Plantio dos porta-enxertos em 14 de Novembro de 2000
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- Salvador Almeida Santarém
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1 Plantio dos porta-enxertos em 14 de Novembro de 2000 O solo virgem, livre de doenças, em uma área a mais de 400 m de pomares, é muito bem preparado e todos os nutrientes necessários para um ótimo desenvolvimento das plantas e seus sistemas radiculares são adicionados.a área é demarcada no espaçamento de 90 cm entre linhas por 30 cm entre plantas e as covas são feitas com chuchos, manualmente. As sementes dos porta-enxertos ou cavalinhos são certificadas, de origem própria, tratadas termicamente, e têm a casca removida antes da semeadura. Os cavalinhos são analisados rotineiramente contra doenças, principalmente Gomose de Phytophthora, em nosso próprio laboratório. Os porta-enxertos assim produzidos em recipientes individuais, são selecionados nas estufas, preparados e levados ao campo cerca de 90 dias após a semeadura para distribuição nas covas. Os cavalinhos, neste caso de limão Cravo (Citrus limonia Osbeck) são plantados com auxílio de um chucho manual, tendo suas raízes bem firmadas no chão. Logo após o plantio a área é irrigada.
2 Desenvolvimento dos porta-enxertos até o momento da enxertia 21 de Novembro de 2000 Lote de cavalinhos ou porta-enxertos de limão Cravo 7 dias após o plantio 4 de Janeiro de 2001 Lote de cavalinhos de limão Cravo 50 dias após o plantio, com cerca de 60 cm de altura e diâmetro de 6 a 8 mm a 10 cm do colo (região do eixo principal da planta entre as raízes e o caule, ao nível do solo) 4 de Janeiro de 2001 Vista do lote de cavalinhos aos 50 dias
3 24 de Janeiro de 2001 Cavalinhos de limão cravo 70 dias após o plantio, com 1 m de altura e 7 a 10 mm de diâmetro a 10 cm do colo. 24 de Janeiro de 2001 Vista do lote de porta-enxertos de limão Cravo 70 dias após o plantio. 14 de Março de 2001 Porta-enxertos de limão Cravo com 120 dias, cerca de 1,5 m de altura e diâmetro de 10 a 12 mm a 10 cm do colo, prontos para a enxertia. 14 de Março de 2001 Vista do lote de cavalinhos prontos para a enxertia, aos 120 dias do plantio. Durante o desenvolvimento os porta-enxertos são desbrotados, crescendo sempre em haste única, e protegidos contra pragas e doenças como o minador das folhas, pulgões, cochonilhas, ácaros, cigarrinhas, e verrugose.
4 Corte da borbulha, enxertia e proteção do enxerto 14 de Março de 2001 Ramos da planta a ser multiplicada do clone de laranja, tangerina ou outros citros são selecionados e uma gema ou borbulha é retirada com uma lâmina afiada. 14 de Março de 2001 O porta-enxerto de limão Cravo é cortado longitudinalmente a 10 a 15 cm do solo e depois transversalmente na base do primeiro corte, formando um "T" invertido, em preparação para receber a borbulha 14 de Março de 2001 A gema ou borbulha retirada do ramo do clone que desejamos reproduzir é inserida de baixo para cima na abertura em "T" invertido previamente realizada.
5 14 de Março de 2001 O enxerto é protegido ou amarrado com uma fita plástica que o protege contra o ressecamento e permite a proliferação de células do porta-enxerto e da borbulha, que completarão a união perfeita entre ambos. Retirada do Plástico de Enxertia e Forçamento da Brotação 02 de Abril de 2001 Retirada do plástico de enxertia e verga ou curvamento do porta-enxerto para forçamento da brotação da gema do clone enxertado Crescimento dos enxertos
6 13 de Abril de 2001 Brotação do enxerto 11 dias após a retirada do plástico de proteção e verga do porta-enxerto 13 de Abril de 2001
7 Durante o desenvolvimento dos enxertos é fundamental desbrotar o porta-enxerto, deixando apenas o broto do enxerto para que este não tenha seu crescimento prejudicado. Nas fotos acima e abaixo observase plantas antes e depois da desbrota, aos 11 dias do forçamento do enxerto. Crescimento dos enxertos II 21 de Abril de 2001 Os enxertos continuam a crescer rapidamente como se vê nas fotos 16 (acima) e 19 (abaixo) dias após a retirada do plástico. Os cuidados fundamentais são a desbrota do porta-enxerto e o controle de pulgões, ácaros e cigarrinhas, que continuam semanalmente.
8 Crescimento dos enxertos III 28 de Abril de 2001 Os enxertos agora estão com 26 dias e têm aproximadamente 30 cm de comprimento e 40 cm de altura do chão.
9 Corte do porta-enxerto e estaqueamento 13 de Maio de 2001 Aproximadamente aos 60 dias após a enxertia os enxertos já têm mais de 70 cm de altura e os porta-enxertos são cortados logo acima da região de enxertia. As partes cortadas dos porta-enxertos são removidas e os enxertos estaqueados para tutoramento e sustentação.
10 13 de Maio de 2001 Para tutoramento são usadas estacas de ferro, e os brotos dos enxertos são presos com máquinas de amarrar especiais.assim, aos 60 dias já temos caules constituídos pela planta que desejamos como copa ou variedade no pomar, e raízes do porta-enxerto de limão cravo, que induzem alta produtividade e resistência à seca. Vista aérea do viveiro em início de Maio de 2001 Vista aérea do viveiro em início de Maio de 2001 Localizado a mais de 400 metros de qualquer planta ou pomar cítrico, o viveiro ocupa um solo virgem, utilizado anteriormente apenas para pastagem e cultura anual. Isto favorece o controle total de doenças, principalmente as de solo e o amarelinho (CVC). Tradicionalmente o Brasil possui os maiores e melhores viveiros cítricos abertos de campo do mundo, com mudas de um padrão estético admirado internacionalmente. Este trabalho resultou no desenvolvimento da maior citricultura mundial, com produtividade máxima nos melhores pomares igual ou superior aos melhores pomares internacionais.
