Título: A DIFERENÇA NO INDICE DE MASSA CORPORAL DE ATLETAS DO VOLEIBOL FEMININO MUNDIAL
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1 6º Fórum Internacional de Qualidade de Vida e Saúde Título: A DIFERENÇA NO INDICE DE MASSA CORPORAL DE ATLETAS DO VOLEIBOL FEMININO MUNDIAL Autores: Natália Kopp, Fábio Heitor Alves Okazaki, Victor Hugo Alves Okazaki, Vinicius Afonso Petrunko, Birgit Keller Apresentador: Vinicius Afonso Petrunko Orientador: Grupo de pesquisa: Centro de Estudos em Movimento Humano-CEMOVH Faculdade: Cidade: Curitiba Estado: PR País Brasil RESUMO Introdução: O voleibol é um esporte muito complexo e exige dos praticantes uma grande capacidade física, técnica, tática e psicológica. Existe uma relação muito grande entre o tipo físico e o desempenho atlético (SADLY e FREDSON, 1984). Na modalidade a altura do atleta é uma das características mais determinantes, porém outros fatores podem influenciar diretamente a performance, como peso, IMC, a altura de alcance de ataque e bloqueio entre outros. Objetivo: Este estudo teve com objetivo verificar se existe diferença entre as 6 equipes melhores colocadas no Campeonato Mundial Feminino e as demais equipes na altura, peso, IMC, alcance de ataque, alcance de bloqueio. Metodologia: A amostra foi constituída de 287 atletas de voleibol feminino, participantes do campeonato Mundial de Os dados antropométricos, o alcance de ataque e bloqueio foram obtidos através da FIVB, através destes foi calculado o IMC. A amostra foi dividida em dois grupos G1 (6 primeiros colocados da competição) com média de idade de 25,6 e d.p.=3,35 e G2 (as outras 18 equipes participantes) com média de idade de 25,71 e d.p.=4,47. Foi realizada uma Analise de Variância para verificar diferença entre os dois grupos no IMC com um nível de significância de p<0,05. Resultados: Os resultados demonstraram não haver diferença significativa para o IMC (p=0,276). Conclusão: Concluí-se para esta amostra que não existe diferença no IMC entre G1 e G2. Sugere-se novos estudos levando em consideração outras variáveis antropométricas como dobras cutâneas, e outros controles metodológicos. ABSTRACT Introduction: Volleyball is a complex sport and demands of their athletes great physical, technical, tactical and psychological abilities. There is a relation between the athletic performance and athlete physical condition. (SADLY e FREDSON, 1984). Objective: This purpose of this study was to verify the difference in the BMI of the athletes from the female World Championship Methodology: The sample were 287 athletes of female volleyball. The anthropometric data were collected from the FIVB. The sample were divided in two groups: G1 (6 first teams) with age average 25,6 and S.d.=3,35 years and G2 (other 18 teams) with age average of 25,71 and S.d.=4,47 years. To treat data it was used an One Way Anova, in a significant level of p<0,05. Results: The results showed no significant difference between the groups for Body Mass Index (p=0,276). Conclusion: For this group there were no difference in the BMI. Other studies are suggested with other samples.
