(Não)Cabimento da Ação Rescisória

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1 (Não)Cabimento da Ação Rescisória Dra. Fiorella Ignacio Bartalo Advogada Especialista Mestranda em Direito Previdenciário Recife, 12 de Março de 2016

2 INTRODUÇÃO Apesar de uma aparente simplicidade, o rol previsto no art. 485 do CPC ainda suscita inúmeros debates. A complexidade que envolve o estudo da ação rescisória é inquestionável, principalmente no tocante às hipóteses de seu cabimento. Cabimento: é um meio autônomo de impugnação da sentença de mérito transitada em julgado; não poder-se-á discussão acerca de eventual injustiça do julgamento rescindendo; atua como remédio rescisório, em respeito à coisa julgada material e de que a sentença de mérito tenha sido proferida de forma legal e válida;

3 INTRODUÇÃO Da Coisa Julgada: COISA JULGADA FORMAL: Aspecto técnico-processual (preclusão) É a imutabilidade da decisão judicial como ato jurídico processual, Fenômeno que consiste no impedimento de qualquer recurso ou expediente processual destinado a impugná-la, de modo que, naquele processo. COISA JULGADA MATERAL: consiste na indiscutibilidade da decisão judicial ; transcende a vida do processo e atinge a das pessoas. Trata-se de um dos aspectos da coisa julgada operandose exclusivamente no interior do processo em foi proferida a decisão sujeita a ela. É comum dizer-se que a coisa julgada formal e a coisa julgada material são degraus do mesmo fenômeno. Primeiro, o pronunciamento judicial deve tornar-se imutável para o processo (coisa julgada formal) e, só após ultrapassar este degrau necessário, pode alcançar a o segundo (a coisa julgada material), expandindo a imutabilidade para fora da relação jurídica processual.

4 Art A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: Artigo 966 NCPC I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar literal disposição de lei; Sentido Amplo NORMA : Constituição (Federal e Estaduais), leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias, decretos legislativos e demais atos normativos escritos Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória; Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar pronunciamento favorável; VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença; IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa; 1º Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido. 2º É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato. AÇÃO RESCIÓRIA

5 A ação do art. 486 ainda enfrenta notável problema de caráter sistemático na lei processual: além de ser regulada através de um único dispositivo, a mesma está impropriamente inserida em meio a normas atinentes à ação rescisória: AÇÃO ANULATÓRIA

6 que a decisão rescindenda seja de mérito, portanto, amoldável a uma das hipóteses do art. 269, do CPC Art Haverá resolução de mérito: I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; II - quando o réu reconhecer a procedência quedo a causa pedido; de pedir esteja que haja transitado em elencada em alguma das III - quando as partes transigirem; julgado hipóteses contidas no IV - quando o juiz pronunciar a decadência artigo ou a 485, do CPC prescrição; V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. Art O direito de propor ação rescisória se extingue em 2 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da decisão. (Artigo 975 NCPC) Art Concluída a instrução, será aberta vista, sucessivamente, ao autor e ao réu, pelo prazo de 10 (dez) dias, para razões finais. Em seguida, os autos subirão ao relator, procedendo-se ao julgamento: I - no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, na forma dos seus regimentos internos; (Redação dada pela Lei nº , de 2006). II - nos Estados, conforme dispuser a norma de Organização Judiciária. (Tribunais Regionais Federais e Tribunais Estaduais,)

7 Tipos de Sentença Transitada em Julgada: Organização Judiciária: Tribunal de Justiça Tribunal Regiona Federal Justiça Comum Justiça Federal Varas Especial izadas Juizado Especial Civil Turma Recursal Varas Especial izadas Juizado Especial Civil Turma Recursal

