RICARDO S. PEREIRA DIREITO PENAL TEORIA, LEGISLAÇÕES 123 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS GABARITADAS. 1ª Edição SET 2013

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1 RICARDO S. PEREIRA DIREITO PENAL TEORIA, LEGISLAÇÕES 123 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS GABARITADAS Teoria, Legislações e Seleção das Questões: Prof. Ricardo S. Pereira Organização e Diagramação: Mariane dos Reis 1ª Edição SET 2013 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 Lei dos Direitos Autorais). contato@apostilasvirtual.com.br apostilasvirtual@hotmail.com

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3 SUMÁRIO TÓPICOS PEDIDOS NO EDITAL: 1. Infração penal: conceito e distinção entre crime e contravenção e entre crime e ilícito civil. 2. Sujeitos e objeto do crime. 3. Tipicidade, Antijuridicidade e culpabilidade. 4. Excludentes de antijuridicidade e culpabilidade. 5. Extinção da punibilidade (Causas extintivas de punibilidade). 6. Das penas: cominação, aplicação e execução. 7. Legislação Especial: Decreto-Lei 3.688/41 (Contravenções Penais); Lei 4.898/65 (Abuso de Autoridade); Lei /2006 (Lei de Drogas). TÓPICOS ORGANIZADOS PELO PROFESSOR PARA FACILITAR O APRENDIZADO. 1. CONTAGEM DO PRAZO E O DESPREZO DAS FRAÇÕES Questões de Provas de Concursos CONFLITOS APARENTES DE NORMAS Questão de Prova de Concurso TEORIA DO CRIME Questões de Provas de Concursos DOLO E CULPA Questões de Provas de Concursos DOS CRIMES QUALIFICADOS PELO RESULTADO Questões de Provas de Concursos CRIME CONSUMADO E TENTADO Questões de Provas de Concursos DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO EFICAZ, ARREPENDIMENTO POSTERIOR E CRIME IMPOSSÍVEL Questões de Provas de Concursos ERRO DE TIPO E DE PROIBIÇÃO Questões de Provas de Concursos EXCLUDENTES DE ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) Questões de Provas de Concursos EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (CAUSAS EXTINTIVAS DE PUNIBILIDADE) Questões de Provas de Concursos DAS PENAS: cominação, aplicação e execução Questões de Provas de Concursos LEGISLAÇÃO ESPECIAL: Decreto-Lei 3.688/41 (Contravenções Penais)...38 Questões de Provas de Concursos Lei 4.898/65 (Abuso de Autoridade)...49 Questões de Provas de Concursos Lei /2006 (Lei de Drogas)...54 Questões de Provas de Concursos GABARITOS... 71

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5 DIREITO PENAL 1 CONTAGEM DO PRAZO E O DESPREZO DAS FRAÇÕES CÓDIGO PENAL Contagem de Prazo Art O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. * Redação dada pela Lei nº 7.209, de Frações não computáveis da Pena Art Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. * Redação dada pela Lei nº 7.209, de COMENTÁRIOS Prazos penais são fatais, não se prorrogam não se respeitam sábados domingos nem feriados. E o primeiro dia entra no cômputo do prazo. Ex; prisão temporária de 5 dias, sendo que foi efetuada às 20:00h do dia primeiro dia do mês, terá que ser libertado até o dia 05. Em síntese conta-se o dia inicial e desconta-se o dia do final, uma pessoa que foi preso dia 20 e a duração seria um mês deveria ser posta em liberdade dia 19, e assim sucessivamente. A conta é efetuada pelo calendário comum. Ex: pena de 4 meses, que teve início de cumprimento em 10/05, conta-se assim: QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 1. [Anal. Jud.-(Ár. Jud.)-(Esp. Exec. Mand.)-(CES02)-(T1)- TRF-2ªREG/2012-FCC].(Q.41) Lucius foi condenado, pelo mesmo crime, no Brasil, à pena de três anos de reclusão e, no estrangeiro, à pena de um ano de reclusão. Cumpriu integralmente a pena imposta no outro país. Nesse caso, a pena imposta no Brasil a) será reduzida de um terço a um sexto. b) será atenuada, a critério do juiz. c) será reduzida em metade. d) não sofrerá qualquer redução. e) será reduzida a dois anos. 2. [Anal. Jud.-(Ár. Jud.)-(CA01)-(T1)-TRE-RN/2011-FCC].(Q.53) O prazo de natureza penal fixado em um mês, iniciado no dia 13 de janeiro de 2010, quarta-feira, expirou-se no dia a) 15 de fevereiro de 2010, segunda-feira. b) 14 de fevereiro de 2010, domingo. c) 13 de fevereiro de 2010, sábado. d) 12 de fevereiro de 2010, sexta-feira. e) 11 de fevereiro de 2010, quinta-feira. 3. [Anal.-(Ár. Adm.)-MPU/2007-FCC].(Q.46) A respeito da aplicação da lei penal, no que concerne à contagem dos prazos, de acordo com o Código Penal, é correto afirmar que a) o dia do começo não se inclui no cômputo do prazo, mas inclui-se fração deste. b) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo, mas não se inclui fração deste. c) o dia do começo ou fração deste não se inclui no cômputo do prazo. d) o dia do começo ou fração deste inclui-se no cômputo do prazo. e) os prazos em meses são contados pelo número real de dias e não pelo calendário comum. 