11 Poda de formatura 05 de Julho de 2001 As hastes dos enxertos são podadas a 50 cm de altura do chão. Isso é feito quando as mesmas param de crescer e amadurecem, tornando-se verde-escuras. Nesse momento, a parte inferior das hastes começa a perder a forma triangular dos brotos novos, tornando-se redonda em função do engrossamento do lenho. O objetivo da poda de formação é estimular a brotação de ramos laterais que formarão a copa da planta. Estamos agora há 8 meses do plantio dos porta-enxertos e há 4 meses
12 da enxertia. A estação é o inverno, que se prolonga até Setembro. Seleção e Formação das Pernadas antes depois 04 de Agosto de 2001 Logo após a poda de formatura as gemas laterais da haste do enxerto iniciam a brotação. É preciso então selecionar 3 a 5 destas brotações para compor as pernadas da planta, e eliminar as demais, conforme nas fotos acima. A estrutura básica da árvore cítrica estará então definida, a haste se desenvolvendo no tronco, e as brotações nos ramos principais, que formarão a copa. O objetivo é
13 manter o interior da árvore arejado, evitando-se o congestionamento por um número elevado de pernadas. Assim, a incidência de doenças dos galhos como Rubelose e Melanose, e de frutos como Verrugose e Melanose é menor, e as pulverizações e podas de limpeza são facilitadas. Desenvolvimento das Pernadas Mudas Prontas
14 01 de Outubro de 2001 Cerca de 10 meses e meio após o plantio dos porta-enxertos no campo, e 6 meses após a enxertia, as mudas estão prontas. Isto acontece quando as pernadas se desenvolvem e se tornam maduras, com as folhas de coloração verde-escura. Estes prazos variam em função da época do ano de plantio dos cavalinhos, podendo ser de 3 a 6 meses até a enxertia, de 3 a 6 meses da enxertia até o final, ficando o ciclo total, do plantio do porta-enxerto à muda pronta, entre 9 e 12 meses, no caso de copas de laranjas ou tangerinas enxertadas em limão cravo. Para porta-enxertos do grupo dos trifoliatas, o prazo é geralmente de 2 a 6 meses maior. Poda das Pernadas e Arranquio Lote de mudas podadas para o arranquio
15 01 de Outubro de 2001 Para o arranquio das mudas é necessário podar as pernadas a aproximadamente 30 cm de comprimento, mantendo-se o equilíbrio com o sistema radicular contido no torrão de solo que o acompanha. O arranquio é feito com pás especiais denominadas vangas. Pessoas treinadas são capazes de arrancar 1000 a 2000 mudas por dia, com torrões de 25 cm de largura por 35 cm de comprimento. A poda da raiz principal ou peão da muda e das raízes pioneiras ou laterais é muito importante para que suas pontas não Mudas prontas para o arranquio dobrem durante o plantio, o que comprometeria sensivelmente o desenvolvimento das plantas. Desta forma também evita-se o perfilhamento do peão. Quando o peão perfilha, ou seja, brota originando diversos peões, o desenvolvimento da planta é reduzido depois de alguns anos. Isto porque as múltiplas guias do peão competem por espaço e crescem umas sobre as outras causando estrangulamento. Nossas mudas, tanto produzidas no solo, como em estufas, têm peão único, sem enovelamento ou perfilhamento, e aprofundam-se ao máximo no solo, resultando em maior vigor e resistência à seca. Arranquio utilizando-se vanga Vista do torrão após arranquio
16 Embalagem e armazenamento da muda Mesa de Embalagem 01 de Outubro de 2001 Torrão sobre a embalagem biodegradável de juta As mudas arrancadas são imediatamente embaladas em pano biodegradável. Trata-se da embalagem ideal porque permite o fácil manuseio das mudas, e favorece a irrigação completa dos torrões durante o armazenamento. Além disso, facilita sobremaneira o plantio porque não precisa ser retirada na operação, otimizando o pegamento das mudas. Após a operação de arranquio e embalagem as mudas são armazenadas por 2 a 3 semanas em estaleiros de concreto para perfeita cicatrização dos cortes do arranquio e acomodação do torrão. Os estaleiros são construídos a pleno sol, a cerca de 30 cm do solo, permitindo condições ideais de arejamento para a estabilização dos torrões. Quando da retirada das mudas para o plantio as radicelas geralmente já voltaram a crescer, sua extremidades muitas vezes visíveis ao atravessar a embalagem. As mudas assim são plantadas com o mínimo stress e alcançam o máximo pegamento, com desenvolvimento imediato no campo após o plantio. Corda biodegradável para amarração da embalagem Conclusão do amarrio da embalagem
17 Armazenagem das mudas em estaleiros de concreto Muda pronta para armazenamento e transporte
secundários e as raízes e radicelas definham e apodrecem. Com o sistema radicular menor, não há absorção de nutrientes e água na copa da planta.
MSC A Morte Súbita dos Citros (MSC) é uma doença destrutiva e representa uma ameaça potencial para a citricultura paulista e nacional porque afeta laranjeiras doces e tangerinas Cravo e Ponkan enxertadas
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