SEGREGAÇÃO RESIDENCIAL NAS METRÓPOLES E DESIGUALDADE NO MERCADO DE TRABALHO: COR/RAÇA E ESCOLARIDADE

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1 SEGREGAÇÃO RESIDENCIAL NAS METRÓPOLES E DESIGUALDADE NO MERCADO DE TRABALHO: COR/RAÇA E ESCOLARIDADE Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Marcelo Gomes Ribeiro Fiilipe Souza Corrêa Juciano Martins Rodrigues 1. Introdução Análises referentes à relação entre mercado de trabalho e escolaridade, por um lado, e mercado de trabalho e cor ou raça, por outro, já foram empreendidas de diversas maneiras no Brasil. De modo geral, essas análises procuram demonstrar que as chances de maiores níveis de rendimentos e de acesso a emprego estável de pessoas com baixo nível de escolaridade e/ou cor preta (ou mesmo parda) são menores se comparadas às pessoas com níveis mais elevados de escolaridade e/ou que possuam cor branca. Este trabalho assume como pressuposto que a análise do mercado de trabalho a partir dessas variáveis oferece elementos para entender como características do indivíduo afetam na reprodução de desigualdades sociais. Porém, pretende avançar na explicação da reprodução das desigualdades sociais a partir do mercado de trabalho inserindo a dimensão do território que normalmente não tem sido considerada, principalmente, no Brasil. Em outras palavras, objetivar-se-á compreender como o território influencia nos níveis de rendimentos da ocupação principal, ou no risco em relação à fragilidade ocupacional e mesmo risco em relação ao desemprego, tendo em vista as diferenças na concentração de pessoas com baixos níveis de escolaridade e na concentração de indivíduos de cor preta nos grandes espaços urbanos brasileiros. A segunda seção deste artigo será dedicada à discussão da importância do território para as pesquisas sociais urbanas. Na terceira seção, por sua vez, serão apresentadas análises sobre as mudanças ocorridas no mercado de trabalho durante as décadas de 1980 e 1990, e como essas mudanças atingiram de maneira diferenciada os grandes espaços urbanos brasileiros. A quarta seção será dedicada à descrição das situações das variáveis de cor e Professor Titular do IPPUR/UFRJ e Coordenador Nacional do Observatório das Metrópoles. Doutorando no IPPUR/UFRJ e Pesquisador Assistente do Observatório das Metrópoles. Mestrando no IPPUR/UFRJ e Pesquisador Assistente do Observatório das Metrópoles. Doutorando no PROURB/UFRJ e Pesquisador Assistente do Observatório das Metrópoles

2 escolaridade nos grandes espaços urbanos metropolitanos no Brasil. A quinta seção será dedicada à análise do efeito do território sobre variáveis que expressam as condições de acesso à estrutura de oportunidades no mercado de trabalho, partindo-se da hipótese que a existência desse efeito traz elementos empíricos para a discussão sobre os efeitos do território na reprodução das desigualdades sociais. A sexta seção conclui, abordando os principais resultados da análise empreendida a partir da perspectiva teórica adota neste trabalho. 2. O território nas pesquisas sociais urbanas O célebre texto Efeitos de lugar de Pierre Bourdieu (1997) traz uma importante contribuição para as pesquisas sociais ao questionar sobre a forma como o lugar ocupado pelos indivíduos no espaço físico, reflete um diferencial de poder resultante de sua posição no espaço social. Nesse sentido, a posição que cada agente ocupa na estrutura social não apenas expressa o estilo de vida, gostos ou mesmo visão de mundo que lhe são incorporados, mas também corresponde a uma relação específica com o espaço social no qual se localiza (BOURDIEU, 1997). Portanto, existe uma relação intrínseca entre a estrutura social e o espaço social. Este espaço social, por sua vez, se retraduz no espaço físico. Na verdade, o espaço físico não pode ser entendido apenas como as coordenadas geográficas que o define, mas requer o entendimento de que é construído a partir do espaço social. Assim, cada lugar, para ser compreendido, necessita que o considere em relação aos demais lugares. E desse modo, os indivíduos ou agentes que se localizam num ou noutro lugar carregam consigo toda a carga simbólica que esses lugares representam. Em resumo, segundo Bourdieu: A posição de um agente no espaço social se exprime no lugar do espaço físico em que está situado (aquele do qual se diz que está sem eira nem beira ou sem residência fixa, que não tem quase existência social), e pela posição relativa que suas localizações temporárias (por exemplo. o lugares de honra, os lugares regulados pelo protocolo) e sobretudo permanentes (endereço privado e endereço profissional) ocupam em relação às localizações de outros agentes; ela se exprime também no lugar que ocupa (no direito) no espaço através de suas propriedades (casas, apartamentos, ou salas, terras para cultivar, para explorar ou para construir, etc. ) que são ou mais ou menos embaraçosos ou, como se diz às vezes, space consumming (o consumo mais ou menos ostentatório do espaço é uma das formas por excelência de ostentação do poder). (BOURDIEU, 1997). De fato, desde a publicação do livro The Truly Disadvantaged em 1987, o território passou a configurar como uma das explicações importantes nos estudos referentes à pobreza urbana. Ao analisar o caso de Chicago, W. J. Wilson (1987) procurou demonstrar que indivíduos residentes em bairros onde há concentração de pobreza têm mais dificuldades para

3 superação das condições sociais em que se encontram, além de tenderem a reproduzir esse quadro de pobreza; ou seja, as condições sociais dos indivíduos em territórios com grande concentração de pobreza não dependem somente das características individuais, como a vertente culturalista defendia. Sua explicação procurava ir além daquelas que se baseavam exclusivamente nas características individuais ou das famílias. Wilson buscava, no entanto, mostrar que as condições sociais do bairro eram relevantes para a explicação da reprodução da pobreza urbana, na medida em que a referência que os indivíduos tinham uns dos outros era de pessoas com as mesmas características ou condições sociais. Além disso, procurou mostrar que a rede social em que indivíduos com as mesmas características estavam inseridos, concentrava-se num mesmo bairro, não permitia que se conseguissem informações sobre o mercado de trabalho para além das oportunidades disponíveis na vizinhança, o que diminuía as chances de obtenção de emprego. Com isso, Wilson conseguiu demonstrar que essa situação de limitação das oportunidades de superação da pobreza por conta da concentração no território de indivíduos na mesma situação era ainda mais agravante para os negros, uma vez que estes, diferentemente dos brancos e dos latinos, estavam também concentrados no território. Nessa mesma direção, ao procurar explorar a importância do território (bairro) para a explicação da reprodução das desigualdades sociais na América Latina, Kaztman (1999) argumenta que a estrutura social do bairro define as estruturas de oportunidades que possibilitam a acumulação de ativos definidos como o conjunto dos recursos materiais ou imateriais mobilizados para melhorar o desempenho econômico e social do indivíduo ou o bloqueio aos ativos acumulados, tendo em vista a situação de vulnerabilidade em que os indivíduos ou domicílios se encontram. Essas estruturas de oportunidades podem ser percebidas através do mercado, da sociedade ou do Estado. São estruturas, portanto, que permitem ou bloqueiam a obtenção desses ativos. Para o caso brasileiro, considerar o território na explicação das desigualdades sociais torna-se ainda mais relevante, principalmente quando a análise procura enfocar a comparação entre os grandes espaços urbanos. Por um lado, há que considerar as diferenças sócioeconômicas entre as regiões brasileiras. Essas diferenças são justificadas pela própria formação social e econômica que o país teve desde a época em que ainda era colônia, mas que ganhou contornos específicos a partir, sobretudo, do momento em que avançou no processo de industrialização, mesmo considerando as transformações econômicas que se colocaram em curso nas últimas décadas (CANO, 2008). Por outro lado, é preciso ressaltar a complexidade do sistema urbano brasileiro, que até a década de 70 tendeu a concentrar parte significativa da

