EVOLUÇÃO PÓS-GLACIÁRIA DAc PLATAFORMA CONTINENTAL PORTUGUESA' A NORTE DO CABO MONDEGO

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1 EVOLUÇÃO PÓS-GLACIÁRIA DAc PLATAFORMA CONTINENTAL PORTUGUESA' A NORTE DO CABO MONDEGO Aurora Rodrigues (MLMGFCUL - Rua da Escola Politécnica, 58, 1200 LISBOA) J. M. Alveirinho Dias (/H - Rua das Trinas, LISBOA) RESUMO - A análise geomorfológica da superfície sobre a qual repousa a cobertura sedimentar recente (com base numa rede de perfis de reflexão sísdúca de grande resolução) pernútiu deduzir, para a plataforma continental portuguesa a norte do paralelo ' N, vários estádios evolutivos durante o período pós glaciário. Há cerca de anos a quase totalidade da plataforma continental portuguesa estava emersa, sendo sulcada por linhas de água de grande caudal; os sedimentos de natureza detrítica depositavam-se na vertente continental, na rampa 'continental e na planície abissal. Com o início da deglaciação, há anos, o nível médio do mar começou a subir lentamente, havendo períodos estacionários às cotas actuais -100/-110 m, -60 m e -40 m. Estes níveis põem-se em evidência na superfície da base dos sedimentos, após um estudo pormenorizado. ABSTRACT - The geomorphological analysis of the surface underlyi1lg the recent sedimentary cover (with evidence from high resolution reflection seisdúc profiles), has led to the conclusion that, north of ' N, severaj evolutionary episodes affected the portuguese continental shelf, during the post-glacial period. Around years ago, almost ali of the portuguese continental shelf was above sea-ievel, with major rivers cuting through its surface. The detrital sediments were deposited on the continental slope, on the continental rise and on the abyssal plains. With the beginning of deglaciation, years ago, the sea-ievel began to rise slowly, with stationary periods around the -100/-110 m, -60 m and -40 m present leveis. These leveis are clearly marked on the base of the sedimentary cover. 1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos vários movimentos de natureza eustática e isostática induziram episódios de natureza transgressiva e regressiva, os quais afectaram profundamente os sistemas sedimentares. Estes movimentos estão relacio- ANAIS DO INSTITUTO HIDROGRÁFIcO N~ nados com a última glaciação, com os diferentes episódios da deglaciação que se lhe seguiu, e com as oscilações verificadas no decurso do Holocénico. A análise geomorfológica da plataforma continental pode fornecer indicações importantes sobre a amplitude e as características dos episódios referidos, bem como de vários aspectos da paleogeografia da região em estudo. Em geral, os traços geomorfológicos mais bem definidos são os que se forma-.. ram na dependência de antigas linhas de costa (paleo -litorais), os quais permitem deduzir, de forma mais ou menos directa, a posição relativa do nível do mar em períodos específicos. Como os sedimentos da plataforma continental foram sujeitos a episódios vários de erosão ou de acumulação, grande parte dos traços geomorfológicos aludidos foram obliterados. Todavia, parte dessas formas eilcontram-se ainda conservadas, na totalidade ou vestigialmente, nas superfícies sobre as quais se acumularam os sedimentos mais recentes. Assim, o objectivo deste trabalho é a prospecção e interpretação dos traços geomorfológicos atribuíveis a episódios pós-glaciários conservados sob os depósitos sedimentares mais recentes da plataforma continental portuguesa, entre os paralelos do cabo Mondego e da foz do rio Minho (fig. 1). 2. TRABALHOS ANTERIORES A interpretação dos traços geomorfológicos da plataforma continental considerada foi já ensaiada por Musellec (1974) e por Dias' (1987). No entanto, essas interpretações tiveram fundamentalmente em atenção as formas superficiais. Raros são os trabalhos em que as formas presentes sob a cobertura de sedimentos não consolidados foram objecto de atenção cuidada. Sobre este assunto existem algumas referências dispersas, principalmente nos trabalhos de 39

