ROC comemoram bodas de prata

Transcrição

1 ROC comemoram bodas de prata Na cerimónia do dia 19 de Julho, foram entregues Medalhas Comemorativas aos Revisores Oficiais de Contas que completam agora 25 anos de inscrição na profissão. O Bastonário da OROC enalteceu a acção dos Revisores que comemoraram este aniversário, agradecendo o seu contributo para o prestígio da profissão. António Gonçalves Monteiro relembrou as diferenças da profissão ao longo destes 25 anos e as que se avizinham, com a implementação, para breve, da 8.ª Directiva. O Bastonário disse neste dia de comemorações que «embora diferente, mas igualmente responsável e prestigiada, a profissão foi capaz de manter bem acesa a chama da integridade, da competência e da independência». O Bastonário reconheceu o mérito de cada um dos agraciados, recordando «os grandes sacrifícios que a nossa profissão exige de todos nós». «Todos na vida teremos tido outros desafios, outras oportunidades profissionais seguramente interessantes. Porém, a opção de carreira feita há 25 anos permaneceu inalterável e, segundo creio, quase com igual motivação à do momento em que a decisão foi tomada», continuou. «As mudanças registadas nestes últimos 25 anos fazem- -nos ver que a profissão está hoje algo diferente do que foi há 25 anos e diferente será, certamente, depois de posta em prática a 8ª Directiva». 8 REVISORES AUDITORES JUL/SET 2007

2 Boas-vindas aos novos Revisores Eventos A sessão pública do dia 19 de Julho marcou as boasvindas aos Revisores Oficiais de Contas com inscrição recente, com a entrega das Cédulas Profissionais. António Gonçalves Monteiro desejou os maiores sucessos aos novos membros desta «grande família de profissionais marcadamente responsáveis e exigentes», felicitando-os pelo sucesso em ultrapassar todos os obstáculos que integram o regime de acesso à profissão. Na ocasião foi referido que as dificuldades e rigor existentes no processo de entrada na profissão são a garantia de uma boa selecção, não se pretendendo, de modo algum, limitar o acesso a todos os que satisfaçam as condições exigidas por lei. Para reforçar esta ideia, o Bastonário subinhou que, no ano de 2006, entraram mais Revisores na Ordem do que em qualquer dos anteriores cinco anos, ou seja, 2001 a Os novos Revisores foram convidados a «acreditarem na profissão e a não vacilarem perante as primeiras dificuldades». A profissão vive tempos de mudança, não apenas a nível nacional como internacional, mas há que reconhecer que têm vindo a ocorrer novas oportunidades para os Revisores Oficiais de Contas, tais como: Em 15 de Janeiro passado foi aprovada a lei que obriga os Municípios a fazer auditoria; Em 16 de Julho último, com a aprovação na especialidade da lei que estabelece a Reforma do Ensino Superior, as Universidades passarão a ter um Fiscal Único (ROC); Outras oportunidades estão em perspectiva, existindo razões para manter o optimismo. Nas palavras que dirigiu aos novos ROC, o Bastonário disse que «outros obstáculos mais difíceis se seguirão, aos quais terão que dar a resposta adequada. A lei, as normas técnicas e os regulamentos da Ordem, e em especial o Código de Ética serão sempre, a par da consciência de cada um, os vossos melhores conselheiros. Ainda assim, não hesitem em procurar o apoio da Ordem sempre que o entendam necessário». E a terminar o Bastonário referiu: «A Ordem estará sempre activa na integração dos seus membros numa profissão que, como é sabido, é difícil e às vezes esgotante, mas por outro lado motivadora, interessante e às vezes deslumbrante». O BASTONÁRIO COM OS NOVOS REVISORES JUL/SET 2007 REVISORES AUDITORES 9