4 população em alguns centros urbanos, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, mas que sofreu modificações importantes a partir deste período, constituindo outros aglomerados urbanos no interior do país. A compreensão do território brasileiro tendo em vista sua formação sócio-econômica e, ao mesmo tempo, o modo como se desenvolveu o seu sistema urbano é importante para compreender as diferenças territoriais entre os principais aglomerados urbanos do país. De modo geral, o território desses espaços urbanos organiza-se de forma concêntrica, no sentido núcleo-periferia, onde no núcleo tende a concentrar a parcela da população com maiores rendimento e maior escolaridade e na periferia concentram-se os segmentos populacionais com as piores condições de escolaridade e renda, como são os casos de São Paulo, Brasília e Goiânia, por exemplo. Mas isso não se verifica em todos os grandes espaços urbanos brasileiros. Os demais GEUBs apresentam uma configuração urbana mais diversificada. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, a sua estrutura urbana se caracteriza pela existência de favelas incrustadas nas áreas mais elitizadas. Os aglomerados urbanos que serão considerados neste trabalho correspondem aos grandes espaços urbanos brasileiros (GEUBs) dotados de função metropolitana. Esses GEUBs foram definidos em estudo realizado pelo Observatório das Metrópoles para todo o sistema urbano brasileiro, onde foram definidos e hierarquizados 37 grandes espaços urbanos em todo Brasil, mas somente 15 com função metropolitana 1. Entendeu-se por função metropolitana a centralidade, definida por indicadores do grau de importância, aferindo a complexidade e diversidade de funções e sua abrangência espacial, e a natureza metropolitana, associada a níveis elevados de população e atividades, particularmente as de maior complexidade, e a centralidade que transcende a região. Além dos 15 GEUBs com função metropolitana serão acrescentados mais outros dois Maringá e Natal por interesse da pesquisa empreendida 2. Para facilitar a referência aos 17 GEUBs, todos serão mencionados como sendo metropolitanos. Assim, a questão que se coloca neste trabalho é a seguinte: é possível verificar alguma tendência entre as condições de acesso dos indivíduos à estrutura de oportunidades do mercado de trabalho de acordo e o contexto social de residência (entendido a partir do nível de escolaridade e composição de cor) nos grandes espaços urbanos brasileiros? Antes de responder a essa questão será necessário abordar, mesmo que em linhas gerais, alguns 1 Os 15 GEUBs com função metropolitana são: Belém, Belo Horizonte, Brasília (RIDE), Campinas, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador e São Paulo. 2 Os pesquisadores integram a Rede Observatório das Metrópoles, que entre as metrópoles constituintes da Rede fazem parte Maringá e Natal.

5 aspectos referentes às mudanças no mercado de trabalho nas décadas recentes e seu rebatimento nos grandes espaços urbanos brasileiros. 3. Mudanças no mercado de trabalho e desigualdades entre os GEUBs O mercado de trabalho brasileiro passou por transformações significativas nas últimas décadas. Essas transformações estão relacionadas, por um lado, pelas próprias mudanças que têm ocorrido na economia mundial; por outro lado, por mudanças particulares da economia brasileira. De fato, mesmo com todo o avanço no processo de industrialização que o Brasil experimentou até a década de 70, o mercado de trabalho brasileiro não se tornou homogêneo. As diferenças podiam ser visualizadas territorialmente, entre as regiões do país, apesar de naquele momento, pelo menos nos principais centros urbanos, o trabalho assalariado formal se constituir como uma das principais categorias do mercado de trabalho. Depois que o país sofreu os impactos da reestruturação produtiva colocadas em curso nos países centrais desde a década de 70 e no Brasil principalmente a partir do começo dos anos 90, além da própria crise do seu padrão produtivo, que se manifestou pelo problema do endividamento externo e pela pressão inflacionária nos anos 80, o mercado de trabalho brasileiro tornou-se ainda mais complexo. A partir desse momento, cada vez mais, foi necessário considerar a questão da informalidade, da subproletarização e, principalmente, do desemprego, tendo em vista que esses problemas tornaram-se agudos no caso brasileiro. Embora a emergência desses problemas tenha se constituído como tendência geral para todo o país, a estrutura pretérita do mercado de trabalho em cada uma das regiões brasileiras e as transformações sócio-econômicas viabilizadas, principalmente, a partir da década de 70 desconcentração econômica, aceleração do processo de industrialização agrícola, modificações no sistema urbano, etc., afetaram de forma diferenciada o mercado de trabalho nos principais aglomerados urbanos do país. O que se pretende considerar, neste trabalho, é que ocorreram mudanças que impactaram todo o país, mas o modo como essas mudanças se manifestaram em cada lugar se fez por decorrência da estrutura econômica anterior existente, que não era homogênea. Ao ter esse entendimento em perspectiva, será possível a avaliação das tendências gerais do mercado de trabalho dos GEUBs metropolitanos, mesmo que haja especificidades entre as suas regiões, como aqui foi ressaltado. Neste sentido, quando se consideram os efeitos da organização social do território sobre o mercado de trabalho, no que se refere ao

