REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE: IMPACTOS SÓCIO-ESPACIAIS DA REESTRUTURAÇÃO ECONÔMICA NOS ANOS 90

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1 REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE: IMPACTOS SÓCIO-ESPACIAIS DA REESTRUTURAÇÃO ECONÔMICA NOS ANOS 90 MARTINS, CLITIA HELENA BACKX MAMMARELLA, ROSETTA 97ST IntroduçãoAs transformações econômicas e sociais ocorridas nos anos 80 e na primeira metade da presente década, relacionadas com a reestruturação produtiva, têm provocado, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), repercussões em alguns aspectos análogas às que vêm ocorrendo em outras metrópoles brasileiras, especialmente as do centro do País. Nesse caso, circunscrevem-se os processos de desindustrialização relativa e terciarização da economia do município de Porto Alegre. Assinala-se, também, no período , o aspecto de menor crescimento demográfico da Capital em relação aos municípios em seu entorno, o que revela o fenômeno de transbordamento, isto é, a expansão da cidade em direção aos municípios periféricos. Por outro lado, o desemprego e a precarização e desregulamentação das relações de trabalho intensifica-se na RMPA nos anos 90, tendo conseqüências sobre os índices de pobreza e indigência e sobre o volume da ocupação informal. Nesse ponto, convém ressaltar a diferenciação espacial dos efeitos das mudanças econômicas sobre os níveis de pobreza. Rocha (1997) e outros autores apontam a maior sensibilidade das metrópoles no Brasil em relação aos efeitos sociais das crises e expansões da economia, sendo que nos momentos pré e pós-real esses efeitos estariam evidenciados, respectivamente, por um movimento de agudização dos índices da pobreza metropolitana entre 1990 e 1993 e por um decréscimo nesses índices entre 1993 e 1995, segundo dados da PNAD/IBGE. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, a característica peculiar de que se reveste esse período de transformações recentes é dada pela peso de alguns ramos industriais na economia, não só da região, como do Estado do Rio Grande do Sul como um todo. A crise de reestruturação nesses ramos da indústria, fundamentalmente no setor Coureiro-Calçadista, tem afetado o nível geral de empregos na região e gerado processos tais como migrações internas dentro da RMPA, expansão das áreas de subabitação nos municípios periféricos à Capital e crescimento da informalidade no mercado de trabalho. É interessante, por outro lado, observar, além da importância da cidade de Porto Alegre, a existência de uma polarização secundária representada por Novo Hamburgo e São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos, zona de tradicional colonização alemã, que concentra a maior parte das instalações do complexo Coureiro-Calçadista no Estado. Este texto busca, portanto, analisar os processos de transformações sócio-econômicas recentes na Região Metropolitana de Porto Alegre, apresentando, inicialmente, aspectos gerais referentes aos padrões produtivos e demográficos internos; em seguida, faz-se uma abordagem sobre a pobreza na metrópole gaúcha, com reflexos sobre sua estruturação espacial, e finaliza-se com algumas observações sobre a diferenciação interna da RMPA, dando particular atenção à sub-região do Vale do Sinos. 2- Caracterização da Região Metropolitana de Porto Alegre Diversos trabalhos têm contemplado os processos de modificações das estruturas econômicas e sociais nas áreas metropolitanas brasileiras e seus municípios-sede, particularmente nos casos de São Paulo e Rio de Janeiro, enfatizando os fenômenos de desindustrialização, terciarização e informalização da mão-de-obra ocupada. No caso específico de Porto Alegre, estudos já realizados(1) visaram caracterizar o processo de desindustrialização relativa que ocorreu no município no período , com a queda da participação da renda industrial na economia da cidade e o correspondente crescimento percentual do setor de serviços na renda interna. Contudo, mesmo tendo sofrido um decréscimo relativo em sua participação industrial, tanto na estrutura da renda interna do município, como no renda estadual desse setor, Porto Alegre ainda mantém sua posição como o maior centro industrial do Estado.

2 Por outro lado, observa-se, no contexto do Rio Grande do Sul, que a localização de indústrias tecnologicamente mais avançadas no município é limitada: dos três grandes complexos industriais do Estado, o Coureiro-Calçadista, o Metal-Mecânico e o Químico, apenas este último mantém uma considerável expressão na Capital, com produção de Fertilizantes, Plásticos, Produtos Farmacêuticos, etc.. Os outros gêneros industriais predominantes na cidade, que não pertencem a este Complexo, são aqueles considerados como mais tradicionais do ponto de vista de inovações tecnológicas, como é o caso do ramo de Alimentos e o de Bebidas. De maneira geral, as indústrias de ponta localizam-se preferencialmente em outros municípios da RMPA, ou no Aglomerado Urbano de Caxias do Sul, ao norte de Porto Alegre, onde se situa o pólo mecatrônico gaúcho, sendo que a proximidade de Caxias do Sul com a RMPA está gerando um eixo de produção, tanto no nível industrial como no de serviços. Nesse sentido, de maneira similar a outras grandes capitais brasileiras, a cidade de Porto Alegre apresenta um perfil de crescente terciarização, com todas as implicações e questões que se colocam nesse processo. Um dos pontos cruciais envolvidos diz respeito à capacidade do setor de serviços em gerar emprego e renda e também de compensar a perda nas finanças municipais, provocadas pela queda na transferência ao município de tributos relativos à produção industrial. Com freqüência, associa-se o crescimento do terciário e de seu papel na geração de postos de trabalho e de rendimentos com o grau de modernização do setor, atribuindo-se um papel primordial à integração com as atividades industriais, nos chamados serviços para a produção. Por sua vez, a participação crescente de alguns segmentos de serviços como os serviços auxiliares e os serviços de reparação, limpeza e vigilância estão muitas vezes relacionados com a transferência de atividades antes desempenhadas pelo setor industrial para o terciário, através da terceirização dessas atividades. No caso de Porto Alegre, observou-se, através de informações sobre empresas de serviços(2), bem como de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/RMPA)(3), uma tendência ao crescimento de alguns segmentos do terciário moderno ou superior, referentes aos serviços de informática, financeiros, consultorias, etc..., dentro do setor de serviços formal (Martins e Loureiro, 1994). Entretanto, não se pode subestimar o aumento da informalidade dentro do setor, que se observa no crescimento do comércio ambulante e de biscateiros. No contexto econômico geral, percebe-se, outrossim, que a cidade de Porto Alegre vem sistematicamente perdendo participação no total do PIB da Região Metropolitana, e, no plano setorial, mesmo a participação na renda de serviços da RMPA vem caindo nas duas últimas décadas, passando de 77,28% em 1970 para 60,43% em 1990, o que implica em processos de terciarização também em municípios vizinhos, como Esteio, Canoas e Novo Hamburgo (Tabela 1). TABELA 1 Participação de Porto Alegre no PIB da RMPA, Segundo o Setor Ano Agropec. Indústria Serviços Total Comércio Demais Serviços Subtotal ,66 47,21 79,49 76,15 77,28 67, ,90 40,38 77,33 74,77 75,52 62, ,27 36,56 67,96 69,96 69,36 54, ,65 26,53 61,87 63,66 63,30 46, ,46 23,33 59,00 60,83 60,43 44,31 * ,92 Fonte dos Dados Brutos: FEE/NCR * OBS: em 1994, não foi feita a abertura por setores. Em termos demográficos, a RMPA, composta por 23 municípios(4), e concentrando cerca de um terço dos habitantes do Estado, também segue o padrão da maior parte das demais metrópoles no Brasil, apresentando

