Objetivo. Público-alvo

Transcrição

1 Apresentação Do planejamento da licitação à gestão dos contratos administrativos, os responsáveis pela condução das contratações públicas se deparam com diversas novidades e dúvidas em relação aos procedimentos a serem adotados. As dificuldades se avultam, em especial, diante da possibilidade de responsabilização desses agentes pelos tribunais de contas em função das decisões adotadas. De outro lado, semanalmente, a Corte de Contas examina diferentes casos concretos submetidos a seu julgamento e profere importantes decisões acerca de temas controversos enfrentados no dia a dia de quem lida com o tema licitações e contratos. Cumpre lembrar que as decisões do Tribunal de Contas da União, relativas à aplicação de normas gerais de licitação, sobre as quais cabe privativamente à União legislar, devem ser acatadas pelos administradores dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Este curso permitirá aos participantes atualizarem-se em relação aos entendimentos mais recentes e importantes do TCU sobre os procedimentos relativos às contratações públicas, notadamente, no que se refere à estimativa de preços, elaboração do edital, julgamento das propostas, critérios de habilitação, sistema de registro de preços, gestão dos contratos, alterações contratuais e sanções administrativas. 1

2 Objetivo Com esse treinamento, o participante poderá: Dominar procedimentos, providências, justificativas e boas práticas sobre temas polêmicos de licitações e contratos; Atualizar-se em relação aos entendimentos e às orientações mais recentes do TCU e de outros tribunais acerca dos procedimentos que envolvem as contratações públicas para tomar decisões seguras e prevenir responsabilizações; Conhecer aspectos relevantes e controvertidos sobre o tema a partir do exame de situações concretas já analisadas pelo Tribunal de Contas; Solucionar casos concretos e conhecer as melhores práticas sobre os assuntos discutidos. Público-alvo O Curso é essencialmente voltado para aqueles que trabalham em setores envolvidos na realização de licitações e/ou na formalização/execução de contratos administrativos, em especial: Pregoeiros e membros de comissão de licitação; Responsáveis pela elaboração de projetos básicos e termos de referência; Autoridades que homologam processos licitatórios e tomam decisões quanto à celebração/execução dos contratos; Servidores das unidades envolvidas no acompanhamento/gerenciamento contratual; Assessores e consultores jurídicos; Profissionais que atuam no controle interno ou externo. 2

3 Conteúdo Programático SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS Qual a diferença entre a ata de registro de preços e o contrato administrativo? A Administração é obrigada a contratar os quantitativos registrados? O termo de contrato pode ser substituído por outros instrumentos? A vigência do contrato está vinculada à da ata? A ata e o contrato podem ser prorrogados? O edital deve disciplinar a possibilidade de adesão à ata de registro de preços? O órgão gerenciador pode, desde logo, vedar a adesão de não participantes? Quais as condições e os limites para os caronas? As quantidades previstas para caronas devem ser consideradas para fins de qualificações técnica e econômico-financeira na habilitação? Órgãos e entidades de esferas diversas podem aderir à ata como não participantes? Um mesmo órgão poderá pegar carona mais de uma vez na mesma ata de registro de preços? O órgão participante pode utilizar a quantidade prevista inicialmente para não participantes? Órgão ou entidade que tenha seu próprio registro de preços para determinado objeto poderá deixar de contratar do seu registro e pegar carona em outro cujo preço seja menor? Qual o papel dos órgãos gerenciador e não participante na formalização do contrato? Exige-se a aprovação da assessoria jurídica de ambos? Quais as consequências para o particular no caso de descumprimento da ata e do contrato? Em ambos os casos podem ser aplicadas as penalidades? 3

