, e as diferenças em saúde física manifestam-se também nas taxas de consumo de remédios, em que as mulheres ganham dos homens (NERI, 2001). O diabetes é um poderoso preditor de doença coronária, e nas mulheres assume um significado especial, aumentando em três vezes o risco cardíaco. A doença coronária tornou-se a principal causa de morte no sexo feminino do mundo ocidental, maior que o câncer de útero, de mama ou mortes no parto. A mudança do padrão de vida das mulheres talvez explique, em parte, a ocorrência de dados tão alarmantes: ao lado das responsabilidades tradicionais com a casa, filhos, marido e parentes idosos, as mulheres adquiriram as responsabilidades do homem. Trabalho fora do lar e necessidades financeiras decorrentes de abandono, divórcio e viuvez são exemplos disso. Ao mesmo tempo, as mulheres adquiriram outros hábitos de vida como dietas irregulares e sem restrição de gorduras e carboidratos, fumo, álcool, falta de atividade física regular e de repouso adequado (LUZ; SOLIMENE, 1999). Segundo Neri (2001) no âmbito da saúde, da funcionalidade física e da saúde percebida, gênero é um fator de risco mais importante do que idade, na medida em que as mulheres idosas são mais frágeis e se percebem como mais frágeis do que os homens idosos. Conclusão subsidiária é que, quando os efeitos da fragilidade física somam-se aos efeitos de variáveis sóciodemográficas, tais como escolaridade menor, viver só, ter que cuidar, e precisar de cuidados a qualidade de vida das mulheres tende a declinar. As mulheres são mais envolvidas social e afetivamente e isso por um lado atua a seu favor,

21 21 como fator protetor, porém, elas podem ser relativamente prejudicadas pelas imposições sociais de prestar cuidados aos cônjuges e aos ascendentes Unidade de Saúde da Família - Vila Bianchi A unidade foi inaugurada em 2010, está localizada à Rua Alziro de Oliveira nº 30, bairro Vila Bianchi, contam com 73 pacientes cadastrados com o diagnóstico de diabetes mellitus, desse total, 51 são mulheres. A unidade conta com um médico, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde.

22 22 3. JUSTIFICATIVA O diabetes mellitus é uma doença comum e de incidência crescente no Brasil sendo reconhecido como um importante problema de saúde pública. A avaliação da qualidade de vida é essencial para a orientação situacional de ações estratégicas que visem mudanças na equipe que atua na atenção primária, diante disso, se tornam necessários, estudos para a produção e ampla disseminação de conhecimento sobre a qualidade de vida de pacientes diabéticos nos dias de hoje, constituindo um dado importante e necessário para que os profissionais de saúde se atualizem buscando novas formas de melhor atender os pacientes diabéticos. Através desse trabalho queremos conhecer a qualidade de vida das mulheres diabéticas da USF Vila Bianchi de Bragança Paulista SP.

23 23 4. OBJETIVOS 4.1 Objetivos Gerais Conhecer a qualidade de vida de mulheres diabéticas cadastradas no Programa Hiperdia da USF Vila Bianchi em Bragança Paulista. 4.2 Objetivos Específicos Caracterizar as pacientes diabéticas cadastradas na USF de Vila Bianchi; Analisar as pacientes em relação à doença; Conhecer o impacto da doença na qualidade de vida das mulheres;

24 24 5. METODOLOGIA 5.1 Tipo do estudo e quantitativa. Tratou-se de um estudo descritivo exploratório de campo, com abordagem qualitativa 5.2 Contexto do estudo Esta pesquisa foi desenvolvida no município de Bragança Paulista, estado de São Paulo na Unidade de Saúde da Família Vila Bianchi. 5.3 População e amostra O trabalho teve como amostra 18 mulheres diabéticas cadastradas no programa Hiperdia da referida unidade. 5.4 Critérios de inclusão Foram incluídas mulheres cadastradas no Hiperdia, com diabetes, que tinham acima de 18 anos de idade e que aceitaramparticipar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE (APÊNDICE 2); 5.5 Critérios de exclusão Foram excluídas mulheres não cadastradas no Hiperdia, sem diabetes e que não tinham acima de 18 anos de idade e que não aceitaram participar da pesquisa e não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE (APÊNDICE 2); 5.6 Instrumento de coleta de dados A coleta de dados foi realizada por meio de aplicação de um instrumento, com questões abertas e fechadas (APÊNDICE 1). O instrumento foi aplicado na unidade nos