3 taxas de crescimento populacional, para a região como um todo, superiores à média estadual, mas com uma taxa reduzida de crescimento da população na Capital. Assim, se entre 1980 e 1991 a população gaúcha cresceu na média de 1,48% a.a., e de 1991 a 1996 à taxa de 1,07% a.a., os dados para a RMPA apontam, respectivamente, 2,58% a.a. e 1,25% a.a. nos dois períodos considerados. Já em Porto Alegre, o crescimento deu-se na base de 1,06% a.a. no primeiro período e de 0,40% a.a. no segundo (CENSO..., 1994; CONTAGEM..., 1997). Entretanto, como se pode observar, mesmo permanecendo mais alta que a média do Estado, houve uma queda acentuada também na taxa de crescimento populacional da Região como um todo. Além do peso demográfico de Porto Alegre que força para baixo essa taxa, destaca-se, por outro lado, que os restantes municípios apresentaram uma das seguintes três situações: permaneceram no mesmo patamar de crescimento do período anterior; tiveram seu crescimento populacional diminuído; ou, como ocorreu com dois municípios contíguos no Vale dos Sinos, tiveram crescimento negativo. No que toca à esta última situação, cabe ressaltar que na década de 80 esses dois municípios, Ivoti e Dois Irmãos, apresentaram taxas anuais de crescimento da população bastante elevadas, ou seja, de 5,70% a.a.(ivoti) e de 4,97% a.a. (Dois Irmãos), passando, respectivamente, para -4,16% a.a. e -1,03% a.a. no período (Tabela 2). Esses municípios representam os casos extremos ocorridos na sub-região do Vale que, aparentemente, está sofrendo os efeitos da reestruturação das indústrias de calçados, com a transferência de algumas delas para outras regiões do País, fechamento de outras e corte no contingente de mão-de-obra em quase todas. A análise dessas questões é abordada com mais profundidade no item 4 deste artigo. A seguir, coloca-se a questão da evolução da pobreza e do aumento das ocupações irregulares na área metropolitana nos anos 80 e 90. TABELA 2 População Absoluta e Taxa de Crescimento dos Municípios da RMPA e Município Populaçãoabsoluta 1980 População absoluta 1991 População absoluta 1996 Taxa decrescimento a.a Taxa decrescimento a.a Porto Alegre ,06 0,40 Canoas ,17 0,35 Viamão ,38 3,06 Cachoeirinha ,08 1,83 Guaíba ,78 0,68 Eldorado do Sul ,10 5,24 Gravataí ,23 2,62 Glorinha ,99 0,56 Ivoti ,70-4,16 Charqueadas ,76 1,92 Portão ,62 2,88 Triunfo ,36 1,74 Nova Hartz ,33 5,23 Novo Hamburgo ,80 1,91 São Leopoldo ,96 1,47 Esteio ,00 1,29 Sapiranga ,43 2,35 Campo Bom ,22 1,70 Sapucaia do Sul ,57 1,68 Parobé ,89 4,82 Alvorada ,09 2,66 Dois Irmãos ,97-1,03 Estância Velha ,41 2,16 Total RMPA ,58 1,25 Total RS ,48 1,07 Fonte dos dados brutos: Censos Demográficos 1980 e 1991; Contagem da População 1996.

