NOVIDADES DAS ALTERAÇÕES AO REGIME JURÍDICO DA URBANIZAÇÃO E DA EDIFICAÇÃO D.L. Nº 136/2014

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "NOVIDADES DAS ALTERAÇÕES AO REGIME JURÍDICO DA URBANIZAÇÃO E DA EDIFICAÇÃO D.L. Nº 136/2014"

Transcrição

1 NOVIDADES DAS ALTERAÇÕES AO REGIME JURÍDICO DA URBANIZAÇÃO E DA EDIFICAÇÃO D.L. Nº 136/2014 Entra em vigor a 7 de janeiro de 2015 a nova redação do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE), aprovada pelo D.L. nº 136/2014, de 9 de Setembro, que vem introduzir importantes alterações nos procedimentos de controlo prévio, apostando na sua simplificação e na participação dos interessados na decisão administrativa, através da redefinição de alguns conceitos e da delimitação de uma nova figura para a comunicação prévia. Para além do mais, esta alteração visa reforçar a responsabilização dos intervenientes nas operações urbanísticas, bem como das medidas de tutela da legalidade urbanística, e nesse sentido introduz importantes modificações na consagração legal do poder de fiscalização da Autarquia e na responsabilidade civil extracontratual de todos os intervenientes. Assim, somos a enunciar algumas das principais alterações que vieram agora a ser introduzidas no RJUE: - Alteração de Conceitos, concretamente do conceito de obras de reconstrução, eliminando-se a referência à preservação das fachadas; - Redefinição do âmbito dos procedimentos, muitas vezes retomando o modelo anterior como ocorre, por exemplo, com a definição do licenciamento como procedimento regra e com a sujeição a licenciamento das operações urbanísticas executadas em área abrangida por servidão administrativa ou restrição de utilidade pública; - Consagração da comunicação prévia com prazo como uma verdadeira comunicação, ausente de procedimento, em que a Autarquia exerce um papel meramente verificativo competindo ao particular, inclusivamente, a realização das consultas legalmente exigíveis. Esta nova configuração remete para momento posterior o efetivo controlo da conformidade da operação urbanística com as normas legais e regulamentares vigentes em matéria de ordenamento do território, urbanismo e construção; - Exclusão da apreciação prévia do projeto de arquitetura no procedimento de licenciamento, no que respeita aos aspetos interiores da edificação, sempre que se encontre junto ao mesmo termo de responsabilidade do seu autor, salvo os casos em que não tenham sido respeitadas normas atualmente em vigor; - Alteração do conteúdo do termo de responsabilidade a juntar nos pedidos de autorização de utilização, bem como inclusão de um novo documento instrutório facultativo, o termo de responsabilidade do autor; - Revisão de algumas regras específicas das operações de loteamento, nomeadamente, quanto à alteração da licença e reversão de parcelas cedidas ao domínio público e, ainda, previsão de regras particulares quanto à caducidade do licenciamento de operações de loteamento, de modo a evitar que os efeitos da mesma se mantenham inalterados mesmo que a operação não chegue a concretizar-se, sem prejuízo de algumas especificações que devem manter-se; - Distribuição da responsabilidade civil entre os diversos intervenientes na execução de operações urbanísticas, consagrando a responsabilidade solidária como o instituto regra; - Organização das medidas de tutela da legalidade urbanística e previsão de medidas de restauração da legalidade urbanística que privilegiam a legalização em detrimento da adoção de medidas de cariz mais gravoso, como a demolição.

2 Conceitos: O art. 2º do RJUE mereceu alterações pontuais, algumas quase impercetíveis, com o intuito de uniformizar alguns conceitos e contribuir para uma melhor perceção dos mesmos: obras de reconstrução, alteração e ampliação. É de notar apenas uma alteração significativa no que toca ao conceito de obras de reconstrução, que deixa de distinguir a realização de obras com preservação da fachada ou sem preservação da fachada e introduz o conceito de estrutura da fachada. Ora, no que respeita à primeira alteração, verifica-se que a mesma acaba por se revelar pouco significativa, na medida em que se cria a distinção entre obras de reconstrução com ou sem aumento da altura da fachada, fazendo-se depender a sua execução, respetivamente, de licenciamento ou comunicação prévia. A ser assim, não releva para o conceito a preservação das fachadas, desde que se preveja a reconstituição da sua estrutura, mas releva para efeitos de determinação do procedimento, o aumento da sua altura cfr. art. 4º, nº 2, alínea e) e nº 4, alínea a) do RJUE. Âmbito dos procedimentos: O desenho dos procedimentos de controlo prévio previsto no RJUE não sofreu alterações significativas, mantendose a existência de três figuras distintas: o licenciamento, a comunicação prévia com prazo e a autorização. Todavia, a comunicação prévia é, atualmente, uma verdadeira comunicação, não sendo configurada como um procedimento administrativo. Consideramos relevante enunciar as seguintes novidades no que toca ao âmbito dos procedimentos de controlo prévio estabelecidos no RJUE: - O licenciamento volta a ser o procedimento-regra cfr. alínea i) do nº 2 do art. 4º do RJUE, ou seja, sempre que não se encontre expressamente previsto o procedimento de controlo prévio referente a uma determinada operação urbanística ou não se encontre determinada a sua isenção, deve submeter-se a mesma a licenciamento. A situação mais recorrente é a da utilização do solo para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais, mineiros ou de abastecimento público de água que integra o conceito de operação urbanística (cfr. alínea j) do art. 2º do RJUE) mas não se encontra indicada no art. 4º (licenciamento ou comunicação prévia) nem se encontra isenta de controlo prévio (art. 6º do RJUE). - Possibilidade de optar pelo licenciamento quando estejam em causa operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia cfr. nº 6, do art. 4º do RJUE. Note-se, neste ponto, que a opção tem de ser expressa no requerimento inicial. - As operações urbanísticas realizadas em áreas sujeitas a servidão administrativa ou restrição de utilidade pública estão, agora, sujeitas a licenciamento (cfr. alínea h) do nº 2 do art. 4º do RJUE), salvo expressa previsão legal. Todavia, constata-se que mesmo que a operação urbanística tenha sido precedida de pedido de informação prévia, a mesma não pode bastar-se com uma comunicação prévia. - Expressa sujeição a comunicação prévia das operações urbanísticas precedidas de pedido de informação prévia, nos termos do nº 2 e 3 do art. 14º do RJUE. Esta referência consiste numa mera repetição do que já decorre do art. 17º do mesmo diploma, mas parece-nos significativa do ponto de vista da elucidação e da organização dos procedimentos. - A sujeição a licenciamento ou comunicação prévia não depende de qualquer especificidade do conteúdo material do plano de pormenor, bastando que a operação urbanística se insira em área abrangida pelo mesmo, à semelhança do que acontece com as operações de loteamento.

