UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM Bárbara Hannelore da Silva Mendes * Sérgio Viana Peixoto ** Perfil demográfico e epidemiológico do município de Ribeirão das Neves, Minas Gerais: desafios e perspectivas para a gestão do Sistema Único de Saúde. Demographic and epidemiological profile of Ribeirão das Neves, Minas Gerais: challenges and perspectives for the management of the Sistema Único de Saúde (National Health System) BELO HORIZONTE 2013 * Bacharel em Gestão de Serviços de Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais. barbarahannelore.gestaoemsaude@gmail.com ** Doutor em Saúde Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005). Professor Adjunto da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais e Pesquisador em Saúde Pública do Centro de Pesquisas René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz. peixotosv@gmail.com

2 RESUMO: A utilização da epidemiologia é uma ferramenta fundamental para o planejamento de saúde. A elaboração de diagnósticos da situação de saúde de uma população permite que o planejamento das ações e oferta de serviços de saúde sejam realizados de acordo com as necessidades observadas daquela população. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi descrever o perfil demográfico e epidemiológico do município de Ribeirão das Neves em 2010, e apontar os desafios e perspectivas para o Sistema Único de Saúde, utilizando os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do DATASUS. Observou-se que o município de Ribeirão das Neves está passando pelo processo de transição demográfica, e, consequentemente, terá de enfrentar os desafios do envelhecimento da população. A transição epidemiológica encontra-se em curso no município, e apresenta os aspectos da transição prolongada com a coexistência das doenças transmissíveis, não transmissíveis e causas externas. As mortes por causas mal definidas também representam um grande desafio para o município. Os desafios identificados envolvem a articulação de uma rede de cuidados que conte com a participação das secretarias de saúde e segurança, além da participação social e de organizações não-governamentais. PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia, Perfil de Saúde, Planejamento em Saúde.

3 INTRODUÇÃO O saber epidemiológico tem fornecido uma grande contribuição para o planejamento em saúde. O uso da epidemiologia no planejamento e na gestão dos serviços de saúde pode se dar de diferentes formas, como na elaboração dos diagnósticos e situações de saúde, organização de ações e serviços e avaliação de sistemas, políticas, programas e serviços de saúde. Nesse contexto, um dos grandes desafios para o planejamento e gestão em saúde é a articulação entre os dados apontados pela epidemiologia e a relação entre os problemas de saúde, as condições de saúde e de vida, e os determinantes histórico-estruturais da população. 1,2 A transição epidemiológica pode ser entendida como uma alteração dos padrões de morbidade e mortalidade de uma população, que envolve três mudanças básicas: substituição das doenças transmissíveis pelas não-transmissíveis e causas externas; transição da maior carga de morbi-mortalidade dos grupos mais jovens para os grupos mais idosos; e transformação de uma situação em que a mortalidade é predominante para outra em que a morbidade é dominante. 3 Na transição epidemiológica observada no Brasil, diferentemente de outros países industrializados, coexistem as doenças transmissíveis e as doenças crônicas não transmissíveis - DCNT. Esta transição prolongada do perfil epidemiológico representa um grande desafio para os formuladores de políticas públicas de saúde, que precisam lidar com a incorporação tecnológica para o tratamento das doenças crônicas e desenvolver ações para o controle das doenças infecciosas e parasitárias. 3 As condições de saúde e doença são influenciadas por diversos fatores sociais, econômicos, ambientais e também pelo auto cuidado que influenciam na qualidade de vida. Os eventos e os fatores que se correlacionam com saúde, doença e morte em grupos populacionais têm uma distribuição diferenciada, o que acarreta diferentes perfis epidemiológicos em um mesmo espaço geográfico. 4 O objetivo desse trabalho é descrever os perfis demográfico e epidemiológico do município de Ribeirão das Neves, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e apontar os desafios e perspectivas para a gestão do Sistema Único de Saúde SUS no município. * Bacharel em Gestão de Serviços de Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais. barbarahannelore.gestaoemsaude@gmail.com ** Doutor em Saúde Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005). Professor Adjunto da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais e Pesquisador em Saúde Pública do Centro de Pesquisas René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz. peixotosv@gmail.com

4 JUSTIFICATIVA O SUS busca atender a população visando cumprir com seus princípios de equidade, integralidade e universalidade. Sua organização pautada na estratégia de saúde da família procura estabelecer um vínculo com a população, para que sua necessidade de saúde seja reconhecida e estabelecido um cuidado prévio, de forma a propiciar a redução do atendimento de alta complexidade e aumento da qualidade da atenção prestada. Para que a oferta de serviços de saúde ocorra de forma equânime é necessário que os gestores dos serviços públicos, conheçam o perfil demográfico e epidemiológico para que a oferta de serviços seja pertinente com as necessidades reais da população. Portanto, cada população possui características próprias que devem ser levadas em consideração no planejamento da oferta dos serviços de saúde, sendo que os perfis demográfico e epidemiológico fornecem dados importantes para a organização da prestação desses serviços. OBJETIVOS Descrever o perfil demográfico da população residente no município de Ribeirão das Neves, em 2010, considerando faixa etária e sexo; Identificar as principais causas de mortalidade e morbidade na população de Ribeirão das Neves, segundo faixa etária e sexo, no mesmo ano; Apontar os desafios e perspectivas para a gestão municipal do SUS a partir do perfil demográfico e epidemiológico descrito. REFERENCIAL TEÓRICO A teoria da transição epidemiológica foi proposta por Omram em 1971, 5 que a caracteriza como uma evolução progressiva do perfil de alta mortalidade com predomínio da desnutrição e doenças infecciosas para um outro perfil onde predominam as doenças crônicodegenerativas. A mortalidade até o século XVIII foi caracterizada por uma baixa taxa de