6 nível de rendimento, à fragilidade ocupacional e ao desemprego, está se considerando aspectos das mudanças que podem ser visualizadas em todos os espaços urbanos. A Tabela 1 apresenta os indicadores que possibilitam a análise das desigualdades no mercado de trabalho: rendimento médio, fragilidade ocupacional e taxa de desemprego. Esses indicadores foram calculados somente para pessoas compreendidas entre 25 e 59 anos de idade, tendo vista que se quer retratar o mercado de trabalho a partir de indivíduos que se encontram em idade de trabalhar e que, a rigor, não disputam com outros vínculos institucionais, como a escola, por exemplo, ou a inatividade, que pode ser adquirida a partir dos 60 anos de idade. O rendimento médio é defino pela razão entre o rendimento proveniente da ocupação e o número de ocupados. Quanto a essa variável, observa-se que há discrepâncias visíveis entre os GEUBs. O rendimento médio de São Paulo, que é o maior entre os GEUBs metropolitanos, corresponde a quase o dobro do encontrado para Fortaleza, que tem o menor rendimento médio. Além de São Paulo, os maiores rendimentos médios são de Brasília, Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre. Com a exceção de Brasília, os demais espaços urbanos situam-se na região Sul do país. Tabela 1: Rendimento médio, fragilidade ocupacional e taxa de desemprego das pessoas de 25 a 59 anos de idade nos grandes espaços urbanos brasileiros metropolitanos GEUBs Rendimento Fragilidade Taxa de Médio Ocupacional Desemprego Belém 746,42 41,5 14,3 Belo Horizonte 900,48 28,6 12,7 Campinas 1.121,07 27,1 11,3 Curitiba 1.044,06 29,3 10,1 Florianópolis 1.103,34 26,6 8,1 Fortaleza 662,07 39,6 12,1 Goiânia 910,58 38,7 8,4 Grande Vitória 857,71 32,1 12,6 Manaus 821,37 34,4 17,9 Maringá 827,99 34,9 8,6 Natal 716,32 33,7 12,8 Porto Alegre 952,35 26,6 10,2 Recife 736,49 31,9 17,2 RIDE DF 1.237,55 31,0 11,9 Rio de Janeiro 950,68 29,1 13,5 Salvador 790,83 28,8 18,0 São Paulo 1.261,39 27,8 13,8 Fonte: Censo Demográfico IBGE. Elaborado pelo Observatório das Metrópoles. O indicador de fragilidade ocupacional expressa a condição desfavorável do vínculo dos indivíduos no mercado de trabalho. Esse indicador é construído a partir das situações de

7 vínculo com o mercado de trabalho, sejam elas: (i) conta-própria que não contribui para o sistema de previdência, (ii) empregado doméstico com e sem carteira de trabalho assinada; e (iii) empregados sem carteira de trabalho assinada e não contribuinte para o sistema previdenciário oficial (RIBEIRO, RODRIGUES & CORREA, 2008). Em relação à fragilidade ocupacional, também há discrepâncias grandes entre os GEUBs metropolitanos, já que o índice varia entre 26,6% (Florianópolis) e 41,5% (Belém). Os que apresentam os maiores índices de fragilidade ocupacional são Belém, Fortaleza, Goiânia, Maringá, Manaus, Natal e Grande Vitória. À exceção dos dois primeiros, todos os demais são GEUBs que passaram a ter importância no sistema urbano brasileiro em momento posterior à década de 80. Por outro lado, verifica-se que desses GEUBs listados: dois GEUBs se situam na região Norte, dois na região Nordeste, um na região Centro-Oeste, um na região Sul, e um na região Sudeste. A taxa de desemprego, definida pela razão entre o número de desocupados e a população economicamente ativa, é a variável que apresenta a menor discrepância entre os GEUBs metropolitanos, embora o GEUB com menor taxa de desemprego registre 8,1% (Florianópolis) e o GEUB com a maior taxa registre 18% (Salvador). Essa variável parece atingir menos os GEUBs das regiões Sul e Centro-Oeste, já que nessas regiões nenhum GEUB apresenta elevadas taxas de desemprego. As maiores taxas, por sua vez, apresentam-se nos seguintes GEUBs: Salvador, Manaus, Recife, Belém, São Paulo, Rio de Janeiro, Natal e Belo Horizonte, em ordem decrescente de taxa de desemprego (Tabela 1). O rendimento médio e a fragilidade ocupacional possuem alta correlação de Pearson (- 0,62), isso quer dizer que, em termos gerais, quanto maior é o rendimento médio, menor é a fragilidade ocupacional nos GEUBs. Esse resultado sugere que, com o processo de reestruturação produtiva, as ocupações caracterizadas por vínculos frágeis colaboram para manter elevado o rendimento médio, quando há uma situação de elevado nível de desemprego, apesar de se mostrar de forma diferente em cada um dos GEUBs. O rendimento médio também está correlacionado com a taxa de desemprego, contudo é uma correlação fraca (-0,35). E não há uma correlação estatisticamente significativa entre a fragilidade ocupacional e a taxa de desemprego. Esses resultados sugerem que não há tendência geral no mercado de trabalho que podemos verificar entre os GEUBs, pelo menos quando se considera o desemprego correlacionado com outras variáveis, o que corrobora a idéia de que, embora o processo de reestruturação produtiva tenha se manifestado em todos os lugares, seus impactos no nível de fragilidade ocupacional e de desemprego se deram de

8 forma diferente por decorrência da estrutura econômica que se diferenciava entre os espaços urbanos. Neste sentido, os impactos das mudanças ocorridas no mercado de trabalho podem ter se manifestado de forma mais evidente no território, tendo em vista que tanto o desemprego quanto a precarização do trabalho tornam mais difícil o acesso à terra urbana, o que leva à concentração de indivíduos em situação de vulnerabiliadade em espaços menos valorizados (CEPAL, 2007). Assim, poderemos verificar se há tendência geral entre a organização social do território e as desigualdades do mercado de trabalho. 4. Características do nível de escolaridade e cor dos indivíduos nos GEUBs A distinção no espaço social de cada um dos GEUBs metropolitanos será feito, por um lado, através do nível de escolaridade e, por outro lado, por meio da cor dos indivíduos, mesmo considerando que estrutura social seja mais complexa que as variáveis que estamos utilizando. O fato é que a escolaridade serve como um bom indicador de estratificação social, uma vez que indivíduos com anos de estudos elevados tende a se diferenciar socialmente de indivíduos com baixa escolarização. A cor ou raça dos indivíduos, entretanto, pode ser utilizada para retratar o espaço social, porque historicamente os negros sempre foram discriminados socialmente, o que leva indivíduos com essa característica a ter menos possibilidade de se posicionar nas camadas superiores da sociedade, fazendo com que esta variável sirva também como um bom indicador de estratificação social (HASENBALG & SILVA, 1988; HASENBALG, 1979). Isso porque se está considerando que indivíduos (ou agentes) que possuem determinadas características ou que são dotados de certos capitais (cultural, econômico ou social) tendem a se concentrar em lugares específicos no espaço social (BOURDIEU, 1997). Como o território (ou contexto social de residência) será operacionalizado, para fins deste trabalho, através do nível de escolaridade e da cor, seja na dimensão individual, seja na dimensão do território, nesta seção serão apresentados os dados descritivos dessas variáveis em cada um dos GEUBs metropolitanos, tendo em vista que estes espaços também se diferenciam quanto à sua estrutura de escolaridade e sua composição de cor. Tabela 2: Pessoas de 25 a 59 anos de idade segundo as faixas de anos de escolaridade dos grandes espaços urbanos brasileiros metropolitanos (em %) GEUBs até 4 Faixa de escolaridade (em anos) mais 4 até 8 mais de 8 até 11 mais de 11 Total

