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1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ JOSIANY FERREIRA SOUSA COMÉRCIO ELETRÔNICO: contratos eletrônicos e suas implicações jurídicas. Macapá - AP Ago/2008

2 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ JOSIANY FERREIRA SOUSA COMÉRCIO ELETRONICO: contratos eletrônicos e suas implicações jurídicas. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Banca Examinadora do Curso de Direito, como Componente Curricular do Curso, como requisito de Avaliação. Professor Orientador: MÁRCIA CRISTINA DE FREITAS COUTO Macapá AP Ago/2008

3 JOSIANY FERREIRA SOUSA COMÉRCIO ELETRÔNICO: contratos eletrônicos e suas implicações jurídicas. Trabalho de conclusão de curso exigido pelo centro de Ensino Superior do Amapá, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito. BANCA EXAMINADORA Nota(...) Professor Orientador Presidente Nota(...) Professor Membro Nota(...) Professor Membro Nota final(...)

4 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO: DESENVOLVIMENTO: SURGIMENTO DO COMÉRCIO: BREVE HISTÓRICO SOBRE A INTERNET E O SURGIMENTO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO: CONTRATOS ELETRÔNICOS: PRINCÍPIOS UTILIZADO NOS CONTRATOS ELETRÔNICOS: ASPECTOS DOS CONTRATOS ELETRÔNICOS: PROBLEMAS ENCONTRADOS POR FALTA DE LEGISLAÇÃO PRÓPRIA PARA O COMÉRCIO ELETRÔNICO: PROJETOS DE LEIS EXISTENTES SOBRE COMÉRCIO ELETRÔNICO: A LEGISLAÇÃO QUE ATUALMENTE AMPARA AS NEGOCIAÇÕES E RESOLUÇÕES DE CONFLITOS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO CONSIDERAÇÕES FINAIS: REFERÊNCIAS ANEXOS

5 3 1. INTRODUÇÃO A globalização está integrando todos os povos usando como instrumento os modernos meios de comunicação disponíveis. Desses meios, a internet vem se sobrepondo aos outros, caracterizando-se como globalização da informação. Milhões de pessoas pelo mundo compram, vendem, negociam, lêem jornais, fazem pesquisa, tudo isso sem saírem de suas casas ou locais de trabalho. Na Internet todos são iguais, não existe censura e o autor da informação pode se conservar anônimo. No Brasil o mercado de comércio eletrônico é considerável, pois responde por aproximadamente 90% do comércio eletrônico da América Latina. O comércio eletrônico é uma nova modalidade de relação comercial e de consumo, possibilitando a comunicação e a interação em velocidade real de pessoas com culturas, origens, etnias de todo o canto do planeta. E o Direito não poderia se furtar a este ramo que surge tão intensamente no seio de nossa sociedade gerando deveres e obrigações de todas as espécies, pois os contratos eletrônicos implicam em novas situações contratuais que não estão previstos em nossa legislação, sendo que para dirimir conflitos decorrentes destes contratos, são utilizadas várias matérias do Direito, tais como: o Código Civil; o Código de Defesa do Consumidor e regras do Direito Internacional; entre outras. O interesse brasileiro na regulamentação do comércio eletrônico por meio de lei específica começou a surgir em 1998, quando a Câmara dos Deputados criou uma comissão de altos estudos para examinar o tema, iniciativa que ficou prejudicada, à época, pelo processo eleitoral. Paralelamente, alguns projetos importantes começaram a tomar porte e pressionaram pela regulamentação: pelo lado do governo, a declaração de IR pela Internet, demandando uma adequada responsabilização do declarante, e, pelo setor privado, o crescimento das compras pela rede e dos serviços de home banking, pressionando o sistema bancário e as operadoras de cartões de crédito a protegerem juridicamente contra alegações de violações de contas e de clonagem de cartões. Em

6 4 2000, consolidou-se a iniciativa do Governo Eletrônico (e-gov), levando o Executivo a publicar um conjunto de normas operacionais na forma de decretos (LINS,2002). Mas já existia desde 1993, de autoria do senador Mauricio Correa o Projeto de Lei nº 4.102/93, que já tratava do assunto comércio eletrônico. Porém lamentavelmente com o transcorrer de tanto tempo, pouca coisa mudou no cenário da legislação comercial eletrônica. Contrapondo-se a essa demora na criação de uma legislação própria, o comércio na Internet cada vez mais cresce e são crescentes também os conflitos gerados por tal comércio. O presente trabalho tem por finalidade demonstrar como se dão os contratos celebrados por meio eletrônico no Brasil, apontando a legislação utilizada na vigência deste contrato. Será abordado o surgimento do comércio, noções sobre Internet e o surgimento do comércio eletrônico, e as problemáticas encontradas resultantes deste tipo de contrato. A proposição deste trabalho se deu pelo pouco conhecimento que se tem, na Esfera jurídica sobre este tipo de contrato, e as implicações deste no mundo jurídico.

7 5 2- DESENVOLVIMENTO: SURGIMENTO DO COMÉRCIO: A palavra comércio significa ato de negociar, vender, revender, comprar algo, em síntese são todas as relações de negócios, o comércio é uma relação social singular ao homem. As relações comerciais foram praticadas pelas sociedades mais primitivas apesar de não haver mercadorias propriamente ditas e, mesmo vivendo da coleta e da caça, ainda assim eram realizadas negociações comerciais, como a troca. Na Antiguidade, somente o excedente de roupas e víveres produzidos na própria casa eram trocados. Já na Roma antiga, além dos familiares, existiam os escravos e o local de convívio incluía lugares outros além de suas residências, que eram onde se produziam as vestes, alimentos, vinho e utensílios de uso diário. Alguns povos da antiguidade, como os Fenícios, intensificaram essas trocas estimulando assim a produção de bens com o intuito de venda.criando-se, assim, uma atividade com fim econômico, o comércio. Atividade esta que se desenvolveu rapidamente levando ao estabelecimento de intercâmbio maior entre diversas culturas, além de estimular a criação e aprimoramento de tecnologias. Dentre essas estavam a criação de mecanismos comerciais para facilitar o fluxo de mercadorias e um melhor entendimento nesse sentido. Então, foram produzidas as moedas, bancos, as financeiras, bolsas de valores, entre outras. Diante disso houve um crescimento populacional mundial, resultante também de: guerras, escravidão de povos, utilização intensiva de recursos ambientais. Na Idade Média essa expansão da atividade comercial, já existia em todo o mundo civilizado. Na Europa foram formadas as corporações de oficio, que tinham como integrantes artesãos e comerciantes europeus. Nessas corporações existiam normas disciplinares para basear as relações entre seus filiados. Sendo assim, as corporações tinham uma certa autonomia em relação aos senhores feudais e a realeza.