5 crescimento da população (com mortalidade e fecundidade elevadas), alta mortalidade infantil e baixa esperança de vida ao nascer. As alterações na taxa de mortalidade são também analisadas considerando o contexto histórico. Dessa forma, tem-se que a revolução industrial, o desenvolvimento econômico e o progresso na área da saúde influenciaram na redução do nível de mortalidade no mundo inteiro, embora com defasagens e diferentes velocidades entre os países. 6 No arcabouço teórico desenvolvido por Houriuchi, 7 podem ser identificadas cinco transições epidemiológicas no mundo. São elas: (1) lesões externas para doenças infecciosas; (2) doenças infecciosas para doenças degenerativas; (3) declínio da mortalidade por doença cardiovascular; (4) declínio da mortalidade por neoplasias; e (5) retardamento da senescência. Segundo o autor tendo em vista o envelhecimento da população, a terceira transição seria devido à melhoria das condições de saúde dos idosos, possibilitando um maior tempo de vida dessa população. Pode-se acreditar que a quarta transição ocorreria devido ao progresso na pesquisa médica e a redução dos fatores de risco para o câncer, como o tabagismo. O retardamento da senescência, embora pareça muito otimista, se daria devido à adoção de hábitos de vida mais saudáveis, disponibilidade de tecnologia médica mais eficiente e ao avanço das pesquisas científicas na área. 7 Na América Latina, o impacto do desenvolvimento econômico, as medidas de saúde pública e as técnicas de medicina preventiva foram os responsáveis pelo declínio da mortalidade. No Brasil, de 1930 a 1985 ocorreu uma mudança do perfil de mortalidade. Antes de 1985, predominava a mortalidade por doenças infecciosas, seguidas das doenças do aparelho circulatório e neoplasias, com pouca relevância para as mortes por causas externas. Em 1985, para todas as regiões estudadas, a mortalidade proporcional por doenças do aparelho circulatório apareceram com maior relevância, seguidas pelas neoplasias, causas externas e doenças infecciosas. 8 Uma análise mais detalhada do grupo de doenças infecciosas mostra que o país ainda enfrenta alguns problemas que constituem desafios para a saúde pública brasileira. Nesse sentido, Barreto e Carmo 4 sugerem que o quadro das doenças infecciosas no Brasil apresenta três tendências: (1) doenças transmissíveis com tendência declinante, dentre as quais destacam-se a difteria, coqueluche, tétano acidental, doença de Chagas, hanseníase, febre tifóide, oncocercose, filariose e a peste; (2) doenças transmissíveis persistentes como a tuberculose e a malária; e (3) doenças transmissíveis emergentes e reemergentes dentre as quais merecem destaque a AIDS, dengue, cólera e hantavirose. As doenças infecciosas e parasitárias estão diretamente associadas à baixa qualidade de vida e à pobreza como

6 condições de habitação, alimentação e higiene precárias, e servem, portanto, como subsídio para analisar o nível de desenvolvimento de uma região. 9 Schramm et al. 3 demonstraram as diferenças existentes nas cargas de doenças em cada região do país para o ano de 1998, utilizando para isso o indicador DALY (Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade) que procura medir o impacto da mortalidade e dos problemas de saúde que afetam a qualidade de vida dos indivíduos. Na mensuração feita por meio desse indicador, as DNCT (66,3%), doenças infecciosas (23,5%), e as causas externas (10,2%) foram as principais responsáveis pela carga de doenças que ocasionaram as maiores perdas de anos de vida, seja por morte precoce ou por incapacidade. Nesse contexto de mudanças, a epidemiologia tem servido como uma ferramenta essencial para composição do objeto de intervenção em saúde, buscando a equidade na alocação do financiamento e da tomada de ações. A epidemiologia pode ser usada no processo de formulação de políticas; na definição de critérios para repartição de recursos; na elaboração de diagnósticos e análises de situações de saúde; na elaboração de planos e programas; e na organização de ações, serviços e avaliação de sistemas, políticas, programas e serviços de saúde. 1 De acordo com Teixeira, 1 os dados epidemiológicos devem compor a operacionalização das ações em saúde, através de um mapeamento inteligente que forneça os dados referentes à população local, em regiões, municípios, e distritos sanitários delimitados. Um dos desafios colocados sobre o uso da epidemiologia no planejamento e na gestão é o desenvolvimento do saber epidemiológico em conjunto com as necessidades da população, levando em consideração suas características individuais e composição da estrutura social. 2 Nesse sentido, faz-se necessária a articulação entre sociedade e política, através de um planejamento participativo, para que especialistas e população trabalhem em conjunto buscando as respostas sociais aos problemas apontados. 1 MATERIAL E MÉTODO O presente estudo é do tipo descritivo, utilizando dados secundários, disponíveis no site do DATASUS, considerando como referência o ano de 2010 ( A área de abrangência do estudo foi o município de Ribeirão das Neves, pertencente a região metropolitana de Belo Horizonte. Para a composição do perfil demográfico foi utilizado o banco de dados do IBGE, referente ao Censo Demográfico 2010