25 25 meses de maio e junho de 2011 após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE dos usuários. 5.7 Coleta de dados Após aprovação e autorização do Comitê de Ética em Pesquisa e da Secretaria Municipal de Saúde de Bragança Paulista, entramos em contato com o enfermeiro responsável da unidade, com a finalidade de apresentar os objetivos da pesquisa e organizar a coleta. Os endereços foram coletados através do sistema de cadastramento da unidade. 5.8 Análise dos dados Os dados foram analisados através das variáveis do estudo e os mesmos foram apresentados em tabelas e gráficos. 5.9 Aspectos Éticos Todas as participantes da pesquisa assinaram um Termo de Consentimento, Livre e Esclarecido (APÊNDICE 2). Foi explicado a cada uma das participantes o motivo da pesquisa e o conteúdo do instrumento de coleta de dados. Todas as informações fornecidas pela paciente foram de sua livre escolha, e caso a mesma não queira participar ou mesmo deixar de responder a alguma questão a pesquisa não será prejudicada. Este estudo, embora realizado com seres humanos, não acarretou risco conhecido à saúde física e mental das mesmas, visto que não foi utilizada nenhuma forma de intervenção, a não ser a aplicação de um instrumento, porém, ressalta-se que o estudo poderia causar constrangimento aos sujeitos de pesquisa ao responderem as perguntas do instrumento. Foi assegurada à participante da pesquisa a manutenção do sigilo da informação prestada. Todos os instrumentos de coleta de dados ficaram arquivados e sob responsabilidade das pesquisadoras.

26 26 A presente pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco. Vale ressaltar que foi autorizada a realização da pesquisa na Unidade de Saúde da Família da Vila Bianchi, através de autorização da Secretaria Municipal de Saúde (APÊNDICE 3). Foram cumpridos os termos da Resolução 196 (10/10/1996), do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996) Orçamento Todos os custos da pesquisa foram subsidiados pelas pesquisadoras, não incorrendo qualquer ônus à instituição ou campo de pesquisa.

27 27 6. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A análise e discussão dos resultados foram divididas em três partes, sendo que a primeira está relacionada aos dados de identificação e dados socioeconômicos das entrevistadas, a segunda está relacionada aos dados de diagnóstico e tratamento e a terceira está relacionada aos dados sobre a qualidade de vida das participantes. Foram entrevistadas 18 mulheres com diabetes acompanhadas pela Unidade de Saúde da Família Vila Bianchi no município de Bragança Paulista SP. Parte I Análise dos dados de identificação e socioeconômicos Tabela 1: Distribuição das entrevistadas segundo idade e estado civil. Bragança Paulista, Idade N % Estado Civil N % < ,6 Solteira 1 05, ,7 Casada 9 50, ,7 Viúva 8 44, , , ,6 Observou-se que 6 (33,3%) das entrevistadas tinham entre 61 e 70 anos; 5 (27,7%) entre anos; 3 (16,7%) entre anos; 2 (11,1%) entre anos; 1 (5,6%) com menos de 40 anos e 1 (5,6%) entre anos. Observou-se também que 9 (50%) eram casadas; 8 (44,4%) eram viúvas e 1 (5,6%) eram solteiras. Verificou-se em diversos estudos, que o DM2 pode ocorrer em qualquer idade, mas geralmente é diagnosticado após os 40 anos (SBD, 2009); indo de encontro a esse dado, a OMS refere que o estado civil dos indivíduos influencia na dinâmica familiar e no autocuidado. Para os idosos, a composição

