TRANSPORTE DE SEDIMENTOS NO SUL DE PORTUGAL. Rios Tejo e Guadiana
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- Vítor Gabriel da Mota Castelhano
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1 TRANSPORTE DE SEDIMENTOS NO SUL DE PORTUGAL Rios Tejo e Guadiana A metodologia proposta baseia-se na integração de modelos hidrológicos com Sistemas de Informação Geográfica, de uma forma distribuída, para o cálculo do escoamento mensal. O modelo de precipitaçãoescoamento utilizado foi o de Temez, que, simula o escoamento de uma bacia em função de dados climatológicos (precipitação e evapotranspiração potencial) e variáveis de estado optimizadas, reproduzindo os processos essenciais do transporte de água das diferentes fases do ciclo hidrológico. A metodologia desenvolvida foi aplicada na parte portuguesa da bacia hidrográfica do rio Guadiana, tendo por base as observações das estações udométricas e climatológicas para o cálculo da distribuição espacial da precipitação e da temperatura. O modelo vai assim, calcular mapas mensais de escoamento a partir de mapas mensais de precipitação e de evapotranspiração potencial, obtendo-se assim o escoamento distribuído em toda a bacia hidrográfica permitindo visualizar quais as sub-bacias que mais contribuem para a acumulação de água nos rios. Para a validação do modelo comparam-se os resultados da acumulação de escoamento nas linhas de água com os valores dos caudais reais das estações hidrométricas. INAG DSRH Maria Fernanda Teixeira Gomes e Rui Rodrigues FRIEND 97 - Postoina, Eslovenia
2 Outubro 1997 Área de Estudo As bacias dos rios Tejo e Guadiana compreendem cerca de 40% da área total de Portugal. A região sul de Portugal é caracterizada por um clima do tipo mediterrâneo com precipitações anuais a variarem entre os 500 mm na região Sudoeste de Moura e Mértola e os 1500 mm na zona da Serra dos Candeeiros (a Norte de Lisboa) As temperaturas médias variam entre os 12C's e 18 C's. Os rios apresentam um regime variável ou quase torrencial, cujos valores médios de escoamentos nas secções de medição são apresentados na tabela seguinte Estação Rio Área (Km 2 ) Escoamento Anual Médio (mm) Escoamento Anual Médio (hm 3 ) Almourol Ómnias Tejo Pte. Mourão Pulo Lobo Guadiana
3 Transporte Sólido em Suspensão A presente análise baseia-se em dados recolhidos em campanhas de medição efectuadas nas décadas de 80 e 90.* * Principais características do transporte sólido em suspensão nas estações de medição seleccionadas: Curvas de Caudal Sólido em Suspensão
4 Período Estatística Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Transporte Sólido em Suspensão Anual Médio para cada Estação Analisada Transporte Sólido em Suspensão (ton/ano) Bacia do Rio Tejo Bacia do Rio Guadiana 1987/ / /1985 Tramagal Almourol Ómnias M. Arregota P. Mourão Pulo Lobo As bacias dos rios Tejo e Guadiana nas estações de medição seleccionadas, são da mesma ordem de grandeza. Devido às diferentes características geomorfológicas e climáticas, os regimes de escoamento e de transporte são necessáriamente diferentes, embora se possam estabelecer algumas comparações para troços semelhantes, tendo em conta as diferentes granulometrias do material de fundo e a deposição de material em albufeiras a montante. * * Embora representativos, estas campanhas não podem ser directamente comparadas porque não correspondem aos mesmos períodos de medição. Principais características do tranporte sólido em suspensão nas estações de medição seleccionadas :
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6 Bacia do Rio Tejo Estatística Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Tramagal (87/92) Almourol (87/92) Ómnias (87/92) Q (m 3 /s) Qss (kg/s) Css (kg/m Q (m 3 /s) Qss (kg/s) Css (kg/m Q (m 3 /s) Qss (kg/s) Css (kg/m Q-Caudal Qss-Caudal Sólido em Suspensão Css-Concentração Média SS Principais características do tranporte sólido em suspensão nas estações de medição seleccionadas :
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8 Bacia do Rio Guadiana Estatística Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Mte. Arregota (83/89) Pte. Mourão (80/85) Pulo do Lobo (80/85) Q (m 3 /s) Qss (kg/s) Css (kg/m Q (m 3 /s) Qss (kg/s) Css (kg/m Q (m 3 /s) Qss (kg/s) Css (kg/m Q-Caudal Qss-Caudal Sólido em Suspensão Css-Concentração Média SS Propriedades do Material de Fundo
9 Existem grandes diferenças nos diâmetros característicos do material de fundo e sua variabilidade, nas duas bacias hidrográficas, que explica em parte as diferenças e particularidades dos regimes de escoamento e do transporte de sedimentos em cada bacia. Tejo e Guadiana Curvas granulométricas características do material de fundo para cada uma das secções de medição.
10 Valores da média e desvio padrão para alguns diâmetros característicos do material de fundo nas estações seleccionadas. Estação Tramagal Almourol Ómnias Período 1984/ / /1990 Diâmetro Equivalente (mm) Média Desvio Padrão D5 D20 D50 D90 D5 D20 D50 D Bacia do Rio Tejo Curvas granulométricas características do material de fundo para cada uma das secções de medição.
11 Valores da média e desvio padrão para alguns diâmetros característicos do material de fundo nas estações seleccionadas : Estação Período Diâmetro Equivalente (mm) Média Desvio Padrão D5 D20 D50 D90 D5 D20 D50 D90 Mte Arregota 1983/ Pte.Mourão 1979/ Pulo do Lobo 1980/ Bacia do Rio Guadiana
12 Estação Pte. Mourão É claramente visível a variação da distribuição granulométrica do material de fundo ao longo do tempo e a sua relação com os regimes de escoamento.
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