Detecção de vazamentos em tubulações de gás pelo método de transitório de pressão utilizando CLP e sensores

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Detecção de vazamentos em tubulações de gás pelo método de transitório de pressão utilizando CLP e sensores"

Transcrição

1 Universidade Federal de Pernambuco Centro de Tecnologia e Geociências Curso de Especialização em Engenharia de Instrumentação Detecção de vazamentos em tubulações de gás pelo método de transitório de pressão utilizando CLP e sensores Bruno Alexander Felix Bezerra Orientador: Prof. Maurício Marques da Trindade, MSc Monografia apresentada a Universidade Federal de Pernambuco como parte dos requisitos para obtenção do Certificado de Especialista em Engenharia de Instrumentação Recife,

2 Resumo Detecção de vazamentos em tubulações de gás pelo método de transitório de pressão utilizando CLP e sensores Bruno Alexander Felix Bezerra Março/2008 Orientador: Prof. Maurício Marques da Trindade, MSc Área de concentração: Eletrônica Palavras-chaves: CLP, transitório de pressão, detecção de vazamento. O sistema de detecção de vazamentos integra uma das funcionalidades da automação de tubulações. Esta automação vem sendo feita através de sistemas supervisórios, que monitoram e realizam o controle em tempo real com controladores lógicos programáveis, sensores e atuadores distribuídos ao longo da tubulação. Dados de pressão, vazão ou emissões acústicas são enviados por estes sensores e de acordo com uma determinada técnica o vazamento é determinado. Entre as técnicas existentes de detecção temos a inspeção, a determinação direta de vazamento de acordo com os dados fornecidos pelos sensores e a determinação indireta do vazamento através do processamento dos dados através de algoritmos que utilizam técnicas estatísticas, reconhecimento de padrões e modelos de dinâmica dos fluídos. Este trabalho descreve um estudo da técnica de detecção de vazamentos por transitório de pressão em uma tubulação de gás. Com esta finalidade foi construído um protótipo de tubulação de PVC de 1 de diâmetro com 5,56 metros de comprimento. Foram instalados dois transdutores de pressão nas extremidades da tubulação e estes enviam seus sinais para um CLP (controlador lógico programável). Os vazamentos foram provocados em orifícios localizados em conexões tipo T na tubulação. O CLP detecta o vazamento quando a pressão medida nos transdutores cai um certo valor e a localização é calculada através das diferenças de tempo de inicio dos transitórios em cada transdutor. Os resultados experimentais mostraram que é possível a detecção do vazamento, porém sua localização não foi obtida devido à pequena diferença de tempo entre os transitórios medidos nesta tubulação. 2

3 Índice de figuras Fig. 1 Gasodutos brasileiros e conexões com países sul-americanos...9 Fig. 2 Métodos de detecção de vazamentos...17 Fig. 3 transitórios obtidos por BUIATTI...19 Fig. 4 Arranjo experimental de BUIATTI...19 Fig. 5 Localização do vazamento...20 Fig. 6 transitório obtido por BRAGA...20 Fig. 7 Arranjo experimental de MACIAS...21 Fig. 8 transitório obtido por MACIAS para um escoamento contínuo...22 Fig. 9 Estrutura do CLP...28 Fig. 10 Interface de ajuste de entrada...30 Fig. 11 Current sinking e current sourcing...31 Fig. 12 Interface de ajuste de saída...32 Fig. 13 Ciclo de execução do CLP...34 Fig. 14 CLP SIMATEC S Fig. 15 Ambiente de programação do STEP7-MicroWin...37 Fig. 16 Módulo de expansão analógico EM Fig. 17 Diagrama de blocos do circuito de entrada do EM Fig. 18 Formato da palavra de dados da entrada do EM Fig. 19 Diagrama de blocos da saída do EM Fig. 20 Formato da palavra de dados da saída do EM Fig. 21 IHM TD Fig. 22 Conexão entre o TD200 e o CLP...44 Fig. 23 Transdutor de pressão do modelo 1503A02EZ60BARG...46 Fig. 24 Piezoresistor em substrato de silício...48 Fig. 26 Piezoresistores difundidos em diafragma de silício...49 Fig. 27 Loop de corrente de 4 a 20 ma...50 Fig. 28 Diagrama de blocos do ensaio de detecção de vazamentos...51 Fig. 29. Fotos do arranjo experimental...52 Fig. 30 Fluxograma da detecção e localização de vazamento...54 Fig. 31 Fluxograma da cálculo da velocidade...55 Fig. 32 Arranjo experimental para cálculo da velocidade...57 Fig. 33 Gráfico pressão x tempo sem presença de vazamento...58 Fig. 34 Gráfico pressão x distância do ponto de medição para o compressor...59 Fig. 35 Gráfico pressão x tempo mostrando o transitório para diâmetros de furos diferentes...60 Fig. 36 Transitório de pressão medido simultaneamente...61 Fig. 37 Transitório de pressão medido simultaneamente com taxa de 100 amostras/segundo...62 Fig. 38 Estimativa do comprimento da tubulação

4 Índice de tabelas Tabela 1. Características dos gasodutos brasileiros em operação...10 Tabela. 2 Expressões aplicáveis ao cálculo do coeficiente de perda de carga...13 Tabela. 3 Valores típicos do coeficiente de perda de carga e da rugosidade...14 Tabela. 4 Comprimentos equivalentes, em metros, para conexões ou peças especiais de PVC...15 Tabela. 5 Comparativo entre os métodos detecção de vazamentos...25 Tabela. 6 Linguagens de programação de CLP...35 Tabela. 7 Características da CPU Tabela. 8 Módulos de expansão do S Tabela. 9 Características do módulo analógico EM Tabela. 10 Configurações das entradas analógicas...40 Tabela. 11 Características das entradas do módulo EM Tabela. 12 Características da saída do módulo EM Tabela. 13 Características técnicas do transdutor utilizado...46 Tabela. 14 Duração do transitório para cada furo...60 Tabela. 15 Duração dos tempos envolvidos no processo...62 Tabela. 16 Estimativa das diferenças de tempo entre os transitórios

5 Conteúdo 1. Introdução Objetivos Motivação Gasodutos Gasodutos no Brasil Escoamento em condutos forçados Perda de carga Principais métodos de detecção de vazamentos Métodos diretos Métodos indiretos Comparação entre os métodos de detecção de vazamentos...24 Considerações Finais Tecnologias disponíveis Controlador lógico programável Estrutura do CLP Funcionamento do CLP CLP utilizado: SIEMENS S Transdutor de pressão Transdutor de pressão utilizado: PCB série Funcionamento do transdutor Ligação em loop de corrente...49 Considerações finais Realização de ensaio e resultados obtidos Montagem do protótipo Objetivo do ensaio Programação do CLP Procedimento experimental Análise dos resultados obtidos Caracterização da linha Transitório de pressão Localização do vazamento...61 Considerações finais Conclusões, melhorias possíveis, trabalhos futuros Conclusões Melhorias possíveis e trabalhos futuros Apêndice A Projeto de tubulação de gás...68 Apêndice B Gráficos obtidos no ensaio...69 Apêndice C Programas desenvolvidos Apêndice D Esquema elétrico para ligação dos transdutores...74 Apêndice E Telas do TD Referências

6 1. Introdução Nesta monografia é proposto um estudo que tem como objetivo a aplicação do controlador lógico programável em sistemas de detecção e localização de vazamentos em tubulações de gás. Para isto foi realizado um ensaio em um protótipo de tubulação de PVC, onde o fluído de trabalho é o ar comprimido fornecido por um compressor. Para realização do ensaio, o método de detecção de vazamentos utilizado será o de análise do transitório de pressão. Para utilizar este método é necessário que a pressão na tubulação seja medida por transdutores de pressão e monitorada para que o transitório possa ser percebido. Cabe ao CLP receber e monitorar os dados da medição de pressão e decidir se ocorreu ou não o vazamento. Neste capitulo inicial alguns aspectos teóricos serão abordados, como as características dos gasodutos, como se comporta o escoamento de um fluído neste tipo conduto fechado e os principais métodos de detecção de vazamentos. 1.1 Objetivos O objetivo desta monografia é avaliar a técnica de transitório de pressão na detecção e localização de vazamentos. Para implementá-la serão utilizados o CLP (controlador lógico programável) e transdutores de pressão. Portanto, deve ser realizado um estudo sobre o método de detecção escolhido e de como o CLP deve realizar o controle do sistema de acordo com os dados de pressão fornecidos pelos transdutores. Objetivos específicos: Projeto de um protótipo de tubulação de gás. Construção do protótipo para realização de um ensaio. Implantação de um sistema de detecção de vazamentos. Estudar o comportamento de gases em tubulações em operação normal e na presença de vazamentos através da observação desses fenômenos. 6

7 Estimar as constantes de tempo associadas ao processo. Através da utilização de transdutores de pressão aplicar o método de detecção por transitório de pressão e obter a detecção e localização do vazamento na tubulação. Realizar a automação do sistema utilizando um CLP (controlador lógico programável). Os sinais recebidos dos sensores serão monitorados e o controle do processo de detecção de vazamentos será realizado. 1.2 Motivação Uma maior aposta em transportes de produtos da indústria petrolífera em tubulações se torna cada vez mais necessária devido a fatores como: elevados custos dos transportes convencionais, preocupações ambientais que se encontram mais evidentes nas sociedades modernas e a crescente necessidade energética. As tubulações são consideradas os melhores meios de transporte de fluídos a longa distância, pois apresentam menores custos, maior segurança, menor taxas de acidentes e danos ao meio ambiente quando comparados ao transporte rodoviário, ferroviário e marítimo. O desenvolvimento de sistemas de detecção de vazamentos em tubulações é de fundamental importância à indústria de petróleo e gás. Isso porque as tubulações podem ser enterradas e atravessarem regiões densamente povoadas e reservas naturais, transportando produtos químicos por muitos quilômetros, podendo cruzar estados e até países. Além disso, esses produtos possuem valores estimados em milhões de dólares. No caso particular do gás natural, a expansão de seu mercado causará uma crescente demanda para construção de novos gasodutos. Faz-se necessário que as tubulações de gás possuam garantias de elevados níveis de segurança, evitando que ocorram vazamentos e que estes gerem danos ao meio ambiente, prejuízos econômicos e perigo à vida. No entanto, possíveis vazamentos em tubulações podem ocorrer devido a alguns fatores de difícil controle, como por exemplo: variações bruscas de pressão, deterioração do material por corrosão ou fadiga mecânica, manutenção inadequada, falha humana e etc. O tamanho mínimo de vazamento que pode ser detectado em gasodutos pressurizados depende de um número de fatores como: tipo do fluído na tubulação, precisão do sistema de medição e dos transmissores, tamanho e espessura da tubulação, condições de estado estacionário ou transitório da tubulação, equipamentos usados, 7