9 Belém 24,7 38,7 26,5 10,0 100,0 Belo Horizonte 33,0 36,4 18,5 12,1 100,0 Campinas 32,1 37,8 17,4 12,7 100,0 Curitiba 31,5 33,5 20,2 14,8 100,0 Florianópolis 25,1 33,1 22,4 19,5 100,0 Fortaleza 40,0 33,1 18,2 8,7 100,0 Goiânia 29,2 35,6 22,5 12,8 100,0 Grande Vitória 30,6 35,9 22,3 11,3 100,0 Manaus 26,7 38,7 26,6 8,0 100,0 Maringá 33,5 35,1 18,9 12,5 100,0 Natal 37,6 31,4 20,2 10,8 100,0 Porto Alegre 28,7 37,6 19,3 14,4 100,0 Recife 33,9 34,0 20,3 11,8 100,0 RIDE DF 31,1 32,8 21,4 14,6 100,0 Rio de Janeiro 25,6 36,5 22,8 15,1 100,0 Salvador 28,8 34,3 26,1 10,7 100,0 São Paulo 28,2 38,1 20,0 13,7 100,0 Total 29,5 36,3 21,0 13,2 100,0 Fonte: Censo Demográfico IBGE. Elaborado pelo Observatório das Metrópoles. As faixas de escolaridade variam muito entre os GEUBs metropolitanos, como se pode observar na Tabela 2. Na faixa de até quatro anos de estudo, observa-se que Belém é o GEUB com o menor nível, apresentando 24,7% das pessoas de 25 a 59 anos de idade. Por outro lado, Fortaleza possui o maior nível nessa faixa de escolaridade, com 40% das pessoas de 25 a 59 anos de idade. A variação da distribuição de pessoas nessa faixa de escolaridade não segue, a rigor, uma tendência regional, pois em todas as regiões brasileiras há GEUBs com níveis altos de pessoas com até quatro anos de estudo. Porém, quando se analisa a outra faixa extrema dos níveis de escolaridade, pessoas de 25 a 59 anos de idade com mais de 11 anos de estudo, observa-se que os GEUBs com maiores níveis concentram-se nas regiões Sul e Sudeste, além, é claro, de Brasília. Os GEUBs com os piores resultados, nessa faixa, são Manaus e Fortaleza, que possuem apenas 8% e 8,7%, respectivamente.

10 Florianópolis Porto Alegre Curitiba Campinas Maringá São Paulo Goiânia Rio de Janeiro Belo Horizonte RIDE DF Grande Vitória Natal Recife Fortaleza Manaus Belém Salvador % Gráfico 1 Composição por cor da população nos grandes espaços urbanos brasileiros metropolitanos Branca Preta Parda Outras A composição dos indivíduos segundo a cor entre os GEUBs metropolitanos é muito diferente, como podemos observar no Gráfico 1. Os GEUBs da região Sul são os que possuem a maior participação de pessoas de cor branca. Por outro lado, os GEUBs das regiões Norte e Nordeste são os que apresentam a maior participação de pessoas de cor parda. No entanto, para fins da presente análise consideraremos apenas os indivíduos de cor preta, dado a hipótese de que os mecanismos de discriminação e desigualdades raciais atuam a partir da distinção pela cor da pele. Outra observação é que, diferentemente dos demais estudos que analisam o território a partir da concentração populacional de negros (categoria de análise construída a partir da junção das categorias de preto e pardo), desconsideraremos para fins de construção dessa variável a categoria de pardos, já que a presença de pessoas de cor parda, principalmente nos GEUBs da região norte, pode dissimular a representação de mestiços com origens indígenas, o que não estamos considerando neste caso. Ou seja, a cor preta é a que possibilita uma melhor compreensão da composição da cor dos territórios de cada GEUB. Na comparação entre os GEUBs, deve-se considerar que existe uma diferença regional entre os percentuais de população de cor preta. Por exemplo, Salvador apresenta participação muito superior a observada em outros GEUBs, com 20% de pessoas com essa característica, quase o dobro do Rio de Janeiro (10,5%), que ocupa a segunda posição no ranking da participação de pessoas de cor preta. Tanto os GEUBs da região Sul quanto os GEUBs da região Norte do país apresentam baixa participação de pessoas de cor preta, o que reflete a concentração dessa população em lugares específicos do território nacional. Essa diferente concentração geográfica diz respeito ao histórico do escravismo no Brasil como bem destacou Hasenbalg (1979).

11 Com base nessa verificação descritiva sobre escolaridade e cor nos GEUBs metropolitanos, onde foi possível observar suas diferenças, torna-se relevante verificar em que medida o contexto territorial, visto a partir desses aspectos, tem efeito sobre as desigualdades expressas no mercado de trabalho. É sobre isso que tratará a seção seguinte. 5. Efeito do contexto social por cor e escolaridade sobre o mercado de trabalho Nesta seção, faremos a análise do efeito do contexto social de residência dos indivíduos entre 25 e 59 anos sobre as situações de acesso à estrutura de oportunidades no mercado de trabalho (rendimento da ocupação principal, fragilidade ocupacional e desemprego). O contexto social de residência é entendido a partir da composição de cor e do nível de escolaridade do território 3. Ou seja, nesse ponto buscamos evidenciar, por um lado, os efeitos da diferente concentração de indivíduos de cor preta nas áreas internas dos GEUBs sobre as situações no mercado de trabalho. Por outro lado, buscamos evidenciar os efeitos das diferentes concentrações de indivíduos com baixa escolaridade (indivíduos com até 4 anos de estudo) sobre essas mesmas situações. Entendemos aqui o contexto social de residência como resultado de uma hierarquia socioespacial dos territórios dos grandes espaços metropolitanos de forma que as diferentes concentrações de indivíduos com esses dois atributos expressam a forma como a estrutura social se inscreve no espaço físico (BOURDIEU, 1997), principalmente no caso da concentração de indivíduos com baixa escolaridade. Já no caso da concentração de indivíduos de cor preta no território, entendemos que essas diferentes concentrações nas áreas internas do GEUBs expressam também a sua posição na estrutura social, contudo não pela sua característica de cor exclusivamente o que consistiria uma segregação racial extrema como nos EUA, que não corresponde à realidade brasileira como destacou Telles (2003) mas sim de um status social que conjuga poder aquisitivo e cor. Tomamos como hipótese que a grande concentração de indivíduos com baixa escolaridade e de cor preta no território, a partir de mecanismos de reprodução das desigualdades sociais expressos pelos trabalhos de Wilson (1987) e Kaztman (1999), possui efeitos sobre a forma como os indivíduos acessam a estrutura de oportunidades do mercado de trabalho, seja no acesso ao emprego, a uma ocupação estável, ou a uma melhor renda. 3 Consideraremos como unidade territorial a unidade geográfica criada pelo próprio IBGE para a divulgação dos dados da amostra, obedecendo a critérios estatísticos. Cada uma dessas unidades geográficas é formada por um agrupamento mutuamente exclusivo de setores censitários, para a aplicação dos procedimentos de calibração das estimativas com as informações conhecidas para a população como um todo (IBGE, 2001).

