A Economia 4.0. Fonte: COTEC. Indústria 4.0 Estratégia Nacional para a Digitalização da Economia: Medidas
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- Luana Fragoso Lacerda
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1 A Região de Lisboa e Vale do Tejo e o País, 10 anos depois do PNPOT Economia 4.0 Teresa Sá Marques
2 A Economia 4.0 A 4ª revolução industrial desenvolve se com a fusão de novos métodos de produção com os mais recentes desenvolvimentos na tecnologia de informação e comunicação. Define se pela transformação digital e pela introdução de sistemas ciber físicos (COTEC. Indústria 4.0 Estratégia Nacional para a Digitalização da Economia: Medidas) Fonte: COTEC. Indústria 4.0 Estratégia Nacional para a Digitalização da Economia: Medidas
3 A Economia 4.0 Com a crise económica, ressurgiram apelos à reindustrialização. No entanto, esta reindustrialização assenta em novos modos de produção, circulação e consumo, o que coloca novos desafios na hora de planear o território. São indústrias que não cabem nas tradicionais classificações estanques, as cadeias de produção convertem se em redes glocais de inovação que conectam a criação, a conceção, a produção, a distribuição e o consumo, de forma a potenciar a inovação. São indústrias de alta tecnologia, indústrias intensivas em conhecimento, indústrias intensivas em criatividade, que têm em comum a criação com elevada capacidade de diferenciação pelo perfil inovador dos serviços e produtos que desenvolvem. São indústrias que partem do conhecimento para produzirem conhecimento, o que pressupõe a capacidade de gerar e fixar trabalhadores do conhecimento, isto é, capital humano com elevado nível de qualificação superior e profissional. O Reforço do relacionamento entre as universidades e os centros de investigação, são uma das manifestações desta reindustrialização.
4 A Economia 4.0 Em termos de planeamento do território, a era da economia do conhecimento implica, por um lado, uma reflexão sobre as infraestruturas específicas: de formação profissional e ensino superior; de criação/instalação destas indústrias de conhecimento; de redes de transportes; de redes de comunicação (com particular importância para a infraestrutura das redes digitais), entre outras. Por outro lado, a criação de ecossistemas favoráveis às indústrias do conhecimento requerem uma reflexão multidimensional sobre: o património ambiental, arquitetónico e cultural, a qualidade ambiental, a qualidade do espaço público, a qualidade da habitação, a segurança, a inclusão e a coesão social, a multiculturalidade e a vibração cultural, o lazer, as estratégias de governança que reforcem a participação e o comprometimento cívico e um conjunto de outras amenidades atrativas para o capital intelectual, tecnológico, criativo e empreendedor, para os obreiros das indústrias do conhecimento, e propiciadoras de buzz urbano estimulante, favorável às atividades intensivas em criatividade e inovação. Assim, na era da revolução industrial 4.0, as políticas de criação industrial são indissociáveis dos processos de planeamento urbano E o planeamento pode mesmo desenvolver alavancas criativas propiciadoras de oportunidades de inovação e empreendedorismo económico.
5 A Economia 4.0 TIC Desterritorialização da economia Desmaterialização Transversalidade Flexibilidade Informação Big data : novas oportunidades para a territorialização Informação existente nas empresas que prestam serviços colectivos (água, eletricidade, etc.) Informação financeira Informação espacial relacional fluxos diversos Papel do INE
6 Uma economia a perder emprego Uma economia bipolorazida Variação do Pessoal, 2007/2015 PESSOAL AO SERVIÇO, 2015
7 Uma economia que perde capacidade de produção de riqueza Uma economia bipolorazida Variação do VAB, 2007/2015 VAB, 2015
8 Uma economia que reforça as exportações Uma economia bipolorazida Variação das Exportações, 2007/2015 Exportações, 2015
9 Uma população mais escolarizada, mas... População residente com ensino superior (1991, 2001 e 2011)
10 Ensino Superior Estudantes inscritos por concelho do Estabelecimento do Ens. Superior e Movimentos Residência/Estab. de Ensino Superior, 2014/2015
11 Um Sistema I&D: muito polarizado em Lisboa e ainda pouco articulado Total nacional 176 unidades, quase 11 mil investigadores e 70 milhões de financiamento TOTAL NACIONAL Na última avalização da FCT, em 2013: 113 unidades de I&D classificadas com bom e muito bom; 52 unidades de I&D receberam a classificação de excelente e 11 unidades de I&D foram reconhecidas como excecional; Número de Investigadores das Unidades de I&D (FCT), em Rede territorial dos Projetos da FCT por localização dos promotores e dos participantes ( ) Financiamento global/ano de cerca de 70 milhões de euros, em benefício de mais de investigadores integrados.