4 Quais as responsabilidades dos órgãos gerenciador, participante e não participante na gestão da ata e dos contratos dela decorrentes em relação à aplicação de penalidades pelo descumprimento da ata e do contrato? Os valores registrados podem ser revisados ou reajustados? Em que circunstâncias e como a Administração deve proceder? Será revisado ou reajustado o contrato ou a ata? É possível acrescer quantitativamente o objeto da ata de registro de preços? E o contrato? PREGÃO - JULGAMENTO DAS PROPOSTAS Em que situações o agrupamento de itens em lote para fins de julgamento é vedada? Quais os cuidados no agrupamento de itens em lote? Constatada a ocorrência de cláusulas restritivas no edital da licitação, é possível flexibilizá-las na fase de julgamento das propostas? É possível flexibilizar critério de julgamento de proposta para aceitar produtos com qualidade superior à especificada no edital? Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração é obrigada a abrir novo prazo para saneamento das falhas ou pode optar por repetir o certame? Em um pregão, quando todas as licitantes forem desclassificadas e inabilitadas, é possível valer-se da regra prevista no art. 48, 3º, da Lei nº 8.666/1993? É possível aceitar a participação simultânea, num único certame, de empresas com sócios comuns? 4

5 VISÃO GERAL DOS PEDIDOS DE ESCLARECIMENTO, IMPUGNAÇÃO E RECURSOS. O que pode ser objeto de pedido de esclarecimento? Quem pode formular? Em que prazo? A Administração pode se recusar a responder um pedido de esclarecimento? Há prazo para resposta? Considerando a falta de previsão na Lei /2002, é possível impugnar o ato convocatório no pregão? O que pode ser objeto de impugnação? Qual a diferença entre a impugnação e o pedido de esclarecimento? Quem pode impugnar? Quem deve responder? O pregoeiro ou a autoridade superior? Em que prazo? O licitante pode deixar de impugnar o edital e recorrer diretamente ao Poder Judiciário? Como se processa a fase recursal num pregão? Quais as peculiaridades? Quem pode recorrer? A empresa que não participa da licitação pode recorrer? O que pode ser objeto de recurso? Quais os requisitos de admissibilidade? Quem deve examinar os requisitos de admissibilidade do recurso num pregão? O pregoeiro ou a autoridade superior? A quem cabe o exame do mérito dos recursos? Ao pregoeiro ou à autoridade superior? É possível exigir termo de renúncia de recurso? Em que momento o recurso é, de fato, interposto? Com a manifestação ou apresentação das razões? O que fazer se o licitante não manifesta intenção de recorrer, mas ingressa com recurso? E se o licitante manifesta um motivo durante a sessão e apresenta razões para outros motivos? O pregoeiro precisa aguardar algum prazo para receber a manifestação do interesse de recorrer dos licitantes? 5

6 Como preservar o direito de recurso nas hipóteses em que a sessão é interrompida para exame dos documentos de habilitação? Quais os efeitos dos recursos no pregão? A interposição de recurso impede a adjudicação do objeto? O pregoeiro pode reconsiderar sua decisão em face de motivação apresentada pelo licitante durante a sessão? Como proceder nos casos em que o pregoeiro reconsidera sua decisão? O recurso deve ser encaminhado à autoridade competente? Deve ser aberto prazo para interposição de novos recursos? É cabível recurso contra decisão da autoridade superior? CONTRATOS ADMINISTRATIVOS a) Subcontratação O que é a subcontratação? Quais os limites? É admitida a subcontratação quando não há previsão no edital? É possível condicionar a escolha das empresas subcontratadas à prévia aprovação do órgão/entidade contratante? Deve-se exigir os documentos de habilitação das empresas subcontratadas? A execução de determinado serviço por empresa subcontratada afasta a responsabilidade da contratada? b) Alterações contratuais Qual a diferença entre alteração contratual qualitativa e quantitativa? Ambas estão sujeitas aos limites do 1º do art. 65 da Lei de Licitações? 6