8 experiência do pessoal envolvido. KENNEDY (1993) Em redes de tubulações ocorrem dois tipos de vazamentos. O vazamento por ruptura é o que menos ocorre, porém é muito perigoso devido a grande quantidade de produto derramado, geralmente causando grandes prejuízos ao ambiente. Contudo é mais fácil de ser detectado por causar grandes quedas de pressão e de perda de volume. Outro tipo de vazamento é o de pequenas proporções, estes são causados por erosão, corrosão, fadiga, defeitos na solda e etc. Por serem mais difíceis de serem detectados tornam-se mais perigosos, podendo provocar grandes perdas de produto até serem detectados. Diante desta situação, é fundamental a existência de um sistema de detecção de vazamentos, que através de monitoramento, ajustes operacionais e acionamento de alarmes, determine quando os limites de operação forem ultrapassados. Portanto, existe a necessidade de automação destes sistemas para dotá-los de alguma autonomia de forma a reduzir a presença humana, e torna-los capazes de fornecer respostas em tempo real. 1.3 Gasodutos Os gasodutos são tubulações integrantes de um sistema de transmissão de gás que podem cobrir grandes áreas geográficas com centenas e até milhares de quilômetros de extensão. Dentre os gases transportados por tubulações podemos citar o gás natural, GLP, gás de rua, gás de refinaria e amônia. O gás natural possui a maior malha de tubulações. Os gasodutos podem ser classificados em três grupos: transferência, transporte e distribuição. As tubulações de transferência levam o gás das áreas de produção até as plantas de processamento. Normalmente o gás sai da fonte com pressão suficiente para ser transportado. O gás é tratado e adequado às condições de consumo; hidrocarbonetos líquidos são separados para venda. Nesta etapa do processo também são removidos gases ácidos, sulfeto de hidrogênio ou dióxido de carbono. Os gasodutos de transporte são destinados à movimentação de gás da estação de tratamento até as redes de distribuição. Compressores no começo da linha proporcionam energia para movimentar o gás pela tubulação. Estações compressoras ao longo do trajeto são necessárias para manter a alta pressão requerida. Também existem estações de medição, de armazenagem e de redução de pressão para entrega. As tubulações de 8

9 transporte são feitas de tubos de aço e são enterradas abaixo da superfície. As seções individuais são unidas por solda, e o tubo é revestido externamente para proteger contra corrosão. As tubulações normalmente possuem o diâmetro da ordem de dezenas de polegadas. A etapa final do sistema de fornecimento cabe aos gasodutos de distribuição. Nesta etapa ocorre a entrega através da concessionária distribuidora de gás canalizado para consumo industrial, automotivo, comercial ou residencial. O gás deve atender a padrões rígidos de especificação, e estar isento de contaminantes. Quando necessário, deverá também estar odorizado, para ser detectado facilmente em caso de vazamentos Gasodutos no Brasil A figura a seguir indica as principais conexões de gás entre os países da América do sul e os gasodutos em operação, em construção, em estudo e reservas de gás do Brasil. Fig. 1 Gasodutos brasileiros e conexões com países sul-americanos. Algumas características e informações sobre a extensão e o diâmetro dos gasodutos em operação no Brasil estão reunidas na tabela 1. 9

10 Tabela 1. Características dos gasodutos brasileiros em operação. 10

11 1.4 Escoamento em condutos forçados Entende-se por conduto forçado aquele no qual o fluido escoa à plena seção e sob pressão interna diferente da atmosférica. Nesta categoria de condutos, as seções transversais são sempre fechadas, o fluído as enche completamente e o movimento pode efetuar-se em um ou outro sentido do conduto. Os condutos de seção circular são chamados de tubos ou tubulações. Um conduto é dito uniforme quando a sua seção transversal não varia com o seu comprimento. Se a vazão do fluido em qualquer seção do conduto não variar com o tempo, o regime de escoamento é dito permanente. É conveniente ressaltar que um escoamento se classifica também como turbulento ou laminar. No escoamento laminar as partículas fluidas caminham de maneira disciplinada, seguindo trajetórias regulares, sendo que as trajetórias de duas partículas vizinhas não se cruzam. Já no escoamento turbulento a velocidade num dado ponto varia constantemente em grandeza e direção, com trajetórias irregulares, e podendo uma mesma partícula estar próxima do eixo do tubo, e em outro instante de tempo estar próxima da parede do tubo. O critério para determinar se o escoamento é turbulento ou laminar, é a utilização do número de Reynolds: VD R e = υ (1) Onde: R e = número de Reynolds (adimensional) V = velocidade do líquido no interior do tubo (m/s) D =diâmetro do tubo (m) ν = viscosidade cinemática do líquido (m 2 /s) A vazão de um tubo é dada por Q = AV (2), onde: 11

12 Q = vazão no tubo (m 3 /s) A =π.d 2 /4 = área da seção transversal do tubo (m 2 ) D = diâmetro interno do tubo (m) V = velocidade do líquido no interior do tubo (m/s) Substituindo (2) em (1) o número de Reynolds assume a seguinte forma: 4Q R e = πdυ (3) Nas condições normais de escoamento o número de Reynolds interpretado da seguinte maneira: R e > 4000, o escoamento é turbulento. R e < 2000, o escoamento é laminar. Entre estes dois valores há a zona de transição, onde não se pode determinar com precisão os elementos do dimensionamento Perda de carga Quando um fluido escoa de um ponto para outro no interior de um tubo, haverá sempre uma perda de energia provocando a redução da pressão total do fluido ao longo do escoamento, este fenômeno é denominado de perda de carga. Esta perda de energia ocorre devido ao atrito do fluido com a superfície interna da parede do tubo. Portanto quanto maior for a rugosidade da parede da tubulação ou mais viscoso for o fluido maior será a perda de energia. A perda de carga pode ser distribuída ou localizada. Perda de carga distribuida: a parede dos dutos retilíneos causa uma perda de pressão distribuída ao longo do comprimento do tubo, fazendo com que a pressão total vá diminuindo gradativamente ao longo do comprimento. A perda de carga pode ser modelada pela equação de Darcy-Weisbach, que devido a sua precisão é universalmente utilizada para análise de escoamento em tubos. Esta fórmula é obtida a partir da análise dimensional e relaciona a perda de carga com parâmetros geométricos do escoamento e propriedades do fluido. Para gases a perda de carga é observada a partir da queda de pressão como indicado abaixo: 12

13 (4) onde: P = queda de pressão ao longo do comprimento do tubo (Pa) f = fator de atrito de Darcy-Weisbach (adimensional) ρ = Densidade volumétrica do fluído L = comprimento do tubo (m) V = velocidade do líquido no interior do tubo (m / s) D = diâmetro interno do tubo (m) O coeficiente de perda de carga depende do regime de escoamento. Para o regime laminar em condutos forçados, o coeficiente f pode ser obtido a partir da seguinte expressão: f 64 = R e (5) No escoamento turbulento, o coeficiente f tem-se demonstrado dependente do Número de Reynolds, do diâmetro do conduto e da rugosidade interna das paredes do conduto. Algumas das expressões disponíveis para a apropriação do coeficiente f estão reunidas na tabela 2. Tabela. 2 Expressões aplicáveis ao cálculo do coeficiente de perda de carga 13

14 Valores típicos de rugosidade das paredes dos condutos e do coeficiente de perda de carga estão reunidos na tabela 3. Tabela. 3 Valores típicos do coeficiente de perda de carga e da rugosidade. Perda de Carga Localizada: Além da dissipação contínua da energia que se verifica no movimento de um fluído em qualquer conduto, existem as perdas locais (localizadas, acidentais ou singulares). Estas perdas ocorrem em função do aumento da turbulência do fluido em escoamento ocasionada principalmente pela variação da forma, da direção ou da seção do conduto. Na prática, além de não serem retilíneos, os condutos são usualmente constituídos de peças especiais e conexões (registros, válvulas, medidores, curvas, etc.) que, em virtude de sua forma e disposição, provocam perdas locais. Para que as perdas localizadas sejam consideradas no cálculo da perda de carga utiliza-se o método dos comprimentos equivalentes. Este método consiste na adição ao comprimento real da tubulação, somente para efeito de cálculo, de comprimentos de tubos capazes de provocar as mesmas perdas de carga produzidas pelas peças que substituem. A tubulação adquire, portanto, certo comprimento virtual. Deste modo, qualquer peça pode ser substituída por um comprimento equivalente que, a partir da aplicação da fórmula universal, produz a seguinte perda de carga localizada: P = f D V ρ 2 2 L EQUI (6) KD L EQUI = f Onde (7) Onde K é um coeficiente obtido experimentalmente para cada peça especial ou conexão. 14

15 Essa expressão permite organizar tabelas nas quais são registrados os comprimentos fictícios a serem adicionados à tubulação e que provocam a mesma perda de carga ocasionada pelas peças de igual diâmetro. A Tabela 4 permite a obtenção de comprimentos equivalentes para diferentes peças especiais e conexões. Tabela. 4 Comprimentos equivalentes, em metros, para conexões ou peças especiais de PVC. 15

16 1.5 Principais métodos de detecção de vazamentos Nos últimos anos, sistemas de detecção de vazamentos foram implementados em várias tubulações. Porém os resultados de desempenho obtidos não foram satisfatórios, pois geram freqüentes alarmes falsos, a manutenção é muito cara e o sistema é de difícil entendimento ao operador. O ideal seria que esses sistemas possuíssem a capacidade de detecção e de reação no menor tempo possível e simultaneamente terem baixa freqüência de alarmes falsos. Diferentes métodos de detecção de vazamentos são aplicados para monitorar a integridade de tubulações. Baseado em ZHANG (1996) estes métodos foram classificados em três categorias: observação, métodos de detecção diretos, métodos de detecção indiretos. 1. Observação: é a forma mais simples de detectar vazamentos, uma patrulha realiza uma inspeção visual ao longo da tubulação procurando por condições anormais de operação, odores e sons que podem ocorrer devido a vazamentos. Estas inspeções devem ser regulares, já que este método não é tão eficaz e depende muito da experiência das pessoas envolvidas. 2. Métodos de detecção diretos: Diferentes dispositivos são utilizados para detecção e localização de vazamentos. Alguns dispositivos típicos são os sensores acústicos, detectores de gás, detectores de pressão negativa e sensores térmicos de infravermelho. 3. Métodos de detecção indiretos: Utilizam softwares de computadores em auxílio à detecção de vazamentos. Atualmente os sistemas supervisórios SCADA estão sendo utilizados para realizar a detecção através de dados de fluxo, pressão, temperatura e etc. Exemplo deste método é a detecção por mudança de fluxo/pressão, balanço de massa/volume, modelagem dinâmica e análise estatística. 16