7 ( considerando as variáveis sexo e faixa etária. Com relação à composição do perfil epidemiológico foram utilizados os dados disponíveis no site do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), considerando: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), com os cálculos das taxas de mortalidade, internação e incidência, respectivamente, estratificados por sexo e faixa etária (0-9, 10-19, 20-39, 40-59, 60 anos ou mais). Para os indicadores de mortalidade e internações hospitalares foram considerados os grupos de causas, por capítulos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), considerando também o ano de Utilizando o banco de dados do SIM, foram calculadas as taxas de mortalidade específica e mortalidade proporcional. Utilizando o banco de dados do SIH-SUS, foram calculadas as taxas e proporções de internação hospitalar. Para a análise dos resultados foram excluídos os dados referentes a gravidez, parto e puerpério das internações. Para calcular as taxas de incidência de AIDS, dengue e tuberculose utilizou-se os dados extraídos do SINAN. As taxas de mortalidade e internação foram calculadas considerando a população residente, por sexo e faixa etária, sendo apresentadas por habitantes. Os cálculos foram realizados utilizando o Programa Excel e apresentados em tabelas. Os dados de internação apresentados limitam-se às internações provenientes do SUS, logo, não apresentam as que são custeadas diretamente ou cobertas por seguro-saúde. 10 Embora haja essa limitação quantitativa e também com relação a qualidade das informações, os dados provenientes do SIH-SUS são importantes para o delineamento e planejamento das políticas públicas de saúde. 11. RESULTADOS Em 2010, o Censo Demográfico registrou uma população de habitantes no município de Ribeirão das Neves (Tabela 1), sendo 50,4% do sexo feminino e com maior percentual de mulheres na faixa etária de 60 anos ou mais de idade. A mudança na estrutura etária da população de Ribeirão das Neves pode ser visualizada nas Figuras 1 e 2, que demonstram a distribuição da população do município por faixa etária e sexo.

8 Tabela 1 - Composição da população de Ribeirão das Neves por faixa etária e sexo, 2010 Faixa Etária (anos) Masculino Feminino Total n absoluto % n absoluto % n absoluto % 0 a , , ,1 10 a , , ,0 20 a , , ,3 40 a , , ,5 >= , , ,1 total , , Fonte: Censo Demográfico 2010 Figura 1- Distribuição da população por sexo, faixa etária. Ribeirão das Neves, MG, 2000 Fonte: IBGE Censo 2000 Figura 2- Distribuição da população por sexo, faixa etária. Ribeirão das Neves, MG, 2010 Fonte: IBGE Censo 2010 Conforme apresentado pela Tabela 2, o maior risco de morte para a população masculina de Ribeirão das Neves no ano de 2010 foi devido as causas externas

9 (139,5/ ), doenças do aparelho circulatório (104,8/ ), causas mal definidas (68,7/ ) e neoplasias (51,0/ ), sendo as maiores vítimas das causas externas os homens na faixa de idade de 10 a 59 anos de idade, com maior risco na faixa etária de 20 a 39 anos (208,5/ ). Para a população do sexo feminino, os maiores riscos de morte no município foram as doenças do aparelho circulatório (100,4/ ), neoplasias (54,2/ ), causas mal definidas (46,2/ ) e as doenças do aparelho respiratório (36,2/ ). Para essas causas os maiores riscos de morte foram observados para a faixa etária igual ou acima de 40 anos de idade. Tabela 2 - Taxa de mortalidade e internações hospitalares pagas pelo SUS (por ) para as principais causas, por faixa etária e sexo. Ribeirão das Neves, Capítulo CID-10 / sexo Faixa etária (anos) 0 a 9 10 a a a 59 >=60 Total Homens / Mortalidade Causas externas 4,1 123,5 208,5 150,9 96,3 139,5 Doenças do aparelho circulatório 0,0 3,5 16,5 170,6 984,4 104,8 Causas mal definidas 8,3 10,6 43,9 121,4 374,5 68,7 Neoplasias (tumores) 4,1 3,5 11,0 91,9 417,3 51,0 Homens / Internação Lesões, envenenamentos e outras conseqüências 331,4 589,3 1064,5 974,3 1080,7 834,8 Doenças do aparelho respiratório 2916,4 190,6 131,7 328,1 1722,7 742,3 Doenças do aparelho circulatório 62,1 35,3 142,7 1125,3 3712,8 539,5 Contatos com serviços de saúde 232,0 229,4 788,3 600,4 438,7 528,0 Mulheres / Mortalidade Doenças do aparelho circulatório 4,3 0,0 9,5 114,5 907,6 100,4 Neoplasias (tumores) 0,0 3,6 7,6 114,5 325,4 54,2 Causas mal definidas 12,8 3,6 15,1 63,3 308,2 46,2 Doenças do aparelho respiratório 4,3 0,0 1,9 18,1 393,9 36,2 Mulheres / Internação Doenças do aparelho respiratório 2132,3 188,9 92,6 253,1 1703,9 593,3 Doenças do aparelho geniturinário 221,3 174,6 446,1 873,6 1429,9 531,7 Doenças do aparelho circulatório 29,8 21,4 183,3 834,5 3168,1 506,9 Doenças do aparelho digestivo 310,7 110,5 357,2 701,9 1352,9 458,0 Fonte: SIH-SUS. Com relação a taxa de internação hospitalar por habitantes pagas pelo SUS para as principais causas, por faixa etária e sexo para Ribeirão das Neves no ano de 2010, as lesões, envenenamentos e outras consequências de causas externas apareceram como principal risco de internação na população masculina (834,8/ ), apresentando maiores coeficientes nas faixas de 20 a 39 anos (1064,5/ ) e na faixa de 60 anos ou mais

