UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU PRISCILA DE ASSIS BASTOS. Oficinas para expansão vocabular em pré-escolares

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU PRISCILA DE ASSIS BASTOS Oficinas para expansão vocabular em pré-escolares BAURU 2016

2 PRISCILA DE ASSIS BASTOS Oficinas para expansão vocabular em pré-escolares Monografia apresentada à Faculdade de Odontologia de Bauru como parte dos requisitos para conclusão do curso de graduação em Fonoaudiologia. Orientadora: Profª Dra.Simone Lopes Herrera Colaboradora: Profª Dra. Aline Roberta Aceituno da Costa BAURU 2016

3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha família que sempre que me incentivou, apoiou e investiu durante toda minha vida. Sem vocês não teria conseguido coisa alguma.

4 AGRADECIMENTOS A Deus, sem o qual não teria forças para continuar minha trajetória de estudos. Agradeço por todo amor, cuidado, carinho que sempre tem para comigo. A Ana Cristina de Assis Bastos, José Duarte Bastos Junior e Luiz Felipe de Assis Bastos por me amarem ao longo de toda minha vida e em especial nesses quatros de graduação. Obrigada pela compreensão nos momentos difíceis e nos que precisei estar ausente devido a compromissos da faculdade. Obrigada por serem meus maiores incentivadores e exemplo para ser uma pessoa cada vez melhor e buscar a excelência em tudo que eu fizer. Amo e os amarei eternamente! A Universidade de São Paulo e a Faculdade de Odontologia de Bauru pela oportunidade de ter acesso a um estudo de excelência ao longo de quatro anos de graduação. A todos os docentes que sem os quais não teria tido um ensino de qualidade. E obrigada por me mostrarem a beleza e o amor à Fonoaudiologia. Aos funcionários por todo apoio e paciência. Em especial ao Genilson e Claudinha por me ouvirem desabafar, me darem conselhos, incentivarem e fazerem desses dois anos de clínica menos tensos e mais divertidos. Aos pós-graduandos pela paciência em me auxiliar em conceitos e procedimentos de maneira compreensiva e carinhosa. Não tenho dúvida que serão excelentes professores. À Profª Drª Simone Lopes-Herrera por me acolher, ensinar com excelência, orientar com paciência e compreensão e por mostrar que a graduação pode ser mais leve e alegre. Obrigada por me socorrer quando precisei, por todo amor e carinho com que me tratou desde o primeiro ano de graduação. A senhora é um exemplo para mim, de uma excelente profissional apaixonada pelo que faz!.

5 À Camilla Guarnieri que me auxiliou na elaboração deste trabalho com muita paciência, cooperação, excelência e carinho. Sem você não teria conseguido. Sortudos serão seus futuros orientandos. À Profª Drª Giédre Berretin-Felix por acreditar em mim, me compreender nos momentos difíceis e me dar à oportunidade de fazer parte do Programa de Ensino Tutorial, onde pude aperfeiçoar habilidades de trabalho em grupo, ter a preocupação em levar a Fonoaudiologia às necessidades da graduação e sociedade de forma geral. Todos os congressos, meetings, seminários e todas as atividades que desenvolvemos durante esses três anos me transformaram em uma pessoa muito melhor. A senhora com certeza sempre será a melhor orientadora deste programa. Obrigada por ser nossa mãe nesses anos, por todo carinho, amor, preocupação para que fossemos melhor a cada dia, nos superando a cada atividade. Obrigada por ser um exemplo de pessoa organizada, uma profissional ética que busca a excelência em tudo que faz. À Profª Drª Aline Roberta Aceituno da Costa por me auxiliar na execução desse trabalho, obrigada por todo carinho e apoio. Às egressas e atuais integrantes do grupo PET Fonoaudiologia, por todo companheirismo ao longo desses três anos, por estarem nos momentos difíceis e alegres que tivemos na graduação. As levarei para sempre no meu coração! À minha amiga mais que especial Franciele Fumagali pela amizade desde o primeiro ano de graduação. Obrigada pelo companheirismo nos momentos difíceis, nos alegres, pelas viagens juntas, por compartilharmos estudos. Nossa amizade vai além de quatro anos. Te amo! À Aline Azevedo pela amizade, por compartilharmos momentos em que uma deu força para outra, nos superamos e ficamos mais fortes. Sua alegria sempre me motivou. Estarei aqui para o que precisar. Amo você!

6 EBENÉZER! - Até aqui nos ajudou o Senhor!. I Samuel 7.12

7 RESUMO As palavras constituem a formação do léxico, isto é, o vocabulário existente em uma Língua. O vocabulário receptivo é a base para a recepção e o processamento da informação. Ele é o fundamento do vocabulário expressivo, pois o desenvolvimento da compreensão das palavras precede a produção destas. Sabese que as desvantagens socioeconômicas podem ser um fator de risco para problemas de desenvolvimento, dentre eles, o desenvolvimento da Linguagem. O trabalho em questão teve como objetivo elaborar, aplicar e avaliar oficinas de estimulação de vocabulário para crianças de quatro anos e cinco anos idade desfavorecidas socioeconomicamente. Para a avaliação das oficinas foi realizada uma avaliação pré e pós-realização das mesmas, utilizando o teste de Vocabulário por Imagens Peabody para avaliação do vocabulário receptivo e a Prova de Vocabulário do ABFW para avaliação do vocabulário expressivo. As atividades de estimulação contaram com quatro oficinas de cinquenta minutos cada, com frequência mensal ao longo de seis meses, sendo que o primeiro e último mês foram destinados às avaliações. As oficinas foram compostas por atividades lúdicas realizadas em grupo de três crianças. As crianças que participaram com maior frequência dos encontros obtiveram melhora tanto o seu vocabulário expressivo quanto no vocabulário receptivo quando comparados os resultados, qualitativamente, pré e pós-oficina. Sendo que a criança que compareceu aos três encontros, dos quatro que foram propostos, conseguiu resultados melhores quando comparada às demais crianças. Cabe ressaltar que, após as oficinas, os pais foram orientados quanto a formas de estimulação da linguagem e do vocabulário de seus filhos e acredita-se que esse fato tenha auxiliado na melhora do vocabulário expressivo e receptivo das crianças do presente estudo. Palavras-chave: Fonoaudiologia. Linguagem Infantil. Pré-Escolar. Semântica. Vocabulário. Classe Social.

8 ABSTRACT Workshops for vocabulary expansion in pre-schoolers Words constitute the formation of the lexicon, that is, the vocabulary existing in a language. Receptive vocabulary is the basis for receiving and processing information. It is the foundation of expressive vocabulary, for the development of the understanding of words precedes the production of these. It is known that socioeconomic disadvantages can be a risk factor for development problems, among them, language development. The purpose of this study was to develop, apply and evaluate vocabulary stimulation workshops for children between four and six years of socioeconomic disadvantage. For the evaluation of the workshops, a pre- and postworkshop evaluation was carried out using the Peabody Image Vocabulary test to evaluate the receptive vocabulary and the ABFW Vocabulary Test to evaluate the expressive vocabulary. The stimulation activities had four workshops of fifty minutes each, with monthly frequency over six months, and the first and last month were destined to the evaluations. The workshops were composed of play activities carried out in a group of three children. The children who participated most frequently in the meetings achieved improvement both in their expressive vocabulary and in the receptive vocabulary when comparing the results, qualitatively, pre- and postworkshop. Being that the child who attended the three meetings, out of the four that were proposed, obtained better results when compared to the other children. It should be noted that, after the workshops, parents were instructed on ways to stimulate the language and vocabulary of their children and it is believed that this helped to improve the expressive and receptive vocabulary of the children in the present study. Keywords: Speech-Language Pathology. Children's Language. Preschool. Semantics. Vocabulary. Social class.