7 Como calcular os percentuais previstos no 1º do art. 65 da Lei nº 8.666/1993? Qual a base de cálculo? Como calcular os percentuais no caso de prorrogação contratual? É possível haver compensação entre acréscimos e decréscimos? A omissão do contratante ou do contratado pode afastar a aplicação da hipótese excepcional prevista na Decisão 215/1999 Plenário? c) Reajuste, reequilíbrio e repactuação Quais os instrumentos de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos administrativos? Qual a diferença entre reajuste, repactuação e reequilíbrio econômico-financeiro? A ausência de previsão contratual da possibilidade de reajuste dos valores contratados afasta a sua concessão? É possível alterar a cláusula de reajuste contratual? Há preclusão do direito de requerer a repactuação contratual? Como deve se dar a contagem do prazo mínimo para repactuação? d) Sanções A aplicação de sanção ao contratado é um dever ou uma faculdade? Depende de expressa previsão no edital/contrato? Qual a diferença entre multa moratória e compensatória? Quando aplicar uma e outra? É possível a cumulação? Como calcular a dosimetria das sanções? 7

8 Qual a extensão das sanções de suspensão do direito de licitar e contratar e da declaração de inidoneidade Administração que aplicou ou toda a Administração Pública? O que fazer com os contratos em andamento nos casos de declaração de inidoneidade? Qual o âmbito de aplicação da sanção prevista no art. 7º da Lei nº /2002? É possível desconsiderar, na via administrativa, a personalidade jurídica da empresa contratada, de forma a estender a sanção a pessoa jurídica diversa? RESPONSABILIDADE O servidor pode se negar a assumir função para a qual foi designado, como a de pregoeiro ou fiscal de contrato? O desconhecimento ou a falta de capacitação podem afastar a responsabilidade do servidor? Mais de um agente pode ser responsabilizado por uma mesma falha? A responsabilização de um afasta a de outro? O assessor jurídico pode ser responsabilizado pelo conteúdo do seu parecer? O parecer jurídico é opinativo ou vinculante? O gestor esta obrigado a implementar os apontamentos registrados no parecer jurídico de que trata o parágrafo único do art. 38 da Lei nº 8.666/1993? Quais as consequências da omissão? Nas hipóteses em que a assessoria jurídica apenas aponta pendências no parecer jurídico, faz-se necessário o retorno do processo para novo pronunciamento, de forma a cumprir o parágrafo único do art. 38 da Lei nº 8.666/1993? A prática de ato ilegal pela comissão de licitação/pregoeiro pode ensejar a apenação da autoridade que homologou o certame? Qual o objetivo da homologação? Quais sanções podem ser impostas pelo TCU aos agentes públicos responsáveis por licitações e contratos administrativos? 8

9 Informações Adicionais Carga Horária: 16 h/aula Investimento: R$ 2.950,00 (dois mil novecentos e cinquenta reais) por participante Incluso: Almoço, coffee break, material de apoio, material didático e certificado. Local de realização: Centro de Convenções Israel Pinheiro SHDB QL 32, Conjunto A, EPDB (ao lado da Ermida Dom Bosco), Lago Sul, Brasília-DF Professor MIN. BENJAMIN ZYMLER Ministro do Tribunal de Contas da União. Mestre em Direito e Estado pela Universidade de Brasília, com vasta experiência em Direito Administrativo e Direito Constitucional. Ministrou cursos na Escola da Magistratura do Distrito Federal e Territórios, Escola da Magistratura do Trabalho, Escola Superior do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Instituto Superior de Brasília, Centro Universitário de Brasília e Instituto Serzedello Corrêa, entre outros. Zymler é autor das obras Direito Administrativo e Controle ; Regime Diferenciado de Contratação RDC - em parceria com Laureano Canabarro Dios; O Controle Externo das Concessões de Serviços Públicos e das Parcerias Público-Privadas ; Direito Administrativo e Política & Direito: uma visão autopoética. KARINE LÍLIAN DE SOUSA COSTA MACHADO Auditora Federal de Controle Externo do TCU, onde é servidora desde Graduada em Direito e MBA em Gestão da Administração Pública, Co-autora do livro Licitações & Contratos: Orientações Básicas, editado pelo TCU. Diversos artigos publicados sobre temas do Direito Administrativo e Controle Externo. Palestrante e apresentadora em eventos nas áreas de licitações e contratos, convênios e tomada de contas especial. Instrutora do Instituto Serzedello Correa, do TCU. 9