4. [Téc.-(Ár. Adm.)-MPU/2007-FCC].(Q.38) Luiz foi condenado à pena de 1 (um) ano de reclusão em outro país por crime cometido no Brasil. Após ter cumprido integralmente a pena, retornou ao território nacional e foi preso para cumprir pena de 2 (dois) anos de reclusão que lhe fora imposta, pelo mesmo fato, pela Justiça Criminal brasileira. Nesse caso, a pena cumprida no estrangeiro a) será somada à pena imposta no Brasil e o resultado dividido por dois, apurando-se o saldo a cumprir. b) não será descontada da pena imposta no Brasil, por se tratarem de condenações impostas em diferentes países. c) será considerada atenuante da pena imposta no Brasil, podendo o sentenciado cumpri-la em regime menos rigoroso. d) será descontada da pena imposta no Brasil e responderá o sentenciado pelo saldo a cumprir. e) isentará o autor do delito de cumprir qualquer pena no Brasil, por já tê-la cumprido no estrangeiro. 5. [Aud. Fiscal Trib. Munic. I-(P4)-PM-SP/2007-FCC].(Q.22) Na contagem dos prazos penais, a) inclui-se o dia do começo. b) considera-se como termo inicial a data da intimação. c) considera-se como termo inicial a data da juntada do mandado aos autos. d) considera-se como termo inicial o dia seguinte ao da intimação. e) descontam-se os feriados. 5

6 6. [Auditor de Contas Públicas-(Direito)-TCE-PB/2006- FCC].(Q.58) Com relação à aplicação da lei penal, considere as assertivas a seguir. I. No cômputo do prazo de cumprimento da pena privativa de liberdade, não se inclui o dia do começo, incluindose, porém, o do vencimento. II. Não se desprezam nas penas restritivas de direito as frações de dia. III. Desprezam-se na penas privativas de liberdade as frações de dia. Está correto o que se afirma APENAS em a) III. b) II. c) II e III. d) I e III. e) I e II. 2 CONFLITOS APARENTES DE NORMAS É a situação gerada por duas ou mais normas (tipos penais) que parecem aplicáveis ao mesmo fato, gerando dessa forma um conflito aparente de normas. Sempre haverá um critério para a aplicação de uma das normas conflitantes. Em penal sempre que houver um conflito esse conflito será aparente e nunca real. CRITÉRIOS DE ANÁLISE 1º) SUCESSIVIDADE: Significa que a lei mais recente afasta a mais antiga; lei posterior afasta lei anterior utiliza-se sempre a data como foco para a diferenciação. Exemplificando: A lei de 1976 versava sobre o tema do tráfico de drogas (entre outras condutas), todavia a lei de 2006, revogou essa lei antiga sendo ela agora responsável por tais condutas, ou seja, a lei de 2006 é sucessiva, ou seja, posterior a lei de 1976, lei posterior derroga lei anterior. 2ª) ESPECIALIDADE: Significa que a lei especial afasta a aplicação de lei geral, considerando-se especial à norma que possua condições objetivas ou subjetivas que lhe confiram maior ou menor severidade. Ex.1: homicídio art. 121 (matar alguém) do CP, Infanticídio art. 123 do CP que é matar próprio filho sob a influência do estado puerperal. Os dois são crimes contra a vida, todavia uma norma especial, o homicídio é o geral matar alguém, qualquer pessoa; enquanto que o infanticídio é especial: mãe que mata o próprio filho durante o estado puerperal, ou seja, bem específico, e neste caso o especial é mais benéfica. Ex.2: Contrabando ou descaminho art. 334 (Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria) do CP (norma geral pena de 1 a 4 anos); Tráfico ilícito de entorpecentes art. 33 da lei /2006 (substância que como o contrabando é uma substância proibida - norma especial pena de 5 a 15 anos, além de ser equiparado a hediondo) PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO Um fato pode estar previsto em uma determinada lei, e também em outra de maior amplitude, constituindo o primeiro crime meio e o segundo crime fim. Um crime é absorvido pelo outro, o disparo é absorvido pela lesão corporal que por sua vez é absorvida pelo homicídio, crime meio é absorvido pelo crime fim. Logo abaixo, cito duas situações distintas englobando o princípio da consunção, ambas de maneira exemplar definidas pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça. Vejamos as decisões: HC / PI STJ-HABEAS CORPUS. FRAUDE A VESTI- BULAR. "COLA ELETRÔNICA". ESTELIONATO. FALSIDADE IDEOLÓGICA. FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO. USO DE DOCUMENTO FALSO. FORMAÇÃO DE QUA- DRILHA. TRANCAMENTO DA AÇÃO. ATIPICIDADE E PRIN- CÍPIO DA CONSUNÇÃO. ORDEM PARCIALMENTE CON- CEDIDA. "O princípio da consunção pressupõe a existência de um nexo de dependência das condutas ilícitas, para que se verifique a possibilidade de