ATA DA 22ª REUNIÃO 29 A 30/05/2012 COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE NACIONAL DA NR 32
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- Wilson de Mendonça Antas
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1 ATA DA 22ª REUNIÃO 29 A 30/05/2012 COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE NACIONAL DA NR 32 Aos vinte e nove, trinta e trinta e um dias do mês de maio de dois mil e doze, reuniram se os membros da CTPN da NR 32, na sede do MTE em Brasília DF, com as seguintes presenças: representantes do Governo Marcos Antonio Lisboa Miranda (SRTE/PE), Antônio Carlos Ribeiro Filho (GRTE Juiz de Fora MG) e Luiz Carlos Fonseca (ANVISA). As Sras. Josélia Ramalho O. da Costa Nogueira (DSST/SIT) e Érica Lui Reinhardt (FUNDACENTRO) justificaram as ausências. Na Representação dos Empregadores Alexandre Frederico de Marca (CNT), Mauro Daffre (CNI) e Lucinéia Aparecida Nucci (CNA). A Assessora Técnica da bancada Vera Lucia Cantalupo (CNIF). Os representantes Luís Sérgio Soares Mamari (CNC) e João Sabino (CNIF) justificaram as ausências. Na Representação dos Trabalhadores Pedro Tolentino (UGT), Maria Nelcy Ribeiro Oliveira da Costa (Força Sindical) e Ademir Portilho (CUT). O representante Joel Félix (Força Sindical) justificou a ausência. A representante Lindinere Jane Ferreira (CUT) não justificou a ausência. A reunião foi iniciada pelo coordenador da CTPN NR 32 Antônio Carlos, que solicitou que os presentes apresentassem os informes julgados necessários. Pedro Tolentino informou a realização de sessão solene na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo em homenagem aos trabalhadores da saúde, sendo projeto do Deputado Estadual Rafael Silva (PDT). O Sr. Mauro Daffre esteve representando a bancada patronal da CTPN da NR 32. Alexandre de Marca e Ademir Portilho informaram que a Recomendação n.º 200 da OIT HIV\AIDS no Local de Trabalho foi ratificada por Grupo de Trabalho Tripartite para exame da Recomendação 200 da OIT, que propôs o encaminhamento ao Congresso Nacional, desde que não ocorra nenhum parecer contrário até o dia 31 de maio de Alexandre de Marca informou que o INCA elaborou e disponibilizou a publicação Diretrizes para vigilância do câncer relacionado ao trabalho. Luiz Carlos Fonseca informou a publicação pela ANVISA de 03 resoluções da área de serviços relativas às boas práticas de funcionamento de serviços de saúde, boas práticas de processamento de roupas de serviços de serviços e boas práticas de processamento de produtos para a saúde em central de material e esterilização e empresas processadoras. Em seguida foram apresentados e discutidos os temas da pauta: 1. Consulta realizada pela Sra. Lucinéia A. Nucci (membro da bancada dos empregadores): a) UNIMED CONSIDERA LUVA DE PROCEDIMENTO NÃO ESTÉRIL, MÁSCARA CÍRURGICA E AVENTAL DESCARTÁVEL COMO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Constou no item 1 da ata da reunião da CTPN da NR 32 de 24 a : Lucinéia A. Nucci informou o recebimento do documento CNU/Cred 107 EPI. 107/11 da UNIMED Central Nacional, datado de 21/06/11. Neste documento a UNIMED comunica à Rede Credenciada que, a partir de 21/06/11, os EPI (luvas de procedimento não estéril, máscara cirúrgica, máscara N95, avental descartável) serão considerados como parte integrante do valor da diária e das taxas de sala, não cabendo, portanto, cobranças individuais. Suscita se a manifestação da CTPN porque o primeiro parágrafo do informe da UNIMED atribui à NR 32 a inovação, pois consta que: Em , foi publicado a NR nº 32, que estabelece a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. Nesta está previsto que o empregador deve providenciar equipamentos de proteção individual EPI, descartáveis ou não, que deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição. Continua o comunicado da UNIMED: Sendo assim, após avaliação desta norma, já entendemos que a empresa contratante deve assumir a responsabilidade no fornecimento do EPI e 1