4 Rio de Janeiro, IBGE. 3- Pobreza Metropolitana: Renda e Moradia 3.1- Indicadores de Renda Para análise da pobreza na RMPA a partir do critério da renda, foi feita uma aproximação com a metodologia da Comissão Econômica para América Latina - CEPAL (1997), que discrimina entre: linha de indigência, linha de pobreza e umbral de bem-estar, baseada no cálculo das linhas de pobreza, as quais representam os montantes de rendimentos suficientes para que as famílias satisfaçam as necessidades básicas de todos seus membros. Em que pese as diferenças entre os países, regiões ou zonas geográficas, na definição dos valores monetários a CEPAL desenvolveu um método que abrange a estimativa do custo de uma cesta básica de alimentos que cubra as necessidades nutricionais da população local, levando em consideração os hábitos de consumo prevalecentes, a disponibilidade efetiva de alimentos no país e seus preços relativos (PANORAMA..., 1997, p.26). O cálculo da estimativa do custo da cesta básica parte de um critério que considera a diferença de preços dos alimentos entre as áreas metropolitanas, as áreas não metropolitanas e as rurais. A CEPAL estima o custo dessa cesta de consumo com base nos preços dos alimentos das zonas urbanas metropolitanas. Por isso, o preço dos alimentos das demais zonas urbanas foi estipulado a um percentual 5% mais baixo e o das zonas rurais a 25% inferior, tendo em vista a diferenciação das possibilidades de acesso à alimentação básica. A linha de indigência traçada pela CEPAL considera o limite de renda média que cubra apenas o custo da cesta básica de alimentos. Nessa classificação são indigentes, ou extremamente pobres, aquelas pessoas que vivem em famílias cujos rendimentos são tão baixos que, mesmo que os destinassem integralmente para comprar alimentos, não conseguiriam satisfazer adequadamente as necessidades nutricionais de todos seus membros (Idem, 1997, p.26). Portanto, para a delimitação da faixa de renda mínima que traça a linha de indigência foi considerado, neste estudo, o critério de obtenção de uma renda familiar de até 2 salários mínimos. Esse patamar é o mesmo de que se valeu o IPEA na sua formulação do Mapa da Fome, em 1993 (PELIANO, 1993, p.5), tendo em vista que esse estudo também partiu do critério cepalino para o estabelecimento da linha de indigência familiar. Assim, considerando uma família média de 4 pessoas, situam-se na linha de indigência aquelas famílias cujo rendimento per capita alcance até 0,5 salários mínimos. Nessa categoria foram incluídos os declarados na fonte censitária como sem rendimento. A delimitação da linha de pobreza pela CEPAL é feita levando em consideração a adição de outros recursos ao valor da cesta básica de alimentos, de modo a satisfazer necessidades familiares não alimentares. Segundo essa conceituação, a linha de pobreza corresponde, nas zonas urbanas, ao dobro da linha de indigência. Em termos de equivalência de faixa salarial, mantendo os valores básicos do Mapa da Fome, a linha de pobreza corresponderia a uma renda familiar de 4 salários mínimos. No entanto, como o IBGE não discrimina o intervalo até 4 SM, foi estipulado o limite de 5 salários mínimos de renda familiar para delimitar a faixa superior da linha de pobreza (ou seja, 1,25 salário mínimo per capita para uma família de quatro pessoas). Assim, as famílias com rendimento médio familiar no intervalo de 2 a 5 salários mínimos são consideradas dentro da faixa de pobreza. O relatório da CEPAL delimita ainda um terceiro estrato de renda acima do qual seria possível a uma família usufruir um mínimo aceitável de bem-estar, permanecendo fora da pobreza. Observa-se que o conceito de bem-estar deve ser relativizado no seu significado, uma vez que adquire conotações distintas a partir do lugar social de quem o utiliza.

5 Assim sendo, o patamar, a partir do qual é estabelecido o umbral de bem-estar, corresponde a 2,5 a linha de pobreza per capita. Ou seja, eqüivale a uma renda familiar a partir de 5 salários mínimos para uma família de até quatro pessoas. Por exemplo, uma família com dois adultos trabalhando e dois filhos menores, se colocaria na fronteira da pobreza com um terceiro filho (PANORAMA..., 1997, p.61). Para esta caracterização da pobreza urbana, a faixa de renda que vai dos 5 até os 10 salários mínimos é denominada de linha de relativo bem-estar. Para análise da evolução da pobreza urbana na RMPA foram considerados os dados das PNADs (Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar) no período de 1987 até 1995, o que permite abarcar as repercussões de diferentes planos econômicos implantados no país, desde o Plano Cruzado até o presente Plano Real. Simultaneamente, a análise permite visualizar as repercussões produzidas pelo processo de globalização, a redefinição e esvaziamento do papel do Estado, a abertura para o mercado exterior, o agravamento da crise nos setores produtivos e a desregulamentação das leis do trabalho sobre a renda familiar, afetando, conseqüentemente, a qualidade de vida da população da RMPA. Observando a Tabela 3, a primeira observação a ser feita relaciona-se com os valores agregados das famílias que percebem até 5 salários mínimos, porque o total das duas primeiras linhas (indigência e pobreza) mantém um dinamismo interno entre as fronteiras de uma e outra linha. Por exemplo, uma família que vive com dois salários mínimos estaria na linha de indigência, mas se a renda familiar passa a ser de 2,5 ou 3 SM, estaria situada na faixa seguinte, sem que com isto tivesse alterado significativamente suas condições de vida. Assim, visto sob esse aspecto, percebe-se que em 1995 houve uma sensível redução em termos relativos do contingente de famílias metropolitanas nessa faixa, quando comparado ao restante do período (45,15% em 1995; 66,27% em 1987; 59,19% em 1990 e 72,40% em 1993, sendo este último o mais elevado do período). Chama a atenção, contudo, que em termos absolutos, o total de famílias cuja renda não ultrapassa os 5 salários mínimos em 1995, embora bem menor que o total de 1993 ( ), permanece em patamar bem acima ao total de famílias registradas em 1990 ( famílias em 1995, contra famílias em 1990). Portanto, o que pode ser constatado é que, se 1993 foi o ano em que havia mais famílias vivendo com renda até 5 SM, tanto em termos relativos como absolutos, a recuperação havida em 1995 não indica melhora, em termos absolutos, quando comprado a 1987 e 1990 (Tabela 3). Considerando que é nas cidades metropolitanas, que se abrem as melhores condições de acesso à renda, seja através do emprego formal ou informal, a existência de 45% de famílias que vivem com apenas 5 salários mínimos de renda ainda se revela como preocupante, principalmente se for considerado que os gastos dessas famílias incluem necessariamente outros itens que não apenas os de alimentação, a exemplo de despesas com serviços públicos como água e luz e transporte, atendimento à higiene e saúde, moradia, educação, etc... Tabela 3 Total de famílias residentes em domicílios particulares permanentes, por classe de rendimento mensal familiar -RMPA total de total de total de total de total de total de famílias (%) famílias (%) famílias (%) famílias (%) famílias (%) famílias (%) Linha de Indigência até 2 SM e sem rendimento , , , , , ,34 Linha de Pobreza mais de 2 a 5 SM , , , , , ,82 Soma até 5 SM , , , , , ,15