17 Fig. 2 Métodos de detecção de vazamentos Métodos diretos Sensores acústicos: Detectam vazamentos através da energia acústica gerada pelo escape do fluído, pequenos vazamentos são detectados, mas tem seu funcionamento afetado pela interferência do ruído de válvulas e compressores. Devido à limitação da escala de detecção, geralmente os sensores acústicos (microfones) são instalados ao longo da tubulação. Sensores ultra-sônicos: Detecta o ruído criado pelo vazamento produzido na faixa de freqüências ultra-sônicas. É desejável que exista o cuidado de filtrar os ruídos interferentes. Sensores de infravermelho: Alguns vazamentos podem ser detectados através da identificação de mudanças de temperatura nas redondezas da tubulação. São utilizados sensores remotos que monitoram metano e etano na atmosfera através de seu espectro infravermelho. Este método pode ser usado com patrulha em veículos, helicópteros ou sistemas portáteis, podendo cobrir vários quilômetros da tubulação em um dia. Sensores de ação seletiva: São sensores seletivos para uma substância específica. SANDBERG (1989) desenvolveu um sistema de sensor de hidrocarboneto que consiste em um módulo de alarme e um cabo sensor instalado ao longo da tubulação. O cabo é revestido de um polímero condutivo que incha ao entrar em contato com o hidrocarboneto que está vazando da tubulação. Ao inchar, o circuito existente dentro do cabo é fechado, acionando o alarme para avisar a presença de vazamento. 17

18 Sensor de pressão: Transformam as medidas de pressão em tensão elétrica. Geralmente são usados transdutores piezoelétricos, que formam dipolo elétrico proporcional a deformação sofrida em seu material sólido, produzindo uma diferença de potencial entre seus eletrodos. Os sensores de pressão são usados para detectar vazamentos usando os métodos de ondas de pressão negativa e de gradiente de pressão. Quando ocorre um vazamento uma queda de pressão no local gera uma onda de pressão negativa que se propaga a montante e a jusante do local do vazamento. Teoricamente, esta onda viaja com a velocidade do som, apresentando apenas uma diminuição gradual ao se propagar, devido ao atrito. Usualmente são utilizados dois transdutores de pressão instalados nas extremidades das seções para calcular a posição do vazamento com razoável precisão. Em cada seção, observa-se uma queda da pressão, que é o reflexo da passagem da onda, que pode ser seguida de uma recuperação parcial, ou seja, um transitório. Neste tipo de detecção deve-se ter o cuidado de filtrar os dados porque alguns procedimentos normais da operação da tubulação, bombas e fechamento de válvulas podem gerar uma onda de pressão negativa. O método de ondas de pressão negativa também é conhecido como método de transitório de pressão. Vários trabalhos de detecção de vazamentos utilizaram este método, no Brasil o departamento de Engenharia de Sistemas Químicos da UNICAMP desenvolve desde 1989 estudos sobre técnicas de detecção e localização de vazamentos em tubulações por métodos computacionais. BUIATTI (1995) com objetivo de detectar e localizar vazamentos utilizou o método de análise de transitório de pressão em uma tubulação de PVC de 427 m de comprimento e ¾ de diâmetro. Foram fixados na tubulação quatro transdutores de pressão (do tipo piezoelétrico) a 6,5 m, 165,1 m, 262,3 m e 420,9 m da entrada da tubulação e válvulas solenóide-gaveta, responsáveis por gerar e controlar a magnitude do vazamento, a 85,7 m, 170,9 m e 256,2 m. Os transdutores e as válvulas foram conectados a um computador equipado com placa de aquisição de dados. Experimentos foram feitos para o regime turbulento, com o número de Reynolds variando de 5000 a Abaixo temos um dos gráficos que mostra o transitório obtido para um vazamento entre dois transdutores. 18

19 Fig. 3 transitórios obtidos por BUIATTI. Foi determinado o valor experimental da velocidade de propagação da onda e a localização através do seguinte arranjo experimental: Fig. 4 Arranjo experimental de BUIATTI. A localização do vazamento é expressa em termos da distância Y entre o vazamento e o transdutor mais próximo, para o caso da figura 3 o cálculo de Y pode é obtido através de: Y = L 2 + v( t 2 t 3 2 ) (8) v = L1 t t ) ( ou v = (9) t L t ( 4 3 ) Onde L2 é a distância entre os transdutores 2 e 3 ; t2 e t3 os tempos de detecção dos transdutores T2 e T3 e v a velocidade de propagação da onda de pressão. 19

20 A fórmula (8) pode ser provada supondo um trecho de tubulação de tamanho L 2 entre dois transdutores de pressão de acordo com a figura 4. Fig. 5 Localização do vazamento. Temos que: y = vt 1 e x = vt2. (10) Como o interesse é na diferença dos tempos então: y x = v( t ) 1 t2 (11) Sabendo que: L = x + y (12) 2 Substituindo (12) em (11) temos: ( ) L2 + v( t1 t y = L2 y + v t1 t 2) 2 y = (13) 2 BRAGA (2001) realizou um estudo para detecção de transitórios de pressão causados por vazamentos em uma tubulação de 1248 m transportando ar-água. O estudo foi realizado para diferentes condições de operação da tubulação: número de Reynolds do líquido entre 4000 e 10000; porcentagem de vazamento de 10 a 50%; vazão de ar de 1,6 a 61,4 l/min; posição de vazamento a 250 m e 750 m da entrada da tubulação. No gráfico abaixo estão os perfis de transitório de pressão obtidos por BRAGA. Fig. 6 transitório obtido por BRAGA. 20

21 MACIAS (2004) desenvolveu uma técnica de detecção de vazamentos em tubulações transportando gás, baseada na análise em tempo real de transitórios de pressão, para os casos em que a tubulação operava com e sem alimentação contínua de gás (ar comprimido). O trabalho experimental foi realizado em uma tubulação de ferro galvanizado de ½ de diâmetro, com 6 m de comprimento para os experimentos sem alimentação contínua de ar, e 60 m de comprimento para os experimentos com alimentação contínua de ar. Foram instalados na tubulação dois transdutores de pressão (na entrada e na saída) acoplados a um computador PC através de uma placa de aquisição de dados. Vazamentos foram simulados a partir de uma saída lateral onde foi posicionado um orifício, com diâmetro variando de 0,7 a 5 mm. A pressão de operação da tubulação variou numa faixa de 1 a 6 Kgf/cm 2. Os resultados experimentais mostraram que foi possível detectar vazamentos maiores do que 10% do fluxo nominal na tubulação com escoamento. A figura 5 mostra o arranjo experimental de MACIAS para o experimento com alimentação contínua de ar. Fig. 7 Arranjo experimental de MACIAS. A ocorrência de vazamento provocou uma queda, seguida de estabilização no valor da pressão como pode ser observado no gráficos abaixo. Este comportamento é diferente daquele observado na tubulação transportando mistura ar-líquido, onde a ocorrência de vazamento gera um pulso de pressão, isto é uma queda seguida de uma recuperação parcial da pressão. 21

22 Fig. 8 transitório obtido por MACIAS para um escoamento contínuo de ar. A técnica de análise espectral a transitório de pressão foi aplicada por JÖNSSON e LARSON (1992), e baseia-se que quando uma série de medidas de pressões no tempo é representada por sinais periódicos com variações de amplitude, freqüência e fase, é possível verificar a diferença entre ondas de freqüências dominantes e as ondas refletidas. Um vazamento origina ondas refletidas que dependem do fluxo de vazamento e da razão entre a pressão incidente e a pressão local do vazamento, desta maneira torna-se possível detectar e localizar o vazamento. A técnica de gradiente de pressão baseia-se no princípio de que um vazamento deve distorcer o perfil de pressão ao longo de uma seção de tubulação. O gradiente médio de pressão ao longo da linha pode ser calculado por meio de medidores de pressão nas extremidades das seções. Um vazamento causa uma diminuição no gradiente médio, e através de técnicas de ajustes de curvas de interpolação entre medidas de pressão, o vazamento é localizado com razoável precisão. WIKE (1986) Quanto ao posicionamento dos sensores no sistema de detecção, estes podem estar localizados espalhados ao longo da tubulação ou presentes em um PIG (Pipeline Inspection Gauge) instrumentado dentro das tubulações sendo movimentado pelo fluxo do fluído destas. 22

23 1.5.2 Métodos indiretos Mudanças de pressão ou fluxo: nesta técnica assume-se que a ocorrência do vazamento está ligada a uma alta taxa de mudança da pressão e do fluxo a montante e a jusante. Se em determinado período a taxa de mudança for maior que um padrão definido, o alarme de vazamento será acionado. Este método pode ser aplicado apenas ao escoamento de fluídos incompressíveis em estado estacionário, caso contrário pode levar a alarmes falsos. Somente vazamentos maiores são detectados. WIKE (1986) Balanço de volume ou massa: Realiza-se a medição do volume/massa que entra e subtrai-se o volume/massa que sai, se esta diferença atingir um valor maior que uma determinada tolerância estabelecida (2% para líquidos e 10% para gases), será gerado um alarme de vazamento. Os alarmes falsos podem ocorrer devido à dependência da taxa de fluxo com os parâmetros do fluído (temperatura, pressão, densidade e viscosidade), para aumentar a eficiência do sistema são realizadas medições regulares das variáveis ao longo da tubulação ou podem ser preditas por um modelo de cálculo. Este método não fornece a localização do vazamento. Sistemas baseados em modelagem matemática: Esta técnica modela matematicamente o fluxo do fluído na tubulação. Para realizar a modelagem são utilizadas as equações de conservação de massa, conservação de momento, conservação de energia e as equações de estado do fluído. Este grupo de equações diferenciais não lineares é resolvido através de técnicas computacionais, entre essas técnicas temos diferenças finitas, elemento finito, método das características e reposta em freqüência / discretização espacial. O método requer que fluxo, pressão e temperaturas sejam medidos a montante e a jusante da tubulação e usa estes valores como condição de contorno para estimar valores dessas variáveis ao longo da tubulação. Os vazamentos são detectados pelas discrepâncias entre as variáveis calculadas e as medições reais. 23

