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1 UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO MÁRCIA MARIA PANTOJA CORRÊA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO, NA CIDADE DE PARAGOMINAS/PA MACEIÓ- AL 2013

2 MÁRCIA MARIA PANTOJA CORRÊA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO, NA CIDADE DE PARAGOMINAS/PA Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof. Dr. Jorge Luís de Souza Riscado MACEIÓ- AL 2013

3 MÁRCIA MARIA PANTOJA CORRÊA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO, NA CIDADE DE PARAGOMINAS/PA Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Psicologia do Trânsito. Aprovado em / / PROF. DR. JORGE LUÍS DE SOUZA RISCADO ORIENTADOR: PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO BANCA EXAMINADORA PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA BANCA EXAMINADORA

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos os profissionais comprometidos por um trânsito direcionado para educação e humanização dos motoristas, pedestres, ciclistas, motociclistas e outros, e as vítimas de acidentes de trânsito pelas perdas irreparáveis. Que possamos acreditar em um trânsito melhor, exercitando a cidadania de forma efetiva nesse espaço.

5 AGRADECIMENTOS Meu profundo agradecimento, A Deus por tornar meus sonhos possíveis, por me dar sabedoria, inspiração e conhecimento para minha vida e se fazer presente em todos meus momentos. Aos meus familiares (mãe Graça, pai José, tia Ray, irmãos Marcelo, Márcio, Mauro) por todo carinho, apreço a mim dispensados e por toda torcida pelo meu sucesso. Em especial ao Prof. Dr. Jorge Luís de Souza Riscado por toda sua paciência, apoio e presteza, mesmo a distância se fez presente em todos os momentos na realização deste trabalho, através de suas orientações, experiência e conhecimento. Ao Diretor Administrativo Sr. Samuel Pereira do Hospital Municipal de Paragominas, o qual permitiu a coleta dados no local e a auxiliar administrativa Dorbelita Donatelli pela sua presteza, receptividade e auxílio durante o período de coleta e informações cedidas, aos funcionários da sala de emergência pela receptividade e dados repassados. Ao Sr. Alessandro Almeida Gerente da agência DETRAN/Paragominas por sua disponibilidade ao ceder dados para a pesquisa Ao diretor Natanael Costa DEMUTRAN/Paragominas pelas informações sobre o histórico do trânsito da cidade. A minha colega de trabalho Lucilene Leal pela sua presteza, boa vontade ao fazer-me chegar a todos os responsáveis pela liberação de informações sobre a pesquisa; Aos amigos sempre presentes em minha vida; E a todos que direta e indiretamente participaram para realização deste trabalho.

6 A verdadeira viagem da descoberta consiste não em buscar novas paisagens, mas em ter olhos novos. Marcel Proust

7 RESUMO Este estudo objetivou identificar o perfil epidemiológico de acidentes de trânsito na cidade de Paragominas, PA no período entre os anos de 2010 a 2012, a partir do número de vítimas, sexo dos envolvidos, meios de transporte mais relacionado em acidentes de trânsito e outros. Foi um estudo do tipo descritivo, transversal, espacial dentro da perspectiva quantitativa, o universo da pesquisa abrangeu os dados epidemiológicos de acidentes de trânsito ocorridos na cidade. A coleta de dados foi realizada por meio da pesquisa observacional participante a partir de um diário de campo e através de dados sistematizado do Hospital Municipal e do DETRAN/Paragominas. Em relação aos resultados verificou-se o número de 3921 vítimas de acidentes de trânsito no período estudado, a motocicleta apareceu como meio de transporte mais utilizado no município, o que refletiu no resultado dos acidentes de trânsito, pois as motos prevaleceram às taxas de acidentes em 86% comparado aos automóveis com 14%, quanto ao horário dos acidentes ocorreram em maior frequência no horário noturno com 46% das taxas. No que diz respeito ao sexo dos acidentados, o índice obtido demonstrou-se elevado para o sexo masculino, a população negra sobressaiu em relação às demais, quanto à idade prevaleceu à média entre 20 a 29 anos de idade. Conclui-se que esses resultados corroboram com outros estudos, que o perfil dos acidentes de trânsitos nas cidades brasileiras se assemelham em vários aspectos, e que nossas recomendações apontam para ações eficientes a ser desenvolvidas para minimizar esta realidade, enquanto questão de saúde pública. Palavras-chave: Acidente de trânsito, tipos de acidente de trânsito, epidemiologia.

8 ABSTRACT This study aimed to identify the epidemiology o of traffic accidents in the city of Paragominas, state of Para, from 2010 to It were researched the number of victims, gender involved, means of transport the accidents and other variables. The study was descriptive, cross-sectional space within the quantitative perspective, the universe of the research included the epidemiological data of traffic accidents occurred in the city. Data was collected by observational participant research in a Field journal and throughout systematic data of the Municipal Hospital and DETRAN/Paragominas. Regarding the results, it was verified that there were 3921 victims of traffic accidents in the studied period, motorcycle appeared as the most used mean of transportation in Paragominas, which reflected in the result of traffic accidents: 86% of the accidents involved motorcycle and 14% involved cars. Speaking of day period. Most of the accidents occurred in the evening (46% of it). Regarding the gender of the victims, males were more involved in the accidents then females. Black population stood out in relation to others, as the average age prevailed between years old. We concluded that these results corroborate other studies, that the profile of traffic accidents in Brazilian cities are similar in many aspects, and that out recommendations are to act efficiently to minimize this situation, as a matter of public health. Keywords: Traffic accident, types of traffic accident, epidemiology

9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES GRÁFICO 01 Distribuição espacial dos acidentes de trânsito Grupo CID-10. Brasil, GRÁFICO 02 Distribuição espacial dos acidentes de trânsito. Pará, GRÁFICO 03 Distribuição espacial dos acidentes de trânsito. Paragominas/PA, GRÁFICO 04 Distribuição dos principais meios de locomoção licenciados pelo DETRAN. Paragominas, PA: 2010 a GRÁFICO 05 Distribuição da prevalência dos casos de acidentes de trânsito Paragominas, PA: 2010 a GRÁFICO 06 Distribuição da prevalência dos casos de acidentes de trânsito por carro e moto. Paragominas, PA: 2010 a GRÁFICO 07 Distribuição sobre os acidentes de trânsito, por turnos no período de 2010 a Paragominas, PA: GRÁFICO 08 Distribuição de frequência por faixa etária. Paragominas/PA GRÁFICO 09 Distribuição de frequência por sexo. Paragominas/PA GRÁFICO 10 Distribuição de frequência por raça/cor. Paragominas/PA... 36

10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Acidentes de Trânsito: O Quadro Brasileiro é de Saúde Pública MATERIAIS E MÉTODOS Ética Tipo de Pesquisa Universo Amostra Instrumentos de Coleta de Dados Plano para Coleta dos Dados Plano para a Análise dos Dados RESULTADOS E DISCUSSÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXOS... 40