28 28 familiar pode ser um fator decisivo pela falta de estímulo ao autocuidado e ao asilamento, o que pode caracterizar a grande incidência do DM2 entre as viúvas (OMS, 1984). Tabela 2: Distribuição das entrevistadas segundo trabalho, renda mensal e casa própria. Bragança Paulista, Trabalha N % Renda Mensal N % Possui casa N % atualmente própria Sim 04 22,2 até 1 SM 05 27,8 Não 05 27,8 Não 14 77,8 2 a 3 SM 10 55,6 Sim 13 72,2 acima de 3 SM 03 16,6 Verificou-se que 14 (77,8%) das entrevistadas não trabalhavam no momento da entrevista e que 5 (27,8%) ganhavam até um salário mínimo (SM) por mês; 10 (55,6%) ganhavam entre dois a três SM e 3 (16,6%) ganhavam acima de três SM por mês. Verificouse também que 13 (72,2%) das entrevistadas possuíam casa própria. Quanto à variável ocupação os resultados foram semelhantes ao estudo de Ferreira; Santos (2009) onde a maioria não exercia atividade profissional, apenas atividades referentes ao lar, fato que corrobora a idade dos indivíduos. Em relação à renda mensal do lar a maioria apresentava renda entre dois a três SM por mês, fato que corresponde aos estudos anteriores. Diante dos resultados, Ferreira, Santos (2009) inferem que uma maior renda poderia ser fator facilitador na adesão ao tratamento do diabetes. Gráfico 1: Distribuição das entrevistadas segundo grau de escolaridade. Bragança Paulista, ESC EMC EFC ANF 0 0 5,6 5,6 22,2 22,2 44,

29 29 Quanto à escolaridade observou-se que 8 (44,4%) correspondiam às entrevistadas com ensino fundamental incompleto; 4 (22,2%) correspondiam àquelas que não sabiam ler/escrever; 4 (22,2) correspondiam às entrevistadas com ensino fundamental completo; 1 (5,6%) apresentava ensino médio completo e 1 (5,6) apresentava ensino superior completo. Verificou-se em vários estudos um grau de escolaridade muito baixo; Modeneze (2004), Jardim; Leal (2009) também encontraram um nível de escolaridade bem precário. Segundo Brasil (2001), a adesão ao tratamento tende a ser menor em indivíduos com baixa escolaridade, o que eleva a responsabilidade das ESFs em desenvolverem atividades educativas, com ênfase para o controle da doença e promoção da saúde. Gráfico 2: Distribuição das entrevistadas segundo ocupação. Bragança Paulista, ,6 5,6 5,6 5,6 38,8 Aposentada Pensionista Dona de casa Babá Cozinheira 22,2 Costureira Acompanhante de idosos 16,6 Verificou-se que 7 (38,8%) das entrevistadas eram aposentadas; 4 (22,2%) donas de casa; 3 (16,6%) pensionistas; 1 (5,6%) babá; 1 (5,6%) cozinheira; 1 (5,6%) costureira e 1 (5,6%) acompanhantes de idosos. Grande parte da amostra foi constituída de aposentados, constatação já esperada devido à faixa etária de maior incidência (78% acima de 60 anos). Entretanto, em diversos estudos a ocupação predominante foi o trabalho doméstico (PERES; FRANCO; SANTOS, 2008).

30 30 Parte II Análise dos dados de diagnóstico e tratamento 100% 80% 60% 40% 20% 0% Gráfico 3: Distribuição das entrevistadas segundo tipo de diabetes e tempo de diagnóstico. Bragança Paulista, ,6 27,8 5,6 Diabetes Tipo 1 Diabetes Tipo 2 mais de 5 anos 2 a 5 anos menos de 1 ano Observou-se que 18 (100%), ou seja, todas as entrevistadas possuíam diabetes tipo 2. Quanto ao tempo de diagnóstico verificou-se que 12 (66,6%) das entrevistadas conviviam com a doença há mais de cinco anos; 5 (27,8%) entre dois a cinco anos e 1 (5,6%) conviviam com a doença há menos de um ano. Segundo a SBD (2009), o DM2 é a forma presente em 90% a 95% dos casos, enquanto o DM1 está presente em 5% a 10%. De acordo com Miranziet al. (2008) os principais fatores responsáveis pelo aumento da prevalência do diabetes tipo 2 são a alteração no estilo de vida e a esperança de vida ao nascer, uma vez que suas características estão relacionadas a fatores hereditários, ao estilo de vida, e a manifestação após os 35 anos de idade. Quanto ao tempo de diagnóstico, a grande porcentagem de pacientes com mais de 5 anos de descoberta, confirmaram a cronicidade da doença, como revela Souza et al. (1997). Foi encontrado em diversos estudos uma variação de tempo de diagnóstico de 7 meses à 36 anos, com uma média de 8 anos (MODENEZE, 2004).