9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Comparação de respostas - Teste De Vocabulário por Imagens Peabody Tabela 2 - Análise comparativa das porcentagens obtidas nas respostas (DVU), (ND) E(PS), na avaliação pré-oficina e pós-oficina de expansão vocabular do teste ABFW, parte do vocabulário Tabela 3 - Comparação entre as tipologias dos processos de substituição (pré e pós-oficina de expansão vocabular... 29

10 LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS DVU Designação Do Vocábulo Usual ND Não-Designação PS Processo De Substituição ABFW Teste De Linguagem Infantil Nas Áreas De Fonologia, Vocabulário, Fluência E Pragmática

11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 10 2 REVISÃO DE LITERATURA LINGUAGEM, SEMÂNTICA E DESENVOLVIMENTO LEXICAL VOCABULÁRIO EXPRESSIVO E RECEPTIVO 15 3 PROPOSIÇÃO 17 4 MATERIAL E MÉTODOS PARTICIPANTES LOCAL PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS AVALIAÇÃO PRÉ-ESTIMULAÇÃO E PÓS-INTERVENÇÃO PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS 23 5 RESULTADOS ANÁLISE QUALITATIVA POR MEIO DE NOTAS DO RELATO DIÁRIO REALIZADO PELA PESQUISADORA APÓS AS ATIVIDADES DE ESTIMULAÇÃO RESULTADOS OBTIDOS NA AVALIAÇÃO DO VOCABULÁRIO RECEPTIVO RESULTADO DA AVALIAÇÃO DO VOCABULÁRIO EXPRESSIVO PROCESSOS DE SUBSTITUIÇÃO UTILIZADOS PELAS CRIANÇAS 28 6 DISCUSSÃO 30 7 CONCLUSÃO 34 8 REFERÊNCIAS 36 9 APÊNDICES ANEXOS 48

12 1 Introdução

13

14 1 Introdução 11 1 INTRODUÇÃO As desvantagens socioeconômicas podem ser um fator de risco para problemas de desenvolvimento (SAPIENZA; PEDROMÔNICO, 2005). O desenvolvimento da linguagem está relacionado com a interação da criança com o meio e a falta de estimulação pode favorecer o aparecimento de alterações de linguagem compreensiva e receptiva. Crianças em período pré-escolar, ao entrarem no jardim da infância, terão a oportunidade de terem as diferenças resultantes das diversas condições socioculturais minimizadas, podendo assim desenvolver suas capacidades que são essenciais para seu sucesso social e escolar. Um ambiente linguístico rico as auxiliará em seu processo de desenvolvimento (SOUSA, 2012). Sabe-se que a linguagem receptiva está relacionada com compreensão de ordens, palavras e frases. Com o ingresso de uma criança na escola e no ambiente escolar e social de forma geral, com as instruções dadas por professores, às cobranças quanto à compreensão das produções verbais aumentam. No período pré-escolar, espera-se que as crianças adquiram um domínio do repertório fonético, acesso a linguagem escrita e que tenha tido experiência com o repertório linguístico amplo (LUQUE; VILA, 2004 apud ARAÚJO, 2010). Sendo assim, acredita-se que a estimulação de vocabulário em préescolares se faz necessária para prevenção de possíveis atrasos de linguagem, alterações de linguagem compreensiva e linguagem receptiva que poderão interferir na vida escolar, aprendizagem e na qualidade de vida dessas crianças.

15 2 Revisão de Literatura

16 2 Revisão de Literatura 13 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Linguagem, semântica e desenvolvimento lexical O processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem na criança acontece em etapas, sendo caracterizado pela aquisição de novas capacidades nos níveis fonético, fonológico, pragmático e semântico da linguagem (MAYER, 2010). A semântica é a área da linguagem que estuda o significado das palavras (LYONS, 1987). As palavras constituem a formação do léxico, isto é, o vocabulário existente em uma Língua. Segundo Clark (1997) as palavras são um meio linguístico, no qual a mensagem transmitida adquire significado. Por meio delas que conseguimos utilizar os padrões sintáticos, morfológicos e padrões sonoros da língua. Aprender palavras faz parte do processo de aprendizagem da linguagem. Assim, a semântica é fundamental para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, uma vez que a criança possui domínio do vocabulário e de seu conteúdo, isso a auxiliará a ter um fluxo de fala pertinente (GUARNIERI; LOPES- HERRERA, 2016). O desenvolvimento lexical das crianças inicialmente pode se dar a partir de vocalizações não convencionais e idiossincráticas, pois por carregar função comunicativa específica, podem ser considerada como palavras. (BARRETT, 1997). Na aquisição inicial de palavras ainda há aquelas que podem estar presas ao contexto, isto é, serem utilizadas apenas em situações específicas. Como usar a palavra tchau somente quando a criança coloca o telefone no gancho (BATES et.al, 1979). As crianças começam estabelecer relações entre significante e significado, ou seja, entre a forma fonológica e o conteúdo de uma palavra, conforme as usam em um contexto de comunicação. Além disso, há aquelas que são usadas apenas de modo referencial, para designar classes de objetos, pessoas, animais ou ações, localização de objetos e as palavras sociopragmáticas. (GUARNIERI; LOPES-HERRERA, 2016). A aquisição de palavras começa com o aprendizado de substantivos, verbos, adjetivos e, por último, advérbios. Sendo que as palavras pequenas são aprendidas primeiro. O repertório lexical terá influência e dependerá de estímulos,

17 2 Revisão de Literatura 14 frequência, familiaridade e a extensão das palavras (PEDROMÔNICO, AFFONSO, SAÑUDO, 2002; BRANCALIONI et al., 2011). Quantitativamente, estima-se que, aos dois anos de idade, as crianças possam produzir cerca de 50 a 500 palavras e que estas aprendem palavras novas na velocidade de dez palavras por dia. O vocabulário de uma criança aos seis anos de idade pode completar o número de quatorze mil palavras (CAREY, 1978; TEMPLIN, 1957). Clack (1997) aponta que, após adquirir palavras durante o primeiro ano de vida, as crianças formulam domínios semânticos e, a medida que adquirirem palavras novas, elas conseguem subdividir esses domínios em categorias as categorias semânticas. Estudos realizados por Barret (1978, 1982,1986) mostram que, no processo de aquisição lexical inicial, as crianças podem cometer desvios semânticos. São eles: desvio por relações de contigüidade, desvio por proximidade morfológica e fonológica, superextensão, subextensão, antonísia. O termo desvio tem o sentido de representar a falta de relação entre o significado da palavra utilizada na linguagem adulta e o significado dessa na linguagem da criança (HAGE, PEREIRA, 2006). A relação de contiguidade diz respeito a substituição de uma palavra esperada por outra, em que há relações de sentido. Pode ser: a parte pelo todo, o contingente pelo conteúdo, a matéria pelo objeto, o lugar pela marca, o produto pela marca, o gênero pela espécie, o possuidor pelo possuído, e vice-versa (BARRET, 1978, 1982,1986). A superextensão corresponde ao uso de uma palavra do mesmo campo semântico da palavra esperada, dando a ela um traço de significação que não tem. Assim, tem-se ampliação do campo semântico da palavra em questão. Exemplo: roupa para pijama. Este corresponde ao hiperônimo: utilização de um vocábulo por outro mais abrangente. Exemplo bicho para elefante. O co-hipônimo corresponde ao uso de termos semanticamente próximos, tendo um hiperônimo comum. Exemplo: gato para leão (BEFI-LOPES, 2004). A proximidade fonológica diz respeito ao a utilização de uma palavra que tem fonologia parecida com a palavra esperada. Exemplo: empalhado por empanado. A perífrase ou designação pela função é a substituição de uma palavra