10 (1080,7/ ). As doenças do aparelho respiratório foram mais significativas nas faixas de 0 a 9 anos (2916,4/ ) e igual ou acima de 60 anos (1722,7/ ) e apareceram como segunda causa de internação, seguida pelas doenças do aparelho circulatório. Os maiores riscos de internação para o sexo feminino em Ribeirão das Neves foram as doenças do aparelho respiratório (593,3/ ), doenças do aparelho geniturinário (531,7/ ) e do aparelho circulatório (506,9/ ). De acordo com a Tabela 3, que demonstra a mortalidade proporcional para as principais causas de óbito, as causas externas, no sexo masculino, apresentaram maior proporção de mortes (26,9%), com destaque para a faixa etária de 10 a 19 anos (81,4%) e de 20 a 39 (63,7%). As doenças do aparelho circulatório apareceram como segunda maior causa de morte (20,2%), seguidas das causas mal definidas (13,2%) e as neoplasias (9,8%), que apresentaram um percentual mais significativo acima dos 40 anos de idade. As principais causas de óbitos na população feminina de Ribeirão das Neves foram as doenças do aparelho circulatório (28,1%), neoplasias (15,2%), causas mal definidas (12,9%) e doenças do aparelho respiratório (10,1%). As doenças do aparelho circulatório e as neoplasias apresentaram maior percentual na população feminina nas faixas etárias de 40 a 59 anos (27,3% para ambas as causas) e maior ou igual a 60 anos (34,2% e 12,3%, respectivamente). As causas mal definidas, embora tenham sido maiores nas faixas etárias de 20 a 39 anos e de 40 a 59 anos, não apresentaram uma tendência definida, sendo possível observá-las em percentuais significativos em todas as faixas de idade analisadas. As doenças do aparelho respiratório foram significativas na população idosa com 14,8%. A proporção das internações hospitalares pagas pelo SUS para as principais causas em Ribeirão das Neves (Tabela 3) demonstra para o sexo masculino que as lesões, envenenamentos e outras consequências de causas externas foram a maior causa de internação (16,6%), com maiores percentuais na faixa de 10 a 39 anos. As doenças do aparelho respiratório com 14,7% das internações principalmente entre crianças e idosos, foram a segunda causa de internação. As doenças do aparelho circulatório também foram significativas com 10,7% do total de internações, sendo 18,5% e 25,9% nas faixas de 40 a 59 e 60 anos ou mais de idade, respectivamente. A maior proporção de internações entre as mulheres no município também foi devida as doenças do aparelho respiratório (8,8%), doenças do aparelho geniturinário (7,9%), esta com percentuais expressivos nas faixas de 40 a 59 anos (16%) e igual ou acima de 60 anos (11%). As doenças do aparelho circulatório (7,5%) e do aparelho digestivo (6,8%) foram mais relevantes nas faixas etárias acima de 40 anos.

11 Tabela 3 - Mortalidade e internação (hospitalar pagas pelo SUS) proporcional (%) para as principais causas por faixa etária e sexo. Ribeirão das Neves, Capítulo CID-10 / sexo Faixa etária (anos) 0 a 9 10 a a a 59 >=60 Total Homens / Mortalidade Causas externas 2,9 81,4 63,7 20,1 3,2 26,9 Doenças do aparelho circulatório 0,0 2,3 5,0 22,7 33,1 20,2 Causas mal definidas 5,9 7,0 13,4 16,2 12,6 13,2 Neoplasias (tumores) 2,9 2,3 3,4 12,2 14,0 9,8 Homens / Internação Lesões, envenenamentos e outras conseqüências 4,9 28,6 29,0 16,0 7,5 16,6 Doenças do aparelho respiratório 43,3 9,3 3,6 5,4 12,0 14,7 Doenças do aparelho circulatório 0,9 1,7 3,9 18,5 25,9 10,7 Contatos com serviços de saúde 3,4 11,1 21,4 9,9 3,1 10,5 Mulheres / Mortalidade Doenças do aparelho circulatório 2,9 0,0 11,9 27,3 34,2 28,1 Neoplasias (tumores) 0,0 11,1 9,5 27,3 12,3 15,2 Causas mal definidas 8,8 11,1 19,0 15,1 11,6 12,9 Doenças do aparelho respiratório 2,9 0,0 2,4 4,3 14,8 10,1 Mulheres / Internação Doenças do aparelho respiratório 40,2 4,5 1,1 4,6 13,1 8,8 Doenças do aparelho geniturinário 4,2 4,2 5,5 16,0 11,0 7,9 Doenças do aparelho circulatório 0,6 0,5 2,3 15,3 24,4 7,5 Doenças do aparelho digestivo 5,9 2,7 4,4 12,8 10,4 6,8 Fonte: SIH-SUS. As taxas de incidência por habitantes para AIDS, dengue e tuberculose, por faixa etária e sexo em 2010, referentes a Ribeirão das Neves, apresentadas na Tabela 4, demonstraram maior incidência da AIDS na faixa de 40 a 59 anos para o sexo masculino (9,8/ ), e na faixa de 60 anos ou mais para o sexo feminino (8,6/ ). As maiores incidências de dengue para o sexo masculino foram nas faixas de 10 a 19 anos (677,5/ ), e para o sexo feminino na faixa etária de 20 a 39 anos (867,6/ ). A incidência da tuberculose para o sexo masculino e feminino foi mais significativa nas faixas de 20 a 39 anos (47,6 e 20,8/ , respectivamente). Em 2010 foram registrados 10 novos casos de AIDS, 1763 de dengue e 70 novos casos de tuberculose.

