PERFIL DA MORBIDADE FILARIAL EM ÁREA ENDÊMICA NO DISTRITO SANITÁRIO III RECIFE, PE.

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1 MINISTÉRIO DA SAÚDE FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISA AGGEU MAGALHÃES DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA RESIDÊNCIA MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE COLETIVA Alessandro Cezar Rito de Cerqueira PERFIL DA MORBIDADE FILARIAL EM ÁREA ENDÊMICA NO DISTRITO SANITÁRIO III RECIFE, PE. Recife 2006

2 ALESSANDRO CEZAR RITO DE CERQUEIRA PERFIL DA MORBIDADE FILARIAL EM ÁREA ENDÊMICA NO DISTRITO SANITÁRIO III RECIFE, PE Monografia apresentada ao Departamento de Saúde Coletiva -NESC- do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães -CPqAM/FIOCRUZ/MS- como requisito parcial à obtenção do título de Especialista no Curso de Pós-Graduação lato sensu de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva. Orientadora: Profª. Drª. Maria Cynthia Braga Recife 2006

3 ALESSANDRO CEZAR RITO DE CERQUEIRA PERFIL DA MORBIDADE FILARIAL EM ÁREA ENDÊMICA NO DISTRITO SANITÁRIO III RECIFE, PE. Monografia apresentada ao Departamento de Saúde Coletiva -NESC- do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães -CPqAM/FIOCRUZ/MS- como requisito parcial à obtenção do título de Especialista no Curso de Pós-Graduação lato sensu de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva. Orientadora: Profª. Drª. Maria Cynthia Braga Pesquisadora CPqAM/FIOCRUZ/MS Debatedora: Mônica Maria Crespo de Farias Gerente de Território DS III/SMS/ RECIFE Recife 2006

4 AGRADECIMENTOS A orientadora pelo encorajamento e ensinamentos, durante a realização deste trabalho. A família pelo apoio irrestrito à minha realização profissional e pela compreensão nos momentos de ausência. A debatedora Mônica Crespo pelo acolhimento, contribuições e suporte logístico na elaboração deste trabalho. A equipe do Distrito Sanitário III que participaram diretamente do inquérito pela valorosa colaboração na realização desta pesquisa. A Flaudiano e Constantino pelo suporte técnico e científico de extrema importância na elaboração deste trabalho. A minha turma da Residência pelos ensinamentos e apoio incondicional em todas as situações vivenciadas durante nosso curso. Ao CPqAM e SES-PE pelos incentivos que me foram concedidos durante o curso, deixando expresso o meu reconhecimento pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva.

5 RESUMO Esta pesquisa tem como objetivo descrever o perfil clínico-epidemiológico e a distribuição geográfica dos casos morbidade filarial em uma área endêmica do Distrito Sanitário III da cidade do Recife. O estudo foi descritivo, observacional de corte transversal. Foram utilizados dados do inquérito sobre morbidade filarial referida realizados pelos agentes comunitários de saúde no período de outubro a dezembro de 2005, que envolveu uma população de moradores residentes nas áreas de cobertura das unidades de saúde da família Santa Tereza, Córrego da Bica e Boa Vista. Os resultados mostraram uma prevalência global de 0,7%, no qual não foram identificadas diferenças significativas entre os sexos quanto à morbidade. As áreas adscritas das unidades de saúde do Córrego da Bica e da Boa Vista apresentaram prevalências maiores que da USF de Santa Tereza. Para as prevalências nas faixas etárias, houve uma maior concentração a partir do grupo de 20 a 39 anos. Foi observado que à medida que a faixa etária crescia a prevalência aumentava sucessivamente. Entre as manifestações clínicas, a hidrocele foi a característica que apresentou a maior prevalência (0,5%), seguida da erisipela com 0,3%. A elefantíase foi a que apresentou a menor prevalência (0,04%), dentre os relatos, porém concentrou todos os casos em mulheres e nos grupos etários a partir do 40 anos. Nenhum caso sugestivo de quilúria foi identificado. No que diz respeito à distribuição espacial dos casos, constatou-se uma maior concentração de morbidade filarial nas áreas das USF s Córrego da Bica e Boa Vista, principalmente ao longo das margens do rio Morno, sugestivo de que a fonte hídrica seja um dos importantes fatores ambientais, para a transmissão, onde há condições inadequadas de saneamento ambiental. A morbidade filarial referida, na área de estudo, é um problema de saúde de baixa magnitude. No entanto, as USF devem estar organizadas no sentido de prestar assistência e acompanhar os casos identificados no levantamento, prevenindo a evolução para as formas mais graves, além do mais, deve também estar atentas para as identificações de casos novos, refletindo sobre o processo contextual epidemiológico da filariose nas suas áreas de abrangências.

6 ABSTRACT This research has like objective to describe the clinical-epidemiologic profile and the geografic distribution of filariasis morbidity in an endemical area of Sanity District III in Recife. The Study was descritive, observational with transverse cut. The used data was from inquiry about filariasis morbidity above-mentioned, done for health community agents during the period between october and december of 2005, involving a population of residents of the areas saw for the family health unities Santa Teresa, Córrego da Bica and Boa Vista. The results showed a global prevalency of 0,7%, without significative differences between the genders about the morbidity. The areas submited to health unities of Córrego da Bica and Boavista presented higher prevalencies than the family health unity of Santa Tereza. About the prevalencies in age groups, there was a bigger concentration in the years old group. It was also noticed a successive increase of the prevalency with the rise of age. Among clinical manifestations, hydroceles was the characteristic with higher prevalency (0,5%), followed for erisipela (0,3%). Elephantiasis presented the fewer prevalency (0,04%), howover all of cases was concentrated in female gender and age groups above 40 years old. It wasn t identified any case that suggests chyluria. About spacial distribution of cases, the study showed a higgher concentration of filariasis morbidity at the Family Health Unities of Córrego da Bica and Boa Vista, mainly along of the marges of the Morno river, who proposes that water source is one of the most important environmental factores. The filariasis morbidity abovementioned, at the studed area, is a health problem of low importance. Nevertheless, the Family Health Unities must be organized to give assistence and to observe the identified cases from the survey and to prevent the evolution to more severe forms. Moreover, the Family Health Unities must be attentive to recognize new cases, reflecting about the epidemiological context process of filariasis at its range areas.