absorção daquela menos grave pela mais danosa." (REsp nº /ES) (destaques não constam do original). Nesta outra manifestação do STJ, ele se manifesta pela impossibilidade da consunção ante a existência de delitos autônomos, ou seja, delitos que não necessariamente depende um do outro para acontecer. HC / MS STJ PENAL E PROCESSUAL PENAL. HA- BEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO.DISPARO DE ARMA DE FOGO. DOSIMETRIA. CONFISSÃO ESPON- TÂNEA PARCIAL. INCIDÊNCIA DA ATENUANTE. PRETENDI- DA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. IM- POSSIBILIDADE. DELITOS AUTÔNOMOS. CRIME CONTI- NUADO. ART. 71 DO CÓDIGO PENAL. CABIMENTO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. Não se aplica o princípio da consunção quando o delito de disparo de arma de fogo foi autônomo, não servindo de apoio à preparação ou execução dos crimes de roubo. (destaques não constam do original). 6

7 QUESTÃO DE PROVASDE CONCURSO 1. (Juiz Federal) Assinale a alternativa correta: alguém constrange outrem, mediante grave ameaça, a não fazer o que a lei permite. Nesta hipótese, ocorre, segundo a doutrina dominante: a) um conflito aparente de normas, solucionado pelo princípio da especialidade; b) um conflito aparente de normas, solucionado pelo princípio da subsidiariedade; c) um conflito aparente de normas, solucionado pelo princípio da consumação; d) um concurso formal. INFRAÇÃO PENAL 3 TEORIA DO CRIME O direito penal pátrio traz à baila, a infração penal como ponto basilar de seu estudo, tendo esta modalidade uma subdivisão: em crime e contravenção penal. CRIME é uma espécie do gênero infração penal. A infração penal é a fonte de onde nasce a modalidade crime e contravenção penal. Veja o quadro abaixo: ESTRUTURA DAS INFRAÇÕES PENAIS 18 anos ou mais (adulto) Maiores de 12 e menores de 18 (adolescente) Crime Contravenção INFRAÇÃO PENAL Ato Infracional (porém a quem discorde, dizendo que não se trata de infração penal) SANÇÃO PENAL Pena Medida de Segurança Medida Sócio Educativa Menores de 12(criança) Nada Nada CONCEITO DE CONTRAVENÇÃO PENAL: Não existe uma característica primordial, que a eleve a algo inovador e diferenciado no nosso ordenamento, pois é similar ao seu co-irmão crime. DIFERENÇA ENTRE CRIME E CONTRAVENÇÃO PENAL Os crimes sujeitam seus autores a penas de reclusão e detenção, enquanto que as contravenções penais, no máximo implicam em prisão simples. Além disso, os crimes cominam-se penas privativas de liberdade, isolada, alternativa ou cumulativamente com multa, enquanto, para as contravenções penais, admite-se a possibilidade de fixação unicamente de multa. 1 CRIME CONTRAVENÇÃO AÇÃO PENAL Pública ou privada (art. 100, CP) Pública incondicionada (art. 17, LCP) COMPETÊNCIA Justiça Estadual ou Federal Só Justiça Estadual, exceto se réu tem foro por prerrogativa de função na Justiça Federal TENTATIVA É punível (art. 14, parágrafo único, CP) Não é punível (art. 4º, LCP) EXTRATERRITORIALIDADE Possível (art. 7º, CP) Lei brasileira não alcança contravenções ocorridas no exterior (art. 2º, LCP) PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE Reclusão ou detenção (art. 33, CP) Prisão simples (art. 6º, LCP) LIMITE TEMPORAL DA PENA 30 anos (art. 75, CP) 5 anos (art. 10, LCP) SURSIS 2 a 4 anos (art. 77, CP) 1 a 3 anos (art. 11, LCP) Entretanto, no que diz respeito à competência das contravenções penais, é importante ressaltar que a mesma pertence aos Juizados Especiais Criminais, nos termos dos arts. 60 e 61, da Lei 9.099/95, conforme a seguir: Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. 1 Nucci, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado, 3ª ed. RT pg

8 ( ) Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (grifo nosso) Todavia, mesmo diante das diferenças acima expostas, há muito mais semelhanças do que diferenças entre crime e contravenção penal, haja vista esta também constituir um fato típico e antijurídico, porém de menor potencial lesivo para a sociedade. Um crime-anão, na concepção formulada pelo consagrado Nelson Hungria. Assim, segundo Greco, o critério de rotulação de uma conduta como contravencional ou criminosa é essencialmente político. O que hoje é considerado crime, amanhã poderá ser uma contravenção, ou vice-versa. Como exemplo, o autor nos traz a criminalização da contravenção penal de porte de arma, consumada no art. 10, da Lei 9.437, de 20 de fevereiro de CONCEITO DE CRIME Pontos de vista conflitante, causalistas e finalistas. Conceito de crime (três aspectos): Material: é a conduta lesiva a um bem jurídico protegido que merece uma pena (concepção da sociedade sobre crime); Formal: é a conduta lesiva a um bem jurídico