11 11 1 INTRODUÇÃO A morbimortalidade por acidentes de trânsito o Brasil tornou-se caso de saúde pública. As lesões e as mortes no trânsito configuram-se, atualmente, como uma grave e complexa questão de Saúde Pública, pois acompanham o desenvolvimento econômico e tecnológico das sociedades modernas e, ao mesmo tempo, ocasionam um elevando número de mortes e sequelas (MALTA, 2008). Ao tratar sobre vítimas no trânsito os números são preocupantes, chegando assemelhar-se aos estragos causados por uma guerra, em quantidade de acidente, vítimas fatais, perdas financeiras, esses prejuízos são incalculáveis principalmente pelas perdas de vidas humanas. No Brasil, 10,6 bilhões de reais foram gastos com os Acidentes de Trânsito (AT) em 2003, contabilizando as diversas perdas que eles acarretam: perda na produção, danos nos veículos, resgate das vítimas, processo judicial, tratamento médico das vítimas, entre outras. As causas externas foram responsáveis por óbitos registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade em 2006, entre os quais 84% corresponderam a homens. Os acidentes de trânsito terrestre foram a segunda causa de morte por causas externas, representando 28% desse total, atrás somente das agressões (MAGALHÃES, 2011). Em 2010, houve internações de vítimas de acidentes no trânsito, nos hospitais financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com custo aproximado de 187 milhões de reais. Os homens representaram 78,3% dos hospitalizados e as mulheres, 21,7%. (MORAIS, 2012). O que podemos observar é que a prevalência e incidência desse fenômeno têm trazido prejuízos às famílias, ao processo produtivo comercial, industrial e outros, à sociedade e aos governos somatórios de recursos financeiros que comprometem sobremaneira a Previdência Social. O CID-10 (Código Internacional de Doenças) se materializa no grupo de Acidentes de transporte, englobando os seguintes códigos, V01.0 Pedestre traumatizado em colisão de com veículo e pedal acidente de trânsito; V10.4 Ciclista traumatizado em colisão com pedestre ou um animal condutor traumatizado em um acidente de trânsito; V20.4 Motociclista traumatizado em colisão com um pedestre ou um animal condutor traumatizado em um acidente de trânsito; V30.5 Ocupante de um triciclo motorizado traumatizado em colisão com

12 12 um pedestre ou um animal condutor traumatizado em um acidente de trânsito; V40.5 Ocupante de um automóvel traumatizado em colisão com um pedestre ou um animal condutor traumatizado em um acidente; V50.5 Ocupante de uma caminhonete traumatizado em colisão com um pedestre ou um animal condutor traumatizado em um acidente de trânsito; V Ocupante de um veículo de transporte pesado traumatizado em colisão com um pedestre ou um animal condutor traumatizado em um acidente de trânsito; V Ocupante de ônibus traumatizado em colisão com um pedestre ou um animal condutor traumatizado em um acidente de trânsito; No Brasil, esse fenômeno vem representando um aumento gradativo conforme podemos observar no gráfico 01 sistematizado, período espacial : Gráfico 01. Distribuição espacial dos acidentes de trânsito Grupo CID-10. Brasil, Fonte: DATASUS, No Brasil, em 2008, foram registrados óbitos no trânsito, dentre os quais predominaram vítimas do sexo masculino e jovens de 20 a 29 anos. Pedestres e motociclistas são consideradas as vítimas mais vulneráveis neste tipo de ocorrência (MALTA, 2008). Morais (2012) em seus estudos analisou a tendência dos AT entre os anos 2000 e 2010 nas unidades federadas e nos municípios brasileiros, além de

13 13 identificar a existência e localização de aglomerados de alto risco de mortes por essa causa, utilizando análise espacial. Entre os anos de 2000 e 2010 nas Unidades da Federação houve redução nos riscos de morte no Distrito Federal (25,8%), no Amapá (15,2%) e no Rio de Janeiro (4,6%). Nos demais houve elevação, com destaque para os estados da região Nordeste. Os que mais aumentaram foram: Maranhão (54,5%), Piauí (50,1%), Bahia (46,0%), Paraíba (41,7%). No Sudeste: Minas Gerais (35,6%); No Centro Oeste: Mato Grosso do Sul (33,0%); e no Norte: Pará (32,9%), Rondônia (32,7%) e Tocantins (28,4%). (MORAIS, 2012). Conforme salientamos anteriormente, esse contingente de pessoas acometidas pela morbimortalidade por acidente de trânsito traz prejuízos de toda ordem para a realidade social. No que se refere ao estado do Pará, nossos levantamentos sinalizam para um cenário idêntico ao Brasil, conforme demonstram os dados apresentados no Gráfico 02, ou seja, o incremento da situação de morbimortalidade por acidente de trânsito é bastante significativo na Região Norte. Gráfico 02. Distribuição espacial dos acidentes de trânsito. Pará, Fonte: DATASUS, Como podemos observar no gráfico acima sistematizado, a partir de 2000 a prevalência de casos notificados vai tomando corpo. Há uma ligeira queda no ano 2009, de forma atípica e incorporando um aumento a partir de Cabe investigar o que levou o fator preditivo à queda em Possivelmente, subnotificações, uma não qualidade na análise das notificações.

14 14 Ao olharmos para a cidade de Paragominas/PA, o gráfico 03 sistematizado, vem apontar também, uma irregularidade ao longo da série histórica, , nos casos notificados dos acidentes de trânsito, extraídos do DATASUS/2013. Sinalizam uma variação que inferimos para a possibilidade de subnotificações e/ou comprometimento na qualidade nas informações dos dados. O estado do Pará acomoda uma fatia significativa de acidentes de trânsito na zona norte do nosso País. Gráfico 03. Distribuição espacial dos acidentes de trânsito. Paragominas/PA, Fonte: DATASUS, Nosso objeto de estudo é o perfil epidemiológico de acidentes de trânsito na cidade de Paragominas/PA. Justifica-se o presente trabalho, uma vez que incorre uma lacuna de conhecimento dentro da área, na cidade de Paragominas/PA. Devido ao reduzido número de publicações cientificas relacionada a Acidentes de Trânsito (AT) e à baixa interação entre áreas do conhecimento, como epidemiologia, engenharia, psicologia e medicina e outras, a revisão tem caráter descritivo e, por consequência, uma ampla busca da literatura.

15 15 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Acidentes de Trânsito: O Quadro Brasileiro é de Saúde Pública. Considerado um dos países com o trânsito mais violento do mundo, nos últimos anos o Brasil tenta conter o alto número de acidentes. Desde a implantação do novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em 1998, a taxa de mortalidade mantém-se estável (em torno de 20 mortes por 100 mil habitantes), superior às taxas do Japão, Suécia e Canadá (de cinco a oito mortes/100 mil habitantes). As novas leis, o controle municipal do trânsito, a melhoria da segurança dos veículos e a fiscalização eletrônica não conseguiram diminuir significativamente as mortes e incapacidades (BACCHIERI, 2011). O Brasil está entre os países que registram as maiores frequências de indivíduos feridos por acidentes de trânsito. Ao lado da grande importância social desses agravos, em 2003 estimou-se um impacto econômico para o país de aproximadamente 5,3 bilhões de reais, o que equivalia a 1% do Produto Interno Bruto nacional por ano (TREVISOL, 2012). Sob a Lei n 9.503, o novo Código de Trânsito Brasileiro CTB foi tido como a esperança de redução do crescente número de Acidentes de Trânsito. Leis altamente rigorosas, multas mais altas e capítulos dedicados à educação no trânsito sugeriam que o problema seria solucionado. Porém, prevaleceu a manutenção e, em alguns casos, o aumento nos índices de mortalidade e hospitalização decorrentes dos acidentes (BACCHIERI, 2011). Em 1998, o CTB passou a considerar crime dirigir alcoolizado (concentração 0,6 grama de álcool por litro de sangue) e, em 20 de junho de 2008, a Lei n entrou em vigor, modificando o limite de alcoolemia do condutor para zero (com tolerância até 0,2 g/l) e prevendo maiores penas, inclusive prisão em flagrante se constatada alcoolemia superior a 0,6 g/l. Poucos estudos mediram a efetividade da Lei Seca ou Lei de Tolerância Zero. Numa revisão de literatura sistematizada, Bacchieri (2011), apresenta uma análise da situação do trânsito no Brasil no período de 2008 a A pesquisa foi realizada a partir de trabalhos científicos e publicações não acadêmicas através de periódicos indexados, não indexados, relatórios técnicos, referências bibliográficas e outros. A partir da pesquisa os autores descrevem possibilidades de soluções e