8 TRF da 1ª Região: PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA PROFERIDA POR ÓRGÃO SINGULAR DE JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. INCOMPETÊNCIA DO TRF. 1. A presente rescisória fora ajuizada com suporte no art. 485, V do CPC, sob a alegação de houve ofensa ao disposto nos arts. 48 e 142 da Lei 8.213/ De acordo com reiterada jurisprudência desta Corte, compete à Turma Recursal do Juizado Especial Federal o exame da ação rescisória que objetiva a rescisão de sentença ou acórdão proferidos no âmbito do Juizado Especial Federal. 3. Competência que se declina para uma das Turmas Recursais do Juizado Especial Federal da Seção Judiciária em Roraima. (AR , JUIZ FEDERAL CLEBERSON JOSÉ ROCHA (CONV.), TRF1 - PRIMEIRA SEÇÃO, e-djf1 DATA:17/07/2015 PAGINA:20.)

9 TRF da 2ª Região: PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA PROFERIDA PELO JUÍZO DE JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. EXTINÇÃO DO PROCESSO. 1. Trata-se de Ação Rescisória proposta em face da União Federal, visando rescindir sentença que tramitou perante o 1º Juizado Especial Federal de São Gonçalo/RJ, cujo objeto era a incorporação da gratificação por desempenho de atividades específicas da carreira do autor, no âmbito do Poder Executivo, na mesma proporção paga aos servidores ativos, que julgou parcialmente procedentes os pedidos, por entender que os cálculos judiciais avançam a período posterior ao início do primeiro ciclo de avaliação já concluído. 2. Cumpre reconhecer, de pronto, a impossibilidade jurídica do pedido formulado na presente ação rescisória, haja vista que o art. 59 da Lei nº 9.099/1995, aplicável aos Juizados Especiais Federais por força do disposto no art. 1º da Lei nº /2001, veda expressamente o manejo de ação rescisória no rito processual dos Juizados Especiais. 3. De tal sorte, ante a proibição legal de ação rescisória contra sentença proferida por Juiz Federal investido de jurisdição nos Juizados Especiais Federais ou contra acórdão proferido por Turma Recusal, deve o próprio Tribunal Regional Federal reconhecer a impossibilidade jurídica do pedido rescisório. 4. A propósito, sobre caso semelhante já se manifestou esta Egrégia Corte de Justiça: " (...) PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. ACÓRDÃO PROFERIDO POR TURMA RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. EXTINÇÃO DO PROCESSO. 1. Trata-se de Ação Rescisória proposta com fulcro no art.485, IV,V, do CPC c/c art. 12, 1, I,a, do RITRF da 2ª Região, objetivando desconstituir o acórdão proferido pela Segunda Turma Recursal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro. 2. Cumpre reconhecer, de pronto, a impossibilidade jurídica do pedido formulado na presente ação rescisória, haja vista que o art. 59 da Lei nº 9.099/1995, aplicável aos Juizados Especiais Federais por força do disposto no art. 1º da Lei nº /2001, veda expressamente o manejo de ação rescisória no rito processual dos Juizados Especiais. 3. De tal sorte, ante a proibição legal de ação rescisória contra sentença proferida por Juiz Federal investido de jurisdição nos Juizados Especiais Federais ou contra acórdão proferido por Turma Recusal, deve o próprio Tribunal Regional Federal reconhecer a impossibilidade jurídica do pedido rescisório. 4. Assim, no caso vertente, tendo em vista tratar-se de ação rescisória contra acórdão proferido por Turma Recursal, é patente a carência de ação, em razão da impossibilidade jurídica do pedido. 5. Além do mais, aos Tribunais Regionais Federais não foi reservado qualquer poder revisional das decisões dos Juizados Especiais Federais, bem como das Turmas Recursais, tendo em vista a inexistência de vinculação entre os Juizados Especiais Federais e a Justiça Federal comum. 6. Processo extinto sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC. (AR , Desembargadora Federal LANA REGUEIRA, TRF2 - SEGUNDA SEÇÃO ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data::28/05/ Página:21.) (...)" 4. Assim, no caso vertente, tendo em vista tratar-se de ação rescisória contra sentença proferida pelo juízo do juizado especial federal, é patente a carência de ação, em razão da impossibilidade jurídica do pedido. 5. Processo extinto sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC. (AR , Desembargador Federal REIS FRIEDE, TRF2 - SÉTIMA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data::08/08/2014.)