tutelado sob ameaças de pena devidamente prevista em lei: (concepção do legislador, lei a respeito do crime); Analítico: É a visão formal do crime decomposta em elementos, posição dos doutrinadores e estudiosos do direito (ponto de grande polêmica no direito penal) CONDUTA O crime por si só está intimamente ligado a questão da conduta (omissiva deixar de fazer; ou comissiva de fazer algo). Quanto à conduta temos duas grandes teorias: teoria finalista e causalista. Causalista: crime é movimento do corpo. Para todo causalista o crime tem 3 elementos: (crime = fato típico + antijurídico + culpável). Doutrina importante para o desenvolvimento do direito todavia, já não é mais aplicada. Finalismo: crime é movimento do corpo com uma finalidade. Esta, divide-se em duas correntes: a) bipartida: crime tem 2 elementos: (crime = fato típico + antijurídico); e a b) tripartida crime tem 3 elementos: (crime = fato típico + antijurídico + culpável). O Brasil adota o finalismo. Então, são três as teorias: Tripartida causalista: 3 elementos: (crime = fato típico + antijurídico + culpável). O Brasil não adota o causalismo. Tripartida finalista: 3 elementos: crime = fato típico + antijurídico + culpável) Bipartida finalista: 2 elementos: (crime= fato típico + antijurídico) 1ª) Nelson Hungria, Frederico Marques, Magalhães Noronha, Aníbal Bruno, Paulo José da Costa (Causalistas, entre os causalistas, só existiam a tese tripartida 3 elementos); 2ª) Heleno Fragoso, Luis Regis Prado; Cezar Bitencourt, Guilherme de Souza Nucci (finalistas tripartida); 3ª) René Ariel Dotti; Damásio de Jesus; Júlio Fabbrini Mirabete, Celso Delmanto, Flávio Augusto Monteiro de Barros (finalistas bipartida); Como já foi comentado que o Brasil adota a teoria finalista da conduta, a primeira corrente causalista tripartida, encontra-se prejudicada. Restando apenas e tão somente o finalismo, que ressalto é adotado pelo Brasil, porém o ponto de maior debate em todo o direito penal está à cerca, de se definir o crime como tendo dois ou três elementos, ou seja, escolher entre o finalismo bipartido ou tripartido. Os elementos de cada uma das teorias em questão estão elencados abaixo: FINALISTA Bipartida (fato típico e antijurídico) 1) Culpabilidade é pressuposto de aplicação de pena. Culpabilidade se volta exclusivamente ao autor, a quem se destina à pena. 2) Expressões do CP demonstram a teoria bipartida: isento de pena (excludente de culpabilidade) e não há crime (excludente de ilicitude); 3) Expressões nos tipos penais. Ex: art. 180, 4º do CP; 4) Medida de segurança pune-se o autor do crime; FINALISTA Tripartida (fato típico, antijurídico e culpável) Finalista. 1) Culpabilidade é elemento do crime e volta-se do fato e seus autos. 2) Fato típico e antijurídico (injusto não faça, é proibido ). Crime: injusto, culpável. 3) Medida de segurança e sanção para não criminosos. Por uma questão histórica coloco os motivos do causalismo tripartido, porém reitero que não é mais aplicado, é estudado para efeitos históricos. CASUALISTA Tripartida (fato típico, antijurídico e culpável) Causalista. 1) Culpabilidade é elemento do crime por conter dolo ou culpa. 2) Crime: dois prismas. Objetivo: fato típico e antijurídico; Subjetivo: culpável; 3) Expressões não provam nada. 8

9 TIPO TIPO É MODELO LEGAL DE CONDUTA Proibidor tipos incriminadores. Ex: matar alguém (é crime, aí reside a proibição) Permitidos tipos permissivos (excludentes de ilicitude). Ex: matar alguém em legitima defesa (neste caso há uma permissão de matar); Obrigatórios tipos devidos (omissão penalmente relevante). Ex: você é obrigado a prestar socorro sob pena de cometer um crime de omissão de socorro. O TIPO TRÊS FUNÇÕES Garantia: o destinatário da norma terá noção previa daquilo que ele pode ou não pode fazer; Delimitação do ilícito penal e civil: fronteira do que é ilícito penal e civil; Fundamento à ilicitude: gerar a possibilidade de punir. TIPICIDADE É a adequação do fato ao modelo legal de conduta. Toda vez que em fato acontece no mundo concreto, tenta adequar à previsão legal. Tem a seguinte estrutura: Veja o exemplo abaixo firmado: Os elementos do tipo penal são 4: Conduta que gera um resultado, e um nexo de causalidade que liga essa conduta ao resultado e a tipicidade CONDUTA A conduta é um elemento indispensável para o direito penal, começando pela teoria do crime, quando acima elencamos que o crime pode pertencer a teoria causalista ou finalista, a diferenciação entre ambas as teorias versam sob um profundo debate do tema conduta. A conduta pode ser de duas formas, vejamos: 1. Conduta comissiva: é aquela em que o agente age, exemplificando: ele usa arma para