16 16 apontam os problemas, como, a ausência do poder público em suas responsabilidades frente ao controle de acidente no trânsito. O Estado da Arte desenvolvido por Bacchieri (2011) diz que ao final de 1998, pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito. Em 2008, o número aumentou em 19% ( mortes), enquanto a população brasileira aumentou 17%. De 1998 a 2000, houve queda no número de vítimas fatais ( mortes) e constante elevação nos anos seguintes, chegando a mortes em E ainda, que as hospitalizações aumentaram em 9%: de em 1998 para em O número de hospitalizações aumentou até 2000 ( ), reduziu até 2003 ( ), aumentou até 2006 ( ) e reduziu em Nos dois anos seguintes, ocorreram os dois valores extremos do período estudado: declínio em 2008 (95 mil hospitalizações), seguido de aumento de mais de 30% ( ) em Possivelmente possa ser um reflexo da Lei nº /08 (Lei Seca) ou erro no sistema de informação podem ter influenciado tamanha variação. O estudo acima avalia que exista mais de 14 milhões de motocicletas em circulação, o que corresponde a 25% da frota nacional. A motocicleta tornou-se o meio de transporte individual mais popular do Brasil.36 Entretanto, a forma de condução e a vulnerabilidade do condutor e passageiro contribuíram para o aumento dos acidentes envolvendo motociclistas, principalmente jovens do sexo masculino e suas principais vítimas, os pedestres. Os condutores de motocicletas são considerados o grupo prioritário em programas de prevenção, com riscos sete vezes maior de morte, quatro vezes maior de lesão corporal e duas vezes maior de atropelar um pedestre, quando comparados aos automobilistas. Motociclistas são as principais vítimas dos acidentes de trânsito, posto historicamente ocupado pelos pedestres. Dentre os acidentes de transporte terrestre é elevado o número de acidentes envolvendo motociclistas. Estudos realizados na região sul do País apontam para alta frequência de ocorrências e uma elevada morbimortalidade no público masculino. No Brasil, a proporção chega a ser de 8,1 homens mortos para cada mulher entre as vítimas motociclistas. (ROCHA, 2013). A pesquisa de Trevisol (2012) obteve resultados que confirmam esses números, pois revelou que 75% dos acidentes estudados foram de motocicletas. O veículo mais relacionado a acidentes de trânsito é a motocicleta. Em estudo realizado em Londrina, os motociclistas envolvidos em acidentes de trânsito

17 17 representaram mais de 40% dos casos. A pesquisa de Trevisol (2012) revelou que 75% dos acidentes estudados foram de motocicletas. Este resultado é atribuído ao aumento do uso de motocicletas como instrumento de trabalho, na maioria das vezes informal. Um grave problema em acidentes com motocicleta é que os mesmos resultam em graves ferimentos aos condutores e passageiros e em alto índice de óbito. A partir deste resultado percebese que os motociclistas deveriam receber medidas educativas urgentes no sentido diminuir o número de vítimas por acidentes de trânsito. Além disso, os motociclistas, assim como os outros condutores, colocam em risco a integridade de outros usuários da via pública, especialmente pedestres. (TREVISOL, 2012). Além da mortalidade, é significante a morbidade apresentada por esse tipo de vítima, o que pode ser observado nas unidades de emergência, com o crescente número de atendimentos a motociclistas com lesões de pele e fraturas ósseas tendo as regiões dos membros inferiores, seguidos dos superiores, como as mais afetadas ou vice-versa quando, membros superiores, seguidos dos inferiores. Grande parte dos mecanismos de ação dos acidentes deve-se às colisões, que na avaliação da gravidade do trauma pela Abbreviated Injury Scale (AIS) leva o indivíduo a apresentar lesões de severidade máxima. (ROCHA, 2013,). A motocicleta como veículo de trabalho é frequentemente referida como possível causa para o aumento do número de vítimas motociclistas e os motoboys apresentam elevado risco de sofrer acidentes de trânsito devido às exigências da profissão. Em São Paulo e Porto Alegre, 74 37% das mortes e 28% das internações de motociclistas em pronto-socorro foram de motoboys, respectivamente, relata Bacchieri (2011). Acredita-se que pressão de clientes e de patrões para realização de entregas rápidas, remuneração por produtividade e turnos de trabalho que ultrapassam às dez horas diárias são apontados como determinantes da condução veicular inadequada (BACCHIERI, 2011). O conceito de masculinidade hegemônica e os estudos de Riscado et al. (2012) traz que as características do jovem do sexo masculino, como audaz, sensação de invulnerabilidade, tendência de superestimar capacidades e inexperiência na condução, necessidade identitária, ou seja, de integrar-se aos pares que o estimula a ultrapassar limites e a transgredir, somadas à imaturidade

18 18 acabam colaborando para agravar os acidentes de trânsito (BACCHIERI, 2011; RISCADO et al. 2012). O estudo Trevisol (2012) também deixou evidente que ser adulto jovem, ser do sexo masculino e conduzir motocicleta são fatores de risco para acidentes de trânsito. São importantes desenvolver e implementar programas de educação para o trânsito, visando atingir esses grupos de risco. As lesões decorrentes desses acidentes resultam muitas vezes em incapacidades temporárias ou permanentes, que interferem na qualidade de vida das vítimas e acarretam gastos públicos. A questão volumosa dos motoboys é considerada o maior problema de trânsito enfrentado no Brasil, e algumas ações são apontadas como imprescindíveis para a redução dos acidentes (BACCHIERI, 2011). Bacchieri (2011) nos diz ainda que a relação entre álcool e acidentes de trânsito está bem documentada na literatura internacional e é uma das principais causas de morbimortalidade, atingindo, sobretudo, homens jovens. Cerca de 17% das vítimas de acidentes de trânsito atendidas em serviços de emergência de cidades cobertas pelo Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinelas apresentavam suspeita de uso de álcool. A investigação de Moura et al. apud Bacchieri (2011) monitorou a frequência de adultos que dirigiram após consumo de bebidas alcoólicas em 27 cidades brasileiras, mediante ligações telefônicas, indicando que houve decréscimo no desfecho monitorado nos meses imediatamente subsequentes à promulgação da lei, porém foi registrado novo aumento nos meses posteriores. Esses estudos, somados aos dados de morbidade do SUS, sugerem que a Lei n /08 foi efetiva na redução dos acidentes de trânsito, por consumo de álcool, mas por período determinado. MAGALHÃES (2011) procurou investigar a prevalência de acidentes de trânsito auto-referidos e identificar fatores associados. Para isso realizou um estudo transversal na população da capital Rio Branco-AC, nas zonas urbanas e rurais, nos anos de 2007 e 2008, quando participaram da pesquisa indivíduos adultos de 18 a 96 anos, contabilizando ao todos sujeitos. Os resultados demonstraram que a prevalência de acidentes de trânsito auto-referido foi de 36%. O estudo foi feito através da análise de Poisson e trouxe como resultado indivíduos do sexo masculino que relatavam consumo de bebida alcoólica com renda acima de cinco salários mínimos e com idade entre 18 e 25 anos foram os quais apresentaram maior