10 TRF da 3ª Região: PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO. AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA DO JUIZADO ESPECIAL CIVIL. INCOMPETÊNCIA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL. DECISÃO FUNDAMENTADA. 1. Entendimento pacificado nesta Egrégia Corte de que não deve o Colegiado modificar o entendimento adotado pelo Relator quando a decisão estiver bem fundamentada, notadamente quando não for possível aferir qualquer ilegalidade ou abuso de poder. 2. Consolidado posicionamento de que compete às respectivas Turmas Recursais o processamento e julgamento de ações rescisórias propostas em face de julgados proferidos pelos Juizados Especiais Federais, bem como pelas próprias Turmas Recursais. 3. A rescisão da sentença de mérito prolatada por Juiz Federal vinculado a Juizado Especial Federal incumbe à Turma Recursal do Juizado Especial Federal Previdenciário 4. Agravo a que se nega provimento (AR , DESEMBARGADOR FEDERAL SOUZA RIBEIRO, TRF3 - TERCEIRA SEÇÃO, e-djf3 Judicial 1 DATA:27/05/2015..FONTE_REPUBLICACAO:.)

11 TRF da 4ª Região: PROCESSO CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA DO JEF. COMPETÊNCIA. Cuidando-se de rescisória que ataca sentença proferida pelo Juizado Especial Federal, a competência para seu exame é atribuída ao órgão de hierarquia superior ao que proferiu o julgado. Precedente da 3ª Seção desta Corte. (AR , FERNANDO QUADROS DA SILVA, TRF4 - TERCEIRA SEÇÃO, D.E. 12/03/2010.)

12 TRF da 5ª Região: PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL. ART. 108 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DECISÃO PROFERIDA NO ÂMBITO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. NÃO CABIMENTO DE RESCISÓRIA. ART. 59 DA LEI Nº 9.099/95. DISPOSIÇÃO APLICÁVEL AOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. ART. 1º DA LEI Nº /2001. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. 1. Ação rescisória visando desconstituir acórdão proferido no âmbito do Juizado Especial Federal, em sede de ação previdenciária, que julgou improcedente o pedido de concessão de aposentadoria especial. 2. A Constituição Federal prevê, em seu artigo 108, I, "b", que compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar "as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região". 3. Hipótese em que o acórdão rescindendo foi proferida no âmbito de Juizado Especial Federal. Nos termos do artigo 59 da Lei 9.099/95, não cabe rescisória das decisões proferidas nas causas sujeitas ao procedimento instituído por aquela norma, aplicável tal disposição aos Juizados Especiais Federais, a teor do artigo 1º da Lei nº / É entendimento assente nesta Corte Regional que não é cabível ação rescisória das decisões proferidas no âmbito do JEF. Precedentes. 5. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é pacífica no sentido de não existir vínculo jurisdicional entre os Juizados Especiais Federais e os Tribunais Regionais Federais, sendo o vínculo entre estes órgãos apenas de ordem administrativa. 6. Em nome dos princípios da efetividade e da economia processual, deve ser inadmitida a presente ação rescisória, desde já, por este Tribunal, conforme já tem decidido o Pleno desse E. Tribunal (PJE: , RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL EMILIANO ZAPATA LEITÃO (CONVOCADO), Pleno, JULGAMENTO: 15/01/2014; AR , Desembargador Federal Francisco Wildo, TRF5 - Pleno, DJE - Data::03/08/ Página::131; AR , Desembargador Federal Bruno Leonardo Câmara Carrá, TRF5 - Pleno, DJE - Data::09/02/ Página::19; AR , Desembargador Federal Francisco Barros Dias, TRF5 - Pleno, DJE - Data::14/07/ Página::182) 7. Ação rescisória extinta sem resolução de mérito. Sem condenação na verba sucumbencial por ser a autora beneficiária da assistência judiciária gratuita. PROCESSO: , AR7320/CE, DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO 20/08/2014, PUBLICAÇÃO: DJE 11/09/ Página 45) BARROS DIAS, Pleno, JULGAMENTO:

