Direitos reprodutivos e fecundidade nos BRICs

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1 Direitos reprodutivos e fecundidade nos BRICs José Eustáquio Diniz Alves 1 Um certo tempo depois do início da queda das taxas de mortalidade os países passam pelo processo de transição da fecundidade. Mas este não é um processo automático e a redução do número médio de filhos por mulher depende de uma série de mudanças estruturais e institucionais dentro dos países, como urbanização, industrialização, monetarização, secularização, ampliação das políticas de emprego, educação, saúde, habitação, previdência, etc. A queda da fecundidade depende da auto-determinação reprodutiva. A tomada de decisão sobre ter ou não ter filhos é uma atitude complexa que envolve considerações em nível individual, familiar, comunitário, religioso, nacional e mesmo da ordem internacional. Existe uma grande correlação entre aumento da urbanização (e das transformações econômicas e sociais que a acompanha) e a queda da fecundidade. Mas também existe uma grande correlação entre o empoderamento das mulheres e a queda da fecundidade. Dos quatro países que compõem os BRICs 2, a Rússia foi o país que primeiro avançou na urbanização, na industrialização, na universalização de políticas sociais, na incorporação das mulheres no mercado de trabalho e no avanço do sistema de saúde e nos direitos ao uso de métodos contraceptivos, inclusive com a liberalização do aborto. Não é de se estranhar, portanto, que as taxas de fecundidade tenham caído primeiro na Rússia do que nos outros três países, conforme mostra o gráfico 1. O gráfico 1 mostra também que as Taxas de Fecundidade Total (TFT) do Brasil, China e Índia começaram a cair por volta de 1970, sendo que na China a fecundidade havia começado a cair ainda na década de 1950, mas subiu na década seguinte em decorrência da ideologia e das medidas adotadas durante a Revolução Cultural. Na Índia a queda da fecundidade começou um pouco antes de Brasil e China devido a uma série de medidas adotadas desde os anos de 1950, mas sempre houve uma resistência muito grande em se adotar um tamanho pequeno de família. A queda da fecundidade na China se deu de forma extraordinária pois passou de mais de 6 filhos por mulher para menos de 2 filhos em um período de pouco mais de 20 anos. Rússia e China apresentam taxas de fecundidade abaixo do nível de reposição (2,1 filhos por mulher) desde a década de O Brasil apresentou também uma rápida queda da fecundidade em relação a outros países do mundo, mas demorou o dobro do tempo da China para passar de uma TFT acima de 6 filhos para uma TFT abaixo do nível de reposição. A Índia é o país com maiores taxas de fecundidade, entre os quatro em questão e, exatamente por isto, deverá ultrapassar a China no posto de país mais populoso do mundo, por volta de Professor titular da ENCE e coordenador da Pós-graduação do IBGE. jed_alves@yahoo.com.br 2 BRIC é o acrônimo de Brasil, Rússia, Índia e China. 1

2 Gráfico 1: Taxa de Fecundidade Total (TFT) de Brasil, Rússia, Índia e China: TFT (filhos por mulher) O curioso com a trajetória da fecundidade na China é que na década de 1960 o timoneiro Mao Tse Tung acreditava que a força internacional da China se baseava do poderio do tamanho populacional. Contudo, já no início da década de 1970 o país adotou a política de planejamento familiar conhecida como: Mais tarde, mais longe e família mais pequena, em que incentivava as pessoas a casarem mais tarde, aumentarem o espaçamento entre os filhos e adotarem um tamanho de família menor. O resultado foi uma queda extremamente rápida da fecundidade. Quando a China adotou a draconiana Política do filho único a fecundidade já estava próxima do nível de reposição. Na Conferência Internacional de População de Bucareste, em 1975, a China e a Índia se opuseram às politicas neomalthusianas e ajudaram a cunhar o termo o desenvolvimento é o melhor contracepitivo. Contudo, os dois países adotaram fortes políticas de controle da natalidadade, sendo que a China, por ter um governo centralizado, conseguiu levar as taxas de fecundidade para níveis abaixo da reposição, enquanto a Índia ainda tem a fecundidade mais alta entre os BRICs. O gráfico 2 mostra as taxas de fecundidade específicas para os quatro paises. Como era de se esperar as taxas de fecundidade da Índia eram miores em todos os grupos etários, com exceção do grupo de anos (adolescentes e jovens) que o Brasil apresenta as maiores taxas. No Brasil, o grupo de adolescentes e jovens é responsável por 20% da fecundide total, enquanto na Rússia e na China estes valores são de somente 10% e 2,4%. Na China 75% da TFT está concentrada apenas na faixa etária de anos, enquanto no Brasil 74% da TFT está concentrada entre anos. Isto quer dizer que existem difentes padrões reprodutivos entre os BRICs e que o Brasil é o país que apresenta maior presença da gravidez na adolescência, mesmo quando comparado com a Índia que possui taxas de fecundidade mais altas. 2