31 Gráfico 4: Distribuição das entrevistadas segundo tipo de tratamento utilizado para Diabetes. Bragança Paulista, ,71 38, ,28 11,9 Insulina Hipoglicemiantes Dieta alimentar Atividade fisica Em relação ao tratamento atual, destacou-se que 16 (38,09%) das entrevistadas realizavam dieta alimentar; 15 (35,71%) utilizavam hipoglicemiantes orais; 6 (14,28%) utilizavam insulina e 5 (11,90%) realizavam atividade física. Quanto ao uso de hipoglicemiantes orais os resultados foram semelhantes aos de Modeneze (2004), onde foi encontrado um percentual de 90% de uso. A adesão ao tratamento constitui uma das dificuldades enfrentadas pelo serviço de saúde; Ferreira; Santos (2009) destacaram diversos problemas para a realização do tratamento, entre eles a dificuldade para seguir a dieta e a dificuldade financeira Gráfico 5: Distribuição das entrevistadas segundo utilização de insulina ao dia. Bragança Paulista, x ao dia 2x ao dia Observou-se que entre as entrevistadas que utilizavam insulina 3 (50%) utilizavam insulina uma vez ao dia e 3 (50%) utilizavam insulina duas vezes ao dia. Trabalhos

32 32 brasileiros mostram variações no número de aplicações diárias de insulina (ARAUJO; SOUZA; MENEZES, 2008). Segundo a SBD (2009) a insulina é o mais efetivo medicamento hipoglicemiante conhecido e não existem doses máximas acima das quais seu efeito terapêutico não ocorra, nem contraindicações a seu uso. Existem vários estudos com dados conflitantes em relação à influência do uso de insulina na qualidade de vida - QV. O uso da insulinoterapia em algumas pesquisas está associado a valores baixos de QV; em outras pesquisas, o uso da insulina pode melhorar a QV, ou até mesmo não influenciá-la (AGUIAR et al., 2008) Gráfico 6: Distribuição das entrevistadas que possuem aparelho de glicemia. Bragança Paulista, , ,7 Sim Não Destacou-se que 15 (83,3%) das entrevistadas não possuíam aparelho de glicemia; apenas 3 (16,7%) possuíam aparelho de glicemia. Constatou-se que grande parte das entrevistadas não possuía aparelho de glicemia, podendo ser um fator limitante para o correto monitoramento, pois, de acordo com Brasil (2006), o monitoramento da glicemia em casa, com fitas para leitura visual ou medidor glicêmico apropriado, é o método ideal de controle. Além do mais, verificou-se que a automonitorização da glicemia também contribui para a redução do risco de hipoglicemia e a manutenção de boa qualidade de vida (SBD, 2009).

33 Gráfico 7: Distribuição das entrevistadas segundo frequência de monitorização da glicemia. Braganças Paulista, ,1 33,3 11,1 Diariamente Semanalmente Quando apresenta sintomas 22,2 Apenas quando vai a USF 16,7 Semanalmente e quando apresenta sintomas 5,6 Semanalmente e quando vai a USF Observou-se que 6 (33,3%) das entrevistadas monitoravam a glicemia semanalmente; 4 (22,2%) apenas quando iam a USF; 3 (16,7%) semanalmente e quando apresentavam sintomas; 2 (11,1%) diariamente; 2 (11,1%) apenas quando apresentavam sintomas e 1 (5,6%) semanalmente e quando iam a USF. Segundo a SBD (2009) as diretrizes sobre as frequências recomendadas e os horários para realizar os testes de glicemia variam entre as associações internacionais de diabetes, não existe esquemapadrão de frequência de testes glicêmicos que se aplique, indistintamente, a qualquer paciente, porém sugere-se para pacientes insulinizados três testes por dia, em diferentes horários, dependendo do grau de estabilização glicêmica, e não insulinizado: pelo menos um ou dois testes por semana, em diferentes horários.