18 2 Revisão de Literatura 15 esperada por palavras ou frase que indique a função, ação ou lugar. Exemplo: para comer para prato. A modificação da categoria gramatical corresponde a troca de uma categoria gramatical por outra. Exemplo: galo para galinha (BARRET, 1978, 1982,1986). Em seu estudo, Silva et.al (2014) mostra que, aos três anos de idade, as crianças obtiveram alterações na linguagem relacionados a aspectos emissivos e de cognição - fato que pode ser explicado, levando em conta que a partir dessa faixa etária é cobrado a ampliação do vocabulário e aumento seus domínios da gramática e simbolismo. Sapienza e Pedromônico (2005) colocam que desvantagens socioeconômicas podem ser um fator de risco para problemas de desenvolvimento. Nesse contexto cabe ressaltar que o desenvolvimento da linguagem está relacionado com a interação da criança com o meio e que a falta de estimulação pode favorecer o aparecimento de alterações relacionadas à linguagem, como atraso de linguagem, alterações na linguagem compreensiva e expressiva. sendo, este último, um problema de desenvolvimento comum em pré-escolares (BAX, HART E JENKINS, 1980, DAMICO; MÜLLER; BALL, 2010 apud GUARNIERI, 2014). No atraso de linguagem tem-se que a imaturidade linguística pode resultar em um vocabulário reduzido e conhecimento de mundo restrito, que futuramente terá impacto na interpretação de textos e elaboração de histórias escritas e em toda a aprendizagem (MOUSINHO et al., 2008) Vocabulário expressivo e receptivo A linguagem receptiva esta relacionada também com a capacidade do indivíduo em compreender a melodia da voz, sua entonação e o significado das palavras em um contexto (ARAÚJO et al., 2010). Sabe-se que o vocabulário receptivo é a base para a recepção e o processamento da informação. Ele é o fundamento do vocabulário expressivo, pois o desenvolvimento da compreensão das palavras precede a produção destas. (CAPOVILLA, PRUDÊNCIO, 2006). Segundo Lopes-Herrera e Mayer (2016), adquirir palavras é mais do que apenas falar, é

19 2 Revisão de Literatura 16 necessário compreender a palavra dita, por meio da memória e das habilidades metalinguísticas. A linguagem receptiva também está relacionada com as instruções dadas por professores, e, com o ingresso na escola, às cobranças quanto à compreensão das produções verbais aumentam. No período pré-escolar espera-se que as crianças adquiram um domínio do repertório fonético, acesso a linguagem escrita e que tenha tido experiência com o repertório linguístico (LUQUE, VILLA, 2004). O vocabulário expressivo é aquele que é emitido pela criança. Ele pode ser avaliado pelo número de palavras produzidas. Sendo assim, a partir do momento em que a criança começa a falar já é possível a avaliação desse vocabulário (FERRACINI ET AL., 2006). A linguagem receptiva associada à linguagem expressiva, quando utilizadas de forma adequada, favorece a interação social bem sucedida, pois permite a transmissão dos sentimentos e pensamentos do falante (ABRAMIDES, 2008). Desta forma, a aquisição do sistema linguístico permite a inserção no ambiente social, desenvolvimento de aspectos cognitivos, além de possibilitar à pessoa assumir sua identidade (MOUSINHO ET AL., 2008). Há pesquisas que relacionam o vocabulário expressivo e o vocabulário receptivo com o desempenho acadêmico e nível socioeconômico, em que o vocabulário receptivo sofre influência da escolaridade e nível socioeconômico paterno (CAPOVILLA ET AL., 1997b). Para promover a expansão do vocabulário é preciso que na intervenção haja estratégias que facilitem o desenvolvimento de componentes léxicos e semânticos, além de mostrar a funcionalidade das novas palavras aprendidas. Assim, é aconselhado que o terapeuta conheça o vocabulário familiar da criança, isto é, aquele que está inserido em sua rotina. E em um segundo momento, que o vocabulário seja trabalhado por meio de agrupamento de categorias semânticas, levando em consideração a faixa etária da criança, sua escolaridade e fatores socioculturais (GUARNIERI; LOPES-HERREIRA, 2016).

20 3 Proposição

21 3 Proposição 18 3 PROPOSIÇÃO O objetivo principal do presente trabalho foi elaborar, aplicar e avaliar Oficinas de Expansão Vocabular para crianças de quatro e cinco anos de idade, desfavorecidas socioeconomicamente.

22 4 Material e Métodos

23 4 Material e Métodos 20 4 MATERIAL E MÉTODOS O presente estudo foi realizado após a submissão e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo CEP- FOB/USP, com CAAE: Ressalta-se que o projeto foi elaborado de forma a cumprir todas as exigências previstas na Resolução CNS 466/ Participantes Participaram do estudo um grupo de três crianças com idades de quatro e sete meses a cinco anos e onze meses. Segundo o assistente social do Centro Espírita Vicente de Paulo (local de coleta de dados, que será referenciado no item 3.2.), as famílias das crianças em questão apresentam nível socioeconômico baixo. Inicialmente os critérios de inclusão para o estudo em questão foram: Participação nos encontros em que ocorreram as avaliações de préestimulação e pós- estimulação; Assiduidade de 75% de presença nos encontros; Estar faixa etária de quatro a seis anos; Consentimento formal do responsável legal para a participação do estudo, firmado pela assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) conforme modelo apresentado no Apêndice A deste documento; Concordância da criança em participar do estudo, realizado por Assentimento verbal, mediante material lúdico. Já os critérios de exclusão do estudo foram: Pais ou responsáveis não assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE);

