Riscos Costeiros. Identificação e Prevenção. Óscar Ferreira (com a colaboração de muitos)
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- Geraldo Van Der Vinne Ximenes
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1 Riscos Costeiros Identificação e Prevenção Óscar Ferreira (com a colaboração de muitos)
2 Síntese I) Riscos costeiros em costas arenosas II) Riscos costeiros em costas rochosas III) Riscos costeiros associados a barras de maré IV) Riscos costeiros em zonas estuarinas e lagunares V) Tsunamis
3 I) Riscos costeiros em costas arenosas 1) Erosão Costeira O que causa a erosão costeira? a) Falta de sedimentos (barragens + exploração de areias) b) Subida do nível médio do mar (aquecimento global ou acções locais) c) Acções antrópicas (obras costeiras molhes, paredões, esporões, etc.) Necessidade de remoção de sedimento das dunas ou arribas
4 I) Riscos costeiros em costas arenosas 1) Erosão Costeira Consequências da erosão costeira: a) Recuo da linha de costa b) Perda de território e de propriedade c) Redução da protecção promovida pelas dunas d) Danos em edifícios e infrastruturas Necessidade de gestão costeira
5 I) Riscos costeiros em costas arenosas 2) Acção de tempestades Induzem erosão costeira pontual (não-permanente) Podem induzir recuo permanente da linha de costa em locais com falta sedimentar Destruição e perda de propriedade
6 I) Riscos costeiros em costas arenosas 3) Galgamento oceânico Quando ocorre? Quando o espraio da onda passa a linha da crista dunar ou a crista de uma ilha barreira Depende da morfologia, batimetria, acaracterísticas da onda e elevação do mar (maré + sobreelevação) O que causa? Induz erosão e acumulação simultaneamente Importantes alterações na costa em curto período Pode provocar inundação de áreas economicamente importantes Pode levar à abertura de barras de maré
7 I) Riscos costeiros em costas arenosas Métodos de prevenção (cartografia de riscos) Devem integrar: Análise da evolução da linha de costa (fotografia aérea) Subida do nível médio do mar Galgamentos oceânicos Acção de tempestades com período de retorno elevado Devem produzir: Cartografia de vulnerabilidade e risco Identificação de áreas sujeitas a risco e o período de retorno associado Definição de linhas de não-ocupação
8 I) Riscos costeiros em costas arenosas Exemplo de aplicação Península do Ancão, Algarve, Portugal Praia com comportamento intermédio a reflectivo Largura da ilha barreira: m Altura da duna: 6-8 m acima do NMM Energia Moderada Deriva litoral dirigida para Este
9 I) Riscos costeiros em costas arenosas Exemplo de aplicação Península do Ancão, Algarve, Portugal Variações da linha de costa: - Georeferenciação de fotografias aéreas de 1988 e transectos separados 250 m - Identificação do contacto praia/duna vegetada e comparação da evolução - Determinação do recuo da linha de costa = 0.8m/ano (de m/ano a -1.4 m/ano) - Determinação da linha potencial de localização da linha de costa em 50 anos S 50 = 40m para o interior (em média) (varia de 0 a mais de 60m dependendo do transecto usado)
10 I) Riscos costeiros em costas arenosas Exemplo de aplicação Península do Ancão, Algarve, Portugal Incorporação da aceleração da subida do nível médio do mar: -Identificação da subida esperada e cálculo do aumento de recuo da linha de costa associado a essa subida (Regra de Brunn). - Determinação da nova linha potencial de localização da linha de costa em 50 anos (S 50c )
11 I) Riscos costeiros em costas arenosas Exemplo de aplicação Península do Ancão, Algarve, Portugal Incorporação da erosão pontual associada a uma tempestade com período de retorno elevado: -Cálculo (modelos de previsão) da erosão e do recuo induzido por uma tempestade com dado período de retorno - Determinação da linha de costa a ser potencialmente atingida pelo mar em 50 anos incorporando a acção de uma tempestade extrema (S 50s ) R D B W S' MSL