2 6º Fórum Internacional de Qualidade de Vida e Saúde INTRODUÇAO O Índice de Massa Corporal (IMC), estabelece uma relação matemática entre o peso corporal e a estatura ao quadrado. Trata-se de uma formula muito conhecida e amplamente utilizada. È usado para se estabelecer níveis de aptidão física e gruas de obesidade (FERNANDES, 2003). O IMC, por meio de indicadores corporais, estabelece uma relação entre duas medidas, uma no numerador e outra no denominador. ( IMC= peso corporal/ estatura²). A partir do resultado desta fração, pode-se classificar uma pessoa de acordo com as características as quais o índice se refere. Segundo a CBCM, historicamente, o IMC foi criado no século XIX, pelo astrônomo Lambert Adolphe Quetelet ( ), foi considerado o pai da antropometria humana. (Estudos das medidas corporais). Motivado pela antropologia, Quetelet criou uma formula que dividia o peso corporal pela estatura ao quadrado, com a finalidade de estudar a proporcionalidade entre os indivíduos. Através deste método permitiu-se conhecer as diferenças corporais segundo a raça humana, a idade e o gênero. Com a mesma finalidade, posteriormente outros índices foram criados, como de: Levi (1898)= peso dividido pela raiz cúbica da estatura (peso/³? estatura); e Roher (1908)= peso dividido pela estatura elevada ao cubo. ( peso/ estatura³). NETO e CÉZAR (2003) afirmam que, o estudo da avaliação corporal por meio do Índice de Massa Corporal, mostra a vantagem de ser um método bastante utilizado em nosso país, portanto de fácil comparação e com custos baixos de aplicação. A facilidade de administração da coleta de dados, treinamento dos procedimentos e também de se aplicar em campo este tipo de estudo, aumentam as vantagens do método. Também vale ressaltar as facilidades de obtenção dos dados no que se refere ao tempo despendido pelas equipes e a facilidade de arranjo de ambiente para coleta de dados. Conforme FERNANDES (2003), as medidas antropométricas devem ser feitas seguindo um protocolo definido, afim de se evitar erros. Portanto alguns fatores como horários, vestimenta, instrumentos, posição anatômica, devem ser rigorosamente levados em consideração ao se coletar as medidas antropometricas, garantindo precisão e fidedignidade ao trabalho. HEYWARD E STOLARCZYK (2000) A estatura é uma medida linear. A estatura nada mais é do que a distância entre dois pontos específicos: a região plantar e o ponto mais alto do crânio (Vertéx), com o corpo em pé, totalmente estendido numa superfície plana. Sua determinação dá-se facilmente com a utilização de uma fita métrica. Para calcular o IMC corporal a estatura deverá ser convertida de centímetros para metros (cm/100). O avaliado deverá estar em posição ortostática, de costas para o estadiômetro, e o avaliador tem que tomar cuidado com o seu posicionamento ao aferir a medida. MASSA et al (2003) alegam que a estatura é a principal variável antropométrica de interferência no desempenho no voleibol. O peso corporal (denominado mais corretamente como massa corporal) é uma medida tridimensional. Massa ocupa lugar no espaço, portanto tem volume. Ter volume significa ter 3 dimensões, como o corpo humano: largura, comprimento e profundidade. O peso corporal é medido de forma simples, com o mínimo de roupas, através do auxílio de uma balança comum. O peso corporal deve ser medido em kilogramas (kg). GUEDES E GUEDES (1998) apontam que as informações sobre peso são bastante úteis também na mensuração do crescimento. Alertam entretanto, que precauções devem ser
3 6º Fórum Internacional de Qualidade de Vida e Saúde tomadas quanto á interpretação dos seus valores, principalmente quanto se trata de atletas, onde o peso elevado pode ser confundido com sobre peso ou obesidade, pelo fato de não se considerar outros componentes corporais como massa muscular, massa óssea, etc. É possível relacionar o desempenho físico dos atletas de voleibol com as características do peso. Mais especificadamente o excesso do gordura corporal deve ser visto como um fator de limitação da performance do atleta, Sabe-se que o excesso de peso corporal além de ser fator de risco para diversas doenças prejudica o desempenho físico, pois limita os movimentos e induz a fadiga precoce devido a sobre carga que impõem ao organismo. Para um índice corporal ser realmente conclusivo, ele deve ser interpretado antropologicamente, ter a sensibilidade suficiente para detectar a variação dentro da população de estudo e deve ser facilmente calculado. As medidas antropométricas, peso e estatura, são