2 Musellec (1974), Vanney & Mougenot (1981) e Mougenot (1988). Todavia, nenhum trabalho de índole sistemática foi efectuado até ao momento. 3. ORIGEM DOS DADOS Os dados utilizados neste trabalho consistiram, essencialmente, em perfis de reflexão sísmica de alta resolução, tipo Sparker, com potência máxima de 72 J, e em perfis do mesmo tipo mas com potências mais elevadas, entre 500 J e J. Foram complementados com informações obtidas através de perfis bati métricos contínuos de alta precisão realizados em simultâneo com os perfis de reflexão sísmica. Os perfis referidos foram obtidos no decurso do cruzeiro GEOMAR 3/88-SISPLA TV, promovido pelo Instituto Hidrográfico, em Outubro de 1988, a bordo do N.O. «Almeida Carvalho», no âmbito dos projectos SMCOI (JNICT n? 87 42) e DISEPLA (JNICT n? ) e do programa SEPLAT (IH). Nesse cruzeiro realizaram-se cerca de Km de perfis de reflexão sísmica ligeira e de batimetria contínua de precisão, os quais cobrem, se bem que em malha larga, toda a plataforma continental portuguesa a norte do Cabo Mondego (fig. 1). 4. ENQUADRAMENTO REGIONAL O bordo da plataforma na região considerada localiza -se a profundidades da ordem dos 160 m (fig. 2). A largura média da plataforma continental é de cerca de 35 Km. No entanto é aí possível definir 3 blocos com largura variável, limitados pelos canhões submarinos do Porto e de Aveiro. Figura 2 - Mapa batimétrico da zona estudada (segundo Vanney & Mougenot, /981). Espaçamento das linhas de la m até aos 200 m de profundidade. Figura 1 - estudada. 40 Cruzeiro GEOMAR 3/88-S/SPLA T V; enquadramento da área O bloco norte é o mais estreito, coin largura média da ordem dos 20 Km e desenvolvimento NNW-SSE. Os blocos central e sul têm larguras compreendidas entre os 45 e os 50 Km e dispõem-se, grosso modo, segundo a direcção N- S.

3 Do ponto de vista morfológico a plataforma continental norte-portuguesa apresenta vários acidentes importantes ligados ao afloramento de rochas consolidadas o qual é, em geral, condicionado por falhas. Na plataforma continental interna, a norte do Porto, existe uma zona de batimetria conturbada, que reflecte o afloramento de rochas polimetamórficas hercínicas. Na plataforma externa a SW de Aveiro individualiza-se o relevo de Morraceiros constituido por rochas calcárias mesozóicas aflorantes. A norte, ao largo de Esposende-Viana do Castelo, o Beiral de Viana apresenta uma forma alongada de direcção SSE-NNW, cuja origem está relacionada com a existência de falhas activas que fazem aflorar formações calcárias de fácies marinha de idade cretácica superior. Os canhões submarinos do Porto e de Aveiro são formas morfológicas de origem tectono-sedimentar; além de estarem relacionadas com falhas importantes constituiram, e provavelmente ainda constituem, veículo de escoamento de grandes cargas sedimentares. Musellec (1974), e mais tarde Dias (1987), com base na análise de perfis batimétricos e de reflexão sísmica de alta resolução, elaboraram mapas de distribuição de traços morfológicos superficiais da plataforma continental interpretados como terraços, cordões litorais, arribas e rupturas de pendor. Estes autores atribuiram a estes traços morfológicos uma génese relacionada com a migração da linha de costa, nos últimos anos. As origens prováveis e as profundidades preferenciais a que estes traços morfológicos ocorrem estão sumarizados no Quadro I. QUADRO I Elementos morfológicos da plataforma continental identificados por Dias (1987) Origem provável Profundidades (m) Terraços Abrasão marinha 40, 60, loo-120z Cordões litorais Sedimentar 45,75, de praia correspondentes a diferentes níveis relativos do mar (Dias, 1987). Qualquer das formas referidas pode evoluir para uma forma diferente, por exemplo, quando há reocupação de determinada cota pelo nível relativo do mar. 5. AS VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR E OS ELEMENTOS MORFOLÓGICOS DA PLATAFORMA A elevação do nível relativo do mar desde o último glaciário até à actualidade não obedeceu a uma subida gradual e constante desse nível. Pelo contrário, a tendência de elevação foi frequentemente interrompida por curtos períodos de abaixamento do nível do mar. Por outro lado, os períodos de elevação caracterizaram-se por taxas de subida substancialmente diferentes, que por vezes foram de ordem milimétrica mas, por outras, atingiram ordem centimétrica. Em grande pá,te, esta diversidade de comportamento e variabilidade das taxas de subida reflectem quer fenómenos de ajustamento isostático, quer modificações climáticas de grande amplitude. Os trabalhos desenvolvidos no âmbito do projecto CLI MAP e sumarizados em Ruddiman & McIntyre (1981), baseados fundamentalmente no estudo de testemunhos verticais de sedimentos «corers» colhidos no Atlântico Norte, permitiram estabelecer 5 fases principais desde o último máximo glaciário, as quais influenciaram de forma profunda o comportamento da variação do nível relativo do mar. Os trabalhos referidos, além de possibilitarem a dedução de características paleo-oceanográficas e paleo-climáticas várias, permitiram ainda deduzir a migração da frente polar desde o último máximo glaciário (fig. 3). São estas fases estabelecidas por Ruddiman & McIntyre (1981) que serão utilizadas preferencialmente como base da evolução paleo-climática e paleo-oceanográfica da região considerada. 