CULTURA DOS CITROS ANO 2017
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- Manuela Amaro Veiga
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1 CULTURA DOS CITROS ANO 2017 ORIGEM E DISPERSÃO DOS CITROS NO MUNDO O QUE SÃO FRUTAS CÍTRICAS? UTILIZAÇÃO FRUTAS CÍTRICAS Fruta de mesa Sucos REGIÃO DE ORIGEM DAS PLANTAS Nordeste da Índia ao norte da China Bordas do Himalaia, sul da Indonésia leste das Filipinas Área do arquipélago malaio, Tailândia e Mianmar Centro sul da China (Yunnan) e norte da Indochina (C. medica, C. grandis, C. reticulata, C. limonia). Pomelo (C. paradisi) parece ser a única espécie do gênero Citrus não nativa do Oriente, constatada pela 1ª vez no Caribe (ilha de Barbados). DISPERSÃO DAS PLANTAS CÍTRICAS HISTÓRIA DA CITRICULTURA NO MUNDO: PRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES DE FRUTAS FRESCAS: PRINCIPAIS PAÍSES CONSUMIDORES DE FRUTAS FRESCAS: PRINCIPAIS PAÍSES IMPORTADORES DE FRUTAS FRESCAS: PRINCIPAIS PAÍSES EXPORTADORES DE FRUTAS FRESCAS PRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES DE SUCO CONCENTRADO PRINCIPAIS PAÍSES IMPORTADORES DE SUCO CONCENTRADO PRINCIPAIS PAÍSES EXPORTADORES DE SUCO CONCENTRADO PRINCIPAIS PAÍSES CONSUMIDORES DE SUCO CONCENTRADO BRASIL ESTADOS PRODUTORES NO BRASIL IMPORTÂNCIA ALIMENTAR Suco 37 4% Água 86 92% Sementes 0 9% Açúcar 8% Óleo 0,2-0,% Casca Rico em Vitaminas A e C
2 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA (SWINGLE, 1967) FAMÍLIA: Rutaceae (7sub-famílias) SUB-FAMÍLIA: Aurantioideae TRIBO: Citreae ( 3 sub-tribos) SUB-TRIBO: Citrinae (13 gêneros) GÊNEROS: Citrus Poncirus Fortunella ORIGEM DOS CULTIVARES DE CITROS Mutações Seleções Hibridações Sementes GÊNEROS: Poncirus Arbustos com espinhos Folhas trilobadas, caducas Usado como cerca viva Porta-enxerto VANTAGENS Citrumelo swingle, flying dragon, Poncirus trifoliata Fortunella Planta com espinhos Período de dormência Frutos pequenos Polpa doce ou acida Casca doce KUNQUAT OU KINKAN Fruta alongada, coloração da casca alaranjada Utilização de híbridos- porta-enxertos resistência a baixas temperaturas Citrus Gênero mais importante Encontram-se todos os cultivares explorados comercialmente CLASSIFICAÇÃO HORTÍCOLA 1) Laranjas doces (Citrus sinensis L. Osbeck) 1.1) Laranjas doces comuns (0,9 a 1,0% de acidez) Hamlin, Pêra, Valência 1.2) Laranjas doces com baixa ou sem acidez (0,0 a 0,1% de acidez) Champagne IAC-03, Lima Sorocaba IAC-417, Natalima IAC-134, Lima Verde IAC ) Laranja doces de umbigo