24 4 Material e Métodos 21 Criança não concordar em participar do estudo, realizado no momento do assentimento verbal. Como nenhuma criança recusou, não foi preciso que a pesquisadora insistisse em convencê-la por meio de conversa até três vezes. Nenhuma apresentou comportamento de choro, aversão e quaisquer comportamentos negativos. Queixa ou condição de saúde que interfira no desempenho, no dia da avaliação (como febre, imobilização, doenças infecto-contagiosas, outros); Faltar no primeiro e no último encontro, ou ter duas ou mais faltas nos demais; Apresentar alterações de linguagem. A princípio, foi proposto como critério de inclusão assiduidade de 75% de presença nos encontros e como critério de exclusão faltar no primeiro e no último encontro, ou ter duas ou mais faltas nos demais. Porém, tais critérios precisaram ser modificados devido ao número reduzido de crianças que participaram do estudo. A fim de preservar o sigilo dos dados pessoais das crianças que participaram do estudo, estas foram chamadas de crianças A, B e C. Sendo que a criança A teve uma presença e três faltas, a criança B duas presenças e duas faltas e por fim, a criança C três presenças e uma falta. 4.2 Local Foi realizado nas dependências do Centro Espírita Vicente de Paulo, localizado na Rua Sete de Setembro, 14-50, na cidade de Bauru, São Paulo. A instituição em questão estava ciente da realização das atividades e concordou com termos da referida pesquisa conforme Apêndice B deste documento. 4.3 Procedimentos de coleta de dados Foram realizados seis encontros, com duração de cinquenta minutos cada, no último domingo do mês, durante seis meses. Sendo que o primeiro e último

25 4 Material e Métodos 22 encontro foram destinados à avaliação dos pré-escolares. Para verificação da assiduidade todos os encontros contaram com uma lista de presença. As oficinas visaram à expansão vocabular, sendo assim, durante as mesmas foram executadas estratégias que visavam à apresentação, nomeação e uso funcional de palavras com carga semântica (conteúdo), sendo elas: substantivos, verbos e adjetivos. Ao todo foram realizadas quatro oficinas que contaram com atividades lúdicas adequadas para faixa etária proposta, contendo jogos da memória, perguntas e respostas, com o uso dos vocábulos aprendidos e brincadeiras simbólicas. Tais atividades foram previamente preparadas pela pesquisadora. Além disso, foi entregue ao final de cada oficina atividades para serem realizadas em casa com o auxílio dos responsáveis, como consta no TCLE. Favorecendo, assim, a assimilação e generalização dos conteúdos trabalhados. As oficinas foram ministradas pela própria pesquisadora e todos os encontros foram supervisionados pelo docente colaborador Avaliação pré- estimulação e pós-intervenção A avaliação pré-estimulação ocorreu no primeiro encontro e foi aplicado um roteiro de triagem fonoaudiológica desenvolvido e proposto por Bretanha (2011) para assegurar que todas as crianças da amostra apresentasse desenvolvimento típico de Linguagem. Também foi aplicado o teste Peabody Picture Vocabulary Test (TVPI) (CAPOVILLA; CAPOVILLA, 1997), que visa a avaliação das habilidades de compreensão do vocabulário receptivo auditivo de crianças de dois anos e seis meses até dezoito anos. Ele é indicado para avaliar o desenvolvimento da linguagem receptiva em pré-escolares e contempla a avaliação nas áreas de qualidades, partes do corpo, pessoas, ações, natureza, animais, tempo, lugar, ferramentas e instrumentos e termos matemáticos. Sua aplicação foi rápida, estimase uma média de 15 a 20 minutos, feita individualmente. O teste consiste na aplicação de 130 pranchas em que o examinando deve apontar o desenho que

26 4 Material e Métodos 23 corresponde a palavra que o examinador falou, sendo que as figuras são dispostas em grau crescente de dificuldade. Por último, foi aplicada a Prova de Vocabulário do Teste de Linguagem Infantil nas áreas de Fonologia, Vocabulário, Fluência e Pragmática - ABFW (BEFI- LOPES, 2000), que avalia o vocabulário expressivo de crianças com idades de dois a seis anos de idade. A prova contém 118 figuras que abrangem nove campos semânticos: vestuário, animais, alimentos, meios de transporte, móveis e utensílios, brinquedos e instrumentos musicais, profissões e locais, formas e cores. Em que o examinando deve nomear a figura usando seu repertório lexical e o examinador não deve interferir nas respostas. Na avaliação pós-oficina de expansão vocabular os mesmos instrumentos foram utilizados, exceto o roteiro de Triagem Fonoaudiológica (BRETANHA, 2011). Após as oficinas, a pesquisadora fez notas em um relato diário (diário de campo qualitativo), sobre dados qualitativos da oficina. Em que foram destacadas as atitudes das crianças em relação ao tema e atividades propostas, colaboração, se realizaram perguntas e fatos relevantes. As crianças da amostra não apresentavam quaisquer alterações fonoaudiológicas, assim não houve a necessidade de encaminhamentos e tratamentos fonoaudiológicos posterior ao estudo Procedimento da análise de dados Inicialmente foi proposto que os dados obtidos no Teste Peabody Picture Vocabulary Test (TVPI) e na Prova de Vocabulário do Teste de Linguagem Infantil nas áreas de Fonologia, Vocabulário, Fluência e Pragmática - ABFW (préintervenção x pós-intervenção) fossem analisados por meio de análise estatística inferencial utilizando o teste T pareado para a verificação de eficácias das oficinas, porém devido ao n baixo não foi possível sua utilização. Assim, foi usado estudo comparativo de casos como forma de análise de dados. Além disso, foi realizada uma análise qualitativa envolvendo as notas do relato diário realizado pela pesquisadora após as atividades de estimulação.

27 5 Resultados

28 5 RESULTADOS 5 Resultados 25 Quanto à elaboração das oficinas propostas, após revisão da literatura da área, chegou-se a uma organização dos objetivos de cada sessão, com os resultados expostos a seguir. O planejamento de cada encontro da Oficina para Expansão Vocabular está anexado no Apêndice C. Ressalta-se que os materiais utilizados nas estratégias foram elaborados e adaptados pela própria pesquisadora, tendo por base os materiais sugeridos por Guarnieri (2014) e Guarnieri, Lopes- Herrera (2016). A fim de preservar os dados pessoais das crianças que participaram do estudo, estas foram chamadas de crianças A, B e C. Sendo que a criança A teve uma presença e três faltas, a criança B duas presenças e duas faltas e por fim, a criança C três presenças e uma falta. 5.1 Análise qualitativa por meio das notas do relato diário realizado pela pesquisadora após as atividades de estimulação Tem-se que no primeiro encontro estavam presentes as crianças B e C e estas tiveram comportamentos parecidos: comunicavam-se pouco, aparentemente tímidos e era necessária a realização de perguntas para que participassem ativamente da oficina. Responderam de forma adequada e contextualizada as perguntas, mostraram atenção, concentração e mantiveram boa relação com a pesquisadora e colegas. No segundo encontro, estavam presentes as crianças A e C, elas responderam com coerência e coesão às perguntas, mantiveram a atenção durante toda a oficina e estavam engajadas nas atividades. No terceiro encontro estava presente a criança C e esta conseguiu lembrar o que havia sido trabalhado no encontro anterior com a ajuda de perguntas, respondeu corretamente aos questionamentos sobre o tema do encontro em questão, realizou perguntas de forma espontânea, estava engajada na realização de todas as atividades propostas e manteve a atenção. No último encontro estava presente a criança B, ela respondeu corretamente quando indagada a respeito da atividade desenvolvida, se negou a realizar outra atividade que estava planejada, apesar disso foi mais engajada do que se comparada com o primeiro encontro. Todas as crianças compareceram às avaliações pré e pós-oficina de expansão de vocabulário.