12 Essas hipóteses não serão testadas no presente trabalho, contudo os resultados empíricos aqui apresentados têm como objetivo oferecer elementos para uma discussão mais aprofundada sobre esses mecanismos. Dado a complexidade da relação entre as diferentes variáveis consideradas a fim de explicar as condições de acesso à estrutura de oportunidades no mercado de trabalho, utilizamos de métodos de análise multivariada que nos permitem relacionar as variações das diferentes variáveis consideradas em relação à incidência e variação das situações que queremos explicar. A fim de evitar o erro de atribuir à grande concentração de indivíduos de cor preta e com baixa escolaridade no território um efeito que seria puramente individual dado que essas variáveis apresentam efeitos sobre as condições de acesso à estrutura de oportunidades no mercado de trabalho acrescentaremos aos modelos de regressão tanto variáveis de nível individual que correspondem à cor e à escolaridade do indivíduo, como também as variáveis do território acima mencionadas. Além dessas variáveis do indivíduo que chamamos de variáveis de controle, inserimos também a idade, o sexo, e para o caso do nível de rendimento da ocupação principal inserimos também um indicador de ocupação frágil. Contudo, não apenas variáveis de nível individual e do território afetam as situações no mercado de trabalho como também algumas características do domicílio ou da família como a renda per capita familiar e o clima educativo domiciliar 4. O uso de modelos de análise multivariada como os modelos de regressão logística (risco de desemprego e de fragilidade ocupacional) e linear múltipla (renda da ocupação principal) aqui apresentados não pretendem estabelecer relações de causalidade entre as variáveis explicativas (variáveis de controle e variáveis de interesse) e as variáveis dependentes (risco de desemprego, fragilidade ocupacional e rendimento da ocupação principal) cuja variação queremos explorar, mas são excelentes ferramentas que permitem medir o quanto a variação de variáveis explicativas estão relacionadas ou explicam a variação das variáveis dependentes. Com base na Tabela 3 do Anexo I, os resultados do modelo de regressão logística, que estima os efeitos das variáveis consideradas sobre o rendimento proveniente da ocupação principal tendo como população de referência indivíduos entre 25 e 59 anos de idade, demonstram o peso que o percentual de indivíduos com baixa escolaridade tem sobre o nível de rendimentos. Por exemplo, no caso da RIDE do Distrito Federal, um indivíduo que esteja em todos os níveis de referência aqui considerados (Branco, Homem, com alta escolaridade, com 4 O clima educativo do domicílio é construído a partir da média de anos de estudo dos indivíduos de 25 anos ou mais pertencentes ao domicílio. A escolha dessa variável se justifica pela possibilidade de considerarmos a concentração de pessoas que vivem nos planos da família em situações de maior ou menor chance de acesso a recursos que potencializam o seu posicionamento na estrutura de oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho (KAZTMAN, 1999).

13 idade acima de 40 anos, residente em domicílio com alta escolaridade e em território com baixa concentração de pretos) tem a sua renda diminuída em 26% a cada unidade de desvio padrão que se distancie da média do percentual de indivíduos com baixa escolaridade no território em que reside. Ou seja, mesmo controlando a variação da renda por outras variáveis no nível individual e domiciliar, a concentração de indivíduos com baixa escolaridade afeta em grande medida a média do rendimento de indivíduos alocados nas situações que tomamos como referência. Temos como resultado deste coeficiente um elevado grau de segregação e os seus efeitos sobre as condições de acesso a estrutura de oportunidades no mercado de trabalho. Para indivíduos residentes nestes territórios que apresentam um maior nível de escolaridade a sua situação de acesso à estrutura de oportunidades no mercado de trabalho também é afetada pelo contexto social. Mesmo que consideremos que os mecanismos de reprodução das desigualdades que operam no território afetem de maneira diferenciada indivíduos com níveis diferentes de escolaridade, esses indivíduos estão também expostos aos mesmos mecanismos que não operariam com a mesma intensidade em territórios onde essa concentração de baixa escolaridade fosse menor. Agora tomando como exemplo o GEUB do Rio de Janeiro, o mesmo pode ser evidenciado com relação à concentração de indivíduos de cor preta no território. O que nos chama a atenção é o fato de que mesmo controlando pela concentração de baixa escolaridade no território, o que segue no sentido da hipótese de uma segregação residencial e os seus efeitos sobre as condições de acesso à estrutura de oportunidades no mercado de trabalho, o fato do indivíduo residir em territórios com grande concentração de indivíduos de cor preta afeta o seu nível de rendimentos, mesmo que este indivíduo esteja alocado nos níveis de referência considerados. Neste caso, a média de rendimentos para o grupo de referência diminui em 17% aproximadamente caso acrescentemos em uma unidade o desvio padrão da média da proporção de pretos no território. Ou seja, conforme aumenta a concentração de indivíduos de cor preta, menor é o nível de rendimentos obtidos pela ocupação principal tomando-se o mesmo grupo de referência. Esse resultado encontrado para o GEUB do Rio de Janeiro, assim como para o de Salvador coincide com os resultados já destacados pela literatura sobre segregação racial (COSTA PINTO, 1998; TELLES, 2003; GARCIA, 2008). Contudo, os resultados aqui encontrados não nos permitem fazer considerações acerca da relação entre segregação residencial e segregação racial, ou mesmo se existe realmente uma segregação racial nos GEUBs onde o resultado encontrado possui elevada grandeza em relação aos demais GEUBs. O que podemos afirmar é que o fato de que mesmo com o controle do percentual de baixa escolaridade encontramos um efeito significativo para a concentração de pretos no