3 Washington Navel, Laranja Bahia, Laranja Bahia Cabula IAC-20, Laranja Bahia Cara Cara IAC-486 Laranja Bahia: mutação originária no Brasil 1.4) Laranjas Sanguíneas Pigmentação por Antocianina: Moro, Sanguinello, Sanguinelli, Tarocco Pigmentação por Licopeno: Laranja Sanguínea de Mombuca IAC-429, Laranja Bahia Cara Cara IAC-486 2) Laranja azeda (Citrus aurantium L.) Seville 3) Tangerinas, mexericas e híbridos 3.1) Tangerinas comuns (Citrus reticulata, Blanco) Ponkan, Ponkan IAC-224, Ponkan Span IAC-9, Clementina, Dancy, Fortune (Clementina x Dancy) 3.2) Tangerinas Satsumas (Citrus unshiu, Marchovitch) Satsuma, Satsuma Oeari, SAtsuma Miyagawa IAC ) Mexericas (Citrus deliciosa, Tenore) Mexerica Mogi das Cruzes IAC-606, Mexerica IAC ) Híbridos envolvendo tangerinas Tangor= tangerina x laranja doce Tangor Murcote, Tangor Murcote IAC-221, Tangor Ellendale, Tangor Temple, Orlando, Minneola, Nova, Sunburst, Robinson, Page 4) Limões e limas 4.1) 4.2) 4.3) ) Pomelos (Citrus paradisi, MacFadyen).1) Pomelos não pigmentados Duncan, Marsh.2) Pomelos pigmentados Ruby, Burgundy, Star Ruby 6) Toranjas (Citrus grandis) Oroblanco, Siamesa IAC-37, Chandler, Red Shaddock 7) Cidras (Citrus medica) Etrog, Mão-de-buda 8) Kunquats Oval ou Nagami (Fortunella margarita), Esférico ou Meiwa IAC 424 Híbrido, Redondo ou Marumi (F. japonica )
4 DESCRIÇÃO DA PLANTA Suas árvores, de porte médio, atingem em média quatro metros de altura, a copa é densa, de formato normalmente arredondado. Arbustos de folhas persistentes, às vezes desprovidos de espinhos, geralmente espinhosos com um único espinho ao lado de cada gema ou borbulha foliar, folhas simples. As folhas são aromáticas, assim como as flores, pequenas e brancas, muito procuradas pelas abelhas melíferas e matéria-prima da água de flor de laranjeira. Os frutos são ricos em vitamina C; possuem ainda vitaminas A e complexo B, além de sais minerais, principalmente cálcio, potássio, sódio, fósforo e ferro As raízes apresentam baixa capacidade de absorção de nutrientes - sido atribuído ao pequeno número de pêlos absorventes. Mostram alta necessidade de oxigênio -alguns porta-enxertos, como trifoliata, sejam menos exigentes. A distribuição e a quantidade de raízes depende do porta-enxerto, da copa, da idade e das condições do solo. Laranjeiras adultas (-23 anos de idade): 90% das raízes na profundidade de 60 cm. Entre 7 a 99% das raízes na área compreendida num raio de 2 m a partir do tronco Altura do tronco: laranjas, limões cm tangerinas cm Tronco: cilíndrico, com ramificação normal. Quando novo apresenta coloração verde e à medida que a planta envelhece esta coloração passa para o marrom. Os galhos e os ramos menores suportam a copa. A madeira é dura, compacta e de coloração amarelo-claro. A poda de formação deve ser no mínimo a 30 cm p/ tangerinas e 40 cm p/ laranjas e demais variedades Flores axilares, solitárias, em cachos ou em pequenas cimeiras terminais, brancas ou com tonalidade róseo púrpura na face externa das pétalas e aromáticas, cálice pequeno, em forma de taça ou representado por um simples disco: pétalas normalmente em número de, espessas. Florescimento: Os frutos (tipo baga) são ricos em vitamina C; possuem ainda vitaminas A e complexo B, além de sais minerais, principalmente cálcio, potássio, sódio, fósforo e ferro.