3 Comunicação Prévia: O particular pode agora apresentar uma comunicação prévia e, mediante o pagamento das taxas devidas pela operação urbanística, poderá iniciar a obra. Esta comunicação prévia está sujeita a um saneamento mínimo, onde será verificada a correta instrução do pedido, podendo ser proferido despacho de aperfeiçoamento, 8 dias úteis contados da apresentação do pedido, quando não seja identificado o requerente, o pedido ou a localização da operação urbanística, ou ainda quando falte documento instrutório exigível indispensável ao conhecimento da pretensão e cuja falta não possa ser oficiosamente suprida. Nestes casos, a edilidade proferirá despacho de aperfeiçoamento convidando o particular a completar/corrigir o seu pedido em 15 dias úteis. Apresentando-se o pedido devidamente instruído, poderá o particular iniciar a obra, desde que proceda ao pagamento de taxa. Salienta-se, portanto, que não existe agora qualquer Ato de Admissão da Comunicação Prévia, só havendo lugar à sua rejeição liminar, quando a mesma se demonstre indevidamente instruída, e o particular, para tanto notificado, não a corrija. Isto implica um aumento das responsabilidades dos técnicos e do próprio dono da obra. E daí que se tenha assistido a uma inversão da anterior regra, voltando o procedimento de licenciamento a ser o procedimento tipo. Acresce que, sendo uma operação urbanística objeto de comunicação prévia, pode agora o particular optar pela sujeição a procedimento de licenciamento. Apesar da celeridade deste procedimento, o particular deve assegurar o cumprimento da publicidade prevista no art. 12.º do RJUE, procedendo à afixação do aviso a publicitar a apresentação do pedido. Conforme foi já referido, a obra só poderá ser iniciada se o particular proceder ao pagamento das taxas. O cálculo destas taxas é feito por autoliquidação, ou seja, é o próprio que liquida as suas taxas. Assim, a titulação da comunicação prévia é agora feita por recurso a: - comprovativo eletrónico da entrega; - comprovativo do pagamento das taxas. Com o início da obra, o particular deve afixar o aviso de início de obra no prazo de 10 dias, contados do pagamento das taxas devidas por conta da operação urbanística.

4 Mantém-se a possibilidade de prorrogação do prazo de execução da obra, devendo o particular comunicar esta prorrogação ao processo, sendo a mesma averbada na comunicação prévia existente. Tal como se mantém o procedimento nas alterações em obra, devendo as mesmas ser objeto de comunicação prévia, se for este o procedimento aplicável. A Comunicação Prévia caduca nos mesmos moldes em que caducava anteriormente, nomeadamente por falta de pagamento das taxas no prazo de 60 dias contados da apresentação da comunicação ou da sua correta instrução. Novidade agora é que deixa de existir comunicação prévia de obra inacabada. Agora, pretendendo concluir uma obra, ao abrigo do art. 88.º do RJUE, o procedimento a aplicar é o do licenciamento, independentemente do procedimento anterior ter sido o de comunicação prévia. Na medida em que o saneamento é agora mínimo, as questões relacionadas com a conformidade da operação urbanística com as normas legais e regulamentares, bem como a não precedência de pronúncia, obrigatória nos termos da lei, das entidades externas competentes, ou não conformidade com essa pronúncia, será verificada em sede de fiscalização sucessiva. Procedimento de Licenciamento: Ao nível do saneamento, existem novidades em relação ao prazo, passando para 8 dias úteis o prazo para a edilidade rejeitar liminarmente o pedido, oficiosamente ou por indicação do gestor do procedimento, quando da análise dos elementos instrutórios resultar que o pedido é manifestamente contrário às normas legais ou regulamentares aplicáveis. As consultas podem ser dispensadas quando: - a operação tenha sido objeto de consulta com apreciação favorável no âmbito de PIP, operação de loteamento ou aprovação de plano de pormenor, exceto quando exista plano de salvaguarda que prescreva a necessidade dessa consulta, ver 13.º n.º2 do RJUE; - os projetos de arquitetura, os de especialidades e os pedidos de autorização de utilização, quando acompanhados por termo de responsabilidade de técnico autor de projeto, que ateste o cumprimento das normas legais e regulamentos em vigor, incluindo a menção ao plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do território em vigor ou licença de loteamento, ficam dispensados da apresentação de consultas, certificações, aprovações ou pareceres, sem prejuízo da necessidade da sua obtenção quando legalmente exigida. 13.º n.º 9 do RJUE. Os pareceres só vinculam se tal vinculação estiver prevista na lei, (e) se fundamentarem em condicionamentos legais ou regulamentares e se o parecer for recebido dentro do prazo previsto no n.º 5, ou seja, 20 dias contados da disponibilização do processo. São três requisitos cumulativos para a vinculatividade dos pareceres.

5 Encontra-se agora previsto no art. 13.º-A do RJUE um procedimento para as situações em que a entidade consultada precise de mais elementos para se pronunciar corretamente. Estes pareceres são válidos por dois anos ou desde que não exista alteração dos pressupostos de facto ou de direito em que tais pareceres se basearem. Quanto à apreciação do projeto de arquitetura, temos agora que a junção de termo de responsabilidade do autor do projeto de arquitetura no que respeita aos aspetos interiores da edificação constitui garantia bastante do cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis, excluindo a sua apreciação prévia. Autorização de Utilização: Quanto à instrução do pedido, deixa de ser feita distinção quanto à instrução no caso de o pedido de autorização de utilização ter sido antecedido de obras sujeitas a controlo prévio ou não. Assim, nada se dizendo, é de se concluir que o mesmo é aplicável às duas situações. Existem, ainda, alterações quanto ao conteúdo do termo de responsabilidade que agora tem também de atestar a conformidade com os projetos de especialidade. Ao nível instrutório temos: - telas finais; - termo de responsabilidade do diretor de obra ou diretor de fiscalização emitido nos termos do n.º1, 63.º; - certificação legalmente exigida sobre a execução dos projetos de eletricidade e do gás; - certificação, aprovação ou parecer sobre a execução dos projetos das especialidades que legalmente sejam exigidos ou, em alternativa, com termo de responsabilidade emanada nos termos do n.º 10 do art. 13.º, do n.º 2 do art. 63.º e do n.º 3 do art. 64.º, todos do RJUE, acompanhada de declaração subscrita pelo autor do projeto ou pelo diretor de obra/diretor de fiscalização de que tais elementos foram (ou serão) obtidos. Operações de Loteamento: a. Procedimento de Alteração à licença de loteamento: Agora, para efeito de oposição atende-se à área dos lotes, e portanto só existe oposição quando a maioria da área dos lotes constantes do alvará de loteamento se opuserem. Há que atender à área total dos lotes e à área total dos lotes opositores.

6 Contudo, para efeitos do 48º-A do RJUE, ou seja alterações sujeitas a comunicação prévia, a regra continua a ser a da maioria dos proprietários. Não obstante parecer ter sido um lapso do legislador, não existe fundamento legal que permita aplicar a mesma contagem às duas situações. Outra novidade, é que a alteração à licença só com deliberação da Câmara Municipal passa a admitir agora a variação do número de fogos até 3%. b. Especificações do Alvará de Loteamento: É agora especificação do alvará de loteamento a definição de um prazo máximo para a conclusão das operações de edificação previstas na operação de loteamento, não podendo tal prazo ser superior a 10 anos. c. Reversão: Considera-se, agora, que não há alteração da afetação se as parcelas cedidas forem afetas a um dos fins do 44.º n.1 do RJUE: espaços verdes públicos, equipamentos de utilização coletiva e infraestruturas. d. Caducidade da Licença de Loteamento: Existe agora um novo motivo para a caducidade da licença de loteamento: - o não início das obras de edificação no prazo previsto. Quando a licença caduque por falta de concretização das edificações previstas para os lotes ou quando as obras de urbanização não forem iniciadas/forem suspensas/ sejam abandonadas/não forem concluídas no prazo: - mantém-se a regra de que a caducidade não produz efeitos para os lotes que disponham de pedido de licenciamento deferido ou comunicação prévia apresentada; - a caducidade também não produzirá efeitos quanto às parcelas cedidas para implantação de espaços verdes públicos e equipamentos de utilização coletiva e infraestruturas que sejam indispensáveis àqueles lotes; estas áreas terão de ser identificadas aquando da comunicação ao registo predial da caducidade do licenciamento do loteamento. - nas situações em que não tenham sido iniciadas as obras de edificação previstas na operação de loteamento, a caducidade não produz efeitos quanto à divisão ou reparcelamento fundiário resultante da operação de loteamento, mantendo-se os lotes constituídos por esta operação, a respetiva área e localização e extinguindo-se as demais especificações relativas aos lotes. Consagra-se, assim, a regra, que já era utilizada pelas Conservatórias do Registo Predial, de apagar apenas as especificações do loteamento, mantendo-se as áreas cedidas ao domínio público ou privado municipal, e logo o reparcelamento fundiário realizado.