8 6 Estas normas disciplinares das corporações de oficio, na Idade Moderna, foram chamadas de Direito Comercial, pois foi a primeira vez que se criou um Direito que seria aplicado a membros de determinada corporação comercial. Essas normas também eram baseadas em normas e costumes de cada localidade e tipo de corporação. Com a edição do Código Civil (1804) e do Código Comercial (1808), no inicio do século XIX, por Napoleão Bonaparte na França, sistematizaram-se as leis existentes sobre o comércio, repercutindo no mundo todo. Essa nova maneira de se fazer o comércio se estabelecia obrigações das partes, prescrição, prerrogativas, prova judiciária, foro para dirimir litígios e regras diversas para os contratos. O Código comercial francês usou a Teoria dos Atos do Comércio. Este Código só abrangia quem explorava atividade econômica que era considerada atividade comercial delimitada no próprio Código, e esses comerciantes se submetiam as obrigações e usufruíam de proteção oportunizada pelo Código Comercial. Posteriormente, com a evolução das atividades comerciais, outras atividades econômicas surgiram com igual importância das atividades bancária, industrial e seguro, entre outras. Começou também na Europa Continental, principalmente na França, a luta entre a burguesia e os senhores feudais, levando à desconsideração das atividades econômicas típicas dos senhores feudais. Assim sendo, a Teoria dos Atos do Comércio se mostrou insuficiente para delimitar o Objeto do Direito Comercial, forçando o surgimento no Direito Comercial, baseado na Teoria da Empresa. A Teoria da Empresa surgiu em 1942, na Itália, para regular atividades econômicas de particulares. Ela atua no âmbito de incidência do Direito Comercial, que incidirá sobre as atividades de prestação de serviços, prestações ligadas à terra que se submeterão às mesmas normas aplicáveis às comerciais, bancárias, securitárias e industriais. Essa Teoria influenciou a reforma do Direito Comercial em vários países. Já no Brasil, o Código Comercial de 1850, foi influenciado pela Teoria dos Atos Comercias. Sendo que, mesmo com a grande defasagem que existia em relação ao Código Comercial de 1850, este só foi revogado com o Novo Código Civil de 2002, que adotou a Teoria da Empresa para embasar as relações comercias em nosso país.

9 BREVE HISTÓRICO SOBRE A INTERNET E O SURGIMENTO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO: O comércio exerceu uma colaboração muito importante nas sociedades, no desenvolvimento de novas tecnologias, técnicas e, principalmente, na responsabilidade de implantação de infra-estrutura como estradas, ferrovias, portos, pontes, com a intenção de facilitar o fluxo de mercadorias em nível mundial, até resultar no processo de globalização. Uma destas novas técnicas é a utilização do Comércio Eletrônico que surgiu com advento da Internet que teve sua criação em meados de 1969 desenvolvida pela empresa ARPA (Advanced Research and Projects Agency) nos tempos remotos da Guerra Fria com o nome de ArphaNet para manter a comunicação das bases militares dos Estados Unidos. Depois de algumas pesquisas, a ARPANET mudou do NCP para um novo protocolo chamado TCP/IP (Transfer Control Protocol/Internet Protocol) desenvolvido em UNIX. A maior vantagem do TCP/IP era que ele permitia (o que parecia ser na época) o crescimento praticamente ilimitado da rede, além de ser fácil de implementar em uma variedade de plataformas diferentes de hardware de computador. A história da Internet no Brasil começou bem mais tarde. Só em 1991 com a RNP (Rede Nacional de Pesquisa), uma operação acadêmica subordinada ao MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia). Em 1994, no dia 20 de dezembro é que a EMBRATEL lança o serviço experimental a fim de conhecer melhor a Internet. Somente em 1995 é que foi possível, pela iniciativa do Ministério das Telecomunicações e Ministério da Ciência e Tecnologia, a abertura ao setor privado da Internet para exploração comercial da população brasileira.

10 8 Como a Internet se popularizou em todo o mundo, criou-se um novo tipo de estabelecimento comercial, o virtual. Este tipo de estabelecimento é diferente dos demais, pois não há presença empresarial física, e o consumidor ou adquirente de bens e serviços tem acesso aos mesmos, somente por transmissão eletrônica de dados. A origem do bem ou serviço, não é de relevância na definição da virtualidade do estabelecimento. O contrato é celebrado através de envio e recebimento eletrônico de dados via rede mundial de computadores. Então, o Comércio Eletrônico é, segundo Fabio Ulhoa atos de circulação de bens, prestação ou intermediação de serviços em que as tratativas pré-contratuais e a celebração do contrato se fazem por transmissão e recebimento de dados por via eletrônica, normalmente no ambiente da Internet. Existem três tipos de estabelecimento virtual(coelho,2006): O B2B, que vem da expressão business to business, neste tipo de estabelecimento virtual os internautas compradores que acessam são também empresários, ou seja, serve para os empresários comprarem materiais para seus estabelecimentos comerciais. O B2C, que vem da expressão business to consumer, os internautas que acessam esse tipo de estabelecimento virtual são consumidores. O C2C, que deriva da expressão consumer to consumer, os negócios são feito entre internautas consumidores, e o empresário responsável pelo estabelecimento virtual, apenas interrnedia a negociação. Ë importante ressaltar que os contratos celebrados por estabelecimentos virtuais B2B, são regidos pelo Código Civil. Já os celebrados pelo Estabelecimento virtual B2C, são regidos pelo Código do Consumidor e no caso dos C2C, as relações entre o empresário titular virtual do estabelecimento virtual e os internautas são regidos pelo Código do Consumidor, mas o contrato celebrado entre esses últimos serão regido pelo Código Civil.