5 CLIMA INFLUÊNCIA DO CLIMA SOBRE A QUALIDADE DOS FRUTOS CÍTRICOS Espessura da casca Umidade relativa Temperatura Óleo da casca Temperatura Insolação Umidade relativa Casca fina Óleo Açúcares e ácidos Açúcares Temperatura Ácidos Maturação precoce Luminosidade Açúcares Vitamina C Luminosidade Vitamina C Permanência na árvore Temperatura Valência (Califórnia) 4- meses Valência (São Paulo) 3-4 meses Coloração Temperatura Temperatura Coloração (Laranjas Sanguíneas) (caroteno e antocianina) Coloração (Pomelos) (licopeno) A laranjeira, e os outros citros, preferem climas com temperatura entre 23 e 32 C. Acima de 40 C e abaixo de 13 C, a taxa de fotossíntese diminui, o que acarreta perdas de produtividade. UMIDADE RELATIVA DO AR ALTA 60-80% PRECIPITAÇÃO IDEAL 100 a 1800 mm(bem distribuídos) Os frutos produzidos nos climas mais frios, em geral, são mais ácidos e apresentam coloração da casca e do suco mais intensa. Nos climas mais quentes os frutos são mais doces. Sensível a geada, cada órgão tem sensibilidade > ou <: Flores < Brotos < Folhas novas < Folhas adultas < Frutos verdes < Frutos maduros < Ramos Finos < Ramos Grossos < Raízes
6 SOLO Solos profundos e permeáveis, com boa fertilidade (pouco ácidos - ph entre e 6 - e com ampla reserva de nutrientes) permitem maior desenvolvimento das árvores e maior produção de frutos. Constituem condições desfavoráveis às plantas: Solos pouco profundos, de textura muito argilosa que favorecem o encharcamento, comum nas porções baixas do terreno, ou compactação de camadas subsuperficiais que limitam o desenvolvimento do sistema radicular; Solos arenosos e pedregosos, cuja capacidade de retenção de água é baixa; E também solos alcalinos, ácidos e salinos que também limitam o desenvolvimento das raízes. BIOLOGIA DA PLANTA As plantas cítricas são verdes durante o ano todo, não apresentando período de repouso e podendo viver vários séculos (SMITH, 1966ª). Apresentam dois ciclos anuais de crescimento: de primavera = crescimento vegetativo e floral; de verão = principalmente vegetativo. Uma planta adulta apresenta 0 mil a 0 mil folhas, produzindo na primavera mil flores, das quais somente aproximadamente podem chegar à maturação que se completa entre 8 a 1 meses depois do florescimento. Temperaturas maiores que 3ºC durante 1-3 dias podem causar abortamento das flores. O crescimento dos brotos termina com 3-9 folhas expandindo-se quase simultaneamente. As folhas podem persistir durante 1-3 anos, havendo então num mesmo ramo folhas de ciclos diferentes. De acordo com ERICKSON (1968) são necessários 2,3 m² de folhas para produzir 1 kg de fruta em plantas com 9 anos de idade. No Japão foi estimado que devem existir 2 folhas para nutrir 1 fruto. O índice de área foliar (IAF) mais adequado está ao redor de 7 (7 m² de folhas para cada m² da área da copa projetada. CURIOSIDADE Embora as plantas possam viver dezenas de anos, mais de 1 século, a vida útil varia entre 20 e 30 anos, aproximadamente. PRINCIPAIS VARIEDADES DE COPAS As variedades cítricas apresentam ciclo que pode variar de 6 a 16 meses entre o florescimento (que ocorre, para a maioria das variedades, na primavera) e a maturação dos frutos, dependendo da espécie ou variedade e das condições de solo e clima do local de cultivo. Assim, podem ser agrupadas de acordo com a principal época de maturação do seu grupo como: s, Meia-estação e s.
