O Planeamento das Áreas Protegidas em Portugal
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- Marco Lencastre Macedo
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1 O Planeamento das Áreas Protegidas em Portugal Gestão e ordenamento do território Henrique Miguel Pereira Rede Fundamental da Conservação da Natureza Sistema Nacional de Áreas Classificadas Rede Nacional de Áreas Protegidas Rede Natura 2000 Demais áreas classifcadas ao abrigo de compromissos internacionais Áreas de ConFnuidade Reserva Ecológica Nacional (DL 166/2008) Reserva Agrícola Nacional Domínio Público Hídrico (Lei 54/2005) Decreto-Lei 142/2008: Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade 1
2 Sistema Nacional de Áreas Classificadas Rede Nacional de Áreas Protegidas Parque Nacional Parque Natural Reserva Natural Paisagem Protegida Monumento Natural Rede Natura 2000 Zonas de Protecção Especial (DirecFva Aves) SíFos de Importância Comunitária (DirecFva Habitats) Instrumentos de Gestão e Ordenamento do Território Plano de Ordenamento de Áreas Protegidas Zona Protecção Complementar Zona Protecção Parcial Zona Protecção Total Plano Sectorial da Rede Natura 2000 RCM 115A/2008 Outros Planos Especiais (Albufeiras, Costa) Planos Directores Municipais 2
3 Rede Natura 2000 Rio Minho Litoral Norte Serras da Peneda e Gerês Rio Lima Litoral Norte Valongo Alvão / Marão Serra de Montemuro Barrinha de Esmoriz Rio Paiva Serras da Freita e Arada Rio Vouga Montesinho / Nogueira Samil RomeuMoraisMinas de St. Adrião Rios Sabor e Maçãs Douro Internacional Carregal do SalSerra da Estrela Malcata Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas Complexo do Açor Paúl de Arzila Serra da Lousã Gardunha Sicó / Alvaiazere Azabuxo / Leiria Arquipélago da BerlengaSerras de Aire e Candeeiros Nisa / Lage da Prata Arquipélago da Berlenga São Mamede Peniche / Santa Cruz Serra de Montejunto Cabeção Caia Estuário do Tejo Sintra / Cascais Arrabida / Espichel Monfurado Guadiana / Juromenha Estuário do SadoCabrela Comporta / Galé Alvito / Cuba Alvito / CubaMoura / Barrancos Guadiana Costa Sudoeste Monchique Caldeirão Arade / OdeloucaBarrocal Cerro da Cabeça Ria de Alvor Ria Formosa / Castro Marim RNAP 3
4 Espécies protegidas pelas Directivas Aves e Habitats Aves Todas as aves selvagens Um conjunto de aves está listado no Anexo A- 1 com sendo espécies de interesse comunitário Entre estas algumas são consideradas prioritárias (e.g. Sisão, Abetarda) Plantas e outros animais Um conjunto de plantas e animais estão listados nos Anexos B- II (espécies de interesse comunitário) e B- IV (espécies que exigem protecção rigorosa) Entre estas algumas são consideradas prioritárias (e.g. Lobo) Espécies animais protegidas nas Directivas É proibido Capturar, abater ou deter os espécimes respec- Fvos, qualquer que seja o método uflizado; Perturbar esses espécimes, nomeadamente du- rante o período de reprodução, de dependência, de hibernação e de migração, desde que essa per- turbação tenha um efeito significafvo; Destruir, danificar, recolher ou deter os seus ninhos e ovos, mesmo vazios; Deteriorar ou destruir os locais ou áreas de reprodução e repouso dessas espécies. 4
5 Habitats protegidos pela Directiva Habitats Anexo B- 1 Lista de habitats de interesse comunitário Entre estes alguns prioritários (e.g. Laurissilvas macaronésias) Regime de protecção Ordenamento do território AIA, AIncA Vigilância e fiscalização 1 2 Tabela 1. Variação da área de ocupação dos habitats naturais a três escalas temporais (Fonte: Plano sectorial da Rede Natura, ICN, 2006b) anos anos anos Habitats costeiros e vegetação halófila Águas marinhas e meios sob influência das marés Falésias marinhas e praias de calhaus rolados? / Sapais e prados salgados atlânticos e continentais Sapais e prados salgados mediterrânicos e termoatlânticos Estepes salgadas mediterrânicas (Limonietalia)? Dunas marítimas e interiores Dunas marítimas das costas atlânticas Dunas marítimas das costas mediterrânicas Dunas interiores, antigas e descalcificadas? Habitats de água doce Águas paradas?/ Água corrente Charnecas e matos das zonas temperadas (urzais, estevais, tojais) Matos esclerófilos Matos submediterrânicos e temperados (comunidades arbustivas com buxo, piornos-serranos e matos baixos com Cistus palhinhae) Matagais arborescentes mediterrânicos (zimbro e louro) Matos de euforbiáceas (Arrábida) e matagais altos e matos baixos mesoxerófilos mediterrânicos. Friganas Formações herbáceas naturais e seminaturais Prados naturais Formações herbáceas secas seminaturais e fácies arbustivas Montados Pradarias húmidas seminaturais de ervas altas Prados de fenos pobres de baixa altitude Turfeiras altas, turfeiras baixas e pântanos (turfeiras ácidas de Sphagnum) Habitats rochosos e grutas Depósitos de vertente rochosos?