24 Métodos estatísticos: O vazamento é detectado através de análise estatística de medidas de pressão e fluxo, se a queda no valor médio de uma medida for maior que um nível definido o alarme é ativado. O ATMOS PIPE é um sistema estatístico de detecção de vazamentos desenvolvido pela Shell, ZHANG (1996) faz uma análise deste sistema. O sistema detecta mudanças no fluxo e na pressão da tubulação através de medidas disponíveis e calcula a probabilidade de vazamento, seu tamanho e localização aproximada. É realizado um registro das variações causadas por mudanças operacionais e com isto a taxa de alarmes falsos é baixa, pois o mesmo será gerado apenas quando um determinado padrão de mudanças de fluxo e pressão ocorrer. O sistema monitora constantemente a tubulação e adapta-se as mudanças nesta e nos instrumentos de medida através de sua capacidade de aprendizado. Testes com o ATMOS PIPE foram realizados em duas tubulações de propileno liquefeito, o sistema de detecção de vazamento possuía flexibilidade de monitorar ambas as tubulações ou comutar entre um e outra, mostrando-se vantajoso em relação aos sistemas baseados em modelagem. Durante os cinco anos de operação o sistema funcionou satisfatoriamente e não apresentou alarmes falsos devido às mudanças operacionais da tubulação e discrepância entre os instrumentos. Vazamentos com tamanhos de 0,5 % a 9,3 % foram gerados durante os testes de campo. Outros testes com este sistema foram realizados em tubulações de etileno e de gás natural líquido, todos apresentando resultados satisfatórios Comparação entre os métodos de detecção de vazamentos Cada um dos métodos expostos possui vantagens e desvantagens. A tabela abaixo compara algumas características destes métodos. 24

25 Tabela. 5 Comparativo entre os métodos detecção de vazamentos. Método Sensibilidade a Estima localização Funciona sob mudanças operacionais Disponibilidade (24 horas) Taxa alarmes falsos Especialização da manutenção Custos (Implantação e operação) vazamen -to Observação Boa sim sim não baixa média alto Sensor Boa sim sim não média média alto infravermelho Acústico Boa sim não sim alta média médio Pressão Boa sim não sim alta média média negativa Mudança de pequena não não sim alta baixa baixa pressão ou fluxo Balanço de pequena não não sim alta baixa baixa massa/volume Modelagem Boa sim sim sim alta alta alta Estatístico Boa sim sim sim baixa média médio Na prática o desempenho de cada método varia dependendo das condições de operação, projeto da tubulação e da qualidade disponível da instrumentação do sistema. Em tubulações importantes mais de um método de detecção é utilizado. Observando a tabela 5 vemos que a taxa de alarmes falsos é um problema comum para maioria dos métodos. Uma das exceções é o método de observação que possui uma taxa baixa, porém não está disponível 24 horas. Realizando uma comparação entre os métodos indiretos de detecção observa-se que os métodos de mudança de fluxo ou pressão e balanço de massa/volume não exigem muita especialização para manutenção e os custos são relativamente baixos, mas estes métodos não são capazes de localizar a posição do vazamento e não trabalham sob mudanças operacionais na tubulação. O método baseado na modelagem possui a capacidade de localização e trabalha sob mudanças operacionais, porém é necessário uma manutenção muito especializada e seu custo é alto. Observa-se que o modelo estatístico tem um melhor desempenho geral, possuindo uma baixa taxa de alarmes falsos e exige uma manutenção menos especializada que o método da modelagem e um custo também menor para implantação e operação. 25

26 Considerações finais Neste capitulo introdutório foram determinados os objetivos deste trabalho, em que aspectos importantes foram abordados, para o entendimento de um sistema de detecção de vazamentos. Primeiramente é necessário que o gasoduto seja bem descrito quanto a sua classificação e escoamento do fluído. Além disto, foi realizado um detalhamento das técnicas de detecção de vazamentos. Uma maior ênfase foi dada a técnica de transitório de pressão, exibindo resultados obtidos em outros trabalhos que utilizaram a mesma. Por fim, foi verificado através da comparação das técnicas que o grande problema é a alta taxa de alarmes falsos e que a maioria delas não atende bem a todos os fatores de desempenho. 26

27 2. Tecnologias disponíveis Independente do método de detecção de vazamento utilizado verifica-se a necessidade de um processamento de dados objetivando a detecção e ou localização dos vazamentos. Portanto um sistema micro processado tem a tarefa de receber os dados dos sensores e tomar decisões. Atualmente para a automação de tubulações o CLP (controlador lógico programável) vem ganhando espaço devido aos seguintes fatores: Elevada confiabilidade, robustez e eficiência. Baixos custos de instalação e operacionalidade. Menor espaço e menor consumo de energia elétrica. Maior rapidez na elaboração dos projetos. Capacidade expansão futura. Fácil integração em sistemas existentes. Tempo de vida elevado. Associado á cada método de detecção existe um conjunto de sensores que são utilizados. Particularmente nos sistemas de detecção por transitório de pressão espera-se obter informações sobre o comportamento da pressão ao longo da tubulação e para isso se faz uso de transdutores de pressão. Este tipo de transdutor irá converter variações de pressão em variação de uma grandeza elétrica (tensão ou corrente) de forma que esta informação fique acessível ao CLP. Estes transdutores podem funcionar de acordo com alguns princípios físicos: capacitivo, piezoelétrico, piezoresistivo e etc. Para um sistema de detecção e localização de vazamentos cujo princípio seja o de transitório de pressão, as tecnologias disponíveis são o CLP e o transdutor de pressão. 27

28 2.1 Controlador lógico programável O CLP (controlador lógico programável) é um sistema baseado em microprocessador voltado para ambientes industriais que desempenha funções de controle de diversos tipos e níveis de complexidade. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, a definição de CLP é a seguinte: é um equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais. No CLP, a informação vinda dos sensores é recebida por módulos de entrada e repassada a CPU que de acordo com um programa em memória define o estado das saídas. É necessária uma proteção especial para os módulos de entrada e saída isolando-os da CPU, para que esta fique protegida de danos que o ambiente industrial pode trazer através das linhas de entrada Estrutura do CLP A estrutura da maioria dos CLP s existentes seguem as especificações descrita nesta seção, abaixo temos uma figura com os componentes típicos desta estrutura: Fig. 9 Estrutura do CLP. 28

29 CPU (Central Processing Unit - Unidade central de processamento): Este bloco é constituído pelo microprocessador que tem como função realizar o gerenciamento do CLP e executar as instruções definidas pelo programador. O microprocessador também realiza o controle da comunicação com dispositivos externos e indica diagnósticos de funcionamento incorreto do CLP. A CPU do CLP, por motivos de segurança, realiza rotinas complexas para verificação de memória para garantir que este não fique danificada. Um grande número de verificações do funcionamento do CLP é realizado, desta maneira erros podem ser descobertos o mais rápido possível e indicados através de LED s. Sistema de memória: O sistema memória auxilia a CPU na execução dos programas e pode ser divido em: memória de sistema, memória de aplicação, memória de dados e tabela imagem. Memória do sistema: É uma memória não volátil, geralmente do tipo EPROM. Determina a operação do sistema e vem gravada de fabrica. Memória de aplicação: Utilizada para o armazenamento do programa desenvolvido pelo usuário. No passado utilizavam-se memórias do tipo EPROM e atualmente são utilizadas memórias do tipo RAM dinâmica ou memória FLASH. Memória de dados: Normalmente é uma parte da memória RAM do CLP e tem como função a armazenagem temporária de dados do programa do usuário. São valores armazenados que serão consultados e ou alterados durante a execução do programa, por exemplo: valores de contadores, temporizadores, códigos de erro e etc. Tabela Imagem: Esta memória armazena e atualiza os estados das entradas e das saídas a cada ciclo de execução do CLP. Esta memória irá fornecer a CPU informações das entradas e saídas para tomadas de decisões durante a execução do programa. Linhas e módulos de E/S (entrada e saída) Os circuitos de E/S tem a finalidade de adequar eletricamente os sinais de entrada provenientes de uma ambiente industrial para que possam ser processados pela CPU e 29

30 também garantir a isolação e proteção do CLP. Alguns CLP s possuem uma determinada quantidade de entradas e saídas em seu próprio encapsulamento, podendo o número de entradas e saídas serem expandidos através de módulos. As entradas e saídas podem ser dos tipos digital ou analógico. Interface de ajuste de entrada: Consiste de uma interface entre as linhas de entrada e a CPU com o propósito de proteger a mesma de sinais externos inadequados. Esta interface ajusta o nível de um sinal externo para um nível utilizado pela CPU. Por exemplo: O sinal de saída DC de 24 V de um determinado sensor necessita ser convertido para um sinal DC de 5 V para que a CPU possa processá-lo. Isto é feito através de isolação óptica, como pode ser visto na figura abaixo. Fig. 10 Interface de ajuste de entrada. A isolação óptica garante a não existência de uma conexão elétrica entre a unidade de CPU e os sinais externos. O sinal do dispositivo externo acende o LED, cuja luz excita um foto-transistor que começa a conduzir, e isto é visto pela CPU como um zero lógico. Quando o sinal de entrada apagar o LED, o foto-transistor para de conduzir a CPU interpreta como um 1 lógico. Modulo de entrada digital: Recebem sinais do tipo ligado ou desligado que podem ser originados de: botoeiras, chaves, sensores de proximidade, chaves comutadoras, termostatos, pressostatos, controle de nível e etc. Estes sinais podem ser DC, geralmente tensões de 5 V, 10 V, 24 V ou AC de 110 V e 220 V. As entradas e saídas DC podem ser do tipo current sinking ou current soursing. No tipo current sinking a ligação comum entre 30

31 os sensores é o terra (-), já no tipo current sourcing a ligação comum é o VCC (+) da linha como podemos ver na figura abaixo. Fig. 11 Current sinking e current sourcing. A escolha do tipo de configuração a ser feita depende do dispositivo de entrada utilizado que pode ser PNP ou NPN. Por exemplo, para que um dispositivo NPN seja ativado é necessário fornecer o potencial negativo da fonte de alimentação ao borne de entrada do mesmo. Módulo de entrada analógico: Permitem a leitura de grandezas analógicas enviadas por transdutores ao CLP. As grandezas analógicas são convertidas proporcionalmente em tensão ou corrente pelos transdutores e através de um conversor A/D, o CLP pode manipular esses dados e tomar as decisões de acordo com sua programação. As faixas de tensão geralmente usadas são: 0 a 10 VCC, 0 a 5 VCC, -5 a 5 VCC, -10 a 10 VCC e etc. No caso da corrente faixas bastante utilizadas são as de 0 a 20 ma e 4 a 20 ma. Interface de ajuste de saída: Realiza uma interface entre a CPU e a linha de saída e funciona de maneira similar a interface de entrada. Inicialmente a CPU manda o sinal para o LED e este acende emitindo luz para o foto-transistor. Este então começa a conduzir, logo a tensão entre o coletor e o emissor cai para 0.7 V e o dispositivo ligado à saída interpreta como um zero lógico. No caso inverso o sinal na saída será interpretado como um 1 lógico. 31