7 QUADRO - Épocas principais de colheita dos frutos das principais variedades cítricas no Estado de São Paulo hachurado claro = safra extemporânea hachurado escuro = safra principal SUGESTÕES COPAS EM FUNÇÃO DO MERCADO INDÚSTRIA INDÚSTRIA e MERCADO Variedades Laranjas doces Hamlim Pêra Natal Valência Tangerina Murcotte % de plantio Com restrição Variedades Laranjas doces Hamlim Baianinha Pêra Natal Valência Tangerina Ponkan Cravo % de plantio Maturação Meiaestação/tardia Maturação Meia-estação Meiaestação/tardia Meia-estação Limas ácida e doce Tahiti Siciliano Ano todo Ano Todo Murcotte Limas ácida e doce Tahiti Lima Ano todo MERCADO Variedades % de plantio Laranjas doces Baianinha 3 Pêra 30 Natal Valência Tangerina Ponkan Maturação Meia-estação Meia-estação/tardia Meia-estação PRÓXIMO DA CIDADE DE SÃO PAULO Variedades % de plantio Maturação Laranjas doces Tangerina Ponkan 20 Meia-estação Murcotte 0 Cravo Murcotte Limas ácida e doce Tahiti Lima precoce Lima verde 2 1 Ano todo Limas ácida e doce Tahiti Siciliano 20 Ano todo Ano Todo
8 Variedades LITORAL % de plantio Maturação Laranjas doces Folha Murcha Pomelo Seleta Tangerina Mexerica Limas ácida e doce Tahiti Galego Meia-estação Ano todo Ano Todo PRINCIPAIS CULTIVARES (SÃO PAULO) Laranjas Maturação a Meia-estação (Maio a Julho): Bahia, Barão, Westin Maturação Meia-estação (julho a agosto): Pêra Maturação (setembro a janeiro): Valência, Valência Folha-murcha, Natal, Natal Folhamurcha Tangerinas e Híbridos Tangerina Cravo (), Tangerina Ponkan (Meia-estação), Mexerica do Rio ( a Meiaestação), Tangor Murcote () Limões e limas ácidas Limão Tahiti (precoce), Limão Siciliano (Meia-estação) PRINCIPAIS CULTIVARES (FLÓRIDA) Laranjas :Valência, Washington Navel, Hamlin, Parson Brown Tangerinas: Dancy, Clementina, Híbridos LARANJA BAHIA E BAIANINHA - PRECOCES: Também conhecidas como laranjas-de-umbigo por apresentar um umbigo no fruto, do lado contrário do pedúnculo. Os frutos não apresentam sementes, a casca é bem amarela, a polpa suculenta e sabor ácido e adocicado. Contém bastante vitamina C. A Baianinha tem o fruto menor. LARANJA LIMA E PIRALIMA - PRECOCE, E LIMA TARDIA: Tem casca fina, amarela esverdeada. De todas as variedades, é considerada sem acidez, sendo por isso indicada para bebês, crianças e idosos. É doce e suculenta, ótima para ser consumida ao natural LARANJA HAMLIN - PRECOCE À MEIA ESTAÇÃO: O fruto, pequeno, tem casca fina e cor amarelada, tem baixo teor de suco, poucos açúcares e ligeiramente ácido. Presta-se principalmente para a produção de suco concentrado. As árvores dessa variedade são bastante produtivas.
9 WESTIN E RUBI - MEIA ESTAÇÃO: Os frutos são bastante esféricos, com casca pouco espessa, cor laranja intensa, com suco bastante saboroso, servindo para o consumo ao natural ou industrializado. A planta é produtiva. LARANJA PÊRA - MEIA-ESTAÇÃO: Tem um formato mais alongado. Sua casca é lisa, fina, amarela. Sua polpa é suculenta, de sabor adocicado e levemente ácido. É muito consumida ao natural e bastante utilizada no preparo de sucos. LARANJAS VALÊNCIA, NATAL E FOLHA MURCHA - TARDIAS: apresentam frutos ovalados, a casca é ligeiramente grossa, tem suco de coloração amarelo forte e adocicado. São consumidas in natura e no preparo de sucos. TANGERINAS TANGERINA CRAVO - PRECOCE: os frutos são bastante saborosos, aromáticos, apresentam casca de coloração alaranjado intensa, de tamanho médio. MEXERICA DO - RIO - PRECOCE: os frutos são medianos, muito aromáticos, têm casca fina e lisa, são fáceis de descascar e paladar bastante agradável. TANGERINA PONKAN - MEIA-ESTAÇÃO: mais popularmente conhecida no mercado, apresenta frutos grandes, fáceis de descascar, com gomos que também se separam facilmente. Tem paladar bastante agradável. TANGOR MURCOTT - TARDIA: é um híbrido (cruzamento) de tangerina e laranja, os fruto são achatados, com casca fina e aderente, com bastante sementes e cor do suco alaranjado intensa, doce e excelente para o consumo in natura e no preparo de sucos. LIMA ÁCIDA TAHITI: mais popularmente conhecido como limão, apresenta fruto ligeiramente ovalado, com casca verde intenso quando consumido, não apresenta sementes e também utilizado em culinária e no preparo da caipirinha. LIMA ÁCIDA GALEGO: Possui frutos pequenos, arredondados, com casca fina e ligeiramente amarela quando maduro. Apresenta bastante sementes, o suco é excelente para o preparo de temperos, limonadas, torta de limão e caipirinha. LIMÃO SICILIANO: fruto ovalado, grande, de casca grossa e amarela, bastante aromático, com acidez agradável, o que o torna bastante apreciado na cozinha.