7 Responsabilidade Civil: O art. 100º-A foi aditado ao RJUE pelo D.L. nº 136/2014 e visa tornar mais clara a repartição da responsabilidade pelos vários intervenientes no caso de violação dos deveres inerentes ao exercício da atividade desempenhada e a que se encontrem obrigados. Desde logo, o preceito normativo identifica as situações em que poderá ocorrer responsabilidade: - operações urbanísticas sujeitas a controlo prévio mas desenvolvidas em violação das condições previstas na licença, comunicação prévia ou autorização; - operações urbanísticas realizadas sem controlo prévio ou em desconformidade com os seus pressupostos ou com as condições previstas na lei para a isenção de controlo prévio; - operações urbanísticas incompatíveis com instrumentos de gestão territorial. Dependendo da situação concretamente ocorrida, o leque de responsáveis difere, procurando o legislador esclarecer, em alguns casos, os conceitos utilizados: promotores, empreiteiro. Contudo, em qualquer um dos casos, a regra é a da responsabilidade solidária, ou seja, cada um dos responsáveis assume o total ressarcimento dos danos causados, cabendo-lhe direito de regresso sobre os restantes. Note-se, por fim, que a aprovação do projeto de arquitetura e o exercício de tarefas de fiscalização municipal não isentam os técnicos responsáveis da responsabilidade pela condução dos trabalhos em estrita observância pelas condições da licença ou da comunicação prévia, ou seja, não afastam a responsabilidade civil que lhes é imputada cfr. art. 100º-A, nº 9 do RJUE. Por último, uma breve referência ao instituto da responsabilidade civil da Administração Pública, patente no art. 70º do RJUE, que não sofreu alterações significativas. Contudo, parece-nos ser relevante realçar que o legislador visou esclarecer os seguintes aspetos: - a responsabilidade por ação e omissão é apurada nos termos gerais, ou seja, é feita uma remissão genérica para a lei da responsabilidade civil extracontratual do Estado e demais pessoas públicas; - há responsabilidade civil da Administração Pública sempre que decorram prejuízos da realização de operações urbanísticas com base em atos de controlo prévio ilegais, desde que esteja em causa uma conduta ilícita dos titulares dos órgãos e funcionários municipais; - a regra também é da responsabilidade solidária, sendo que neste caso os responsáveis serão: o titular do órgão administrativo que haja praticado o ato; os membros dos órgãos colegiais que tenham votado a favor do ato; os trabalhadores que tenham prestado informação favorável à prática do ato; e, os membros da câmara municipal que não promovam as medidas de reposição da legalidade sempre que necessário. Medidas de Tutela da Legalidade Urbanística: Por sua vez, no que respeita às medidas de tutela da legalidade urbanística, o legislador introduziu aqui importantes modificações, com a finalidade de permitir a regularização das operações urbanísticas ilegais sempre que os interesses em causa, de natureza pública e também de natureza privada, não impeçam tal possibilidade. Neste pressuposto, e em primeiro lugar, deve atentar-se à epígrafe do art. 102º do RJUE que se refere à reposição da legalidade urbanística, o que confere uma maior amplitude ao conceito. Não se trata apenas de medidas de

8 tutela da legalidade, mas antes de medidas de reposição da legalidade, o que poderá passar pela tutela ou pela regularização. O art. 102º do RJUE começa por enumerar os fundamentos que justificam a adoção das medidas (nº 1) e as medidas propriamente ditas (nº 2): a) o embargo; b) a suspensão administrativa; c) os trabalhos de correção ou alteração; d) a legalização; e) a demolição total ou parcial; f) a reposição do terreno; g) a cessação da utilização. Todavia, atentas as medidas de tutela e reposição da legalidade urbanística e os seus regimes, facilmente se constata que os mesmos não sofreram alterações de monta, sendo de realçar duas novidades essenciais: - o nº 3 do mesmo normativo prevê a possibilidade da câmara municipal determinar a execução de obras de conservação necessárias a garantir a segurança da edificação ou a determinar a demolição da construção, independentemente da ilegalidade detetada. Esta faculdade pretende fazer face a situações de urgência que não se compadeçam com a delonga dos processos tendentes à adoção de medidas de tutela da legalidade; - legalização, cfr. art. 102º-A do RJUE. A legalização, por consistir na mais importante alteração ao regime jurídico das medidas de tutela da legalidade, merece-nos uma atenção especial. Assim: Com a nova redação do RJUE conferida pelo D.L. nº 136/2014, o legislador procurou estabelecer um mecanismo que, sendo um meio de restauração da legalidade que surge na sequência de uma situação ilegal, conceda ao particular a possibilidade de obter a regularização das operações urbanísticas, permitindo alguma simplificação ao nível procedimental e material. Deste modo, a legalização pressupõe que o procedimento não deve ser exatamente igual aquele que precede a realização de uma obra nova. Isto que dizer que a Câmara Municipal poderá delinear um procedimento específico, que responda às necessidades de cada uma das situações detetadas. No entanto, sempre que se revele necessário executar obras, a legalização correrá de acordo com os trâmites previstos para o licenciamento e/ou comunicação prévia, com as adaptações que se revelem necessárias. a. Fundamento: Apesar da vontade do legislador em garantir a restauração da legalidade sem lançar mão de medidas de tutela de cariz mais gravoso para o particular, a verdade é que a legalização só será admissível se, verificada a situação de ilegalidade, a Câmara Municipal conclua que: - a operação urbanística foi executada em conformidade com as disposições legais e regulamentares em vigor; - é possível assegurar a conformidade da operação urbanística com as disposições legais e regulamentares em vigor, mediante a realização de trabalhos de correção ou adaptação. Contudo, o legislador não esqueceu que muitas das situações clandestinas já se encontram executadas há vários anos, ou até décadas, e nessa medida não são capazes de assegurar o cumprimento com as normas técnicas atualmente em vigor. Assim, e na perspetiva de permitir que também essas situações possam beneficiar deste