32 Fig. 12 Interface de ajuste de saída. Módulo de saída digital: Permitem apenas os estados ligado ou desligado na saída. É utilizado para realizar o controle dos seguintes dispositivos: relés, contatores, solenóides, válvulas e etc. Estes atuadores podem ser ligados na saída do CLP como current sinking ou current sourcing de forma similar a entrada digital. Módulo de saída analógico: Realiza a conversão D/A de valores numéricos em sinais de saída em tensão ou corrente. A faixa de tensão utilizada geralmente é de 0 a 10 VCC ou 0 a 5 VCC, para corrente as faixas são de 0 a 20 ma ou 4 a 20 ma. A saída analógica pode ser usada em válvulas proporcionais, motores, servo-motores e etc. Fonte de alimentação A fonte de alimentação fornece a tensão necessária para o funcionamento da CPU e dos circuitos e módulos de E/S. A maioria dos CLP s trabalha com fonte DC de 24 V ou fonte AC de 220 V. Geralmente a fonte de alimentação está em um módulo separado nos CLP s de grande porte, enquanto os de médio e pequeno porte já contêm a fonte. Deve ser garantida uma fonte dedicada apenas ao CLP, deste modo fontes separadas são utilizadas para alimentar os dispositivos externos ligados às entradas ou saídas do CLP. Desta maneira haverá uma maior proteção contra danos ocasionados pelo ambiente industrial. Linha de extensão Cada CLP possui uma quantidade limitada de linhas de entrada e saída. Caso seja necessário, este número pode ser aumentado através de módulos adicionais através das 32

33 linhas de extensão. Cada módulo pode possuir extensão tanto para entrada como para saída. Além disso, esses módulos podem conter entradas e saídas de diferentes tipos das existentes no CLP. Por exemplo, um CLP com apenas entradas e saídas digitais pode ser ligado a um módulo de entradas e saídas analógicas. Comunicações Uma das funcionalidades da porta de comunicação do CLP é conectar o mesmo a um terminal de programação. Normalmente o terminal é um computador PC, e neste o usuário desenvolve o programa aplicativo e pode enviá-lo ao CLP ou ler o programa existente no CLP. Além disso, é possível realizar um monitoramento das variáveis do programa aplicativo enquanto este está em execução. O sistema de comunicação também pode se comunicar com outros CLP s interligados em rede através de um CLP mestre ou com um modem via internet. Esses CLP s em rede em conjunto com outros dispositivos podem fazer parte de uma rede industrial. Algumas redes industriais usadas são a ethernet industrial, Foundation Fieldbus, Profibus, Modbus e etc Funcionamento do CLP Para utilizar o CLP é necessário o conhecimento de seus modos de operação, geralmente existem dois modos principais: programação e execução. Modo de programação: Neste modo através de um terminal conectado ao CLP, o usuário tem acesso a um software de desenvolvimento de programas. Além disto, existem funções de transferência, alteração, depuração dos programas desenvolvidos e configuração dos parâmetros de operação. Modo e execução ou operação: O CLP entra em um ciclo de execução de acordo com sua programação. Enquanto o CLP estiver neste modo o ciclo continuará se repetindo ininterruptamente e só irá parar quando o modo for trocado. No S7-200 a troca entre os modos RUN ou STOP pode ser realizada através de uma chave seletora ou ainda através do terminal. 33

34 Este ciclo de trabalho é chamado de ciclo de scan e dependendo do tamanho do programa e dos recursos utilizados pode ter duração de alguns milisegundos. O funcionamento é da seguinte maneira: os sinais dos sensores são aplicados na entrada do CLP e a cada ciclo esses sinais são lidos e transferidos para a memória imagem de entrada. O programa aplicativo processa os dados armazenados e ao termino de cada ciclo os resultados são atualizados na memória imagem e então aplicados à saída. A figura abaixo mostra o processo: Fig. 13 Ciclo de execução do CLP. Abaixo temos uma breve explicação de cada etapa: Inicialização: É o conjunto de tarefas realizadas quando o CLP é ligado. Estas tarefas consistem de rotinas para: energização da fonte, diagnóstico de hardware, verificação dos parâmetros de funcionamento, verificação da configuração de E/S. Os procedimentos citados são realizados apenas ao se ligar o CLP não sendo repetidos posteriormente. 34

35 Leitura das entradas e atualização da tabela imagem: A CPU realiza a leitura de todos os pontos de entrada e os armazena na tabela imagem das entradas. Os dados da tabela são utilizados pela CPU durante a execução do programa aplicação. Após a realização da leitura em um ciclo, a atualização será realizada apenas no ciclo seguinte. Com isto, a condição de uma determinada entrada permanece constante para o programa mesmo que a entrada mude de estado durante o ciclo. Execução do programa aplicação: Nesta etapa a CPU executa as instruções do programa aplicação e os dados para processamento são buscados na tabela imagem. A cada fim de execução do programa os dados processados são enviados a tabela imagem para atualização das saídas. Escritas das saídas: O conteúdo da tabela imagem das saídas é enviado aos correspondentes pontos de saída. Programação do CLP ( Norma IEC ) A programação dos CLP s foi padronizada e segue a norma IEC que foi elaborada pela International Electrotechnical Commission IEC. A norma foi elaborada com o objetivo de padronizar diversos aspectos relacionados aos CLP s e também aplicar modernas técnicas e linguagens de programação para o desenvolvimento de softwares para estes sistemas. A norma é composta por oito partes, sendo a parte três ( ) destinada ao modelo de software e às linguagens de programação. São definidas as cinco linguagens de programação abaixo: Tabela. 6 Linguagens de programação de CLP. Texto Estruturado (ST) Lista de Instrução (IL) Diagrama de Blocos Funcionais (FBD) Diagrama Ladder (LD) Seqüenciamento Gráfico de Funções (SFC) Textuais Gráficas 35

36 As linguagens Texto Estruturado (ST), Lista de Instruções (IL), Diagrama de Bloco de Funções (FBD) e Diagrama de Contatos (LD) podem ser utilizadas dentro dos blocos de ações e transições para construir o Diagrama Seqüencial de Funções (SFC). A linguagem de Texto Estruturado (ST) é uma linguagem de programação tipo pascal, C, Basic. O Diagrama Seqüencial de Funções (SFC) descreve o comportamento seqüencial de um processo particionando o problema através de um modelo top-down. Um exemplo dessa linguagem é o Grafcet. Dentre as três linguagens restantes a mais importante é o Diagrama Ladder, esta linguagem é a substituta direta dos antigos painéis controlados por relés CLP utilizado: SIEMENS S7-200 No mercado atual existem diversos fabricantes de CLP e cada um deles desenvolve famílias de controladores de acordo com a capacidade de processamento e o número determinado de entradas e saídas. Neste trabalho será o utilizado o CLP SIMATEC S7-200 de fabricação da SIEMENS, que possui em um único encapsulamento compacto: microprocessador, fonte de alimentação integrada e circuitos de entrada e saída. Na figura abaixo encontra-se os detalhes externos deste CLP: Fig. 14 CLP SIMATEC S As CPU s existentes da família S7-200 são: 221, 222, 224, 224XP e 226. Na realização deste trabalho foi disponibilizado a CPU 222, abaixo temos algumas características da mesma. 36

Automação Industrial Parte 2

Automação Industrial Parte 2 Automação Industrial Parte 2 Prof. Ms. Getúlio Teruo Tateoki http://www.getulio.eng.br/meusalunos/autind.html Perspectiva Histórica Os primeiros sistemas de controle foram desenvolvidos durante a Revolução

Leia mais

TÍTULO: PROGRAMAÇÃO DE CLP PARA UMA MÁQUINA DE SECÇÃO SEGMENTOS ORGÂNICOS

TÍTULO: PROGRAMAÇÃO DE CLP PARA UMA MÁQUINA DE SECÇÃO SEGMENTOS ORGÂNICOS Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: PROGRAMAÇÃO DE CLP PARA UMA MÁQUINA DE SECÇÃO SEGMENTOS ORGÂNICOS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA:

Leia mais

IW10. Rev.: 02. Especificações Técnicas

IW10. Rev.: 02. Especificações Técnicas IW10 Rev.: 02 Especificações Técnicas Sumário 1. INTRODUÇÃO... 1 2. COMPOSIÇÃO DO IW10... 2 2.1 Placa Principal... 2 2.2 Módulos de Sensores... 5 3. APLICAÇÕES... 6 3.1 Monitoramento Local... 7 3.2 Monitoramento

Leia mais

FAQ FREQUENT ASKED QUESTION (PERGUNTAS FREQUENTES)

FAQ FREQUENT ASKED QUESTION (PERGUNTAS FREQUENTES) FREQUENT ASKED QUESTION (PERGUNTAS FREQUENTES) PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE O SISTEMA DE DETECÇÃO DE VAZAMENTO EM DUTOS. SUMÁRIO Introdução...4 1. Qual é a distância entre os sensores?...5 2. O RLDS/I-RLDS

Leia mais

A Equação 5.1 pode ser escrita também em termos de vazão Q:

A Equação 5.1 pode ser escrita também em termos de vazão Q: Cálculo da Perda de Carga 5-1 5 CÁLCULO DA PEDA DE CAGA 5.1 Perda de Carga Distribuída 5.1.1 Fórmula Universal Aplicando-se a análise dimensional ao problema do movimento de fluidos em tubulações de seção

Leia mais

Ensaio de Emissão Acústica Aplicado em Cilindros sem Costura para Armazenamento de Gases

Ensaio de Emissão Acústica Aplicado em Cilindros sem Costura para Armazenamento de Gases Ensaio de Emissão Acústica Aplicado em Cilindros sem Costura para Armazenamento de Gases Pedro Feres Filho São Paulo, Brasil e-mail: pedro@pasa.com.br 1- Resumo Este trabalho teve como objetivo apresentar

Leia mais

Forçados. Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes, DEC-UFPel E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/

Forçados. Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes, DEC-UFPel E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/ Escoamento em Condutos Forçados Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes, DEC-UFPel E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/ CONCEITO São aqueles nos quais o fluido escoa com uma

Leia mais

Eberhardt Comércio e Assist. Técnica. Ltda.