29 5 Resultados Resultados obtidos na avaliação do vocabulário receptivo Por meio do Teste De Vocabulário Por Imagens Peabody tem-se que as crianças B e C, qualitativamente, tiveram melhora em seu vocabulário receptivo, e a criança A permaneceu com o mesmo padrão de respostas tanto na avaliação préoficina quanto na pós-oficina (Tabela 1). Tabela 1- Comparação entre a pontuação obtida no do Teste de Vocabulário por Imagens Peabody, na avaliação pré e pós-oficina de expansão de vocabulário. Comparação de respostas - Teste De Vocabulário por Imagens Peabody. Criança Idade Pré-oficina Pós-oficina A 5 anos Média Média B 4 anos Média baixa Média C 5 anos Pontuação baixa inferior Média alta Resultados da avaliação do vocabulário expressivo As respostas obtidas na Prova de Vocabulário do Teste de Linguagem Infantil nas áreas de Fonologia, Vocabulário, Fluência e Pragmática ABFW foram classificadas em designação do vocábulo usual (DVU), não-designação (ND) e processo de substituição (PS), como proposto por Befi-Lopes (2004). Assim, por meio de uma análise qualitativa tem-se que a criança A, quando comparada às respostas em designações usuais, dadas na avaliação pré e pós-oficina, coseguiu nomear imagens que anteriormente havia errado na categoria semântica de animais; Em vestuário, na reavaliação nomeou erroneamente uma imagem que havia acertado na avaliação e permaneceu com o mesmo resultado em profissões. Houve diminuição de frequência do uso de não designações, bem como processos de substituição em todas as categorias semânticas. Na criança B, houve aumento de designações usuais em duas categorias semânticas (vestuário e animais), indicando que conseguiu nomear corretamente palavras que não tinha conseguido na avaliação inicial, porém na categoria de

30 5 Resultados 27 profissões não nomeou uma palavra que havia acertado na avaliação pré-oficina. No que diz respeito as não designações, na categoria vestuário não houve diferença pré e pós-oficina de expansão vocabular; já nas categorias de animais e profissões a criança falou que não sabia que palavra representava a imagem com menos frequência. Houve diminuição de frequência do uso de processos de substituição na categoria de vestuário, já em animais não houve diferença e em profissões houve aumento do uso de processos de substituição. Na criança C, houve melhora qualitativamente em todas as categorias semânticas nas designações usuais, assim, ela conseguiu nomear palavras que na avaliação inicial não tinha conseguido. Houve diminuição de não designações nas categorias de animais e profissões, e não teve não designações em vestuário tanto na avaliação pré-oficina quanto pós-oficina de expansão vocabular. Referente aos processos de substituição houve diminuição do uso dos tais nas categorias vestuário e animais e não houve diferença em profissões. (Tabela 2). Tabela 2 Análise comparativa das porcentagens obtidas nas respostas dadas em designação do vocábulo usual (DVU), não-designação (ND) e processo de substituição (PS), na avaliação préoficina e pós-oficina de expansão vocabular do teste ABFW, parte do vocabulário. Criança Campo DVU % ND % PS % Conceitual PRÉ / PÓS PRÉ / PÓS PRÉ / PÓS Vestuário 70 /60 0 / / 30 A Animais 86 / / 0 13 / 0 Profissões 50 / / / 30 Vestuário 50 / / / 20 B Animais 80 / / 6 6 / 6 Profissões 60 / / / 40 Vestuário 60 / 80 0 / 0 40 / 20 C Animais 73 / / 0 13 / 6 Profissões 50 / / / 30

31 5 Resultados Processos de substituição utilizados pelas crianças Tem-se que a criança A permaneceu com o mesmo padrão de resposta utilizando hiperônimo na classe gramatical vestuário, não utilizou mais a designação pela função e usou pela primeira vez o co-hipônimo, quando comparadas as respostas dadas na avaliação pré e pós-oficina de expansão vocabular. Em animais, não usou mais onomatopeia e pós-oficina conseguiu nomear corretamente todas as figuras dessa categoria. Em profissões permaneceu com o uso de hiperônimo, não usou mais co-hipônimo e utilizou designação pela função. A criança B na categoria semântica de vestuário houve diminuição da frequência do uso de hiperônimo, usou pela primeira vez o co-hipônimo nessa categoria; houve mudança de tipologia, na categoria semântica de animais, de cohipômino na avaliação pré-oficina para modificação da categoria semântica na avaliação pós-oficina; na categoria de profissões utilizou hiperômino tanto na avaliação pré quanto pós-oficina, além de utilizar novos processos de substituição: designação por função e co-hipônimo. Já a criança C não usou mais hiperônimo na classe gramatical vestuário e utilizou o co-hipônimo tanto na avaliação pré quanto pós-oficina; houve diminuição do uso do co-hipônimo na classe semântica de animais; Em profissões, utilizou o hipônimo tanto na avaliação pré quanto pós-oficina e houve modificação do uso de designação pela função, pré-oficina, para co-hipônimo, pós-oficina. (Tabela 3). Na análise descritiva da amostra, o hiperônimo foi o desvio semântico utilizado com maior frequência pelas três crianças, seguida do co-hipônimo e, por fim, a designação pela função. As médias simples são respectivamente x=7, x= 4.3 e x= 2. Já os desvios semânticos: modificação de classe gramatical e onomatopeia foram os menos utilizados por elas.

32 5 Resultados 29 Tabela 3 Comparação entre as tipologias dos processos de substituição (desvios semânticos) pré e pós-oficina de expansão vocabular. Desvios semânticos Criança Hiperônimo A ; B; C; Ocorrência Pré-Oficina Total desvios semânticos de Ocorrência Pós-Oficina 3;6; 4; 13 3; 3; 2; 8 Co-Hipônimo A; B; C; 1; 1; 4; 6 1; 2; 4; 7 Modificação De Categoria Gramatical Atributos Semânticos Designação Pela Função B C A; B; C; 1; 0; 1; 1 3; 1; 0; 4 Onomatopeia A Total Total desvios de semânticos

33 6 Discussão

34 6 DISCUSSÃO 6 Discussão 31 Em relação à frequência das crianças nas oficinas propostas, pode-se observar que, a criança que compareceu em apenas um encontro da oficina, permaneceu com o mesmo padrão de resposta, não havendo mudanças pós-oficina. Já a criança que faltou duas vezes, ou seja, compareceu a 50% dos encontros conseguiu melhor seu vocabulário receptivo, pois passou de uma pontuação média baixa para média. E a criança que faltou em apenas uma oficina conseguiu também melhorar seu vocabulário receptivo, passou de uma pontuação baixa inferior para uma média alta. Assim, qualitativamente, as crianças que compareceram com maior frequência aos encontros obtiveram uma melhora no vocabulário receptivo e a que não teve adesão não conseguiu. A criança de quatro anos do presente estudo obteve pontuação média baixa na avaliação pré-oficina e pontuação média após a oficina, sendo compatível com o estudo de Araújo et al. (2010), em que a maioria das crianças nessa faixa etária obteve pontuação média. Já as crianças de cinco e sete anos do estudo de Araújo et al. (2010) tiveram pontuação baixa quando avaliadas, já as do estudo em questão obtiveram pontuação, pré-oficina, como sendo média e baixa inferior. O fato de uma criança não ter sido compatível com o estudo mencionado pode ser explicado pela abrangência da faixa etária do mesmo e pela casuística pequena. Quanto ao uso das designações usuais, no teste que avaliava o vocabulário expressivo na avaliação pré-oficina e pós-oficina tem-se que a criança A conseguiu nomear apenas uma palavra que havia errado na avaliação pré-oficina, na categoria semântica de animais. A criança B obteve um aumento do uso de designações usuais em duas categorias semânticas (vestuário e animais). A criança C obteve melhora em todas as categorias semânticas nas designações usuais, assim, ela conseguiu nomear palavras que na avaliação inicial não havia conseguido. Assim, é possível perceber que as crianças que compareceram com maior frequência aos encontros da Oficina de Expansão Vocabular obtiveram uma melhoram em seu vocabulário expressivo. Em seu estudo, Morselli (2003) comparou o vocabulário receptivo e expressivo de crianças com desenvolvimento normal da linguagem e com distúrbio específico da Linguagem, na faixa etária de dois anos a seis, e verificou que tanto as respostas das crianças com desenvolvimento da linguagem normal quanto as com