9 procedimento, o legislador estabeleceu no nº 5 do art. 102º-A a faculdade de dispensa do cumprimento de normas técnicas relativas à construção. Esta dispensa ocorre apenas quanto às normas técnicas de construção ou seja, não pode daqui resultar a violação de qualquer instrumento de gestão territorial atualmente em vigor e só será admissível quando seja possível demonstrar que: - o cumprimento das referidas normas técnicas revelou-se impossível de exigir ou a sua exigência não seja razoável; e - foram cumpridas as condições técnicas vigentes à data da realização da operação urbanística. b. Iniciativa: A iniciativa para a legalização pode ser particular (nº 6) ou oficiosa (nº 1), sendo que neste último caso é a edilidade que aprecia a situação concreta e, concluindo pela conformidade da mesma com as normas técnicas e regulamentares vigentes, convida o particular a apresentar um pedido de legalização, concedendo um prazo para o efeito. Caso a iniciativa surja por parte da Autarquia, poderão desde logo ser indicados os elementos que devem ser juntos com o pedido de legalização. Por outra via, o particular pode dirigir-se à Autarquia questionando da possibilidade de legalização de uma determinada operação urbanística. Neste caso, a edilidade está obrigada a responder, no prazo máximo de 15 dias, indicando os termos em que a mesma se deve processar. c. Instrução: É neste ponto que se fazem notar as maiores diferenças no procedimento de legalização porquanto o mesmo dependerá da realização, ou não, de obras. Assim, o procedimento de legalização deve ser instruído com os elementos exigíveis em função da pretensão concreta do requerente. Em consequência, pode afirmar-se que os elementos instrutórios variam consoante a operação urbanística em causa, até porque, e naturalmente, o procedimento não tem de ser instruído com todos os elementos exigíveis na realização de uma operação urbanística nova. Desde logo, o próprio legislador, no nº 4 do art. 102º-A do RJUE determina quais os elementos que são dispensados quando não haja obras de ampliação ou de alteração a realizar. Do mesmo modo, mas de forma mais genérica, o nº 3 do mesmo preceito dispõe que poderão ser solicitados todos os documentos e elementos que se revelem necessários para garantir a segurança e a saúde públicas. Destarte, compete à edilidade a determinação dos elementos que devem instruir o pedido de legalização. Para além do mais, e por último, resta atentar à faculdade concedida pelo nº 5 do art. 102º-A quanto às operações urbanísticas que atualmente não cumpram com as normas técnicas em vigor, caso em que o requerente deverá juntar documentos capazes de comprovar a data da construção. Neste ponto, consideraram-se admissíveis todos os meios de prova admitidos por lei. Estes meios de prova serão valorados nos termos legais e realizados apenas quando se demonstrem essenciais à fixação de data de construção e não representem, no caso concreto, o recurso a expedientes meramente dilatórios. Só após a determinação dessa data é que poderá verificar-se quais as normas técnicas aplicáveis às construções e cujo cumprimento pode ser exigido.

10 d. Cumprimento: A legalização propriamente dita pode ser voluntária ou oficiosa (nº 8 e seguintes) tal como acontece em qualquer medida de tutela. A legalização, quando voluntária, poderá abranger todo o tipo de operação urbanística, independentemente de carecer ou não da realização de obras de ampliação ou de alteração. Mas a legalização oficiosa só poderá ocorrer quando estejam em causa obras que não impliquem a realização de cálculos de estabilidade. e. Título: Os títulos das operações urbanísticas objeto de procedimento de legalização, com vista à salvaguarda de futuros adquirentes de boa-fé, deverão conter as seguintes menções especiais: a) Que a(s) operação(ões) urbanística(s) foi(ram) sujeita(s) ao procedimento de legalização; b) Qual(is) a(s) operação(ões) urbanística(s) objeto de regularização; c) O uso da faculdade concedida pelo n.º 5 do art. 102.º - A do RJUE, quando aplicável.

REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS 1. O Regulamento referente à compensação pela não

Leia mais

Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de 2008 1372-(13)

Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de 2008 1372-(13) Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de 2008 1372-(13) d) Livro de obra, com menção do termo de abertura; e) Plano de segurança e saúde. 2 Quando a emissão do alvará seja antecedida de deferimento

Leia mais

Classificação DOS EMPREENDIMENTOS DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL:

Classificação DOS EMPREENDIMENTOS DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL: O conteúdo informativo disponibilizado pela presente ficha não substitui a consulta dos diplomas legais referenciados e da entidade licenciadora. FUNCHAL CAE Rev_3: 55202 TURISMO NO ESPAÇO RURAL NOÇÃO:

Leia mais

Município de Valpaços

Município de Valpaços Município de Valpaços Regulamento Municipal de Atribuição de Apoios às Freguesias Preâmbulo A Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro aprovou o regime jurídico das autarquias locais, o estatuto das entidades

Leia mais

A comunicação prévia no RJUE. Fernanda Paula Oliveira

A comunicação prévia no RJUE. Fernanda Paula Oliveira A comunicação prévia no RJUE Fernanda Paula Oliveira Considerações Preliminares Os instrumentos jurídico administrativos As concessões: ato jurídico que atribui ao particular a faculdade de exercer uma

Leia mais

ÂMBITO Aplica-se à instalação e ao funcionamento dos recintos com diversões aquáticas.

ÂMBITO Aplica-se à instalação e ao funcionamento dos recintos com diversões aquáticas. O conteúdo informativo disponibilizado pela presente ficha não substitui a consulta dos diplomas legais referenciados e da entidade licenciadora. FUNCHAL RECINTOS COM DIVERSÕES AQUÁTICAS CAE REV_3: 93210

Leia mais

NORMAS URBANÍSTICAS E REABILITAÇÃO URBANA

NORMAS URBANÍSTICAS E REABILITAÇÃO URBANA NORMAS URBANÍSTICAS E REABILITAÇÃO URBANA Paula Morais mail@paulamorais.pt O REGIME LEGAL DA REABILITAÇÃO URBANA Alguns aspectos da sua evolução Decreto Lei n.º 307/2009, de 27 de Outubro Decreto Lei n.º

Leia mais

REGULAMENTO MUNICIPAL PARA EMPRÉSTIMO OU COMPARTICIPAÇÃO NA AQUISIÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA:

REGULAMENTO MUNICIPAL PARA EMPRÉSTIMO OU COMPARTICIPAÇÃO NA AQUISIÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA: REGULAMENTO MUNICIPAL PARA EMPRÉSTIMO OU COMPARTICIPAÇÃO NA AQUISIÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA: Considerando que, decorrente da imposição da lei fundamental, incumbe ao Estado assegurar

Leia mais

JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA DE SANTA CATARINA A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA DE SANTA CATARINA A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA DE SANTA CATARINA A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA CÂMARA MUNICIPAL DE SINES DEPARTAMENTO DE GESTÃO TERRITORIAL DIVISÃO DE

Leia mais

1372-(6) Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de 2008

1372-(6) Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de 2008 1372-(6) Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de 2008 inferior a 0,8 m 1,2 m, ou, caso se trate de operação urbanística em fracção já existente, confinante com arruamento ou espaço de circulação

Leia mais

Pº C.Co.36/2012 SJC-CT

Pº C.Co.36/2012 SJC-CT Pº C.Co.36/2012 SJC-CT Consulente: Registo Nacional de Pessoas Coletivas. Sumário: Publicação das alterações de estatutos das fundações com natureza de Instituições Particulares de Solidariedade Social(IPSS)

Leia mais

MUNICÍPIO DE PORTEL CÂMARA MUNICIPAL

MUNICÍPIO DE PORTEL CÂMARA MUNICIPAL MUNICÍPIO DE PORTEL CÂMARA MUNICIPAL Sistema da Industria Responsável _ SIR Projeto de alteração à Tabela de taxas e licenças municipais decorrente da aplicação do SIR _ Sistema da Industria Responsável

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 140/XII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 140/XII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 140/XII Exposição de Motivos A reorganização dos sectores das águas e dos resíduos é um dos grandes desafios a que o Governo se propõe, em vista da resolução de problemas ambientais

Leia mais

3º Alargamento de Prazo das Linhas de Crédito PME Investe - Documento de divulgação - V.1

