Como características gerais dos três tipos de dispersões podemos mencionar que:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Como características gerais dos três tipos de dispersões podemos mencionar que:"

Transcrição

1 1. ESTUDO DOS SISTEMAS DISPERSOS 1.1. Dispersões Uma dispersão consiste num sistema no qual uma substância (disperso) encontra-se disseminada, na forma de pequenas partículas no interior de outra (dispersante) Dependendo do tamanho da partícula que constitui o disperso, a dispersão assume características diversas, sendo classificada em três tipos : soluções, colóides e suspensões. A classificação acima é feita de acordo com o diâmetro médio das partículas dos disperso: Tipo de dispersão Solução verdadeira Colóide Suspensão Tamanho da partícula dispersa entre 0 e 10-9 m (1 nanometro) entre 10-9 e 10-6 m (1 à 10 3 nanometro) acima de 10-6 m (acima de 10 3 nanometro) Como características gerais dos três tipos de dispersões podemos mencionar que: a) soluções verdadeiras ou soluções: - o disperso (soluto) é constituído de átomos, íons ou pequenas moléculas; - pelas reduzidas dimensões do disperso (soluto), as soluções verdadeiras sempre serão sistemas homogêneos, sendo que as partículas não são visíveis mesmo com equipamentos óticos de alta resolução e ampliação; - não há sedimentação das partículas e não é possível a sua separação por nenhum tipo de filtro; Exemplos: - sacarose em água, NaCl em água, etanol em água, atmosfera (isenta de poeira), etc. b) colóides: - o disperso é constituído por aglomerados de átomos, moléculas ou íons ou, até mesmo, por macromoléculas; - as partículas do disperso são visualizáveis em equipamentos óticos (microscópios) de alta resolução (ampliação); - as partículas podem ser separadas por ultracentrifugação (elevado número de RPM) ou por ultrafiltração (filtros cujo diâmetro do poro é bastante reduzido);

2 2 Exemplos: leite, gelatina em água, fumaças em geral, neblina, etc. c) suspensões: - o disperso é constituído de grandes aglomerados de átomos ou moléculas; - as partículas do disperso são visíveis em microscópio comum, constituindo-se em sistemas heterogêneos; - as partículas do disperso sedimenta-se por ação da gravidade ou em centrífugas comuns podendo, também, ser separadas por filtros comuns de laboratório; Exemplos: poeira no ar Est udo das Soluç ões verdadeiras ou Soluç ões Dentre os sistemas dispersos, as soluções verdadeiras ou simplesmente soluções são extremamente importantes no cotidiano do química, pois nas atividades mais comuns de laboratório (análises, sínteses, separações, formulação de produtos, etc) o químico trabalha com soluções que, em geral, são aquosas Formação de Soluções Quando uma solução é formada ocorre uma disseminação espontânea de uma substância no interior de outra, originando um sistema mais entrópico (desorganizado) que as substâncias originais. substância A substância B mistura A + B (solução) l l l l l O O O O l O l O l O l O l O l l l l l O O O O O l O l O l O l O l l l l l l O O O O l O l O l O l l O parede de separação removendo a parede A força motriz para esse processo de mistura é a tendência espontânea para um estado de maior desordem molecular (maior entropia). Para que ocorra o processo da dissolução é necessário que as partículas do soluto e do solvente apresentem atrações entre si decorrentes de forças de natureza eletrostática.

3 3 Em geral as forças atrativas dependem do tipo de soluto e solvente. Assim quando dissolvemos etanol (C 2 H 5 OH) em água, em virtude da presença do grupo O H na água e no etanol a força atrativa entre essas moléculas é a Ponte de Hidrogênio ou Ligação de Hidrogênio. Se a cadeia carbônica aumenta, diminui a polaridade da molécula do álcool e, com isso, a sua solubilidade em água, por concorrência de forças Van Der Waals dipolo induzido dipolo induzido. - metanol, etanol e propanol à altamente solúveis em água; - butanol à solubilidade 0,12 mols/100 g de água; - pentanol à solubilidade 0,031 mols/100 g de água. Esse mesmo tipo de interação irá ocorrer naquelas moléculas que apresentam grupos hidroxila ou amina (O H ou N H), como é o caso dos álcoois de pequena cadeia carbônica, ácidos carboxílicos, aminas e amidas. Nos glicídios (glicose, frutose, sacarose,...) a presença dos diversos grupos hidroxila ao longo da cadeia carbônica desses compostos também justifica a sua grande solubilidade em água. Com exceção dos ácidos carboxílicos, nas demais substâncias ocorre apenas o processo de dissolução, sem ionização. O fenômeno é, portanto, explicado pela hidratação sofrida pelas extremidades polarizadas da molécula. A extremidade negativa da molécula da água (localizada no átomo de oxigênio) direciona-se para a região de densidade positiva da molécula polar e as extremidades de carga positiva (localizadas nos átomos de hidrogênio) direcionam-se para a região de densidade negativa.

4 4 Quando dissolvemos um cristal de NaCl em água, além do processo da dissolução ocorre a dissociação iônica do soluto, sendo que os íons originados apresentam-se, na solução, engaiolados por moléculas do solvente (hidratação ou solvatação), unidos por forças atrativas do tipo íon dipolo. Os compostos iônicos se dissolvem na água quando as forças de atração entre os dipolos da H 2 O e os íons são maiores que as forças de atração entre os íons no cristal. Nas bordas e quinas do cristal as forças atrativas entre os íons são menos intensas, favorecendo a interação com as moléculas do solvente. Conforme as moléculas de água vão retirando os íons do cristal, novos íons são expostos e o processo continua, dissolvendo o cristal iônico. A camada de moléculas orientadas que cercam um íon ajuda a neutralizar a carga do mesmo e serve para impedir os íons de carga oposta a se atraírem, formando uma espécie de blindagem. A orientação espacial das moléculas de solvatação é definida para um determinado tipo de íon. Por exemplo: - o íon Na + hidrata-se com seis moléculas de água, o mesmo ocorrendo para o íon Cl - ; - o íon Al +3 hidrata-se com oito moléculas de água. Nas soluções de solutos apolares em solventes polares, como é o caso de gases (O 2, CO 2, etc...) justifica-se a solubilidade a partir de interações de Van Der Waals do tipo dipolo permanente dipolo induzido. Nesse caso temperatura e pressão são fatores que concorrem significativamente para explicar a sulubilidade de um gás apolar na água, o que, até certo ponto, contradiz a regra de solubilidade de que semelhante dissolve semelhante.

5 Classificação das Soluções As soluções podem ser classificadas segundo os critérios: a) quanto ao estado físico: - sólidas: ligas metálicas (aço = Fe, C, Mn; latão = Cu e Zn; bronze = Cu e Sn,..), medicamentos (comprimidos),... - líquidas: bebidas não gaseificados, bebidas alcoólicas, água mineral sem gás, soro fisiológico,... - gasosas: ar (isento de poeira), GLP (vazado),.. *** misturas gasosas sempre são homogênas!!! b) quanto à natureza do soluto: - moleculares: as partículas do soluto são moléculas. H 2O ex.: C 12 H 22 O 11(sólida) C 12 H 22 O 11(aquosa) - iônicas: as partículas do soluto são íons. H 2O ex.: NaCl (sólido) Na + (aquoso) + Cl - (aquoso) c) quanto ao Coeficiente de Solubilidade (C.S.): *** O Coeficiente de Solubilidade representa a maior massa que pode ser dissolvida em certa quantidade padrão de um solvente, em determinada temperatura. ex.: NaCl = 35,7 gramas/100 gramas de H 2 O à 0 0 C. CaSO 4 = 0,2 gramas/100 gramas de H 2 O à 0 0 C. AgNO 3 = 122 gramas/100 gramas de H 2 O à 0 0 C. O Coeficiente de Solubilidade varia com a temperatura e, no caso de substâncias gasosas, varia com a pressão. A influência da temperatura sobre a solubilidade varia de uma substância para outra. As curvas de solubilidade são obtidas experimentalmente. No caso de um gás a solubilidade é inversamente proporcional ao aumento da temperatura, isto é, diminui a solubilidade com o aumento da temperatura e diretamente proporcional à pressão. Por esse motivo os peixes, nos dias quentes de verão preferem permanecer na sombra, sob as pedras e em locais mais profundos. A influência na pressão é evidenciada pela Lei de Henry: C = k. P

6 6 onde: - C é a concentração de gás dissolvido; - k é uma constante de proporcionalidade; - P é a pressão exercida sobre o sistema. O gráfico a seguir mostra, para solutos sólidos, a influência da temperatura na solubilidade. Para a maior parte dos sais a solubilidade aumenta com o aumento da temperatura, com exceção do Ce 2 (SO 4 ) 3. De todos os sais representados no diagrama ao lado o NaCl é aquele que a variação de temperatura exerce a menor influência na solubilidade e o KNO 2 e CaCl 2 aqueles sais cuja solubilidade é mais fortemente influenciada pela variação de Quanto ao C. S. as soluções podem ser: - insaturadas: a quantidade de soluto dissolvido é inferior ao C.S. ex.: 3,0 gramas de NaCl/100 gramas de H 2 O à 0 0 C. - saturadas: a quantidade de soluto dissolvido é igual ao C. S. ex.: 35,7 gramas de NaCl/100 gramas de H 2 O à 0 0 C. - super-saturadas: são soluções obtidas por técnicas especiais, nas quais a quantidade de soluto dissolvido é superior ao C. S. No preparo de tais soluções aquece-se a solução na qual haja corpo de fundo do soluto até uma temperatura na qual ocorra total dissolução, resfriando-se, após, de forma gradativa, até alcançar a temperatura de referência com o excesso de soluto dissolvido. Estas soluções são muito instáveis, podendo o excesso de soluto precipitar (sedimentar) por agitação mecânica, choque brusco de temperatura ou adição de um germen de cristalização.