13 Turma Recursal: PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. ART. 59 da LEI 9.099/95; ENUNCIADO 44 DO FONAJEF. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. ART. 267, VI, DO CPC. AÇÃO RESCISÓRIA NÃO CONHECIDA...INTEIROTEOR: I RELATÓRIO Não obstante a distribuição dos presentes autos como Mandado de Segurança, conforme despacho de fl. 50, trata-se de Ação Rescisória contra acórdão desta Turma Recursal.A sentença negou a aposentadoria por idade à autora, por falta de início de prova material.a autora alega que possui documento novo, qual seja a concessão de aposentadoria rural ao marido, que vive nas mesmas condições, além de outros que reputa relevantes. Requer a reforma do acórdão e concessão da aposentadoria por idade rural, como segurado especial.a presente ação foi processada na classe de mandado de segurança, pela falta de classe apropriada no sistema processual (fl. 50). Foi concedida a assistência judiciária (fl. 52).Citado, o INSS não apresentou resposta.o MPF manifestou-se pela ausência de interesse processual.ii - VOTO.Não se encontram presentes nos autos todos os pressupostos processuais e condições da ação. O art. 59 da Lei 9.099/95 estabelece o seguinte:"art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei".O art. 59 da Lei 9.099/95, aplicável subsidiariamente na forma do art. 1 da Lei /2001, veda, expressamente, a utilização da ação rescisória perante os Juizados Especiais Federais.A questão já foi objeto de deliberação no enunciado 44 do FONAJEF (Fórum Nacional dos Juizados Especiais Federais), nos seguintes termos:"enunciado 44. Não cabe ação rescisória no JEF. O artigo 59 da Lei n 9.099/95 está em consonância com os princípios do sistema processual dos Juizados Especiais, aplicando-se também aos Juizados Especiais Federais...

14 (...)" Esta colenda Turma Recursal também já se manifestou a respeito da matéria no julgamento do Recurso (Mandado de Segurança) na sessão de julgamento do dia 22/03/2006. Na oportunidade o voto condutor do Exmo. Juiz Fed. Euler de Almeida Silva Júnior, pela impossibilidade de julgamento da Ação Rescisória no âmbito dos juizados foi acompanhado, a unanimidade, pelo colegiado, nos seguintes termos, verbis:no âmbito doutrinário, é cogitada a utilização da ação anulatória, em substituição à ação rescisória, mediante a aplicação do art. 486 do CPC. Contudo, duvidosa é a possibilidade de utilização nos Juizados Especiais Federais da ação anulatória para obter o efeito de desconstituição da sentença transitada em julgada, pelos seguintes motivos: 1) se no JEF não é possível sequer o ajuizamento de ação anulatória contra simples ato administrativo (art. 3, 1 da Lei /2001), com mais razão poderia se argumentar que não seria possível a anulação de sentença transitada em julgado (ato de natureza mais estável, com os efeitos dos arts. 467 a 474 do CPC); 2) nem no regime disciplinado pelo Código de Processo Civil não é possível a anulação de sentença de mérito (não-homologatória); 3) enquanto nos procedimentos regulados pela legislação processual encontra-se prevista a possibilidade de ajuizamento de ação anulatória contra sentença meramente homologatória (art. 486 do CPC), nos procedimentos dos JEF foi vedado o uso do próprio recurso contra sentença homologatória, na forma do art. 41 da Lei 9.099/95, que estabelece o seguinte: "Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado"; 4) a permissão de utilização de ações distintas para a desconstituição do julgado poderia implicar violação aos critérios da "oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade" (previstos no art. 2 da Lei 9.099/95). Assim, não é cabível no JEF o ajuizamento da ação rescisória com a finalidade de desconstituir sentença de mérito transitada em julgado, pela impossibilidade jurídica do pedido (art. 59 da Lei 9.099/95 c/c art. 267, VI do CPC).Ainda que assim não fosse, no caso dos presentes autos, nota-se que não consta dos documentos acostados aos autos cópia do acórdão a ser rescindido.ainda que suprida a ausência dos referidos documentos, a petição inicial deve ser indeferida pela impossibilidade jurídica de desconstituição de julgado do Juizado Especial Federal, via ação rescisória (art. 59 da Lei 9.099/95 c/c art. 1 da Lei /2001).Ante o exposto, NÃO CONHEÇO da AÇÃO RESCISÓRIA.Sem custas e honorários de advogado, em face da gratuidade da assistência judiciária concedida.após o trânsito em julgado, arquive-se os presentes autos, tendo em vista que os autos onde foi prolatada a decisão recorrida já encontram-se arquivados.é como voto. (Processo ,..REL_SUPLENTE:, TR1-1ª Turma Recursal - GO, DJGO 16/04/2007.)

