EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO RELATOR LUIZ FUX DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
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- Alícia Dreer Ribeiro
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1 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO RELATOR LUIZ FUX DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REPERCUSSÃO GERAL RECUSO EXTRAORDINÁRIO Nº SE RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS RECORRIDO: DERIVALDO SANTOS NASCIMENTO CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS CNSP, representada pelo seu Presidente Antonio Tuccilio, conforme estatuto anexo (DOC 1) CNPJ /OOO1-64 brasileiro, casado, RG Rua Dr. Bittencourt Rodrigues, nº 88 6º conj. 602 Centro São Paulo, CEP e ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO ANSJ, representada pelo seu Presidente José Gozze, conforme estatuto anexo, (DOC. 2) CNPJ brasileiro, casado, RG Rua Conselheiro Furtado nº 93, 2º andar Centro São Paulo CEP , neste ato representadas pelo Dr. JULIO BONAFONTE, escritório nesta Capital, na Rua Senador Paulo Egídio, 72 6º andar conj. 601 CEP , São Paulo Fone: (11) , conforme procurações anexo, (DOCS. 3 e 4), vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência requerer o seu ingresso no processo em referência como: AMICUS CURIAE
2 2 Nos termos da Lei 9868/99 e art º do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, garantindo-lhe inclusive sustentação oral, que assim dispõe: Presidente do Plenário ou da Turma, feito o relatório, dará a palavra, sucessivamente, ao autor, recorrente, peticionário ou impetrante, e ao réu, recorrido ou impetrado, para sustentação oral. 3º Admitida a intervenção de terceiros no processo de controle concentrado de constitucionalidade, fica-lhes facultado produzir sustentação oral, aplicando-se, quando for o caso, a regra do 2º do artigo 132 deste Regimento. (Acrescentado pela ER ) A legitimidade é publica e notória bastando para tanto a representatividade de mais de servidores ativos, aposentados e pensionistas e trabalhadores com demandas previdenciárias em todo o Brasil, a exemplo do que ocorreu como autor junto com a OAB Conselho Federal na ADI 4357 PEC 62/09 Precatórios perante o Supremo Tribunal Federal, que sofrerão os efeitos do julgado em questão nos precatórios alimentares, especificadamente defendendo a inaplicação da T.R. art. 1º F da Lei 9494/1997 e artigo 5º da Lei nº /2009, e juros moratórios, julgados inconstitucionais na ADI 4357 e 4425 pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, nos cálculos judiciais nos processos em tramitação contra a Fazenda Pública em fase de conhecimento e conta de liquidação sem precatório.
3 3 O primeiro ponto diz respeito à questão da aplicação do índice de atualização monetária TR - Caderneta de Poupança - artigo 1º F da Lei 9494/1997 e art. 5º da Lei Federal nº /2009 e julgada inconstitucional por arrastamento pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal. Sem dúvida, no julgamento da inconstitucionalidade, desde a vigência do referido diploma legal que era flagrantemente inconstitucional, ou seja, desde 30/06/2009, a T.R. não poderia ser aplicada como índice de atualização de correção monetária por não traduzir a inflação real. A questão não é nova, pois o próprio Supremo Tribunal Federal assim já decidiu na ADI 493-Relator Ministro Moreira Alves ''índice que não reflete a perda do poder aquisitivo da moeda". O Ministro Relator Ayres Britto, ao julgar inconstitucional a aplicação da TR em seu voto corretamente assim decidiu: Valor real que só se mantém pela aplicação de índice que reflita a desvalorização dessa moeda em determinado período. Ora, se a correção monetária dos valores inscritos em precatório deixa de corresponder a perda do poder aquisitivo da moeda, o direito reconhecido por sentença judicial transitada em julgado será satisfeito de forma excessiva ou, de revés, deficitária. Em ambas as hipóteses, com enriquecimento ilícito de uma das partes da relação jurídica. E não é difícil constatar que a parte prejudicada, no caso, será, quase que invariavelmente, o credor da Fazenda Pública. Basta ver que, nos últimos quinze anos (1996 a 2010), enquanto a TR (taxa de remuneração da poupança) foi de 55,77%, a inflação foi de 97,85%, de acordo com o IPCA. 36. Não há como, portanto, deixar de reconhecer a inconstitucionalidade da norma atacada, na medida em que a fixação da remuneração básica da caderneta de poupança como índice de correção monetária dos valores inscritos em precatório implica indevida e intolerável constrição à eficácia da atividade jurisdicional. Uma afronta à garantia da coisa julgada e, por reverberação, ao protoprincípio da separação dos Poderes.