11 9 Os estabelecimentos virtuais compõem-se de seu nome domínio, que é o endereço eletrônico. O nome domínio tem duas funções, a primeira é técnica, pois serve para interconexão dos equipamentos, através do endereço eletrônico, o computador do comprador põe-se em rede com os equipamentos que geram a página do empresário. A segunda função é jurídica, pois identifica o estabelecimento virtual na rede. No Brasil, os nomes de domínio são Registrados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. O comércio eletrônico vem resolver um anseio da sociedade que é a facilitação da comparação de preços, que, por meio da Internet, o consumidor compara preços do Brasil e do exterior sem sair de casa. A vantagem é notadamente inegável. É o fim da limitação geográfica a que o consumidor sempre esteve adstrito e também da falta de informação sobre produtos a serem adquiridos. Os consumidores poderão adquirir seus produtos diretamente dos fornecedores, sem a necessidade de intermediários. Para os fornecedores as perspectivas são muito boas. Eles terão como dimensionar seus produtos, pois os pedidos serão feitos on-line, mas a entrega será a prazo. Segundo Finkelstein (2004), o comércio eletrônico inclui não somente as transações eletrônicas, propriamente ditas, mas também: 1) A apresentação eletrônica de bens e serviços; 2) O recebimento de pedidos na Internet e faturamento; 3) A automatização dos pedidos; 4) Os pagamentos pela Internet e gerenciamento de transações e; 5) A cadeia de abastecimento automatizada.

12 10 Os empecilhos encontrados para o crescimento do comércio eletrônico são: 1) O custo do acesso á Internet; 2) A falta de confiança do consumidor e; 3) A necessidade de melhoria de infra-estrutura da entrega da mercadoria adquirida. Atualmente, a regulamentação jurídica não acompanha o ritmo frenético do desenvolvimento tecnológico. Porém a legislação não pode atrasar o desenvolvimento.

13 CONTRATOS ELETRÔNICOS: PRINCÍPIOS UTILIZADOS NOS CONTRATOS ELETRÔNICOS: No Direito Contratual são vários os princípios utilizados entre eles temos: A AUTONOMIA DA VONTADE: que é o principio pelo qual se permite aos contratantes, capazes, de gozar de liberdade para acordarem sobre o objeto, lícito, e os termos do contrato, desde que respeitem a função social do contrato. A SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA: este princípio figura como limitação à liberdade de contratar, ou seja, quando houver conflito entre o interesse público e o interesse particular das partes, deve prevalecer o interesse público. O parágrafo único do artigo do Código Civil estabelece que "nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos. O CONSENSUALISMO: o referido princípio diz que para a consumação do contrato basta o acordo de vontades, ou seja, quando a lei não estabelecer forma solene para a formação do contrato, qualquer forma que possa caracterizar a exteriorização da vontade de ambas as partes é suficiente para a formação do contrato. Este princípio é importante para os contratos eletrônicos, visto que a forma eletrônica para a celebração do contrato é permitida desde que a lei não exija forma solene para sua celebração.

14 12 A RELATIVIDADE DAS CONVENÇÕES: os contratantes possuem certa liberdade e, conseqüentemente, o contrato se tornará lei entre as partes. Porém, não é possível que algo onde apenas as partes transijam sobre seus termos possa atingir terceiros. Deste modo, podemos dizer que os efeitos do contrato só se produzem em relação às partes, àqueles que manifestaram sua vontade, vinculando-os ao seu conteúdo, não afetando terceiros nem seu patrimônio.(gonçalves, 2004, p. 26). (2003, p. 17) : A FORÇA VINCULANTE: Na concepção de Sílvio Rodrigues O princípio da força vinculante das convenções consagra a idéia de que o contrato, uma vez obedecidos os requisitos legais, torna-se obrigatório entre as partes, que dele não se podem desligar senão por outra avença, em tal sentido. Isto é, o contrato vai constituir uma espécie de lei privada entre as partes, adquirindo força vinculante igual à do preceito legislativo, pois vem munido de uma sanção que decorre da norma legal, representada pela possibilidade de execução patrimonial do devedor. Pacta Sunt Servanda! A ONEROSIDADE EXCESSIVA: pois garante uma equidade posterior à celebração do contrato. Ele parte da idéia de que nenhuma das partes pode prever qualquer intempérie que possa tornar o contrato extremamente oneroso. Diz o Código Civil, em seu artigo 884, que aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. Este instituto traz a regra do enriquecimento sem causa.

15 13 Nosso ordenamento jurídico não permite que o indivíduo enriqueça sem que para isso tenha contribuído, ou seja, não é lícito que alguém venha a auferir lucros em detrimento de outrem. Esse instituto norteia o princípio da onerosidade excessiva, porquanto quando um contrato se torna demasiadamente oneroso para uma das partes por causa superveniente a celebração dele, cria para a outra parte um enriquecimento sem causa. Nada obstante o artigo acima aludido, a resolução do contrato por onerosidade excessiva possui previsão expressa pelo Código Civil, em seus artigos 478 e seguintes, como segue: Art Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Note-se que este artigo demonstra claramente o enriquecimento sem causa, causado por uma situação extraordinária e imprevisível. Esse acontecimento recebe o nome de Teoria da Imprevisão que, nas palavras de Carlos Roberto Gonçalves(2004, p. 31): A teoria da imprevisão consiste, portanto, na possibilidade de desfazimento ou revisão forçada do contrato quando, por eventos imprevisíveis e extraordinários, a prestação de uma das partes torna-se exageradamente onerosa o que, na prática, é viabilizado pela aplicação da cláusula rebus sic stantibus, inicialmente referida. Esta cláusula rebus sic stantibus ao qual o autor se refere garante aos contratantes que estarão obrigados a adimplir o contrato firmado desde que assim estando as coisas, ou melhor, a situação circundante permaneça incólume.