12 Redes territoriais de inovação económica (colaborativos) Projetos colaborativos Empresas /Unid I&D, Hospitais, etc. Entre 2007 e 2015, identificaram se 699 projetos promovidos por organizações portuguesas, que envolveram um investimento total de (QREN) Rede territorial dos Projetos da ANI por localização dos promotores e dos participantes ( ) Financiamento dos Projetos ANI por localização do promotor ( )
13 Economia e Emprego A. 24 Concelhos (cada um com mais de 1% do Emprego ou do VAB no total do país) Totalizam: 61% do VAB; 51% Pessoal Serv.; 56% Exportações; 34% Invest.QREN. B. 65 Concelhos (cada um com 0,3% 1% do Emprego ou do VAB) Totalizam: 27% do VAB; 32% Pessoal Serv.; 32% Exportações; 44% Invest.QREN. C. 136 Concelhos (com 0,1% 0,3% do Emprego ou do VAB) Totalizam: 11% do VAB; 15% Pessoal Serv.; 11% Exportações; 17% Invest.QREN. D. Os 83 concelhos restantes Totalizam: 1,3% do VAB; 2,4% Pessoal Serv.; 1,6% exportações; 5,2% Invest.QREN.
14 Conclusão Duplo problema: Temos Metrópoles demasiado pequenas a nível europeu/global E Metrópoles de grande dimensão a nível nacional Peso da Região de Lisboa e Vale do Tejo: 45,3% do VAB 37,9% do Pessoal ao serviço 36,7% das Exportações Desafio: redes colaborativas ganhar massa critica tendo em vista a escala internacional reforçar a integração tendo em vista quebrar a bipolarização
15 TIC, indústria e serviços este setor no total nacional Representam: 6% do VAB nacional 2% do Emprego nacional 2% das Exportações nacionais 7% dos Investimentos do QREN % R.L.V.Tejo em Portugal: 68% do VAB 60% do Emprego 9% das Exportações % R.Norte em Portugal: 21% do VAB 26% do Emprego 79% das Exportações
16 TIC Pessoal ao Serviço Criação de riqueza
17 TIC Exportações Investimentos QREN
18 As TIC nas redes de inovação colaborativa Projetos de inovação, listados na base da Agência de Inovação, para o período de 2007 a As TIC surgem como a área tecnológica mais estruturante e central da rede do sistema de inovação nacional, captando 26,5% do financiamento para inovação colaborativa, num total de 189 projetos (26,3%) suportados neste tipo de conhecimento base. Área tecnológica Valor do Financiamento % Financ. Nº Projetos % Projetos TIC , ,3 Tecnologias dos Materiais , ,5 Engenharia Mecânica , ,0 Eletrónica e Instrumentação ,2 67 9,3 Engenharia Química ,1 63 8,8 Biotecnologias ,6 44 6,1 Tecnologias Agrárias e Alimentares ,3 55 7,6 Automação e Robótica ,8 22 3,1 Tecnologias da Construção ,4 40 5,6 Outras ,4 3 0,4 Várias ,4 2 0,3 Tecnologias do ambiente ,3 25 3,5 Energia ,8 15 2,1 Sem área tecnológica ,8 18 2,5 TOTAL
19 As TIC nas redes de inovação Projetos de inovação, listados na base da Agência de Inovação, para o período de 2007 a É também a área tecnológica mais transversal, dirigindo os seus esforços de inovação para vários setores de aplicação (24 no total), dos quais se destaca a Saúde, os Serviços, as Telecomunicações, os Transportes e logística e o Software.