14 território cor, oferece novos elementos empíricos para o debate sobre segregação racial no Brasil. Quando se compara as áreas onde há concentração de indivíduos com baixa escolaridade entre os GEUBs metropolitanos, observa-se que o efeito do território sobre o nível de rendimento segue uma mesma tendência, na medida em que indivíduos com nível de escolaridade baixa tendem a auferir ganhos menores se comparado aos indivíduos com concentrados em contexto territoriais caracterizados por níveis mais elevados de escolaridade, embora haja variação entre os GEUBs. Mas quando se verifica o contexto territorial a partir da cor dos indivíduos, há diferenças entre os GEUBs metropolitanos. No entanto, alguns resultados são relevantes, tendo em vista as diferenças evidenciadas entre esses espaços. De modo geral, os contextos onde há concentração de pessoas de cor preta os indivíduos tendem a auferir rendimentos menores que os contextos em que se concentram pessoas de cor branca. Ganham relevo os GEUBs de Salvador e Rio de Janeiro, por serem os únicos a apresentar um resultado com dois dígitos, que são 12,5% e 16,8%, respectivamente. Por outro lado, observa-se que nos GEUBs de Fortaleza e Maringá o efeito de concentração de indivíduos de cor preta é positivo, na medida em que os indivíduos aí localizados tendem a auferir maior renda, embora o resultado seja muito pequeno, 0,5% e 1,2%, respectivamente. Ao considerar os resultados do modelo logístico para o risco de desemprego, as evidências se mostram um pouco diferentes em relação ao nível de rendimentos, apesar de encontrarmos, na maioria dos GEUBs, efeitos significativos para as variáveis de concentração de baixa escolaridade e de pretos no território. Neste caso, com base na Tabela 4 do Anexo I, evidenciamos em alguns GEUBs um efeito considerável do percentual de pretos no território, e em alguns casos o efeito é até maior do que o evidenciado para a concentração no território de indivíduos com baixa escolaridade. Por exemplo, no caso do GEUB de Curitiba, o efeito para a concentração de baixa escolaridade no território apesar de significativo é quase igual a 1, ou seja, o acréscimo de uma unidade no desvio padrão da média de concentração de indivíduos com baixa escolaridade no território quase não altera a probabilidade desse indivíduo estar em situação de desemprego; porém, quando observamos o efeito encontrado para o percentual de pretos no território, o risco de desemprego aumenta em 1,38 vezes (isto é, 38%) quando acrescentamos uma unidade de desvio padrão na média da concentração de pretos nos territórios desse GEUB. Portanto, podemos dizer que o nível de desemprego é pouco afetado pela segregação residencial vista pela ótica do nível de escolaridade, contudo, o nível de desemprego é bastante sensível à concentração de indivíduos de cor preta no território. Poderíamos dizer então nesse caso que indivíduos residentes em territórios com grande

15 concentração de indivíduos de cor preta sofrem mais os efeitos do contexto social de residência, do que indivíduos residentes em territórios com elevada concentração de pessoas com baixa escolaridade. Esse resultado é ainda mais evidente quando comparamos com os efeitos evidenciados para o GEUB de Salvador, por exemplo, onde o risco de desemprego aumenta em 22% com o aumento da concentração de pretos no território, portanto, um efeito mais baixo do que o evidenciado para o GEUB de Curitiba apesar do percentual de indivíduos de cor preta no GEUB de Salvador ser maior. O mesmo resultado pode ser visto também nos demais GEUBs da Região Sul (Curitiba, Maringá, Florianópolis e Porto Alegre), além de Campinas e Vitória, o que nos leva a indagações acerca da inexistência de um questionamento acerca das desigualdades raciais nesses GEUBs em comparação com Rio de Janeiro e Salvador, que são casos paradigmáticos para o estudo das desigualdades raciais devido ao grande percentual de indivíduos de negros (pretos e pardos). Ou seja, apesar do percentual pequeno de indivíduos de cor preta podemos dizer que estes estão mais segregados nos GEUBs do Sul, Campinas e Vitória; e, portanto, sofrem mais os efeitos do contexto social de residência do que no Rio de Janeiro e em Salvador? Conforme dito anteriormente, a fragilidade ocupacional não apresenta relação significativa com a situação de desemprego quando comparamos os resultados para o conjunto dos GEUBs, o que não impede que tenhamos como hipótese que a fragilidade ocupacional seja uma das principais saídas para o risco de desemprego e, portanto, afeta mais os segmentos populacionais mais vulneráveis ao desemprego (indivíduos com baixa escolaridade, pretos e pardos, mulheres, etc.). Nesse sentido, os resultados para o modelo logístico considerando a situação de fragilidade ocupacional oferecem elementos no sentido da hipótese anterior (Tabela 5 do Anexo I). Ou seja, podemos observar, em todos os GEUBs, efeitos elevados para o risco de fragilidade ocupacional considerando os indivíduos com baixa escolaridade. O mesmo raciocínio pode ser feito em relação aos efeitos encontrados para a concentração de indivíduos com baixa escolaridade no território. Apesar de ser um efeito pequeno, se comparado com os resultados encontrados para a situação de desemprego, quanto maior a concentração de indivíduos com essa característica no território maior é o risco de fragilidade. Por outro lado, a maioria dos GEUBs apresenta efeitos não significativos ou um decréscimo no risco de fragilidade conforme o aumento no território da concentração de indivíduos de cor preta. Os demais GEUBs apresentam um efeito de acréscimo em torno de 5%. A única exceção a essa lógica é o GEUB de Porto Alegre onde o risco de fragilidade ocupacional aumenta em 20% conforme o aumento na concentração de indivíduos de cor preta no território, ao mesmo tempo em que o risco de fragilidade diminui em 2% conforme o