16 14 Entretanto, em observância ao princípio da força vinculante dos contratos, surge o artigo 479, do diploma ora em questão, que, ainda que impere causa superveniente que torne o contrato extremamente oneroso, a resolução poderá ser evitada oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato. E A BOA FÉ: O contrato nada mais é do que uma conversão das vontades das partes em acordarem, visando-a um fim em comum. Posto isto, se torna lógico que exista um pressuposto para ambas as partes, qual seja, a boa-fé com relação aos termos do contrato. A boa-fé divide-se em objetiva e subjetiva. A boa-fé subjetiva é aquela oriunda do psicológico do sujeito, ou seja, deve o intérprete considerar a intenção do sujeito da relação jurídica, o seu estado psicológico ou íntima convicção.(gonçalves, 2004, p. 35). No caso da boa-fé objetiva não existe a necessidade de se buscar a intenção do sujeito, seu estado psicológico. Contenta-se em vislumbrá-la nas atitudes, na forma exteriorizada da vontade, tratando-se de uma norma comportamental. São estes os princípios aplicáveis aos contratos eletrônicos.mais há outros princípios que devem orientar os contratos eletrônicos, são eles: identificação; autenticação; impedimento da rejeição; verificação e privacidade. IDENTIFICAÇÃO: para que o contrato eletrônico tenha validade plena, é necessário que as partes integrantes deste contrato sejam identificadas, dando-se certeza para o aceitante de quem é o proponente e, para o proponente, de quem é o aceitante. AUTENTICAÇÃO: a identificação das partes contratantes deve ser feita por assinatura digital, que deve ser autenticada por Autoridade Certificadora.

17 15 IMPEDIMENTO DE REJEIÇÃO: as partes não podem alegar simplesmente a invalidade do contrato por ele ser celebrado por meio eletrônico. VERIFICAÇÃO: os contratos e demais documentos eletrônicos devem ficar armazenados em meio eletrônico para servir de verificação futura, ou seja, a prova deve ser preservada. PRIVACIDADE: os contratos e condições contratuais eletrônicas devem preservar a privacidade dos dados dos contratantes.

18 ASPECTOS DOS CONTRATOS ELETRÔNICOS: Inicialmente é importante lembrar que contrato, segundo Clóvis Bevilacqua, é o acordo de vontade entre duas ou mais pessoas com a finalidade de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direito. O conceito de contrato eletrônico, segundo Paulo e Priscila Nevares Alves, é aquele formado, concluído e aperfeiçoado através de transmissão eletrônica de dados. A situação jurídica subjetiva levada a cabo por parte dos contratantes, através da manifestação da vontade das partes (proposta e aceitação), não terá sua formação vinculada nem a forma oral, nem a documento escrito, mas comunicados à distância através dos meios eletrônicos e/ou eletromagnéticos que constituem e integram a grande rede mundial. Em não havendo nenhuma vedação legal, qualquer contrato pode ser celebrado por meio eletrônico. Em relação aos requisitos de validade, os contratos eletrônicos firmados por domiciliados ou residentes, sejam pessoas físicas ou jurídicas que utilizem seus computadores no Brasil serão regidos pela lei vigente em nosso país, e serão obedecidos os requisitos previstos no artigo 104, I,II e III,do Código Civil Brasileiro de 2002 c/c artigos 6 e 51 do Código de Defesa do Consumidor, de acordo com o âmbito de aplicação de cada norma. Na legislação consumerista destacam-se os direitos básicos do consumidor, os vícios e fatos do produto e do serviço, a oferta e a adesão, as práticas e cláusulas abusivas. Assim, mesmo na hipótese de cumpridos os requisitos para a conclusão e aperfeiçoamento de um contrato eletrônico no âmbito das relações de consumo, essa relação jurídica objetiva se sujeita aos limites intrínsecos próprios do regime aplicável (instituídos pelo próprio CDC). No que diz respeito ao que está disposto no artigo 104 do CC/02, a capacidade do agente refere-se à capacidade de gozo ou exercício, sendo tal capacidade, conferida pela lei de forma negativa, visto que aquela determina quais são as pessoas que não possuem a capacidade para a prática dos atos da vida civil. A capacidade das partes deve ser observada no momento da realização do ato, visto que a capacidade

19 17 superveniente não tem como sanar a validade, assim como a incapacidade posterior à prática do ato não o torna nulo. Sendo assim o requisito da capacidade integra os requisitos do contrato eletrônico. Em relação ao objeto deve ser determinado ou determinável. Será determinado, quando o ato enunciar de modo certo o objeto da prestação, e determinável quando, no momento do cumprimento da obrigação, puder ser singularizado em face de algum critério a ser observado pelas partes. Pode integrar o objeto de um contrato eletrônico, uma obra fonográfica ou um programa de computador. A impossibilidade do objeto pode decorrer de leis da física, jurídicas ou naturais. Será fisicamente impossível, quando sobrepujar ás forças humanas ou naturais, esta impossibilidade deve ser absoluta, atingir a todos, se for relativa, atinge a apenas uma ou algumas pessoas, não constituirá obstáculo ao negócio jurídico. Poderá o objeto ser, de início, impossível juridicamente, o que ocorre quando a lei expressamente proíbe determinado negócio jurídico, ou exige forma especifica para sua realização. Como o contrato eletrônico é uma categoria bastante ampla, deve ser delimitado para que não ocorram confusões, no decorrer do trabalho.este tipo de contrato pode ser utilizado tanto no setor privado como no setor público,também entre empresas e entre consumidores. Ocorre também o modo de celebração consensual, pois o consenso das partes persiste no meio eletrônico, haja vista que dois contratantes podem vincular-se através de um computador, bem como dialogar, trocar propostas e celebrar um contrato. Existe também o modo de celebração automático, ocorre quando há uma tecnologia interposta entre a pessoa física e a declaração, uma vez que as partes não atuam pessoalmente nem utilizam o meio digital para transmitir declarações, mas programam uma máquina que toma decisões com graus de autonomia diversos.outra maneira de celebração e por adesão, que se dá quando o contrato é celebrado por mera adesão a condições gerais de contratação predispostas por uma das partes. Ocorrem também contratos de natureza nacionais e internacionais. Para o Direito Brasileiro a formação do contrato se dá do encontro de vontades resultantes da oferta e da aceitação entre pessoas consideradas ausentes. O contrato consensual torna-se perfeito e acabado no momento em que nasce o vínculo entre as partes, necessário faz-se que existam duas ou mais declarações de vontades