34 34 100% 80% Gráfico 8: Distribuição das entrevistadas segundo visita domiciliar dos agentes comunitários de saúde. Bragança Paulista, ,3 60% 40% 20% 0% 55,6 11,1 Visita domiciliar do ACS 1x/mês a cada 15 dias 1x/semana Verificou-se que 10 (55,6%) recebiam visita domiciliar dos ACS a cada quinze dias, 6 (33,3%) recebiam uma vez por mês e 2 (11,1%) recebiam uma vez por semana. Em relação à visita domiciliar, Brasil (2006) destacou algumas atribuições dos ACS como orientação sobre a importância das mudanças nos hábitos de vida, ligadas à alimentação e à prática de atividade física, registro nas fichas de acompanhamento de informações relevantes, verificação do comparecimento dos pacientes com diabetes às consultas agendadas na unidade de saúde (busca ativa de faltosos), entre outros Gráfico 9: Distribuição das entrevistas segundo frequência de acompanhamento na USF. Bragança Paulista, ,4 mensalmente semestralmente anualmente 5,6 Observou-se que 9 (50%) das entrevistadas faziam acompanhamento na USF mensalmente; 8 (44,4%) semestralmente e 1 (5,6) anualmente. A Estratégia Saúde da

35 35 Família, enquanto política pública nacional, tem se destacado como estratégia de reorganização da atenção básica, representando uma concepção de saúde centrada na promoção. O acompanhamento realizado na USF detecta as dificuldades que impedem maior adesão ao tratamento, promovendo assim uma melhor qualidade de vida aos pacientes (MIRANZI et al., 2008). Destacou-se que 12 (66,6%) das entrevistadas faziam acompanhamento na USF somente com médico; 2 (11%) com médico e nutricionista; 1 (5,6%) com médico e enfermeiro; 1 (5,6%) com médico e técnico de enfermagem; 1 (5,6%) com médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e nutricionista e 1 (5,6%) com médico, enfermeiro, nutricionista e educador físico. Percebeu-se que a maior parte das entrevistadas fez acompanhamento com o profissional médico, e uma parte muito pequena fez acompanhamento com o restante da equipe multidisciplinar. Segundo Brasil (2006) a equipe mínima de Saúde da Família deve atuar, de forma integrada e com níveis de competência bem estabelecidos, na abordagem do diabetes, sendo que a definição das atribuições da equipe no cuidado integral do diabetes deve responder às peculiaridades locais, tanto do perfil da população sob cuidado como do perfil da própria equipe de saúde.

36 36 Parte III Análise dos dados sobre qualidade de vida Gráfico 11: Distribuição das entrevistadas segundo disposição para realizar as atividades diárias de rotina. Bragança Paulista, ,6 33,3 61,1 nenhuma pouca muita Observou-se que 11 (61,1%) das entrevistadas possuíam muita disposição para realizar as atividades diárias de rotina; 6 (33,3%) possuíam pouca disposição e apenas 1 (5,6%) referiu nenhuma disposição para realizar suas atividades diárias; contrapondo com estes resultados, Salomé; Blanes; ferreira (2009) constataram em seu estudo que há uma redução na capacidade funcional da maioria dos entrevistados devido a doença. Gráfico 12: Distribuição das entrevistadas segundo a percepção de que a restrição alimentar causada pelo diabetes altera de alguma maneira a sua vida. Bragança Paulista, ,3 Sim 66,7 Não Observou-se que para 6 (33,3%) das entrevistadas a restrição alimentar causada pelo diabetes altera a sua vida de alguma maneira e para 12 (66,7%) a restrição alimentar não altera em nada. Percebeu-se que para uma significativa parcela das entrevistadas a