19 19 probabilidade de citar envolvimento em acidente de trânsito. De acordo com o estudo, os autores concluíram que a prevalência dos acidentes de trânsito autoreferidos demonstra risco mais elevado para homens, com renda mais elevada, menor escolaridade e, que ingeriram bebida alcoólica. Estudo realizado por Rocha (2013) aponta os horários que ocorrem maior concentração de acidentes de motocicleta em Rio Branco-AC. Quanto às características do acidente, o estudo evidenciou maior ocorrência no período da tarde, seguido da noite. Os dias da semana de maior envolvimento foram sábado e domingo, ou seja, aos finais de semana. Algumas pesquisas corroboram os achados deste trabalho, ao pontuar os fins de semana como os de maior incidência. (ROCHA, 2013) Vale salientar que os países emergentes passam por momento de transição para o transporte motorizado devido talvez, pela melhoria na qualidade de renda das famílias, como no caso do Brasil, apresentam pico da mortalidade por acidentes envolvendo veículos antes de atingir as taxas mais baixas, como as observadas nas regiões mais desenvolvidas. Essa mudança não é compartilhada por todos os estratos sociais, e a maior mortalidade por acidentes recai, sobretudo nos usuários mais vulneráveis do sistema de tráfego, os ciclistas e pedestres, que em geral pertencem às classes sociais mais desfavorecidas e caminham por trechos longos ou utilizam a bicicleta como meio de transporte no seu deslocamento. Essa situação coexiste com uma classe média emergente que utiliza veículos motorizados privados (MAGALHÃES, 2011). Outro fator que vem contribuir para esse quadro de acidentes de trânsito é a ingestão e consumo de qualquer quantidade de álcool, o uso e abuso de álcool. Na população total brasileira é de 68,7%. A prevalência de dependência de álcool é maior na Região Norte, onde ultrapassa 16%, em contraste com a Região Sul, com 9,2% (MAGALHÃES, 2011). Esse estudo ainda nos informa que o consumo de álcool foi avaliado inicialmente pela pergunta e que ao responder afirmativamente, e que o número de dose, de quatro a cinco, em conformidade com o gênero do sujeito investigado e se, dirigiam logo após beber essa quantidade de álcool, foram enquadrados na categoria - "dirige embriagado". A pesquisa ainda nos revelou que na análise bivariada, foram observadas RP mais elevadas para a ocorrência de AT em homens, moradores da zona urbana, trabalhadores em atividade, não brancos,

20 20 com menos de dois anos de estudo, que referiram consumo de bebida alcoólica e que dirigiram após o consumo elevado de bebida alcoólica. Já na análise multivariada nessa mesma investigação, entre as variáveis independentes que permaneceram no modelo múltiplo, a maior probabilidade de referir AT relacionou-se a homens, com idade entre 18 e 25 anos, renda superior a cinco salários mínimos e que costumam ingerir bebida alcoólica. Nesta análise, ao se considerarem as variáveis com três categorias, observou-se que a idade mostrou associação inversa com o desfecho analisado, enquanto a renda apresentou associação positiva, ambas com tendência significativa (MAGALHÃES, 2011). A faixa etária dos 18 aos 25 anos exibiu maior RP em relação à população com mais de 45 anos. O grupo mais jovem é considerado de risco pela inexperiência no trânsito, por seus comportamentos típicos dos imaturos e pela recente obtenção da licença para dirigir. Relatório da OMS de 2002 apontou que as pessoas entre 15 e 44 anos foram responsáveis por mais da metade de todas as mortes no tráfego. No presente estudo, os mais jovens, mesmo com menor tempo de exposição, apresentaram maior RP de acidentes em relação aos mais velhos. Isso talvez se explique pela recente aceleração da urbanização no município de estudo e pela maior disponibilidade de crédito para aquisição de veículos motorizados no Brasil. Além disso, até pouco tempo atrás, a população de Rio Branco era mais rural, de modo que os mais velhos se expuseram a um trânsito menos desordenado, com menor frota de automóveis. Na amplitude do estudo, os resultados ainda situaram que pessoas com até dois anos de estudo exibiram RP bem mais elevada (1,83) em relação àquelas com mais de nove anos de estudo. Porém, essa variável não se manteve no modelo multivariado. A análise do modelo sem a variável escolaridade mostra bom ajuste para a variável renda e revela alta prevalência de AT na categoria acima de cinco salários mínimos, controlado para as demais variáveis. Isso pode sugerir que os grupos de maior renda exibem maior prevalência de AT, mas não necessariamente os mais ricos possuem maior escolaridade. Essa contradição pode ser explicada pelo fato de que, na década de 1970, Rio Branco foi polo de imigração devido ao desenvolvimento da pecuária e à derrubada da floresta, com acelerado crescimento econômico. Uma parcela desses imigrantes enriqueceu rapidamente, sem que a situação educacional de suas famílias tenha melhorado (MAGALHÃES, 2011).

21 21 Já em relação às lesões oriundas dos acidentes de trânsito, Malta (2008) descreve para as estimativas de ocorrências a partir de dados colhidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). O questionário trouxe oito perguntas direcionadas para lesões causadas por acidentes de trânsito e trouxe resultados relevantes sobre o tema acidente de trânsito, os quais demonstraram que os homens são as maiores vitimas de acidentes de trânsito; isso quer dizer a população jovem entre 18 a 24 anos foram os mais envolvidos nos acidentes. Diversos são os fatores associados à ocorrência de lesões e mortes no trânsito, podendo se destacar os seguintes: fatores estruturais (conservação das estradas e das vias urbanas); aumento da frota de veículos, em especial das motocicletas; o uso do álcool associado à direção veicular; o não uso de equipamentos de segurança, como cintos de segurança dianteiros e traseiros, capacetes, dispositivo de retenção para crianças, airbags, e outros equipamentos (MALTA, 2008). Apesar desta variedade de informações, ainda não se dispunha no País de dados sobre aspectos específicos relacionados às lesões decorrentes do trânsito a partir de inquérito de base populacional de abrangência nacional. Em 2008, pela primeira vez, este tema foi inserido no Suplemento Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). O objetivo deste artigo é descrever as estimativas de ocorrência de lesões no trânsito e fatores relacionados na população brasileira a partir dos dados obtidos na PNAD 2008 (MALTA, 2008). A PNAD 2008 foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com apoio do Ministério da Saúde. Esta pesquisa adotou o Plano Complexo de Amostragem (PCA) que envolve a estratificação geográfica de conglomerados com um, dois ou três estágios de seleção. As variáveis que definem a estrutura do plano amostral, denominadas estrato e unidade primária de amostragem (UPA), e os pesos amostrais precisam ser considerados nas análises estatísticas (MALTA, 2008). A PNAD 2008 investigou, pela primeira vez, os acidentes de trânsito (AT), por meio da qual identificou- se que 2,5% da população já se envolveram nestas ocorrências, com maior acometimento da população masculina e jovem. Dentre as regiões, sua maior frequência ocorreu na Centro-Oeste. Dos acometidos, cerca de um terço se afastou das atividades habituais, demonstrando a gravidade das ocorrências. Os condutores ou ocupantes de veículos foram a maioria, destacando-