12 Tabela 4 - Taxa de incidência (por ) para algumas doenças selecionadas, por faixa etária e sexo. Ribeirão das Neves, Faixa etária (anos) AIDS Dengue Tuberculose Masc Fem Total Masc Fem Total Masc Fem Total ,1 289,4 291,8 8,3 0 4, ,5 627,3 652,5 10,6 10,7 10, ,5 3,8 4,6 550,5 867,6 706,4 47,6 20,8 34, ,8 3 6,3 462,6 762,2 618,7 42,6 18,1 29, ,6 4, ,9 480,4 42,8 17,1 28,5 Total 4,1 3,4 3,4 500,1 687,7 594,6 32,7 14,7 23,6 Fonte: SINAN-SUS. DISCUSSÃO PERFIL DEMOGRÁFICO O percentual de pessoas idosas no município representa uma parcela significativa da população que tem apresentado tendências de crescimento. Os dados dos censos 2000 e 2010 demonstraram que a representação da população idosa no município passou de 4,6% para 7,1%, respectivamente. O envelhecimento da população é um fenômeno mundial decorrente das mudanças nos perfis de fecundidade e mortalidade, alterando a estrutura etária da população. Comparando as pirâmides etárias dos anos 2000 e 2010, percebe-se um estreitamento da base da pirâmide, indicando uma redução da fecundidade da população, seguindo uma tendência nacional. 12 Outro aspecto a ser observado é o crescimento do número da população acima de 60 anos de idade, e também a diferença entre o número absoluto de idosos do sexo feminino em comparação com o número de idosos do sexo masculino, principalmente em idades mais avançadas (acima dos 70 anos), o que indica a maior longevidade do sexo feminino. Quanto mais velho for o contingente idoso, maior é o percentual de mulheres, demonstrando uma desigualdade de gênero em relação à expectativa de vida. A população majoritariamente feminina é objeto de estudo de alguns autores que chamam atenção para a feminização da velhice. Embora a expectativa de vida das mulheres seja maior que a dos homens, elas ficam mais expostas ao risco de debilitação biológica e de, portanto, necessitarem de mais cuidados que os homens. Em 1998, a população feminina brasileira apresentou uma esperança de vida ao nascer superior a do homem em 7,5 anos. As mulheres apresentam maiores probabilidades de ficarem viúvas e em situação socioeconômica

13 desvantajosa, já que a maioria das idosas hoje não tiveram um trabalho remunerado durante toda a sua vida. Quando ficam viúvas são elas que assumem o papel de chefes de família e de provedoras do lar. 13 A mulher idosa também sofre com o problema da pobreza e da solidão, detém as maiores taxas de institucionalização, e tem menos oportunidade de contar com um companheiro em seus últimos anos de vida. Geralmente as mulheres idosas diferem de outros grupos de idade quanto ao nível de escolaridade, sendo na maioria dos casos menos escolarizadas que os demais grupos, e com menor qualificação profissional. 14 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS No ano de 2010, no município investigado, entre as DCNT, as doenças do aparelho circulatório e as neoplasias foram importantes causas de mortalidade e as doenças respiratórias e as cardiovasculares as principais causas de internações pagas pelo SUS. Tais doenças requerem um tempo longo para o tratamento, além de necessitar de uma abordagem sistemática e de uma atuação multiprofissional para seu controle. 15 As DCNT podem levar décadas para estarem completamente instaladas na vida do indivíduo o que pode acarretar na manifestação da doença na vida adulta e idosa. Vários fatores influenciam na emergência de tais doenças na sociedade, como as condições de vida e aspectos demográficos e socioeconômicos, o que não configura o seu aparecimento apenas às escolhas individuais. Além da múltipla etiologia, as DCNT não possuem causas claramente definidas e podem ser associadas a diversos fatores de risco. Esses fatores podem ser agrupados em três tipos: não modificáveis como sexo, idade e herança genética; fatores comportamentais (modificáveis), como o tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e consumo de outras drogas; e por fim, fatores condicionantes como os socioeconômicos, culturais e ambientais, que por sua vez potencializam os fatores de risco comportamentais. 15,16 A hipertensão é uma das causas mais frequentes das doenças do aparelho circulatório, merecendo destaque como fator de risco. Além de ser uma doença tratável, a hipertensão arterial é um marco importante, passível de ser medido clinicamente, no caminho causal que leva à doença cardiovascular sintomática. 17 A não adesão aos tratamentos das doenças crônicas, como hipertensão arterial e diabetes, pode provocar lesões irreversíveis e incapacidades, o que por sua vez afeta a longevidade da população e a qualidade de vida dos

