Biomassa e óleo essencial de carqueja (Baccharis trimera (Less) DC.) sob influência de fontes e doses de nitrogênio
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- Maria de Fátima Van Der Vinne Alves
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1 58 Biomassa e óleo essencial de carqueja (Baccharis trimera (Less) DC.) sob influência de fontes e doses de nitrogênio PALÁCIO, C.P.A.M. 1* ; BIASI, L.A. 2 ; NAKASHIMA, T. 3 ; SERRAT, B.M. 4 1 Programa de Pós-Graduação em Agronomia-Produção Vegetal, Universidade Federal do Paraná, Caixa Postal 19061, , Curitiba, PR, *a_mariap@yahoo.com, 2 Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo, Universidade Federal do Paraná, , Curitiba, PR, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, 3 Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná, , Curitiba, PR, 4 Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Paraná RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de fontes e doses de nitrogênio na produção de biomassa e teor de óleo essencial de Baccharis trimera (Less) DC. (Asteraceae) em diferentes épocas de colheita. O experimento foi conduzido na Estação Experimental de Canguiri (UFPR) com delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições e sete tratamentos. Estes foram 4, 8 e 16 g de nitrogênio por planta, considerando a uréia como fonte de fertilizante mineral simples, as mesmas doses para o esterco ovino como fonte de fertilizante orgânico, e o controle sem aplicação de nitrogênio. As adubações foram realizadas em duas aplicações com intervalos de dois meses. Foram feitas colheitas aos seis, nove, doze, dezoito e vinte e dois meses após o plantio. Determinou-se a matéria fresca e seca pela pesagem em balança e o teor de óleo essencial pela metodologia de hidrodestilação durante quatro horas, usando o aparelho de Clevenger. Os tratamentos não apresentaram diferenças estatisticamente significativas quando as médias foram comparadas com o teste de Tukey (5%) tanto para o rendimento de matéria seca como para o teor de óleo essencial nas diferentes épocas de colheita. A análise qualitativa preliminar do óleo essencial usando CG-EM mostrou um total de 30 picos, sendo comum para todos os tratamentos os compostos: -pineno, D-limoneno, cariofileno, espatulenol, ledol e globulol. Palavras-chave: planta medicinal, adubação, metabólitos secundários, biomassa ABSTRACT: Biomass and essential oil yield of carqueja (Baccharis trimera (Less) DC.) under different nitrogen source and levels. The objective of this work was to determine the influence of nitrogen s source and doses on the biomass and essential oil yield of Baccharis trimera (Less) DC. (Asteraceae) plants in different harvest times. They were established at Experimental Station of Canguiri (UFPR), with experimental design in random blocks with four repetitions and seven treatments. The treatments consisted of 4, 8, and 16 grams of nitrogen per plant having urea as the mineral source and sheep manure as organic fertilizer, and a control without nitrogen application. The fertilization was done two times with an interval of two months. Plants were collected six, nine, twelve, eighteen, and twenty two months after transplanted to the field. The fresh and dry biomasses were determined on a scale. Essential oil was obtained by hydrodistillation methodology in Clevenger apparatus during four hours. The results for oil quantity and dry biomass of plant and hectare did not show any statistical difference between treatments when means were compared with Tukey test (5%). The preliminary qualitative oil analyses using GC-MS showed 30 peaks, being common for all treatments: -pinene, D-limonene, caryophyllene, spathulenol, ledol e globulol. Key words: medicinal plant, fertilization, secondary metabolites, biomass Recebido para publicação em 06/12/2005 Aceito para publicação em 23/06/2006