22 22 se na sequência os condutores ou ocupantes de motocicletas, seguidos pelos pedestres. (MALTA, 2008). O Suplemento sobre Saúde da PNAD (2008) investigou os seguintes temas: acesso aos serviços preventivos de saúde em mulheres (25 anos ou mais de idade); saúde dos moradores (10 anos ou mais de idade), o que incluía: morbidade, cobertura de plano de saúde, acesso aos serviços de saúde, utilização dos serviços de saúde, medicamento, internação, atendimento de urgência no domicílio, violência e lesões do trânsito, e sedentarismo; mobilidade física e fatores de risco à saúde dos moradores (14 anos ou mais de idade); tabagismo (15 anos ou mais de idade). Por meio de oito perguntas, procurou-se avaliar a ocorrência dos eventos relacionados ao trânsito e a alguns fatores de risco e proteção, além de suas consequências na saúde dos moradores, permitindo a análise dos seguintes indicadores: a) proporção de pessoas que dirigem ou andam como passageiro de automóvel ou van; b) proporção de pessoas que usam cinto de segurança quando dirigem ou andam como passageiro em automóvel ou van (no banco da frente e no banco de trás); c) proporção de pessoas que se envolveram em acidente de trânsito nos doze últimos meses; e d) proporção de pessoas que deixaram de realizar quaisquer de suas atividades habituais (trabalhar, ir à escola, brincar, afazeres domésticos) por terem se envolvido no acidente (MALTA, 2008). E, constatou-se que 2,5% (IC95%: 2,4% a 2,6%) (~4,8 milhões de brasileiros) tiveram envolvimento em acidentes de trânsito (AT) nos últimos 12 meses. Os homens se envolveram em proporção 2,3 vezes superior à observada entre as mulheres. Em relação à faixa etária, as maiores proporções de envolvimento foram observadas nos grupos de 18 a 24 anos (4,4%; IC95%: 4,2% a 4,6%) e de 25 a 34 anos (4,2%; IC95%: 4,0% a 4,4%). Quanto ao estudo, foi maior a ocorrência entre as pessoas com 15 e mais anos de estudo (4,9%; IC95%: 4,6% a 5,2%). E, quanto à condição no último acidente sofrido nos últimos 12 meses, 52,9% eram condutores ou passageiro de automóvel ou van (49,9% entre homens e 59,4% entre mulheres), 30,1% eram condutores ou carona de motocicleta (33,9% entre homens e 21,8% entre mulheres), 6,8% eram condutores ou carona de bicicleta (7,6% entre homens e 5,2% entre mulheres) e 5,6% eram pedestres (4,1% entre homens e 8,7% entre mulheres). Os condutores ou passageiros de automóvel ou van predominaram no sexo feminino (59,4%), atingindo as maiores proporções nas regiões Sul (75,0%) e Sudeste (67,2%).

23 23 Entre os envolvidos em acidentes de trânsito, 30,7% referiram ter deixado de realizar as atividades habituais por consequência das lesões decorrentes do trânsito. As Regiões Norte (40,6%) e Nordeste (40,3%) apresentaram os maiores percentuais daqueles que deixaram de realizar as atividades habituais. Estes resultados vêm, pela primeira vez, estimar a população que já foi vítima de lesões no trânsito no Brasil: são cerca de 4,8 milhões de vítimas a cada ano, o que produz consequências diretas por meio do elevado custo social e econômico para o país. Onde as lesões no trânsito acometem mais a população jovem do sexo masculino, entre 18 e 34 anos, dados estes compatíveis com aqueles identificados no SIM, SIH e VIVA. A região Centro- Oeste mostra a maior proporção de vítimas das ocorrências do trânsito, também já identificado em dados do SIM, mostrando a necessidade de se reforçar as políticas de educação e de fiscalização do trânsito (MALTA, 2008). Já Trevisol (2012) objetivou de descrever o perfil dos pacientes vítimas de acidente de trânsito atendidos no serviço de emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, SC. Nessa pesquisa compreendeu-se os pacientes atendidos como vítimas de acidente de trânsito no período de dezembro de 2010 a fevereiro de Com o resultado percebeu-se que os homens correm mais riscos que as mulheres em acidentes de trânsito. O meio de transporte que causou mais acidente foi a motocicleta. Esse trabalho apresentou dados que poderão ser usados ao trabalhar a prevenção de acidentes. Sendo que alguns fatores têm sido destacados na literatura médica como determinantes da origem e da gravidade dos acidentes de trânsito. São frequentemente citados a idade, o gênero, as condições socioeconômicas, o desrespeito à legislação de trânsito - especialmente o abuso de velocidade e o consumo de bebidas alcoólicas previamente à direção de veículos automotores associados, em geral, a uma inadequada fiscalização do trânsito. A magnitude e as consequências dos acidentes de trânsito tendem a modificar-se ao longo do tempo. Por conseguinte, torna-se necessário conhecer essas modificações para subsidiar o planejamento e as ações de prevenção e controle dessas causas externas de morbimortalidade. Sabe-se que a maioria dos atendimentos em pronto socorro, especialmente os decorrentes de causas acidentais, poderia ser evitada com a adoção de medidas preventivas. Nesse contexto, estudar as causas e circunstâncias desses agravos junto à população torna-se essencial. Assim, o atual estudo buscou descrever o perfil de pacientes vítimas de acidente de trânsito, atendidos no serviço de emergência do Hospital

24 24 Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão, estado de Santa Catarina, fornecendo subsídios para o desenvolvimento de ações efetivas de prevenção e promoção da saúde (TREVISOL, 2012). Realizou-se um estudo epidemiológico com delineamento transversal, incluindo todos os pacientes atendidos no serviço de emergência do HNSC, no período de dezembro de 2010 a fevereiro de 2011, vítimas de acidente de trânsito, sem distinção de sexo ou idade (TREVISOL, 2012). A coleta de dados foi realizada entre 05 de dezembro e 28 de fevereiro de 2011, por enfermeiros, estudantes de enfermagem e estudantes de medicina treinados. Foram realizadas entrevistas com as vítimas ou seus familiares, durante a estadia no serviço de emergência do HNSC. Na entrevista utilizou-se um questionário com perguntas fechadas, sendo as questões desenvolvidas com base na literatura e trabalhos anteriores. As variáveis sociodemográficas avaliadas foram sexo, idade, cor da pele, escolaridade, estado civil e atividade ocupacional. Outras variáveis levantadas foram o tipo de transporte que sofreu ou provocou o acidente, o local da lesão, o diagnóstico e o desfecho. Na classificação do diagnóstico, foi considerado sempre o diagnóstico considerado de maior gravidade (TREVISOL, 2012). A formatação do estudo acima referendado mostra que foram incluídos no estudo 101 pacientes vítimas de acidentes de trânsito, sendo que a maioria era do sexo masculino (78,2%) e com cor de pele branca (71,3%). Os resultados levam a uma média de idade de 35,3±14,9 anos, variando de 6 a 80 anos, sendo que a maioria da amostra era composta por adultos (82,2%), o meio de transporte usado pela maioria das vítimas no momento do acidente foi a motocicleta, essa foi citada por 75 (74,3%) dos acidentados. Já o veículo de quatro rodas apareceu em 13 acidentes (12,9%), seguido pela bicicleta em 9 (8,9%). O número de pedestres vítimas de acidentes de trânsito foi de4 (4 %) (TREVISOL, 2012). E, no presente estudo, os pacientes do sexo masculino tiveram aproximadamente 40% mais risco de acidente com veículos motorizados do que as mulheres (RP=1,36; IC95%: 1,01-1,82; p=0,001). Em relação aos acidentes com pedestres, as pacientes do sexo feminino foram as mais atingidas (9,1% mulheres versus 2,5% homens), p=0,020. Em relação à idade, os idosos foram as principais vitimas de acidentes com pedestres (16,7%). O desfecho dos pacientes que chegaram à emergência do HNSC por acidente de trânsito, na sua maioria, foi alta hospitalar: 69 pacientes (68,3%),

25 25 enquanto 30 pacientes (28,7%) foram transferidos para a unidade hospitalar e 3 (3%) faleceram (TREVISOL, 2012). Os resultados da investigação supracitada revelaram que 78,2% dos pacientes vítimas de acidentes de trânsito com veículos automotores eram do sexo masculino, confirmando assim, os dados sugeridos pela literatura. Dos pacientes vítimas de acidentes de trânsito no Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma e às Emergências (SIATE) de Londrina no período de 1997 a 2000, aproximadamente 75,2% eram do sexo masculino. No estudo de Mavestio e Souza apud Trevisol (2012) foram estudados 175 indivíduos vítimas de acidentes de trânsito, e quase 90% destes eram do sexo masculino. O sexo masculino predominou também no estudo de Magalhães et al apud Trevisol (2012). A predominância do sexo masculino nos acidentes de trânsito apresenta como consequência uma maior taxa de mortalidade entre indivíduos homens, como apontado por uma revisão realizada sobre os acidentes no Brasil no período de (TREVISOL, 2012). Quanto à idade em relação a acidentes com automóveis, em estudo realizado por Bastos e colaboradores em 2005, a faixa etária predominante das vítimas foi de 20 a 29 anos, em segundo lugar de 10 a 19 anos e em terceiro a faixa etária de 30 a 39 anos. Nesse mesmo estudo, observou-se que a maioria das vítimas em vários anos consecutivos era de 10 a 39 anos em mais de 70% dos casos, dado também encontrado neste e em outros estudos (TREVISOL, 2012). Estudos como este, com levantamento das características da população atingida, possibilitam a criação e implantação de estratégias de prevenção que podem diminuir os riscos e suas consequências. Ainda, espera-se que os resultados observados sirvam de estímulo para realização de outras pesquisas que possam complementar e confirmar o conhecimento alcançado.