20 18 convergentes.o proponente emite sua declaração de vontade no sentido da realização do negócio e o aceitante, ao receber a proposta emite sua declaração de vontade no sentido de aceitar ou não a proposta. Esta oferta poderá ser endereçada a uma determinada pessoa ou uma coletividade indeterminada de pessoas. Na Internet as ofertas são geralmente direcionadas ao público, ou seja, são ad incertam personam. A doutrina majoritária entende como válida a oferta que preencher os requisitos de validade, como a capacidade das partes, que deve ser confirmada por uma questão de segurança jurídica, e deve ser buscada por meio de processos de identificação seguros, tais como a assinatura digital. Assim sendo o vendedor está vinculado à sua oferta.esta poderá ser limitada no tempo, sendo que pela Internet a oferta desaparece no momento em que ela é retirada da site hospedeiro. Porém, se a oferta for aceita antes desta retirada ter sido realizada, se formará o contrato sem direito a retratação. Portanto para existir oferta na Internet ela deve estar inserida em um servidor e deve estar acessível ao público. Se o site ou o servidor desaparecer definitivamente a oferta desaparece, ocorrendo assim a caducidade da proposta, tal como ocorreria com a morte ou a perda de capacidade do proponente físico antes da aceitação. Mas se ocorrer apenas a mudança de endereço eletrônico da oferta, deste modo não ocorrerá a caducidade da proposta. A oferta poderá também ser limitada no espaço, a uma zona geográfica como uma região ou um país. A venda é realizada fora do estabelecimento comercial e o consumidor pode em 07(sete) dias, a contar da sua assinatura, desistir do contrato (art.49 da Lei n /90). A Lei n /90 prevê que as informações prévias devem ser fornecidas de maneira clara, correta, precisa, ostensiva e, nos contratos dirigidos a brasileiros, no idioma português (art.31). Exige que toda informação, suficientemente precisa, seja veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação, incluindo assim os meios eletrônicos. Impede-se, deste modo, que o vendedor ou fornecedor use meios da técnica para dissimular certas informações em proveito de outras. O acesso a essas informações deve ser fácil, rápido e simples.

21 19 Em relação à prova de fornecimento de informações prévias, nas relações de consumo, o juiz poderá inverter o ônus da prova, sendo o fornecedor responsável pela apresentação da prova, quando da hipossuficiência do consumidor ou quando for verossímil a alegação do consumidor (art.6º, VIII, da Lei n.8078/90). Já no fornecimento de produtos ou serviços pela Internet, a produção de tal prova se torna mais fácil, devido aos serviços de certificação digital (Autoridades Certificadoras). Para se concluir o contrato pela Internet, é necessário que haja a aceitação da proposta. A aceitação é a concordância com uma proposta, e para ser eficaz é necessário que ela chegue ao conhecimento do proponente (LOUREIRO,2008). A aceitação deve se dar da mesma forma que se processou a oferta. No comércio eletrônico, em sua página ofertante oferece várias opções para a escolha do aceitante. E o acordo de vontades se dará imediatamente, após a seleção de uma opção. A aceitação em geral só pode ocorrer por expresso, pois é o usuário que valida o comando ou executa o programa. Como para o Direito Civil, um gesto inequívoco ou um comportamento ativo poderá ser considerado como uma manifestação expressa de vontade do aceitante. Por este motivo os estabelecimentos virtuais exigem que o consumidor acione duas vezes a tecla para confirmar na compra. O momento da conclusão do contrato, ainda gera dúvidas, pois pode ser instantaneamente, como é o caso dos novos ambientes eletrônicos, ou quando o contrato é concluído por telefone (LOUREIRO,2008). Para a Legislação pátria é considerado concluso o contrato à distância no momento e lugar em que a aceitação é expedida (Teoria da Expedição), sendo que é colocada esta maneira de aceitação nos contratos por correspondência, onde existe troca de consentimentos por via postal e há um prazo entre a oferta e a aceitação. É importante saber o momento da formação do contrato, pois para o ofertante possibilita, em caso de desistência da venda, retirar sua oferta, antes da recepção da aceitação. E quanto ao lugar, será aquele em que se deu a formação do contrato para que se fixe a competência dos tribunais em caso de conflito. Para o Direito Brasileiro não há necessidade que o produto ou serviço contenha vício para o consumidor desistir do contrato, basta que não corresponda à expectativa

22 20 do consumidor e este desista do contrato no prazo legal. Este prazo, de acordo com o art.49 do CDC, é de 07 dias a contar da assinatura ou ato de recebimento do produto ou serviço sempre que o fornecimento de produtos ou serviços ocorrer fora de estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou em seu domicílio. Assim sendo, se aplica este dispositivo nas hipóteses de venda à distância, como o contrato pela Internet. Se o recebimento do produto ou do serviço for posterior ao da assinatura, o prazo se inicia a partir desta data. A execução do contrato se dá duas maneiras: - Se o produto ou o serviço é imaterial, o envio por intermédio da rede se torna possível (programas de computador, música, informações, e-books). Sendo que a entrega em linha tem por efeito estabelecer uma exceção ao direito de retratação do consumidor. - O outro modo é por envio fora da rede. a entrega é igual a uma venda à distância. Já o pagamento pela Internet se dá de três formas: por instrumentos já utilizados fora da rede (cartão de crédito e cheque); por instrumentos de moeda eletrônica e os pagamentos especificas à Internet (que necessita de um intermediário). O cartão de crédito é o meio mais utilizado para o pagamento pela Internet. Outro meio são os instrumentos de moeda eletrônica, que é um instrumento de pagamento recarregável com acesso à distância, quer se tratem de um cartão pré-pago ou de memória de computador sobre as quais unidades de valor são estocados eletronicamente. Tem também o cheque eletrônico é uma versão eletrônica do cheque tradicional. O cliente abre uma conta eletrônica, e quando realiza uma transação eletrônica ele envia ao vendedor um cheque assinado eletronicamente para o vendedor; posteriormente o cheque é depositado pelo vendedor ou prestador de serviço junto de um ad hoc e a compensação é efetuada após a verificação da assinatura digital. Após a celebração de um contrato eletrônico pode ocorrer que a mercadoria não seja entregue no prazo anunciado no site pelo vendedor. Nesta hipótese o Código de Defesa do Consumidor prevê três alternativas: exigir entrega de um produto equivalente; desfazer a transação, tendo direito à devolução das quantias pagas, com correção monetária e exigir do vendedor indenização por perdas e danos.e se existir