4 4 Aplicar a inconstitucional TR nos cálculos judiciais é praticar manifesta ofensa à diversos dispositivos da Carta Magna, especialmente as demandas de caráter alimentar/previdenciária, pois o direito de propriedade do crédito está assegurado a preservação do valor real no parágrafo 4º do artigo 182 e caput do artigo 184, evitando-se tambem ofensa ao artigo 37 X e XV, que tambem asseguram a revisão inflacionária anual dos créditos e a irredutibilidade. Ainda em reforço, a indevida aplicação da TR no período de 06/2009 a 25/03/2015 coloca em jogo a segurança jurídica da coisa julgada, que é imutável e não pode sofrer alteração na fase executória, pois o índice da TR não integrou a res judicata e como se não bastasse a decisão transitada em julgado foi expressa no sentido da aplicação do IPCA. Neste sentido, oportuna a lição do Desembargador Ricardo Anafe, do TJSP: Da mesma forma, quanto ao momento, igualmente não se cogita em modulação futura de efeitos, os quais a teor da natureza jurídica da ação declaratória são sempre extunc, alcançando todos os atos pretéritos que possam a ser ineficazes e inválidos, sem nenhuma carga jurídica, enfatize-se, azo pelo qual a nulidade na hipótese é sempre ab ovo (Embargos de Declaração nº /50000 Disponibilização no DOE em 22/11/2013). É importante destacar que o julgamento da modulação dos efeitos da Seção Plenária de 25/03/2015 apenas excetuou os precatórios pagos ou expedidos, compensações e leilões até a referida data com a aplicação da inconstitucional TR, evidentemente, e não poderia ser de outra forma, pois não abrange os precatórios em fase de conhecimento, que ainda nem atingiram o estágio executório, com elaboração da conta e expedição do precatório. A inconstitucionalidade da TR como fator de atualização é desde o nascedouro do dispositivo que determinou sua aplicação, ou seja, desde 30/06/2009, sob pena de ressuscitação do que foi declarada morta no universo jurídico.
5 5 PRELIMINARMENTE Com toda a certeza, após o julgamento da inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei 9494/ Artigo 5º da Lei Federal nº /09 na ADI 4357 e 4425 pelo Supremo Tribunal Federal com efeito vinculante, confirma que o presente recurso não pode prosperar e resta prejudicado por afrontar o artigo 28 da Lei 9868/1999: ''Art parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário". Exatamente em razão disso a declaração de inconstitucionalidade do artigo 5º da Lei /09 foi requerida ao Relator Ministro Ayres Britto como consta do relatório do voto vencedor, que assim dispõe: "7. À derradeira, registro que o Conselho Federal da OAB em petição de folhas 3.190/3.197 pleiteou o reconhecimento da inconstitucionalidade consequencial ou por arrastamento do artigo 5º da Lei /2009 (página 26)". E assim ocorreu o pronunciamento da inconstitucionalidade do referido dispositivo explicando no que se refere à atualização de precatórios e de períodos que antecede a expedição do ofício (cálculos iniciais), como poderá se comprovar:
6 6 " 37. Certo que, bem pontuou o Advogado-Geral da União, o 12 do art. 100 da Constituição Federal não se reporta à correção monetária já aplicada pelo Juízo competente. 14 "Nota 14 - Atualização, esta, que hoje se encontra inconstitucionalmente regida pelo art. 1º - F da Lei nº 9494/97 com a redação dada pela Lei /2009". É inconteste e cristalina a decisão de mérito do V. Acórdão publicado aos 26/09/2014 DJu, que teve por maioria de votos, 7X3, prevalecendo o voto vencedor do Ministro Relator Ayres Britto: Daí me parecer correto ajuizar que a correção monetária constitui verdadeiro direito subjetivo do credor, seja ele público, ou, então, privado. Não, porém, uma nova categoria de direito subjetivo, superposta àquele de receber uma prestação obrigacional em dinheiro. O direito mesmo à percepção da originária paga é que só existe em plenitude, se monetariamente corrigido. Donde a correção monetária constituir-se em elemento do direito subjetivo à percepção de uma determinada pega (integral) em dinheiro. Não há dois direitos, portanto, mas um único direito de receber, corrigidamente, um valor em dinheiro. Pois que, sem a correção, o titular do direito só o recebe mutilada ou parcialmente. Enquanto o sujeito passivo da obrigação, correlatamente, dessa obrigação apenas se desincumbe de modo reduzido. 33. Convém insistir no raciocínio. Se há um direito subjetivo à correção monetária de determinado crédito, direito que, como visto, não difere do crédito originário, fica evidente que o reajuste há de corresponder ao preciso índice de desvalorização da moeda, ao cabo de um certo período; quer dizer, conhecido que seja o índice de depreciação do valor real da moeda a cada período legalmente estabelecido para a re3spectiva medição -, é ele que por inteiro vai recair sobre a expressão financeira do instituto jurídico protegido com a cláusula de permanente atualização monetária.