/ Vertentes rochosas com vegetação casmofítica Outros habitats rochosos Grutas (emersas / submersas) / / / Florestas Florestas da Europa temperada (carvalhais, aveleirais, freixiais e amiais) Florestas mediterrânicas caducifólias (carvalhais, outeiros e florestas - galeria com salgueiros e choupo) Florestas esclerófilas mediterrânicas (bosques de zambujeiro e alfarrobeira, de sobreiro, de azinheira e de azevinho) Florestas de coníferas das montanhas mediterrânicas e macaronésias (bosques de teixo e com zimbro) 3 5
6 Reserva Ecológica Nacional (DL 166/2008) Delimitação feita pelas câmaras de acordo com orientações estratégicas nacionais A REN é uma estrutura biofísica que integra o conjunto das áreas que, pelo valor e sensibilidade ecológicos ou pela exposição e susceptibilidade perante riscos naturais, são objecto de protecção especial. A REN é uma restrição de utilidade pública, à qual se aplica um regime territorial especial que estabe- lece um conjunto de condicionamentos à ocupação, uso e transformação do solo. Reserva Ecológica Nacional Áreas integradas na REN Áreas de protecção do litoral Faixa marítima de protecção costeira; Praias; Restingas e ilhasbarreira; Tômbolos; Sapais; Ilhéus e rochedos emersos no mar; Dunas costeiras e dunas fósseis; Arribas e respectivas faixas de protecção; Faixa terrestre de protecção costeira; Águas de transição e respectivos leitos; Zonas de protecção das águas de transição. As áreas relevantes para a sustentabilidade do ciclo hidrológico terrestre Cursos de água e respectivos leitos e margens; Lagoas e lagos e respectivos leitos, margens e faixas de protecção; Albufeiras que contribuam para a conectividade e coerência ecológica da REN, bem como os respectivos leitos, margens e faixas de protecção; Áreas estratégicas de protecção e recarga de aquíferos. 6
7 Reserva Ecológica Nacional Áreas integradas na REN (continuação) As áreas de prevenção de riscos naturais Zonas adjacentes; Zonas ameaçadas pelo mar não classificadas como zonas adjacentes (Lei 54/2005); Zonas ameaçadas pelas cheias não classificadas como zonas adjacentes nos termos da Lei da Titularidade dos Recursos Hídricos; Áreas de elevado risco de erosão hídrica do solo; Áreas de instabilidade de vertentes. Reserva Ecológical Nacional Actividades interditas a) Operações de loteamento; b) Obras de urbanização, construção e ampliação; c) Vias de comunicação; d) Escavações e aterros; e) Destruição do revestimento vegetal, não incluindo as acções necessárias ao normal e regular desenvolvimento das operações culturais de aproveitamento agrícola do solo e das operações correntes de condução e exploração dos espaços florestais. Exceptuam-se do disposto no número anterior os usos e as acções que sejam compatíveis com os objectivos de protecção ecológica e ambiental e de prevenção e redução de riscos naturais de áreas integradas em REN 7
8 Domínio Público Hídrico (Lei 54/2005) O domínio público hídrico compreende o domínio público marítimo, o domínio público lacustre e fluvial e o domínio público das restantes águas. Definição de margem A margem das águas do mar, bem como a das águas navegáveis ou flutuáveis que se encontram à data da entrada em vigor desta lei sujeitas à jurisdição das autoridades marítimas e portuárias, tem a largura de 50 m. A margem das restantes águas navegáveis ou flutuáveis tem a largura de 30 m. A margem das águas não navegáveis nem flutuáveis, nomeadamente torrentes, barrancos e córregos de caudal descontínuo, tem a largura de 10 m. 8
9 Reserva Agrícola Nacional (DL 73/2009) A RAN constitui uma restrição de utilidade pública, à qual se aplica um regime territorial especial, que estabelece um conjunto de condicionamentos à utilização não agrícola do solo, identificando quais as permitidas tendo em conta os objetivos do presente regime nos vários tipos de terras e solos. A elaboração técnica da proposta de delimitação da RAN do concelho é da competência da Câmara Municipal que, para esse efeito, solicita à entidade competente (Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro) a proposta de áreas classificadas de acordo com o previsto no RJRAN 9
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