7 Preparação de soluções Na atividade de laboratório, seja em nível acadêmico ou na própria indústria, as substâncias são utilizadas, de modo geral, na forma de soluções. Numa solução, além da proporção entre a quantidade de soluto e de solução (ou solvente), expressa na forma de uma concentração, é indispensável que se conheçam características específicas de cada soluto, na preparação adequada dessa solução. Dependendo da utilização da solução as mesmas devem ser consideradas segundo duas características básicas: a) soluções padrão: usadas para fins analíticos contendo uma quantidade exatamente conhecida de um reagente qualquer, na unidade de volume. Essa concentração é expressa com exatidão (quatro decimais) ex.: 0,1538 g/l (massa/volume) 0,8543 mol/l (número de mols/volume) b) soluções não padronizadas: usadas para fins não analíticos sendo sua concentração aproximada. Não é requerida a mesma exatidão, com relação às soluções padronizadas (um ou dois decimais) ex.: 0,5 g/l (massa/volume) 1,0 mol/l (número de mols/volume) O título das soluções padrão deve ser conhecido com grande exatidão. O grau de exatidão requerido é maior do que o correspondente aos trabalhos analíticos mais comuns. Assim sendo é desejável que o título das soluções padrão possa ser determinado com um erro inferior a 0,1 %. Maiores detalhes serão tratados nas disciplinas de Química Analítica Quantitativa. A preparação de uma solução padrão requer, direta ou indiretamente, o uso de um reagente quimicamente puro e com composição perfeitamente definida. Os reagentes com semelhantes características são denominados, comumente, padrões primários. São os seguintes os requisitos principais exigidos de um padrão primário: a) a substância deve ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e conservação; b) não pode ser volátil; c) as impurezas devem ser facilmente identificáveis com ensaios qualitativos de sensibilidade conhecida; d) a substância não deve ser higroscópica (absorver umidade do ambiente) ou eflorescente; e) deve ser bastante solúvel. O número de padrões primários é relativamente limitado. São exemplos: carbonato de cálcio, tetraborato de sódio, ácido benzóico, cloreto de sódio (após dessecação a peso constante), nitrato de prata, tiocianato de potássio, ácido oxálico, oxalato de sódio e dicromato de potássio.

8 8 Quando o reagente com que se tem de preparar a solução é um padrão primário, recorre-se a técnica direta que consiste na pesagem, em balança analítica, da massa que se requer da substância, dissolução e diluição a um volume conhecido em balão volumétrico aferido. No rótulo deverá constar a espécie química, seu título, a data de praparação e seu preparador, conforme modelo. Embora o Sistema Internacional de unidades recomende para o volume a unidade metro cúbico utilizamos o volume expresso em litro (L). As ilustrações a seguir indicam alguns dos equipamentos utilizados na titulações (bureta, pipeta volumétrica, erlenmeyer,...) a técnica correta de leitura, de transferência de alíquotas com a pipeta volumétrica e transferência de solução para o balão volumétrico. Leitura correta da bureta Transferência de solução Transferência de líquido para o balão Como rotular a solução! FACULDADE DE QUÍMICA PUCRS HCl M = 0, 2574 mol/ L Linus Pauling 06/06/1966 Química Geral e Inorgânica II

9 9 Quando o reagente não é padrão primário (por exemplo, o ácido clorídrico, os hidróxidos alcalinos e de amônio, o permanganato de potássio,...) a preparação direta da solução não é possível. Recorre-se, então, à técnica indireta, que consiste em preparar, inicialmente, uma solução com concentração aproximada à desejada e, depois, padronizá-la, isto é, determinar com exatidão o sei título em relação a um padrão primário adequado ou com referência a uma outra solução padrão. Por exemplo, o ácido clorídrico não é padrão primário e a sua solução pode padronizada através de um padrão primário, como é o caso do carbonato de sódio. A seguir esta solução (já padronizada) pode ser usada para titular hidróxidos alcalinos (como por exemplo o hidróxido de sódio). Na padronização devem ser obedecidas as seguintes condições: a) é preciso dispor de um padrão primário adequado ou solução padronizada; b) o peso do padrão primário não pode ser demasiadamente pequeno, em virtude do erro inerente ao aparelho de pesagem; c) o volume de solução gasto na padronização não deve ser pequeno demais, pois cada leitura na bureta está sujeita a um erro de 0,01 ml e um erro de escoamento de 0,02 ml, podendo o erro total chegar a 0,04 ml e, portanto, para garantir uma exatidão de 0,1% é preciso que o volume de solução gasto na titulação não seja inferior a 40 ml. *** Obs.: como o objetivo em nossa disciplina não é esgotar o assunto e sim mostrar características principais no prepa ro de soluções, eventualmente o critério acima poderá não ser verificado!!! Conservação das Soluções Padrão Como já afirmamos anteriormente as soluções não são conservadas em balões volumétricos (são usados somente na preparação). As soluções padrão devem ser conservadas de maneira a manter inalterado seu título tanto quanto possível. Algumas soluções são altamente estáveis e outras não. Por exemplo, uma solução 0,1 eqg/l de dicromato de potássio é indefinidamente estável. As soluções de ácido clorídrico, nítrico e hidróxido de amônio, por serem estes solutos voláteis, tem duração limitada. As soluções de hidróxidos alcalinos reagem com o CO 2 presente no ar formando carbonatos. Estes carbonatos solidificam no gargalo dos frascos de depósito e se os mesmos tiverem tampas de vidro esmerilhado, a presença de carbonatos irá emperrar as referidas tampas, sendo aconselhável o uso de tampas com rolha de borracha ou polietileno ou rosqueadas. Aconselha-se o frasco escuro para evitar a decomposição fotoquímica, o que ocorre com facilidade em soluções de peróxido de hidrogênio e permanganato de potássio.

10 Princ ipais Ex pressões de Conc ent raç ão A concentração de uma solução representa uma relação entre a quantidade do soluto e, em geral, a quantidade de solução sendo que essas quantidades podem ser expressas em massa, número de mols, volume, número de moléculas, etc. As principais formas de representar as concentrações são do tipo massa/volume, massa/massa, volume/volume, número de mols/volume, número de mols/massa e, assim, por diante. Assim, quando analisamos a composição de uma água mineral, a qual expressa a quantidade de um constituinte, por exemplo Carbonato de sódio = 127 mg / L nos indica uma relação massa / volume. Já na composição do soro fisiológico, usado para limpeza e conservação de lentes de contato, a composição indica 0,9 % de NaCl. Isso significa uma relação massa / massa onde há, para cada 100 gramas de solução, 0,9 gramas do soluto (NaCl) sendo o restante 99,1 gramas de solvente (água). Nesse caso, especificamente, como se trata de uma solução muito diluída e aquosa o mesmo valor percentual massa / massa também corresponde, aproximadamente, ao valor da relação massa / volume, em virtude da massa específica do solvente (água) ser unitário (1,0 grama / ml) Concentração Comum ou Concentração ( C ) Representa a razão entre a massa do soluto (em gramas) e o volume de solução final (em litros). C = V m1 ( Unidades: gramas/litro ) Aplicação œ Que massa de bicarbonato de sódio há em 750 ml de uma solução que apresenta uma concentração de 107 mg / L? Concentração em Massa ou Título em Massa ou Título ( t ) Representa a razão entre a massa do soluto (gramas) e a massa da solução (gramas). t = m m 1 m1 m + 1 m = ( não tem unidades = adimensional ) 2 É comum expressar o Título em Massa sob a forma percentual. Assim

11 11 t % = t. 100 Aplicação œ Uma solução aquosa de ácido sulfúrico apresenta Título percentual 15 %. Que massa dessa substância há em ½ quilograma dessa solução? Qual a massa de solvente presente? Relação entre C e t Lembrando que: C = V m1 e t = m m 1 = m1 m + 1 m 2 dividindo uma expressão pela outra resulta: que simplificando torna-se ou, então C / t = m 1 / V / m 1 /m C / t = m / V = m (massa específica) C = m. t Usualmente expressa- se a massa específica (ou densidade absoluta) em grama / cm 3 ou grama / ml e a Concentração em grama / litro. Portanto para que a expressão acima represente Concentração a mesma deverá ser multiplicada pelo fator de conversão 1000 ml / L, na forma C = m. t (ml/l) e dessa forma a Concentração terá como unidade resultante grama / litro Concentração em Volume ou Título em Volume (t v ) Representa a razão entre o volume de solvente e o volume de solução. Historicamente essa forma de concentração tem sido expressa como o G L (graus Gay-Lussac) utilizada para representar a percentagem volumétrica de etanol em bebidas alcoólicas. t v = V 1 / V = V 1 / V 1 + V 2 (adimensional) Aplicação œ Que volume de etanol há numa garrafa de 750 cm 3 de Jack Daniel s?