retirar pertences de uma vítima roubo, ele usa arma e dispara contra alguém ceifando-lhe a vida homicídio. Em síntese o agente fez algo. 2. Conduta omissiva: é quando o autor não faz nada, pelo contrário ele deixa de fazer, num acidente de carro terceira pessoa deixa de prestar socorro, não foi ela que atropelou, não está diretamente envolvida, mesmo assim comete crime de omissão de socorro. Relevância da omissão Art. 13, 2º, - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. RESULTADO * 2º e alíneas "a" a "c", incluídos pela Lei nº 7.209, de O resultado é o produto decorrente da conduta, se o autor dispara contra terceira pessoa, esse ato de disparar é a conduta, caso provoque lesão responderá por esta, se provocar morte o crime será outro, a conduta disparar pode ser a mesma, com resultados diferentes. NEXO DE CAUSALIDADE É o liame, a ligação entre a conduta do agente e o resultado decorrente desta, se não vejamos, alguém dispara contra terceira pessoa que não morre do tiro, mas em decorrência de um acidente com uma ambulância que transportava a vítima até um hospital, temos uma conduta o disparo, tem um resultado a morte, mas indaga-se foi esse tiro que gerou a morte? Por lógico que não. Deveria o autor do disparo responder por homicídio. Para essas indagações teremos respostas ao estudarmos o nexo de causalidade. Relação de causalidade Art O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. * Redação dada pela Lei nº 7.209, de Superveniência de causa independente 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. * Incluído pela Lei nº 7.209, de A priori temos que ter a ideia do que seja uma causa absolutamente independente e causa relativamente inde-pendente. Para diferenciar uma da outra temos que ter a seguinte perspectiva: 1. Causa absolutamente independente: mesmo que o agente não tivesse feito nada o resultado teria ocorrido. 2. Causa relativamente independente: a conduta do autor do fato contribuiu para o resultado. Ainda numa fase preambular é necessário entender o que seria pré-existência, concomitância e superveniência, traduzindo: antes, durante e depois. Tendo estas noções preliminares passemos ao estudo do nexo causal propriamente dito. Lembro que os exemplos utilizados abaixo são retirados da obra do professor Fernando Capez (in:curso de Direito Penal. Vol1. Editora Saraiva). 9

10 CAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE (não colabora para o resultado) Pré-existente: Imaginemos que A de um tiro em B que já tinha ingerido veneno, B vem a falecer, quando dos exames periciais, descobre que a causa morte foi o envenenamento, ou seja, o tiro não contribui para a morte, eis que a vítima morreria da mesma forma, como não houve contribuição direta, temos uma causa absolutamente independente, de maneira pré-existente (anterior ao disparo), e A autor deste disparo não deve responder por homicídio. Concomitante: O exemplo agora se dá da seguinte forma: X e Z um sem saber da vontade do outro sem haver ajuste de condutas, decidem matar W e se postam em locais diversos e ao verem W disparam contra ele, no mesmo segundo, ou seja, há uma concomitância de condutas. Ao proceder aos exames periciais verificou-se que a arma autora da morte foi de X, então a conduta de Z não contribui para a morte causa absolutamente independente, e como se deu no mesmo momento concomitante, então Z não deve responder por homicídio. Superveniente: R ministra veneno a vítima, B logo após sem ajuste de condutas com R da um disparo na vítima que morre em decorrência deste tiro. A conduta de R não contribui para a morte, causa absolutamente independente, e como a causa morte é posterior, falamos em superveniência. CAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE (colabora para o resultado) Pré-existente: Ao ferir a vítima com uma arma branca (faca) provoca nesta sangramento, em virtude desta vítima ser hemofílica (causa anterior preexistente), a vítima morre em decorrência desta lesão e do sangramento decorrente, houve uma contribuição para a morte (causa relativamente independente), eis que só a doença per si, não a causaria, porém o golpe foi motivador do sangramento em um pessoa que com essa doença leva a morte, neste caso o autor deveria responder por homicídio. Concomitante: Durante um assalto, o assaltante ao abordar a vítima com uma arma, ela se assusta e tem um ataque no coração, e vem a falecer, a causa é concomitante no mesmo momento, e não há como dizer que a conduta de mostrar a arma não contribuiu, neste caso trata-se de causa relativamente independente. Devendo responder por homicídio. Superveniente (se divide em duas): Desdobramento: A vítima