3º Alargamento de Prazo das Linhas de Crédito PME Investe - Documento de divulgação - V.1 1. Beneficiários: As empresas que tenham operações contratadas ao abrigo das Linhas de Crédito PME Investe e que à data de contratação do alargamento do prazo não tenham incumprimentos não regularizados

Leia mais

MUNICÍPIO DE MACHICO REGULAMENTO DO LICENCIAMENTO ZERO 1

MUNICÍPIO DE MACHICO REGULAMENTO DO LICENCIAMENTO ZERO 1 MUNICÍPIO DE MACHICO REGULAMENTO DO LICENCIAMENTO ZERO 1 Nota Justificativa A simplificação do exercício de atividades decorrente da publicação e entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de abril

Leia mais

Aspetos legislativos, no domínio sócio-laboral

Aspetos legislativos, no domínio sócio-laboral Aspetos legislativos, no domínio sócio-laboral Lei n.º 53/2011, de 14 de outubro, que procede à segunda alteração ao Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, estabelecendo

Leia mais

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS L 115/12 Jornal Oficial da União Europeia 27.4.2012 II (Atos não legislativos) REGULAMENTOS REGULAMENTO DELEGADO (UE) N. o 363/2012 DA COMISSÃO de 23 de fevereiro de 2012 respeitante às normas processuais

Leia mais

NOVO REGIME DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE RESTAURAÇÃO OU DE BEBIDAS COM CARÁCTER NÃO SEDENTÁRIO

NOVO REGIME DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE RESTAURAÇÃO OU DE BEBIDAS COM CARÁCTER NÃO SEDENTÁRIO NOVO REGIME DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE RESTAURAÇÃO OU DE BEBIDAS COM CARÁCTER NÃO SEDENTÁRIO CONCEITO: «Prestação de serviços de restauração ou de bebidas com carácter não sedentário», a prestação, mediante

Leia mais

INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 22/2013. Regime de caixa de IVA (DL 71/2013, 30.05)

INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 22/2013. Regime de caixa de IVA (DL 71/2013, 30.05) INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 22/2013 Regime de caixa de IVA (DL 71/2013, 30.05) Índice 1.Âmbito... 1 2.Opção pelo regime - permanência e saída por opção do mesmo... 1 2.1.Opção pelo regime em 2013... 1 2.2.

Leia mais

APROVA OS MODELOS DE ALVARÁS DE LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

APROVA OS MODELOS DE ALVARÁS DE LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS APROVA OS MODELOS DE ALVARÁS DE LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS (Portaria n.º 1107/2001, de 18 de Setembro) O Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, que aprovou o novo regime

Leia mais

Projeto de Alteração ao Regulamento Geral e Tabela de Taxas e Licenças do Município de Arganil

Projeto de Alteração ao Regulamento Geral e Tabela de Taxas e Licenças do Município de Arganil Projeto de Alteração ao Regulamento Geral e Tabela de Taxas e Licenças do Município de Arganil Nota Justificativa O Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de Abril, publicado no âmbito do Programa Simplex, veio

Leia mais

FI CHA DOUTRINÁRIA. Diploma: Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis/Estatuto dos Benefícios Fiscais

FI CHA DOUTRINÁRIA. Diploma: Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis/Estatuto dos Benefícios Fiscais FI CHA DOUTRINÁRIA Diploma: Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis/Estatuto dos Benefícios Fiscais Artigo: Assunto: 49.º EBF Fundos de Investimento Imobiliário e Isenção de

Leia mais

FUNCHAL CAE Rev_3: 88101/88102 SERVIÇOS DE APOIO DOMICILIÁRIO. Instituto da Segurança Social I.P. e Câmara Municipal competente.

FUNCHAL CAE Rev_3: 88101/88102 SERVIÇOS DE APOIO DOMICILIÁRIO. Instituto da Segurança Social I.P. e Câmara Municipal competente. O conteúdo informativo disponibilizado pela presente ficha não substitui a consulta dos diplomas legais referenciados e da entidade licenciadora. FUNCHAL CAE Rev_3: 88101/88102 SERVIÇOS DE APOIO DOMICILIÁRIO

Leia mais

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012 VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012 O Decreto Regulamentar n.º 84-A/2007, de 10 de dezembro, alterado pelos Decretos

Leia mais

REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DE FORMAÇÃO ACADÉMICA, OUTRA FORMAÇÃO E DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DE FORMAÇÃO ACADÉMICA, OUTRA FORMAÇÃO E DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DE FORMAÇÃO ACADÉMICA, OUTRA FORMAÇÃO E DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Preâmbulo No seguimento da terceira alteração ao Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, introduzida pelo Decreto-Lei

Leia mais

DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃO DE POSTO DE TRABALHO

DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃO DE POSTO DE TRABALHO DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃO DE POSTO DE TRABALHO (Explicação do procedimento nos termos do Cód. Trabalho Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 23/2012, de 25 de junho)

Leia mais

Fernanda Paula Oliveira

Fernanda Paula Oliveira 3 ARTICULAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO ZERO COM OS PROCEDIMENTOS URBANÍSTICOS 1. As operações urbanísticas O RJUE Operações de loteamento Obras de urbanização Obras de edificação: nova construção,

Leia mais

A publicação da Portaria nº 113/2015: Implicações na área da Acústica

A publicação da Portaria nº 113/2015: Implicações na área da Acústica A publicação da Portaria nº 113/2015: Implicações na área da Acústica Na sequência da recente publicação da Portaria nº 113/2015, de 22 de abril, que revoga a Portaria nº 232/2008, de 11 de março, são

Leia mais

Artigo 1.º. Alterações. Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º e 6.º passam a ter a seguinte redação: «Artigo 1.º [...]

Artigo 1.º. Alterações. Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º e 6.º passam a ter a seguinte redação: «Artigo 1.º [...] Alteração ao Regulamento dos Períodos de Abertura e Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao Público e de Prestação de Serviços do Concelho de Viana do Alentejo Preâmbulo O Decreto-Lei n.º 48/2011,

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Faturas - Mediadores de seguros que pratiquem operações isentas Processo: nº 4686, por despacho de 2013-05-15, do SDG do IVA, por delegação

Leia mais

Deliberação n.º 513/2010, de 24 de Fevereiro (DR, 2.ª série, n.º 50, de 12 de Março de 2010)

Deliberação n.º 513/2010, de 24 de Fevereiro (DR, 2.ª série, n.º 50, de 12 de Março de 2010) (DR, 2.ª série, n.º 50, de 12 de Março de 2010) Define os requisitos de funcionamento dos postos farmacêuticos móveis (Revoga tacitamente o Anexo II, da Deliberação n.º 2473/2010, de 28 de Novembro) O

Leia mais

NOVO REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

NOVO REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS NOVO REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS No passado dia 7 de Março foi publicado o Decreto-Lei nº 39/2008, que entrará em vigor no próximo dia 6 de Abril de 2008 e que veio

Leia mais

Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição

Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição 1. Quais as instruções a seguir pelos técnicos que pretendam exercer

Leia mais

Divisão de Obras, Planeamento, Ambiente e Urbanismo

Divisão de Obras, Planeamento, Ambiente e Urbanismo Divisão de Obras, Planeamento, Ambiente e Urbanismo Elementos instrutórios do pedido Elementos comuns aos procedimentos de controlo prévio (Licença), nos termos da Portaria n.º 113/2015, de 22/04 1) 2)