6 Linha de Bem-estar mais de 5 a 10 SM , , , , , ,01 Soma até 10 SM , , , , , ,16 acima de 10 SM , , , , , ,26 sem declaração , , , , , ,58 TOTAL , , , , , ,00 Fonte: PNADs da RMPA de 1987, 1989, 1990, 1992, 1993 e Detendo-nos no comportamento interno das linhas de indigência e de pobreza na Tabela 3, visualiza-se um movimento similar ao acima exposto no que diz respeito à linha de indigência: a redução na proporção das famílias indigentes em 1995, com percentual de 16,34%, frente ao maior índice que foi em 1993 (39,50%). Observando o dado em termos absolutos percebe-se que a sensível recuperação em 1995 frente ao total de famílias indigentes existentes em 1993 ( em 1995; em 1993) sem que, no entanto, este fato esteja implicando numa mudança no padrão estrutural da pobreza, tendo em vista que os dados de 1995 mantém-se acima do total contabilizado em 1990, que era de famílias. Uma das razões porque o ano de 1993 apresenta-se como um dos momentos mais críticos da pobreza na RMPA está relacionada à recessão econômica no início dos anos 90 que repercutiu de forma espacialmente diferenciada sobre o nível de renda no Brasil. Análises recentes do IPEA revelam que o aumento da pobreza no período foi mais contundente nas grandes metrópoles brasileiras do que no resto do País. Entre 1993 e 1995, porém, as mesmas análises apontam para uma redução da proporção de pobres no total da população do País, sendo que nas regiões metropolitanas essa redução foi acima da média brasileira, tendência essa que se confirma na RMPA. Entretanto, mesmo tendo havido um aumento no nível geral de rendimentos com redução da pobreza absoluta, parece prematuro inferir uma tendência consistente de melhora no processo de redistribuição da renda. No caso da Região Metropolitana de Porto Alegre, por exemplo, dados da PED-RMPA relativos ao rendimento médio mensal dos ocupados, divididos por quartis, revelam que, de 1993 a 1996, o grupo 1, correspondente aos 25% de ocupados com renda mais baixa, aumentou em apenas 5,74% sua participação na composição total dos rendimentos, indo de 6,45% em 1993 para 6,82% em O grupo 4, por sua vez, que representa o quartil de ocupados com melhor nível de rendimentos na RMPA, teve reduzida sua participação em 2,34%, ou seja, passou de 59,77% do total de rendimentos em 1993, para 58,37% em Já os grupos 2 e 3, intermediários, tiveram um leve aumento na sua participação no mesmo período, passando respectivamente de 12,49% para 12,97% e de 21,30% para 21,85%. Assim sendo, o movimento de redistribuição entre o quartil de rendimentos mais altos e os de rendimentos mais baixos não se apresenta com valores percentuais significativos, o que pode exigir um cuidado especial na análise da concentração de renda e da pobreza urbana (Tabela 4). Tabela 4 Percentual do rendimento médio real dos ocupados no trabalho principal, por grupos de trabalhadores na RMPA, segundo o rendimento

7 OCUPADOS PERÍODO Grupo 1% Grupo 2% Grupo 3% Grupo 4% Média Média Média Média Fonte: PED-RMPA-Convênio FEE, FGTAS/SINE-RS, SEADE-SP e DIEESE Nota:1) Inflator utilizado: IPC-IEPE, valores em reais de dez./96. 2) Grupo 1 - corresponde a 25% do total dos trabalhadores com rendimentos mais baixos; Grupo 2 - corresponde a 25% do total dos trabalhadores com rendimentos imediatamente inferiores ao mediano; Grupo 3 - corresponde a 25% do total dos trabalhadores com rendimentos imediatamente superiores ao mediano; Grupo 4 - corresponde a 25% do total dos trabalhadores com rendimentos mais altos. Outro ponto que deve ser avaliado na leitura dos dados da Tabela 3 relaciona-se aos demais fatores que podem estar influindo nas faixas de renda, como por exemplo, o aumento do valor nominal do salário mínimo vigente que, em 1994, alcançou os U$100 (passou de R$ 64,00 a R$ 100,00); o controle nos valores da cesta básica; o controle da inflação com a abertura para o mercado exterior; o crescimento de alguns segmentos do setor informal, como foi o caso dos por conta própria e das empregadas domésticas, como acusa a pesquisa sobre emprego e desemprego (PED) realizado na RMPA pela FEE. Algumas questões se impõem. A primeira é se o controle dos preços da cesta básica, que repercutiu sensivelmente nas áreas urbanas, não ocorreu às custas do agravamento da crise no setor agrário (ligado ao mercado interno), que teve os preços de seus produtos rebaixados; a segunda, é se os valores em termos de salário mínimo, que é atualmente de R$120,00, ainda atendem aos requisitos nutricionais fundamentais recomendados pela FAO/OMS/ONU, como definido pelo Mapa da Fome e pela CEPAL para demarcar a linha de indigência. Se fossem tomados como referência básica os critérios do DIEESE para os valores correntes do salário mínimo necessário para a satisfação das necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, a linha de indigência se alteraria consideravelmente, repercutindo nas linhas seguintes. Por exemplo, tomando-se a média dos valores nominais de 1995 calculados pelo DIEESE, chega-se ao valor de R$ 740,43(5) como salário mínimo necessário para uma família de 4 pessoas. Arbitrando que 50% desse valor fosse consumido para a cesta básica de alimentos, a linha de indigência passaria a ser estipulada não mais em torno dos 2 SM, mas em cerca de 3,8 salários mínimos, levando em conta que, em 1995, o salário mínimo vigente era de R$100,00. Por fim, constata-se que no período mais recente não houve ganhos reais nos salários, o desemprego aumentou, houve um significativo acréscimo nos custos dos serviços básicos de infra-estrutura, como água, luz e telefone, a venda de bens não-duráveis caiu, verificou-se a elevação nos níveis de inadimplência dos consumidores, todos esses fatores acrescidos da falta de investimentos em políticas públicas. Todos esses fatores, que apontam para o esgotamento do plano de estabilização, denotam que as possibilidades de redistribuição de renda do Plano Real cessaram(6) Com isto, é necessário assumir uma postura de cautela frente aos dados revelados pela PNAD para a RMPA, com o que não se torna ainda possível afirmar que esteja havendo uma tendência sistemática de redução da pobreza e da indigência ao nível metropolitano.