2 59 INTRODUÇÃO O gênero Baccharis é o mais numeroso da família Asteraceae, representado por mais de 400 espécies (Nesom, 1990), exclusivas das Américas, distribuídas desde o sul dos Estados Unidos da América até o extremo austral da Argentina e Chile (Giuliano, 2001). No Brasil ocorrem cerca de 120 espécies (Barroso, 1991) sendo a espécie B. trimera (Less) DC. nativa do sul e sudeste do país. Popularmente esta espécie é conhecida como carqueja, carqueja-amarga ou vassoura (Lorenzi & Matos, 2002), é um subarbusto, dióico, com altura variável entre 1 e 1,6 m (Castro & Ferreira, 2000), com ramos sem folhas, trialados, com alas interrompidas alternadamente e flores amareladas reunidas em inflorescências do tipo capítulo (Simões et al., 1995). Ocorre naturalmente em solos pedregosos, margens das estradas, barrancos ou lugares úmidos nas ribanceiras dos rios e até m de altitude (Correa Junior et al., 1994), preferindo condições de pleno sol para seu crescimento (Bona, 2002). Seu óleo essencial está composto principalmente por carquejol, acetato de carquejila e sesquiterpenos, além de palustrol, e -pineno, trans- -ocimeno e espatulenol entre outros (Siqueira et al., 1985, Santos et al., 1988 e Sousa et al.,1991). Também apresenta flavonóides como a quercetina, luteolina, nepetina, apigenina, rutina, hispidulina (Soicke & Leng-Peschlow, 1987; Di Stasi et al. 1988), eupatorina, cirsimaritina, cirsiliol, apigeina, genkwanina e eriodictiol (Kuroyanagi et al., 1985; De Mello & Petrovic, 2000), diterpenos, compostos tânicos e saponinas (Castro et al., 1999; Jarvis et al., 1991; Zdero et al., 1991). Na medicina popular é usada como diurética, tônica, digestiva (Carneiro & Fernandes, 1996), protetora e estimulante do fígado, antianêmica, anti-reumática, depurativa, para o controle da obesidade, diabetes, hepatite e gastroenterites (Castro & Ferreira, 2000) e cura de chagas ulceradas da pele (Oliveira et al., 1999). Na agricultura é aproveitada pelas propriedades alelopáticas retardando a velocidade na germinação de sementes (Castro & Ferreira, 2000), inibindo o crescimento micelial de fungos (Ito et al., 2005) e de raízes de trigo (Gonzáles et al., 1993); também é utilizada na indústria de cervejaria como substituto do lúpulo e na aromatização de refrigerantes e de licores (Castro & Ferreira, 2000). A carqueja é destinada ao comércio nacional e internacional na forma de planta seca (Silva et al., 2001), sendo encontrada também em cápsulas, comprimidos, tinturas ou saches entre outras. Esta matéria prima, na grande maioria, provém de práticas extrativistas que ameaçam as populações naturais, sendo necessário a geração de dados agronômicos e farmacêuticos referentes à qualidade e quantidade de biomassa e compostos secundários produzidos, para poder fomentar seu cultivo mantendo um fornecimento constante da planta. Neste sentido, a adubação é considerada como um dos principais fatores a avaliar no processo de domesticação das espécies, sendo o nitrogênio o macronutriente de maior influência no rendimento das culturas anuais (Mengel & Kirkby, 1987). O objetivo deste trabalho foi verificar a influência da adubação nitrogenada em três diferentes concentrações, considerando a uréia como fonte mineral simples e o esterco ovino como fonte orgânica na produção de biomassa, como também, o teor de óleo essencial em diversas colheitas durante dois anos, além do estudo preliminar da qualidade de seu óleo essencial. MATERIAL E MÉTODO O experimento foi instalado com mudas formadas a partir de estacas de 30 centímetros, coletadas de plantas masculinas da coleção de plantas medicinais da Estação Experimental do Canguiri, com exsicata da espécie número 45093, presente no Herbário do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná. Foram utilizadas as partes medianas e basais, as quais foram mantidas em caixas plásticas com fundo perfurado e substrato de casca de arroz carbonizada, sob irrigação intermitente, durante