12 Concentração em partes por milhão (ppm) Corresponde a uma forma de Concentração Comum (gramas/litro) aplicada para soluções muito diluídas, em geral aquosas, cujo significado equivale a 1 grama de soluto para cada 10 6 gramas de solução. Assim uma solução, na qual a quantidade de soluto seja de 15 ppm significa que há 15 gramas da substância para cada 10 6 gramas de solução. Demonstre que: 1 ppm = 1 mg / litro!!! Concentração em fração molar ( x 1 ) Corresponde a razão entre o número de mols de um componente qualquer e o número de mols total da mistura. Essa expressão de concentração é muito utilizada para misturas de gases como, por exemplo, para definir a composição da atmosfera. Assim X 1 = n 1 + n n n 3 = n n1 onde n 1 = M m 1 ( X 1 = adimensional ) 1 Aplicação œ Uma solução aquosa de NaOH tem fração molar 0,15. Qual seu Título em massa? Concentração em Quantidade de Matéria ou em Molaridade ( M ) Corresponde à razão entre o número de mols do soluto e o volume total da solução. M = n1 V m1 M. 1 V C M mt = = = ( Unidade: mol / L = molar = M) M 1 A expressão de concentração expressa em molaridade é a mais empregada dentre todas as formas usadas na Química. Aplicação œ A solução dos líquidos de baterias de automóveis consiste de água e ácido sulfúrico em concentração 3,95 mol / litro, aproximadamente. Sabendo que numa bateria comum a quantidade de solução é de 800 ml, que massa desse ácido estará ali contida?

13 Concentração em Molalidade ( W ) W = weight = peso Corresponde à razão entre o número de mols do soluto e a massa, em quiligramas, de solvente. Observe que a molalidade é a única expressão de concentração que relaciona a quantidade de soluto com a quantidade de solvente e não de solução. W = n1 m 2 m1 M. 1 m 2 m M1m2 = = ( Unidades: mol/quilo ou molal) Ä Ä Ä em quilo em quilo em grama Na última expressão o valor numérico 1000 na realidade corresponde ao fator de correção 1000 g / quilograma, quando a massa do solvente for dada em grama. A concentração expressa em Molalidade é comumente empregada no estudo dos efeitos coligativos das soluções. Aplicação œ Uma solução de ácido sulfúrico apresenta título em massa igual a 15 %. Qual a sua Molalidade? Para soluções aquosas diluídas M = W. J ust if ique!!! Concentração para espécies iônicas Como podemos determinar as concentrações molares dos íons Na + e SO 4-2 para uma solução de concentração 27,2 gramas / Litro desse sal? Idem para as concentrações dos íons H + e SO 4-2, numa solução 0,75 mol / L desse ácido, supondo um grau de dissociação (a) igual a 85 % do ácido?

14 Diluiç ão e Mist uras de Soluç ões 1) Diluição: diluir uma solução consiste em adicionar solvente, sem modificar a quantidade de soluto. + V água Solução inicial Solução final m 1, V, C + V água m 1, V, C Ä Ä m 1 = C.V m 1 = C. V Como a massa do soluto é a mesma, conclui-se que: C. V = C. V De modo semelhante, pode ser demonstrado que: M. V = M. V t. m = t. m Na Concentração de uma solução o solvente é removido por evaporação, mantendo constante a quantidade de soluto. As expressões são as mesmas da Diluição. A diferença ocorre no volume final: Diluição: V > V ; V = V + V água Concentração: V < V ; V = V - V água 2) Mistura (mesmo soluto): na mistura de soluções do mesmo soluto não há reação entre as soluções misturas.

15 15 (1) (2) (3) + Solução 1 + Solução 2 = Solução final m 1, V, C m 1, V, C m 1, V, C Ä Ä Ä m 1 = C.V m 1 = C.V m 1 = C.V A massa de soluto na solução final é a soma das massas nas soluções 1 e 2, portanto: m 1 + m 1 = m 1 logo: C.V + C.V = C.V De modo semelhante pode ser demonstrado que: M. V + M. V = M. V t. m + t. m = t. m A relação anterior pode ser aplicada para uma mistura de qualquer número de soluções. Generalizando: C x. V x = S C. V M x. V x = S M. V t x. m x = S t. m

16 16 3) Mistura (solutos diferentes): neste caso ocorre reação entre os constituíntes. ex.: solução de HCl misturada com solução de NaOH. Neste caso, para que a reação seja completa entre os solutos os volumes misturados devem obedecer à relação estequiométrica corresponde à reação. HCl + NaOH NaCl + H 2 O 1 mol 1 mol 1 mol 1 mol Portanto, no ponto final dessa reação: n ácido = n base à M a. V a = M b. V b ex.: solução de H 3 PO 4 misturada com solução de NaOH. H 3 PO NaOH Na 3 PO H 2 O 1 mol 3 mols 1 mol 3 mols No ponto final dessa reação: n base = 3 n ácido à M b. V b = 3 M a. V a ex.: solução de H 2 SO 4 misturada com solução de KOH. H 2 SO KOH K 2 SO H 2 O 1 mol 2 mols 1 mol 2 mols No ponto final dessa reação: n base = 2 n ácido à M b. V b = 2 M a. V a O principio acima descrito consiste de um método volumétrico de determinação da concentração de bases através do volume gasto de ácido, de molaridade conhecida e vice-versa. Este processo é denominado Titulação ou Padronização. O ponto final das reações de neutralização pode ser visualizado através da adição de indicadores ácido-base (fenolftaleína, tornassol, azul de bromo timol,...) Este principio não é válido somente para reações ácido-base, mas para qualquer tipo de reação, desde que se conheça a equação química correspondente e seu respectivo ajuste (coeficientes).

17 17 A figura ao lado mostra como pode ser determinada a concentração de uma solução usando-se a sua reação com outra, de molaridade conhecida. Na bureta coloca-se a solução de concentração conhecida, a qual é adicionada a uma alíquota (porção) de solução de concentração a determinar (em geral 25 ml). No ponto final da reação o indicar muda de coloração e pelo volume gasto na bureta podemos estabelecer as quantidades, em mols, que reagiram entre sí, através das expressões acima mencionadas Ex erc íc ios Propriedades dos líquidos. 1) Em função das forças interativas moleculares como se pode explicar: 1.1. a elevada tensão superficial da água a dilatação anormal (anômala) do gelo. 2) Como toda a criança, você, provavelmente, já deve ter enchido um copo acima da sua borda. Como se explica o fato do mesmo não transbordar? 3) A acetona (CH 3 COCH 3 ) é um líquido muito mais volátil do que a água, fato esse comprovado pelo seu ponto de ebulição ser bastante inferior (53,6 o C). Como esse fenômeno pode ser explicado? 4) Porque a água quente evapora mais rapidamente do que a água fria? 5) A miscibilidade (solubilidade) do etanol (CH 3 CH 2 OH) é infinita, em água. A solubilidade é decorrente de forças atrativas entre as moléculas das substâncias envolvidas. Nesse caso qual é o tipo de força atrativa? 6) Valendo-se de qualquer bibliografia de Química Geral, investigue a respeito do diagrama de fases da água pura bem como do significado do ponto triplo da água.