8 3.2- Indicadores de moradia Outro indicador importante para qualificar a pobreza urbana é o da moradia, visto ser este um indicador de qualidade de vida e uma das condições essenciais de inserção na sociedade. Uma das características mais expressivas das cidades (de modo especial, das grandes cidades) está relacionada com a segregação sócio-espacial, que se consolida na concentração das atividades e polarização de pessoas incluídas e excluídas na ordem social e econômica vigente. Nesse sentido, o crescimento urbano se configura como fragmentação urbana, podendo ser observado na formação e consolidação das habitações espontâneas em áreas irregulares nas periferias das cidades (favelas, vilas irregulares ou núcleos de subabitação). A incidência de sub-habitações em áreas de risco, impróprias à ocupação por moradias, é outro dos graves problemas decorrentes da expansão urbana desordenada. O aumento dessas formas de sub-habitações, que geralmente são segregadas do conjunto urbano, revelam a proporção do aumento da pobreza, que implica na piora generalizada das condições de vida para a população de baixa renda. Este problema agravou-se com a extinção do BNH e das incipientes políticas habitacionais que existiam entre o final dos anos 70 até meados dos anos 80. No período de , a antiga COHAB/RS encaminhou uma pesquisa, que foi encampada pela Diretoria de Planejamento Territorial da Secretaria do Planejamento Territorial e Obras/RS, junto aos 333 municípios do Estado, visando obter o perfil de demanda habitacional no Rio Grande do Sul. Como resultado, estimou-se nessa pesquisa uma carência em torno de moradias no Estado e de na RMPA, isto é, cerca de 39% dessas necessidades se concentravam na Região Metropolitana(7). Levando em consideração as necessidades habitacionais para a população que situa-se na linha de pobreza, ou seja, com renda até 5 salários mínimos, a pesquisa revela que faltam moradias no RGS e na Região Metropolitana de Porto Alegre. Conforme pode ser observado na Tabela 5, a maior parte desse déficit para população com renda abaixo de 5 salários mínimos, ou seja, quase 305 mil unidades no Estado e cerca de 124 mil unidades na RMPA, diz respeito às necessidades habitacionais especialmente nas situações de Sem Terra e Sem Teto (26,6% do total no RS e 23,7% na RMPA), da população residente em favelas em áreas passíveis de regularização (18,6% no RS e 31,8% na RMPA) e dos residentes em áreas de risco (9,0% no RS e 12,0% na RMPA). Esses dados, que mostram a gravidade do problema da moradia para a população de baixa renda, revelam os efeitos da desarticulação quase total dos programas federais de habitação. Tabela 5 Necessidades Habitacionais no Rio Grande do Sul Distribuição por faixa de renda/ Região Metropolitana Total RS Situação de Porto Alegre ABS % ABS % ABAIXO DE 5 SMs Sem terra e sem teto , ,6 Favelas em áreas passíveis de regularização , ,6 Residências em áreas de risco , ,0 Com posse regul. Ou em vias de regularização , ,3 Res. Em cortiços , ,9 SUB-TOTAL , ,4 ACIMA DE 5 SMs , ,7 SEM RENDA DECLARADA , ,9 TOTAL , ,0 Fonte dos dados brutos: Secretaria do Planejamento Territorial e Obras/RS, 1994

9 Com a drástica redução dos recursos do SFH - Sistema Financeiro de Habitação, as iniciativas autônomas individuais (auto-construções) e outras, provenientes dos governos municipais, têm sido responsáveis pela maior parte das construções de casas populares no Rio Grande do Sul. De 1990 a 1993, foram construídas unidades habitacionais para a população de baixa renda no RS. Desse total, 58,2% constituíram-se de auto-construções, 26,5% provinham de programas de responsabilidade direta das prefeituras, 6,4% foram financiados por Companhias Habitacionais e os restantes 8,9% ficaram divididos entre cooperativas, empresas privadas, Caixa Econômica Federal e outros (SPO/RS, 1994). Os diagnósticos realizados em 1980(10) e 1992 pela Fundação Metropolitana de Planejamento - METROPLAN sobre as ocupações irregulares existentes na RMPA (excluída a Capital) revelam alguns dados significativos. Enquanto a população total dos 13 municípios periféricos da RMPA (entorno da Capital) cresceu 47% no período , nas vilas irregulares o crescimento foi de 148% (Tabela 6). Observando internamente, os municípios que, em termos relativos, tiveram maior crescimento de moradores nas vilas irregulares foram: Sapiranga (669%), seguido de Novo Hamburgo (365%)e de Estância Velha (333%), três municípios que compõem a zona de produção do Setor Coureiro-Calçadista. No entanto, em termos absolutos, o município com o maior número de moradores em vilas irregulares foi Canoas, município conurbado com Porto Alegre, com forte setor industrial e de serviços, onde houve um incremento de habitantes de vilas irregulares. Em seguida vem Novo Hamburgo e São Leopoldo, cidades mais importantes do circuito Coureiro-Calçadista, com acréscimos respectivos de e moradores. Tabela 6 Indice de crescimento da população total e da população residente nas Vilas Irregulares da RMPA A B Crescimento A1 B1 Crescimento da Municípios População População População Total Pop.estimada Pop.estimada População Vilas Irreg. Total Total C= B-A D=C/A Vilas Irregulares Vilas Irregulares C1=B1-A1 D1=C1/A Vlr.absoluto % Vlr.absoluto % Alvorada , ,8 Cachoeirinha , ,0 Campo Bom , (836) -88,5 Canoas , ,7 Estância Velha , ,5 Esteio , ,3 Gravataí , ,3 Guaiba , ,7 Novo Hamburgo , ,0 São Leopoldo , ,7 Sapiranga , ,2