um período de 70 dias na casa-de-vegetação do Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo do Setor de Ciências Agrárias da UFPR. Após o enraizamento, as mudas foram transplantadas ao Setor de Plantas Medicinais da Estação Experimental do Canguiri, situada no município de Pinhais, no mês de maio de O solo é caracterizado pela EMBRAPA (1999), como Cambissolo Háplico Tb Distrófico Latossólico, com horizonte A proeminente, textura argilosa, e clima da região, segundo a classificação climática de Köeppen, IAPAR (1994), do tipo Cfb. O local de experimentação era usado como horto de plantas medicinais e encontrava-se em pousio dois anos antes do plantio das carquejas. A análise química do solo realizado pelo Laboratório de Solos e Plantas da Fundação ABC apresentou os seguintes valores: P (resina): 81 mg dm -3, M.O: 78 g dm -3, K: 0,63 cmol c dm -3, Ca: 7,6 cmol c dm -3, Mg: 2,8 cmol c dm -3, SB: 11,03 cmol c dm -3, CTC: 18,23 cmol c dm -3, V: 61%, Al: 1,8% e ph (CaCl 2 ): 5,1. As variáveis climáticas temperatura máxima e mínima, precipitação, umidade relativa e radiação solar do mês anterior a colheita, obtidas da Estação Meteorológica de Pinhais-PR do SIMEPAR, foram correlacionadas com a matéria
3 60 seca e o teor de óleo essencial. Foi usado um delineamento experimental em blocos ao acaso com 4 repetições, em parcelas de 1 m x 2 m com 8 plantas e espaçamento entre plantas de 0,5 m x 0,5 m, para um total de 28 parcelas separadas por 1 m de distância. O rendimento por hectare foi calculado para uma população de plantas (distâncias entre plantas de 0,5 x 0,5 m em linhas duplas de 1 m). Os sete tratamentos aplicados foram o controle, 4, 8 e 16 gramas de nitrogênio por planta com fonte uréia e 4, 8 e 16 gramas de nitrogênio por planta com fonte esterco ovino os quais foram fracionados em duas aplicações por semestre durante um ano, correspondendo aos meses de agosto e outubro de 2003 e fevereiro e abril de Os adubos foram colocados ao redor das plantas mantendo uma distância de pelo menos 10 cm do caule. Para a aplicação do esterco ovino foi determinado seu conteúdo de nitrogênio e percentagem de umidade para obter as doses desejadas de N em cada tratamento, considerando uma eficiência de liberação do nitrogênio para o primeiro ano de 50%, segundo a Comissão de fertilidade do solo - RS/SC (1994). Os teores de nutrientes encontrados na primeira análise do esterco foram: 2,5% de N, 2,5% de P 2 O 5 e 2,1% de K 2 O, resíduo mineral de 17,7%, densidade de 0,24 g cm -3 e matéria seca de 42,08%; nas outras análises o teor de nitrogênio foi de 3,5%. As colheitas foram realizadas nos meses de novembro de 2003, fevereiro, maio, novembro de 2004 e março de 2005, retirando toda a parte aérea, deixando 30 cm de caule para rebrote. Foi determinado o rendimento de biomassa fresca e seca por parcela, pela pesagem em balança depois da colheita e após secagem das partes aéreas espalhadas em camadas delgadas e sob condições de sombra à temperatura ambiente. O teor de óleo essencial das partes aéreas foi obtido usando o aparelho de Clevenger (Guenther, 1972), pela metodologia de hidrodestilação por arraste de vapor d água, observando o volume destilado em quatro horas de 100 gramas de planta seca. Na quarta colheita não foi determinado o teor de óleo essencial. Para a determinação do rendimento final do óleo essencial foi feita uma correção avaliando o teor de umidade das amostras pela secagem de 10 g em estufa a 70 o C, durante 72 horas. A análise da composição química do óleo essencial foi realizada agrupando as amostras pela fonte de adubação: controle, uréia e esterco ovino, usando cromatografia gasosa acoplada a detector de massa, em cromatografo a gás 6890 Agilant e espectrofotômetro de massa 5973 Agilant, com biblioteca NIST 98, coluna HP5, gás de arraste Hélio, fluxo: 0,8 ml minuto -1, temperatura do injetor: 250 o C, temperatura inicial: 40 o C, rampa de