26 26 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Ética O presente trabalho não necessitou recorrer ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, objetivando atender a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, uma vez que trata de dados secundários, a partir das informações dispensadas pelo Hospital Municipal de Paragominas, PA Tipo de Pesquisa quantitativa. Incorre num estudo descritivo, transversal, espacial dentro da perspectiva Universo Dados epidemiológicos de acidentes de trânsito ocorridos na cidade de Paragominas/PA Amostra Situa-se num estudo espacial, percorrendo o período de 2010 a 2012, cuja amostra por conveniência permeia as informações obtidas a partir do Hospital Municipal de Paragominas, PA Instrumentos de Coleta de Dados No que tange à pesquisa observacional participante, tivemos enquanto instrumento para coleta das informações, um Diário de Campo. Instaurou-se, ainda, a construção de um Inquérito, enquanto Instrumento de Coleta de Dados, que ao consultar os arquivos do Hospital Municipal de Paragominas (HMP), PA, através dos prontuários, elegeu-se a prioristicamente, as seguintes variáveis: sexo, faixa etária,

27 27 raça/cor, tipos de acidentes, ano em série (2010 a 2012). Quanto aos tipos de acidentes eram considerados acidentes de motocicleta /motonetas, os acidentes relacionados com a própria moto, abalroamento com outra moto, com automóveis, ciclistas, pedestres e animais. Já os acidentes de carros eram analisados os acidentes com do próprio automóvel, envolvidos com motocicletas/motonetas, pedestres, ciclistas, animais Plano para Coleta dos Dados Foi realizado um contato inicial com a realidade da cidade de Paragominas/PA, utilizando-se a Unidade de Emergência objetivando uma pesquisa observacional participante, a partir de um diário de campo, para situar o contexto dos acidentes de trânsito ocorridos por um período determinado. Além desse trabalho, parte etnográfico de inserção no cenário de acolhimento aos traumatizados pelos acidentes de trânsito Unidade de Emergência recorreu-se as informações sistematizadas do próprio HMP e do DETRAN/Paragominas, PA Plano para a Análise dos Dados Os dados foram tabulados num banco de dados e analisados a partir do software Microsoft Office Excel A partir desse momento foram transformados em gráficos e analisados em conformidade com o que apresentou o referencial teórico.

28 28 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Para os estudos compreensivos, ou seja, o construto de um fenômeno ou de uma situação, desenvolvido pelo pesquisador é necessário que contenha todos os requisitos que precisam ser observados na realidade que ocorre o fenômeno de estudo. O tipo ideal de sintetizar e evidenciar os traços típicos e originais de determinado fenômeno acidentes de trânsito faz com que se torne inteligível, ampliando as informações estatísticas, através de um desenho de estudo que remeta, também, a observação participante, caracterizando numa perspectiva de proximidade com o método etnográfico. Nesse sentido, uma pesquisa epidemiológica articulada com o estudo baseado na fenomenologia sociológica se voltando para a compreensão, com detalhes, de como os diferentes atores se comportam frente ao processo que estão vivenciando, é de grande valia para essa realidade social. O fluxo do atendimento ao paciente lesionado por acidente de trânsito no Pronto Socorro Municipal (PSM) de Paragominas-PA, seja por acidente carro ou moto, o usuário é recolhido pela ambulância do Corpo de Bombeiros, entregue na Urgência do PSM, sendo encaminhado para a Sala de Emergência, onde é recebido pela equipe técnica (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem). Nesse momento, recebe os primeiros atendimentos/procedimentos, observa-se o nível de gravidade, lesão menos grave e o tratamento/intervenção é realizado no próprio hospital. Os casos de lesão grave são encaminhados para hospital em Belém, onde será realizado o tratamento. Nesse sentido, inicia-se o tratamento ao usuário e são colhidas informações, realizados os procedimentos do tipo exames, medicação, etc. A intervenção é realizada até a alta do usuário, caso necessário o paciente é encaminhado ao Centro de Fisioterapia Municipal até o término do seu tratamento (vide anexo 2). Na observação participante, junto à Unidade de Emergência Hospital Municipal de Paragominas/PA, desencadeada o período de 14 a 24 de abril de 2013, situando os períodos vespertinos e noturnos, as congruências de acidentes ancoraram atropelamentos, colisões entre motos, quedas de moto, atropelamento de bicicletas, e outros.

29 29 Assim, descrevemos que por volta das 17h chegou uma criança de três anos atropelada por motocicleta, ela foi trazida pelo próprio atropelador na emergência e recebida pela técnica de enfermagem que limpou o ferimento, em seguida a criança foi atendida pelo médico plantonista, o qual a examinou e solicitou raios-x, no mesmo momento foi realizado o exame e diagnosticado fratura na clavícula direita, a paciente foi medicada e encaminhada para mobilizar a área fraturada, ficou em observação por aproximadamente 3h e por fim foi liberada para sua casa e foi solicitado seu retorno no dia seguinte para consulta com médico traumatologista. Salientamos que este caso foi o único acidente do dia. Pautamos ainda o cenário circunscrito quando uma mulher de 30 anos deu entrada na emergência às 18h com escoriações no tornozelo causada por queda de moto ao dar de encontro com outra motocicleta, ela foi levada pela pessoa que causou a colisão, o técnico de enfermagem ao recebê-la fez a limpeza do tornozelo, em seguida o médico a examinou, medicou e solicitou raios X do local, com o resultado do exame foi diagnosticado torção do tornozelo, logo em seguida foi mobilizado a área atingida e a paciente foi liberada. Observe-se que esse foi o único acidente do dia, quando no dia anterior aconteceram dois óbitos por acidente de moto. As anotações permearam ainda a situação de um rapaz de 28 anos que deu entrada no hospital às 13h com escoriações pelo corpo, devido à queda de motocicleta, quando trafegava pela estrada um animal atravessou a pista e ao tentar desviar a motocicleta virou, o rapaz teve escoriações por várias áreas do corpo, principalmente nos membros superiores e inferiores, inicialmente o paciente foi recebido pelo técnico de enfermagem que fez a limpeza das áreas afetadas, logo depois foi atendido pelo médico que o examinou, medicou e o encaminhou para realizar exame de Raios-X, com o resultado do exame foi mobilizado as áreas com escoriações e o paciente ficou em observação por 6 horas e por fim liberado. Observou-se ainda o traslado pelo Corpo de Bombeiros (CB) às 15h de um homem de 30 anos de idade com suspeita de fratura no braço por atropelamento, segundo o paciente, na madrugada voltava para casa na bicicleta e foi atingido por uma Kombi que o derrubou na via, o motorista da Kombi tentou prestar socorro, mas a vítima não aceitou, foi para sua casa dormir e depois de sentir fortes dores chamou pelo CB que o levou para emergência, o paciente relatou que estava embriagado na bicicleta. O paciente foi atendido pelo médico que o examinou,