14 idosos. As incapacidades decorrentes das doenças crônicas podem ser motoras, cerebrais, cognitivas e também sensitivas. 18 A construção da agenda em saúde pública deve conter uma abordagem integral que inclua os determinantes socioambientais da saúde (condições de vida, saúde e poluição), ações intersetoriais, desenvolvimento sustentável, atuação em conjunto da sociedade civil e do setor privado (em busca da qualidade dos alimentos). Essas ações de intervenção devem ser preventivas e assistenciais, além de permitir um controle e avaliação que gerem evidências de efetividade e de sua relação custo-efetiva. Para isso, essa construção deve ser pautada no fortalecimento da atenção primária e no estabelecimento de uma linha de cuidado para as DCNT. 19,16 CAUSAS EXTERNAS As causas externas de mortalidade e internação envolvem as lesões decorrentes de acidentes (relacionados ao trânsito, afogamento, envenenamento, quedas ou queimaduras) e de violências (agressões/homicídios, suicídios, tentativas de suicídio, abusos físicos, sexuais e psicológicos) que acometem a população de uma determinada área. Atualmente, esse grupo representa a terceira causa de morte no Brasil (sendo a primeira causa no grupo de 1 a 39 anos de idade), e representa 9% da mortalidade mundial. Em 2009, o risco de morte por causa externa no Brasil foi 5,1 vezes maior para os homens que para as mulheres, demonstrando que existe um diferencial por sexo. 20 Ribeirão das Neves, entre os municípios da região metropolitana de Belo Horizonte, foi um dos que apresentou um percentual acima de 90% de crescimento da taxa de mortalidade por homicídios entres os jovens de 15 a 24 anos de 1999 a Neste trabalho, verificou-se também um padrão de distribuição espacial dos homicídios, com maior concentração nos municípios localizados mais próximos a Belo Horizonte. 21 O risco de morte por causas externas para os homens de Ribeirão das Neves foi 5,7 vezes maior em comparação com as mulheres. O risco de morte na faixa etária de 20 a 39 anos foi mais de dez vezes superior ao risco observado para as mulheres da mesma faixa etária. Enquanto a mortalidade proporcional por causas externas foi de 26,9% para o sexo masculino, as proporções de internações devido a lesões, envenenamento ou alguma outra consequência de causas externas foi de 16,6% para o mesmo sexo. Esses dados demonstram maior impacto das mortes por causas externas nessa população do que a proporção de

15 internações pela mesma causa, o que pode indicar um alto índice de homicídios, suicídios, acidentes e lesões fatais. O número elevado de óbitos em decorrência das causas externas tem impactos negativos importantes para a saúde, e sua ocorrência em grupos mais jovens, como no caso do município, faz com que essa população que evolui ao óbito deixe de viver os anos que a eles eram destinados conforme a esperança de vida do país. Além das perdas sociais e econômicas decorrente da morte prematura, todo o sistema de saúde é afetado devido aos altos custos decorrentes das internações e mortes por causas externas. 22 CAUSAS MAL DEFINIDAS A mortalidade por causas mal definidas em Ribeirão das Neves apareceu como a terceira causa de morte para o sexo masculino e feminino, no ano de 2010, representando mais de 10% dos óbitos no município. Os altos percentuais de mortes por causas mal definidas e as falhas na cobertura do sistema de óbitos evidenciam problemas na qualidade da informação, além de dificultar o uso da informação sobre as causas de morte para se estudar o perfil de saúde da população, bem como os padrões de mortalidade existentes. 23 Ressalta-se que a existência de dados epidemiológicos confiáveis é primordial para a criação e implementação de políticas públicas na área da saúde. A construção de agendas para o planejamento e programação em saúde necessita que as estatísticas de mortalidade realmente reflitam o padrão das causas de morte. A grande expressão de registros de morte por causas mal definidas coloca em discussão a qualidade das declarações de óbitos, o que pode comprometer a exploração dessas estatísticas para o planejamento em saúde, dificultando ainda mais a gestão dos serviços de saúde. 24,25 Portanto, a elevada participação das causas mal definidas na mortalidade da população de Ribeirão das Neves, pode exercer influência na qualidade dessas informações, devendo sempre ser considerada na análise do perfil epidemiológico. A elevada mortalidade por esse grupo de causas pode ser um bom indicador do acesso e qualidade dos serviços oferecidos à população, 23 devendo ser considerado no planejamento das ações de saúde no município.