de um tiro ao ser levada para um hospital, sofre naquele estabelecimento um choque relativo há um procedimento decorrente da cirurgia, a conduta contribuiu (causa relativamente independente), o choque foi posterior (superveniente), neste caso deverá o autor responde por homicídio. TIPICIDADE Novo Nexo: A vítima de um disparo de arma de fogo foi levada ao hospital, e no caminho a ambulância capota e ela morre em virtude do acidente e não do tiro, a conduta do autor ao dar os tiros contribuiu (causa relativamente independente), foi posterior (superveniente), todavia a- qui surgiu um fato novo, decorrente de um novo nexo, sendo assim o autor dos disparos não deverá responder por homicídio. Tipo é a previsão do crime descrita em lei, sem embargos de uma definição mais robusta. Segundo Fernando Capez (in: Curso de Direito Penal. Vol1. Editora Saraiva): é o modelo descritivo das condutas humanas criminosas, criada por lei penal, com a função de garantia do direito de liberdade TIPOS DE CRIMES Comum: são os delitos que podem ser cometidos por qualquer pessoa, ou seja, não possuem sujeito ativo determinado, podem ser praticado por qualquer pessoa. Pode-se citar como exemplos o crime de homicídio (art. 121 do CP) e roubo (art.157 do CP), nestes casos qualquer pessoa pode cometer qualquer um desses crimes, que vale lembrar é a maioria no Código Penal. Ponto interessante agora acrescido pela lei de 07 de agosto de 2009, que versa sobre os crimes contra a dignidade sexual. O crime de estupro que antes da lei tinha em sua redação a possibilidade exclusiva de autor do crime pelo homem, agora qualquer pessoa pode praticar esse crime, havendo assim uma mudança, hoje o estupro é um crime comum e não mais próprio. Próprios: Ao contrário da narrativa acima firmada são crimes que tem sujeito ativo especial ou que demandam uma qualidade especial, citando como exemplos: o crime de infanticídio, peculato, antigamente o estupro, crimes esses que tem como sujeito ativo respectivamente: a mãe em estado puerperal, o funcionário público e o homem (isso antes da lei /2009), agora qualquer pessoa pode praticar esse crime. Crimes instantâneos: a consumação do delito não se prolonga no tempo, ocorre de maneira imediata, mesmo que for de interesse do agente a consumação não se prolonga. Ex: furto. Crimes permanentes: são delitos cuja consumação se prolonga no tempo até quando queira o agente. Ex: seqüestro. Crimes omissivos: o verbo implica em uma abstenção, deixar de fazer algo. Ex: Omissão de Socorro, consiste em uma abstenção. Crimes comissivos: o verbo implica numa ação, o sujeito ativo do crime tem de realizar uma atitude positiva, no sentido de realizar algo. Ex: Furto, que consiste em fazer algo. Crimes comissivo impróprio ou omissivo por comissão: é um crime de omissão praticado por uma ação, a a- titude negativa de deixar de fazer algo teve como escopo uma ação. Ex: Para que A não socorra C, B o segura. 10

11 Crimes omissivo impróprio ou comissivo por omissão: Trata-se de um crime de ação excepcionalmente praticado por uma conduta negativa, a previsão desta conduta está inserida no disposto do art. 13 2º do CP. Ex: autoridade policial tem o dever de agir em situação de segurança, todavia, ele não se dá bem com a vítima e deixa de agir, deixando de prestar socorro. Crimes formais: são os crimes que independem de resultado no mundo fenomênico, para se caracterizar e configurar o delito, não se faz necessário o resultado naturalístico. Como exemplos temos os chamados crimes contra a paz pública, arts. 286 e 287 do CP bastam à incitação a prática delitiva, não precisa que a pessoa que foi incitada venha a cometer qualquer delito. Outro exemplo que pode ser citado é o crime de ameaça. Crimes materiais: são os crimes que dependem do resultado no mundo naturalístico para produzir alguma conseqüência. Para exemplificar o crime de roubo, tem de haver a subtração para a caracterização consumativa do crime. O homicídio, pois tem que existir a morte para a sua consumação. Crime unissubjetivo: é o delito que depende de um só agente para confecção do mesmo. Crime plurissubjetivo: são os delitos que precisam na essência de mais de uma agente para caracterizálos. Como exemplos têm-se o crime de quadrilha ou bando, quando são necessários mais de três agentes. Crime unissubsistente: para se realizar esse crime não há necessidade de mais de um ato, em ato único e contínuo o crime é realizado. Crime plurissubsistente: é o delito que necessita de mais de um ato para a configuração do mesmo. Crime habitual: são os crimes em que a punição acarreta de uma série de atos concatenados, ato que são características de