60 Arribas Abrasão marinha e/ou falha estrutural Rupturas de pendor Sedimentoar 30-40, 50-90, e/ou estrutural , As arribas, assim como os terraços e os cordões litorais, formaram-se em períodos em que o nível relativo do mar permaneceu estacionário durante tempo suficiente para permitir a modelação por erosão (nos dois primeiros casos) ou por acumulação (no caso dos cordões litorais). As rupturas de pendor, intersecções de dois planos que correspondem a superficies de declive diferente, têm provavelmente origem relacionada com a interpenetração de perfis Figura 3 - Variação da posição da frente polar nos últimos anos (Ruddiman & McJntyre, 1981). A curva de variação do nível relativo do mar referente à região em estudo não foi ainda determinada com porme

4 nor. Até ao momento, apenas é conhecida uma aproximação a essa curva, proposta por Dias (1987), em que é considerado o domínio de variação provável do nível do mar na plataforma continental portuguesa setentrional desde o último máximo glaciário (fig. 4). <lj '" '" '" c:: :J <oo L o. milhares de anos (a.p. ) Figura 4 - Área de oscilação da curva de variação do n{vel do mar na plataforma continental ponuguesa (adap. Dias, 1987). A morfologia litoral é caracterizada pela existência de formas de erosão e de formas de acumulação. São traços dessas formas que se devem, portanto, pesquisar na plataforma continental, no sentido de poder deduzir a localiza- ' ção de paleo-litorais. Para isso, é necessário saber como é que tais formas se constituem, qual a sua geometria e quais os processos de evolução a que são sujeitas após submersão, o que nem sempre é fácil. Como é evidente, a morfologia, o tipo de evolução e a probabilidade de serem preservadas é completamente diferente nos litorais do tipo arenoso e nos do tipo rochoso. O estudo, através da reflexão sísmica ligeira, da bacia. em que se depositaram os sedimentos recentes permite não só reconhecer a morfologia da plataforma antes da deposição desses sedimentos, como também identificar traços morfológicos resultantes das acções modeladoras ocorridas desde o último máximo glaciário, com especial relevância para os que se originaram na dependência de litorais antigos. Efectivamente, a zona costeira é altamente dinâmica, aí actuando os agentes morfogenéticos (marinhos e sub-aéreos) com grande intensidade. Quer pela amplitude que frequentemente atingem, quer pelas suas características específicas, quer ainda pelo facto de não serem, em muito casos, facilmente obliterados, estes traços morfológicos costeiros constituem elementos de grande importância para a dedução dos episódios que condicionaram a evolução da plataforma continental. Todavia, como a subida do nível relativo do mar desde o último máximo glaciário não se efectuou de forma homogénea e constante, tendo-se verificado episódios vários em que esse nível se manteve estacionário ou sofreu mesmo descidas relativas, a probabilidade de preservação dos aludi- dos traços morfológicos costeiros variou, entre outros factores, com o comportamento do nível do mar em cada uma dessas etapas. Na realidade, todos os pontos da plataforma continental corresponderam, no decurso da migração da linha de costa desde o bordo da plataforma até à posição actual, a paleo-litorais. Quando esses litorais se constituiram em fase de elevação rápida do nível do mar, a probabili dade de geração de formas perenes foi pequena. Pelo contrário, em fases de elevação lenta ou estabilidade do nível relativo do mar, essa probabilidade foi maior. No entanto, se após geração das formas costeiras se verificou submersão e, posteriormente, emersão (subida do nível relativo do mar seguida de descida desse nível) é possível que as formas referidas tenham sido (em maior ou menor grau ou, mesmo, totalmente) obliteradas. Assim, a probabilidade de conservação das formas costeiras é função do comportamento do nível relativo do mar no decurso da sua geração, do comportamento posterior desse nível e do tipo de formas geradas. Em princípio, a maior probabilidade de conservação das formas costeiras é atingida quando se verificou inflexão do comportamento do nível do mar, sendo a tendência de descida ou de estabilidade substituida pela de elevação rápida, sem emersão posterior. Com efeito, neste caso, o nível relativo do mar manteve-se durante mais tempo à mesma cota possibilitando a geração de formas mais bem definidas, as quais, devido à submersão rápida e consequente diminuição dos níveis energéticos aí ocorrentes, tiveram maior