23 21 alguma cláusula nos contratos virtuais que proíba a devolução do produto, das quantias pagas antecipadamente pelo consumidor, está é considerada nula, podendo o consumidor fazer valer seus direitos judicialmente. Se ocorrer cláusula abusiva, que é aquela que é notoriamente desfavorável à parte mais fraca na relação contratual, a utilização e aplicação de cláusulas abusivas, é vedada por nosso ordenamento jurídico, uma vez que institui, através de normas imperativas, uma proteção aos interesses e às expectativas legítimas dos consumidores após a formação do vínculo contratual, buscando equilibrar a distribuição de direitos e deveres aos contratos celebrados. E na ocorrência de tais cláusulas o consumidor deve utilizar a proteção do Código de Defesa do Consumidor. Como as modernas formas de negociação, em geral, suprimem do consumidor a possibilidade de participação na elaboração e confecção de conteúdo do contrato, como também lhe é vedada a possibilidade de exercer uma melhor posição nesta relação, tendo seu limite ao seu direito em dar seu aceite ou não ao contrato, sua liberdade é relativa. A crescente sofisticação dos produtos, a multiplicação dos riscos no mercado, o renovado lançamento de produtos e outros bens determinam essa situação de permanente vulnerabilidade dos consumidores, reconhecidas no artigo 4º do CDC. Em relação à responsabilidade civil, vigora em nossa Carta Magna (art.5º) e no Código de Defesa do Consumidor o direito dos consumidores à segurança.

24 PROBLEMAS ENCONTRADOS POR FALTA DE LEGISLAÇÃO PRÓPRIA PARA O COMÉRCIO ELETRÔNICO: Um dos problemas é não ter como exigir que uma empresa virtual estabelecida fora do Brasil, atenda às exigências do Código de Defesa do Consumidor no fornecimento de informações em língua portuguesa, nem como impedir que o consumidor brasileiro acesse tais sites, pois se seguissem ao CDC, não sendo a oferta apresentada em idioma português, poderia dar ensejo à rescisão de contrato. Como existem agentes eletrônicos programados para intervirem na conclusão de contratos, surge a problemática da validade ou não do consentimento dado por agente eletrônico.faz-se necessário precisar as características especiais que devem apresentar a oferta, aceitação e a adesão dos contratos eletrônicos. Outro problema encontrado é identificar o lugar onde foi celebrado o contrato eletrônico, a legislação aplicável e o tribunal competente. A interpretação e o problema, pois o consentimento eletrônico seria entre presentes, por que as declarações são instantâneas, e entre ausentes, uma vez que os contratos são celebrados entre sujeitos situados em lugares muito distantes, inclusive em países diversos. Em relação à prova do contrato eletrônico, nosso Código de Processo Civil prima pela prova escrita nos arts. 364 e seguintes. E não se admite a prova testemunhal exclusiva nos casos onde valores excedam o décuplo do salário mínimo (art.401 do CPC) e quando o puder ser aprovado apenas por documento (art.400, II, do CPC).O Código de Defesa do Consumidor Brasileiro reafirma a posição do CPC onde estabelece que os contratos comerciais podem ser provados por: escrituras públicas; escritos particulares; pelas notas dos corretores; por correspondência epistolar; pelos livros comerciais e por

25 23 testemunhas (art.122), sendo que, neste caso, é ressalvado que apenas é possível nos contratos cujo valor não exceda a quatrocentos mil-réis (art.123). Existe uma necessidade de adaptação ou criação de uma legislação que permita o direito de prova no comércio eletrônico. A imputabilidade da declaração de vontades: a vontade das partes é expressa por meio eletrônico, sendo um transmissor que emite a declaração negocial e transmite a aceitação, gerando uma despersonalização, tendo em vista que declarante da vontade de contratar pode ser uma pessoa que não é o dono do computador. Como nosso sistema jurídico é baseado na tradição de unir a declaração com a vontades de contratar, e esta com a pessoa física, ficando difícil a identificação do autor, quando este não é identificado de maneira imediata. Outro problema encontrado é quando da emissão da declaração, que pode ser adulterada, trocada, apagada, captada por um terceiro ou enviada a um desconhecido, sendo necessária a criação de regras de distribuição de riscos das declarações de vontades. Em relação ao preço a legislação brasileira é omissa quanto à possibilidade de variação de preço, o que diz respeito à obrigatoriedade da informação dessa possibilidade de variação do preço, bem como da necessidade de se informar os elementos que permitam ao consumidor calcular o preço no momento da conclusão do contrato. Existe uma deficiência do Código Civil e Código do Direito do Consumidor em relação ao dever de informação acompanhar a oferta, pois se exigem apenas informações sobre características, qualidade, quantidade e composição do produto ou serviço, sendo a natureza contratual deixada de lado.

26 24 A contratação por meio eletrônico, poderá influenciar o veículo ou a elaboração da declaração de vontade negocial. Poderá também influenciar no objeto, na documentação, no caráter instantâneo ou na duração do vínculo, na tipicidade, e em tudo aquilo que faça que as diversas hipóteses recebam tratamentos diversos. Interferindo na tipicidade contratual. Por exemplo, a entrega de um bem digitalizado, mediante pagamento de um preço, é enquadrada por alguns como uma compra e venda e para outros como um serviço.