10 POMELO MARSH SEEDLESS: fruto arredondado, grande, com casca fina e polpa com sabor amargo. É pouco apreciado no Brasil; no exterior é conhecido como grapefruit. Pode ser consumido como fruta fresca ou no preparo de sucos. KUNQUAT A Kunquat ou Kinkan é uma fruta bastante pequena, com cerca de 3 cm de comprimento, possui casca comestível e é muito apreciada para o preparo de doces e compotas. Pertence ao chamado gênero próximo dos citros = Fortunella, e tem sua origem no Japão PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS VARIEDADES DE LARANJAS DE VALOR COMERCIAL NO ESTADO DE SÃO PAULOa. Variedade Origem Sementes/ Fruto (nº) Massa fruto (g) Teor suco (%) º Brix Acidez (%) Ratio b Destino dos frutos c Lima Desconhecida ,3 0,12 8,0 MI - S Piralima SP (Brasil) ,0 0,12 83,0 MI - S Hamlin Flórida (EUA) ,0 0,96 12, E - S Bahia BA (Brasil) ,2 0,94 14,0 MI Baianinha SP (Brasil) ,0 0,92 14,1 MI - E - S Rubi Desconhecida ,9 0,86 1,9 MI - S Westin RS (Brasil) ,2 0,93 13,1 MI - E - S Pêra Desconhecida ,8 0,9 12, MI - E - S Natal Brasil ,0 1,00 12,0 MI - E - S Valência Portugald ,8 1,0 11,2 MI - E - S Folha RJ (Brasil) f - 1,9 MI - E - S Murcha Lima MG (Brasil) , 0,14 7,0 MI a Valores médios para variedade obtidas junto às indústrias processadoras b Ratio = razão sólidos solúveis (ºBrix) / acidez c MI = mercado interno, S = suco e E = exportação d Origem provável e Stuchi & Donadio (2000) f dado não Disponível Fonte - Adaptado de Figueiredo (1991) OBS.: São apresentadas várias opções de espaçamentos, considerando-se a existência de solos mais e menos férteis, diversos tipos de manejo dos pomares, possibilidade de irrigação e plantio de culturas intercalares e mesmo o uso de diferentes porta-enxertos Mercado de fruta fresca Presença o ano todo no mercado (maturação precoce, meia-estação, tardia) Grande variedade de cultivares Mercado para a indústria Alta produção Qualidade (rendimento industrial e sólidos solúveis) Mercado Frutos de melhor qualidade -Aparência e Sabor
11 PLANEJAMETO DE UM POMAR CÍTRICO ASPECTOS TÉCNICOS 1. APÓS LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO, POSICIONA: Escritório Arco rodolúvio Colônia Silo Locais de abastecimento de água Quebra-ventos 2.MARCAÇÃO DE TALHÕES 3.PREPARO DO SOLO E TECNOLOGIA DE PLANTIO 4. OUTRAS PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS (PROTEÇÃO DE MANANCIAIS/MATAS/MAIO AMBIENTE) Espaçamento: Fatores que definem o espaçamento Máquinas e equipamentos Pequeno produtor Grande produtor Distância para entregar a fruta Densidade De Plantio Densidade No início: 200 plantas/ha Atualmente: plantas/ha Aumento da densidade pode levar a: Aumento na produtividade Aumento no rendimento dos equipamentos Aumento na freqüência da poda Aumento na incidência de doenças fúngicas ESPAÇAMENTO O espaçamento a ser utilizado depende de muitos fatores: as espécies de citros têm desenvolvimentos diferentes diferentes porta-enxertos induzem diferenças significativas no volume da copa a fertilidade e textura do solo interferem significativamente no porte e vigor das plantas o clima interfere para limitar ou desenvolver as plantas. a tecnologia a ser adotada, com por exemplo, o uso de irrigação interfere no desenvolvimento das plantas. Fatores que influem no adensamento Além vigor, clima e o solo :