3 Gráfico 2: Taxa de fecundidade específica de Brasil, Rússia, Índia e China: Taxa específica de fecundidade As taxas de fecundidade estão ao nível de reposição no Brasil, abaixo da reposição na Rússia e na China e acima do nível de reposição na Índia. O efeito sobre a diminuição da população só aparece na Rússia porque a queda da fecundidade já se deu a muito tempo, permitindo uma mudança na distribuição etária. O gráfico 3 mostra que a Rússia é o país que tem atualmente o menor percentual de mulheres em período reprodutivo. Isto quer dizer que uma baixa fecundidade e uma baixa proporção de mulheres em idade fértil fazem com que o país tenha um decréscimo vegetativo da população. Gráfico 3: Percentagem de mulheres em período reprodutivo (15-49 anos) de Brasil, Rússia, Índia e China: % 3

4 Na China, mesmo com fecundidade baixa, não há redução da população porque existe um alto percentual de mulheres em período reprodutivo, isto é, as mulheres tem menos filhos, mas existe mais mulheres tendo filhos. Assim que terminar o efeito da inércia demográfica a população da China iniciará uma trajetória de queda. O Brasil terá uma população estável em meados do século XXI se as taxas de fecundidade continuarem ao nível de reposição, mas também apresentará uma população em declínio se mantiver o valor de 1,8 filho por mulher apontada na PNDS Apenas a Índia deverá manter uma trajetória de crescimento populacional ao longo do século XXI, devendo ultrapassar a China em termos populacionais e apresentando uma elevada densidade demográfica. Muitas são as explicações para se entender a transição da fecundidade. Existem abordagens teóricas no plano macroeconômico (Notestein, 1945, Coale e Hoover, 1966, Coale, 1979) 3, no plano microeconômico (Becker, 1960) 4, no plano sociológico e da abordagem da difusão (Cleland e Wilson, 1987; Knodel e Van de Walle, 1979) 5, no plano do fluxo intergeracional (Caldwell, 1976 e 1982) 6 e na perspectiva das mudanças nas relações de gênero (Folbre, 1983; Mason, 1997; Lim, 2002; Youssef, 1982) 7. A tabela 1 mostra alguns indicadores de gênero para os BRICs. Nota-se que, pelo menos em parte, a mais alta fecundidade na Índia pode ser explicada pela maior desigualdade de gênero e pelo menor acesso aos métodos contraceptivos, cuja prevalência chega apenas a 47% da mulheres casadas, enquanto na China a prevalência é quase o dobro. A inserção da mulher no mercado de trabalho na China é também o dobro do percentual da Índia e bem superior às taxas do Brasil e da Rússia, embora o índice de desenvolvimento de gênero seja menor na China. 3 NOTESTEIN, F. Population: the long view. In: SCHULTZ, T.W. (Ed.) Food for the world. Chicago: Universit of Chicago Press, COALE, A.; HOOVER, E. População e desenvolvimento econômico. RJ, Fundo de Cultura, COALE, A. The demographic transition: a summary, some lessons and some observations. In: CHO, L.; KOBAYASHI, K. (Ed.). Fertility transition of East Asian populations. Honolulu : University Press of Hawaaii, cap BECKER, S. GARY Na economic analysis of fertility. In: Demography and economic change in developed countries. New York, NBER, CLELAND, J., WILSON, C. Demand theories of the fertility transition: na iconoclastic view. Population Studies, New York, v. 41, n.1, 5-30, march, 1987 KNODEL, J.; VAN DE WALLE, E. Lessons from the past: policy implication of historical fertility studies. Population and Development Review, New York, v.5, n.2, p , Jun CALDWELL, J. C. Theory of fertility decline. London : Academic, CALDWELL, J. Toward a restatementof dmographic transition theory. Population and Development Review, New york, v. 2, n 3-4, , set/dec, FOLBRE, N. Of patriarchy Born: the political economy of fertility decisions. Feminist Studies, College Park, v.9, n.2, 1983 LIM, L. Female labour-force participation MASON, K. Explaing fertility transitions. Demography, v. 34, n.4, , Silver Spring, Maryland, YOUSSEF, N. The interrelationship between the division of labour in the household, women s roles and their impact on fertility. In: ANKER, R. et al. Women s roles and population trends in the third world, London, Croom Helm, cap. 9, ,

5 Tabela 1: Indicadores de gênero para Brasil, Rússia, Índia e China Indicadores Prevalência de contraceptivos (% de mulheres casadas anos) Indice de desenvolvimento de gênero (GDI) ,798 0,801 0,6 0,776 Taxa de atividade feminina (% de mulheres de 15 anos e mais) ,7 54, ,8 Fonte: UNDP, ONU, Disponível em: Um fato marcante na dinâmica demográfica dos BRICs é que o país com maior extensão territorial e a menor densidade demográfica tem apresentado queda da população, enquanto o país, entre os quatro, com a menor extensão territorial e a maior densidade demográfica é o que apresenta maior crescimento populacional. Não resta dúvidas, também, que o aumento da população e do consumo nos BRICs terá um impacto muito grande nos quatro países e também no mundo. Portanto, é preciso achar um caminho entre o crescimento do consumo para combater a pobreza, o crescimento demográfico e o impacto conjunto sobre o meio ambiente. 5

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