7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1 - Equipes e microáreas integrantes da pesquisa...27 Figura 1 - Áreas e limites das Unidades de Saúde da Família de abrangência do estudo. DS III, Recife, Figura 2 - Prevalência de morbidade filarial segundo grupo etário por sexo. DS III, Recife, Figura 3 - Distribuição geográfica da morbidade filarial (2005) e dos casos positivos de filariose (2004) nas áreas de abrangências do estudo. DS III, Recife, Figura 4 - Distribuição geográfica da morbidade filarial (2005) e de casos positivos de filariose (2004) da USF-Boa Vista. DS III, Recife, Figura 5 Distribuição dos casos de morbidade filarial e estimador de intensidade (Kernel) na área de estudo. DS III, Recife, Figura 6 Distribuição dos casos de microfilaremia e estimador de intensidade (Kernel) na área de estudo. DS III, Recife,

8 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Prevalência de Morbidade Filarial Segundo Sexo. DS III, Recife, Tabela 2 - Prevalência de Morbidade Filarial Segundo Área da USF. DS III, Recife, Tabela 3 - Prevalência de Morbidade Filarial Segundo Grupo Etário. DS III, Recife, Tabela 4 - Manifestações Clínicas de Filariose Segundo o Grupo Etário. DS III, Recife, Tabela 5 Freqüência de Casos de Morbidade Filarial Segundo a Distância da Rede de Drenagem...37

9 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ACS Agente Comunitário de Saúde CEP Comitê de Ética em Pesquisa CNS Conselho Nacional de Saúde DEC Dietilcarbamazina DNERu Departamento Nacional de Endemias Rurais DS Distrito Sanitário DS III Distrito Sanitário III ESF Equipe de Saúde da Família FNS Fundação Nacional de Saúde GPS Global Positioning System OMS Organización Mundial de la Salud PNEFL Plano Nacional de Eliminação da Filariose Linfática PSF Programa de Saúde da Família RMR Região Metropolitana do Recife RPA Região Político-Administrativa SUCAM Superintendência de Campanhas de Saúde Pública USF Unidade de Saúde da Família WHO World Health Organization ZEIS Zonas Especiais de Interesse Social

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO A filariose no Brasil e no mundo A situação da filariose em Recife e região metropolitana Ciclo biológico, transmissão e formas clínicas da filariose linfática bancroftiana 18 2 OBJETIVOS Geral Específicos METODOLOGIA Tipo de estudo Caracterização da área de estudo e população Fonte e coleta dos dados Variáveis de estudo Análise e apresentação dos dados Considerações éticas RESULTADOS Inquérito de Morbidade filarial Espacialização da morbidade filarial DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS...42 RECOMENDAÇÕES...44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...45 ANEXO...50

11 1 INTRODUÇÃO

12 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de A filariose no Brasil e no mundo A filariose linfática constitui um problema de saúde pública em mais de 80 países. Estima-se que em torno de 120 milhões de pessoas estejam infectadas e mais de 40 milhões possuam sérias desfigurações e incapacidades decorrentes da doença. Um terço das pessoas infectadas vivem na Índia, um terço estão na África e o restante está no sul da Ásia, no Pacífico e nas Américas. Em áreas tropicais e subtropicais onde a filariose está bem estabelecida, a prevalência da infecção continua aumentando. A primeira causa está no aumento rápido e não planejado das cidades, o qual cria numerosas condições para sua transmissão (WHO, 2000). Nas Américas, cerca de 6,5 milhões de pessoas vivem em áreas onde a transmissão da doença é ativa. Existem, atualmente, focos da endemia nas Guianas, Brasil, República Dominicana, Costa Rica, Haiti, Suriname e Trinidad Tobago sendo o Brasil e o Haiti os principais focos da doença nas Américas (WHO, 1992). A filariose bancroftiana é causada pelo helminto Wuchereria bancrofti, especificamente no Brasil, e transmitida pelo vetor Culex quinquefasciatus. Representa um importante problema sanitário, sendo sua importância justificada tanto pelo número de casos como pela morbidade associada ao dano linfático (MEDEIROS et al, 2003). No Brasil, os primeiros relatos da doença são do século XIX, quando Otto Wucherer, em 1868, identificou as microfilárias, embriões até então desconhecidos, na urina hematoquilúrica de pacientes em Salvador (WUCHERER, 1868). No entanto, os primeiros estudos sistematizados a respeito da distribuição e prevalência da bancroftose foram realizados em Belém no Pará na década de A partir daí o governo federal realizou levantamento epidemiológico na década de 1950 e iniciou o programa de combate à filariose (ROCHA; FONTES, 1998). A campanha de combate à filariose iniciada pelo Ministério da Educação e Saúde, em 1951, apresentava três eixos de ações principais: o levantamento da sua distribuição geográfica no país, o combate à filariose bancroftiana e o desenvolvimento de pesquisas epidemiológicas e de prevenção. Foram efetuados inquéritos epidemiológicos em 538 localidades, sendo encontrados portadores de Introdução

13 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 12 microfilaremia em 89 das mesmas. No entanto, em apenas 11 localidades ficou comprovada a transmissão ativa, estando Recife em Pernambuco e Belém no Pará como importantes focos de transmissão além de Castro Alves na Bahia, Florianópolis e Barra de Laguna em Santa Catarina e Ponta Grossa no Paraná (RACHOU, 1957). Com os inquéritos realizados, foram iniciadas, ainda na década de 1950, as ações de controle da bancroftose, empreendidas pelo Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu) e, depois de 1970, pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM). Este programa tinha como meta erradicar ou controlar a bancroftose nas áreas endêmicas, tratando os indivíduos parasitados com o medicamento dietilcarbamazina (DEC), combatendo quimicamente as formas adultas e larvárias dos insetos vetores e eliminando os criadouros de mosquitos através de obras de saneamento (FRANCO & SILVA-LIMA, 1967). Quase todos os focos de transmissão ativa foram considerados extintos pelo Ministério da Saúde, que considerava como áreas endêmicas no Brasil somente as cidades de Belém (PA) e Recife (PE). De fato, os dados do ministério mostravam que o Programa Nacional de Controle da Bancroftose levou a uma apreciável, progressiva e sistemática queda nas taxas de microfilaremia, devido ao tratamento das fontes de infecção (BRASIL, 1985). Em Belém, o índice de indivíduos microfilarêmicos regrediu de 9,8% em 1951 para 0,2% em 1983 e, posteriormente, para 0,03%, em Em Recife, o índice de microfilarêmicos apresentou uma redução de 6,9%, em 1954, para 1,5% em 1983, e 0,7%, em Esses dados levaram o Ministério da Saúde a concluir, em 1985, que a endemia vinha sendo controlada de forma satisfatória no País, e que a doença tinha atingido nível de baixa endemicidade, não mais apresentando a gravidade de que se revestia no passado (BRASIL, 1985). Após a década de 1950 nenhum outro levantamento epidemiológico global no Brasil foi realizado para redesenhar o mapa de distribuição geográfica da filariose linfática, sendo os dados disponíveis provenientes de inquéritos isolados. Com exceção de Recife (PE), Belém (PA), Maceió (AL), Ponta Grossa (SC) e Barra de Introdução