7 7 É o mesmo que dizer: medido que seja o tamanho da inflação num dado período, tem-se, naturalmente, o percentual de defasagem ou de efetiva perda de poder aquisitivo da moeda que vai servir de critério matemático para a necessária preservação do valor real do bem ou direito constitucionalmente protegido. Qualquer ideia de incidência mutilada da correção monetária, isto é, qualquer tentativa de aplicá-la a partir de um percentualizado redutor, caracteriza fraude à Constituição. Segundo, o que jaz à disponibilidade do legislador (inclusive o de reforma da Constituição) não é o percentual da inflação. Esse percentual, seja qual for, já estará constitucionalmente recepcionado como o próprio reajuste nominal da moeda. O que fica à mercê do poder normativo do Estado é a indicação de providências viabilizadoras de uma isenta aferição do crescimento inflacionário. Correta atualização que, como visto na nota de rodapé anterior, tambem se encontra obstada pela atual redação do art. 1º - F da Lei nº 9.494/97. Do que resulta o óbvio: se a preservação do valor real do patrimônio particular é constitucionalmente assegurada, mesmo nos casos de descumprimento da função social da propriedade (inciso III do 4º do art. 184, ambos da CF 16 ), como justificar o sacrifício ao crédito daquele que tem a seu favor uma sentença judicial transitada em julgado? 38. Com estes fundamentos, tenho por inconstitucional a expressão índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, constante do 12 do art. 100 da Constituição Federal, do inciso II do 1º e do 16, ambos do art. 97 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias Art. 182 (...) 4º. É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: (...)
8 8 III desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. Art Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. e) e declarar a inconstitucionalidade, por arrastamento (itens c e d acima), do art. 5º da Lei nº /2009; f). Requer-se o acolhimento da preliminar para que julgue prejudicado o presente recurso. NO MÉRITO A modulação dos efeitos da ADI 4357 no julgamento de 25/03/2015 não pode, e não deve interferir na questão da inaplicação da TR nos novos cálculos judiciais desde 30/06/2009, visto que abrangeu efeitos aos precatórios pagos e expedidos até a data do referido julgamento. Ora, a modulação dos efeitos apenas objetivou zelar pela segurança jurídica dos pagamentos realizados e dos precatórios já expedidos ou acordos efetuados, evitando tumulto processual e necessidade de recálculo em milhares de processos.