aquecimento: 2 o C minuto -1, temperatura final: 250 o C, temperatura do auxiliar: 280 o C, amostras diluídas: 20 L na razão de Split 100:1, tempo total de análise: 58 minutos. As análises estatísticas foram feitas pelo programa MSTATC, testando a homogeneidade das variâncias dos tratamentos com o teste de Bartlett, seguido pelo teste de F a 5 e 1%, e o teste de Tukey a 5% para a comparação das médias. RESULTADO E DISCUSSÃO O rendimento de matéria seca não revelou diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos para as cinco colheitas, quando as médias foram comparadas com o teste de Tukey a 5% (Tabela 1) apresentando um rendimento médio de matéria seca em relação à matéria fresca produzida de 30, 29, 24, 23 e 32% para as cinco avaliações respectivamente. A maior produção de matéria seca foi obtida na primeira colheita, 6 meses depois do estabelecimento em campo, alcançando valores entre 3,5 e 4,6 t ha -1, valores superiores em relação às outras colheitas provavelmente pela capacidade inicial de crescimento da espécie assim como a influência das condições ambientais do local para este período. Em outra pesquisa, em períodos de tempo similares, 5 e 14 meses após estabelecimento em campo, e iguais densidades populacionais as produções foram menores: 0,18 e 1,6 t ha -1 respectivamente (Davies, 1999). Mesmo em sistemas de cultivo intensivo para o primeiro ano produtivo foi obtida produção de 1,5 e 2,7 t ha -1 (Correa Júnior et al., 1994; Oliveira et al., 1999). No presente trabalho foi observada resposta positiva da espécie quando cultivada em solo fértil. Já em condições naturais sua produtividade pode baixar até 47,9 kg ha 1 de planta seca (Neto & Gama, 2003), deixando de ser uma alternativa econômica para os coletores quando comparadas com plantas cultivadas. Após a quinta colheita, verificou-se uma elevada morte de plantas, que atingiu 48,2%, inviabilizando a continuidade do experimento. A mortalidade pode estar relacionada ao fato das plantas estarem em pleno florescimento durante o corte. Além das plantas usadas no experimento serem selecionadas de matrizes altamente produtivas, o solo não apresentava níveis críticos nos principais elementos, nem mesmo depois de aplicados os tratamentos, quando diminuíram alguns teores, principalmente nas parcelas que receberam uréia. As plantas também não manifestaram sintomas de excesso nos níveis mais elevados de fertilização, quando aumentaram teores como os de fósforo, cálcio e magnésio nas parcelas que receberam esterco ovino, sugerindo assim que a carqueja pode ser uma alternativa viável na rotação de culturas nas hortas ou rodízio com outras culturas fertilizadas. A aplicação
4 61 do adubo orgânico em solos com estas condições, justifica-se em função da manutenção das características físico-químicas do mesmo, devendo ser considerada a possibilidade de contaminação por excesso de nitrogênio e/ou fósforo e a relação custo beneficio implícito na obtenção e aplicação destes. A produção de óleo essencial não apresentou diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos quando as médias foram comparadas com o teste de Tukey a 5% (Figura 1). Os maiores teores foram obtidos na terceira colheita (12 meses após o transplante), 2,5 a 3,0%, período que coincidiu com o outono e o início da formação das inflorescências das plantas, comportamento similar ao de muitas espécies produtoras de óleo essencial, as quais apresentam a maior porcentagem no início da sua fase reprodutiva (Scheffer, 2002). Já na quinta colheita, durante o pleno florescimento, o teor de óleo essencial foi o mais baixo entre as colheitas, com media de 1,2%. Siqueira et al. (1985) obtiveram rendimentos de 0,3 a 1% em plantas coletadas em período de floração. Já Bona (2002), em plantas cultivadas a pleno sol obteve rendimentos máximos de 1,3%. Assim o rendimento da carqueja apresenta uma possível relação favorável com o nível de