16 tuberculose. 27 A tuberculose no Brasil apresentou um quadro de persistência em função das habitantes. 26 Portanto, esse grupo de doenças ainda constitui um problema de saúde pública DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS As mudanças ocorridas nos quadros de doenças transmissíveis, com perda relativa da importância dessas doenças, ocasionou uma falsa expectativa de que essas doenças estariam próximas à extinção. 4 A AIDS e a Dengue no Brasil são consideradas doenças transmissíveis emergentes ou reermegentes, com registros ou reintrodução ocorridas a partir da década de Em 2010, a taxa de incidência da dengue para Minas Gerais e para Ribeirão das Neves foi de 1.094,8/ habitantes 26 e 594,6/ habitantes, respectivamente. Segundo o relatório de situação do estado, a taxa de incidência da dengue foi considerada alta e a quantidade de internações, conforme essa notificação, seguiu também uma tendência de aumento. Com relação a AIDS, foram notificados dez novos casos da doença no município em 2010, e uma taxa de incidência de 3,4/ habitantes. As maiores taxas de incidência foram observadas para o sexo masculino na faixa de 40 a 59 e para as mulheres idosas. A AIDS ainda continua como uma das principais causas de morte no mundo, principalmente devido as doenças oportunistas que elevam os níveis de morbi-mortalidade nos pacientes soropositivos. A tuberculose é a principal causa de óbito nos pacientes com HIV/AIDS e a infecção pelo vírus HIV é considerada o principal fator de risco para o adoecimento por altas prevalências alcançadas, da distribuição geográfica significativa no país, além da sua capacidade de evolução para formas mais graves que podem levar ao óbito. 4 Segundo a análise de situação de saúde de Minas Gerais o estado é o 4 do país com maior número de casos, e o Brasil ocupa o 19 lugar entre os 22 países com maior número de casos de tuberculose no mundo. 27 O município de Ribeirão das Neves apresentou 70 novos casos de tuberculose e uma taxa de incidência de 23,6/ habitantes. Já o estado de Minas Gerais apresentou novos casos da doença e uma taxa de incidência de 29,7/ para o país e para o município de Ribeirão das Neves, retratando uma transição epidemiológica prolongada, 3 que representa um desafio para a gestão do sistema de saúde local.

17 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados apresentados no estudo demonstraram que o município de Ribeirão das Neves, assim como observado para o Brasil, está passando pelo processo de transição demográfica. Esse fato coloca os gestores municipais diante de novos desafios decorrentes do envelhecimento da população e do consequente aumento da demanda pelos serviços de atenção à saúde. A mortalidade e internações por doenças não transmissíveis foram significativas no município, e sua prevalência pode cooperar para incapacidade e redução da qualidade de vida dos idosos, uma vez que aumenta com o aumento da idade. Para o idoso é fundamental manter suas capacidades físicas e mentais, pois elas são indispensáveis para que ele tenha uma vida independente e autônoma. Os desafios existentes com esse perfil demográfico e epidemiológico envolvem a articulação de uma rede de cuidados para o idoso, que implemente ações de acordo com o perfil de mortalidade e adoecimento dessa população. Um sistema de informação em saúde confiável é primordial para o estabelecimento de um perfil de saúde que reflita a realidade da população. Tendo em vista que a coleta, codificação e o processamento da declaração de óbito são responsabilidade do município, 28 cabe a ele investir em treinamento e capacitação dos profissionais responsáveis pelo preenchimento da declaração. Além disso, as secretarias estaduais de saúde precisam estabelecer uma supervisão contínua no município para monitorar possíveis deficiências de estrutura ou procedimentos, que estejam corroborando com os altos percentuais de mortes por causas mal definidas. Para o enfrentamento das doenças não transmissíveis é necessário estabelecer o fortalecimento da vigilância em saúde como prioridade, melhorando a cobertura e a qualidade dos dados de mortalidade, morbidade e fatores de risco. Além disso, é necessário mensurar os fatores de risco preponderantes na população do município identificando seus condicionantes sociais, econômicos e ambientais, com o objetivo de oferecer subsídio para o planejamento e a implementação de políticas públicas. 19 Conhecendo o perfil das doenças não transmissíveis na população e seus fatores de risco é possível estabelecer políticas de prevenção e controle, minimizando as consequências dessas doenças para a qualidade de vida e para o sistema de saúde. A morbi-mortalidade por causas externas no município constitui um grande desafio para o gestor, sobretudo entre homens jovens e adultos. As causas externas de morbi-

18 mortalidade correspondem a eventos evitáveis e a compreensão do problema e mapeamento dos tipos de ocorrência são primordiais para o planejamento de medidas que visem a modificação dessa realidade no município. O pronto atendimento das pessoas vítimas de qualquer acidente ou violência implica na oferta de serviços de emergência (fixos e móveis), hospitais em quantidade suficiente para atender a demanda, com localização estratégica e adequada, além dos serviços de reabilitação para os casos necessários. As intervenções voltadas para a redução desse grupo de causas envolve a articulação de diversos setores da sociedade como saúde pública, segurança, em busca do mapeamento das áreas de maior risco de violência, organizações não governamentais e a comunidade. Ainda que as transições demográfica e epidemiológica apontem para novos desafios como o envelhecimento da população e o aumento da carga de doenças nãotransmissíveis, outros desafios ainda permanecem na agenda de saúde como o controle e tratamento das doenças infecciosas e parasitárias. O efetivo controle dessas doenças exige esforços multissetoriais entre as áreas de vigilância em saúde, promoção à saúde e redes de atenção, tendo em vista a associação dessas doenças com a pobreza, qualidade de vida, condições de habitação, alimentação e higiene precárias. 9 Nesse sentido, os resultados apresentados mostram que a análise da situação demográfica e epidemiológica dos municípios deve ser considerada para um adequado planejamento das ações de saúde, bem como para a avaliação da implantação dessas ações. Cabe ressaltar que a melhoria das condições de saúde deve sempre buscar ações intersetoriais, visando à cobertura dos diversos fatores que influenciam essas condições, devendo-se considerar, além da adequada estruturação do serviço de saúde, as áreas de habitação, trabalho, saneamento, segurança, meio ambiente, entre outras.