14 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 13 Laguna (SC), em nenhum outro foco antigo foi feita uma reavaliação recente da situação da parasitose (ROCHA; FONTES, 1998). Em Maceió, na década de 1950, foram detectados 0,3% da população microfilarêmica. Na década de 1990, novos estudos mostraram a ocorrência da transmissão natural da filariose na área urbana da cidade, com enfoque para dois bairros do centro de Maceió. Na população de escolares examinados, 0,6% apresentavam microfilaremia, sendo 80% dos casos provenientes dos bairros de Jacintinho e Feitosa. Para a população geral examinada, a prevalência encontrada foi semelhante a do grupo de escolares, com destaque para os bairros de Jacintinho com 1,1% e Feitosa com 5,70% de microfilarêmicos, mostrando assim, índices superiores aos encontrados na década de 1950 (FONTES et al, 1994). Há mais de quatro décadas Belém é considerada o maior foco da bancroftose da região amazônica e um dos mais importantes do Brasil. Em 1952, aproximadamente um quinto da sua população era microfilarêmica, estimando-se em 2500 os casos de elefantíase. A partir daí foi deflagrada a campanha de controle, sendo abandonada mais tarde pela ineficácia no combate ao vetor e o alto custo dos inseticidas. Ainda assim, a campanha foi bem sucedida, com a redução na incidência da doença. Hoje a erradicação é a meta com a adoção de novos métodos de combate ao vetor, tais como o emprego de bolinhas de poliestireno nas fossas sépticas, privadas estanques não-inundáveis e o controle biológico nos criadouros naturais, acompanhados de um incremento de obras de saneamento (FRAIHA- NETO, 1993). É objetivo da Organização Mundial de Saúde (OMS) a erradicação da bancroftose nas Américas, uma vez que a OMS inclui a filariose linfática entre as doenças potencialmente erradicáveis (WHO, 1994). Pra concretizar este objetivo, foi recomendada, em resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS), a criação de um comitê técnico, pela Fundação Nacional de Saúde (FNS), para implantação e acompanhamento do Plano Nacional de Eliminação da Filariose Linfática (BRASIL, 1996). O conhecimento da situação atual da bancroftose no Brasil é de fundamental importância para a implementação de um programa conjunto para a eliminação Introdução

15 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 14 dessa endemia, envolvendo o Ministério da Saúde e órgãos de Saúde Pública regionais. O sucesso do Plano poderá interromper a transmissão da parasitose, evitando a expansão do número de indivíduos microfilarêmicos e, conseqüentemente, o aparecimento de quadros de morbidade como elefantíase, hidrocele, quilúria e outras formas clínicas que poderão surgir se medidas de controle não forem implementadas (ROCHA; FONTES, 1998). 1.2 A situação da filariose em Recife e região metropolitana Na cidade do Recife a urbanização desordenada vem produzindo espaços intra-urbanos desiguais. Ela tem um impacto na qualidade de vida dos residentes em áreas insalubres e desprovidas de serviços de infra-estrutura urbana. Associam-se a esta organização social os condicionantes de sua situação geográfica.cortada por rios e canais e construída, em boa parte, às custas de aterro, Recife está sujeita a alagamentos periódicos. Além disso, o vetor da filariose prolifera, preferencialmente, em água estagnada e poluída, portanto, associadas a condições precárias de saneamento. É nas favelas, em geral superpovoadas, onde a presença de terrenos alagados e fossas abertas produzem as condições adequadas para os criadouros do vetor capaz de manter a transmissão da parasitose (ALBUQUERQUE, 1993). Considerada área endêmica pelo Ministério da Saúde desde a década de 1950, Recife foi apontada como um dos principais focos do país, mantendo esta situação até os dias de hoje. Persiste como problema de saúde pública atingindo populações dos municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR), tais como Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes. (REGIS et al, 1996; MACIEL et al 1999). A endemia expandiu-se por várias áreas de desenvolvimento urbano inadequado acometendo outros municípios da região metropolitana do Recife (RMR). BONFIM et al (2003), realizando inquérito epidemiológico no distrito de Cavaleiro, município de Jaboatão dos Guararapes e BRAGA et al (2001), utilizando uma estratégia de intervenção guiada pela identificação de espaços de risco, no município de Olinda, encontraram indícios da manutenção e expansão da filariose Introdução

16 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 15 na RMR. Em Jaboatão a taxa de prevalência encontrada foi de 2,2%, para o distrito, com ampla distribuição na localidade (11 bairros dos 12 examinados). Em Olinda o inquérito parasitológico mostrou a prevalência de microfilaremia de 1,3%, sendo que 85,7% dos casos de filariose registrados situaram-se nos dois estratos de mais alto risco de transmissão ambiental. O município de moreno, integrante da RMR, foi analisado como território de expansão da doença. Os resultados mostraram que este município apresenta todos os componentes para que possa ocorrer a transmissão desta enfermidade: a presença do vetor, de indivíduos microfilarêmicos e de indivíduos suceptíveis (2,6% dos entrevistados relataram queixas correlatas com filariose). Dois indivíduos microfilarêmicos foram identificados de uma análise de amostras de sangue. Esses migraram de área endêmica, em outro município, para áreas que não se tem registro de transmissão ativa (MEDEIROS et al, 2004). Maciel e outros (1994) realizaram estudo comparativo da filariose na RMR selecionando dois bairros do Recife (Santo Amaro e Campo Grande) e dois bairros de Olinda (Sapucaia e Salgadinho). De maneira global, as taxas de infecção em Recife foram de 13,5%, enquanto que em Olinda foram de 12,3%. Em relação aos índices microfilarêmicos, os picos nos bairros estudados de Recife e Olinda foram às faixas etárias de anos e anos, respectivamente, apesar de a média verificada a partir dos 10 anos ter sido 14%. Os autores concluem que a endemia apresenta níveis endêmicos do passado, em Santo Amaro no ano de 1952 (9,7%) e em 1991 (13,5%), e os dados descritos alertam para uma reavaliação das campanhas de controle realizadas pela Fundação Nacional de Saúde (FNS). Em relação à evolução dos índices microfilarêmicos para o município do Recife como um todo, na década de 1980, a partir da busca ativa e da demanda aos postos de notificação (busca passiva), observou-se um aumento no percentual de positividade a partir de Os dados mostram que o percentual de positivos por busca ativa foi em 1981 de 1,7% e em 1991 de 3,5%. Para a busca passiva, os microfilarêmicos no Recife foram em 1981 de 2,7% e em 1991 de 3,7% (ALBUQUERQUE, 1993). Introdução