18 18 7) A solubilidade de gases em líquidos não mostra o mesmo comportamento do que a dos sólidos. Varia diretamente com a pressão (Lei de Henry) e inversamente com a temperatura. Em função disso explique porque os peixes procuram os lugares mais profundos e sombrios durante as tardes de verâo? 8) O que ocasiona a descompressão em mergulhadores? Preparação de soluções 1) Na preparação de uma solução, quando é que um soluto pode ser considerado um padrão primário? 2) Enumere algumas características de um padrão secundário, citando, pelo menos, 5 exemplos de solutos que mostrem essas características? 3) Porque as soluções, mesmo as de padrões secundários, devem ser preparadas em balões volumétricos e não em bequer graduado? 4) Investigue a respeito de duas soluções que devem ser obrigatoriamente conservadas em frasco escuro, ao abrigo da luz, justificando tal procedimento em cada caso. 5) Qual a diferença entre uma pipeta graduada e uma pipeta volumétrica, ambas de mesma capacidade? Concentração das soluções 1) Procure estabelecer o significado para as expressões de concentração encontradas em algumas soluções de nosso cotidiano: œ Soro fisiológico : NaCl a 0,9 % œ Água oxigenada a 10 volumes œ Graduação alcoólica do conhaque 38 0 GL. 2) Sabendo-se que a solubilidade do NaCl, a 100 o C é de 39,0 g/100 g de água e, a 20 o C é de 36,0 g/100 g de água, calcule qual a massa de água necessária para dissolver 780 g de NaCl à 100 o C e qual é a massa de NaCl que permanecerá dissolvida quando essa solução for resfriada até 20 o C? Resposta: m água = 2000 g ; m NaCl = 720,0 g 3) A fração molar do ácido sulfúrico é 0,10, numa solução aquosa. Qual a Concentração em massa (Título) da mesma? Resposta: 37,6 %

19 19 4) O álcool hidratado usado como combustível apresenta em média cerca de 3,7 % em massa de água dissolvida no álcool. Qual o valor da fração molar do soluto nessa solução? Resposta: 0,089 5) O ácido sulfúrico para acumuladores (baterias) de automóveis tem 32 % em massa de ácido; o resto é água. A massa específica dessa solução é 1,2 g/ml. Qual a Molaridade de ácido sulfúrico na solução? Resposta: 4,0 mol/l 6) Formalina é uma solução para preservação usada em biologia. Ela contém 40 cm 3 de formaldeído (H-CHO), massa específica 0,82 g/cm 3, por 100 gramas de água. Qual a Molalidade dessa solução? Resposta: 10,93 mol/kg de água 7) A graduação alcoólica do whiskey bourbon (destilado de malte e milho), produzido, principalmente, nos estados do Tenessee e Kentucky (USA), corresponde ao dobro da porcentagem em volume de álcool (C 2 H 5 OH). Para uma graduação 120 do whiskey bourbon, qual a molalidade do álcool etílico? (massa específica do etanol = 0,80 g/ml) Resposta: 26,08 mol/kg 8) Qual a massa de cloreto de cálcio (CaCl 2 ) que deve ser dissolvida em 400 gramas de água para produzir uma solução de título 20%? Resposta: 100 g 9) O bactericida permanganato de potássio, KmnO 4, pode ser usado em água dissolvido na proporção em massa de 1 : Que volume de água será necessário dissolver 1 comprimido de 0,1 gramas de permanganato para produzir a solução acima? Resposta: 4 l de água 10) Em média, as cervejas apresentam teor alcoólico (etanol) de 4% (4 0 GL). Qual o volume, em litros, de etanol, existente num tonel de L de cerveja? Resposta: 400 ml 11) Uma solução cuja densidade é 1,15 g/ml foi preparada dissolvendo-se 160 g de NaOH em 760 ml de água. Determine a massa e o volume da solução obtida. Respostas: m = 920 gramas ; V = 0,8 L 12) Segundo os padrões modernos de controle ambiental, uma água natural de superfície não pode conter mais de 0,78 mg de cromo por litro. Qual a concentração limite para o cromo em mol/l? Resposta: 1, mol/l

20 20 13) O rótulo de uma solução de ácido clorídrico comercial indica HCl 37,4 % em peso e massa específica 1,18 g/ml. Qual a molaridade do HCl nessa solução? Resposta: 12 mol/l 14) Um ml de solução 1,0 M de ácido clorídrico equivale a 20 gotas. Qual o número de mols de HCl presentes em 1,0 gota? Resposta: 5, mol 15) Certa massa de sulfato férrico foi dissolvida para perfazer 1,0 litro de solução. O número total de partículas dispersas na solução, considerando o soluto totalmente dissociado, foi igual a 6, (0,1 N 0 ). Qual a Molaridade da solução em função do Fe 2 (SO 4 ) 3? Resposta: 2, mol/l 16) A solução aquosa de cloreto de sódio, vendida no comércio e usada como colírio ou para limpar lentes de contato, apresenta Título igual a 0,9 %. Qual a massa de NaCl contida em 1,0 litro dessa solução? Resposta: 9,0 gramas 17) Um analgésico em gotas deve ser ministrado em quantidade de 3 mg por quilograma de massa corporal, não podendo, entretanto, exceder a 200 mg por dose. Sabendo-se que cada gota contém cerca de 5 mg do analgésico, quantas gotas deverão ser ministradas a um paciente de 70 quilogramas? Resposta: 40 gotas 18) O rótulo de uma água mineral distribuída para o consumo informa que ela contém principalmente 696,35 mg de bicarbonato de sódio (NaHCO 3 ), além de outros componentes. Qual a concentração do bicarbonato de sódio, expressa em mol/litro dessa água mineral? Resposta: 0,008 mol/l 19) Uma solução de Cr 2 (SO 4 ) 3, apresenta uma concentração de 0,2 mol/l. Supondo o sal totalmente dissociado, qual a molaridade em relação aos íons presentes? Respostas: Cromo = 0,4 mol/l ; Sulfato = 0,6 mol/l 20) A água potável pode ter no máximo 1,0 ppm de chumbo. Qual a maior massa de chumbo que pode existir em 0,50 L de água potável? Resposta: 5, gramas

Aulas 13 e 14. Soluções

Aulas 13 e 14. Soluções Aulas 13 e 14 Soluções Definição Solução é a denominação ao sistema em que uma substância está distribuída, ou disseminada, numa segunda substância sob forma de pequenas partículas. Exemplos Dissolvendo-se

Leia mais

SOLUÇÕES. 3) (UNIFOR) O gráfico seguinte dá a solubilidade em água do açúcar de cana em função da temperatura.

SOLUÇÕES. 3) (UNIFOR) O gráfico seguinte dá a solubilidade em água do açúcar de cana em função da temperatura. SOLUÇÕES 1) (FEI) Tem-se 500g de uma solução aquosa de sacarose (C 12 H 22 O 11 ), saturada a 50 C. Qual a massa de cristais que se separam da solução, quando ela é resfriada até 30 C? Dados: Coeficiente

Leia mais

Quando juntamos duas espécies químicas diferentes e, não houver reação química entre elas, isto é, não houver formação de nova(s) espécie(s), teremos

Quando juntamos duas espécies químicas diferentes e, não houver reação química entre elas, isto é, não houver formação de nova(s) espécie(s), teremos SOLUÇÕES Quando juntamos duas espécies químicas diferentes e, não houver reação química entre elas, isto é, não houver formação de nova(s) espécie(s), teremos uma MISTURA Quando na mistura tiver apenas

Leia mais

2º ANO QUÍMICA 1 PROFª ELAINE CRISTINA. Educação para toda a vida. Colégio Santo Inácio. Jesuítas

2º ANO QUÍMICA 1 PROFª ELAINE CRISTINA. Educação para toda a vida. Colégio Santo Inácio. Jesuítas 2º ANO QUÍMICA 1 1 mol 6,02.10 23 partículas Massa (g)? Massa molar Cálculo do número de mols (n) Quando juntamos duas espécies químicas diferentes e, não houver reação química entre elas, isto é, não

Leia mais

Características e os efeitos das propriedades coligativas

Características e os efeitos das propriedades coligativas Características e os efeitos das propriedades coligativas O estudo das propriedades coligativas é um dos conteúdos mais importantes a serem estudados, pois facilita a compreensão de fenômenos químicos

Leia mais

SOLUÇÕES. As misturas homogêneas possuem uma fase distinta. As misturas heterogêneas possuem duas ou mais fases distintas.

SOLUÇÕES. As misturas homogêneas possuem uma fase distinta. As misturas heterogêneas possuem duas ou mais fases distintas. QUÍMICA PROF - 3C13 SOLUÇÕES As misturas podem ser homogêneas ou heterogêneas. As misturas homogêneas possuem uma fase distinta. As misturas heterogêneas possuem duas ou mais fases distintas. Solução é

Leia mais

Lista de Exercícios 4 Indústrias Químicas Resolução pelo Monitor: Rodrigo Papai de Souza

Lista de Exercícios 4 Indústrias Químicas Resolução pelo Monitor: Rodrigo Papai de Souza Lista de Exercícios 4 Indústrias Químicas Resolução pelo Monitor: Rodrigo Papai de Souza 1) a-) Calcular a solubilidade do BaSO 4 em uma solução 0,01 M de Na 2 SO 4 Dissolução do Na 2 SO 4 : Dado: BaSO

Leia mais

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES 2ª SÉRIE Ensino Médio -2015. Roteiro de estudos para recuperação trimestral

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES 2ª SÉRIE Ensino Médio -2015. Roteiro de estudos para recuperação trimestral COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES 2ª SÉRIE Ensino Médio -2015 Disciplina: Professor (a): QUÍMICA LUÍS FERNANDO Roteiro de estudos para recuperação trimestral Conteúdo: Referência para estudo: Sites recomendados:

Leia mais

SOLUÇÕES. Curvas de Solubilidade

SOLUÇÕES. Curvas de Solubilidade QUÍMICA SOLUÇÕES 1. INTRODUÇÃO Soluções são misturas homogêneas, ou seja, misturas entre dois ou mais componentes apresentando uma única fase. Exemplos: Água + Álcool Água + Sal + Açucar Curvas de Solubilidade