probabilidade de não serem destruídas. A não emer são posterior garante que os níveis energéticos se mantiveram provavelmente baixos e, consequentemente, não destrutivos dessas formas originadas em ambientes de alta energia. A análise do comportamento provável do nível relativo do mar na região estudada, segundo os dados divulgados por Dias (1987) aponta como períodos mais favoráveis para a geração de formas costeiras com maior probabilidade de se encontrarem ainda pre servadas, os que ocorreram há cerca de anos e anos. Os principais traços morfológicos considerados neste trabalho foram os que correspondem a vestígios de acumulação litoral (praias, cordões litorais), de erosão costeira (terraços, arribas) e, eventualmente, à interacção dos conjuntos de processos erosivos e de acumulação (rupturas de poendor). Os primeiros vestígios referidos são de identificação difícil porque frequentemente se encontram em estado muito degradado, e porque os métodos utilizados não possibilitam uma discriminação suficientemente pormenorizada. Os terraços e, principalmente, as arribas identificam -se, em geral, com grande precisão, indicando indubitavel mente a existência de um paleo-litoral suficientemente desenvolvido (ou reocupado). Estas formas são, no entanto, relativamente raras. As rupturas de pendor são de fácil detecção. Todavia, o seu significado é frequentemente questionável. 42

5 6. ANÁLISE DOS PERFIS DE RE'FLEXÃO SÍSMI CA LIGEIRA Nas figs. 5 e 6 estão reproduzidos os desenhos dos perfis de reflexão sísmica utilizados neste trabalho. A potência máxima utilizada na obtenção dos perfis foi de 72 Joules, a qual permite discriminar a camada superficial de sedimentos, bem como os reflectores mais antigos, que terminam abruptamente contra a base da bacia de sedimentos. Apesar de não existirem datações absolutas, dada as características geométricas e geológicas desta bacia, assume-se que os sedimentos têm uma idade muito recente, credivelmente pós -wurmiana. A própria fácies sísmica assim o leva a crer, uma vez que esses sedimentos constituem a uma formação muito transparente às ondas sísmicas, o que leva a pensar em formações sedimentares detríticas não consolidadas. Na fig. 7a está representada a superfície isobática correspondente à base da formação mais recente, a qual foi deduzida e traçada a partir da interpretação dos perfis de reflexão sísmica marcados na fig. 1. r---t'40-' :;20r-r------~; ~...;;: ,42 -~ ~.""- - ', ---' '. ;--T~~' ~~~'~------~Ir'--~-----p~--~~'.~ i~ I ~ ~-~~~ ~ 7? -:e.-- Figura 6 - Perfis de reflexão sísmica (SIG 72). Sobreelevação de 3Ox. 1: bordo da plataforma continental. 30' Em termos morfológicos, a área analisada pode-se dividir em duas partes distintas (fig. 7b): 20. Km Figura 5 - Perfis de reflexão sísmica (SIG 72). Sobreelevação de 3Ox. 1: bordo da plataforma continental Mapa de isobatas 30' A norte do paralelo do Porto, diferenciam-se 5 zonas diferentes: a) Junto à costa há uma zona pouco profunda (com menos de 60 m de profundidade), subparalela à linha de costa, recortada por vários vales de grande amplitude. Esta zona coincide com os aflo ramentos das formações poli-metamórficas hercínicas que, de uma forma geral, são limitadas a ocidente pela fractura Porto-Tomar. Os vales que aí se definem terão sido escavados por rios que por aí transportariam sedimentos ao longo da plataforma interna, então emersa; b) Zona aplanada que inclina suavemente para oeste, apenas perturbada por grandes vales; 43

6 d) O Beiral de Viana, importante elevação de direcção NNW SSE, e cuja génese é estrutural. Pela sua importância morfológica, parece ter constituido uma barreira ao trânsito de sedimentos que se fazia pelos grandes vales; e) Zona com grande declive, que corresponde ao início da vertente continental, e que se encontra sulcada por pequenos vales e pelo Canhão do Porto. r- ~2r r- ~9r- ~~~ ~~4~0 ~42 B,.I, I \ \ \ \ \ \ Figura 7a - Mapa de isobatas do reflector que corresponde à base da bacia de sedimentos. Profundidade em metros; espaçamento das isobatas de 10 m. 1: bordo actual da plataforma continental. c) Zona deprimida, onde se individualizam 4 depressões junto a uma elevação muito importante, designada Beiral de Viana. As depressões estão aparentemente localizadas em locais de confluência dos principais paleo-rios ao longo de um alinhamento correspondente a um acidente estruturai, como aliás a sísmica mais profunda permite confirmar; Figura 7b - I 20 Km, Compartimentação morfológica da superfície isobática. A sul do paralelo do Porto, observam-se pequenos relevos, muito dissecados, alternando com peque