12 - Variedades de copa - Podas - Porta-enxerto - Vírus de Exocorte Vantagens do adensamento SISTEMAS DE PLANTIO IMPLANTAÇÃO DE UM POMAR CÍTRICO PREPARO DO SOLO SISTEMA CONVENCIONAL Objetivos: Correção do solo Elevar as concentrações de Ca, Mg, P e B (8% dos solos onde se plantas citros apresentam textura média-arenosa, com baixa saturação de bases) Preparo 2 arações e 2 gradeações em área total (erosão?) Culturas anuais (soja) ou adubo verde Marcação e abertura das covas Adubação no sulco de plantio (preparo do solo em sistema convencional) PREPARO CONVENCIONAL Calagem Aração Topografia -Argiloso 18% -Arenoso 1% Ausência de linhas mortas Tamanho compatível com: pulverização, colheita, transporte, etc. Número excessivo de manobras Carreadores - comprimento reduzido e menor número possível Marcação de cova Plantio PREPARO DO SOLO CULTIVO MÍNIMO Características: Pode ser feito o ano todo Reduz erosão Preparo Roçagem da cobertura anterior Preparo da faixa de plantio (cultivo mínimo) (aração subsolagem) Adubação no sulco: (calcário dolomítico, super simples, matéria orgânica)
13 Preparo Mínimo Herbicida Subsolagem Plantio CUIDADOS PÓS-PLANTIO Irrigação: 20 L por bacia ou coroa Combate as formigas Inspeção de doenças e pragas Adubos verdes/culturas anuais Desbrotas Controle de plantas daninhas Adubação de pegamento: dias após o plantio TRATOS CULTURAIS Prioridades de tratos culturais em um pomar: Irrigação Manejo de pragas e doenças Nutrição e adubação Manejo de plantas daninhas Potencial genético Manejo de plantas daninhas Período de maior ocorrência: outubro a março Métodos de controle mais utilizados: mecânico e químico Capina ou aplicação de herbicida na linha de cultivo Utilização de roçadeira na entrelinha Podas Desbrota Poda de limpeza Poda de redução da copa Desbaste Outros tipos de poda TRATOS CULTURAIS ESPECÍFICOS PARA TANGERINAS Formação Adubação Desbaste plantas baixas= maior rendimento maior exigência de nutrientes Ponkan Mexerica e murcote: necessário Como desbastar:
14 1) Tratos fitossanitários: semelhantes a laranjas não há problemas com leprose, mosca das frutas, bicho-furão, declínio, CVC Ponkan: chuvas no inverno causam apodrecimento da casca Murcote: verrugose nas folhas. Mancha preta nos frutos Mexerica: suscetível à rubelose 2) Colheita Com tesoura Torção 1 3) Colheita Plantas de grande porte Presença de grande número de espinhos rendimento menor e custo maior
Cultivares copa de citros
Classificação botânica dos Citros Swingle, 1967 Cultivares copa de citros FAMÍLIA: SUB-FAMÍLIA: TRIBO: SUB-TRIBO: GÊNEROS: Rutaceae (7 sub-famílias) Aurantioideae (2 tribos) Citreae (3 sub-tribos) Citrinae
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