17 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 16 Braga e outros (1997), após levantamento do perfil epidemiológico em duas comunidades do Recife no ano de 1991, em crianças entre 5 e 14 anos, encontrou uma prevalência de microfilaremia geral de 6,4%. Nos grupos etários de 5 a 9 e 10 a 14 anos a prevalência foi de 4,6% e 8,3% respectivamente. Esses resultados revelam que quantos mais elevados os níveis de prevalência de microfilaremia na comunidade, mais precoce e intensa é a exposição à filariose na população pediátrica. Esses dados mostram que os trabalhos de controle, efetuados institucionalmente, devem ter contribuído para alguma redução da densidade parasitária, porém, não asseguraram a diminuição da prevalência, nem a delimitação da área geográfica da endemia, que já se estende por novas áreas na região metropolitana do Recife. Diante disso, pode-se concluir que as campanhas de controle realizadas pela SUCAM no passado devem ser reavaliadas em áreas de alta endemicidade, pois, ao que parece, não alcançaram o objetivo de interromper a transmissão da parasitose (ROCHA; FONTES, 1998). A partir daí, em 1995 foi criado no Brasil o Plano Nacional de Eliminação da Filariose Linfática (PNEFL) e em 1997 o mesmo foi revisto e atualizado. Este programa tem como objetivo geral a eliminação da filariose linfática no território brasileiro, seguindo as diretrizes da OMS. Especificamente o PNEFL busca interromper a transmissão da doença nos focos endêmicos através de quimioterapia e do controle do vetor, esgotar as fontes de infecção e prover assistência integral para aqueles que são portadores da doença (RECIFE, 2000). Com o objetivo de reavaliar as áreas endêmicas, foi realizado um inquérito durante os anos de 1999 e 2000, para estudar a prevalência da filariose por microrregião. Nesse estudo, bairros do Distrito sanitário II apresentaram a maior prevalência no município (RECIFE, 2005a). Diante do quadro problemático desta doença no âmbito da saúde pública na cidade do Recife, a atual direção municipal desde a sua primeira gestão ( ) elegeu o controle da filariose linfática como uma de suas prioridades no campo da saúde. Em um seminário realizado com a presença de técnicos da Secretaria Municipal de Saúde, representantes do Ministério da Saúde e Introdução

18 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 17 Organização Pan-americana de Saúde foram definidas, baseadas nos planos nacionais e estaduais de eliminação da filariose, as principais diretrizes do Programa de Controle da Filariose, também denominado XÔ FILARIOSE, a ser desenvolvido no município (RECIFE, 2002a). Através dos dados do inquérito de 1999 e 2000, foram classificados os bairros segundo nível de endemicidade (alta - microfilaremia > 10%, média - entre 5 e 10%, baixa - < 5% e transmissão não identificada). Além do critério de endemicidade, um outro critério adotado pelo Programa de Saúde Ambiental (PSA) também classificava os bairros segundo risco sócio ambiental. Com esses dois critérios foram classificadas as áreas em 5 graus de prioridades para ações de controle e prevenção da filariose. Os bairros de prioridade 1 são os que apresentam alta endemicidade ou com média endemicidade, quando contíguos à área de alta endemicidade e estavam localizadas no DS II (RECIFE, 2002a). Com esta ordem de prioridade ficou definido realizar as intervenções nos bairros de prioridade 1, Água Fria e Alto de Santa Terezinha. Foram iniciadas as ações de controle da doença para estes dois bairros, que incluem: tratamento em massa destas áreas selecionadas, controle do vetor, vigilância epidemiológica, diagnóstico, tratamento da população em estágios avançado da doença, capacitação e treinamento de técnicos em saúde, educação, comunicação e reestruturação do laboratório. À medida que o programa foi consolidado no Distrito Sanitário II (DS II), houve intensificação da detecção de casos nos outros distritos. No período de 2001 a 2003, observou-se uma tendência crescente dos Coeficientes de Detecção: 12,50 por habitantes em 2001, para 61,14 por habitantes em 2003, representando elevação de 389,12%. Os bairros de Água Fria, Dois Unidos e Campo Grande no DS II, Passarinho e Nova Descoberta no DS III figuram entre os que possuem os maiores números de casos (RECIFE, 2005a). Em 2003, começou o tratamento em massa da população no DS II nas áreas de prioridade 1, onde já vinham sendo desenvolvidas ações de controle do vetor. Inicialmente foram tratados com Dietilcarbamazina (DEC) habitantes, em 2004 e 2005, foram tratados. Áreas do DS III cobertas pelo Programa de Introdução