Leia mais

MUNICIPIO DE REDONDO NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

MUNICIPIO DE REDONDO NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Âmbito de aplicação O presente documento tem por objetivo o estabelecimento das regras e condições

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 127/XII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 127/XII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 127/XII Exposição de Motivos A Lei n.º 63-A/2008, de 24 de novembro, que estabelece medidas de reforço da solidez financeira das instituições de crédito no âmbito da iniciativa para

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE COMAM - CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE. DELIBERAÇÃO NORMATIVA N o 19/98

SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE COMAM - CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE. DELIBERAÇÃO NORMATIVA N o 19/98 DELIBERAÇÃO NORMATIVA N o 19/98 O Conselho Municipal de Meio Ambiente, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pela Lei n. o 4.253 de 04.12.85, regulamenta os procedimentos administrativos para

Leia mais

Município de Oliveira do Hospital PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS

Município de Oliveira do Hospital PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS O Município de Oliveira do Hospital entende como de interesse municipal as iniciativas empresariais que contribuem para o desenvolvimento e dinamização

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 6º; 14º; Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08; Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 6º; 14º; Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08; Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 6º; 14º; Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08; Localização de operações - Transportes terrestres, operações de armazenagem e distribuição Continente RA s -

Leia mais

Circular nº 24/2015. Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. 17 de Junho 2015. Caros Associados,

Circular nº 24/2015. Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. 17 de Junho 2015. Caros Associados, Circular nº 24/2015 17 de Junho 2015 Assunto: Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. Caros Associados, 1. Foi publicado no Diário da República, 1ª. Série, nº. 107, de 3 de Junho de 2015, a Lei nº. 41/2015, de

Leia mais

RESOLUÇÃO NORMATIVA RN N XXX, DE XX DE XXXXXXXXX DE 2010.

RESOLUÇÃO NORMATIVA RN N XXX, DE XX DE XXXXXXXXX DE 2010. RESOLUÇÃO NORMATIVA RN N XXX, DE XX DE XXXXXXXXX DE 2010. Institui o procedimento de Notificação de Investigação Preliminar NIP e altera a redação do art. 11 da Resolução Normativa - RN nº 48, de 19 de

Leia mais

Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código Civil. 2012 16ª Edição. Atualização nº 1

Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código Civil. 2012 16ª Edição. Atualização nº 1 Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código Civil 2012 16ª Edição Atualização nº 1 1 [1] Código do Trabalho CÓDIGO CIVIL Atualização nº 1 ORGANIZAÇÃO BDJUR BASE DE DADOS JURÍDICA EDITOR EDIÇÕES ALMEDINA,

Leia mais

MANUAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS Gerência de Controle da Poluição GCP : PASSO A PASSO

MANUAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS Gerência de Controle da Poluição GCP : PASSO A PASSO MANUAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS Gerência de Controle da Poluição GCP : PASSO A PASSO O QUE É O LICENCIAMENTO AMBIENTAL? O Licenciamento Ambiental é um procedimento

Leia mais

DIRECTOR DE OBRA E DIRECTOR DE FISCALIZAÇÃO DE OBRA

DIRECTOR DE OBRA E DIRECTOR DE FISCALIZAÇÃO DE OBRA DIRECTOR DE OBRA E DIRECTOR DE FISCALIZAÇÃO DE OBRA Anexo C A Lei n.º 31/2009, de 3 de Julho, define: No artigo 13.º a qualificação das funções do director de obra e no artigo 14.º os deveres do director

Leia mais

REGULAMENTO AJUDAS DE CUSTO E DE TRANSPORTE INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA 1. Artigo 1.º Objeto

REGULAMENTO AJUDAS DE CUSTO E DE TRANSPORTE INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA 1. Artigo 1.º Objeto REGULAMENTO DE AJUDAS DE CUSTO E DE TRANSPORTE DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA 1 Artigo 1.º Objeto O presente regulamento define as normas jurídicas aplicáveis aos atos e formalidades específicas dos

Leia mais

PROJETO DE REGULAMENTO PARA O RECONHECIMENTO DO INTERESSE DO INVESTIMENTO PARA A REGIÃO. Nota justificativa

PROJETO DE REGULAMENTO PARA O RECONHECIMENTO DO INTERESSE DO INVESTIMENTO PARA A REGIÃO. Nota justificativa PROJETO DE REGULAMENTO PARA O RECONHECIMENTO DO INTERESSE DO INVESTIMENTO PARA A REGIÃO Nota justificativa Considerando que o Governo através do Decreto-Lei n.º 162/2014, de 31 de outubro, aprovou um novo

Leia mais

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS PREÂMBULO O regime jurídico geral aplicável aos recintos de espectáculos e divertimentos públicos

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Instrumento preventivo de tutela do meio ambiente (art. 9º, IV da Lei nº. 6.938/81)

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Instrumento preventivo de tutela do meio ambiente (art. 9º, IV da Lei nº. 6.938/81) POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 1. LICENCIAMENTO AMBIENTAL 1.1 NATUREZA JURÍDICA: Instrumento preventivo de tutela do meio ambiente (art. 9º, IV da Lei nº. 6.938/81) 1.2 CONCEITO: Segundo o art. 1º,

Leia mais

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado Regulamento dos Estágios da Assembleia da República para Ingresso nas Carreiras Técnica Superior Parlamentar, Técnica Parlamentar, de Programador Parlamentar e de Operador de Sistemas Parlamentar Despacho

Leia mais

LAVANDARIAS. Emissões quaisquer descargas de COV de uma instalação para o ambiente;

LAVANDARIAS. Emissões quaisquer descargas de COV de uma instalação para o ambiente; RLG Atualizado a: 18 de julho de 2012 1 O conteúdo informativo disponibilizado pela presente ficha não substitui a consulta dos diplomas legais referenciados e da entidade licenciadora. FUNCHAL LAVANDARIAS

Leia mais

CIRCULAR N/REFª: 01/15 DATA: 05/01/2015. Assunto: NRAU. Exmos. Senhores,

CIRCULAR N/REFª: 01/15 DATA: 05/01/2015. Assunto: NRAU. Exmos. Senhores, CIRCULAR N/REFª: 01/15 DATA: 05/01/2015 Assunto: NRAU Exmos. Senhores, Junto se envia para conhecimento, informação relativa ao Novo Regime do Arrendamento Urbano, conforme resultante da alteração pela

Leia mais

NORMA TÉCNICA LICENCIAMENTO

NORMA TÉCNICA LICENCIAMENTO ELEMENTOS ANEXOS PARA A INSTRUÇÃO DE PEDIDO DE 1. PEDIDO DE DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO 2. PEDIDO DE ALTERAÇÃO À LICENÇA DE LOTEAMENTO 3. PEDIDO DE DE OBRAS DE URBANIZAÇÃO 4. PEDIDO DE DE OBRAS DE EDIFICAÇÃO

Leia mais

Regulamento de Atribuição do Título de Especialista Escola Superior de Educação João de Deus. na ESE João de Deus

Regulamento de Atribuição do Título de Especialista Escola Superior de Educação João de Deus. na ESE João de Deus Escola Superior de Educação João de Deus de Atribuição do Título de Especialista Escola Superior de Educação João de Deus na ESE João de Deus O Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, aprovado

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES DO INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO Artigo 1º (Âmbito) O presente regulamento aplica se a todos os cursos ministrados no ISEP, podendo existir casos em

Leia mais

Propostas da CDU ao Regulamento de Gestão do Parque Habitacional do Município do Porto