30 30 medicou e solicitou Raios X do braço, com o resultado foi diagnosticado fratura do braço, foi mobilizado a área e encaminhado para consulta no primeiro dia útil com o traumatologista no próprio hospital e o paciente foi liberado para casa. O diário de campo aponta para um paciente de 26 anos que deu entrada no hospital por volta das 17h por queda de motocicleta, ao trafegar pela via molhada a moto deslizou e derrubou o motociclista e sua esposa, apenas ele se machucou no acidente que ainda conseguiu levar a moto até a emergência do hospital, ao ser atendido pelo médico foi logo medicado e encaminhado para Raios X, foi diagnosticado com trauma no joelho, o rapaz teve o joelho mobilizado e foi encaminhado para consulta com o traumatologista no próprio hospital no primeiro dia útil e logo depois foi liberado para casa. Vale salientar que segundo informações coletadas e anotadas dos técnicos de plantão, esses dias em que estivemos no hospital eles se caracterizaram como atípicos, pois diariamente ocorreram vários acidentes, principalmente, com motocicleta. Raramente são acidentes de carros de passeio. Os próprios técnicos relataram que esse fato pode estar relacionado com a blitz, que vem ocorrendo constantemente na cidade pois, motoristas que andam irregulares afugentam-se para não serem pegos e, geralmente, são os que mais causam acidentes. Esse período também tem se mostrado chuvoso na região e, consequentemente, com as chuvas os motociclistas evitam andar nas vias regulares e, atribuem também, ao fato de começar a falta de recursos financeiros na Cidade, após a segunda quinzena. A falta desse recurso financeiro incorre na redução do uso/abuso de bebida alcoólica e muitos acidentes e atropelamentos estão relacionados a esse fator, que está atrelado geralmente no ocasionamento de inúmeros acidentes, principalmente nos fins de semana. O trânsito da cidade de Paragominas/PA é reconhecido no estado por ser um dos mais organizados em relação às vias, sinalização e fiscalização. Atualmente a cidade possui uma frota de veículos. Segue Gráfico 04 demonstrando a distribuição dos principais meios de transporte licenciados junto ao DETRAN.

31 31 Gráfico 04 Distribuição dos principais meios de locomoção licenciados pelo DETRAN. Paragominas, PA: 2010 a Fonte: DETRAN/Paragominas, PA Conforme os dados apresentados, percebe-se a distribuição dos meios de transporte em Paragominas apontando o maior número de veículos licenciados para a motocicleta correspondendo a 43% da frota, em seguida vem o automóvel com 22%, a motoneta com 14%, a caminhonete com 8% e o ônibus 1%. Verifica-se a motocicleta como o meio de transporte mais usado no município, o que pode ser justificado pelo baixo custo na aquisição do veículo, facilidades para efetuar a compra, agilidade na locomoção e insuficiência no transporte público, pois os dados especificados demonstram uma frota de ônibus licenciados no município de 1% para uma população de ,00 habitantes, segundo senso IBGE/2010. Há algumas décadas a motocicleta era usada comumente para o lazer, porém com o crescimento das cidades, transporte público precário e facilidade de locomoção, tornou-se uma ferramenta de trabalho para locomover-se de um ponto a outro, e também como instrumento de trabalho para transporte de pessoas e objetos como utilizam os profissionais de mototaxi e motoboy. Dentre as cidades de Pará, o município de Paragominas é uma das poucas em que as autoridades governamentais mantêm esforços conjuntos para reduzir o número de acidentes de trânsito na cidade, mantendo uma fiscalização efetiva e

32 32 dando condições de tráfego na cidade, entretanto, entende-se que estas ações ainda não são suficientes, pois os acidentes ainda ocorrerem num volume acentuado, como demonstra o gráfico 05 que apresenta dados sobre os acidentes ocorridos nos anos de 2010 à Gráfico 05 Distribuição da prevalência dos casos de acidentes de trânsito. Paragominas, PA: 2010 a Fonte: DETRAN/Paragominas, PA Verifica-se um incremento no número de acidentes ao longo dos últimos três anos, em comparação ao ano de 2010 a 2011, houve um aumento de 12%, já de 2011 para 2012 cresceu em 2% o número de AT, no total ocorreu o número acidentes com vítimas. Dessa forma, percebe-se um crescimento nas taxas de acidentes de trânsito, nem mesmo a rigidez da chamada Lei Seca, com tolerância 0% de álcool no sangue dos condutores de veículos foi capaz de reduzir esses índices. Embora não tenho sido feito essa correlação no estudo, foi verificado um elevado número de acidentados no trânsito dando entrada no HMP com ingestão de álcool apontado nos prontuários analisados. Quando estratificamos, pontuando pela característica do veículo, os resultados a partir do gráfico 06 apontam para uma ascendência, ano a ano, das motocicletas sobre os demais veículos, levando-nos a pensar sobre a condição da supremacia do risco desse tipo de transporte em relação a outros. Isso vem corroborar com outros estudos que apontam a motocicleta enquanto veículo de extremo risco para a integralidade da saúde do cidadão, ou seja, uma exposição ao risco eminente.

33 33 Gráfico 06 Distribuição da prevalência dos casos de acidentes de trânsito por carro e moto. Paragominas, PA: 2010 a Fonte: DETRAN/Paragominas, PA Esses dados apresentam resultados idênticos aos estudos realizados por Rocha (2013) em que o maior número de acidentes de trânsito ocorreu por meio de motocicletas, em que as taxas relativas a acidentes de motocicletas projetaram uma elevação de 42,2% no período de 2005 a Entretanto, o número de AT envolvendo automóveis é considerado estável, pois não houve um crescimento significativo, este fato merece destaque por não ter havido crescimento de AT. Analisando os dados apresentados no gráfico 07, verifica-se que o turno noturno sobrepõe-se em quantidade de acidentes comparando com outros horários, pois apresentou uma taxa de 46% de acidentes, seguindo do horário vespertino. Onde diversos fatores podem ser responsáveis pelos elevados números de acidentes no horário noturno, ocorrendo com maior frequência no início da noite, horário em que as vias apresentam um grande volume de veículos, desatenção do motorista pelo cansaço do final de expediente de trabalho e pressa para chegar em casa. Entretanto, essas informações trazem dados importantes na análise de soluções para redução de acidentes.

34 Gráfico 07 Distribuição sobre os acidentes de trânsito, por turnos no período de 2010 a Paragominas, PA: Fonte: DETRAN/Paragominas, PA Em relação à frequência de acidentes por faixa etária, de acordo com gráfico 08 houve a predominância de acidentes no grupo de 20 a 29 anos, nessa faixa os números mereceram destaque pela maior proporção de acidentes no período analisado. Esses dados correspondem ao estudo realizado por Rocha (2013) é relevante considerar que as faixas de 20 a 29 e de 30 a 39 anos possuem um maior risco de se envolver em acidentes, pois ao comparar o número de vítimas com a população dos respectivos grupos podemos perceber uma concentração maior de pessoas envolvidas. Gráfico 08 Distribuição de frequência por faixa etária. Paragominas/PA. Fonte: DATASUS, 2013.