19 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 18 Saúde da Família (PSF) localizadas nos bairros de Passarinho e Brejo de Beberibe foram incluídas a partir de 2005 tratando aproximadamente moradores. O bairro de Passarinho considerado área de prioridade 2, ou seja, média endemicidade e alto risco sócio-ambiental, fora incluído pela identificação significativa de casos na faixa etária de 10 a 14 anos, além do número de casos identificados nos postos de vigilância passiva e sua proximidade com os bairros de prioridade Ciclo biológico, transmissão e formas clínicas da filariose linfática bancroftiana O ciclo de transmissão tem início quando o inseto vetor pica uma pessoa parasitada e ingere as microfilárias misturadas ao sangue, que irão se transformar em larvas infectantes no organismo do inseto em um período de 7 a 21 dias (WHO, 2000). Ao picar outra pessoa, as larvas infectantes (L3) que se acumulam na probóscide do inseto penetram através do orifício da picada, ganham a corrente sangüínea e se dirigem aos vasos linfáticos, onde se desenvolvem e se transformam em parasitos adultos machos e fêmeas. Após o acasalamento, a fêmea produz as chamadas microfilárias, que circulam, na maior parte do dia, na circulação pulmonar e são liberadas no período noturno para a corrente sangüínea periférica, em geral, no mesmo período em que o inseto vetor tem a sua atividade alimentar (RECIFE, 2002b). A oviposição e o desenvolvimento das formas aquáticas do Culex quinquefasciatus ocorrem em coleções de água estagnada, preferencialmente naquelas com forte carga orgânica, tais como fossas, tanques, barreiros, valetas e canaletas obstruídas e outros habitats tipicamente criados pela ocupação humana inadequada do espaço urbano. Apesar de tudo isso, o mecanismo de transmissão da filariose é considerado ineficiente, requerendo exposição intensa e prolongada ao vetor (REGIS et al, 1996). Não existem reservatórios animais da infecção, que só parece ocorrer, em face desses obstáculos, em áreas onde há uma alta densidade de vetores infectados. Por esta razão, a presença de condições favoráveis à proliferação de criadouros do vetor nos ambientes domiciliar e peridomiciliar parece ser uma das Introdução

20 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 19 circunstâncias mediadoras da relação existente entre condições de vida nos espaços urbanos periféricos e a persistência da filariose endêmica (ALBUQUERQUE, 1993). A filariose bancroftiana é caracterizada por um amplo espectro clínico associado à presença dos parasitos adultos ou microfilárias e varia desde a presença de indivíduos sem doença clínica aparente (portador assintomático) até manifestações relacionadas com inflamação aguda linfática e também patologia linfática crônica (OMS, 1998). Enquanto os vermes adultos causam lesão primariamente no vaso linfático, as microfilárias são imputadas como responsáveis pela produção de manifestações extralinfáticas da filariose bancroftiana (DREYER; NORÕES, 2001). Na filariose bancroftiana, a aparência dos principais sinais crônicos hidrocele, quilúria, linfedema e elefantíase podem variar de uma área a outra. As mais freqüentes são a hidrocele e a tumefação dos testículos, seguidos de elefantíase de toda a extremidade inferior, escroto, todo o braço, vulva e mama, por ordem decrescente (OMS, 1988). Esta doença, na maioria das manifestações, causa edema nas pernas ou braços, nas genitálias e seios. Dependendo da endemicidade da área, 10-50% dos homens e acima de 10% das mulheres podem apresentar alguma manifestação. Os estigmas psicológico e social associados com os aspectos da doença são imensos. Além disso, o mais comum é que normalmente mantém-se oculto o dano interno causado pela filariose aos rins e sistema linfático (WHO, 2000). Através do uso da ultra-sonografia, pôde-se observar também que 80% dos indivíduos microfilarêmicos do sexo masculino, sem qualquer queixa urológica, têm parasitos nos vasos linfáticos de localização intra-escrotal (DREYER; NORÕES, 1997). Os sintomas estigmatizantes da doença crônica geralmente surgem nos adultos, e nos homens mais que nas mulheres. Estima-se que 15 milhões de pessoas possuem linfedema das extremidades vivendo em áreas endêmicas, no mundo. A estimativa é de que existam cerca de 29 milhões de homens com manifestações clínicas urogenitais conseqüentes à doença bancroftiana, que incluem hidrocele, quilocele, linfedema de bolsa escrotal e pênis e linfoescroto (DREYER; DREYER; NORÕES, 2002). Introdução

21 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 20 A hidrocele é a forma mais comum de filariose bancroftiana crônica e em parte da África é predominante. Ela tem afetado acima de 70% dos homens na costa da Tanzânia e 60% na costa do Quênia atingido-os com idade de até 70 anos. Na Índia, 45% dos homens, tem hidrocele acometendo-os até a idade de 60 anos, porém também são vistos na totalidade das doenças crônicas, do linfedema à elefantíase (MELROSE, 2004). A elefantíase é relativamente incomum no continente africano e a maioria dos casos é encontrado em áreas com intensa transmissão. A primeira evidência da eminência de elefantíase é a persistência do linfedema. A formação de úlceras e fissuras são a porta de acesso para bactérias e fungos, o qual tem sido demonstrado como importante exemplo da patogênese da elefantíase (MELROSE, 2004). Diante dos conhecimentos acumulados, pode-se sugerir que a manifestação clínica, direta ou indiretamente relacionada à infecção filarial, depende da localização do verme adulto, e essa, por sua vez, depende do sexo do indivíduo infectado. Isso é explicado pela localização mais habitual do parasito adulto: nas mulheres, membros inferiores, superiores e mamas; no homem, linfáticos do cordão espermático constituem a localização mais freqüente para vermes adultos, o que justifica a ocorrência de hidrocele como manifestação clínica prevalente na população masculina (DREYER; DREYER, 2000). Como a grande maioria dos estudos está voltada à investigação parasitológica de microfilarêmicos para a detecção de áreas endêmicas da doença, perde-se a oportunidade de realizar verificações clínicas rápidas a partir da rede de atenção primária à saúde, mais precisamente do Programa Saúde da Família (PSF), que poderiam recomendar ações de investigação em localidades onde os sintomáticos crônicos são encontrados e onde existem poucas informações sobre a doença. Sobre isso, Dreyer e Coelho (1997) sugerem que inquéritos clínicos rápidos seriam opções para se determinar a ocorrência e talvez até se estimar a prevalência da infecção em uma dada região, utilizando procedimentos tais como: levantamento retrospectivo de prontuários clínicos de hospitais de referência ou exames físicos, na comunidade, poderiam ser opções factíveis para muitas regiões. Introdução

22 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 21 O primeiro inquérito de morbidade filarial em Recife foi realizado em 1991 por Braga e colaboradores (BRAGA et al, 1997). No Distrito Sanitário III, campo desta pesquisa, não há informações sobre os sintomáticos crônicos que possam subsidiar alguma intervenção na área. Considerando a incipiência de análises utilizando os aspectos crônicos da doença, esta pesquisa propõe a realização de um estudo com o intuito de descrever a magnitude da morbidade crônica referida pela filariose, situando-a como forma de caracterização da área, em complemento ao inquérito parasitológico, muito utilizado em investigações desta doença. Espera-se assim, gerar informações que possam contribuir para o aprimoramento das ações de controle da doença. Introdução