Propostas da CDU ao Regulamento de Gestão do Parque Habitacional do Município do Porto Propostas da CDU ao Regulamento de Gestão do Parque Habitacional do Município do Porto A CDU na reunião da Câmara Municipal do Porto de 26 de Novembro de 2013, no seguimento dos seus compromissos eleitorais,

Leia mais

Regulamento do Sistema de Controlo Interno

Regulamento do Sistema de Controlo Interno Regulamento do Sistema de Controlo Interno Projeto de Alteração ao Regulamento agosto de 2015 1 Alteração ao Regulamento do Sistema de Controlo Interno Procedimento iniciado no dia 13 de agosto de 2015

Leia mais

Perguntas Frequentes sobre a Rede de Apoio ao Consumidor Endividado

Perguntas Frequentes sobre a Rede de Apoio ao Consumidor Endividado Perguntas Frequentes sobre a Rede de Apoio ao Consumidor Endividado A Direção-Geral do Consumidor (DGC) apresenta um conjunto de respostas às perguntas suscitadas com maior frequência. Em caso de dúvida,

Leia mais

PARECER N.º 28/CITE/2005

PARECER N.º 28/CITE/2005 PARECER N.º 28/CITE/2005 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 1 do artigo 45.º do Código do Trabalho e dos artigos 79.º e 80.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Processo n.º 26 FH/2005 I OBJECTO

Leia mais

REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS ECONÓMICAS DE INTERESSE MUNICIPAL

REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS ECONÓMICAS DE INTERESSE MUNICIPAL REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS ECONÓMICAS DE INTERESSE MUNICIPAL Nota Justificativa O Município de Mirandela tem entendido como de interesse municipal as iniciativas empresariais de natureza

Leia mais

A aplicação do regime do licenciamento ZERO às atividades turísticas

A aplicação do regime do licenciamento ZERO às atividades turísticas A aplicação do regime do licenciamento ZERO às atividades turísticas Curso de Pós-Graduação em Direito do Turismo Instituto de Ciências Jurídico-Políticas/Faculdade de Direito de Lisboa 23 de março de

Leia mais

ACIDENTES DE TRABALHO

ACIDENTES DE TRABALHO ACIDENTES DE TRABALHO CONCEITOS - PROCEDIMENTOS INTERNOS - Divisão Administrativa Serviço de Segurança e Higiene no Trabalho Índice CÂMARA Nota Prévia...2 1. Legislação Aplicável...2 2. Âmbito...3 3. Conceitos...3

Leia mais

Desenho Técnico (5 ETCS) Gestão da Produção e Manutenção (4 ECTS) Qualidade e Gestão de Recursos (4 ECTS) Órgãos de Máquina I (5 ECTS)

Desenho Técnico (5 ETCS) Gestão da Produção e Manutenção (4 ECTS) Qualidade e Gestão de Recursos (4 ECTS) Órgãos de Máquina I (5 ECTS) Recomendação n.º 15.2012-PE Processo n.º: 104.2012-PE Assunto: Reclamação sobre alteração de creditações na licenciatura provenientes de For.CET Data: 29-01-2013 Na qualidade de Provedor do Estudante recebi,

Leia mais

Município de Estarreja 1

Município de Estarreja 1 Apreciação de pedidos I 0 0 0 0 I 1 0 0 0 I 1.1 0 0 0 I 1.1 a) 0 0 I 1.1 b) 0 0 I 1.2 0 0 0 I 2 0 0 0 I 2.1 0 0 0 I 2.2 0 0 0 I 3 0 0 0 I 3.1 0 0 0 I 3.2 0 0 0 I 3.3 0 0 0 Informação Prévia Loteamentos

Leia mais

Assunto: Pedido de informação sobre a aplicação das regras de isenção de licenciamento das mensagens publicitárias.

Assunto: Pedido de informação sobre a aplicação das regras de isenção de licenciamento das mensagens publicitárias. N.ª Ref.ª: I/( )/13/CMP V.ª Ref.ª: I/( )/11/CMP Data: 13-02-2013 Assunto: Pedido de informação sobre a aplicação das regras de isenção de licenciamento das mensagens publicitárias. Enquadramento Factual

Leia mais

REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS DO PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO

REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS DO PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS DO PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO INDICE 1. OBJETIVO 2. DESTINATÁRIOS 3. REQUISITOS GERAIS DE ACESSO À TIPOLOGIA MICROINVEST 4. MODELO ESPECÍFICO DE APOIO TÉCNICO À CRIAÇÃO

Leia mais

Alargamento de Prazo das Linhas de Crédito PME Investe - Documento de divulgação - V.3

Alargamento de Prazo das Linhas de Crédito PME Investe - Documento de divulgação - V.3 1. Beneficiários: As empresas que tenham operações contratadas ao abrigo das de Crédito PME Investe e que à data de contratação do alargamento do prazo não tenham incumprimentos não regularizados junto

Leia mais

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 63/2015, 1.º Suplemento, Série I, de 31/03, Páginas 1728-(2) 1728- (11).

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 63/2015, 1.º Suplemento, Série I, de 31/03, Páginas 1728-(2) 1728- (11). Classificação: 060.01.01 Segurança: P ú b l i c a Processo: Direção de Serviços de Comunicação e Apoio ao Contribuinte Diploma Portaria n.º 98-A/2015, de 31 de março Estado: vigente Legislação Resumo:

Leia mais

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo O Regimento da Câmara Municipal De Vila Franca do Campo foi elaborado de acordo com a alínea a) do número 1 do Artº 64º da Lei n.º 169/99,

Leia mais

S. R. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA DIREÇÃO-GERAL DO ENSINO SUPERIOR

S. R. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA DIREÇÃO-GERAL DO ENSINO SUPERIOR Regulamento de Formação Avançada e Qualificação de Recursos Humanos da Direção-Geral do Ensino Superior (Aprovado por despacho, de 15 de junho de 2012, do Presidente do Conselho Diretivo da Fundação para

Leia mais

REGULAMENTO MUNICIPAL DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA DE RÓDÃO

REGULAMENTO MUNICIPAL DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA DE RÓDÃO CÂMARA MUNICIPAL DE VILA VELHA DE RÓDÃO REGULAMENTO MUNICIPAL DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA DE RÓDÃO Índice PREÂMBULO...3

Leia mais

(PROPOSTA) REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ACADÉMICAS, EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS E OUTRA FORMAÇÃO

(PROPOSTA) REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ACADÉMICAS, EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS E OUTRA FORMAÇÃO (PROPOSTA) Ú~e ~JU&~~L~ 6~i ~ / ~ 7J7t1 REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ACADÉMICAS, EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS E OUTRA FORMAÇÃO Conforme o determinado pelo artigo 45 O A do Decreto Lei n 074/2006

Leia mais

Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro

Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro A necessidade de contenção da despesa pública no longo prazo com caráter de definitividade obriga à redução da despesa no setor da segurança social, o que

Leia mais

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT P.º R. P. 301/04 DSJ-CT - Registo de hipoteca legal por dívidas à Segurança Social sobre bens dos gerentes da sociedade devedora. Documentos instrutórios : certidão comprovativa da dívida e cópia autenticada

Leia mais

Regulamento do Programa de Apoio à Economia e Emprego Nota Justificativa

Regulamento do Programa de Apoio à Economia e Emprego Nota Justificativa Regulamento do Programa de Apoio à Economia e Emprego Nota Justificativa Considerando que, Os Municípios dispõem de atribuições no domínio da promoção do desenvolvimento; Que para a execução das referidas