um estilo de vida, entre eles tem o curandeirismo (art. 284 do CP). Outro exemplo é a casa de prostituição. Crimes Vagos: não possuem sujeito passivo determinado, entre eles podem-se citar os crimes contra administração pública estrangeira arts. 337-B e C do CP, para o Prof. Fernando Capez é um crime vago, porém o Prof. Guilherme Nucci assevera ser um crime cujo sujeito passivo é a administração pública estrangeira. Crimes de atentado: são os delitos que em seu próprio tipo prevêem a tentativa como modo de consumação. Ex: art. 352 do CP (evadir ou tentar evadir-se da cadeia pública). Crime que possui pena igual para o consumado e o tentado. Crime Transeunte: Crime que não deixa vestígios, ou seja, que não deixa sinais de sua prática. Exs: Invasão de domicílio, desobediência, desacato. Crime não transeunte: É o crime que deixa vestígios. Exs: estupro, homicídio na grande maioria dos casos. Porém, para o Prof Romeu de Almeida Salles Júnior (vide: Código de Direito Penal Interpretado da Ed. Saraiva, é literalmente ao contrário, crime transeunte deixa vestígios e não transeunte não deixa vestígios, posição isolada do professor, inclusive caiu uma questão dessa este ano no concurso de Delegado de Policia de Santa Catarina de 2008 e a resposta foi de acordo com o mencionado na apostila, discordando os elaboradores do concurso do ilustre professor Romeu de Almeida Salles Júnior. Crime Multitudinário: Crime cometido em multidão. Exs: Arrastão, roubo praticado por várias pessoas. Crime de Plástico: No entendimento de Antônio Carlos da Ponte (in: Crimes Eleitorais. São Paulo. Ed Saraiva, 2009 p. 37). Existem condutas que sempre foram reprimidas em qualquer sociedade com um mínimo de organização, como o homicídio, o roubo, o estupro, etc. São chamados crimes naturais, previstos no passado, sendo punidos hoje, e certamente, serão objetos de censura no futuro (...). Contrapõem-se a esse modelo os crimes de plástico, que são condutas que apresentam um particular interesse em determinada época ou estágio da sociedade organizada, de acordo com as necessidades políticas do momento, tal como ocorre atualmente nos crimes contra relações de consumo, os crimes contra o meio ambiente e os delitos de informática, etc. QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 1. [Serv. Not. e Reg.-(Provimento)-(CA01)-(T1)-TJ-PE/2013- FCC].(Q.75) São elementos objetivos da relação de tipicidade a) a conduta, o resultado e a relação de causalidade. b) a antijuridicidade e a culpabilidade. c) as circunstâncias do fato. d) o dolo e a culpa. e) a imputabilidade e o juízo de reprovação. 2. [Auditor-(CA01)-(T1)-TCE-SP/2013-FCC].(Q.57) A respeito da relação de causalidade, é INCORRETO afirmar: a) Se o evento resultou de causa absolutamente independente, o agente por ele responde a título de culpa. b) Concausa é a confluência de uma causa na produção de um mesmo resultado, estando lado a lado com a ação do agente. c) A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado, imputando-se, porém, os fatos anteriores a quem os praticou. d) O Código Penal brasileiro considera causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. e) O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. 3. [Analista-(Ár. Diligências)-(CA01)-(T1)-MPE-RN/2012- FCC].(Q.46) Há tipicidade indireta a) na falsidade documental. b) no homicídio simples e no homicídio culposo. c) na tentativa e no concurso de agentes. d) nos crimes de perigo comum. e) nos crimes contra a dignidade sexual. 11

12 4. [Anal. Jud.-(Ár. Adm.)-(CB02)-(T1)-TRE-PR/2012-FCC].(Q.57) Os crimes que encerram dois ou mais tipos em uma única descrição legal denominam-se crimes a) de mão própria. b) complexos. c) plurissubjetivos. d) qualificados. e) de ação múltipla. 5. [Anal. Contr. Ext.-(Ár. Contr. Ext.)-(Espec. Jurídica)-(CC03)- (T1)-TCE-AP/2012-FCC].(Q.66) Denomina-se tipicidade a) a desconformidade do fato com a ordem jurídica considerada como um todo. b) a adequação do fato concreto com a descrição do fato delituoso contida na lei penal. c) o nexo material entre a conduta do agente e o resultado lesivo. d) o nexo subjetivo entre a intenção do agente e o resultado lesivo. e) a correspondência entre o resultado e a possibilidade de previsão de sua ocorrência por parte do agente. 6. [Anal. Jud.-APJ-(Jud.-Adm.)-(CAA)-(T1)-TJ-PE/2012-FCC].(Q.52) A respeito dos elementos do crime, é correto afirmar que a) o crime cujo tipo descreve conduta comissiva não pode ser praticado por omissão. b) o nexo de causalidade é a ligação entre a vontade do agente e a conduta delituosa. c) o resultado pode se restringir ao perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal. d) tipicidade é a relação entre a ação delituosa e o resultado almejado pelo agente. e) não exclui a imputação a superveniência de causa relativamente independente que por si só produziu o resultado. 