9 9 A modulação dos efeitos não tem a força e comando de alterar o julgamento de mérito da ADI 4357, voto vencedor do Relator Ministro Ayres Britto que declarou inconstitucional desde o nascedouro o artigo 5º da Lei Federal nº /2009 artigo 1º F da Lei Federal 9494/1997, pois assim dispõe o artigo 27 da Lei 9868/1999: "ao declarar a inconstitucionalidade da Lei ou ato normativo e tendo em vista questões de segurança jurídica ou excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tem eficácia a partir de seu transito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado". Repita-se, o decidido no Plenário em Seção de 25/03/2015 limitou os efeitos somente para todos os precatórios já pagos ou já expedidos até 25/03/2015, mas não convalidou a constitucionalidade até 25/03/2015 para todos os processos em qualquer fase de andamento e neste sentido é oportuno relembrar que em questão de ordem o representante da OAB Dr. Marco Antonio Innocenti ao ponderar na tribuna que nas novas execuções nos juízos de 1º grau, o seguinte: as liquidações estão sendo processadas pela TR, por interpretação extensiva da decisão proferida pelo Ministro Luiz Fux, tendo no ato o próprio Ministro Luiz Fux pontuado: essa interpretação extensiva que ninguém autorizou, como poderá se observar da gravação do julgamento no youtube pela TV Justiça por volta de 1 hora, 43 minutos, 20 segundos.
10 10 A aplicação do decidido tem comando claro, ou seja, os processos na fase de conhecimento ou em fase de execução que não tiveram precatórios expedidos ou pagos, não terão aplicação da inconstitucional TR em nenhum momento, haja vista que sobre eles não incide o espectro da modulação, sendo plenamente eficaz o teor do julgamento de mérito da ADI 4357, não se admite nenhuma interpretação ampliativa ou distorcida do que não foi dito. Não é possível enterrar a TR pela inconstitucionalidade e em outro momento ressuscitá-la e prejudicar ainda mais ou credores alimentares, ofendendo a ordem lógica jurídica que refuta qualquer equivocada interpretação, pois o julgamento da modulação dos efeitos não permite redicidir a causa no mérito ou anular seus termos. É inexequível aplicar o índice TR nos feitos "ad eternun", sob pena de afronta a decisão judicial de mérito na ADI 4357/4425, Além do prejuízo nos precatórios expedidos e pagos, como a aplicação da aplicação da inconstitucional TR, ocorrerá o terrível efeito confiscatório no direito de propriedade no crédito dos autores, sendo demais e insuportável querer no período novo de cálculo aplicá-la desde 2009, representando mais uma perda de quase 30%, como a seguir poderá se constatar. ANO TR INPC IPCA-E , ,11 4, , ,46 5, , ,07 6, , ,19 5, , ,56 5, , ,22 6, , ,65 4,60 TOTAL 4,40 37,26 39,19 *até março/2015 Fonte: IBGE
11 11 DIFERENÇA NO PERÍODO DE 06/2009 A 03/2015 ENTRE OS ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO IPCA-E e TR, EM PREJUÍZO AOS CREDORES ALIMENTARES ATUALIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS UTILIZANDO IPCA-E DATA INICIAL 06/2009 DATA FINAL 03/2015 Valor Corrigido na data final 03/2015 VALOR TOTAL Valor R$ ,00 X 41, % = R$ ,36 R$ , ,36 ATUALIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS UTILIZANDO TR DATA INICIAL 06/2009 DATA FINAL 03/2015 Valor Corrigido na data final 03/2015 VALOR TOTAL Valor R$ ,00 X 3,68306% = R$ ,06 R$ , ,06 ATUALIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS UTILIZANDO IPCA-E E TR IPCA-E TR DIFERENÇA R$ ,36 R$ ,06 R$ ,30 RESUMO DO PREJUÍZO DOS CREDORES ALIMENTARES DIFERENÇA DO VALOR TOTAL ATUALIZADO= R$ ,30 QUE TOTALIZA UM PERCENTUAL DE 26,93% É muito calote e prejuízo aos credores, principalmente alimentares, que têm sonegados nos anos passados os vencimentos, aposentadorias, pensões e direitos previdenciários e que são obrigados a bater na porta da justiça para socorrê-los. Ao Supremo Tribunal Federal cabe o dever de dizer chega!