Leia mais

Perguntas Frequentes sobre o Certificado Sucessório Europeu

Perguntas Frequentes sobre o Certificado Sucessório Europeu Perguntas Frequentes sobre o Certificado Sucessório Europeu 1- O que é o Certificado Sucessório Europeu (CSE)? 2- Que instrumento jurídico criou o CSE? 3- Quem pode pedir o CSE? 4- Um credor pode pedir

Leia mais

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO NACIONAL PARA A ECONOMIA SOCIAL

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO NACIONAL PARA A ECONOMIA SOCIAL REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO NACIONAL PARA A ECONOMIA SOCIAL CAPÍTULO I PRINCÍPIOS GERAIS Artigo 1. (Natureza) O Conselho Nacional para a Economia Social, adiante também identificado como CNES,

Leia mais

União das Freguesias de Real, Dume e Semelhe

União das Freguesias de Real, Dume e Semelhe REGULAMENTO DE PUBLICIDADE DE NATUREZA COMERCIAL EM EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS DE ÂMBITO LOCAL Artigo 1.º Enquadramento jurídico O presente Regulamento rege-se pelo disposto no artigo 241º da Constituição

Leia mais

DECISÃO. i) 2 x 10 MHz na faixa de frequências dos 800 MHz (790-862 MHz);

DECISÃO. i) 2 x 10 MHz na faixa de frequências dos 800 MHz (790-862 MHz); DECISÃO de emissão dos títulos unificados dos direitos de utilização de frequências para serviços de comunicações eletrónicas terrestres, na sequência do leilão 1. Enquadramento Por deliberação de 6 de

Leia mais

PROJETO DE REGULAMENTO DE CONCESSÃO DE INCENTIVOS AO INVESTIMENTO. Preâmbulo

PROJETO DE REGULAMENTO DE CONCESSÃO DE INCENTIVOS AO INVESTIMENTO. Preâmbulo PROJETO DE REGULAMENTO DE CONCESSÃO DE INCENTIVOS AO INVESTIMENTO Preâmbulo A elaboração do presente Regulamento tem como objetivo criar um conjunto de regras e princípios que permitam dotar o Município

Leia mais

PARECER N.º 185/CITE/2013

PARECER N.º 185/CITE/2013 PARECER N.º 185/CITE/2013 I OBJETO A CITE recebeu um pedido de parecer sobre o assunto referido em epígrafe. A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) tem por missão prosseguir a igualdade

Leia mais

Projeto de Regulamento Municipal dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos Comerciais e de Prestação de Serviços. Nota Justificativa

Projeto de Regulamento Municipal dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos Comerciais e de Prestação de Serviços. Nota Justificativa Projeto de Regulamento Municipal dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos Comerciais e de Prestação de Serviços Nota Justificativa O Regulamento dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos

Leia mais

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ARTIGO 1.º (Âmbito e Aplicabilidade) 1. O presente regulamento estabelece as regras

Leia mais

ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE. Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto (Aprova o Código do Trabalho)

ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE. Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto (Aprova o Código do Trabalho) ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto (Aprova o Código do Trabalho) Artigo 17.º (Trabalhador-estudante) O disposto nos artigos 81.º e 84.º do Código do Trabalho assim como

Leia mais

APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS

APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS ADENDA AO APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS Páginas 19 O artigo 1.º foi revogado pela Lei n.º 60/2005, de 29 de Dezembro: São revogados o artigo 1.º do Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto-Lei

Leia mais

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos Convenção nº 146 Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho: Convocada para Genebra pelo conselho administração da Repartição Internacional

Leia mais

Novas regras de faturação. (DL n.º197/2012 de 24 de agosto)

Novas regras de faturação. (DL n.º197/2012 de 24 de agosto) 1 Novas regras de faturação (DL n.º197/2012 de 24 de agosto) Este diploma introduz alterações às regras de faturação em matéria de imposto sobre o valor acrescentado, em vigor a partir de 1 de janeiro

Leia mais

JUNTA DE FREGUESIA DA VILA DE CAPELAS NORMA DE INSTRUÇÃO DE PROCESSO DE PEDIDO DE CONCESSÃO

JUNTA DE FREGUESIA DA VILA DE CAPELAS NORMA DE INSTRUÇÃO DE PROCESSO DE PEDIDO DE CONCESSÃO JUNTA DE FREGUESIA DA VILA DE CAPELAS NORMA DE INSTRUÇÃO DE PROCESSO DE PEDIDO DE CONCESSÃO VERSÃO FINAL DE 10-12-2014 2015 NORMA DE INSTRUÇÃO DE PROCESSO DE CONCESSÃO 1 ÂMBITO 1 Pedido de concessão de

Leia mais

Programação e Execução das Operações de Reabilitação Urbana

Programação e Execução das Operações de Reabilitação Urbana Programação e Execução das Operações de Reabilitação Urbana Conferência Reabilitação Urbana e Arrendamento Oportunidades do novo regime jurídico Lisboa, 7 de Março de 2013 Claudio Monteiro Sumário Linhas

Leia mais

ORGANISMOS DE INVESTIMENTO COLETIVO

ORGANISMOS DE INVESTIMENTO COLETIVO 1 ORGANISMOS DE INVESTIMENTO COLETIVO Regulamento n.º [ ] / 2014 Preâmbulo Inserido no contexto da reforma legislativa em curso no Direito dos valores mobiliários cabo-verdiano, o presente regulamento

Leia mais

REGULAMENTO PARA A CREDITAÇÃO DA FORMAÇÃO. Artigo 1º Objectivo e âmbito

REGULAMENTO PARA A CREDITAÇÃO DA FORMAÇÃO. Artigo 1º Objectivo e âmbito REGULAMENTO PARA A CREDITAÇÃO DA FORMAÇÃO Artigo 1º Objectivo e âmbito 1. O presente Regulamento estabelece as normas relativas aos processos de creditação no ISCIA para efeitos do disposto no artigo 45.º

Leia mais

Ministério dos Petróleos

Ministério dos Petróleos Ministério dos Petróleos Decreto Executivo nº 197/08 de 16 de Setembro Considerando a necessidade do estabelecimento de disposições relativas ao estatuto das entidades inspectoras das redes e ramais de

Leia mais

EXAMES NACIONAIS E PROVAS DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA -2014/2015

EXAMES NACIONAIS E PROVAS DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA -2014/2015 EXAMES NACIONAIS E PROVAS DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA -2014/2015 ESCLARECIMENTOS PARA DIRETORES DE TURMA E ALUNOS DO ENSINO SECUNDÁRIO (11º e 12º anos dos cursos científico-humanísticos e 12º ano dos

Leia mais

DECRETO N.º 265/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

DECRETO N.º 265/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1. DECRETO N.º 265/XII Aprova o regime de concessão de crédito bonificado à habitação a pessoa com deficiência e revoga os Decretos-Leis n.ºs 541/80, de 10 de novembro, e 98/86, de 17 de maio A Assembleia

Leia mais

REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS Nota Justificativa A Lei n.º 18/97, de 11 de Junho, concedeu ao Governo autorização para legislar no

Leia mais

Perguntas Frequentes

Perguntas Frequentes Perguntas Frequentes 1. Qual o diploma que estabelece o regime de constituição, gestão e funcionamento do mercado organizado de resíduos (MOR), nos termos do n.º 2 do artigo 62.º do Decreto-Lei n.º 178/2006,

Leia mais