23 2 OBJETIVOS

24 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de Geral Descrever o perfil clínico-epidemiológico da morbidade filarial em uma área endêmica do Distrito Sanitário III da cidade do Recife, no período de outubro a dezembro de Específicos - Determinar a prevalência de morbidade filarial por área de abrangência das unidades de saúde da família, segundo sexo e idade. - Descrever o tipo e a freqüência das manifestações clínicas, segundo sexo e idade. - Descrever a distribuição geográfica dos casos de morbidade filarial e microfilaremia identificados. Objetivos

25 3 METODOLOGIA

26 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de Tipo de estudo Trata-se de estudo do tipo descritivo, observacional de corte transversal. 3.2 Caracterização da área de estudo e população A Secretaria de Saúde do Município do Recife é dividida em 06 (seis) Distritos Sanitários (DS), que correspondem às seis Regiões Político-Administrativas (RPA). O DS III foi o primeiro a ser implantado em 1994, reconhecendo-se a sua importância no contexto urbano e a força das suas organizações comunitárias que estruturam a vida política e social de uma parte da cidade que se costuma chamar de Grande Casa Amarela (RECIFE, 2004). O território do DS III envolvido na pesquisa engloba as áreas de cobertura das unidades de saúde da família (USF) Santa Tereza, Córrego da Bica e Boa Vista que estão localizadas entre os bairros de Passarinho, Brejo de Beberibe e Brejo da Guabiraba. Figura 1 - Áreas e limites das Unidades de Saúde da Família de abrangência do estudo. DS III, Recife, Legenda: W N S E Guabiraba Passarinho Área adscrita da USF- Santa Tereza Área adscrita da USF- Córrego da Bica Área adscrita da USF- Boa Vista Limites de bairros Limites de USF Limites de ESF 1 ESF Córrego da Bica 1 Brejo da Guabiraba 4 II I Dois Unidos 2 ESF Córrego da Bica 2 3 ESF Córrego da Bica 3 4 ESF Córrego da Bica 4 Nova Descoberta I ESF Boa Vista I II ESF Boa Vista II Brejo de Beberibe Metodologia

27 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 26 As unidades localizam-se ao norte do Distrito Sanitário. A área de abrangência da USF Santa Tereza está totalmente inserida no bairro de Passarinho que se encontra próximo à bacia do Rio Morno sendo cortada por diversos córregos. A referida área é formada por terrenos de morros e destaca-se como área verde, existindo espaços não ocupados e assentamentos populares. Em 2000, os responsáveis pelo domicílio com renda de até 1 salário mínimo chegavam a 36,64% (RECIFE, 2005b). As áreas das USF s do Córrego da Bica e Boa Vista possuem características semelhantes. A maior parte, das suas áreas de cobertura, está localizada nos bairros de Passarinho e Brejo de Beberibe. Localizam-se na bacia do Rio Morno, estando em sua maior parte em área de morro. Tem baixa qualidade ambiental e carência de infra-estrutura, assim como Santa Tereza. O principal rio desta região se depara com inúmeros problemas, está assoreado, apresenta pontos onde a água não escoa totalmente, está obstruída por lixo ou vegetação que impedem o fluxo normal da água, e muitas vezes recebem drenos de fossas sépticas. Todos os moradores de Brejo de Beberibe que são atendidos pelo Programa de Saúde da Família (PSF) moram em áreas de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) e outras áreas pobres. Em 2000, a média de anos de estudo dos responsáveis pelo domicílio era de aproximadamente 5 anos. (RECIFE, 2005b). A população de estudo constou de pessoas residentes na área de cobertura das três USF s, dos quais 51,70% do sexo feminino e 48,30% do sexo masculino. Foram integrantes do tratamento em massa com DEC, como etapa componente do Programa de Controle da Filariose, em As áreas incluídas classificadas como de prioridade 2, segundo o mesmo programa, são consideradas de média endemicidade e alto risco ambiental (RECIFE, 2002a). As equipes de saúde da família (ESF) e microáreas envolvidas no tratamento e que fizeram parte da pesquisa estão descritas no quadro 1. Metodologia

28 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 27 Quadro 1 - Equipes e microáreas integrantes da pesquisa USF Equipe Microáreas População Santa Tereza Santa Tereza 01, 02, 03, 04, 05 e Córrego da Bica I 01, 03, 04, 05, 06 e 07. Córrego da Bica Boa Vista Córrego da Bica II 01, 02, 03, 04, 05 e 06. Córrego da Bica III 01, 02, 03, 04, 05 e 06. Boa Vista I 01, 02, 03, 04, 05 e 06. Boa Vista II 01, 02 e Total A equipe Córrego da Bica IV não participou do tratamento em massa e não foi calculado a sua prevalência por não possuir a população cadastrada. Contudo, a equipe realizou o inquérito de morbidade e sua área foi incluída na descrição geográfica dos casos. 3.3 Fonte e coleta dos dados O levantamento foi realizado por agentes comunitários de saúde (ACS) que foram previamente capacitados, pelos responsáveis técnicos do Programa de Controle da Filariose da Secretaria de Saúde do Recife. O treinamento foi composto por aulas expositivas onde foram discutidos as características de cada sinal e sintoma relacionados à doença filarial. Os ACS trabalharam a forma de aproximação com os moradores e a identificação dos casos sugestivos da doença com o auxílio de fotografias concluindo com o preenchimento de uma planilha, em cada visita, referente ao inquérito (ANEXO). Este levantamento foi realizado no período correspondente de outubro a dezembro de Os casos de morbidade foram espacializados tendo como referência a residência do indivíduo, registrado no inquérito, e foi realizado no primeiro trimestre de Os locais foram mapeados por meio do uso de aparelho GPS (Global Positioning System), que é parte do sistema de posicionamento global, o qual nos dá as coordenadas de latitude e longitude do ponto especificado. Com isso, houve a possibilidade de visualizarmos a distribuição geográfica da ocorrência de morbidade filarial. Metodologia