27 PROJETOS DE LEIS EXISTENTES SOBRE COMÉRCIO ELETRÔNICO: No Brasil, há os Projetos de Lei 1483/99 e 1589/99 do Deputado Federal Luciano Pizzato que estão arquivados aguardando a retomada dos trabalhos pelos parlamentares. O PL 1483/99 trata do comércio eletrônico, do documento eletrônico, da assinatura principal e sua certificação. O PL 1589/99 foi elaborado pela comissão de informática da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo. Acredita-se que este projeto de lei é o mais avançado entre os atuais projetos sobre comércio eletrônico e trata especialmente da validade jurídica do documento eletrônico e da assinatura digital. Seus pontos principais são: a obrigatoriedade de que a oferta ao público de bens, serviços ou informações à distância seja realizada em ambiente seguro; a definição do intermediário (provedor) como aquele que fornece serviços de conexão ou de transmissão de informações ao ofertante e ao adquirente, e a não atribuição de responsabilidade ao provedor pelo conteúdo das informações transmitidas, e nem pela obrigação de vigiar ou fiscalizar as informações transmitidas; e regulamentar o sistema criptográfico de chave, sendo o documento eletrônico considerado falso quando assinado com chaves fraudulentamente geradas em nome de outrem. Existe também no Senado, em tramitação, o PL n.672/99 do Senador Lucio Alcântara que foi baseado na Lei Modelo da UNICITRAL (United Nations Comission on International Trade Law) sobre comércio eletrônico e traz como principais pontos: o intermediário é considerado como sendo a pessoa que, em nome de outra, envia, recebe, armazena ou presta outros serviços com relação a mensagens; o expresso reconhecimento de efeitos jurídicos a informações transmitidas eletronicamente; a equiparação da assinatura eletrônica à assinatura de uma pessoa desde que seja utilizado algum método para se identificar a pessoa e sua aprovação para a informação contida na mensagem; e a expressa menção à possibilidade da celebração de contratos mediante a utilização de mensagens eletrônicas. E outros projetos que dão providênciais a respeito do comércio e contratos eletrônicos são eles:

28 26 O Projeto de Lei n º 3173/97 do senador Sebastião Rocha, dispondo sobre os documentos produzidos e arquivados em meio eletrônico. O Projeto de Lei nº 3494/00 do senador Lúcio Alcântara, que dispõe sobre a estruturação e o uso de bancos de dados sobre a pessoa e disciplina o rito processual do habeas data. Projeto de Lei nº 4.102/93 do senador Mauricio Correa, regulando a garantia constitucional da inviolabilidade de dados e dá outras providências; O Projeto de Lei nº 76/00 do senador Renan Calheiros, definindo e tipificando os delitos de informática ; O Projeto de Lei nº 84/99 do deputado Luiz Piauhylino, dispondo sobre os crimes cometidos na área de informática, suas penalidades e dá outras providências; O Projeto de Lei nº 2601/00 do deputado Evilásio Farias, proibindo a divulgação e cessão de dados e o envio de material de cunho comercial, obtidos em razão de relação de consumo, para fins de envio de material publicitário, solicitações ou propostas de cunho comercial; O Projeto de Lei nº 5403/01 do senador Luiz Estevão, dispondo sobre acesso a informação na Internet e dá outras providências; Projeto de Lei nº 3660/00 do deputado Nelson Proença, dispondo sobre a privacidade de dados e a relação entre usuários, provedores e portais em rede eletrônicas; e

29 27 Projeto de Lei nº1292/95 do senador Lauro Campos que institui normas para licitações públicas e contratos da administração pública e da outras providências. Em 24 de agosto de 2001, foi instituída por Medida Provisória n. 2200, a Infraestrutura de Chaves públicas Brasileira que tem como objetivo garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras.

30 A LEGISLAÇÃO QUE ATUALMENTE AMPARA AS NEGOCIAÇÕES E RESOLUÇÕES DE CONFLITOS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO. Em decorrência das atividades e negociações entre empresas e pessoas, e do aumento exponencial deste mercado, foi necessária uma devida atenção que amparasse e regularizasse os processos em caráter jurídico. Porém encontram-se grandes dificuldades para introdução de leis que regularizem as negociações via eletrônica. O ramo que disciplina o comércio é o Direito Comercial, sendo que o comércio eletrônico não se restringe apenas à compra e venda de mercadorias, mas também à aquisição de serviços por via eletrônica. Nestes casos, a relação deve ser regrada pelo Direito Civil ou, quando estiver presente uma relação de consumo, pelo Direito do Consumidor. E, ainda, quando o comércio eletrônico ocasionar o cometimento de infrações penais, como normalmente é o caso da invasão de privacidade, difamação, calúnia, o Direito Penal será o Direito cabível para dirimir o conflito. Portanto, ora o comércio eletrônico é disciplinado pelo Direito Comercial, ora pelo Direito Civil, ora pelo Direito Internacional, ora pelo Direito do Consumidor, e assim por diante. E existe também a Medida Provisória 2.200/2001, que foi criada para regular as relações jurídicas do comércio eletrônico. Como a lei apresenta várias lacunas, e o juiz, no momento da análise do caso concreto, não encontra no corpo das leis um preceito que solucione o problema, utilizará outros métodos para solucionar o conflito, pois não poderá deixar de sentenciar pela inexistência de direito. Neste sentido a lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro em seu artigo 4º dispõe que quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. A questão do foro competente dos contratos eletrônicos é controversa. Pelo Artigo 9 º., da Lei de Introdução ao Código Civil, o foro será onde residir o proponente ou, conforme Artigo 111, do Código de Processo Civil, as partes podem escolher

31 29 livremente o foro. No Brasil o Código de Defesa do Consumidor, para relações de consumo, elege o foro de domicílio do consumidor, mas este não é aplicável a outros países, por questão de soberania. Para doutrinadores, os contratos eletrônicos, sendo considerados contratos entre ausentes, o foro é o da residência do proponente. O Superior Tribunal de Justiça STJ- definiu que, no caso da firma estrangeira com filial no Brasil, esta terá que responder pelos defeitos do negócio. Quanto a jurisdição dos contratos eletrônicos, as leis podem variar de jurisdição para jurisdição, muitas vezes com caráter e enfoque antagônicos, ensejando a aplicação de normas de sobredireito para a solução de conflitos. Uma das formas de resolução é a obrigatoriedade da definição do foro de resolução dos conflitos e da legislação aplicável. Para o Ministro do Superior Tribunal de Justiça STJ-, Ruy Rosado de Aguiar, estes contratos somente têm valor quando utilizam os recursos criptográficos. Assim, além dos requisitos gerais, os contratos eletrônicos têm que garantir a autenticidade, a integridade e a perenidade. Por sua vez, o Código de Defesa do Consumidor tem sua aplicação integral aos contratos eletrônicos. Quanto aos contratos eletrônicos internacionais, entre empresa com sede social fora do país e um consumidor interno, ou vice-versa. Caso a empresa possua sede no Brasil, esta poderá ser acionada no Brasil ou no país sede da empresa, pois está protegido pela Constituição Federal, Lei de Introdução ao Código Civil, normas de caráter processual e o Código de Defesa do Consumidor (Lei número 8.078/90). Em relação ao conteúdo dos contratos eletrônicos, é interessante notar que em geral eles se caracterizam pela predisposição de suas condições, especialmente quando celebrados on-line, através de homepages. Cabível, portanto, a aplicação dos arts. 423 e 424 do Código Civil: Art Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