7 nas bacias sem orientação bem definida. Esta disposição mais ou menos desordenada das formas morfológicas pode reflectir um tipo de ajuste diferente durante a subida relativa do nível do mar. Ao contrário do que se observa no bloco norte, onde existe uma «tectónica em teclas de piano» (Teixeira, 1944), este não tem falhas transversais (ao desenvolvimento da plataforma) tão bem definidas, que facilitem ajustes rápidos aos movimentos eustáticos. Provavelmente, neste bloco sul, a evolução recente da plataforma foi caracterizada por fenómenos mais complexos de ajuste, condicionados por movimentação essencialmente ao nível de fracturas longitudinais (relacionadas com o Fosso do Pontal da Galega?). Neste bloco podem diferenciar-se 3 zonas: a) Zona junto à costa, até profundidades da ordem dos 60 m, com uma morfologia em geral monótona e suave; b) Zona intermédia, estreita (cerca de 10 Km) pela presença de áreas depressionadas. c) Zona externa, onde se definem algumas elevações (altos estruturais?). Da análise cuidadosa dos perfis de reflexão sísmica é possível reconhecer alguns acidentes morfológicos (rupturas de pendor, arribas e terraços litorais) na superfície de base da bacia dos sedimentos (fig. 8), interpretáveis como associados a paleo-litorais. Aparentemente, existem traços morfológicos alinhados, e as profundidades a que ocorrem parecem apresentar tendência para dirninuirem ligeiramente de Norte para Sul. Tal tendência pode ser espúria, ou pode traduzir um movimento de basculamento eventualmente induzido pela interacção dos fenómenos de compensação isostática (tendentes a corrigir os desiquilíbrios provocados pela subida do nível eustático) com o estilo tectónico desta plataforma continental. Nalguns casos estes acidentes estão ainda impressos no modelado actual, embora se apresentem em geral, ligeiramente deslocados para ocidente. Este facto parece ser devido à acumulação sedimentar recente que tende a colmatar e fossilizar aqueles traços morfológicos. A acumulação sedimentar também é responsável pelas diferenças de amplitude dos traços morfológicos que se observam na superfície bati métrica actual e na superfície isobática. no mapa de isobatas), e em zonas aparentemente abrigadas de fortes correntes, junto a grandes relevos. De uma forma geral, as maiores espessuras de sedimentos recentes localizam-se numa faixa com orientação aproximada NNW - SSE que inflecte à latitude de Espinho para uma direcção NNE-SSW, estabelecendo-se, grosso modo, sub-paralelamente ao litoral actual. Junto ao litoral, a acumulação sedimentar é geralmente nula (inferior à discriminação do equipamento de reflexão sísmica utilizado) entre a foz do rio Minho e a do Cávado. Daí para Sul registam-se acumulações significativas, correspondentes, muito provavelmente, às areias litorais actuais e sub-actuais. Este facto está certamente relacionado com os afloramentos de rochas polimetamórficas hercínicas da plataforma interna minhota, e com a dinâmica turbulenta e as acelerações das correntes junto ao fundo induzidas pela forte irregularidade batimétrica. As pequenas bacias que se identificaram ao largo do Porto, alinhadas segundo a direcção SSE-NNW e inflectindo r--t~~' ~ro~' ~9ro ~ ~~ ~42' 2 ---' /--- =~ Mapa de isopacas A formação recente tem espessura variável. O mapa de isopacas respectivo está representado na fig. 9. As maiores acumulações de sedimentos recentes (mais de 10 mseg - t.s.) estão localizadas junto ao litoral actual, a sul do rio Cávado, em pequenas zonas no interior da plataforma relacionadas com a existência de bacias (zonas deprimidas, visíveis Figura 8 - Elementos morfológicos da superfície da base da bacia de sedimentos recentes. 1: rupturas de pendor; 2: terraços litorais; 3: arribas; 4: bordo actual da plataforma continental. 30' 45

8 para o Canhão do Porto levam a supôr a existência de um canal bastante importante com essa direcção que canalizaria os sedimentos da plataforma continental para as grandes profundidades, através do aludido canhão. Na plataforma média a norte do rio Cávado individualiza-se uma grande área de espessura de sedimentos mais ou menos constante (entre os 10 e 15 mseg t.s.), a qual está possivelmente relacionada com a deposição da carga sólida da rede hidrográfica nortenha numa grande bacia sedimentar abrigada, a ocidente, pelo Beiral de Viana..--..,. 40:... 20' ----":9 _--;- """"""?"4~0:- _..., 42' r, ",.' /' Figura 9 - Mapa de isopacas dajof7lulção sedimentar recente. Espaçamento das linhas: 5 mseg (t.s.). 