37 37 restrição alimentar é encarada como algo ruim que altera a vida de alguma forma. Verificouse que o comportamento alimentar da mulher portadora de diabetes tipo 2 é bastante complexo e precisa ser compreendido à luz dos aspectos psicológicos, biológicos, sociais, culturais, psicológicos e econômicos para maior eficácia das intervenções educativas (PERES; FRANCO; SANTOS, 2006). Além disso, o seguimento da dieta é a base do tratamento, contudo, constitui-se em um grande desafio para as ESFs, uma vez que a maioria dos indivíduos têm dificuldade para modificar hábitos alimentares (MIRANZI et al., 2008). Tabela 3: Distribuição das respostas das entrevistadas em relação a restrição alimentar causada pelo diabetes. Bragança Paulista, N % Tem vontade de comer doces 4 66,6 Acha que atrapalha porque não pode comer as coisas que gosta 1 16,7 Se sente mal por ter vontade de comer e não poder 1 16,7 TOTAL Verificou-se que para as entrevistadas em que a restrição alimentar altera sua vida de alguma maneira; 4 (66,6%) relataram que têm vontade de comer doces ; 1 (16,7%) acha que atrapalha porque não pode comer as coisas que gosta e 1 (16,7%) se sente mal por ter vontade de comer e não poder. Segundo Peres; Franco; Santos (2006) os alimentos doces despontaram como algo extremamente desejado em seu estudo, percebeu-se que transgressão e desejo alimentar estão igualmente presentes na vida das pessoas entrevistadas. Seguir o padrão dietético recomendado elicia tristeza, e o ato de comer, muitas vezes, vem acompanhado de medo, culpa e revolta.

38 38 Gráfico 13: Distribuição das entrevistadas segundo realização de atividades de lazer. Bragança Paulista, Sim Não Destacou-se que 13 (72%) das entrevistadas realizavam atividades de lazer e 5 (28%) não realizavam. Segundo Bacheladenski; Matiello Junior (2010) o lazer tem sido reconhecido como um fenômeno de grande relevância para a emancipação humana e cidadania, figurando fortemente como estratégia da promoção da saúde. O lazer também é um meio privilegiado para o desenvolvimento pessoal, social e econômico; é um aspecto importante de qualidade de vida (WLRA, 1996). Gráfico 14: Distribuição das entrevistadas segundo frequência em que o diabetes atrapalha as atividades de lazer. Bragança Paulista, ,5 30,8 7,7 Nunca Raramente Sempre Observou-se que em 8 (61,5%) das entrevistadas referiram que o diabetes nunca atrapalhou as atividades de lazer; 4 (30,8%) raramente atrapalhou e 1 (7,7%) referiu que o diabetes sempre atrapalha as atividades de lazer. Diante dos resultados, percebe-se um resultado positivo em relação à qualidade de vida apesar da doença; uma minoria relatou

39 39 que alguns sintomas decorrentes da doença comprometiam as atividades de lazer (vide Gráfico 19). Verificou-se que para 3 (16,6%) das entrevistadas o diabetes nunca atrapalhou o trabalho; 1 (5,6%) raramente e 14 (77,8%) não se aplica. Percebeu-se que devido ao grande número de aposentadas e pensionistas para a maioria das entrevistadas essa questão não se aplicava. Entretanto, contrapondo com estes resultados Souzaet al. (1997) destacaram em seu estudo que o diabetes influenciou, causando limitação física, necessidade de ausentar-se ou retirar-se mais cedo do trabalho, problemas visuais, nervosismo e conflitos com o patrão, havendo ainda problemas socioeconômicos devido ao afastamento do trabalho. Segundo Rodrigues; Canani (2008) indivíduos com DM possuem maior risco de incapacidade para o trabalhoe taxas mais elevadas de absenteísmo, as causas dessas incapacidades funcionais são diversas, entre elas: as complicações crônicas decorrentes da doença, as comorbidades associadas, o excesso de peso, o despreparo físico, os sintomas de descompensação aguda e depressão, além disso, observou-se que pacientes com DM recebem menor remuneração quando comparados a indivíduos sem a doença, em função de discriminação por possível menor produtividade e, especialmente, pela possibilidade de hipoglicemias, o que restringe as atividades a alguns empregos.