Leia mais

SOLUÇÕES SOLUÇÕES MISTURAS

SOLUÇÕES SOLUÇÕES MISTURAS MISTURAS SOLUÇÕES Quando juntamos duas espécies químicas diferentes e, não houver reação química entre elas, isto é, não houver formação de nova(s) espécie(s), teremos uma mistura. Exemplos: Mistura de

Leia mais

Volumetria ácido-base (continuação) Prof a Alessandra Smaniotto QMC 5325 - Química Analítica - Farmácia Turmas 02102A e 02102B

Volumetria ácido-base (continuação) Prof a Alessandra Smaniotto QMC 5325 - Química Analítica - Farmácia Turmas 02102A e 02102B Volumetria ácido-base (continuação) Prof a Alessandra Smaniotto QMC 5325 - Química Analítica - Farmácia Turmas 02102A e 02102B Curvas de titulação ² A curva de titulação é a representação gráfica de como

Leia mais

DISPERSÕES. Profa. Kátia Aquino

DISPERSÕES. Profa. Kátia Aquino DISPERSÕES Profa. Kátia Aquino O que é uma dispersão do ponto de vista químico? Mistura de duas ou mais substâncias, em que as partículas de uma fase a fase dispersa se encontram distribuidas em outra

Leia mais

As Propriedades das Misturas (Aulas 18 a 21)

As Propriedades das Misturas (Aulas 18 a 21) As Propriedades das Misturas (Aulas 18 a 21) I Introdução Em Química, solução é o nome dado a dispersões cujo tamanho das moléculas dispersas é menor que 1 nanometro (10 Angstrons). A solução ainda pode

Leia mais

PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa

PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa QUESTÃO 01 Num laboratório químico, havia três frascos que continham, respectivamente, um alcano, um álcool e um alqueno. Foram realizados experimentos que envolviam

Leia mais

Segundo a Portaria do Ministério da Saúde MS n.o 1.469, de 29 de dezembro de 2000, o valor máximo permitido (VMP) da concentração do íon sulfato (SO 2

Segundo a Portaria do Ministério da Saúde MS n.o 1.469, de 29 de dezembro de 2000, o valor máximo permitido (VMP) da concentração do íon sulfato (SO 2 11 Segundo a Portaria do Ministério da Saúde MS n.o 1.469, de 29 de dezembro de 2000, o valor máximo permitido (VMP) da concentração do íon sulfato (SO 2 4 ), para que a água esteja em conformidade com

Leia mais

Preparação e padronização de uma solução 0,10 mol/l de ácido clorídrico

Preparação e padronização de uma solução 0,10 mol/l de ácido clorídrico Universidade Estadual de Goiás UnUCET - Anápolis Química Industrial Química Experimental II Preparação e padronização de uma solução 0,10 mol/l de ácido clorídrico Alunos: Bruno Ramos; Wendel Thiago; Thales

Leia mais

Propriedades Físicas das Soluções

Propriedades Físicas das Soluções Propriedades Físicas das Soluções Solução (def): é uma mistura homogénea de duas ou mais substâncias. Solvente: componente da solução do mesmo estado físico, por exemplo água numa solução aquosa Soluto:

Leia mais

Exercícios de Propriedades Coligativas e Coloides

Exercícios de Propriedades Coligativas e Coloides Exercícios de Propriedades Coligativas e Coloides 1. Considere o gráfico da pressão máxima de vapor em função da temperatura para um solvente puro e para uma solução desse solvente contendo um soluto molecular

Leia mais

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

PROPRIEDADES COLIGATIVAS PROPRIEDADES COLIGATIVAS 1- Pressão Máxima de Vapor: É a pressão exercida por seus vapores quando estes estão em equilíbrio dinâmico com o líquido. É bom lembrar também que quanto maior for a pressão máxima

Leia mais

Exercícios sobre Propriedades coligativas - Osmose

Exercícios sobre Propriedades coligativas - Osmose Exercícios sobre Propriedades coligativas - Osmose 01. (Pucsp) Osmose é a difusão do solvente através de uma membrana semipermeável do meio menos concentrado para o meio mais concentrado. A pressão osmótica

Leia mais

Resoluções das Atividades

Resoluções das Atividades Resoluções das Atividades Sumário Módulo 1 Estudo das dispersões Definição, classificação, estudo dos coloides, coeficiente de solubilidade... 1 Módulo 2 Concentração de soluções... 3 Módulo 3 Propriedades

Leia mais

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal FCAV - UNESP. CURSO: Agronomia. DISCIPLINA: Química Geral

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal FCAV - UNESP. CURSO: Agronomia. DISCIPLINA: Química Geral Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal FCAV - UNESP CURSO: Agronomia DISCIPLINA: Química Geral ASSUNTO: Soluções e Unidades de Concentração 1 1. TIPOS MAIS COMUNS DE SOLUÇÃO Solução

Leia mais

A) Escreva a equação que representa a semi-reação de redução e seu respectivo potencial padrão.

A) Escreva a equação que representa a semi-reação de redução e seu respectivo potencial padrão. QUÍMICA QUESTÃ 01 Aparelhos eletrônicos sem fio, tais como máquinas fotográficas digitais e telefones celulares, utilizam, como fonte de energia, baterias recarregáveis. Um tipo comum de bateria recarregável

Leia mais

Box 2. Estado da solução Estado do solvente Estado do soluto Exemplos

Box 2. Estado da solução Estado do solvente Estado do soluto Exemplos MISTURA E SOLUBILIDADE Box 2 Grande parte das substancias encontradas no dia-a-dia são misturas que sob o aspecto macroscópico apresentam-se com o aspecto homogêneo (uma única fase) ou heterogêneo (mais

Leia mais

DISPERSÕES. Prof. Tatiane Kuchnier de Moura

DISPERSÕES. Prof. Tatiane Kuchnier de Moura DISPERSÕES Prof. Tatiane Kuchnier de Moura DISPERSÃO Mistura DISPERSO + DISPERSANTE Classificação das Dispersões Nome da dispersão Diâmetro médio das partículas dispersas Exemplos Solução verdadeira Entre

Leia mais

10/02/2014. O Processo de Dissolução. Solução: é uma mistura homogênea de soluto e solvente. Solvente: Componente cujo estado físico é preservado.

10/02/2014. O Processo de Dissolução. Solução: é uma mistura homogênea de soluto e solvente. Solvente: Componente cujo estado físico é preservado. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Bacharelado em Ciência e Tecnologia Diamantina - MG Solução: é uma mistura homogênea de soluto e solvente. Solvente: Componente cujo estado físico

Leia mais

QUÍMICA QUESTÃO 41 QUESTÃO 42

QUÍMICA QUESTÃO 41 QUESTÃO 42 Processo Seletivo/UNIFAL- janeiro 2008-1ª Prova Comum TIPO 1 QUÍMICA QUESTÃO 41 Diferentes modelos foram propostos ao longo da história para explicar o mundo invisível da matéria. A respeito desses modelos

Leia mais

3º Bimestre. Química. Autor: Pedro L. S. Dias

3º Bimestre. Química. Autor: Pedro L. S. Dias 3º Bimestre Autor: Pedro L. S. Dias SUMÁRIO UNIDADE III Inorgânica... 5 Capítulo 1... 5 1.1 Soluções... 5 1.2 Solubilidade... 8 1.3 Coeficiente de solubilidade e Curva de solubilidade... 10 1.4 Unidades

Leia mais

Química Fascículo 07 Elisabeth Pontes Araújo Elizabeth Loureiro Zink José Ricardo Lemes de Almeida

Química Fascículo 07 Elisabeth Pontes Araújo Elizabeth Loureiro Zink José Ricardo Lemes de Almeida Química Fascículo 07 Elisabeth Pontes Araújo Elizabeth Loureiro Zink José Ricardo Lemes de Almeida Índice Propriedades Coligativas...1 Exercícios...3 Gabarito...5 Propriedades coligativas Propriedades

Leia mais

Introdução. Muitas reações ocorrem completamente e de forma irreversível como por exemplo a reação da queima de um papel ou palito de fósforo.

Introdução. Muitas reações ocorrem completamente e de forma irreversível como por exemplo a reação da queima de um papel ou palito de fósforo. Introdução Muitas reações ocorrem completamente e de forma irreversível como por exemplo a reação da queima de um papel ou palito de fósforo. Existem também sistemas, em que as reações direta e inversa

Leia mais

Química. Resolução das atividades complementares. Q50 Forças intermoleculares

Química. Resolução das atividades complementares. Q50 Forças intermoleculares Resolução das atividades complementares 4 Química Q50 Forças intermoleculares p. 15 1 (Unifor-CE) Considerando a natureza das ligações químicas intermoleculares existentes nas substâncias: Etanol C 2 H

Leia mais

A limpeza de pisos de mármore normalmente é feita com solução de ácido clorídrico comercial (ácido muriático).