16 aumento na concentração. Uma hipótese que podemos levantar é que por ter se caracterizado como uma metrópole operária, por muito tempo, a escolaridade não se coloca como um aspecto importante para o acesso a estrutura de oportunidade do mercado de trabalho, tendo em vista a fragilidade ocupacional, uma vez que as ocupações da indústria tradicional não requeriam, em linhas gerais, níveis de escolarização para seu exercício, o que coloca no mesmo patamar indivíduos em contextos de escolaridades diferentes. Por outro lado, embora haja uma participação pequena de pessoas de cor preta no GEUB de Porto Alegre, como visto antes, podemos levantar como hipótese que os indivíduos em contextos segundo essas características têm mais risco em relação à fragilidade ocupacional por se configurar nessa metrópole uma segregação racial. Embora com estruturas sócio-econômicas diferentes, poderíamos pensar na hipótese de haver uma segregação racial também nos GEUBs de Recife, Maringá, Belém, Natal, Manaus e São Paulo; contudo, explorar essa hipótese exigiria estudos de outra ordem sobre as relações raciais no Brasil. 6. Considerações finais Este trabalho procurou discutir o efeito do contexto social do território, visto a partir da composição de cor dos indivíduos e o nível de escolaridade, sobre a estrutura de oportunidade do mercado de trabalho, que considerou o nível do rendimento, o desemprego e a fragilidade ocupacional, entre os GEUBs metropolitanos. Em linhas gerais, salvo algumas exceções, o contexto social do território apresentou-se significativo em todos os GEUBs, tanto compreendido segundo a cor dos indivíduos quanto referente à escolaridade, embora diferenças foram também evidenciadas entre os GEUBs aqui considerados. Em relação aos rendimentos, as piores chances são encontradas nos GEUBs Rio de Janeiro e Salvador onde o contexto territorial predomina indivíduos de cor preta. Por outro lado, Fortaleza e Maringá, em contextos com essas características, o efeito é positivo, embora pequeno. Em contextos que predominam indivíduos de baixa escolaridade há menos chances quanto aos rendimentos, embora haja variação entre os GEUBs. O efeito territorial sobre o desemprego é desfavorável para os contextos em que predominam indivíduos com baixa escolaridade, com exceção de Curitiba e Porto Alegre, apesar do efeito não ser tão favorável. Quando o contexto territorial é verificado segundo a cor dos indivíduos, para os GEUBs que apresentam resultados significativos, os riscos de desemprego são maiores para indivíduos que estão em contextos que predominam pessoas de cor preta.

17 Quando se considera a fragilidade ocupacional, o efeito territorial é desfavorável para indivíduos que se localizam em contextos sociais que predomina a baixa escolaridade,exceto Porto Alegre, que apresenta resultado em que não há muita diferença entre os contextos definidos pela escolaridade, e Recife, em que o resultado não foi significativo. Quando se verifica o contexto territorial segundo a cor dos indivíduos, percebem-se muitas diferenças entre os GEUBs, apesar de ter apresentado, de maneira geral, resultado baixo para o efeito da concentração de cor no território sobre o risco de fragilidade ocupacional. Podemos considerar que o território além de ser um aspecto importante para compreender o acesso à estrutura de oportunidade, como tem sido ressaltado por Kaztman (1999), o modo como ele é compreendido, tendo em vista as características dos indivíduos que o define, também expressa a estrutura social inscrita no espaço físico, o que dimensiona o espaço social (Bourdieu, 1997). Isso quer dizer que tanto o volume do capital dos indivíduos, quanto à composição desse capital, estão referidos no espaço social, o que revela a importância do território para as análises da reprodução de desigualdades sociais. Todavia, reconhecer a importância do território não é suficiente para entender os mecanismos que fazem com ele tenha relevância sobre a reprodução das desigualdades sociais. W. J. Wilson (1987) procurou demonstrar que a concentração de indivíduos negros pobres num mesmo território faz com que esses indivíduos tenham menos possibilidade de sair da situação em que se encontram e tendem a reproduzir a pobreza existente. Para o caso brasileiro, embora essas considerações sejam importantes, precisamos indagar se os mecanismos verificados em Chicago agem aqui da mesma forma, tendo em vista as diferenças da formação e estrutura sócio-econômica. Embora os dados utilizados nesse trabalho sejam insuficientes para responder a essa questão, foi verificado que a concentração de pessoas de cor preta ou mesmo de baixa escolaridade fazem com que elas tenham menos condições de acesso à estrutura de oportunidades do mercado de trabalho, principalmente quando se verifica a chance em relação aos rendimentos e o risco sobre o desemprego, para quaisquer indivíduos residentes nesses contextos. Referência bibliográfica BOURDIEU, P. (1997), Efeitos do lugar, In: BOURDIEU, P. (org.) A Miséria do Mundo. Rio de Janeiro, Editora Vozes.

18 CANO, W. (2008) Desconcentração produtiva regional do Brasil: ª ed. São Paulo: Editora UNESP. CEPAL. PANORAMA SOCIAL DE AMERICA LATINA, Santiago Chile,2007. GARCIA, Antonia dos Santos. (2009). Desigualdades raciais e segregação urbana em antigas capitais: Salvador, cidade D Oxum e Rio de Janeiro, cidade de Ogum. Rio de Janeiro, Garamond. HALSENBALG, C. (1979), Discriminação e desigualdades raciais no Brasil. Rio de Janeiro, Graal. & SILVA, N. do V. (1988). Estrutura Social, Mobilidade e Raça. Rio de Janeiro, IUPERJ/VÉRTICE. IBGE (2002), Censo Demográfico de 2000: Documentação dos microdados da amostra. Rio de Janeiro, IBGE. KAZTMAN, R. (2001). Activos y Estructuras de Oportunidades: estudios sobre las raices de la vulnerabilidad social en el Uruguay. Santiago de Chile, Revista de la CEPAL, n. 62. PINTO, Luís Aguiar Costa. (1998). O negro no Rio de Janeiro: relações de raça numa sociedade em mudanza. Rio de Janeiro, UFRJ. RIBEIRO, L. C. Q; RODRIGUES, J. M. & CORREA, F. S. (2008). Território e Trabalho: Segregação e Segmentação Urbanas e Oportunidades Ocupacionais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. XVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS. Anais. Caxambu. SILVA, N. V. (1978), White-Nonwhite income differentials: Brasil, 1960, Ann Abor: University of Michigan (PhD Tesis). TELLES, E. (2003), Racismo à brasileira: uma nova perspectiva sociológica. Rio de Janeiro, Relume-Dumará/Fundação Ford. WILSON, W. J. (1987). The Truly Disadvantaged: The Inner City, the Underclass and Public Policy. Chicago, The University of Chicago Press.