35 6 Discussão 32 distúrbio específico da linguagem foram melhores referentes ao vocabulário receptivo do que o expressivo. Pode-se observar que no presente estudo, tanto o vocabulário receptivo quanto o expressivo foram melhores nas crianças que compareceram com maior frequência aos encontros das oficinas, porém o vocabulário receptivo, qualitativamente foram melhores, sendo compatível com os resultados obtidos por Morselli (2003). No que diz respeito aos desvios semânticos tem-se que os mais utilizados pela criança de quatro e as de cinco anos foram o hiperônimo, sendo que este corresponde à variação semântica superextensão, seguida do co-hipônimo. Em seu estudo Silva e Britto (2013), apontam que para a faixa etária de quatro anos a variação mais frequente utilizada pelas cinco crianças de sua amostra foi a perífrase, seguida de variações não classificadas; e que as menos frequentes foram a subextensão e a proximidade fonológica. O desvio semântico superextensão foi o mais utilizado nos enunciados das crianças de três anos. Percebe-se que a superextensão não foi utilizada pelas crianças desse estudo, não sendo comum entres os estudos apresentados. Esse fato pode ser justificado pela pequena casuística. Um outro estudo, realizado por Hage e Pereira (2006), apontou que, em sua amostra de 400 crianças com idades de três a seis anos, os desvios semânticos que houve maior ocorrência foram a superextensão e a contiguidade. Assim, percebe-se que a utilização da superextensão foi comum entre os três estudos. Esse desvio semântico é utilizado pelas crianças na fase de aquisição lexical, pois quando não conseguem usar um termo adequado procuram um que esteja no mesmo campo semântico, que já tem o conhecimento (BARRETT, 1997). Araújo et al. (2010) afirma que o baixo desempenho dos pré-escolares podem indicar a falta de habilidades que deveriam ser desenvolvidas e trabalhadas durante todo esse nível educacional. E que com um vocabulário menos amplo a criança poderá ter dificuldades de transitar pelos diversos ambientes, incluindo o ambiente escolar, assim, poderá ter problemas de aprendizagem durante o ensino fundamental. Concordamos com a autora, que um trabalho para aumento do vocabulário na educação infantil é de suma importância para facilitar a alfabetização. Além disso, Sapienza & Pedromônico (2005) colocam que desvantagens socioeconômicas podem ser um fator de risco para problemas de desenvolvimento. Nesse sentido, o desenvolvimento de linguagem pode ser considerado. Assim,

36 6 Discussão 33 concordamos com Araújo et al. (2010) que intervenções na pré-escola são importantes para o desenvolvimento integral da criança, bem como para diminuir a distância existente entre o vocabulário de crianças que vem de um ambiente sociocultural mais privilegiado, assim, essa intervenção as ajudariam no ensino fundamental, pois com a progressão escolar as exigências aumentam e crianças que já vem com um histórico de déficits podem ter maiores dificuldades no processo escolar. Nas oficinas realizadas, todas as atividades lúdicas preparadas adequadamente para faixa etária proposta (jogos da memória, jogos de perguntas e respostas, com o uso dos vocábulos aprendidos e brincadeiras simbólicas) foram entregues aos pais, ao final de cada oficina, para que as mesmas atividades fossem realizadas em casa com o auxílio dos pais e/ou responsáveis (como os mesmos foram informados ao assinar o termo de consentimento livre e esclarecido ao início da pesquisa), favorecendo, assim, a assimilação e generalização dos conteúdos trabalhados. Por fim, os achados desse estudo corroboram a hipótese levantada por Guarnieri (2016) que em seu Programa de estimulação de linguagem oral para crianças com atraso de linguagem entregou aos pais e/ou cuidadores um material de apoio e levantou a hipótese de que estas crianças poderiam ter melhora na Linguagem, mesmo após o encerramento do programa, se houvesse mudanças em seus ambientes domiciliares e em suas interações com os pais.

37 7 Conclusões

38 7 CONCLUSÕES 7 Conclusões 35 A Oficina de expansão vocabular foi elaborada, aplicada em crianças desfavorecidas socioeconomicamente e avaliada. As que participaram com maior frequência aos encontros obtiveram melhora tanto em seu vocabulário expressivo quanto no vocabulário receptivo, quando comparados os resultados, qualitativamente, pré e pós-oficina; sendo que, a criança que compareceu a três encontros, dos quatro que foram propostos, conseguiu resultados melhores quando comparada qualitativamente com as demais crianças. Cabe ressaltar que, após as oficinas, os pais foram orientados quanto a formas de estimulação da linguagem e estimulação do vocabulário de seus filhos e, acredita-se que esse fato tenha auxiliado na melhora do vocabulário expressivo e receptivo das crianças do presente estudo. Tivemos como dificuldades do estudo a não adesão dos responsáveis para levar as crianças até o local onde foi realiza a Oficina de Expansão Vocabular. Uma provável explicação era que as crianças não tinham alterações de linguagem nem queixa por parte dos pais, o que muitas vezes prejudica a adesão neste tipo de proposta. Assim, acredita-se que é necessário maior orientação para as famílias sobre os benefícios da proposta, independentemente da criança ter uma alteração de linguagem ou não, proporcionado maior engajamento da família e/ou responsáveis para que os resultados sejam maximizados. Sugere-se que a oficina seja replicada em pesquisas futuras e com um número maior de encontros, para que outras classes gramaticais sejam trabalhadas, favorecendo o aprendizado cada vez maior, que auxiliará as crianças no processo de alfabetização e à prevenção de possíveis atrasos de linguagem, alterações de linguagem compreensiva e linguagem receptiva, que poderão interferir na vida escolar e na qualidade de vida dessas crianças..