usadas para controlar o crescimento e os efeitos do treinamento. Também são úteis como um ponto de referência para interpretação de outros testes. Pois muitas variáveis da performance são influenciadas pelo tamanho e forma corporal. Este estudo tem como objetivo verificar se existe diferença nos níveis de IMC de atletas de voleibol feminino. METODOLOGIA A pesquisa, seguiu o delineamento quasi experimental, ex post facto, onde foi verificada se existe diferença no IMC entre as 6 equipes com melhor performance (resultado) no campeonato Mundial Feminino e as outras 18 equipes. POPULAÇAO E AMOSTRA A amostra deste estudo foi composta por 287 atletas de voleibol de quadra feminino, das seleções da Rússia, Brasil, China, Cuba, Azerbaijão, Camarões, Costa Rica, Republica Dominicana, Egito, Alemanha, Itália, Japão, Kasaquistão, Kenia, Corea, México, Holanda, Peru, Polônia, Porto Rico, Sérvia e Montenegro, China Taipei, Turquia e Estados Unidos com media de idade de 25,688 anos e d.p.= 4,223 anos, participantes do Campeonato Mundial Feminino Para a analise a amostra foi dividida em dois grupos sendo G1 (n=71) formada pelas 6 equipes com melhor colocação na competição e G2 pelas 18 outras equipes (n= 216). INSTRUMENTAÇAO Os dados foram coletados do site da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), com autorização fornecida pela entidade para o uso dos dados. TRATAMENTO ESTATISTICO Para o tratamento dos dados foi utilizada estatística descritiva com médias e desvio padrão. Para verificar a diferença entre os grupos G1 e G2, foi realizada uma ANOVA com nível preditivo de p>0,05 (HINKLE et alli, 1979). RESULTADOS Tabela 1- Descrição de IMC
4 6º Fórum Internacional de Qualidade de Vida e Saúde Valores Médios Desvio Padrão G1 20,927 1,492 G2 21,186 1,802 Os valores médios dos grupos G1 e G2 foram descritos na tabela 1, demonstrando um tendência dos atletas do grupo G2 apresentarem valores médios maiores que G2. Esta tendência é apresentada em valores percentuais muito baixos, para verificar a se esta diferença realmente existe foi aplicada uma analise de variância entre os dois grupos. Tabela 2- Análise de Variância Soma de Quadrados F Significância IMC 3,659 1,191 0,276 Para esta amostra não foi encontrada diferença significativa entre os dois grupos para o índice de massa corporal, com valores de significância de p=0,276. Este resultados demonstram que o IMC não é um fator que difere as atletas melhores colocadas na competição das demais atletas. Estes resultados demonstram a homogeneidade da amostra para a variável. Os resultados demonstram a igualdade em apenas uma variável antropométrica, esta indicação reforça a idéia de que poucos fatores diferem os atletas de auto-nível e o resultado obtido em competições, como nível técnico, tático e psicológicos. CONCLUSAO Pode-se concluir com os dados obtidos através deste estudo que para os grupos G1 e G2 os níveis de IMC foram considerados normais, compreendidos entre 18,5 e 25. Na comparação entre os grupos não houve diferença no índice de massa corporal das atletas. Esta igualdade no índice de massa corporal de todas as atletas participantes, demonstra a existência de perfil das praticantes de voleibol. Levando em consideração esta igualdade, pode-se concluir que para as atletas de nível internacional participantes dessa amostra o IMC não é um fator que diferente entre as atletas de melhor performance na competição e os demais atletas. REFERÊNCIAS: CBCM.Confederação Brasileira de Culturismo e Musculação. Disponível em internet: Acesso em 10. Mai FERNANDES FILHO, José. A Prática da Avaliação Física. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape, GUEDES, Dartagnan P. & GUEDES, Joana E. R. P. Controle do Peso Corporal - Composição Corporal, Atividade Física e Nutrição. Londrina: Midiograf, HEYWARD, V. H. & STOLARCZYK, L. M. (2000). Avaliação da composição corporal aplicada. São Paulo: Manole. HINKLE, D. E.; WIERMA, W.; JURS, S. Applied Statistics for the Behavioral Science. 490
5 6º Fórum Internacional de Qualidade de Vida e Saúde p., Hougton Mifflin, MASSA, M., SILVA, L. R. R. da, BOHME, M. T. S., UEZU, R. A utilização de variáveis cineantropométricas no processo de detecção, seleção e promoção de talentos no voleibol. Revista Brasileira Ciência e Movimento, v. 11, n. 1, p , 2003a. NETO, A.P; CÉZAR, M.C. Avaliação da composição corporal de atletas de basquetebol do sexo masculino participantes da Liga Nacional Rev. Bras. Cine. Des. Um. 2005, 7(1):
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