19 ANEXO I Tabela 3: Estimação do efeito do contexto social sobre o rendimento da ocupação principal (continua) Percentual de explicação Variáveis selecionadas Grande Belém Fortaleza Natal Recife Salvador Belo Horizonte Vitória Rio de Janeiro São Paulo Indivíduo Anos de estudo de 0 a 4-15,5% -21,7% -15,4% -18,3% -17,1% -21,6% -16,7% -18,0% -19,6% Anos de estudo de 5 a 8-12,5% -15,9% -11,9% -14,0% -13,1% -16,1% -13,3% -15,2% -15,6% Idade de 30 a 34 anos -10,6% -8,7% -10,3% -8,8% -10,3% -8,9% -8,5% -7,5% -8,6% Idade de 35 a 39 anos -5,9% -4,3% -5,9% -5,3% -5,7% -4,8% -5,3% -4,6% -4,7% Preto ou Pardo -7,8% -7,3% -8,0% -8,4% -11,8% -8,1% -10,1% -8,5% -8,0% Mulher -23,6% -23,8% -25,4% -22,0% -22,8% -25,5% -27,0% -21,8% -23,9% Ocupação frágil -21,0% -16,5% -15,7% -19,4% -20,1% -17,4% -18,9% -17,6% -18,0% Domicílio Clima educativo domiciliar de até 4 anos -17,2% -25,6% -24,9% -22,4% -18,6% -24,0% -21,0% -17,7% -19,9% Clima educativo domiciliar de 5 a 8 anos -16,3% -17,9% -18,4% -17,8% -15,0% -17,7% -16,2% -16,0% -17,3% Território Porcentagem de indivíduos com baixa escolaridade -19,0% -21,3% -23,2% -18,2% -15,0% -20,8% -20,2% -11,2% -21,2% Porcentagem de pretos -1,6% 0,5% n.s. -7,6% -12,5% -1,5% -4,9% -16,8% -4,5% Variáveis selecionadas Percentual de explicação (conclusão) Campinas Curitiba Maringá Florianópolis Porto Alegre Goiânia RIDE DF Manaus Indivíduo Anos de estudo de 0 a 4-20,3% -16,9% -15,5% -19,0% -18,8% -16,8% -21,1% -16,4% Anos de estudo de 5 a 8-14,7% -13,0% -11,6% -16,0% -15,8% -12,7% -15,8% -14,5% Idade de 30 a 34 anos -8,8% -7,7% -9,1% -12,6% -8,7% -7,3% -10,3% -10,6% Idade de 35 a 39 anos -4,2% -3,5% -3,9% -6,8% -5,0% -3,3% -5,1% -4,6% Preto ou Pardo -7,2% -6,3% -8,6% -6,3% -7,0% -5,9% -7,1% -9,1% Mulher -27,2% -27,1% -30,6% -26,2% -24,6% -29,0% -19,0% -22,9% Ocupação frágil -18,3% -17,5% -17,6% -16,3% -21,0% -14,3% -19,8% -22,3% Domicílio Clima educativo domiciliar de até 4 anos -25,0% -23,1% -27,3% -22,1% -23,6% -21,2% -20,9% -19,1% Clima educativo domiciliar de 5 a 8 anos -19,7% -16,3% -19,1% -17,3% -17,7% -15,5% -14,3% -17,7% Território Porcentagem de indivíduos com baixa escolaridade -19,2% -23,8% -20,6% -16,8% -20,3% -25,3% -26,0% -14,7% Porcentagem de pretos -1,8% -1,7% 1,2% n.s. -1,7% -4,2% -3,9% -0,8% Fonte: Tabulação própria com base nos dados do Censo IBGE Nota: (n.s.) = coeficiente não significativo ao nível de confiança de 5% (α = 0,05)

20 Variáveis selecionadas Tabela 4: Estimação do efeito do contexto social sobre situação de fragilidade ocupacional por Região Metropolitana Risco relativo Belém Fortaleza Natal Recife Salvador Belo Horizonte Grande Vitória Rio de Janeiro Indivíduo Anos de estudo de 0 a 4 2,17 2,49 2,35 2,32 2,34 2,40 2,15 2,35 2,28 Anos de estudo de 5 a 8 1,82 1,97 1,82 1,84 1,87 1,96 1,74 1,89 1,87 Idade de 30 a 34 anos n.s. 0,96 1,14 n.s. 1,07 1,01 1,08 1,01 0,97 Idade de 35 a 39 anos 1,03 0,99 1,05 n.s. 1,04 1,02 1,05 1,02 0,98 Preto ou Pardo 1,06 1,10 1,08 1,07 1,07 1,09 1,08 1,12 1,08 Mulher 1,33 1,27 1,16 1,50 1,56 1,56 1,47 1,78 1,47 Domicílio Renda familiar per capita até 1/2 SM 0,89 0,84 0,79 0,83 0,90 0,81 0,80 0,73 0,65 Renda familiar per capita de 1/2 SM a 1 SM 1,19 1,05 1,02 1,14 1,17 1,08 1,07 1,13 1,06 Clima educativo domiciliar de até 4 anos 1,35 1,22 1,48 1,32 1,31 1,24 1,31 1,34 1,27 Clima educativo domiciliar de 5 a 8 anos 1,24 1,02 1,25 1,17 1,13 1,12 1,25 1,18 1,16 Território Porcentagem de indivíduos com baixa escolaridade 1,17 1,14 1,07 n.s. 1,08 1,03 1,22 1,25 1,05 Porcentagem de pretos 1,04 n.s. 1,04 1,08 n.s. 0,97 0,85 0,91 1,02 Variáveis selecionadas Risco relativo (conclusão) Campinas Curitiba Maringá Florianópolis Porto Alegre Goiânia RIDE DF Manaus Indivíduo Anos de estudo de 0 a 4 2,56 2,39 1,92 2,22 2,23 1,89 2,76 2,18 Anos de estudo de 5 a 8 2,04 1,93 1,64 1,91 1,82 1,75 2,21 1,88 Idade de 30 a 34 anos 0,94 0,97 n.s. 1,21 0,97 1,03 1,08 n.s. Idade de 35 a 39 anos 0,96 0,98 1,03 1,20 1,03 n.s. 1,06 n.s. Preto ou Pardo 1,13 1,05 1,08 1,09 n.s. 1,01 1,07 1,07 Mulher 1,62 1,31 1,16 1,25 1,41 1,22 1,29 1,09 Domicílio Renda familiar per capita até 1/2 SM 0,69 0,83 0,88 0,81 1,10 0,82 0,89 0,82 Renda familiar per capita de 1/2 SM a 1 SM 1,09 1,09 1,12 1,15 1,30 1,08 1,18 1,15 Clima educativo domiciliar de até 4 anos 1,36 1,14 1,41 1,46 1,30 1,41 1,38 1,32 Clima educativo domiciliar de 5 a 8 anos 1,22 1,06 1,27 1,20 1,18 1,28 1,22 1,20 Território Porcentagem de indivíduos com baixa escolaridade 1,16 1,14 1,11 1,13 0,98 1,17 1,28 1,12 Porcentagem de pretos n.s. n.s. 1,05 0,98 1,20 0,92 0,80 1,04 Fonte: Tabulação própria com base nos dados do Censo 2000 IBGE Nota: (n.s.) = coeficiente não significativo ao nível de confiança de 5% (α = 0,05) (continua) São Paulo

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