1: bordo actual da platajof7lul continental. Na plataforma externa entre o Porto e Aveiro individualiza-se uma grande área em que, de um modo geral, não se identificou acumulação significativa de sedimentos recentes, e em que se não conseguiram detectar traços geomorfológicos interpretáveis como paleo-formas litorais. Tal poderá estar relecionado com actividade holocénica ao nível do «graben» de Aveiro e do Fosso do Pontal da Galega (Ribeiro et al., 1988), que teria provocado ligeiro levantamento do bloco oeste, facilitando a exumação e destruição das paleo-formas litorais nessa região. A presença de vá- rias elevações (com origem estrutural?) no mapa de isóbatas, nesta região, parece enquadrar-se na explicação expendida. 7. EVOLUÇÃO DA PLATAFORMA CONTINENTAL PORTUGUESA NOS ÚLTIMOS ANOS Os elementos apresentados, conjugados com os dados apresentados por outros autores, nomeadamente Musellec (1974), Ruddiman & Mclntyre (1981) e Dias (1987), permitem pormenorizar um pouco mais a evolução pós-glaciária da área estudada. Com base no faseamento que Ruddiman & Mclntyre (1981) apresentam para o Tardi-glaciário e para o Holocénico, a evolução da plataforma continental norte -portuguesa ter-se-ia caracterizado do seguinte modo: Fase I a anos A.P. Quando a frente polar se encontrava a latitudes mais baixas, da ordem dos N, durante o Máximo Glaciário, as áreas das bacias hidrográficas eram bastante mais extensas que actualmente e a competência dos rios muito maior; a linha de costa estaria, na plataforma continental norte-portuguesa, abaixo dos 120 m de profundidade (Dias, 1987). A área estudada era banhada por uma corrente de água muito fria, vinda de norte, com temperaturas inferiores a 4 C no Inverno (Thiede, 1977). Segundo Daveau (1980), as estações chuvosas eram muito mais longas, o que, associado às outras características climáticas (e.g. nebulosidade, ventos muito intensos) da faixa atlântica, induziria um tipo de erosão mais intenso, cujos produtos iriam aumentar a carga sólida dos rios. Com base nos dados de reflexão sísmica ligeira foi possível inferir, a partir dos traços morfológicos visíveis na base da formação estudada, uma rede de canais e vales que constituiriam, durante a Fase I (assumindo que desde então a taxa de erosão foi mínima), o sistema de drenagem do material erodido na zona emersa, quando o nível do mar estava à cota entre -130 e -140 m. Os vales que actualmente constituem as zonas terminais dos rios, constituiam, naquela altura, troços juvenis apresentando frequentemente um traçado muito abrupto, por onde transitavam grandes quantidades de sedimentos heterométricos. A fig. 10 representa o possível traçado das redes de drenagem. Podem individualizar-se três sistemas hidrográficos, de direcção aproximada E-W e SSE-NNW; a existência de grandes troços da rede com um traçado subparalelo à linha de costa e com escoamento de sul para norte, leva a suspeitar que este traçado é, em grande parte, controlado por acidentes estruturais. As redes de drenagem apresentam padrões diferentes, conforme se situam a norte ou a sul do rio Vouga. De um modo geral, a norte, os rios desenham um~ rede de d~enagem muito alongada, pouco ramificada com ângulos de confluência muito agudos, de direcção E-W. Os paleorios Leça; A ve, Cávado e seus afluentes fazem parte desta rede, cons- 46

9 tituindo todos eles, tal como o rio Lima, Âncora e Minho, afluentes de um grande rio, de direcção SSE-NNW, que denominámos Rio Beiralis; os ângulos de confluência de todos estes rios com o Beiralis são maiores do que os situados a menores profundidades, grosso modo rectos, o que, juntamente com o seu traçado muito rectilíneo junto do Beiral de Viana leva a concluir que o seu leito aproveitou uma zona de fraqueza estrutural, constituida pela falha que limita aquele relevo do lado oriental. 5 // Figura 10 - Possível configuração da linha de costa há 16 (}()() anos. quando o nível do mar estava à profundidade actual de m. 1: litoral arenoso; 2: litoral escarpado; 3: linha de água; 4: linha de costa actual; 5: bordo actual da platafonnll continental. Quando o litoral se situava entre as cotas de -130 e -140 m, aquele grande rio e os paleo-rios Lima, Âncora e Minho desaguariam num golfo muito estreito protegido a ocidente, pelo Beiral de Viana. A falha atrás referida parece continuar para sul do rio Douro, controlando, em parte, a configuração da segunda rede de drenagem, uma vez que o rio Antuã (a norte do rio Vouga) apresenta um traçado que leva a supor que parte do seu trajecto acompanha aquele acidente. Esta bacia hidrográfica desagua no Canhão Submarino do Porto. Uma terceira rede de drenagem pode ser definida a sul, na qual se inclui o paleo-vouga. Mais ramificada que as anteriores, apresenta ângulos de confluência mais