29 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 28 Foram utilizados também registros de casos de microfilaremia identificados nas áreas de estudo por meio da vigilância passiva (mini postos) no ano de Variáveis de estudo Variável dependente Morbidade filarial: casos de morbidade referidos e/ou identificados através de entrevista realizada pelos ACS. Para fins deste estudo, morbidade filarial inclui pessoas com hidrocele, linfedema, elefantíase de membros e órgãos genitais, erisipela ou com história sugestiva de quilúria Variável independente Sexo masculino e feminino. Idade entre 0 e 95 anos, categorizados em faixas etárias correspondentes a menores de 10, 10-14, 15-19, 20-39, 40-49, 50-59, 60 anos e mais. Local áreas de abrangência das unidades de saúde da família localizadas nos bairros de Passarinho, Brejo de Beberibe e Brejo de Guabiraba. 3.5 Análise e apresentação dos dados Os dados populacionais e do inquérito foram digitados utilizando o aplicativo Epi Info 6.04d, sendo compilados, processados e criticados utilizando aplicativos como Microsoft Excel 2001, Epi Info 2002 for windows e Terraview versão Estes foram úteis como ferramenta estatística e como apresentação das informações em formas de mapas temáticos para melhor compreensão e análise. Para a visualização da distribuição geográfica, foram acrescentados às análises, os casos positivos de filariose, realizados por meio do exame da gota espessa, no ano de 2004, pois os casos de 2005 ainda não haviam sido encerrados. Metodologia

30 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 29 Realizou-se o cálculo da prevalência, segundo área do PSF, referente ao percentual de casos de morbidade referida, dentre a população cadastrada com vistas ao tratamento em massa. A partir destes dados foram descritas a freqüência e tipo das principais manifestações clínicas da morbidade filarial por sexo e idade, estando apresentadas em forma de tabelas. A análise estatística procedeu-se estimando a razão de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança, teste Qui-Quadrado e o valor p para a associação entre sexo e área de abrangência das USF s. Para analisar a distribuição espacial dos eventos, estimou-se a intensidade pontual do processo em toda a região de estudo (Kernel Estimation). 3.6 Considerações éticas Os dados coletados, processados e analisados foram tratados, casos envolvam pessoas e/ou instituições, com rigor ético e moral. Porém, como condição ética essencial deste trabalho é priorização nos avanços tecnológicos do serviço e, conseqüentemente, a finalidade de melhoria da qualidade de vida da população, portanto não eximindo de publicar, como resultados e hipóteses finais, falhas de execução do processo de resolutividade dos problemas de saúde. O Comitê de Pesquisa Ética (CEP) do Centro de Pesquisa de Aggeu Magalhães apreciou e aprovou sem mais retificações a execução e publicação deste trabalho, enquadrando-o nas condutas éticas da pesquisa científica de acordo com o Código de Ética, resolução CNS 196/96 e complementares, aprovada em 06 de fevereiro de 2006, com registro nº. 68/05. Metodologia

31 4 RESULTADOS

32 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de Inquérito de Morbidade filarial Dos moradores participantes do estudo foram identificados 112 casos suspeitos de morbidade filarial, obtendo-se uma prevalência global de 0,7%. Entre os moradores do sexo feminino foram registrados 60 casos (0,8%), enquanto que entre os do sexo masculino foram registrados 52 casos (0,7%), não se tendo encontrado diferença estatística entre os sexos quanto à morbidade (χ 2 = 0,09; p= 0,76) (tabela 1). Tabela 1 - Prevalência de Morbidade Filarial Segundo Sexo. DS III, Recife, USF Morbidade Filarial Razão de População casos % Prevalência Residente IC de 95%* Masculino ,7 1,00** - Feminino ,8 0,93 0,64-1,34 Total ,7 - - χ 2 = 0,09; p= 0,76 Nota: *IC de 95% = Intervalo de Confiança de 95%. ** Nível de referência Com relação às áreas de abrangência das unidades de saúde, Santa Tereza apresentou a menor prevalência, com o registro de 06 casos de morbidade (0,2%). O Córrego da Bica e Boa Vista apresentaram 70 e 36 casos, respectivamente, ambas com prevalência de morbidade filarial semelhantes (0,8%). Quando se comparou a prevalência do Córrego da Bica e Boa Vista em relação à prevalência de Santa Tereza, constatou-se que a mesma foi 3 vezes e meia maior, tendo esta diferença sido estatisticamente significante (p< 0,005) (tabela 2). Tabela 2 - Prevalência de Morbidade Filarial Segundo Área da USF. DS III, Recife, Morbidade Filarial USF População Residente casos % Razão de Prevalência IC de 95%* Santa Tereza ,2 1,00** - Córrego da Bica ,8 3,54 1,54-8,15 Boa Vista ,8 3,53 1,49-8,36 Total ,7 - - χ 2 (2 graus de liberdade)= 10,42; p< 0,005 Nota: *IC de 95% = Intervalo de Confiança de 95%. ** Nível de referência Resultados

33 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 32 A distribuição dos casos ocorreu em praticamente todas as faixas etárias. O grupo mais acometido foi o de 60 anos e mais com 38 casos e uma prevalência de 4,6%. Nos menores de 10 anos não foram encontrados casos, iniciando o relato a partir do grupo de anos com 01 caso e prevalência de 0,1%, o qual ocorreu em um adolescente de 13 anos de idade do sexo masculino. Os casos apresentaram os maiores registros a partir da faixa de adultos jovens 20 a 39 anos (tabela 3). Tabela 3 - Prevalência de Morbidade Filarial Segundo Grupo Etário. DS III, Recife, Morbidade Filarial Grupo Etário População Residente Casos % < 10 anos , , , , ,2 60 e mais ,6 A figura 2 mostra a evolução dos casos de morbidade segundo faixa etária e sexo, onde podemos observar um acréscimo progressivo dos relatos com o avanço da idade. Nos grupos de 10 a 14 anos e 15 a 19 anos apenas o sexo masculino apresentou relatos. Em ambos os sexos houve elevação da morbidade a partir do grupo dos 20 a 39 anos, atingindo seu pico no grupo com mais de 60 anos. Resultados