A limpeza de pisos de mármore normalmente é feita com solução de ácido clorídrico comercial (ácido muriático). 61 b A limpeza de pisos de mármore normalmente é feita com solução de ácido clorídrico comercial (ácido muriático). Essa solução ácida ataca o mármore, desprendendo gás carbônico, segundo a reação descrita

Leia mais

P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 11/10/08

P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 11/10/08 P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 11/10/08 Nome: Gabarito Nº de Matrícula: Turma: Assinatura: Questão Valor Grau Revisão 1 a 2,5 2 a 2,5 3 a 2,5 4 a 2,5 Total 10,0 Constantes: R 8,314 J mol -1 K -1 0,0821

Leia mais

a) Incorreta. O aumento da temperatura desloca o equilíbrio para o lado direito, no sentido da formação do vapor (transformação endotérmica).

a) Incorreta. O aumento da temperatura desloca o equilíbrio para o lado direito, no sentido da formação do vapor (transformação endotérmica). 01 a) Incorreta. O aumento da temperatura desloca o equilíbrio para o lado direito, no sentido da formação do vapor (transformação endotérmica). b) Incorreta. Quanto mais volátil o líquido, menor será

Leia mais

Revisão: Química inorgânica Soluções aquosas

Revisão: Química inorgânica Soluções aquosas QUÍMICA è Revisão: Química inorgânica Hidróxidos fortes família 1A e 2A (exceto Ca e Mg) Ácidos fortes nº de oxigênios nº de hidrogênios > 2, principalmente nítrico (HNO 3 ), clorídrico (HCl) e sulfúrico

Leia mais

a) Qual a configuração eletrônica do cátion do alumínio isoeletrônico ao gás nobre neônio?

a) Qual a configuração eletrônica do cátion do alumínio isoeletrônico ao gás nobre neônio? Questão 1: O Brasil é o campeão mundial da reciclagem de alumínio, colaborando com a preservação do meio ambiente. Por outro lado, a obtenção industrial do alumínio sempre foi um processo caro, consumindo

Leia mais

QIE0001 Química Inorgânica Experimental Prof. Fernando R. Xavier. Prática 09 Síntese do cloreto de pentaaminoclorocobalto(iii)

QIE0001 Química Inorgânica Experimental Prof. Fernando R. Xavier. Prática 09 Síntese do cloreto de pentaaminoclorocobalto(iii) UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC QIE0001 Química Inorgânica Experimental Prof. Fernando R. Xavier Prática 09 Síntese do cloreto

Leia mais

PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA.

PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA. PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA. 1)Considere os seguintes dados obtidos sobre propriedades de amostras de alguns materiais. Com respeito a estes materiais,

Leia mais

Questão 61. Questão 63. Questão 62. alternativa B. alternativa B. alternativa D

Questão 61. Questão 63. Questão 62. alternativa B. alternativa B. alternativa D Questão 61 A limpeza de pisos de mármore normalmente é feita com solução de ácido clorídrico comercial (ácido muriático). Essa solução ácida ataca o mármore, desprendendo gás carbônico, segundo a reação

Leia mais

Introdução à Química Inorgânica

Introdução à Química Inorgânica Introdução à Química Inorgânica Orientadora: Drª Karla Vieira Professor Monitor: Gabriel Silveira Química A Química é uma ciência que está diretamente ligada à nossa vida cotidiana. A produção do pão,

Leia mais

A Matéria Química Geral

A Matéria Química Geral Química Geral A Matéria Tudo o que ocupa lugar no espaço e tem massa. A matéria nem sempre é visível Noções Preliminares Prof. Patrícia Andrade Mestre em Agricultura Tropical Massa, Inércia e Peso Massa:

Leia mais

PROPRIEDADES DA MATÉRIA

PROPRIEDADES DA MATÉRIA Profª Msc.Anna Carolina A. Ribeiro PROPRIEDADES DA MATÉRIA RELEMBRANDO Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Não existe vida nem manutenção da vida sem matéria. Corpo- Trata-se de uma porção

Leia mais

Resolução: 0,86ºC. x = 0,5 mol etanol/kg acetona. 0,5 mol 1000 g de acetona. 200 g de acetona. y = 0,1 mol de etanol. 1 mol de etanol (C 2 H 6 O) 46 g

Resolução: 0,86ºC. x = 0,5 mol etanol/kg acetona. 0,5 mol 1000 g de acetona. 200 g de acetona. y = 0,1 mol de etanol. 1 mol de etanol (C 2 H 6 O) 46 g (ACAFE) Foi dissolvida uma determinada massa de etanol puro em 200 g de acetona acarretando em um aumento de 0,86 C na temperatura de ebulição da acetona. Dados: H: 1 g/mol, C: 12 g/mol, O: 16 g/mol. Constante

Leia mais

Propriedades coligativas

Propriedades coligativas Química Aula de Revisão 9 3 os anos Décio ago/09 Nome: Nº: Turma: Propriedades coligativas Objetivo O objetivo dessa ficha é dar continuidade à revisão do 3º ano Química, dos assuntos mais significativos.

Leia mais

O interesse da Química é analisar as...

O interesse da Química é analisar as... O interesse da Química é analisar as... PROPRIEDADES CONSTITUINTES SUBSTÂNCIAS E MATERIAIS TRANSFORMAÇÕES ESTADOS FÍSICOS DOS MATERIAIS Os materiais podem se apresentar na natureza em 3 estados físicos

Leia mais

Resolução da Prova de Química Vestibular Verão UERGS/2003 Prof. Emiliano Chemello

Resolução da Prova de Química Vestibular Verão UERGS/2003 Prof. Emiliano Chemello Fácil Resolução da Prova de Química Vestibular Verão UERGS/2003 Prof. Emiliano Chemello Médio www.quimica.net/emiliano emiliano@quimica.net Difícil Níveis de dificuldade das Questões 01. Em um frasco,

Leia mais

PREPARO DE SOLUÇÕES. Classificação das soluções com relação à quantidade de soluto dissolvido

PREPARO DE SOLUÇÕES. Classificação das soluções com relação à quantidade de soluto dissolvido PREPARO DE SOLUÇÕES Uma solução, no sentido amplo, é uma dispersão homogênea de duas ou mais substâncias moleculares ou iônicas. No âmbito mais restrito, as dispersões que apresentam as partículas do disperso

Leia mais

S O L U Ç Õ E S PROF. AGAMENON ROBERTO < 2011 >

S O L U Ç Õ E S PROF. AGAMENON ROBERTO < 2011 > S O L U Ç Õ E S PROF. AGAMENON ROBERTO < 011 > SOLUÇÕES MISTURAS Quando juntamos duas espécies químicas diferentes e, não houver reação química entre elas, isto é, não houver formação de nova(s) espécie(s),

Leia mais

PROPRIEDADES COLIGATIVAS Prof. Robinho Propriedades Coligativas São mudanças que ocorrem no comportamento de um líquido. Quando comparamos, em análise química, um líquido puro e uma solução desse líquido

Leia mais

3 Propriedades Coligativas

3 Propriedades Coligativas 3 Propriedades Coligativas 1 Introdução É bastante comum as pessoas adicionarem sal à água que será utilizada no cozimento de alimentos. Com a adição de sal de cozinha, a água demora mais tempo para entrar

Leia mais

química FUVEST ETAPA Resposta QUESTÃO 1 QUESTÃO 2 c) Determine o volume adicionado da solução

química FUVEST ETAPA Resposta QUESTÃO 1 QUESTÃO 2 c) Determine o volume adicionado da solução Química QUESTÃO 1 Um recipiente contém 100 ml de uma solução aquosa de H SO 4 de concentração 0,1 mol/l. Duas placas de platina são inseridas na solução e conectadas a um LED (diodo emissor de luz) e a

Leia mais

Prof a. Dr a. Luciana M. Saran

Prof a. Dr a. Luciana M. Saran HCl 0,1N FCAV/UNESP CURSO: Agronomia DISCIPLINA: Química Analítica Fundamentos da Análise Titrimétrica (Volumétrica) NaOH 0,1N Prof a. Dr a. Luciana M. Saran Fenolftaleína 1 O QUE É? ANÁLISE TITRIMÉTRICA

Leia mais

Química C Extensivo V. 2

Química C Extensivo V. 2 Química C Extensivo V. 2 Exercícios 01) E 02) E Situação 1. Sistema heterogêneo solução saturada com corpo de fundo; 20 C = 46,5/100 g H 2 Na situação 1 há 80 g de soluto em 100 g de água a 20 C. excesso

Leia mais

TURMA DE MEDICINA - QUÍMICA

TURMA DE MEDICINA - QUÍMICA Prof. Borges / Lessa TURMA DE MEDICINA - QUÍMICA AULA 06 DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES Diluir significa adicionar solvente a uma solução que já existe. Este método faz com que o volume de solução aumente e a concentração

Leia mais

Água e Solução Tampão

Água e Solução Tampão União de Ensino Superior de Campina Grande Faculdade de Campina Grande FAC-CG Curso de Fisioterapia Água e Solução Tampão Prof. Dra. Narlize Silva Lira Cavalcante Fevereiro /2015 Água A água é a substância