32 30 Art Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. Na modalidade de contratação eletrônica B2C (business to consumer), pensamos não haver empecilho para a incidência das normas de Direito do Consumidor, vertidas na Lei nº /90. De fato, o indivíduo que adquire um produto através do site de um grande revendedor na Internet, na qualidade de destinatário final, enquadra-se na tutela especial protetiva do Código de Defesa do Consumidor, por força do art. 2º do aludido diploma legal. Nesse sentido, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já reconheceu a aplicabilidade do art. 49 do CDC (que resguarda o direito de arrependimento do consumidor) em caso de compra de pacote de viagem pela Internet: COMPRA E VENDA. INTERNET. DIREITO DE ARREPENDIMENTO. PEDIDO DE CANCELAMENTO. CARTAO DE CRÉDITO. COBRANÇA INDEVIDA. Apelação Cível. Consignação em pagamento. Compra pela internet de pacote de viagem. Pedido de cancelamento dentro do prazo de reflexão. Denúncia vazia do contrato de consumo. Cobrança indevida das parcelas pela administradora de cartão de crédito. Declaração de inexistência do débito. Procedência da consignação. 1. O "caput" do artigo 49 do Código de Proteção e Defesa do Consumidor resguarda o direito de arrependimento da declaração de vontade do consumidor manifestada no ato de celebração da relação jurídica, bastando, para tanto, que o contrato tenha sido celebrado fora do estabelecimento comercial e que o contratante o exerça dentro do prazo de reflexão de sete dias. 2. O direito de arrependimento pode ser exercido unilateralmente, mostrando-se prescindível, para tanto, a concordância da empresa contratada, pois não se pode transferir o risco do negócio ao consumidor, nem lhe exigir que busque o desfazimento do negócio por via judicial, sob pena de se transformar o texto legal em letra morta. É hipótese de resilição unilateral do contrato. 3. Indevida a cobrança e regulares os depósitos consignados judicialmente, impõe-se a

33 31 procedência do pedido, para declarar a inexistência dos débitos cobrados nas faturas dos meses de fevereiro a setembro de 2005, no patamar excedente ao que foi consignado em juízo, autorizando-se ao réu levantar os depósitos, com inversão dos encargos da sucumbência. 4. Provimento do recurso. (TJRJ, Décima Quarta Câmara Cível, AC Nº , Rel. Des. José Carlos Paes - Julgamento: 17/08/2006) A jurisprudência também é enfática no sentido de reconhecer direitos indenizatórios à parte que adquire veículo através da Internet e vem a sofrer danos em virtude de inadimplemento do proponente: CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. Autor, que compra automóvel através do sítio da fabricante na internet. Contrato que foi ratificado nas concessionárias da marca, conforme instrução da vendedora. Dano material que não restou comprovado. Improcedência. Dano moral. Ocorrência que supera o simples inadimplemento contratual. Reforma da sentença que se impõe para acolher o pleito de reparação do dano moral. Verba indenizatória que se fixa em R$ ,00, a serem pagos solidariamente pelas rés. Demais recursos que restaram prejudicados ante o acolhimento parcial do recurso do autor. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO DO AUTOR, RESTANDO PREJUDICADOS OS DEMAIS APELOS. (TJRJ, Décima Quinta Câmara Cível, AC Nº , Rel. Des. Celso Ferreira Filho - Julgamento: 26/04/2006) Saliente-se que o direito contratual contemporâneo procura evitar o desequilíbrio, resguardando a eqüidade contratual. Nessa tônica, é necessário interpretar as normas do CC/2002 e do CDC, aplicáveis às transações realizadas na Internet, em consonância com os princípios da função social do contrato, da boa-fé e da proteção à parte mais vulnerável.

34 32 3- CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nos contratos eletrônicos como se viu no decorrer de trabalho, são utilizadas várias fontes legais para determinar a sua validade, ou para resolver conflitos decorrentes deste tipo de contrato e em outras situações que se apresentam no decorrer da vigência de tal contrato. Mas faz-se necessária a criação de uma legislação própria, para que as partes destes contratos se sintam seguras em estar utilizando o meio eletrônico para realizar transações comerciais. Esta legislação deve levar em consideração várias problemáticas como foi ressaltado no capitulo anterior. As leis brasileiras são fundamentadas em princípios territorialistas, contrapondo-se ao caráter transnacional da Internet, E mesmo já existindo leis internas para a Internet, seus efeitos limitam-se à jurisdição brasileira. Seria importante que as leis internacionais que tratam deste assunto sejam uniformizadas para que uma única lei fosse aplicada nos casos de comércio eletrônico, como até agora não se conseguiu tal intento a UNICITRAL(United Nations Comission on International Trade Law), que é uma Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional, criou a Lei Modelo para uniformização da aplicação do Direito no comércio eletrônico internacional, e com objetivo de garantir a segurança jurídica do comércio eletrônico, também elaborou um guia para que os governos possam estar utilizando esta lei para modernizar suas legislações, tendo como seus principais pontos a definição de vários conceitos, incluindo o de mensagem eletrônica; a regulação das formalidades legais para mensagens eletrônicas e a regulamentação da comunicação via mensagens eletrônicas. Em seu artigo 2º, a Lei Modelo estabelece várias definições tais como: Mensagem eletrônica: que é definida como a informação gerada, enviada, recebida, ou arquivada eletronicamente, levando-se em conta as modernas técnicas de comunicação, intercâmbio eletrônico de dados e correio eletrônico, bem como outras formas de comunicação menos avançadas como o fax.

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