Eberhardt Comércio e Assist. Técnica. Ltda. Rua das Cerejeiras, 80 Ressacada CEP 88307-330 Itajaí SC Fone/Fax: (47) 3349 6850 Email: vendas@ecr-sc.com.br Guia de instalação, operação e manutenção do sistema de monitoramento de poços ECR. Cuidados

Leia mais

Fundamentos de Automação. Controladores

Fundamentos de Automação. Controladores Ministério da educação - MEC Secretaria de Educação Profissional e Técnica SETEC Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Rio Grande Fundamentos de Automação Controladores

Leia mais

Funções de Posicionamento para Controle de Eixos

Funções de Posicionamento para Controle de Eixos Funções de Posicionamento para Controle de Eixos Resumo Atualmente muitos Controladores Programáveis (CPs) classificados como de pequeno porte possuem, integrados em um único invólucro, uma densidade significativa

Leia mais

Processos em Engenharia: Modelagem Matemática de Sistemas Fluídicos

Processos em Engenharia: Modelagem Matemática de Sistemas Fluídicos Processos em Engenharia: Modelagem Matemática de Sistemas Fluídicos Prof. Daniel Coutinho coutinho@das.ufsc.br Departamento de Automação e Sistemas DAS Universidade Federal de Santa Catarina UFSC DAS 5101

Leia mais

Controladores Lógicos Programáveis CLP (parte-3)

Controladores Lógicos Programáveis CLP (parte-3) Controladores Lógicos Programáveis CLP (parte-3) Mapeamento de memória Na CPU (Unidade Central de Processamento) de um CLP, todas a informações do processo são armazenadas na memória. Essas informações

Leia mais

Bancada de Testes Hidrostáticos e Pneumáticos

Bancada de Testes Hidrostáticos e Pneumáticos Bancada de Testes Hidrostáticos e Pneumáticos 1 Concepção O que é a bancada de testes da Valeq? Esta bancada foi desenvolvia com a intenção de agilizar os testes de campo e de bancada que envolvem pressão.

Leia mais

1. CAPÍTULO COMPUTADORES

1. CAPÍTULO COMPUTADORES 1. CAPÍTULO COMPUTADORES 1.1. Computadores Denomina-se computador uma máquina capaz de executar variados tipos de tratamento automático de informações ou processamento de dados. Os primeiros eram capazes

Leia mais

Manual de Instruções. C o n t r o l a d o r D i f e r e n c i a l T e m p o r i z a d o. Rev. C

Manual de Instruções. C o n t r o l a d o r D i f e r e n c i a l T e m p o r i z a d o. Rev. C Manual de Instruções C o n t r o l a d o r D i f e r e n c i a l T e m p o r i z a d o Rev. C 1. Descrição Índice 1.Descrição...pág 1 2.Dados Técnicos...pág 3 3.Instalação...pág 4 4.Ajuste e Operação...pág

Leia mais

VAZAMENTOS CALCULADOS: UMA ANÁLISE FÍSICA

VAZAMENTOS CALCULADOS: UMA ANÁLISE FÍSICA VAZAMENTOS CALCULADOS: UMA ANÁLISE FÍSICA Mauricio Oliveira Costa (mauricio@tex.com.br) 2.009 RESUMO A proposta deste artigo consiste em apresentar uma análise sob a ótica da Física e Matemática sobre

Leia mais

INFORMATIVO DE PRODUTO

INFORMATIVO DE PRODUTO Sensor / Detector de Fumaça Óptico Endereçável 04 Níveis de Detecção Com Módulo Isolador - Código: AFS130IS. (Uso Conjunto às Centrais de Alarme da Série IRIS). O detector de fumaça código AFS130IS é um

Leia mais

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: ARQUITETURA DE COMPUTADORES

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: ARQUITETURA DE COMPUTADORES FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: ARQUITETURA DE COMPUTADORES Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos cpgcarlos@yahoo.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Conceito de Computador Um computador digital é

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

Vazão ou fluxo: quantidade de fluido (liquido, gás ou vapor) que passa pela secao reta de um duto por unidade de tempo.

Vazão ou fluxo: quantidade de fluido (liquido, gás ou vapor) que passa pela secao reta de um duto por unidade de tempo. Medição de Vazão 1 Introdução Vazão ou fluxo: quantidade de fluido (liquido, gás ou vapor) que passa pela secao reta de um duto por unidade de tempo. Transporte de fluidos: gasodutos e oleodutos. Serviços

Leia mais

Reparador de Circuitos Eletrônicos

Reparador de Circuitos Eletrônicos Reparador de Circuitos Eletrônicos O Curso de Reparador de Circuitos Eletrônicos tem por objetivo o desenvolvimento de competências relativas a princípios e leis que regem o funcionamento e a reparação

Leia mais

Placa Acessório Modem Impacta

Placa Acessório Modem Impacta manual do usuário Placa Acessório Modem Impacta Parabéns, você acaba de adquirir um produto com a qualidade e segurança Intelbras. A Placa Modem é um acessório que poderá ser utilizado em todas as centrais

Leia mais

Introdução. Criar um sistema capaz de interagir com o ambiente. Um transdutor é um componente que transforma um tipo de energia em outro.

Introdução. Criar um sistema capaz de interagir com o ambiente. Um transdutor é um componente que transforma um tipo de energia em outro. SENSORES Introdução Criar um sistema capaz de interagir com o ambiente. Num circuito eletrônico o sensor é o componente que sente diretamente alguma característica física do meio em que esta inserido,

Leia mais

Disciplina : Termodinâmica. Aula 5 ANÁLISE DA MASSA E ENERGIA APLICADAS A VOLUMES DE CONTROLE

Disciplina : Termodinâmica. Aula 5 ANÁLISE DA MASSA E ENERGIA APLICADAS A VOLUMES DE CONTROLE Curso: Engenharia Mecânica Disciplina : Aula 5 ANÁLISE DA MASSA E ENERGIA APLICADAS A VOLUMES DE CONTROLE Prof. Evandro Rodrigo Dário, Dr. Eng. Vazão mássica e vazão volumétrica A quantidade de massa que

Leia mais

SÃO LEOPOLDO - RS SEMINÁRIO TÉCNICO DE AUTOMAÇÃO PARA SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO AUTOMAÇÃO PARA SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO

SÃO LEOPOLDO - RS SEMINÁRIO TÉCNICO DE AUTOMAÇÃO PARA SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO AUTOMAÇÃO PARA SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO 01 DEZEMBRO 2005 SÃO LEOPOLDO - RS SEMINÁRIO TÉCNICO DE AUTOMAÇÃO PARA SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO AUTOMAÇÃO PARA SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO SCAI Automação Ltda. INSTRUMENTAÇÃO NÍVEL PRESSÃO VAZÃO GRANDEZAS

Leia mais

1.3 Conectando a rede de alimentação das válvulas solenóides

1.3 Conectando a rede de alimentação das válvulas solenóides 1.3 Conectando a rede de alimentação das válvulas solenóides CONTROLE DE FLUSHING AUTOMÁTICO LCF 12 Modo Periódico e Horário www.lubing.com.br (19) 3583-6929 DESCALVADO SP 1. Instalação O equipamento deve

Leia mais

Controle de Múltiplos Pivôs Centrais com um único Conjunto Motor-Bomba

Controle de Múltiplos Pivôs Centrais com um único Conjunto Motor-Bomba Controle de Múltiplos Pivôs Centrais com um único Conjunto Motor-Bomba Thiago de Lima MUNIZ, Bernardo Pinheiro de ALVARENGA, José Wilson de Lima NERYS, Antônio Marcos de Melo MEDEIROS Escola de Engenharia

Leia mais

Prof. Esp. Lucas Cruz

Prof. Esp. Lucas Cruz Prof. Esp. Lucas Cruz O hardware é qualquer tipo de equipamento eletrônico utilizado para processar dados e informações e tem como função principal receber dados de entrada, processar dados de um usuário

Leia mais

3. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

3. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 3. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 3.2 CARACTERÍSTICAS DE SOFTWARE 1. CARACTERÍSTICAS O CLG535R é um controlador programável que integra os principais recursos empregados em uma automação industrial. Dispõe integrado

Leia mais

FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA

FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA 1) INTRODUÇÃO Rio de Janeiro, 05 de Maio de 2015. A equipe desenvolvedora deste projeto conta com: - Prof.

Leia mais

Fundamentos de Automação. Hidráulica 01/06/2015. Hidráulica. Hidráulica. Hidráulica. Considerações Iniciais CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Fundamentos de Automação. Hidráulica 01/06/2015. Hidráulica. Hidráulica. Hidráulica. Considerações Iniciais CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Ministério da educação - MEC Secretaria de Educação Profissional e Técnica SETEC Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Rio Grande Fundamentos de Automação CURSO

Leia mais

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA:

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA: ESTUDO DIRIGIDO COMPONENTE CURRICULAR: Controle de Processos e Instrumentação PROFESSOR: Dorival Rosa Brito ESTUDO DIRIGIDO: Métodos de Determinação de Parâmetros de Processos APRESENTAÇÃO: O rápido desenvolvimento

Leia mais

T-530. Características. Características técnicas TELE ALARME MICROPROCESSADO. Aplicação

T-530. Características. Características técnicas TELE ALARME MICROPROCESSADO. Aplicação 12 T-530 TELE ALARME MICROPROCESSADO Aplicação Equipamento desenvolvido a fim de realizar automaticamente discagens telefônicas para aviso de alarme. Podendo ser implementado praticamente à todos os sistema

Leia mais

PowerSpy Sistema de Monitoramento de Painéis de Distribuição

PowerSpy Sistema de Monitoramento de Painéis de Distribuição PowerSpy Sistema de Monitoramento de Painéis de Distribuição Uma solução completa para a medição e monitoramento de um vasto conjunto de grandezas elétricas, com indicações de valores individuais para

Leia mais

3.1.6 Entradas digitais Quantidade: 8. Tipo: NPN / PNP conforme configuração, dividida em 2 grupos de 4 entradas. Impedância de entrada: 8.8KΩ.

3.1.6 Entradas digitais Quantidade: 8. Tipo: NPN / PNP conforme configuração, dividida em 2 grupos de 4 entradas. Impedância de entrada: 8.8KΩ. 8 Tecla Cancelar. Utilizado para retorno de nível de programação. 9 Tecla Enter. Utilizado para acessar programação. Obs.: Todas as teclas podem ser utilizadas no diagrama Ladder. 3. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO Amanda 5ª Atividade: Codificador e codificação de linha e seu uso em transmissão digital Petrópolis, RJ 2012 Codificador: Um codoficador

Leia mais

Permite a coleta de dados em tempo real dos processos de produção, possuindo, também, interfaces para a transferência dos dados para os sistemas

Permite a coleta de dados em tempo real dos processos de produção, possuindo, também, interfaces para a transferência dos dados para os sistemas Permite a coleta de dados em tempo real dos processos de produção, possuindo, também, interfaces para a transferência dos dados para os sistemas administrativos da empresa. Nessa configuração, o PC é a

Leia mais

CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMAVEL

CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMAVEL CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMAVEL Controlador Lógico Programável ( Hardware ) Para aprendermos como funciona um CLP, é necessário uma análise de seus componentes básicos, utilizados por todos os CLPs disponíveis

Leia mais

SCHWEITZER ENGINEERING LABORATORIES, COMERCIAL LTDA.