Leia mais

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

PROPRIEDADES COLIGATIVAS RORIEDADES COLIGAIVAS O artigo abaixo trata de um tema extremamente cobrado nas provas do IME e do IA dos últimos anos. Em nosso site já existem dois outros artigos com exercícios sobre esse assunto e

Leia mais

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS QUÍMICA GERAL

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS QUÍMICA GERAL PROPRIEDADES DOS MATERIAIS QUÍMICA GERAL PROPRIEDADES DA MATÉRIA CONCEITOS BÁSICOS MATÉRIA: tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço. CORPO/OBJETO: porção limitada da matéria. MASSA: quantidade matéria,

Leia mais

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Estudo de caso Reúnam-se em grupos de máximo 5 alunos e proponha uma solução para o seguinte caso: A morte dos peixes ornamentais. Para isso

Leia mais

Prova de Química Resolvida Segunda Etapa Vestibular UFMG 2011 Professor Rondinelle Gomes Pereira

Prova de Química Resolvida Segunda Etapa Vestibular UFMG 2011 Professor Rondinelle Gomes Pereira QUESTÃO 01 Neste quadro, apresentam-se as concentrações aproximadas dos íons mais abundantes em uma amostra de água típica dos oceanos e em uma amostra de água do Mar Morto: 1. Assinalando com um X a quadrícula

Leia mais

Aula sobre Soluções Aula 01 (ENEM) Profº.: Wesley de Paula

Aula sobre Soluções Aula 01 (ENEM) Profº.: Wesley de Paula Aula sobre Soluções Aula 01 (ENEM) Profº.: Wesley de Paula Propriedades das Soluções Classificação das Misturas: Soluções e Dispersões Classificação das soluções O Processo de Dissolução em soluções Relações

Leia mais

Aula 19 PROPRIEDADES DAS SOLUÇÕES. Eliana Midori Sussuchi Samísia Maria Fernandes Machado Valéria Regina de Souza Moraes

Aula 19 PROPRIEDADES DAS SOLUÇÕES. Eliana Midori Sussuchi Samísia Maria Fernandes Machado Valéria Regina de Souza Moraes Aula 19 PROPRIEDADES DAS SOLUÇÕES META Apresentar os fatores que influenciam no processo de dissolução. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: reconhecer um processo de dissolução; identificar

Leia mais

Departamento de Química Inorgânica 2. SOLUÇÕES

Departamento de Química Inorgânica 2. SOLUÇÕES 2. SOLUÇÕES I. INTRODUÇÃO Soluções são misturas homogêneas de dois ou mais componentes, sendo que estes estão misturados uniformemente em nível molecular. Em nosso cotidiano temos diversos exemplos de

Leia mais

Propriedades Coligativas. Profa. Kátia Aquino

Propriedades Coligativas. Profa. Kátia Aquino Propriedades Coligativas Profa. Kátia Aquino O que são? São as propriedades de uma solução que são influenciadas pela quantidade de soluto. Tal influência não depende da natureza do soluto. Vamos recapitular...

Leia mais

Matéria: Química Assunto: Materiais Prof. Gilberto Ramos

Matéria: Química Assunto: Materiais Prof. Gilberto Ramos Matéria: Química Assunto: Materiais Prof. Gilberto Ramos Química Materiais, suas propriedades e usos Estados Físicos Estado vem do latim status (posição,situação, condição,modo de estar). O estado físico

Leia mais

Solubilidade. Ricardo Queiroz Aucélio Letícia Regina de Souza Teixeira

Solubilidade. Ricardo Queiroz Aucélio Letícia Regina de Souza Teixeira Ricardo Queiroz Aucélio Letícia Regina de Souza Teixeira Este documento tem nível de compartilhamento de acordo com a licença 3.0 do Creative Commons. http://creativecommons.org.br http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/legalcode

Leia mais

Final 8 de Maio de 2010

Final 8 de Maio de 2010 Final 8 de Maio de 2010 Prova Teórica Nome:.... Escola:....... Pergunta Total Átomo, elemento e núcleo Contar os átomos Massa, moles e concentrações Equações Químicas Classificação teórica Classificação

Leia mais

Equipe de Química QUÍMICA

Equipe de Química QUÍMICA Aluno (a): Série: 3ª Turma: TUTORIAL 11R Ensino Médio Equipe de Química Data: QUÍMICA SOLUÇÕES As misturas podem ser homogêneas ou heterogêneas. As misturas homogêneas possuem uma fase distinta. As misturas

Leia mais

2) Uma solução de 5,00 g de ácido acético, CH 3 COOH, em 100 g de benzeno congela a 3,37

2) Uma solução de 5,00 g de ácido acético, CH 3 COOH, em 100 g de benzeno congela a 3,37 Química Geral e Experimental II Soluções e propriedades coligativas Resolução comentada de exercícios selecionados versão colig_v3_2005 Prof. Fabricio R. Sensato 1) Qual o ponto de ebulição de uma solução

Leia mais

ESTEQUIOMETRIA. Prof. João Neto

ESTEQUIOMETRIA. Prof. João Neto ESTEQUIOMETRIA Prof. João Neto 1 Lei de Lavoisier Leis Ponderais Lei de Dalton Lei de Proust 2 Fórmula molecular Fórmula mínima Tipos de Fórmulas Fórmula eletrônica ou de Lewis Fórmula Centesimal Fórmula

Leia mais

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

PROPRIEDADES COLIGATIVAS PROPRIEDADES COLIGATIVAS 1) Qual das seguintes soluções aquosas apresenta maior ponto de ebulição? A) uréia 2,0 molar. B) glicose 1,5 molar. C) NaCl 1,5 molar. D) CH 3 COOH 1,0 molar. E) sacarose 2,5 molar.

Leia mais

1- PROPRIEDADES DAS SOLUÇÕES OU PROPRIEDADES COLIGATIVAS

1- PROPRIEDADES DAS SOLUÇÕES OU PROPRIEDADES COLIGATIVAS 1- PROPRIEDADES DAS SOLUÇÕES OU PROPRIEDADES COLIGATIVAS Em países quentes, é costume adicionar à água do radiador dos automóveis o etilenoglicol, que eleva a temperatura de ebulição da água. Evita-se

Leia mais

Lista de Exercícios Fundamentos de Análise Volumétrica ALGUNS EXERCÍCIOS SÃO DE AUTORIA PRÓPRIA. OS DEMAIS SÃO ADAPTADOS DE LIVROS CITADOS ABAIXO.

Lista de Exercícios Fundamentos de Análise Volumétrica ALGUNS EXERCÍCIOS SÃO DE AUTORIA PRÓPRIA. OS DEMAIS SÃO ADAPTADOS DE LIVROS CITADOS ABAIXO. ALGUNS EXERCÍCIOS SÃO DE AUTORIA PRÓPRIA. OS DEMAIS SÃO ADAPTADOS DE LIVROS CITADOS ABAIXO. 1 Quantos mililitros de ácido nítrico 0,125 M são necessários para titular 1,30 g de hidróxido de bário? MASSAS

Leia mais

UFMG - 2004 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

UFMG - 2004 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR UFMG - 2004 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR Química Questão 01 Os metais alcalinos, ao reagirem com água, produzem soluções dos respectivos hidróxidos e gás hidrogênio. Esta tabela apresenta

Leia mais

AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL Estudando a água parte 32

AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL Estudando a água parte 32 AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL Estudando a água parte 32 9º NO DO ENSINO FUNDAMENTAL - 1º ANO DO ENSINO MÉDIO OBJETIVO Diversos experimentos, usando principalmente água e materiais de fácil obtenção, são

Leia mais

Água e Soluções Biológicas

Água e Soluções Biológicas Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Disciplina de Biofísica Água e Soluções Biológicas 1. Introdução 2. A estrutura da molécula de água 2.1.