39 8 Referências

40 8 Referências 35 REFERÊNCIAS ABRAMIDES, D.V.M. Aspectos psicossociais e desenvolvimento da linguagem. Em: Lamônica DAC (Orgs.). Estimulação da Linguagem: aspectos teóricos e práticos. 1ª ed. São José dos Campos: Pulso, p.55. ANDRADE, C. R. F. et al. ABFW: Teste de linguagem infantil nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática. Carapicuíba: Pró-Fono, ARAUJO, M.V.M; MARTELETO, M.R.F.; SCHOEN-FERREIRA, T.H. Avaliação do vocabulário receptivo de crianças pré-escolares. Estud. psicol. Campinas, Vol. 27, n. 2, p , June BARRETTE, M. Desenvolvimento lexical inicial. Em: FLETCHER, P.; MACWHINNEY, B. Compêndio da linguagem da criança. Porto Alegre: Artes Médicas, p BASILIO, C.S. et al. Living conditions and receptive vocabulary of children aged two to five years. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 5, p , Oct BAX, M.; HART, H.; JENKINS, S. Assessment of speech and language development in the young child. Pediatrics, v.66, p , BEFI-LOPES. D.M Vocabulário. Em: ANDRADE, C.R.F.; DEFI-LOPES, D. M.; FERNANDES, F.D.M.; WERTZNER, H.F. ABFW: teste de linguagem in infantil nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática. 2. ed. Ver. A,PL. e atual. Baureri (SP): Pró-Fono, BRETANHA, A.C. A influência da extensão do corpus linguístico no levantamento do perfil comunicativo pragmático infantil p. Dissertação (Mestrado), Faculdade de Odontologia de Bauru. Universidade de São Paulo. Bauru, CAPOVILLA, F.C.; PRUDENCIO, E.R. Teste de vocabulário auditivo por figuras: normatização e validação preliminares. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 5, n. 2, p , dez

41 8 Referências 36 CAPOVILLA, Alessandra G. S.; CAPOVILLA, Fernando C.. Efeitos do treino de consciência fonológica em crianças com baixo nível sócio-econômico. Em: Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, v. 13, n. 1, p , CAPOVILLA, F. C., & CAPOVILLA, A. G. S. Desenvolvimento linguístico na criança dos dois aos seis anos: tradução e estandardização do Peabody Picture Vocabulary Test de Dunn & Dunn, e da Language Development Survey, de Rescorla. Ciência Cognitiva: Teoria, Pesquisa e Aplicação, 1 (1), CAPOVILLA, F. C.; NUNES, L.; NOGUEIRA, D.; NUNES, D.; ARAÚJO, I.; BERNAT, A.; CAPOVILLA, A.G.S. O desenvolvimento do vocabulário receptivo auditivo da pré-escola à 8a. série: Normatização fluminense baseada em aplicação coletiva da tradução brasileira do Teste de Vocabulário por Imagens Peabody. Ciência Cognitiva: Teoria, Pesquisa e Aplicação, 1(1), b. CLACK, E. V. Desenvolvimento lexical tardio e formação de palavras. Em: FLETCHER, Paul; MACWHINNEY, Brian. Compêndio da linguagem da criança. Porto Alegre: Artes Médicas, p Ferracini, F., Capovilla, A.G.S.; Dias, N.M.; Capovilla, F.C. Avaliação de vocabulário expressivo e receptivo na educação infantil Rev. psicopedag. vol.23 no.71 São Paulo, GUARNIERI, C.; LOPES-HERRERA, S. Dicas e estratégias para intervenção fonoaudiológica em Linguagem Infantil. 1ª edição. Ribeirão Preto: Book Toy, p , GUARNIERI, C. Programa de estimulação de linguagem oral para crianças com atraso de linguagem Dissertação (Mestrado em Fonoaudiologia) - Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, HAGE, S.R.V.; PEREIRA, M.B. Desempenho de crianças com desenvolvimento típico de linguagem em prova de vocabulário expressivo. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 8, n. 4, p , Dec LYONS,J. Linguagem e Linguística uma introdução. 1ªed. Rio de Janeiro: LTC- Livro Técnicos e Científicos Editora S.A, 1987 p

42 8 Referências 37 LOPES-HERRERA, S. A; MAXIMINO, L. P. Fonoaudiologia: Intervenções e alterações da linguagem oral infantil. 1ª edição. Ribeirão Preto: Editora Novo Conceito, p. 122, MAYER, M. G. G. Síndrome de down versus alteração de linguagem: interação comunicativa entre pais e filhos Dissertação (Mestrado em Educação Especial). Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, MORSELLI, A.A. Vocabulário receptivo e expressivo em crianças com desenvolvimento normal e com distúrbio específico de linguagem [mestrado]. São Paulo (SP): Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo; SAPIENZA, G. PEDROMÔNICO, M. R.M. Risco, proteção e resiliência no desenvolvimento da criança e do adolescente. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 2, p , mai./ago SILVA, L.K; et.al. Identificação dos distúrbios da linguagem na escola. Rev. CEFAC vol.16 no.6 São Paulo Nov./Dec SILVA, T.R.; BRITTO, D.B.O. Variações semânticas nos enunciados de crianças em processo de desenvolvimento da linguagem oral: estudo preliminar. Rev. CEFAC, São Paulo, Vol. 15, n. 6, p , Dec SOUSA, A.C.R. A linguagem oral na Educação Pré-Escolar uma ferramenta para crescer, comunicando [Mestrado]. Porto Alegre, Jun

43 9 Apêndices

44 9 Apêndices 39 APÊNDICE A Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Convidamos seu filho(a) para participar do projeto de pesquisa Oficinas para expansão vocabular em pré-escolares, de responsabilidade da Profa. Dra. Simone Lopes Herrera. A pesquisa será realizada nas dependências do Centro Espírita Vicente de Paulo, no endereço: Rua Sete de Setembro, Bauru/SP. O objetivo da pesquisa é elaborar, aplicar e avaliar oficinas para favorecer o aumento do vocabulário de crianças de quatro a seis anos de idade. Visando estimular e auxiliar o desenvolvimento da linguagem e comunicação das mesmas. Por meio da avaliação poderemos analisar se essa oficina é uma estratégia viável para a estimulação de vocabulário em crianças que estão dentro da faixa etária que o estudo contempla. A justificativa do estudo é que a partir de oficinas de estimulação de linguagem, com o foco na expansão vocabular, ocorrerá o desenvolvimento do vocabulário, melhora na comunicação e trará benefícios para a inserção da criança no contexto escolar. Serão realizados seis encontros com duração de 50 minutos cada, no último domingo de cada mês, durante seis meses. O primeiro e último encontro serão realizados procedimentos de avaliação da linguagem por meio da aplicação de dois testes que avaliam o vocabulário expressivo, ou seja, as palavras que a criança conhece e fala e o vocabulário receptivo, isto é, as palavras que são faladas para seu filho e ele as compreendem. O primeiro teste é o Peabody Picture Vocabulary Test (TVPI) que avalia as habilidades de compreensão do vocabulário receptivo auditivo, isto é, avalia se a criança compreende o significado da palavra que avaliador dirá; analisado a partir da habilidade da apontar corretamente a palavra na ficha de figuras que o teste propõe. Já a Prova de Vocabulário do Teste de Linguagem Infantil nas áreas de Fonologia, Vocabulário, Fluência e Pragmática ABFW avalia o vocabulário expressivo, isto é, quais palavras as crianças conhecem e conseguem reproduzir adequadamente. Nesse teste a criança deverá nomear as figuras que o teste possui, as respostas serão gravadas para análise posterior. Além disso, no primeiro encontro será aplicado um roteiro de triagem, que tem como objetivo verificar se as crianças possuem desenvolvimento típico de linguagem, isto é, se seu desenvolvimento está dentro no padrão de normalidade esperado para a idade. A triagem é um procedimento de análise que avalia aspectos do desenvolvimento de linguagem da criança, permitindo verificar se há alterações de linguagem ou se desenvolvimento está dentro da normalidade. Todas as crianças participarão do estudo, porém aquelas que não possuírem desenvolvimento típico de linguagem não serão adicionadas na análise de resultados. Caso verifique-se alguma alteração de linguagem a família será orientada a respeito dos procedimentos de encaminhamento para diagnóstico fonoaudiológico e intervenção (terapia) fonoudiológica no sistema único de saúde (SUS) ou em outros locais que oferecerem tais serviços gratuitamente. As oficinas contarão com atividades como adaptação de músicas, jogos, história e brincadeiras