12 12 É importante tambem registrar que a própria decisão da Decisão Plenária de 25/03/2015 do Supremo Tribunal Federal, no item 2.2, resguardou até os precatórios expedidos no âmbito da Administração Pública Federal, com base nos artigos 27, das Leis /2013 e /2015 que fixaram o IPCA-E como índice de correção monetária, ao invés de TR. Evidencia-se, que já desde 2013, na Justiça Federal, o índice utilizado era o IPCA-E, inexistindo mais a TR por conta do julgamento de mérito da ADI 4357 e No âmbito da Justiça dos Estados, não pode e não deve ser diferente, sob pena de ofensa à isonomia de tratamento. O índice IPCA-E substituindo a TR desde 06/2009 se impõe em obediência a coisa julgada no mérito em Seção Plenária de 14/03/2013. Trazemos à colação como subsídio jurisprudencial para apreciação, 2 momentos decisórios nas Câmaras de Direito Público de São Paulo: 1º- Posterior ao julgamento de mérito da ADI 4357, ou seja, após 14/03/2013 e anterior ao julgamento da modulação dos efeitos (25/03/2015);
13 13 Apelação nº ª Câmara de Direito Público Relator Oswaldo Magalhães......
14 14 5º Câmara de Direito Público Relator Marcelo Berthe...
15 15 10ª Câmara de Direito Público Relatora Teresa Ramos Marques......
16 ... 16
17 17 2º- Recentíssima decisão após o julgamento da modulação dos efeitos (25/03/2015), em correta interpretação e aplicação do decidido em Câmara de Direito Público na Justiça de São Paulo. 8ª Câmara de Direito Público Relatora Cristina Cotrofe Relatora A modulação dos efeitos realizada pelo Colendo Supremo Tribunal Federal no bojo da ADI 4357, em 25 de março de 2015, refere-se exclusivamente aos precatórios e requisitórios expedidos, o que não é o caso dos autos. Destarte, permanecem inalteradas as razões que embasaram o afastamento da Lei nº /09. Ante o exposto, pelo meu voto, rejeitam-se os embargos. CRISTINA COTROFE Relatora Com relação aos juros moratórios tambem é inaplicável a M.P. 567/2012 de 4/05/ Lei /2012, uma vez que a declaração de inconstitucionalidade por arrastamento do artigo 5º da Lei /2009, quando do julgamento de mérito da Sessão de 14/03/2013 o artigo 1º F da Lei 9.494/1997 em sua redação original dada pela Medida Provisória 2.180/2001 determina que: "Os juros de mora das condenações impostas à Fazenda Pública para pagamentos de verbas remuneratórias devidas a servidores públicos não poderão ultrapassar o percentual de 6% ao ano".
18 18 Com o reconhecimento da inconstitucionalidade do artigo 1 F da Lei 9.494/1997 com a redação dada pela Lei /2009, fica afastada a aplicação da Lei /2012 devendo ser adotado o disposto no artigo 1º da Lei 9.494/1997 como a redação dada pela Medida Provisória 2.180/2001. Neste sentido, o V. Acórdão a seguir transcrito: 10ª Câmara de Direito Público Relator Paulo Galizia Diante de todo o exposto, tenho plena convicção que Vossas Excelências como Ministros do Supremo Tribunal Federal, guardiães da Carta Magna, em nome da Segurança Jurídica do direito de propriedade aos corretos valores, em respeito a coisa julgada de mérito, não permitirão a indevida aplicação da inconstitucional TR nos cálculos dos processos em fase de conhecimento e execução sem precatório, cujo período medeia entre 06/2009 a 25/03/2015, bem como com relação a correta aplicação dos juros moratórios.
19 19 A admissão como assistente amicus curiae, tem o único e exclusivo objetivo de oferecer os presentes subsídios de convencimento sem absoluta interferência, nem retardo na tramitação do recurso, a exemplo de como ocorreu em nossa atuação na ADI 4357, neste Colendo Supremo Tribunal Federal. Requer-se o acolhimento da preliminar, restando prejudicado o presente recurso e no caso de julgamento do mérito que ao mesmo seja negado conhecimento, exatamente por já ter sido declarado inconstitucional pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal o artigo 5º da Lei Federal /2009, aguardo confiantemente o julgamento. Deferida à admissão, requer-se a inclusão deste Advogado nas publicações com a garantia de manifestações, bem como a sustentação oral, nos termos do R.I.S.T.F. e artigo 3º da Resolução nº 388/2005. Nestes Termos, P. Deferimento. São Paulo, 29 de maio de 2015 JULIO BONAFONTE OAB/SP
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