Leia mais

RESPOSTAS DAS TAREFAS 2ª SÉRIE9. Química - Setor A. Aulas 1 e 2. Aulas 3 e 4. Aula 1 O. Aula 1. Aula 2. Aula 2. Aula 3 ENSINO MÉDIO H H

RESPOSTAS DAS TAREFAS 2ª SÉRIE9. Química - Setor A. Aulas 1 e 2. Aulas 3 e 4. Aula 1 O. Aula 1. Aula 2. Aula 2. Aula 3 ENSINO MÉDIO H H ENSINO MÉDIO RESPOSTAS DAS TAREFAS 2ª SÉRIE9 Química - Setor A Aulas 1 e 2 1. a) O etanol e a glicose são substâncias orgânicas, já que possuem carbono em sua composição, são formados por ligação covalente

Leia mais

Química Prof. Marcelo

Química Prof. Marcelo Química Prof. Marcelo PROPRIEDADES COLIGATIVAS 1 Pressão de vapor 2 Pressão de vapor e mudança de estado 3- Tonoscopia 4- Crioscopia 5- Ebulioscopia 6 - Osmose e pressão osmótica PROPRIEDADES COLIGATIVAS

Leia mais

1) Faça o balanceamento das equações abaixo:

1) Faça o balanceamento das equações abaixo: PROFESSORA: GIOVANA CARABALLO MELATTI DATA: / /2015 COMPONENTE CURRICULAR: QUÍMICA LISTA DE EXERCÍCIOS DE SALA ALUNO: LISTA DE EXERCÍCIOS REVISÃO 1) Faça o balanceamento das equações abaixo: a) C 2 H 6

Leia mais

Operações com soluções 2: Mistura de Soluções de Mesmo Soluto

Operações com soluções 2: Mistura de Soluções de Mesmo Soluto Operações com soluções 2: Mistura de Soluções de Mesmo Soluto Quando misturamos soluções de mesmo soluto, obtemos uma nova solução de concentração intermediária às das soluções misturadas. Nesse caso,

Leia mais

UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES

UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES Concentração Comum (C) ou Concentração massa/volume: é a razão estabelecida entre a massa do soluto (m 1 ) e o volume da solução (V); Geralmente: soluto (g) e solvente

Leia mais

MASSA ATÔMICA. 1u corresponde a 1,66.10-24 g, que equivale aproximadamente à massa de um próton ou de um nêutron.

MASSA ATÔMICA. 1u corresponde a 1,66.10-24 g, que equivale aproximadamente à massa de um próton ou de um nêutron. Cálculos Químicos MASSA ATÔMICA Na convenção da IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) realizada em 1961, adotou-se como unidade padrão para massa atômica o equivalente a 1/12 da massa

Leia mais

Propriedades Coligativas Aula 3

Propriedades Coligativas Aula 3 Propriedades Coligativas Aula 3 Um efeito coligativo é uma modificação em certas propriedades de um solvente quando nele adicionados um soluto não-volátil, o qual só depende do número de partículas (moléculas

Leia mais

Química. Resolução das atividades complementares. Q9 Diluição e concentração

Química. Resolução das atividades complementares. Q9 Diluição e concentração Resolução das atividades complementares 1 Química Q9 Diluição e concentração p. 45 1 (UFSM-RS) A soda cáustica (NaOH) é uma das bases mais usadas pela indústria química na preparação de compostos orgânicos,

Leia mais

QUÍMICA COMENTÁRIO DA PROVA DE QUÍMICA

QUÍMICA COMENTÁRIO DA PROVA DE QUÍMICA COMENTÁRIO DA PROVA DE QUÍMICA Prova boa, com questões claras e nível superior ao do ano passado. Nota-se, no entanto, a falta de uma revisão criteriosa, feita por algum professor da área, que não tenha

Leia mais

Propriedades coligativas I

Propriedades coligativas I Propriedades coligativas I 01. (Ufrn) Um béquer de vidro, com meio litro de capacidade, em condições normais de temperatura e pressão, contém 300 ml de água líquida e 100 g de gelo em cubos. Adicionando-se,

Leia mais

EQUILÍBRIO QUÍMICO 1

EQUILÍBRIO QUÍMICO 1 EQUILÍBRIO QUÍMICO 1 1- Introdução Uma reação química é composta de duas partes separadas por uma flecha, a qual indica o sentido da reação. As espécies químicas denominadas como reagentes ficam à esquerda

Leia mais

Lista de exercícios 9

Lista de exercícios 9 Nome: Bimestre: 2º nº: Ano / série: 2ª série Ensino: Médio Componente Curricular: Química Data: / / 2012 Professor: Ricardo Honda Lista de exercícios 9 Estudo das soluções I Concentração comum 01. Uma

Leia mais

CALORIMETRIA, MUDANÇA DE FASE E TROCA DE CALOR Lista de Exercícios com Gabarito e Soluções Comentadas

CALORIMETRIA, MUDANÇA DE FASE E TROCA DE CALOR Lista de Exercícios com Gabarito e Soluções Comentadas COLÉGIO PEDRO II PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA PROGRAMA DE RESIDÊNCIA DOCENTE RESIDENTE DOCENTE: Marcia Cristina de Souza Meneguite Lopes MATRÍCULA: P4112515 INSCRIÇÃO: PRD.FIS.0006/15

Leia mais

PROPRIEDADES COLIGATIVAS I

PROPRIEDADES COLIGATIVAS I PROPRIEDADES COLIGATIVAS I CONCEITO São propriedades que dependem unicamente do número de partículas dispersas na solução. Não dependem da natureza das partículas dispersas. Observe, a seguir, alguns dados

Leia mais

Propriedades Coligativas

Propriedades Coligativas Propriedades Coligativas São as propriedades das soluções que dependem do número de partículas dispersas e independem da natureza das partículas do soluto. Pressão Máxima de Vapor (PMV) PMV é a pressão

Leia mais

3213-0597 / 3243-1739 www.cursofiq.com.br

3213-0597 / 3243-1739 www.cursofiq.com.br 3213-0597 / 3243-1739 www.cursofiq.com.br Profª Helena Bonaparte Soluções : Concentração, diluição, misturas e neutralização. Unidades de concentração das soluções De acordo com a IUPAC, a quantidade de

Leia mais

MATÉRIA Química II. Helder

MATÉRIA Química II. Helder Valores eternos. TD Recuperação ALUNO(A) MATÉRIA Química II PROFESSOR(A) Helder ANO SEMESTRE DATA 1º 1º Jul/2013 TOTAL DE ESCORES ---- ESCORES OBTIDOS ---- 1. Numa solução saturada temos: a) uma soluçâo

Leia mais

Química Analítica Avançada: Volumetria de Neutralização. Prof a Lilian Silva 2011

Química Analítica Avançada: Volumetria de Neutralização. Prof a Lilian Silva 2011 Química Analítica Avançada: Volumetria de Neutralização Prof a Lilian Silva 2011 INTRODUÇÃO À VOLUMETRIA TITULAÇÃO Processo no qual uma solução padrão ou solução de referência é adicionada a uma solução

Leia mais

SOLUÇÕES PROPRIEDADES COLIGATIVAS TERMODINAMICA II PROF. JAQUELINE SCAPINELLO

SOLUÇÕES PROPRIEDADES COLIGATIVAS TERMODINAMICA II PROF. JAQUELINE SCAPINELLO SOLUÇÕES PROPRIEDADES COLIGATIVAS TERMODINAMICA II PROF. JAQUELINE SCAPINELLO A SOLUÇÃO IDEAL Solução: mistura homogenia de espécies químicas (única fase) Solvente: constituinte em maior quantidade Soluto:

Leia mais

3 METODOLOGIA EXPERIMENTAL

3 METODOLOGIA EXPERIMENTAL 43 3 METODOLOGIA EXPERIMENTAL 3. 1 METODOLOGIAS DE ANÁLISES 3.1.1 Método de Quantificação de Surfactantes (MBAS) em Águas 3.1.2 Princípio e aplicabilidade Os surfactantes aniônicos SLS (Lauril Sulfato

Leia mais

Professora Sonia - Química para o Vestibular Questões Resolvidas Hidrólise Salina (com respostas e resoluções no final)

Professora Sonia - Química para o Vestibular Questões Resolvidas Hidrólise Salina (com respostas e resoluções no final) Questões Resolvidas Hidrólise Salina (com respostas e resoluções no final) 01. (Uftm) Em soluções aquosas de acetato de sódio, o íon acetato sofre hidrólise: 3 l 3 CH COO (aq) + H O( ) CH COOH (aq) + OH

Leia mais

UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR Química Questão 01 Carbono é um elemento cujos átomos podem se organizar sob a forma de diferentes alótropos. Alótropos H de combustão a 25

Leia mais

Química Analítica I Tratamento dos dados analíticos Soluções analíticas

Química Analítica I Tratamento dos dados analíticos Soluções analíticas Química Analítica I Tratamento dos dados analíticos Soluções analíticas Profª Simone Noremberg Kunz 2 Mol Medidas em química analítica É a quantidade de uma espécie química que contém 6,02x10 23 partículas

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO E CONFIRMAÇÃO DE GRUPOS FUNCIONAIS: Parte 1: ALDEÍDOS E CETONAS

IDENTIFICAÇÃO E CONFIRMAÇÃO DE GRUPOS FUNCIONAIS: Parte 1: ALDEÍDOS E CETONAS PRÁTICA N o. 02 IDENTIFICAÇÃO E CONFIRMAÇÃO DE GRUPOS FUNCIONAIS: Parte 1: ALDEÍDOS E CETONAS OBJETIVOS: Esta prática tem como objetivo a identificação e confirmação de grupos funcionais de aldeídos e

Leia mais

Aluno (a): Professor:

Aluno (a): Professor: 3º BIM P1 LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS 6º ANO Aluno (a): Professor: Turma: Turno: Data: / / Unidade: ( ) Asa Norte ( ) Águas Lindas ( )Ceilândia ( ) Gama ( )Guará ( ) Pistão Norte ( ) Recanto das Emas

Leia mais