agudos e atravessa toda a extensão da plataforma até ao Canhão Submarino de Aveiro. O traçado do bordo da plataforma era muito irregular, controlado pelos Canhões Submarinos de Aveiro e do Porto, pelo afloramento das rochas calcárias do Beiral de Viana, e pelas desembocaduras dos rios. Na parte norte, a costa era, em grande parte, abrupta, sendo o litoral constituido por zonas extensas de arribas, apenas interrompidas pelos vales cavados dos rios. Entre os Canhões Submarinos do Porto e de Aveiro, o litoral era menos acidentado, constituindo, provavelmente local de deposição litoral. Tal facto é suportado pela individualização, nos perfis de reflexão sísmica e na superfície isobática, de duas bacias, posteriormente colmatadas por sedimentos. As bacias que se observam a norte, na superfície isobática, também se teriam desenvolvido durante o Máximo Glaciário, situando-se em locais em que desaguavam rios com caudais elevados na bacia sedimentar protegida pelo Beiral de Viana. Fase D - de a anos A.P. Há cerca de anos, iniciou-se a fusão dos gelos das calotes glaciárias e grandes quantidades de água líquida são introduzidas nos oceanos. Na plataforma continental portuguesa o nível relativo do mar ter-se-ia elevado até à cota actual -100 m (fig. 11), permitindo a evolução das várias formas de relevo que se observam entre os -100 e -110m (fig. 8). A linha de costa apresenta maior regularidade do que na fase anterior, salientando-se uma pequena ilha, a sul, limitada por arribas e o Beiral de Viana, agora parcialmente coberto por água, mas igualmente definido por uma costa rochosa; a norte do rio Lima, a proximidade do afloramento do soco hercínico origina também arribas, bem visíveis nos perfis de reflexão sísmica. O restante litoral tem uma morfologia mais suave, sendo local de deposição e transição dos sedimentos transportados pelos rios; a ondulação dominante era provavelmente de W, induzindo facilmente transporte para norte ou para sul (Dias, 1987). O Rio Beiralis, que corria ao longo da falha do Beiral de Viana, está quase totalmente imerso, tendo-se transformado num golfo protegido por aquele grande relevo, que vai sendo progressivamente invadido pelo mar. Constitui, assim, local previlegiado de deposição de materiais transportados pelos rios A ve, Cávado, Lima e Áncora. A maior parte do material detrítico transportado, pelos restantes rios deposita-se na actual plataforma externa e vertente continental, e transita para as profundidades abissais através dos Canhões Submarinos do Porto e de Aveiro. Fase DI a anos A.P. Neste período ocorreram grandes variações nas condições paleo-ambientais do Atlântico Norte, ao mesmo tempo que a posição da frente polar sofreu grandes variações. 47

10 4()' 20' -60 m). Esta descida do nível médio das águas parece ter tido origem eustática, juntamente com a influência da forte sedimentação litoral e da compensação isostática (Dias, 1987). Os terraços situados à cota -40 m, na morfologia actual da plataforma continental, correspondem, possivelmente, ao nível marinho mais elevado, e os situados aos 60 m, ao nível mais baixo. Na fig. 12 está marcado o presumível traçado da linha de costa quando o nível do mar atingiu (e se manteve), durante um período de cerca de anos) à cota de -60 m. De uma maneira geral, a costa escarpada, com extensas arribas, está situada a norte do Rio Ave, possivelmente relacionada com o afloramento do soco hercínicoo A sul daquele rio não se identificaram arribas, sendo o traçado da costa afectado apenas pelos vales dos rios.,, 20' 9 5, Figura 11 - Possível co'"liguração da linha de costa há anos, quando o nível do mar estava ii profundidade actual de 100m. 1: litoral arenoso; 2: litoral escarpado; 3: linha de água; 4: linha de costa actual; 5: bordo actual da plataforma continental. Fase III a a anos A.P. Segundo Dias (1987), na plataforma continental portuguesa o nível do mar subiu muito rapidamente, até aos -40 m. Os estuários dos rios tornaram-se local de deposição de grande quantidade de sedimentos, transportados pelas redes de drenagem continental e pela deriva litoral; há um intenso assoreamento e a plataforma continental torna-se num meio de sedimentação autóctone (Dias, 1987). No final deste período, os sistemas estuarinos estariam bastante assoreados, tendo-se aí desenvolvido sistemas pantanosos e lagunares, atravessados por canais que transportam preferencialmente as fracções mais finas dos sedimentos. Fase III b a anos A.P. Como consequência do arrefecimento generalizado ocorrido há anos, a frente polar voltou a descer em latitude e, na plataforma continental portuguesa, o nível do mar desceu cerca de 20 m ( de -40 m atingiu neste período, os Figura 12 - Possível configuração da linha de costa há anos, quando o nível do mar estava à profundidade actual de 60 m. 1: litoral arenoso; 2: litoral escarpado; 3: linha de água; 4: linha de costa actual; 5: bordo actual da plataforma continental. Em termos de dinâmica sedimentar, tal como é normal quando se verifica um abaixamento do nível médio do mar, os rios aumentam a sua competência. Os depósitos que se haviam formado nos sistemas estuarinos, quando o nível do 48