15 PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL, ART. 109, PARÁGRAFO 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. O regramento normativo dos Juizados Especiais Estaduais (Lei nº 9.099/95), exclui da competência de referido órgão jurisdicional as causas de interesse da Fazenda Pública ( 2º do artigo 3º). A Lei nº /2001, que dispõe sobre os Juizados Especiais Federais, veda expressamente sua aplicação no juízo estadual (art. 20). 2. Não pode o Juizado Especial Estadual processar e julgar causas para as quais sua atuação está expressamente vedada, vedação esta assinalada pelas leis que instituíram os Juizados Especiais Estaduais e os Juizados Especiais Federais, não se olvidando que a competência, neste caso, é taxativa, não se podendo acrescentar o que não foi previsto e, muito menos, adicionar aquilo que foi expressamente proibido pela lei. 3. Agravo de instrumento provido. (TRF3, 10ª T, AG nº , j , DJU , p. 623 sem negritos no original).

16 SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº SC (2012/ ) RELATORA : MINISTRA ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/PE) SUSCITANTE : QUINTA TURMA DE RECURSOS DE JOINVILLE - SC SUSCITADO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA INTERES. : JUSTIÇA PÚBLICA INTERES. : ADEMIR DE LIMA ADVOGADO : ZENAIDE MARLI LINZMEYER

17 ..EMEN: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. TRIBUNAL DE JUSTIÇA E COLÉGIO RECURSAL DO MESMO ESTADO. CONFLITO NÃO CONHECIDO. APELAÇÃO INTERPOSTA DE SENTENÇA PROFERIDA POR JUÍZO COMUM DE VARA ESTADUAL. DECISÃO DO TRIBUNAL QUE AFASTA SUA COMPETÊNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. 1. Inexiste conflito de competência entre Tribunal de Justiça e Turma Recursal de Juizado Especial Criminal no âmbito do mesmo Estado, tendo em vista que a Turma Recursal não possui qualidade de Tribunal, sendo instituída pelo respectivo Tribunal de Justiça e estando a ele subordinado administrativamente. 2. No caso, conquanto não haja conflito, configura-se constrangimento ilegal a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que, ao não conhecer do recurso de apelação interposto contra decisão de Juízo Comum de Vara Estadual, determinou sua remessa dos autos ao Colégio Recursal, sob o argumento de ser o delito de menor potencial ofensivo. 3. Conflito de competência não conhecido. Habeas corpus concedido, de ofício, para determinar que Tribunal de Justiça de Santa Catarina aprecie o recurso de apelação interposto...emen: (CC , ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/PE) - TERCEIRA SEÇÃO, DJE DATA:01/02/2013..DTPB:.)

18 Princípios Fundamentais Principio da Segurança Jurídica Principio do Devido Processo Legal PRINCÍPIOS Dossiê PL 1480/1989 Lei 9.099/95

19 Obrigado!