fertilidade do solo e a fase de desenvolvimento da planta no momento de colheita, sendo essa relação mais forte do que os fatores ambientais, pois a produção de biomassa seca e óleo essencial não apresentaram correlações significativas com as variáveis climáticas (temperatura máxima e mínima, precipitação, umidade relativa e radiação solar) avaliadas no mês antecedente à colheita. TABELA 1. Rendimento da biomassa seca em gramas por planta e toneladas por hectare para uma densidade de plantas em cinco períodos de colheita, aos 6, 9, 12, 18 e 22 meses após plantio. T: Controle, U 1 : 4 g de N planta -1 (uréia), U 2 : 8 g de N/planta (uréia), U 3 : 16 g de N planta -1 (uréia), E 1 : 4 g de N planta -1 (esterco), E 2 : 8 g de N planta -1 (esterco), E 3 : 16 g de N planta -1 (esterco). Pinhais, PR. ns Não significativo ao nível de 5% FIGURA 1. Rendimento de óleo essencial em ml por 100 gramas de planta seca para quatro períodos de colheita, aos 6, 9, 12 e 22 meses após plantio, sob efeito de diferentes doses de uréia e esterco ovino. T: Controle, U1: 4 g de N planta -1 (uréia), U2: 8 g de N planta -1 (uréia), U3: 16 g de N planta -1 (uréia), E1: 4 g de N planta -1 (esterco), E2: 8 g de N planta -1 (esterco), E3: 16 g de N planta -1 (esterco). Pinhais, PR
5 62 A análise por CG/EM do óleo essencial não apresentou diferenças marcantes na concentração de seus compostos entre as diferentes colheitas. Na 3 a colheita (maio, 2004) a análise apresentou 30 picos, sendo identificados 9 constituintes químicos nas plantas que não receberam adubação, e 7 compostos nas plantas adubadas com uréia e com esterco (Tabela 2). As concentrações variaram em relação à fonte de nitrogênio aplicado, aumentando ou diminuindo o composto, assim, o -pineno, aumentou quando as plantas foram adubadas, sendo maior a concentração naquelas tratadas com esterco ovino, enquanto o espatulenol apresentou uma leve diminuição na concentração quando as plantas receberam uréia. Foi comum para todos os tratamentos os compostos: -pineno (8.31), D- limoneno, cariofileno, espatulenol, ledol e globulol. Com exceção do Indano, todos os compostos já foram identificados por outros pesquisadores como Weyerstahl et al. (1990), Chialva & Doglia (1990), Loayza et al. (1995), Ferracini et al. (1995), Weyerstahl et al. (1996), Zunino et al. (1998), Frizzo et al. (2001), Bailac et al. (2001), Cobos et al. (2001), Van Baren et al. (2002), Zunino et al. (2004) e Albuquerque et al. (2004), em outras espécies do mesmo gênero. O carquejol e acetato de carquejila que são compostos majoritários da espécie (Siqueira et al., 1985; Santos et al., 1988; Sousa et al., 1991), não foram confirmados nesta análise, possivelmente pelas condições de crescimento da planta, ou por alterações na composição do óleo durante sua extração. TABELA 2. Compostos identificados no óleo essencial de Baccharis trimera (Less) DC. na terceira colheita. T.R.: Tempo de retenção Base de dados NIST98 CONCLUSÃO Para as condições em que foi desenvolvido o experimento conclui-se que a espécie Baccharis trimera (Less) D.C. não responde à adubação nitrogenada orgânica nem mineral, quando as condições de fertilidade do solo são altas, obtendo alto rendimento de matéria seca e óleo essencial. A composição química do óleo essencial varia em função das fontes de nitrogênio aplicadas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALBUQUERQUE, M.R.J.R. et al. Composition and antimicrobial activity of essential oil from aerial parts of Baccharis trinervis (Lam.) Pers. Arckivoc, n.6, p.59-65, BAILAC, P.N. et al. Essential oil of female plants of Baccharis coridifolia De Candole. Journal of Essential Oil Research, v.13, n.1, p.23-4, BARROSO, G.M. Sistemática de angiospermas do Brasil. Viçosa: Imprensa Universitária, v.3, 326p. BONA, C.M. Estaquia, calagem e sombreamento de carqueja p. Dissertação (Mestrado em
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