SCHWEITZER ENGINEERING LABORATORIES, COMERCIAL LTDA. COMO CRIAR UM ELEMENTO DE DETECÇÃO DE ARCO VOLTAICO RÁPIDO E SELETIVO, UTILIZANDO ELEMENTOS DE SOBRECORRENTE E INTENSIDADE LUMINOSA Eduardo Zanirato / Geraldo Rocha Resumo - O guia apresenta a lógica para

Leia mais

Tutorial de Eletrônica Aplicações com 555 v2010.05

Tutorial de Eletrônica Aplicações com 555 v2010.05 Tutorial de Eletrônica Aplicações com 555 v2010.05 Linha de Equipamentos MEC Desenvolvidos por: Maxwell Bohr Instrumentação Eletrônica Ltda. Rua Porto Alegre, 212 Londrina PR Brasil http://www.maxwellbohr.com.br

Leia mais

Máquinas Multiníveis

Máquinas Multiníveis Infra-Estrutura de Hardware Máquinas Multiníveis Prof. Edilberto Silva www.edilms.eti.br edilms@yahoo.com Sumário Conceitos básicos Classificação de arquiteturas Tendências da tecnologia Família Pentium

Leia mais

Monitor de Rede Elétrica Som Maior Pro. Manual do Usuário Versão 3.9f

Monitor de Rede Elétrica Som Maior Pro. Manual do Usuário Versão 3.9f Monitor de Rede Elétrica Som Maior Pro Manual do Usuário Versão 3.9f 2 ÍNDICE PÁG. 1 APRESENTAÇÃO...03 2 DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO...04 2.1 ROTINA INICIAL DE AVALIAÇÃO DA REDE ELÉTRICA...04 2.2 TROCA DE

Leia mais

Multiplexador. Permitem que vários equipamentos compartilhem um único canal de comunicação

Multiplexador. Permitem que vários equipamentos compartilhem um único canal de comunicação Multiplexadores Permitem que vários equipamentos compartilhem um único canal de comunicação Transmissor 1 Receptor 1 Transmissor 2 Multiplexador Multiplexador Receptor 2 Transmissor 3 Receptor 3 Economia

Leia mais

MANUAL DE INSTRUÇÕES Indicador Microprocessado - IT-IND-2S-LC INFORMAÇÕES DO PRODUTO. Versão: 1.xx / Rev. 03

MANUAL DE INSTRUÇÕES Indicador Microprocessado - IT-IND-2S-LC INFORMAÇÕES DO PRODUTO. Versão: 1.xx / Rev. 03 1 Introdução: Os indicadores possuem uma entrada analógica configurável por software, que permite a conexão de diverstos tipos de sensores de temperatura e outras grandezas elétricas sem a necessidade

Leia mais

Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006. PdP. Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos

Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006. PdP. Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos TUTORIAL Montagem da Ponte H Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 PdP Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos http://www.maxwellbohr.com.br contato@maxwellbohr.com.br

Leia mais

INFORMATIVO DE PRODUTO

INFORMATIVO DE PRODUTO Sensor / Detector de Chama Convencional Tipo Ultravioleta Código: AFC9104. O detector de chama AFC9104 é um equipamento que deve ser instalado no teto ou na parede das edificações e tem como função enviar

Leia mais

ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA)

ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA) ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA) 1. Introdução 1.1 Inversor de Frequência A necessidade de aumento de produção e diminuição de custos faz surgir uma grande infinidade de equipamentos desenvolvidos

Leia mais

Megôhmetro Digital de 12kV

Megôhmetro Digital de 12kV Megôhmetro Digital de 12kV Funções: Maior flexibilidade para testar máquinas de alta tensão, se comparado aos instrumentos comuns com tensão de medição de 5/10kV. A alta corrente de curto aumenta a velocidade

Leia mais

2 SISTEMAS DE DETECÇÃO DE VAZAMENTOS EM DUTOS

2 SISTEMAS DE DETECÇÃO DE VAZAMENTOS EM DUTOS 2 SISTEMAS DE DETECÇÃO DE VAZAMENTOS EM DUTOS Neste capítulo vamos apresentar um breve estudo de técnicas e sistemas de detecção de vazamentos mais utilizados atualmente. Nosso objetivo é demonstrar que

Leia mais

Setores Trilhas. Espaço entre setores Espaço entre trilhas

Setores Trilhas. Espaço entre setores Espaço entre trilhas Memória Externa Disco Magnético O disco magnético é constituído de um prato circular de metal ou plástico, coberto com um material que poder magnetizado. Os dados são gravados e posteriormente lidos do

Leia mais

Relé de Proteção do Motor RPM ANSI 37/49/50/77/86/94 CATÁLOGO. ELECTRON TECNOLOGIA DIGITAL LTDA Página 1/5

Relé de Proteção do Motor RPM ANSI 37/49/50/77/86/94 CATÁLOGO. ELECTRON TECNOLOGIA DIGITAL LTDA Página 1/5 CATÁLOGO ELECTRON TECNOLOGIA DIGITAL LTDA Página 1/5 INTRODUÇÃO O Relé de Proteção de Motores RPM foi desenvolvido para supervisionar até 2 (dois) grupos ventiladores/motores simultaneamente, é utilizado

Leia mais

dv dt Fig.19 Pulso de tensão típico nos terminais do motor

dv dt Fig.19 Pulso de tensão típico nos terminais do motor INFLUÊNCIA DO INVERSOR NO SISTEMA DE ISOLAMENTO DO MOTOR Os inversores de freqüência modernos utilizam transistores (atualmente IGBTs) de potência cujos os chaveamentos (khz) são muito elevados. Para atingirem

Leia mais

Linha. Booster. Soluções em Bombeamento

Linha. Booster. Soluções em Bombeamento Linha Booster Booster ESTAÇÃO PRESSURIZADORA TIPO BOOSTER MOVÉL As Estações Pressurizadoras IMBIL do tipo Booster Móvel são utilizadas nos segmentos de Saneamento, Empresas Estaduais, Municipais, SAAEs,

Leia mais

SENSORES INDUTIVOS E CAPACITIVOS. Instrumentação - Profs. Isaac Silva - Filipi Viana - Felipe Dalla Vecchia 2013

SENSORES INDUTIVOS E CAPACITIVOS. Instrumentação - Profs. Isaac Silva - Filipi Viana - Felipe Dalla Vecchia 2013 INSTRUMENTAÇÃO SENSORES INDUTIVOS E CAPACITIVOS Jocarli Alencastro Instrumentação - Profs. Isaac Silva - Filipi Viana - Felipe Dalla Vecchia 2013 Introdução Os sensores indutivos e capacitivos foram desenvolvidos

Leia mais

materiais ou produtos,sem prejudicar a posterior utilização destes, contribuindo para o incremento da

materiais ou produtos,sem prejudicar a posterior utilização destes, contribuindo para o incremento da Definição De acordo com a Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos, ABENDE, os Ensaios Não Destrutivos (END) são definidos como: Técnicas utilizadas no controle da qualidade, d de materiais ou

Leia mais

Central de Alarme de Oito Zonas

Central de Alarme de Oito Zonas Central de Alarme de Oito Zonas R02 ÍNDICE CARACTERÍSTICAS GERAIS:... 3 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS:... 3 CONHECENDO A CENTRAL:... 4 COMO A CENTRAL FUNCIONA:... 4 COMO APAGAR A MEMÓRIA DA CENTRAL:... 4 COMO

Leia mais

Sistema de Proporcionamento Bomba dosadora de LGE Fire Dos

Sistema de Proporcionamento Bomba dosadora de LGE Fire Dos Sistema de Proporcionamento Bomba dosadora de LGE Fire Dos Descrição A bomba dosadora de LGE FIRE DOS é o mais versátil sistema de proporcionamento existente no mercado. Este revolucionário sistema de

Leia mais

Módulo FGM721. Controlador P7C - HI Tecnologia

Módulo FGM721. Controlador P7C - HI Tecnologia Automação Industrial Módulo Controlador P7C - HI Tecnologia 7C O conteúdo deste documento é parte do Manual do Usuário do controlador P7C da HI tecnologia (PMU10700100). A lista de verbetes consta na versão

Leia mais

Comandos Eletro-eletrônicos SENSORES

Comandos Eletro-eletrônicos SENSORES Comandos Eletro-eletrônicos SENSORES Prof. Roberto Leal Sensores Dispositivo capaz de detectar sinais ou de receber estímulos de natureza física (tais como calor, pressão, vibração, velocidade, etc.),

Leia mais

Sistemas Operacionais Gerência de Dispositivos

Sistemas Operacionais Gerência de Dispositivos Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul UEMS Curso de Licenciatura em Computação Sistemas Operacionais Gerência de Dispositivos Prof. José Gonçalves Dias Neto profneto_ti@hotmail.com Introdução A gerência

Leia mais

Automação industrial Sensores

Automação industrial Sensores Automação industrial Sensores Análise de Circuitos Sensores Aula 01 Prof. Luiz Fernando Laguardia Campos 3 Modulo Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina Cora Coralina O que são sensores?

Leia mais

CDE4000 MANUAL 1. INTRODUÇÃO 2. SOFTWARE DE CONFIGURAÇÃO 3. COMUNICAÇÃO

CDE4000 MANUAL 1. INTRODUÇÃO 2. SOFTWARE DE CONFIGURAÇÃO 3. COMUNICAÇÃO CDE4000 MANUAL 1. INTRODUÇÃO O controlador CDE4000 é um equipamento para controle de demanda e fator de potência. Este controle é feito em sincronismo com a medição da concessionária, através dos dados

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica Apostila de Automação Industrial Elaborada pelo Professor M.Eng. Rodrigo Cardozo Fuentes Prof. Rodrigo

Leia mais

Segurança Operacional em Máquinas e Equipamentos

Segurança Operacional em Máquinas e Equipamentos Segurança Operacional em Máquinas e Equipamentos Manfred Peter Johann Gerente de Vendas da WEG Automação A crescente conscientização da necessidade de avaliação dos riscos na operação de uma máquina ou

Leia mais

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado 2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado Conteúdo 1. Função Produção 3. Administração da Produção 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração Eunice Lacava Kwasnicka - Editora

Leia mais

Quando comparado com uma chave mecânica, uma chave eletrônica apresenta vantagens e desvantagens.