45 9 Apêndices 40 que estimulem a ampliação do vocabulário. Ao final de cada encontro será entregue aos responsáveis atividades que deverão ser realizadas em casa, para favorecer o aprendizado do conteúdo trabalhado na oficina. A pesquisa não oferece danos, desconfortos ou riscos aos participantes. Após o encerramento da pesquisa, não será realizado acompanhamento do progresso das crianças, portanto o acompanhamento e orientações a respeito de assistência ocorrerão durante a realização da pesquisa. É garantida plena liberdade ao participante da pesquisa, a qualquer momento e em qualquer fase da pesquisa, retirar seu consentimento (permissão), bem como não participar das atividades sem que haja nenhuma penalidade (punição) por isso. São garantidos ainda, o sigilo e privacidade dos dados coletos em todas as fases da pesquisa, os quais se limitarão a fins de estudo da pesquisa, podendo ser divulgados para discussão entre profissionais e estudantes da área de fonoaudiologia, usadas para contexto científico como publicações em revistas científicas, contudo a criança não será identificada pelo nome. É garantido também uma copia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido a todos os participantes da pesquisa. Não serão necessárias despesas com a participação do projeto de pesquisa, uma vez que os participantes já se deslocam para o referido local, mesmo antes da realização da pesquisa em questão. Não haverão gastos referente a materiais utilizados, pois estes serão garantidos pela pesquisadora. Será garantida também indenização referente a eventuais danos causados pela pesquisa. Para esclarecimentos de dúvidas sobre sua participação na pesquisa poderá entrar em contato com o pesquisador por meio do endereço institucional à Alameda Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75, Vila Universitária, telefone (14) e lopesimone@gmail.com e, para denúncias e/ou reclamações entrar em contato com Comitê de Ética em Pesquisa-FOB/USP, à Alameda Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75, Vila Universitária, ou pelo telefone (14) , cep@fob.usp.br Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o Sr. (a), portador da cédula de identidade, após leitura minuciosa das informações constantes neste TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO, devidamente explicada pelos profissionais em seus mínimos detalhes, ciente dos serviços e procedimentos aos quais será submetido, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e explicado, DECLARA e FIRMA seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO concordando em participar da pesquisa proposta. Fica claro que o participante da pesquisa, pode a qualquer momento retirar seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO e deixar de participar desta pesquisa e ciente de que todas as informações prestadas tornar-se-ão confidenciais e guardadas por força de sigilo profissional (Art. 9º do Código de Ética Odontológica, ou Art. 13º do Código de Ética Fonoaudiológico para outras profissões verificar o Código de Ética do sigilo profissional correspondente). Por fim, como pesquisador(a) responsável pela pesquisa, DECLARO o cumprimento do disposto na Resolução CNS nº 466 de 2012, contidos nos itens IV.3 e IV.4, este último se pertinente, item IV.5.a e na íntegra com a resolução CNS nº 466 de dezembro de Por estarmos de acordo com o presente termo o firmamos em duas vias igualmente válidas (uma via para o participante da pesquisa e outra para o pesquisador) que serão rubricadas em todas as suas páginas e assinadas ao seu término, conforme o disposto pela Resolução CNS nº 466 de 2012, itens IV.3.f e IV.5.d.

46 9 Apêndices 41 Bauru, SP, de de. Assinatura do Participante da Pesquisa Profa. Dra. Simone Ap. Lopes-Herrera O Comitê de Ética em Pesquisa CEP, organizado e criado pela FOB-USP, em 29/06/98 (Portaria GD/0698/FOB), previsto no item VII da Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (publicada no DOU de 13/06/2013), é um Colegiado interdisciplinar e independente, de relevância pública, de caráter consultivo, deliberativo e educativo, criado para defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Qualquer denúncia e/ou reclamação sobre sua participação na pesquisa poderá ser reportada a este CEP: Horário e local de funcionamento: Comitê de Ética em Pesquisa Faculdade de Odontologia de Bauru-USP - Prédio da Pós-Graduação (bloco E - pavimento superior), de segunda à sexta-feira, no horário das 13h30 às 17 horas, em dias úteis. Alameda Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75 Vila Universitária Bauru SP CEP Telefone/FAX(14) cep@fob.usp.br

47 9 Apêndices 42 APÊNDICE B Termo de Aquiescência Instituição onde os encontros da Oficina para Expansão Vocabular aconteceram.

48 9 Apêndices 43 APÊNDICE C - Planejamento dos encontros da Oficina para Expansão Vocabular.

49 9 Apêndices 44

50 9 Apêndices 45 Oficina II Oficina III

51 9 Apêndices 46 No primeiro encontro da Oficina de Expansão Vocabular foi abordado o tema Animais em que as crianças disseram quais animais elas conhecem, mediante as respostas foram escolhidos dois animais e elas responderam as perguntas: onde esses animais vivem, qual a cor, som que produzem e realizaram uma mímica que os caracterizava. Em seguida, foi mostrado em apresentação de slide a imagem de um leão, peixe palhaço, vaca, golfinho e bem-te-vi e imagens da terra, água ou ar e as crianças indicaram o local onde se encontram os animais, além de apontar uma característica de cada animal das imagens. Foi falado sobre o local em que vive o leão e que o som produzido pelo leão é o rugido. Ao final da oficina as crianças pintaram a figura impressa de um leão. No segundo e o terceiro encontros tiveram a presença de apenas uma criança, assim foi utilizado o mesmo tema para ambas: Foi relembrada oficina anterior sobre os animais e locais onde vivem. Em seguida, foi perguntado para quê servem os pelos dos animais? O pelo do leão, da vaca? As escamas dos peixes? E depois a criança presente foi indagada do por que usamos as roupas, quais são os tipos de roupas que temos (shorts, calças, camisetas, casacos) e se ela sabe que podem ser utilizadas de acordo com clima (calor ou frio). Foram apresentas imagens de peças de roupas em slide e a criança categorizou de acordo com o clima. Depois, em uma folha sulfite desenhou e pintou um tipo de roupa aprendido e falou, posteriormente, a classificação de acordo com o que foi discutido nessa oficina. No quarto e último encontro foram apresentadas as profissões do fonoaudiólogo, dentista e enfermeiro. Primeiramente, as crianças foram indagadas a respeito do tema profissões: quais conhecem e o que esses profissionais fazem. Em seguida, foi abordado o que os profissionais: fonoaudiólogo, dentista e enfermeiro fazem e como ajudam as pessoas, foram utilizadas imagens para ilustrar cada

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