40 Gráfico 16: Distribuição das entrevistadas segundo a percepção de satisfação com apoio da família em relação ao diabetes. Bragança Paulista, ,6 33,3 61,1 Insatisfeita Satisfeita Muito satisfeita Observou-se que 11 (61,1%) das entrevistadas estavam muito satisfeitas com o apoio da família em relação ao diabetes; 6 (33,3%) estavam satisfeitas e 1 (5,6%) estava insatisfeita com o apoio da família. Verificou-se em vários estudos que a pessoa com diabetes deve manter sempre um controle do nível glicêmico, uma dieta especial, injeções de insulina e o controle do stress, por tudo isso, é fato comum que pessoas diabéticas necessitem também de apoio psicossocial. O apoio psicossocial tem sido visto como um elemento crítico no sucesso do controle do diabetes. Acredita-se que a disponibilidade de apoio da família e amigos está ligada à diminuição da mortalidade e controle da doença (GREGG; ROBERTUS; STONE, 1989).

41 Gráfico 17: Distribuição das entrevistadas segundo a percepção de satisfação com sua saúde atualmente. Bragança Paulista, , , Insatisfeita Satisfeita Muito Satisfeita Destacou-se que 9 (50%) das entrevistadas relataram estar satisfeitas com sua saúde atualmente; 6 (33,3%) relataram estar muito satisfeitas e 3 (16,7%) relataram estar insatisfeitas com sua saúde atualmente. Observou-se resultados semelhantes em diversos estudos, como em Souza et al. (1997) que verificou que o grau de satisfação com a vida relaciona-se, sobretudo, às condições de saúde, à relação familiar harmônica e à resolução de problemas financeiros, familiares e de trabalho. A auto percepção positiva da saúde possibilita maior envolvimento dos indivíduos em relação ao tratamento e ao controle da doença (MIRANZI et al., 2008).

42 42 Levando-se em consideração que cada entrevistada poderia citar mais de uma área da vida no qual o diabetes causou impacto, verificou-se um total de 28 citações. Assim, destacou-se que para 8 (28,5%) das entrevistadas o diabetes não causou nenhum impacto; para 6 (21,4%) o diabetes causou maior impacto na capacidade física, 4 (14,2%) referiram influenciar nas atividades do lar; 3 (10,7%) no lazer; 2 (7,1%) no trabalho; 1 (3,5%) na auto imagem; 1 (3,5%) independência/autocuidado e 3 (10,7%) outros (não especificado). Verificou-se em Souza (1997) que a capacidade física foi a segunda área mais influenciada pelo diabetes, justificativas apontadas para esta influência foram a diminuição da capacidade e o cansaço físico, além de emagrecimento, fraqueza e desânimo. Conhecer as dimensões mais negativamente impactadas pelo diabetes possibilita o planejamento de ações de promoção da saúde e prevenção voltadas a este grupo, de maneira a capacitá-lo para escolhas saudáveis em seu cotidiano, com vistas à melhoria da qualidade de vida (FERREIRA; SANTOS, 2009).

43 43 Levando-se em consideração que cada entrevistada poderia citar mais de um sintoma que causa influencia no dia-dia, verificou-se um total de 27 citações. Assim, notouse que 7 (25,9%) das entrevistadas tiveram como principais sinais e sintomas cansaço e fraqueza; 5 (18,5% ) referiram emagrecimento; 3 (11,1%) polidpsia; 3 (11,1%) sudorese; 2 (7,4%) poliúria; 1 (3,7%) pé diabético; e 5 (18,5%) apresentaram outros sintomas (. Souza et al. (1997) em seu estudo observou que a maioria dos entrevistados apresentaram como principal sinal e sintoma a polidpsia e poluiria, seguidas de cansaço e fraqueza e a minoria apresentaram emagrecimento como principal sintoma. Tais sintomas são típicas manifestações do diabetes mellitus, podendo ocorrer de forma isolada ou simultânea (MARCONDES et al., 1989). 100 Gráfico 20: Distribuição das entrevistadas segundo conhecimento das complicações do diabetes. Bragança Paulista, Sim 6 Não Verificou-se que 17 (94,4%) das entrevistadas relataram que conhecem as complicações do diabetes e 1 (5,6%) relatou não conhecer as complicações. Contrapondo este resultado, um estudo realizado com um grupo de pacientes diabéticos em um hospital de Munique (Alemanha) procurou saber o quanto esses pacientes sabiam sobre sua doença. Concluiu-se que esforços para assegurar a educação sobre diabetes aos pacientes acometidos por esta enfermidade é essencial para reduzir os riscos de complicações (BLANKENFELDet al., 2006). Assim como em todas as doenças crônicas, fornecer aos