7. [Téc. Jud.-TPJ-(Jud.-Adm.)-(CTA)-(T1)-TJ-PE/2012-FCC].(Q.47) No que concerne aos elementos do crime, é correto a- firmar que a) não há crime sem ação. b) os animais irracionais podem ser sujeitos ativos de crimes. c) o sujeito passivo material de um delito é o titular do bem jurídico diretamente lesado pela conduta do agente. d) não há crime sem resultado. e) só os bens jurídicos de natureza corpórea podem ser objeto material de um delito. 8. [Anal. Controle-(Ár. Jurídica)-(CA01)-(T1)-TCE-PR/2011- FCC].(Q.96) Em relação ao conceito formal e material do crime é correto afirmar: a) Somente no conceito material permite-se um desdobramento do tipo penal em ação ou omissão, tipicidade, ilicitude e culpabilidade. b) No conceito formal, o delito constitui uma lesão a um bem jurídico penal. c) O delito, sob a perspectiva material e formal, é punido com pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. d) O conceito de delito formal é o fato humano proibido pela lei penal, e material há lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico-penal. e) O delito é fato típico e antijurídico e a culpabilidade, para o conceito material, o distingue do conceito formal. 9. [Out. Del. Serv. Notas e Reg.-(CA01)-(T1)-TJ-AP/2011- FCC].(Q.65) Admite-se a tentativa a) nas contravenções. b) nos crimes omissivos puros. c) nos crimes culposos. d) nos crimes unisubsistentes. e) nos crimes comissivos por omissão. 10. [Anal. Jud.-(Ár. Jud.)-(Esp. Exec. Mand.)-(CC03)-(T1)- TRT-8ªREG-AP-PA/2010-FCC].(Q.70) O crime de receptação descrito no art. 180, caput, do Código Penal (adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro de boa-fé, a adquira, receba ou oculte), no que concerne aos elementos do fato típico, é um a) tipo penal normal. b) tipo penal anormal, face à existência de elemento subjetivo. c) crime omissivo. d) crime sem resultado. e) exemplo de tipicidade indireta. 11. [Anal. Jud.-(Ár. Adm.)-(CB02)-(T1)-TRE-RS/2010-FCC].(Q.58) Se a lei não exige nenhum resultado material ou naturalístico, contentando-se com a ação ou omissão do agente, a infração penal é classificada, quanto ao resultado, como: a) de mera conduta. b) formal. c) de perigo. d) de ação única. e) simples. 12. [Anal. Jud.-(Ár. Jud.)-(CA01)-(T1)-TRT-8ªREG-AP-PA/2010- FCC].(Q.71) Tendo em conta o tipo penal do crime de homicídio (art. 121 do Código Penal: Matar alguém ), a mãe que intencionalmente deixa de amamentar a criança, causando-lhe a morte por inanição, pratica um a) crime culposo. b) crime omissivo. c) crime sem resultado. d) crime comissivo por omissão. e) fato penalmente atípico. 13. [Agente e Escrivão-(NS)-(M)-PC-PB/2009-UnB].(Q.56) A respeito da infração penal no ordenamento jurídico brasileiro, assinale a opção correta. a) Crimes, delitos e contravenções são termos sinônimos. b) Adotou-se o critério tripartido, existindo diferença entre crime, delito e contravenção. c) Adotou-se o critério bipartido, segundo o qual as condutas puníveis dividem-se em crimes ou contravenções (como sinônimos) e delitos. d) O critério distintivo entre crime e contravenção é dado pela natureza da pena privativa de liberdade cominada. e) A expressão infração penal abrange apenas crimes e delitos. 12

13 GABARITOS (123 QUESTÕES) 1 CONTAGEM DO PRAZO E O DESPREZO DAS FRAÇÕES E D D D A A 2 CONFLITOS APARENTES DE NORMAS 1 B 3 TEORIA DO CRIME A A C B B C C D E B A D D 4 DOLO E CULPA B C D D D D E 5 DOS CRIMES QUALIFICADOS PELO RESULTADO 1 2 B B 6 CRIME CONSUMADO E TENTADO C A E E E A B D E A 7 DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO EFICAZ, ARREPENDIMENTO POSTERIOR E CRIME IMPOSSÍVEL E B B C A A D A 8 ERRO DE TIPO E DE PROIBIÇÃO C D A D B E C E C * Para as questões 6 e 7 considerar C(Certo) e E (Errado). 71

14 9 EXCLUDENTES DE ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) B B E C A A B E 10 EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (CAUSAS EXTINTIVAS DE PUNIBILIDADE) E A A B D E E A A E A D D 11 DAS PENAS: cominação, aplicação e execução D E B E C B A C C C A C A E C 12 LEGISLAÇÃO ESPECIAL: Decreto-Lei 3.688/41 (Contravenções Penais); Lei 4.898/65 (Abuso de Autoridade); Lei /2006 (Lei de Drogas) C E C E E C E C E C E E E C A C E C E E E C E D B E C E C E C E C C C E C E C C C A B E C C E C C E E C C E B A C C C E E E C E E E E C E E C C D * Para a questão 2, 3, 5 a 8, 11 a 14, 17 a 22, 25 e 27 a 32 considerar C(Certo) e E (Errado). 72

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