10 Sapucaia do Sul , ,4 Viamão , ,9 TOTAL , ,0 Novos Munic.RMPA TOTAL RMPA , ,5 Fonte: Censo Demográfico 1980 e 1991, METROPLAN, 1982 e A situação de Porto Alegre com relação aos assentamentos auto-produzidos(11) também apresenta-se significativa para avaliar a pobreza urbana. Comparando o aumento da população total de Porto Alegre com o da população residente nas vilas irregulares, os dados mostram que, enquanto a população total da capital cresceu na ordem de 14,28% entre 1980 e 1996 (de para habitantes) a população moradora em vilas irregulares cresceu em 39,02% no período de 1981 a fevereiro de 1997, (de em 1981 para habitantes em fevereiro de 1997). Se tomarmos a proporção de moradores em vilas sobre a população total, percebemos que 18,48% da população da capital do estado está vivendo em áreas irregulares (Tabela 7). Tabela 7 Assentamentos auto-produzidos - Porto Alegre 1951/ / / /97 Nr. de assent Nr. de habitações Pop. Nos assent Total da população % da população em assent./ total da população 4,88 8,75 11,14 15,23 18,53 Fonte dos dados brutos: Secretaria Municipal de Planejamento - PMPA , Departamento Municipal de Habitação - PMPA CENSO DEMOGRÁFICO 1991 : Rio Grande do Sul (1994). Rio de Janeiro : IBGE Por ocasião de recentes invasões de áreas em alguns municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, organizadas especificamente para chamar atenção dos novos prefeitos empossados, o presidente da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), disse que o problema decorre do cinturão de miséria da região agravado pelo desemprego e pela falta de uma política habitacional (POSSE...,1997). Como pode-se verificar, a falta de moradia expressa de maneira crucial o problema da pobreza na RMPA, tendo em vista que, desde a extinção do antigo BNH, não existem políticas oficiais amplas de atendimento aos setores de baixa renda (até 5 salários mínimos de renda familiar). Uma das características mais visíveis da pobreza metropolitana pode ser observada, portanto, pela existência de um grande contingente de núcleos de subabitação em áreas de propriedade privada ou pública, destacando-se as ocupações de áreas de risco, como é o caso de terrenos sujeitos a inundações, extensões de terra ao longo de vias expressas e sob linhas de alta tensão, em áreas verdes, em encostas de morros, banhados e outras situações semelhantes. Desta forma, o crescimento de áreas irregulares, em especial em regiões metropolitanas, revela o desenho da moderna cidade fragmentada, onde essas áreas de grande concentração são, de maneira geral, as que mais carecem de infraestrutura de saneamento e equipamento públicos, como os de saúde e de educação.

11 4- A diferenciação interna na RMPA: reflexos da reestruturação Para uma mais ampla compreensão da dinâmica dos processos sócio-econômicos que vêm ocorrendo na RMPA a partir da década de 80, faz-se necessário ressaltar as diferenças internas na Região. Este recorte se dá em função da importância da região de produção do Vale do Sinos, que passa por profundas tranformações produtivas com conseqüências graves para toda a Região. Primeiramente, deve-se levar em consideração o esquema de divisão geográfica da RMPA em duas subregiões, proposto em estudo da Fundação Metropolitana de Planejamento - METROPLAN (FIGUEIREDO, 1991), e freqüentemente adotado em pesquisas que investigam níveis de pobreza e de emprego. Nessa divisão, a Sub-Região 1 abrange os municípios do vale do Sinos, na parte norte da RMPA, tendo Novo Hamburgo e São Leopoldo como núcleo principal. Compõem também esta sub-região os municípios de Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Vellha, Ivoti, Nova Hartz, Parobé, Portão e Sapiranga. Os demais municípios da RMPA estão contidos na Sub-Região 2, centralizada pela Capital. O trabalho de Horn (1993), delimitando linhas de pobreza e de indigência na Região Metropolitana(12), dividida nas duas sub-regiões, apresentou os seguintes resultados para o período de dezembro/92 a novembro/93: na Sub-Região 1 como um todo verificavam-se menores incidências da pobreza e da indigência em relação à Sub-Região 2. Contudo, os dados referentes aos núcleos das duas sub-regiões mostraram que São Leopoldo e Novo Hamburgo tinham índices de pobreza superiores aos de Porto Alegre, o que já apontava problemas de crescimento da miséria nessas duas cidades (Tabela 8). TABELA 8 Índices de incidência da Pobreza, da Indigência e dos Não-Pobres, em Sub-Regiões da RMPA- dezembro/92- novembro/93 (%) SUB-REGIÕES POBRES NÃO- POBRES TOTAL INDIGENTES FAMÍLIAS INDIVÍDUOS FAMÍLIAS INDIVÍDUOS FAMÍLIAS INDIVÍDUOS Sub-região 1 (1) 27,7 31,7 7,2 8,1 72,3 68,3 Novo Hamburgo - São Leopoldo 30,6 34,9 8,5 9,4 69,4 65,1 Demais Municípios 21,2 24,3 4 4,9 78,8 75,7 Sub-região 2 (2) 30,1 35,4 9,2 10,6 69,9 64,6 Porto Alegre 23, ,5 72 Demais Municípios 37,1 42,5 10,5 12,1 62,9 57,5 Total RMPA 29,7 34,7 8,9 10,1 70,3 65,3 Fonte: HORN, CH (1993). Fonte dos dados brutos: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS/SINE-RS, SEADE-SP e DIEESE (1) Abrange os municípios de Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, São Leopoldo e Sapiranga (2) Abrange os municípios de Alvorada, Cachoerinha, Canoas, Eldorado do Sul, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Triunfo e Viamão.