44 44 pacientes informação e educação é a melhor maneira de controlar o DM e prevenir suas complicações (DIAS et al., 2010). Levando-se em consideração que cada entrevistada poderia citar mais de uma complicação, verificou-se um total de 29 citações. Assim, observou-se que 9 (31%) das entrevistadas que conheciam as complicações do diabetes citaram a amputação como principal complicação; 7 (24,1%) citaram a cegueira; 5 (17,2%) feridas nos pés; 4 (13,7%) problemas renais; 1 (3,4%) infarto; 1 (3,4%) derrame; 1 (3,4%)morte e 1 (3,4%) problemas de circulação. Verificou-se que dentre as complicações do diabetes, as visuais são as mais relatadas no estudo de Dias et al. (2010). A história natural do diabetes é marcada pelo aparecimento de complicações crônicas, geralmente classificadas como microvasculares e macrovasculares, todas são responsáveis por expressiva morbimortalidade e taxas de mortalidade superiores a indivíduos sem diabetes, diante disso, parte expressiva do acompanhamento do indivíduo com diabetes deve ser dedicada à prevenção, identificação e manejo destas complicações. O manejo requer uma equipe de atenção básica treinada com

45 45 tarefas específicas, incluindo a coordenação do plano terapêutico e das referências e contra-referências dentro do sistema de saúde (BRASIL, 2006) Gráfico 22: Distribuição das entrevistadas segundo frequência de preocupação com complicações em decorrência do diabetes. Bragança Paulista, ,4 11,1 44,4 Nunca Raramente Sempre Verificou-se que 8 (44,4%) das entrevistadas nunca sentiam preocupação em relação a complicações em decorrência do diabetes; 8 (44,4%) sempre sentiam e 2 (11,1) raramente sentiam preocupação em relação à complicações em decorrência do diabetes. O DM apresenta alta morbi-mortalidade, com perda importante na qualidade de vida. É uma das principais causas de mortalidade, insuficiência renal, amputação de membros inferiores, cegueira e doença cardiovascular (BRASIL, 2006). O alto índice de entrevistados que não se preocupam com as complicações do diabetes é alarmante, uma vez que a presença de complicações clínicas decorrentes do DM tem impacto potencialmente significante na qualidade de vida, visto que, quanto maior o número de complicações, pior é a qualidade de vida do paciente. (AGUIAR et al., 2008).

46 46 Gráfico 23: Distribuição das respostas das entrevistadas sobre qualidade de vida. Bragança Paulista, % 4% Ter saúde 8% Viver bem e em paz 36% Se alimentar bem 12% Ter boas condições financeiras Família estar bem 12% Não ter diabetes 24% Ter disposição/ poder realizar suas próprias tarefas Levando-se em consideração que cada entrevistada poderia citar mais de uma definição de qualidade de vida, verificou-se um total de 25 citações. Assim, observou-se que para 9 (36%) das entrevistadas referem que qualidade de vida significa ter saúde; 6 (24%) referem que significa viver bem e em paz; 3 (12%) referem que significa se alimentar bem; 3 (12%) referem que significa ter boas condições financeiras; 2 (8%) referem que significa a família estar bem; 1 (4%) refere que significa não ter diabetes e 1 (4) refere que significa ter disposição podendo realizar suas próprias tarefas. A qualidade de vida é definida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (WHOQOL GROUP, 1995). A qualidade de vida relacionada à saúde também pode ser definida como a valorização subjetiva que o paciente faz de diferentes aspectos de sua vida, em relação ao seu estado de saúde(guiteras; BAYÉS apud FORNS,ANGUERA, 1993). Esta afirmação reforça o fato de que, para as entrevistadas, "ter saúde" é o fator considerado mais importante para sua qualidade de vida. Viver ativamente com saúde e disposição para realizar suas atividades diárias e ter a capacidade de determinar suas

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