12 I) Riscos costeiros em costas arenosas Exemplo de aplicação Península do Ancão, Algarve, Portugal
13 II) Riscos costeiros em costas rochosas Introdução Pequenas eventos com elevada frequência + Grandes eventos com baixa frequência Tempestades + Pluviosidade intensa + Controle estrutural/geológico Difícil previsão de taxas de recuo ou de eventos específicos devido à complexidade do processo e sua nãouniformidade Métodos usados para costas arenosas não são adequados Aproximação estatística ou aproximação multi-paramétrica semi-quantitativa Fonte: CCDR Algarve
14 II) Riscos costeiros em costas rochosas Cartografia por método semi-quantitativo Baseado na poderação de factores: - Tipo litológico - Exposição à agitação - Presença/ausência de praia - Presença/ausência de plataforma de abrasão Determina áreas de vulnerabilidade (Baixa a Muito Elevada) Aplicação: Galé Olhos de Água
15 III) Riscos Costeiros associados a Barras de Maré Barras de Maré (Inlets) podem migrar de posição, fechar ou abrir noutro local, causando reajustes costeiros importantes em curto período. A Inlet Hazard Area (Área de Risco associado a Barras de Maré) abrange a zona costeira próxima das barras de maré, onde pode existir variação súbita e importante da linha de costa. Cartografia Mapas de vulnerabilidade incluem: áreas de abertura de barras de maré; potenciais galgamentos oceânicos e recuo da linha de costa associado a barras de maré.
16 III) Riscos Costeiros associados a Barras de Maré Aplicação à Ria Formosa
17 IV) Riscos Costeiros em Zonas Estuarinas e Lagunares (inundação costeira) As zonas lagunares e estuarinas estão sujeitas a inundação, sobretudo por acção de sobreelevação meteorológica storm surge (horas a dias). Sobreelevação meteorológica inundação rápida de áreas baixas (ex. New Orleans - Katrina), aumento das áreas galgáveis
18 IV) Riscos Costeiros em Zonas Estuarinas e Lagunares Cartografia de inundação costeira (induzida por tempestades) Exemplo de aplicação: Valdelagrana, Cádiz, Espanha; Benavente et al (2006)
19 IV) Riscos Costeiros em Zonas Estuarinas e Lagunares Vulnerabilidade costeira (induzida por subida do nível médio do mar) Aplicação a Portugal por tipos morfológicos
20 IV) Riscos Costeiros em Zonas Estuarinas e Lagunares Vulnerabilidade costeira (induzida por subida do nível médio do mar) Risco = SMART Approach (vulnerabilidade) * Ocupação Fonte: Andrade et al (2002); SIAM Project
21 V) Tsunamis (inundação costeira súbita) Tsunamis (maremotos) induzem inundação costeira súbita, bem como variações rápidas e importantes na linha de costa e morfologias costeiras. NOTA: Carácter excepcional de ocorrência; dificuldade em definir áreas de inundação e alterações morfológicas, específicas de cada tsunami e área afectada.
22 V) Tsunamis (inundação costeira súbita) Cartografia Aplicação ao SW Algarvio Cenários de elevação
23 Comentários finais Dificuldades Diferentes tipos de riscos costeiros relacionados com erosão costeira Diferentes aproximações dependendo do tipo de costa e do risco associado Por vezes a aproximação é específica para cada local ou adaptada à área de estudo Dificuldade na implementação de métodos universais Melhorias futuras Desenvolvimento de métodos integrados com uso generalizado Melhoria na qualidade dos dados (parâmetros de tempestades, DEM modelos digitais de elevação, taxas de evolução da linha de costa, etc) e formulações (modelos, impactos de tempestades, etc.) permitirão a melhoria da qualidade dos mapas de vulnerabilidade e risco Necessidade de reformulação dos mapas a cada x anos (10?), devido às melhorias expressas acima, variações no comportamento da evolução costeira, acções antrópicas, etc. Necessidade de teste efectivo dos mapas de vulnerabilidade (raramente testados ou comparados)
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