35 35 Em comparação à frequência por sexo, ao longo de todo o período analisado, Gráfico 09, o sexo masculino esteve no topo dos índices de acidentes de trânsito. Isso pode estar vinculado ao conceito hegemônico de masculinidade, onde ser homem é ser viril, forte, audacioso, ser desafiador, incorrer no risco (RISCADO et al., 2012). Gráfico 09 Distribuição de frequência por sexo. Paragominas/PA. Fonte: DATASUS, E esse número de AT foi aumentando ao longo dos anos, chegando quase dobrar de 2000 para 2010 de (576 para 1227 AT), com exceção do ano de 2009 que teve uma pequena queda, o sexo feminino manteve um índice estável de número de acidentes, pois a taxa de acidente apresentou um aumento discreto. Quanto à distribuição de frequência por raça/cor, foi elevado o índice de acidentes pelos indivíduos na cor parda, que acrescido à preta temos uma população negra bastante exposta, isto quer dizer que, discrepâncias ainda são visíveis, a que esse segmento populacional se mostra, quando comparado a outros.

36 36 Gráfico 10 Distribuição de frequência por raça/cor. Paragominas/PA. Fonte: DATASUS, A população negra é preponderante na região, logo seria considerado normal que se destacasse em relação às demais cor de pele, pois há uma elevada miscigenação de raças no município por pessoas vindas de todas as partes do Brasil. Em seguida observamos que a cor branca tem uma parcela de significância no quadro que se apresenta.

37 37 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Vale salientar que nossas observações apontam para um sistema informatizado ainda inconsistente e novato, carecendo de investimentos informatizados e que sejam alimentados constantemente. Esse fator dificulta na possibilidade de criação de estratégias para o campo da saúde pública e consequentemente os órgãos de saúde. O estudo apresentou o meio de transporte mais usual e predominante no município de Paragominas, Pa, a motocicleta, a qual prevaleceu sobre o automóvel, seguido da motoneta e caminhonete. Isso se reflete no número elevado de acidentes com motocicletas comparados acidente de automóveis, pois verificou-se um incremento em números de acidentes ao longo dos três anos estudados, considerando que estes números representam primordialmente os acidentes com motocicletas. Dois dados importantes a serem considerados, de alguma forma os índices de acidentes por automóveis mantiveram-se estáveis, essas informações são relevantes, uma vez que o objetivo principal é a queda desses números, mas por outro lado, os acidentes com motocicleta cresceram num contínuo assustador. Esses dados merecem atenção das autoridades públicas, pois além dos motociclistas serem mais vulneráveis a acidentes, geralmente os danos são muito mais graves e as sequelas irreversíveis. Esses dados demonstram a necessidade de um estudo no âmbito do trânsito voltado para o público de motociclistas, considerando os aspectos que implicam no uso correto da condução deste meio de transportes, através de instrumentos de segurança, condições do veículo, comportamentos do motociclista e legislação de trânsito. Entende-se a fiscalização permanente como um dos fatores responsáveis na redução dos índices de acidentes, porém, outros fatores têm a mesma importância como, a boa formação do condutor, a educação de trânsito vindo desde a base da educação escolar, campanhas de trânsito inteligentes em todos os tipos de mídias, No que diz respeito à faixa etária, o grupo mais envolvido em acidentes nessa pesquisa ratifica o que já foi verificado em estudos anteriores, os quais apresentam a faixa etária entre 20 a 29 anos com frequência preponderante em AT. Nesse

38 38 estudo não foi diferente, apresentou números idênticos como o grupo etários mais envolvidos em acidentes entre 20 a 29 anos. Em relação à frequência do sexo predominou o sexo masculino, o qual manteve-se elevado durante todo o período analisado. Esse fato pode dar em função da maior exposição dos homens a frente da condução de veículos. O resultado desta pesquisa está de acordo com o estudo realizado por Trevisan (2012) destacando os homens com maior índice de acidente. Quanto às aos horários com maior frequência de acidentes, destacou-se o horário noturno, seguido do turno vespertino. Estudos realizados por Rocha (2013) houve um resultado invertido, porém o que há em comum é predominância dos acidentes no final da tarde para o anoitecer, horário em que a iluminação natural perde espaço para artificial, em que aumentam o número de veículos em circulação e que o cansaço pelo fim do expediente ganha força, fazendo com que o condutor perca em atenção e reflexos. Outro dado que prevaleceu foi quanto à raça/cor com elevada frequência para cor parda, a qual se justifica por ser essa cor predominante aos moradores da região devido a miscigenação da população local. Essa pesquisa trata-se de estudo inicial, entretanto, traz elementos importantes sobre as características de acidentes de Trânsito no município de Paragominas/PA no período estudado, os quais poderão servir de embasamento para estudos posteriores e para o próprio poder público na realização de ações direcionadas para reduzir o número de acidentes, podendo com os dados melhor entender a realidade local e buscar soluções em cima dos problemas apontados. É importante ressaltar que a tão esperada queda nos índices de acidentes de trânsito poderá acontecer no momento em que houver um trabalho conjunto tanto da sociedade civil quanto do poder público direcionado para educação e mudanças de comportamento dos condutores. Em saúde pública o ideal é trabalhar a prevenção, reconhecendo o problema para enfrentá-lo de maneira eficiente, dessa forma os ganhos virão para toda sociedade.

39 39 REFERÊNCIAS BACCHIERI, Giancarlo; BARROS, Aluísio JD. Acidente de trânsito no Brasil de 1998 a 2010: muitas mudanças e poucos resultados. Rev. Saúde Pública [online]. 2011, vol.45, n.5, pp Epub Sep 16, ISSN disponível em: MAGALHÃES, Andréa; LOPES, Creso; KOIFMAN, Rosalina; Muniz, Pascoal. Prevalência de acidentes de trânsito auto-referidos em Rio Branco, AC. Rev. Saúde Pública, vol. 45, n. 4, pp São Paulo; Epub 20-Maio-2011 MALTA, Deborah Carvalho et al. Análise das ocorrências das lesões no trânsito e fatores relacionados segundo resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)- Brasil, Ciênc. saúde coletiva vol.16 no.9, pp , Rio de Janeiro; 2011 MORAIS NETO, Otaliba Libânio de et al. Mortalidade por acidentes de transporte terrestre no Brasil na última década: tendência e aglomerados de risco. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.9, pp RISCADO et al. A construção social da masculinidade e a repercussão na saúde do homem. In: RISCADO, JLS e OLIVEIRA, MAB. Quilombolas, guerreiros alagoanos: aids, prevenção e vulnerabilidades. Maceió: Edufal, ROCHA, Greiciane da Silva e SCHOR, Néia. Acidentes de motocicleta no município de Rio Branco: caracterização e tendências. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2013, vol.18, n.3, pp TREVISOL, Daisson José; BOHM, R L; VINHOLES, D B. Perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de acidentes de trânsito atendidos no serviço de emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição em Tubarão, Santa Catarina. Scientia Medica (Porto Alegre) 2012; volume 22, número 3, p disponível em: / em 04 de maio de acessado acessado em 06 de maio de 2013.

40 40 ANEXOS Ficha Individual de Cadastro e Atendimento no Pronto Socorro Horário de Entrada: Nome Endereço RG Data de Nasc.: Bairro: Data de Atend.: Ocupação principal Nome do Pai Nome da mãe Vítima de acidente de trânsito? Sim ( ) Não ( ) Trânsito ( ) Trabalho ( ) Domiciliar ( ) Vítima de agressão? Sim ( ) Não ( ) Outros ( ) Especifique Antirrábico ( ) FAB ( ) FAF( ) Cônjuge ( ) Outros ( ) Especifique Queixa principal: Atendimento realizado: ATENDIDO POR Médico ( ) Enfermeiro ( ) Aux. De Enfermagem ( )

41 FLUXO DO ATENDIMENTO AO PACIENTE LESIONADO POR ACIDENTE DE TRÂNSITO NO PRONTO SOCORRO MUNICIPAL (PSM) DE PARAGOMINAS-PA 41

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