2 também em assumir esses custos, não cabendo repasse para a operadora de saúde. Segundo entendimento da UNIMED, em razão da publicação da NR 32 em (o que está incorreto, pois a NR 32 foi publicada em ), são considerados EPI s: luvas de procedimentos não estéril, máscara cirúrgica, máscara N95 e avental descartável. Requer se, portanto, que seja definido por essa digna Comissão Tripartite Permanente Nacional se os itens acima citados são ou não EPI s. Sabe se que avental não pode ser considerado EPI, haja vista não possuir CA, e não haver comprovação de sua eficácia e eficiência na proteção do trabalhador. Como se verifica no último parágrafo da comunicação da UNIMED, as luvas de procedimentos não estéreis, as máscaras cirúrgicas e N95, bem como o avental descartável serão considerados como parte integrante do valor da diária e das taxas de sala, não cabendo, portanto, cobranças individuais, porém, o avental utilizado em UTI não é EPI, porque não há proteção ao trabalhador. A CTPN NR 32 deliberou o seguinte. Segundo a Norma Regulamentadora 6 considera se equipamento de proteção individual EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Para ser considerado EPI, o equipamento deve estar previsto no anexo I da NR 6 e possuir o certificado de aprovação CA emitido pelo Ministério do trabalho e Emprego. b) DEFINIÇÃO DE UNIFORME E VESTIMENTA Ademais, se faz necessário o posicionamento quanto à diferenciação entre uniforme e vestimenta, de modo que se possa estabelecer se os itens mencionados são ou não EPI. A CTPN NR 32 deliberou o seguinte. A vestimenta, com relação aos serviços de saúde, está disciplinada na NR 32. A definição de equipamento de proteção individual foi apresentada na resposta ao questionamento anterior. c) DEFINIÇÃO DE POSTO DE TRABALHO X LOCAL DE TRABALHO Foram relatados casos de Auditores Fiscais do Trabalho que não permitem que as copinhas funcionem nos hospitais, com base no item , letra c O empregador deve vedar:... c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho; Necessária a definição mais específica do que é posto de trabalho, e que não há proibição das mesmas pela NR 32. Há divergências de interpretação mesmo em relação ao que consta no Guia Técnico de Riscos Biológicos, que assim dispõe: Deve ser entendido como posto de trabalho o local onde o trabalhador efetivamente realiza suas atividades. O empregador pode disponibilizar ambientes próximos aos postos de trabalho, para a realização de refeições complementares. Esses ambientes devem obedecer aos requisitos mínimos estabelecidos no item Quando o Guia Técnico determina que deve ser disponibilizado ambientes próximos aos postos de trabalho para refeições e indica o item que trata especificamente de refeitórios, faz crer que está proibida a copinha, segundo entendimento de alguns Fiscais. A CTPN deliberou o seguinte. O posto de trabalho é o espaço físico onde o trabalhador efetivamente realize suas tarefas. O empregador pode disponibilizar ambientes próximos aos postos de trabalho destinados ao consumo de alimentos e bebidas, comumente denominados como copa. Estes ambientes devem atender às exigências do item 32.6 e não podem substituir os locais destinados à tomada das refeições principais. 2
3 2. Fiscalizações por parte do M.T.E. no Brasil pelo cumprimento efetivo da NR 32. Os auditores fiscais do trabalho Marcos Antônio Lisboa Miranda e Antonio Carlos Ribeiro Filho relataram que a inspeção do trabalho está sendo realizada através de um planejamento. Nem todas as Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego tem projeto dirigido para a inspeção de serviços de saúde. Não significa que os serviços de saúde não estejam sendo inspecionados em todo o Brasil. Outrossim, deve ser ressaltada a redução significativa do número de auditores fiscais do trabalho em face das aposentadorias, falecimentos e outros afastamentos. O Sr. Mauro Daffre apresentou à CTPN NR 32 dados estatísticos disponibilizados pelo DSST SIT, onde se verifica uma redução do número de ações fiscais relativas ao cumprimento da NR 32 a partir do ano de A bancada de trabalhadores manifestou sua preocupação com os dados apresentados, o que retrata o sentimento da classe trabalhadora no dia a dia do desenvolvimento de suas atividades, requerendo uma atenção especial por parte do MTE nas ações de fiscalização. A bancada de empregadores ratifica a importância da efetiva aplicação da NR Andamento do encaminhamento da bancada dos trabalhadores quanto à inclusão do anexo 15 na NR 15. A proposta apresentada pela bancada dos trabalhadores foi encaminhada para a Coordenação Geral de Normatização e Programas do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho da Secretaria de Inspeção do Trabalho. O processo de revisão da Norma Regulamentadora 15 está em estágio inicial, sendo que os anexos ainda não foram discutidos. 4. Acompanhamento e informes da implantação do PPRA MAPE no Brasil. Apresentação de dados obtidos nos treinamentos realizados por Vera Cantalupo desde a última reunião, com enfoque na Portaria Vera Cantalupo informou que percorreu 06 estados ministrando treinamentos e Palestras sobre a elaboração do Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes, contando ao todo com 440 participantes. As dúvidas mais frequentes geraram perguntas que serão compartilhadas com os membros da CTPN. 5. Relatório de fiscalização no Brasil e autuações e interdições por parte do M.T.E. referentes ao não cumprimento da NR 32. AÇÕES FISCAIS NR 32 ITENS FISCALIZADOS NR 32 UF / Abril UF / Abril AC AC AL AL AM AM AP AP BA BA CE CE