Quando comparado com uma chave mecânica, uma chave eletrônica apresenta vantagens e desvantagens. Chave eletrônica Introdução O transistor, em sua aplicação mais simples, é usado como uma chave eletrônica, ou seja, pode ser usado para acionar cargas elétricas. A principal diferença entre o transistor

Leia mais

Técnico/a de Refrigeração e Climatização

Técnico/a de Refrigeração e Climatização Técnico/a de Refrigeração e Climatização 1315 Eletricidade e eletrónica - programação de autómatos 2013/ 2014 Gamboa 1 Introdução Automação, estudo dos métodos e procedimentos que permitem a substituição

Leia mais

3. Cite o nome e características do ponto mais alto e do ponto mais baixo de uma onda?

3. Cite o nome e características do ponto mais alto e do ponto mais baixo de uma onda? Exercícios: 1. Sobre:Ondas Responda: a. O que é a Natureza de Ondas? b. O que origina as Ondas Mecânicas? c. As Ondas Mecânicas se propagam no vácuo? Explique a sua resposta. d. Quais são os elementos

Leia mais

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente: Rumo ao ITA Física Análise Dimensional Ivan Guilhon Mitoso Rocha A análise dimensional é um assunto básico que estuda as grandezas físicas em geral, com respeito a suas unidades de medida. Como as grandezas

Leia mais

Sistemas de Automação

Sistemas de Automação Sistemas de Automação Introdução Walter Fetter Lages w.fetter@ieee.org Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica Programa de Pós-Graduação em Engenharia

Leia mais

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 TUTORIAL Fonte Estabilizada de 5 Volts Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 PdP Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos http://www.maxwellbohr.com.br

Leia mais

A metodologia proposta pela WEG para realizar este tipo de ação será apresentada a seguir.

A metodologia proposta pela WEG para realizar este tipo de ação será apresentada a seguir. Eficiência Energética Buaiz Alimentos 1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA Nome fantasia: Buaiz Alimentos Ramo de atividade: Alimentício Localização: Vitória / ES Estrutura tarifária: Horo-sazonal Azul A4 Demanda

Leia mais

Descobertas do electromagnetismo e a comunicação

Descobertas do electromagnetismo e a comunicação Descobertas do electromagnetismo e a comunicação Porque é importante comunicar? - Desde o «início dos tempos» que o progresso e o bem estar das sociedades depende da sua capacidade de comunicar e aceder

Leia mais

Equipamentos Elétricos e Eletrônicos de Potência Ltda.

Equipamentos Elétricos e Eletrônicos de Potência Ltda. Equipamentos Elétricos e Eletrônicos de Potência Ltda. Confiança e economia na qualidade da energia. Recomendações para a aplicação de capacitores em sistemas de potência Antes de iniciar a instalação,

Leia mais

ASPECTOS RELEVANTES PARA DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DE EVENTOS EM EQUIPAMENTOS DE SUPERVISÃO E PROTEÇÃO

ASPECTOS RELEVANTES PARA DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DE EVENTOS EM EQUIPAMENTOS DE SUPERVISÃO E PROTEÇÃO ASPECTOS RELEVANTES PARA DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DE EVENTOS EM EQUIPAMENTOS DE SUPERVISÃO E PROTEÇÃO Ricardo Camilo Zampieri Técnico Senior de Desenvolvimento Divisão de Gestão de Manutenção

Leia mais

Rodrigo Baleeiro Silva Engenheiro de Controle e Automação. Introdução à Engenharia de Controle e Automação

Rodrigo Baleeiro Silva Engenheiro de Controle e Automação. Introdução à Engenharia de Controle e Automação Rodrigo Baleeiro Silva Engenheiro de Controle e Automação (do latim Automatus, que significa mover-se por si) ; Uso de máquinas para controlar e executar suas tarefas quase sem interferência humana, empregando

Leia mais

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMAS E INSTALAÇÕES

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMAS E INSTALAÇÕES EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMAS E INSTALAÇÕES PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 2 Áreas de oportunidade para melhorar a eficiência na distribuição de frio Isolamento das tubulações

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EZEQUIEL F. LIMA ATERRAMENTO E BLINDAGEM

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EZEQUIEL F. LIMA ATERRAMENTO E BLINDAGEM GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EZEQUIEL F. LIMA ATERRAMENTO E BLINDAGEM Os sistemas de cabeamento estruturado foram desenvolvidos

Leia mais

Profª Danielle Casillo

Profª Danielle Casillo UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Automação e Controle Aula 08 Linguagem Laddercont... Profª Danielle Casillo Funções Lógicas em Ladder A. Função NãoE (NAND) Consiste

Leia mais

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ENG JR ELETRON 2005 29 O gráfico mostrado na figura acima ilustra o diagrama do Lugar das Raízes de um sistema de 3ª ordem, com três pólos, nenhum zero finito e com realimentação de saída. Com base nas

Leia mais

-Transformadores Corrente de energização - inrush

-Transformadores Corrente de energização - inrush -Transformadores Corrente de energização - inrush Definição Corrente de magnetização (corrente de inrush) durante a energização do transformador Estas correntes aparecem durante a energização do transformador,

Leia mais

CAPÍTULO 5. INTERFACES PARA PERIFÉRICOS DE ARMAZENAMENTO INTERFACES DIVERSAS: FIREWIRE, SPI e I 2 C INTERFACES COM O MUNDO ANALÓGICO

CAPÍTULO 5. INTERFACES PARA PERIFÉRICOS DE ARMAZENAMENTO INTERFACES DIVERSAS: FIREWIRE, SPI e I 2 C INTERFACES COM O MUNDO ANALÓGICO 28 CAPÍTULO 5 INTERFACES PARA PERIFÉRICOS DE ARMAZENAMENTO INTERFACES DIVERSAS: FIREWIRE, SPI e I 2 C INTERFACES COM O MUNDO ANALÓGICO Interfaces para periféricos de armazenamento: Periféricos de armazenamento,

Leia mais

15 Computador, projeto e manufatura

15 Computador, projeto e manufatura A U A UL LA Computador, projeto e manufatura Um problema Depois de pronto o desenho de uma peça ou objeto, de que maneira ele é utilizado na fabricação? Parte da resposta está na Aula 2, que aborda as

Leia mais

1) MANUAL DO INTEGRADOR Este documento, destinado aos instaladores do sistema, com informações de configuração.

1) MANUAL DO INTEGRADOR Este documento, destinado aos instaladores do sistema, com informações de configuração. O software de tarifação é uma solução destinada a rateio de custos de insumos em sistemas prediais, tais como shopping centers. O manual do sistema é dividido em dois volumes: 1) MANUAL DO INTEGRADOR Este

Leia mais

Transitores de tempo em domínio de tempo

Transitores de tempo em domínio de tempo Em muitos processos, a regulação do caudal permite controlar reacções químicas ou propriedades físicas através de um controlo de variáveis como a pressão, a temperatura ou o nível. O caudal é uma variável

Leia mais

Aula 03 Redes Industriais. Informática Industrial II ENG1023 Profª. Letícia Chaves

Aula 03 Redes Industriais. Informática Industrial II ENG1023 Profª. Letícia Chaves 1 Aula 03 Redes Industriais Informática Industrial II ENG1023 Profª. Letícia Chaves Plano de aula Tópicos da aula: 1 Introdução 2 Benefícios na utilização de redes 3 Dificuldades na utilização de redes

Leia mais

Obs.: O processo irá se repetir enquanto durar o disparo do alarme.

Obs.: O processo irá se repetir enquanto durar o disparo do alarme. pág. 9 DISCADOR T-430 Aplicação: Equipamento desenvolvido a fim de realizar automaticamente discagens telefônicas para aviso de alarme. Podendo ser implementado praticamente à todos os sistema de alarme.

Leia mais

Gerenciamento de software como ativo de automação industrial

Gerenciamento de software como ativo de automação industrial Gerenciamento de software como ativo de automação industrial INTRODUÇÃO Quando falamos em gerenciamento de ativos na área de automação industrial, fica evidente a intenção de cuidar e manter bens materiais

Leia mais

Instrumentação na Indústria Química. Prof. Gerônimo

Instrumentação na Indústria Química. Prof. Gerônimo Instrumentação na Indústria Química Prof. Gerônimo Ementa 1. Introdução. 2. Histórico. 3. Automação, controle de processo. 4. Instrumentos para controle de processos: - Classificação dos instrumentos -

Leia mais

Vida Útil de Baterias Tracionárias

Vida Útil de Baterias Tracionárias Vida Útil de Baterias Tracionárias Seção 1 Introdução. Seção 2 Vida Útil Projetada. ÍNDICE Seção 3 Fatores que Afetam a Vida Útil da Bateria. Seção 3.1 Problemas de Produto. Seção 3.2 Problemas de Manutenção.

Leia mais

Algoritmos e Programação (Prática) Profa. Andreza Leite andreza.leite@univasf.edu.br

Algoritmos e Programação (Prática) Profa. Andreza Leite andreza.leite@univasf.edu.br (Prática) Profa. Andreza Leite andreza.leite@univasf.edu.br Introdução O computador como ferramenta indispensável: Faz parte das nossas vidas; Por si só não faz nada de útil; Grande capacidade de resolução

Leia mais

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação QP Informe Reservado Nº 70 Maio/2007 Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QP. Este guindance paper

Leia mais

REAL LACOS: CONTROLE DIGITAL EM TEMPO REAL

REAL LACOS: CONTROLE DIGITAL EM TEMPO REAL REAL LACOS: CONTROLE DIGITAL EM TEMPO REAL Andreya Prestes da Silva 1, Rejane de Barros Araújo 1, Rosana Paula Soares Oliveira 1 e Luiz Affonso Guedes 1 Universidade Federal do ParáB 1 Laboratório de Controle

Leia mais

Manual do instalador Box Input Rev. 0.01.000. Figura 01 Apresentação do Box Input.

Manual do instalador Box Input Rev. 0.01.000. Figura 01 Apresentação do Box Input. Pág. 1/10 Apresentação Equipamento para detecção de acionamentos e monitoração de sensores. Comunicação com outros dispositivos por rede CAN. Possui seis entradas digitais optoacopladas com indicação de

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - DEFINIÇÕES

INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - DEFINIÇÕES SISTEMA É uma disposição, conjunto ou coleção de partes conectadas ou relacionadas de tal maneira a formarem um todo. Pode ser físico, biológico, econômico, etc. CONTROLE Estuda como agir sobre um dado

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO. Eng. Marcelo Saraiva Coelho

INSTRUMENTAÇÃO. Eng. Marcelo Saraiva Coelho INSTRUMENTAÇÃO CONCEITOS E DEFINIÇÕES Nas indústrias, o termo PROCESSO tem um significado amplo. Uma operação unitária, como por exemplo, destilação, filtração ou aquecimento, é considerado um PROCESSO.

Leia mais

TÍTULO: EMBALADORA DE TABULEIROS DE DAMAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS SUBÁREA: ENGENHARIAS

TÍTULO: EMBALADORA DE TABULEIROS DE DAMAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS SUBÁREA: ENGENHARIAS Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: EMBALADORA DE TABULEIROS DE DAMAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS SUBÁREA:

Leia mais

A01 Controle Linguagens: IL e LD

A01 Controle Linguagens: IL e LD A01 Controle Linguagens: IL e LD Prof. Dr. Diolino J santos Filho Modelo Estrutural Interação entre os dispositivos A partir de agora adotaremos como modelo estrutural padrão o diagrama a seguir. Dispositivo

Leia mais