11 mar estava aos -40 m são erodidos e o material arrastado para a plataforma. A sedimentação toma-se alóctone (Dias, 1987) ou seja, o material detrítico mais grosseiro (areias e cascalho) é transportado preferencialmente em deriva litoral, enquanto que o material em suspensão é redistribuido pela plataforma continental. Fase III c - de a anos A.P. Há cerca de anos, dá-se uma subida muito rápida do nível médio do mar, com origem num aquecimento climático generalizado; o nível médio do mar subiu muito rapidamente chegando provavelmente a atingir taxas de subida superiores a 2 cm/ano (Dias, 1987), tendo-se elevado cerca de 40 m em cerca de anos. Esta subida do nível médio do mar aparentemente não deixou vestígios na morfologia da plataforma continental; pensa-se que tenha sido fortemente influenciado por ajustamentos isostáticos compensatórios das variações eustáticas relativamente bruscas (Dias, 1987). A plataforma continental norte-portuguesa respondeu de forma diferente a este movimento, conforme se considerar os compartimentos a norte ou a sul do Canhão Submarino do Porto. A norte, a estrutura caracterizada por sistemas de falhas transversais à plataforma permitiu uma resposta e um ajustamento rápido ao movimento. Algumas anomalias de profundidade, de depósitos e de acidentes morfológicos podem ser explicados por este facto. A sul do Canhão Submarino do Porto e até ao Canhão Submarino de A veiro, a plataforma continental não é tão afectada por acidentes transversais, reagindo, aparentemente, como um único bloco, pelo que o equilíbrio isostático se teria estabelecido de uma forma mais lenta e progressiva. Fase IV - de a anos A.P. Este período corresponde a uma fase de pequenos ajustamentos da frente polar, tendo o nível médio do mar sofrido uma pequena subida. Não se encontraram vestígios na morfologia da plataforma continental portuguesa. Fase V - de anos A.P. à actualidade Na plataforma continental portuguesa o nível do mar atingiu a cota actual entre os e os anos B. P. (Dias, 19E7), dando-se então um período de estabilização; o litoral entrou progressivamente em equilíbrio, havendo um assoreamento das zonas estuarinas e o crescimento de restingas arenosas, ganhando o litoral, pouco a pouco, a configuração que apresenta actualmente. As pequenas oscilações climáticas históricas certamente que se repercutiram nos sedimentos da plataforma continental. Todavia, os métodos utilizados não são suficientemente discriminantes para identificar estes sinais. Progressivamente, em virtude da estabilização do nível relativo do mar e da crescente influência, cada vez mais marcante, das actividades antrópicas, com elevado potencial sedimentogenético, o litoral foi sujeito a uma rectificação intensa, verificando-se o isolamento do mar das lagoas estuarinas portuguesas, a forte erosão dos pontos mais salientes e a ligação a terra de pequenas ilhas existentes próximo do litoral. Este comportamento fortemente regressivo do litoral foi subitamente interrompido na transição do séc. XIX para o séc. XX, quando o nível tecnológico humano se revelou capaz de intervir em grande escala, modificando as características ambientais. O incremento do efeito de estufa (e consequente subida do nível relativo do mar, que apresenta actualmente tendência para acelerar), a construção de grandes barragens e de portos com grandes molhes de protecção, as explorações de inertes fluviais e nas zonas vestibulares dos rios, as dragagens intensivas nas zonas portuárias e respectivos canais de acesso, entre outras acções, induzem presentemente no litoral um comportamento fortemente transgressivo. Indícios vários apontam para o facto dos estuários actuais funcionarem mais como zonas colectoras de sedimentos do que como exportadores de materiais arenosos para a plataforma. Tal comportamento seguramente que tem consequências marcantes na sedimentologia da plataforma continental, cuja sedimentação, no que respeita a partículas da classe dimensional das areias é por certo, na actualidade, fortemente autóctone. 49

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