4 DF DF ES ES GO GO MA MA MG MG MS MS MT MT PA PA PB PB PE PE PI PI PR PR RJ RJ RN RN RO RO RR RR RS RS SC SC SE SE SP SP TO TO rasil rasil RF 2 ITENS REGULARIZADOS NR 32 AUTOS DE INFRAÇÃO LAVRADOS NR 32 UF /Abril UF /Abri l AC AC AL AL AM AM AP AP BA BA CE CE DF DF ES ES GO GO MA MA MG MG MS MS MT MT PA PA PB PB PE PE PI PI PR PR RJ RJ RN RN RO RO RR RR
5 RS RS SC SC SE SE SP SP TO TO rasil rasil Elaboração dos guias técnicos dos demais capítulos da NR 32. Atualização do manual de riscos biológicos (material já produzido e que o pessoal tem a apresentar). Formação de grupo de trabalho para o manual de agentes químicos. As bancadas deverão proceder à leitura crítica da NR 32, propondo, se for o caso, alterações no texto. Em seguida a mesma conduta deverá ser adotada na revisão do guia técnico de riscos biológicos e na elaboração do guia técnico de riscos químicos. As proposições deverão ser apresentadas na próxima reunião da CTPN. 7. Atualização do site quanto a perguntas mais frequentes. Vera Cantalupo propôs a apresentação das perguntas para os membros da CTPN, para a formulação consensual das respostas. Elaboradas as respostas será solicitada à Coordenação Geral de Normatização e Projetos a atualização do site do MTE. 8. Atas atualizadas no site. No site do MTE estão disponíveis as atas das reuniões realizadas desde a 18ª Reunião da CTPN NR Portaria 482 (Óxido de Etileno) A CTPN deliberou o seguinte. Diante da evolução da tecnologia de uso das autoclaves com utilização do óxido de etileno como agente esterilizante, os itens de controle da saúde do trabalhador em empresas que utilizam o gás oxido de etileno como agente esterilizante encontram se defasados em relação ao conhecimento científico atual. Além disso, os dispositivos de monitoramento individual para estes trabalhadores não estão mais disponíveis no mercado brasileiro, impedindo o exercício do controle de exposição dos trabalhadores, colocando em risco a segurança dos mesmos. Outro fator de relevância é a existência de novas tecnologias aplicadas ao processo de esterilização onde não estão definidas as regras de segurança a serem seguidas pelas empresas. A Portaria Interministerial 482 de 1999 contém regras de segurança sanitária e de segurança do trabalhador. A CTPN da NR 32 entende ser necessário atualizar os critérios utilizados no estabelecimento dos requisitos relacionados ao MTE. Os itens relacionados à vigilância sanitária foram incluídos em norma recente da ANVISA RDC 15 de 15 de março de Solicita se que na aludida atualização seja proposta a alteração da Portaria de modo a contemplar exclusivamente os dispositivos necessários à segurança do trabalhador, ampliando se o escopo das medidas a todos os métodos de esterilização disponíveis atualmente no mercado brasileiro em todos os processos produtivos. 5
6 10. Reuso de Produtos de Uso Único A bancada dos trabalhadores propôs a retirada deste ponto da pauta, que voltará a ser discutido em próxima reunião. A proposta foi acatada pelas demais bancadas. 11. Revogação da Portaria n.º 939, de A revogação da Portaria nº 939, de , pela Portaria n.º 1748, de , tem dado margem a interpretações equivocadas de que esta revogação implica na desobrigação da substituição dos materiais perfurocortantes por outros com dispositivos de segurança. A CTPN deliberou o seguinte. A Portaria n.º 1748 determina a elaboração e implementação do Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes. A adoção do uso de material perfurocortante com dispositivo de segurança é uma das medidas previstas no item 5 do plano. Portanto, uma vez determinada pelo plano, a substituição é obrigatória. 12. Posição quanto a adequação das CTPRs ao Regimento Interno sugerido pelo MTE Mauro Daffre apresentou a seguinte demanda. Como a um bom tempo não tocamos no assunto, seria interessante fazermos um levantamento para saber quais CTPRs já estão implantadas e se já se adequaram seus regimentos internos, quem são seus coordenadores e quais os membros que representam o tripartismo existentes nas comissões. O coordenador da CTPN da NR 32 informou que vai solicitar às SRTE informações sobre a instalação das CTPR da NR 32, inclusive quanto às atividades desenvolvidas, atas, composição das bancadas e regimentos internos adotados. 13. Próxima reunião da CTPN NR32 está agendada para os dias 24 a 26 de julho de 2012, no DSST SIT MTE, conforme calendário aprovado em reunião realizada em outubro de
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