3 OROC atribui Prémio Nacional para Melhor Relatório de Sustentabilidade Na cerimónia de 19 de Julho promovida pela OROC a EDP foi galardoada com o Prémio Nacional para Melhor Relatório de Sustentabilidade Elisabete Simões, na cerimónia de entrega do galardão, destacou que «um estudo publicado por uma consultora de renome internacional, publicado no final do ano de 2006, revela uma tendência de crescimento para os próximos anos não só em termos de relato mas também a nível da sua certificação». Sublinhou ainda que «a Ordem continua a manter a sua aposta e irá colocar à disposição dos revisores instrumentos que lhes permitam participar no processo de certificação sempre que as empresas o solicitem não obstante, em algumas matérias, tal como já hoje acontece em outros trabalhos, poder haver necessidade do envolvimento de técnicos especializados independentes». Referindo-se à empresa vencedora, Elisabete Simões deu a conhecer este caso concreto de boas práticas, pois: DR. NEVES DE CARVALHO DA EDP AO RECEBER O PRÉMIO às mais simples e menos difundidas como: consultas de nutricionismo e acções de redução do stress com vista a aumentar o bem estar do seu capital humano ou apoios mecenáticos e patrocínios destinados a promover a ciência, a educação, o desporto, a cultura e a solidariedade social. DRA. ELISABETE SIMÕES NO USO DA PALAVRA a sua actuação envolve acções: - que vão desde as mais complexas e mediáticas como: gerir a emissão gases e apostar em energias renováveis o que contribui para o cumprimento dos objectivos do Protocolo de Quioto A emissão do relatório de sustentabilidade que se consagra vencedor resulta de uma aposta da EDP na transparência e credibilidade perante a comunidade e os investidores. O seu conteúdo: está estruturado de acordo com os oito princípios de desenvolvimento sustentável que se encontram integrados na estrutura e organização funcional do grupo em que a EDP se insere, assenta nas linhas de orientação da Global Reporting Initiative mais conhecida por GRI e, comunica o progresso da empresa no cumprimento dos 10 princípios do Global Compact das Nações Unidas 10 REVISORES AUDITORES JUL/SET 2007

4 Trata-se, portanto, de um relatório apostado na adopção das melhores práticas de mercado e cujos indicadores chave de sustentabilidade estão certificados por relatório de uma empresa independente. Tem-se vindo a assistir a uma mudança significativa no comportamento das empresas, as quais passaram a reconhecer que não existe sustentabilidade sem sucesso económico, mas também não existe sucesso sem sustentabilidade. De sublinhar que no nosso país cada vez mais as empresas preparam relatórios de sustentabilidade, evidenciando um elevado grau de sensibilização para a responsabilidade empresarial na preservação ambiental. BASTONÁRIO NO USO DA PALAVRA O prémio foi entregue por António Gonçalves Monteiro ao director do Gabinete de Ambiente e Sustentabilidade da EDP, Dr. Neves de Carvalho. Recorde-se que a EDP arrebatou nos três últimos anos o prémio para o melhor Relatório de Sustentabilidade. Por ser um assunto relevante a Ordem tem vindo, há quase 10 anos, a dedicar-lhe especial atenção, com o objectivo de incentivar as empresas a emitir este tipo de relatórios, ao ponto de haver instituído um Prémio Nacional para distinguir o melhor Relatório de Sustentabilidade, o que significa premiar as boas práticas no domínio da responsabilidade social. Desde 1999, ano em que se assinalou a primeira edição deste galardão, a OROC tem vindo a incentivar as Empresas para a emissão destes relatórios que, com a sua divulgação, dão a conhecer a outras entidades e público em geral o que é feito para a protecção do meio ambiente e melhoria das condições de vida de grupos populacionais, premiando aqueles que melhor reflectem as acções tomadas ou programadas. O Prémio vai já na sua oitava edição e a organização tem sido desde o início responsabilidade da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. O júri nacional desta oitava edição foi constituído pela Professora Doutora Maria do Rosário Partidário, pela Eng.ª Joana dos Guimarães Sá e pelos ROC Dr. Jaime Matos e Dr. José Muralha. JUL/SET 2007 REVISORES AUDITORES 11

5 Sorteio do Controlo de Qualidade Na sessão pública de 19 de Julho, que contou com a presença de representantes de diversas entidades públicas e privadas, foi realizado o Sorteio Público a que se refere o art.º 14.º do Regulamento do Controlo de Qualidade. O Bastonário da OROC aproveitou o Sorteio do Controlo de Qualidade para destacar que «em Portugal, a profissão tem supervisão efectiva e que o Controlo de Qualidade implementado, obedece, no essencial, à Recomendação da União Europeia de 2000 e à 8.ª Directiva que, aliás, ainda se encontra em fase de transposição». Recorde-se que a OROC procedeu ao Sorteio Público dos Revisores Oficiais de Contas cujos processos serão submetidos a controlo de qualidade até final do corrente ano de As entidades seleccionadas para o Controlo de Qualidade foram Sociedades de Revisores Oficiais de Contas registadas na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Sociedades de Revisores Oficiais de Contas e Revisores Oficiais de Contas individuais. «Nunca é demais sublinhar a importância dos benefícios que decorrem de um adequado sistema de controlo que, não devendo ser excessivo, deve ser suficientemente capaz de prevenir tentações e de reprimir infracções», disse António Gonçalves Monteiro. A lista de sorteados encontra-se disponível no sítio 12 REVISORES AUDITORES JUL/SET 2007