12 Efetivamente, no caso de Novo Hamburgo, principal centro do pólo Coureiro-Calçadista do Estado, onde os efeitos do atual processo de reestruturação da economia se fazem sentir com intensidade, dados recentes da Prefeitura Municipal apontam que a situação agravou-se de 1991 até 1997, no sentido de que o número de população moradora nas vilas irregulares do município cresceu de cerca de 35 mil pessoas em 1991 para aproximadamente 50 mil habitantes, segundo as últimas estimativas. O desemprego no município contribui para este crescimento, seja por expulsar famílias de sua moradias anteriores, empurrando-as para áreas urbanas periféricas, seja porque a crise nas exportações e a transferência de plantas industriais para o Nordeste do País, causando diminuição na oferta de empregos, tem funcionado como fator de restrição à vinda de migrantes de fora do município. Sobre esse aspecto, tornou-se famosa a ação da Prefeitura de Novo Hamburgo, já no início da década, de procurar conter a vinda de novos migrantes, exercendo vigilância sobre diversas áreas desocupadas, para coibir a instalação de barracos e chegando mesmo a fazer retornar, para seus municípios de origem, as famílias que tentassem fixar-se na cidade. Cabe salientar que a indústria Coureiro-Calçadista empregava, no início da década, cerca de 30% da mão-deobra ocupada na indústria da Região Metropolitana. Face, porém, aos ajustes demandados pela competição globalizada, representada principalmente pelas exportações de sapatos dos NICs mais recentes (China e Tailândia), as indústrias gaúchas nesse ramo têm eliminado mais postos de trabalho do que qualquer outro ramo industrial no Estado. Dados da PED/RMPA demostram que, entre maio de 1993 e maio de 1997, o nível ocupacional total da indústria na Região decresceu em 22,5%, representando a perda de 69 mil postos de trabalho. Destes, 38 mil, ou seja, mais da metade, correspondem ao ramo calçadista. Por outro lado, convém observar as peculiaridades sobre a mão-de-obra ocupada na indústria de calçados, que, em relação à média dos ocupados na indústria da Região, tende a ser mais jovem, com maior participação percentual de mulheres e com menos escolaridade, segundo ainda os dados da PED/RMPA. Se a estes dados se agregar o crescimento do percentual de mulheres chefes de família em toda a Região, no período de 1991 a 1996, pode-se inferir algumas questões importantes relacionando emprego, renda e gênero, especialmente se tomarmos em consideração aspectos culturais relativos à colonização alemã, e o sistema de trabalho familiar, constituído pelos ateliers, onde algumas etapas do processo de elaboração do calçado são realizadas nos domicílios, por encomenda das fábricas. Finalizando, diante do quadro exposto, cumpre seguir as investigações sobre as repercussões do processo de reestruturação produtiva na Região Metropolitana de Porto Alegre, refinando-se os indicadores que possam levar a uma melhor compreensão de todos os custos sociais que envolvem os ajustes decorrentes da inserção do País na globalização. Notas 1 Como os trabalhos de Alonso e Bandeira (1988), Carrion (1994), Martins e Loureiro (1994), além dos relatórios econômicos do Projeto Porto Alegre Mais: Cidade Constituinte (Pref. Municipal de Porto Alegre, 1993, 1993a) 2 Fornecidos pela Secretaria Municipal da Indústria e do Comércio da Prefeitura de Porto Alegre. 3 A Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre é realizada através de convênio entre FEE, FGTAS/SINE, SEADE/SP e DIEESE. 4 Os municípios que compõem atualmente a Região Metropolitana de Porto Alegre são: Alvorada, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Charqueadas, Dois Irmãos, Eldorado do Sul, Estância Velha, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Ivoti, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Porto Alegre, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Triunfo e Viamão. 5 Tendo em vista a pequena variação dos valores correntes mensais dos salários estabelecido pelo DIEESE (o maior valor para 1995 é de R$812,78 em abril e o menor valor é de R$701,14 em fevereiro) este valor refere-se à média aritmética dos 12 meses. A título de observação, o valor da cesta de produtos básicos em Porto Alegre, em agosto de 1997, custa R$329,07 conforme informações do Centro de Estudos e Pesquisas