34 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 33 Figura 2 - Prevalência de morbidade filarial segundo grupo etário por sexo. DS III, Recife, Prevalência % Feminino Masculino Total 0 <10 "10-14" "15-19" "20-39" "40-49" "50-59" "+60" Grupo etário Entre as manifestações clínicas, a hidrocele foi a que apresentou a maior prevalência 0,5% dentre os casos relatados. Pouco mais da metade dos 40 casos (21) foram referidos na faixa etária de 20 a 39 anos com prevalência de 0,8%, porém o grupo etário com maior percentual estava acima dos 60 anos com 1,3%. A erisipela, com 48 casos e prevalência de 0,3% foi a segunda mais relatada, sendo que mais da metade destes casos (27) e o maior percentual 3,3% encontram-se na faixa etária com mais de 60 anos. O sexo feminino representou 85,4% dos casos de erisipela. Dentre as manifestações registradas nesta pesquisa, a elefantíase foi a que apresentou a menor prevalência (0,04%), tendo concentrado todos os casos a partir do grupo dos 40 anos e apenas em mulheres. Do total de casos de linfedema 76,9% foram relatados por mulheres e 23,1% por homens. Nenhum caso sugestivo de quilúria foi identificado na população estudada (tabela 4). Resultados

35 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 34 Tabela 4 - Manifestações Clínicas de Filariose Segundo o Grupo Etário. DS III, Recife, Morbidade filarial N* Grupo Etário < e mais Total casos % N casos % N casos % N casos % N casos % N casos % N casos % N casos % Hidrocele** 1511 Linfedema , , , , , , , , , , , ,2 Elefantíase , , , ,04 erisipela , , , ,3 Quilúria Nota: *N = População residente. ** Apenas a população masculina foi utilizada para os cálculos desta morbidade. Resultados

36 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de Espacialização da morbidade filarial A distribuição geográfica dos eventos de morbidade e microfilaremia mostra a ocorrência de casos por toda a área de estudo com um agrupamento ao centro do território de análise. Com vistas a um maior detalhamento do perfil de distribuição dos casos de filariose, apresenta-se a área de cobertura da USF Boa Vista onde se constata uma maior concentração dos eventos à margem do rio Morno. A distribuição da morbidade filarial está de acordo com a distribuição espacial dos casos de microfilaremia (figuras 3 e 4). Figura 3 - Distribuição geográfica da morbidade filarial (2005) e dos casos positivos de filariose (2004) nas áreas de abrangências do estudo. DS III, Recife, N W E S Legenda: Limites das USF Limites das ESF Morbidade filarial * Microfilaremia Drenagem Resultados

37 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 36 Figura 4 - Distribuição geográfica da morbidade filarial (2005) e de casos positivos de filariose (2004) da USF-Boa Vista. DS III, Recife, Legenda: Limites das USF Limites das ESF W N E Morbidade filarial S * Microfilaremia Drenagem Ao visualizar o padrão de distribuição de pontos da morbidade, constatou-se uma maior concentração nas áreas de cobertura das ESF s Córrego da Bica II, e Boa Vista I em área limite com a Boa Vista II (figura 5). Contudo, a maior densidade de casos de microfilaremia ocorreu na área da ESF Córrego da Bica III (figura 6). Figura 5 Distribuição dos casos de morbidade filarial e estimador de intensidade (Kernel) na área de estudo. DS III, Recife, Limites de USF s Limites de ESF s Casos de morbidade filarial Resultados

38 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 37 Figura 6 Distribuição dos casos de microfilaremia e estimador de intensidade (Kernel) na área de estudo. DS III, Recife, Limites de USF s Limites de ESF s Casos de microfilaremia A rede de drenagem na área de estudo é bastante ramificada e todos os moradores se localizam a pelo menos 130 metros de algum ponto desta rede. Todavia, ao se medir a distância dos casos de morbidade filarial e o sistema de drenagem, constatou-se que 89,1% destes eventos estavam a uma distância máxima de 50 metros da rede de drenagem (tabela 5). Tabela 5 Freqüência de Casos de Morbidade Filarial Segundo a Distância da Rede de Drenagem. Morbidade filarial Distância da rede de drenagem (em metros) casos % 70,1 86,1 89,1 96,4 100 Nota: Total de casos de morbidade filarial =137 Além deste, foi avaliado a distância entre os casos de microfilaremia e os de morbidade. Observou-se que a grande maioria dos relatos de morbidade (97,8%) encontrava-se a, pelo menos, 170 metros de um caso positivo. Resultados

39 5 DISCUSSÃO

40 CERQUEIRA, Alessandro Cezar Rito de 39 A filariose linfática, causada pela Wuchereria bancrofti, ocorre em indivíduos de todas as idades e ambos os sexos, mas predomina naqueles de baixo nível socioeconômico devido às precárias residências, baixos níveis de saneamento entre outros (OTTESEN et al, 1997). Estima-se que 120 milhões de pessoas estejam infectadas no mundo, dentre elas 40 milhões possuem sinais visíveis e incapacidades da doença (WHO, 2000). Calcula-se que cerca de 10 a 15% dos indivíduos infectados irão evoluir para a cronicidade (WHO, 1994; DREYER; NORÕES, 1997). Os dados do presente estudo demonstram que a prevalência global (0,7%) foi considerada baixa. Este perfil está de acordo com o encontrado por diversos estudos, onde levantamentos em outras áreas de endemicidade de bancroftose verificaram que os sinais crônicos geralmente afetam uma pequena proporção de indivíduos infectados (OMS, 1988; BONFIM et al, 2003; MELROSE, 2004). Albuquerque e cols (1995) realizando estudos em duas áreas de alta endemicidade do Recife encontraram uma prevalência global da doença aguda e crônica em 6,3% da população, considerando relativamente baixa a prevalência da doença. Um outro inquérito realizado por Bonfim e cols (2003) no Distrito de Cavaleiro, município de Jaboatão dos Guararapes, mostraram que dos 213 casos de microfilaremia encontrados 13 (6,1%) relataram queixas de manifestação clínica. Medeiros e cols (2004), realizando inquérito de morbidade filarial referida no município de Moreno, encontrou uma prevalência de 2,6%. A análise específica para o sexo mostrou que a prevalência foi baixa em ambos os grupos e não foi encontrada diferença estatisticamente significante quanto à morbidade referida. Contudo, na maioria das áreas endêmicas, por razões ainda não esclarecidas, há uma menor proporção de casos de microfilaremia e doença filarial na população feminina, quando comparado à masculina, após os 15 anos de idade. Estima-se que a prevalência no mundo de homens com microfilaremia e doença filarial chegue a 3,18% e nas mulheres 1,95% (WHO, 1994). Isto corrobora com achados de Albuquerque e outros (1995) que analisando as áreas do Coque e Mustardinha, encontraram diferença significativa com uma prevalência de doença filarial maior nos homens do que nas mulheres, para as duas áreas. Este fato pode ser explicado por uma maior exposição do sexo masculino ao vetor. Discussão

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