19 REFERÊNCIAS 1. Teixeira CF. Epidemiologia e planejamento de saúde. Cien Saude Colet 1999; Rio de Janeiro, v. 4, n Paim JS. Epidemiologia e planejamento: a recomposição das práticas epidemiológicas na gestão do SUS. Cien Saude Colet 2003; Rio de Janeiro, v. 8, n Schramm JMA, Oliveira AF, Leite IC, Valente JG, Gadelha AMJ, Portela MC, Campos MR. Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Cienc Saude Colet 2004; Rio de Janeiro, v. 9, n. 4, Dec. 4. Barreto ML, Carmo EH. Padrões de adoecimento e de morte da população brasileira: os renovados desafios para o Sistema Único de Saúde. Cien Saude Colet 2007; 12(Supl.): Omram AR.. The epidemiologic transition: a theory of the epidemiology of population change. Milbank Memorial Fund Quarterly 1971; 49 (part 1): Meslé F, Vallin J. Mortality in the world: trends and prospects. Centre Français sur la Population et le Développement (CEPED) The CEPED Series, 1. Paris: CEPED. 7. Houriuchi S. Epidemiological transitions in developed countries: past, present and future. In: UNITED NATIONS. Health and mortality issues of global concern. Proceedings of the Symposium on Health and Mortality. Brussels, November. New York: United Nations, Chap. 2: Prata PR. A transição epidemiológica no Brasil. Cad. Saúde Pública 1992; Rio de Janeiro, 8(2): , abr-jun. 9. Paes NA, Silva LAA. Doenças infecciosas e parasitárias no Brasil: uma década de transição. Rev. Panam Salud Publica 1999; v.6, n.2, ago, p Mello Jorge MHP, Koizumi MS. Gastos governamentais do SUS com internações hospitalares por causas externas: análise no Estado de São Paulo, Rev. bras. Epidemiol 2004; São Paulo, v. 7, n Bitteencourt AS, Camacho LAB; Leal MC. O Sistema de Informação Hospitalar e sua aplicação na saúde coletiva. Cad. Saúde Pública 2006; Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, Jan. 12. Berquo E, Cavenaghi S. Fecundidade em declínio: breve nota sobre a redução no número médio de filhos por mulher no Brasil. Novos estud. CEBRAP 2006, São Paulo, n. 74, Mar. 13. Camarano AA, Kanso S. Envelhecimento da população brasileira: uma contribuição demográfica. In: Freitas EV, Py L, organizadores. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2011.p Sánches CDS. Mulher idosa: a feminização da velhice. Estud interdiscip do envelhec 2002; Porto Alegre, v. 4, p

20 15. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes e recomendações para o cuidado integral de doenças crônicas não-transmissíveis: promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. Brasília: MS, p. (Série B. Textos Básicos de Atenção à Saúde) 16. Malta DC, Cezario AC, Moura L, Neto OLM, Silva Jr. JB. Building surveillance and prevention for chronic non communicable diseases in the national Unified Health System. Epidemiol. Serv. Saúde 2006; vol.15, no Schmidt MI, Duncan BB, Azevedo e Silva G, Menezes AM, Monteiro CA, Barreto SM. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais. Lancet [periódico na Internet] 2011; [citado 2012 maio 17] Disponível em Rodrigues RAP, Scudeller PG, Pedrazzi EC, Schiavetto FV, Lange C. Morbidade e sua interferência na capacidade funcional de idosos. Acta Paul Enferm [periódico na Internet]. 2008; [citado 2013 Abr 17]; 21(4): Disponível em: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil Brasília: MS, p. : il. (Série B. Textos Básicos de Saúde). 20. Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Brasil Secretaria de Vigilância em Saúde. Uma análise da situação de saúde e de evidências selecionadas de impacto de ações de vigilância em saúde.. Brasília: MS, Diniz AMA, Lacerda EG. Análise exploratória dos homicídios entre jovens de 15 a 24 anos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e seu Colar, entre 1999 e Revista de Biologia e Ciências da Terra 2010; vol.10, nº Mello Jorge MHP, Koizumi MS, Tono VL. Causas externas: o que são, como afetam o setor saúde, sua medida e alguns subsídios para a sua prevenção. Rev. Saúde Pag 37 a Santo AH. Causas mal definidas de morte e óbitos sem assistência. Rev. Assoc. Med. Bras. [periódico na Internet] 2008; [citado 2012 Junho 24] ; 54(1): Paes NA. Qualidade das estatísticas de óbitos por causas desconhecidas dos Estados brasileiros. Rev Saúde Pública 2007; 41(3): Menezes, P. R. Causas mal definidas de morte e óbitos sem assistência, Brasil, Rev. Assoc. Med. Bras. [periódico na Internet] 2008; [citado 2012 Junho 24] ; 54(1): Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Sistema nacional de vigilância em saúde: relatório de situação: Minas Gerais. Brasília: MS, p. : il. color. (Série C. Projetos, Programas e Relatórios).

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