20 As TIC nas redes de inovação Setor de Aplicação Nº Projetos % Projetos Valor de Financiamento % Financ. Saúde 20 10, ,19 18,4 Outros Serviços 37 19, ,75 15,9 Telecomunicações 22 11, ,40 13,7 Transportes e Logística 12 6, ,18 9,0 Software 20 10, ,90 7,9 Transversal ou Vários Sectores 17 9, ,71 7,5 Consumo Privado 5 2, ,29 3,6 Energia (Produção, distribuição e utilização racional) 7 3, ,59 3,0 Serviços Financeiros 3 1, ,45 2,9 Automóvel 3 1, ,88 2,3 Outros 4 2, ,86 1,8 Mar 3 1, ,75 1,7 Defesa e Segurança 6 3, ,36 1,7 Serviços às empresas 5 2, ,19 1,7 Electrónica_e_Instrumentação 5 2, ,82 1,7 Ambiente e Ordenamento de Território 4 2, ,05 1,4 Agricultura, Pecuária, Silvicultura 4 2, ,37 1,3 Fabricação de Couro e Calçado 2 1, ,91 1,3 Máquinas Industriais 3 1, ,04 1,1 Indústria Agroalimentar 3 1, ,19 0,8 Indústrias da Cerâmica e Vidro e Cimento 1 0, ,41 0,4 Construção 1 0, ,78 0,4 Aeronáutica e Aeroespacial 1 0, ,56 0,3 Fabric. Prod. Industriais Madeira, Cortiça, Mobiliário, Pasta e Papel 1 0, ,48 0,2 Total TIC ,11 Onde se destaca no financiamento: a Saúde (18% do financiamento) vários serviços (16%) as Telecomunicações (14%) os Transportes e logística (9%) e o Software (8%)
21 As TIC nas redes de inovação As TIC emergem de forma destacada como a principal área tecnológica em que se apoiam o maior número de instituições (321) para alavancarem os processos de inovação. Área tecnológica Setor de Aplicação Instituições TIC Tecnologias dos Materiais Engenharia Mecânica Electrónica e Instrumentação Engenharia Química Biotecnologias 6 83 Tecnologias Agrárias e Alimentares Automação e Robótica Tecnologias da Construção Outras 3 8 Várias 2 58 Tecnologias do ambiente 8 64 Energia 6 36
22 E o ordenamento do território Temos o edifício, a casa, a fábrica, os escritórios, as lojas, os serviços e as universidades com fronteiras bem estabelecidas. Mas a revolução digital está a transformar os espaços, os fluxos e os nós dos territórios, fomentando estruturas sociais mais flexíveis, mais conectadas e interativas. As novas interdependências Os territórios da nova economia A cidade e a revolução digital Movimento das smart Cities Distritos Digitais O trabalho em rede, a emergência de novos meios inovadores ou a reconfiguração dos modelos produtivos, dos serviços e do consumo permitem compreender o impacto das novas tecnologias nos territórios do futuro.
23 Desafios Consciencializar as pessoas sobre o tamanho, a velocidade e os impactos desta revolução Delinear as questões centrais e destacar as possíveis respostas em matéria de ordenamento do território Desenvolver plataformas para que as parcerias público privadas enfrentem os novos desafios e possam desbloquear as oportunidades. Um país mais colaborativo e mais integrado, que enfrenta as questões do ordenamento de forma mais transversal e mais flexível
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