13 Econômicas 9IEPE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o que corrobora a hipótese de que já não se pode mais delimitar em 2 SM a linha de indigência a partir de Vale a pena citar as colocações do economista Flavio Benevett Fligenspan, em setembro de 1996: tentando especular sobre o que virá nos próximos tempos, é possível levantar a hipótese de que os ganhos de massa salarial devem estar-se esgotando. Isto porque, pelo lado dos salários, a partir da metade de 1996 não há mais nenhum mecanismo automático de reajuste que garanta a recuperação das perdas com uma inflação anual ainda elevada. A tendência, então, para a grande maioria dos trabalhadores (...) é de não conseguir sequer sustentar a remuneração média real (Gazeta Mercantil, 6/7/8 set/96, p.a-2). Avaliação similar também passa a ser assumida atualmente pelo economista Antonio Barros de Castro, que, ao analisar os fatores embutidos no Plano Real que estavam promovendo uma redistribuição de renda no Brasil, conclui que presentemente, a redistribuição cessou (Folha de São Paulo, 16/jul/97, p.2-2). 7 Ver Texto para Discussão sobre a Pobreza Urbana, que integra o Projeto 2010 (jun/97) 8 Não foram considerados, nessa comparação, os municípios que se incorporaram à RMPA após 1980, sendo portanto restrita aos municípios que integravam a RMPA nessa data. 9 Por assentamentos auto-produzidos a Prefeitura Municipal de Porto Alegre entende como sendo as invasões, ocupações, becos, núcleos ou vilas (favelas), denotando a mesma realidade da RMPA. 10 Não foram considerados, nessa comparação, os municípios que se incorporaram à RMPA após 1980, sendo portanto restrita aos municípios que integravam a RMPA nessa data. 11 Por assentamentos auto-produzidos a Prefeitura Municipal de Porto Alegre entende como sendo as invasões, ocupações, becos, núcleos ou vilas (favelas), denotando a mesma realidade da RMPA. 12 O autor faz a determinação da linha de pobreza absoluta através de metodologia que contempla a utilização de dados da POF-IBGE para o cálculo do custo mensal da cesta básica, considerando-se também os gastos correspondentes a outras necessidades básicas dos indivíduos e das famílias. Com isto, ele chega ao valor da linha monetária de pobreza absoluta em cerca de US$ 61.43, por indivíduo/mês, entre dezembro/92 e novembro/93. Bibliografia ALONSO, J.A.F. e BANDEIRA, P.S. (1988). A desindustrialização de Porto Alegre: causas e perspectivas. Ensaios FEE, Porto Alegre, 9(1): ALONSO, José Antônio Fialho e CARRION, Otília Beatriz K. Desenvolvimento Econômico, Integração e Metrópoles Regionais do Cone Sul. In: Indicadores Econômicos FEE v. 21 n.3, Novembro "Região Sul", p CARRION, Otília Beatriz Kroeff (1994). Modificações na Estrutura Econômica de Porto Alegre: o Setor Terciário. Texto para Discussão no 94/04. Porto Alegre, UFRGS/CPGE. CENSO DEMOGRÁFICO 1991: Rio Grande do Sul (1994). Rio de Janeiro, IBGE. FEE/NEI (1994). Especialização Industrial de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Porto Alegre, mimeo. GONÇALVES, Maria Flora e SEMEGHINI, Ulysses (1992). A Modernização do Setor Terciário Paulista. In: FUNDAÇÃO SEADE. São Paulo em Perspectiva Vol. 6 No 3. São Paulo, Fundação Seade. HORN, Carlos Henrique (1994). Pobreza e mercado de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre. Indicadores Econômicos FEE, Porto Alegre, v.23, n.1. II Inventário das vilas irregulares na Região Metropolitana de Porto Alegre (1992). Porto Alegre : METROPLAN. MARTINS, Clitia Helena e LOUREIRO, Amilcar (1994). Porto Alegre anos 90: Características Sócio- Econômicas da Metrópole Gaúcha. FEE, mimeo.

14 PELIANO, Ana Maria T.M., coord. (1993). O Mapa da fome: subsídios à formulação de uma política de segurança alimentar. Rio de Janeiro : IPEA. (Documento de política n.14). PELIANO, Ana Maria T.M., coord. (1993a). O Mapa da Fome II: informações sobre a indigência por municípios da federação. Rio de Janeiro : IPEA. (Documento de política n.15). PELIANO, Ana Maria T.M.., coord. (1993b) O Mapa da Fome III: indicadores sobre a indigência no Brasil. Rio de Janeiro : IPEA. (Documento de política n.17). PESQUISA EMPREGO E DESEMPREGO - SEP - (s.d.). O Terciário da Região Metropolitana de São Paulo. Como entender sua evolução?. Convênio SEADE/DIEESE no 81 - Grande São Paulo PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS : Região Metropolitana de Porto Alegre, (1993, 1994, 1996). Rio de Janeiro, IBGE. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE (1993). Diagnóstico geral sobre a questão do financiamento dos custos urbanos em Porto Alegre. Porto Alegre, Projeto Porto Alegre Mais: Cidade Constituinte, GT Financiamento da Cidade, Mimeo. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE (1993a). Relato sintético e diretrizes para uma gestão política da economia da cidade. Porto Alegre, Projeto Porto Alegre Mais: Cidade Constituinte, GT Desenvolvimento Econômico, Mimeo. RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz e LAGO, Luciana Corrêa do (1994). Gestão das Grandes Cidades: avaliação e desafios. Mimeo. RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz e SANTOS JUNIOR, Orlando Alves dos (1993). Das desigualdades à exclusão social, da segregação à fragmentação: os novos desafios da reforma urbana. Cadernos IPPUR/UFRJ, Ano VII, no 1, Abr. ROCHA, Sonia (1991). Pobreza Metropolitana: Balanço de uma Década. In: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Perspectivas da Economia Brasileira Rio de Janeiro, IPEA. ROCHA, Sonia (1994). Renda e pobreza nas metrópoles brasileiras. In: RIBEIRO, L. C. de Q. e SANTOS JUNIOR, O.A. dos (org.) Globalização, fragmentação e reforma urbana. São Paulo, Civilização Brasileira. ROCHA, Sonia (1997). Crise, estabilização e pobreza a Conjuntura Econômica, Rio de Janeiro. Clitia Helena Backx Martins (FEE/RS; PUC/RS) Rosetta Mammarella (FEE/RS) XXI Encontro Anual da ANPOCS

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