ARBITRAGEM NO BRASIL

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1 NO BRASIL SOLUÇÃO AMIGÁVEL DE CONFLITOS Aspectos Históricos Conflitos e Arbitragem Deontologia Arbitral Jurisdição Arbitral Aspectos Legais Procedimento Considerações finais

2 Aspectos Históricos Conflitos e Arbitragem Deontologia Arbitral Jurisdição Arbitral Aspectos Legais Prodecimento Considerações finais Aspectos Históricos Grécia; Roma; Idade Média; Idade Moderna.

3 Grécia Aspectos Históricos : a.c. Grécia: 500 a.c. Sócrates: a.c. Guerras: Persas Tróia Peloponeso (Péricles) Paidéia Motivo das Guerras: Riqueza Poder Soberania Conflitos Cidades-Estado: DIREITO INTERMUNICIPAL (Nazo) Tratado de Paz: ATENAS e ESPARTA (445 a.c.) Roma Aspectos Históricos Fundação de Roma: 753 a.c. 450 a.c. Lei das Doze Tábuas DIREITO CIVIL. Guerras Púnicas: 1 264; 2 218; : Conflitos entre Estados. Particulares: jus peregrino e praetor peregrinus. Pretor: compromissum PACTO LITÍGIO.

4 Idade Média Aspectos Históricos Escuridão Jurídica: NÃO HÁ LEIS - Bárbaros Garantias jurisdicionais inexistentes. Fraqueza dos Estados variedade de ordenamentos. Conflitos entre Estado e Igreja. Contratos Mercantis e Marítimos: CLÁUSULA. JUDICIAL: Revelia ou falta de cooperação do árbitro. Idade Moderna Aspectos Históricos Ressurgimento da Arbitragem: 1794 (Tratado Jay) GBxEU Nazo: Importância da Arbitragem séc. XIX. 1883: - Convenção de Paris Estoc. 14/07/1967. Tratados e Convenções Internacionais: Dir. Internacional. Grupos Econômicos: U. E. MERCOSUL ALCA. Sentença Estrangeira: Homologação. Reconhecimento.

5 2.ª Fase: 1.ª Fase: Aspectos Históricos Os conflitos entre particulares são, em regra, resolvidos pela força (entre a vítima e o ofensor, ou entre os grupos de que cada um deles faz parte), mas o Estado então incipiente intervém em questões vinculadas à religião; e os costumes vão estabelecendo, paulatinamente, regras para distinguir a violência legítima da ilegítima. Aspectos Históricos Surge o arbitramento facultativo: a vítima, em vez de usar a vingança individual ou coletiva contra o ofensor, prefere, de acordo com este, receber uma indenização que a ambos pareça justa, ou escolher um terceiro (o árbitro) para fixá-la.

6 4.ª Fase: 3.ª Fase: Aspectos Históricos Nasce o arbitramento obrigatório: o facultativo só era utilizado quando os litigantes o desejassem e, como esse acordo nem sempre existia, daí resultava que, as mais das vezes, se continuava a empregar a violência para a defesa do interesse violado; por isso o Estado não só passou a obrigar os litigantes a escolherem árbitro que determinasse a indenização a ser paga pelo ofensor, mas também a assegurar a execução da sentença se, porventura, o réu não quisesse cumpri-la. Aspectos Históricos Finalmente, na quarta e última etapa, o Estado afasta o emprego da justiça privada e, por meio de funcionários seus, resolve os conflitos de interesses surgidos entre os indivíduos, executando, à força se necessário, a decisão.

7 Aspectos Históricos Conflitos e Arbitragem Deontologia Arbitral Jurisdição Arbitral Aspectos Legais Prodecimento Considerações finais Solução Amigável de Conflitos Conciliação Mediação Arbitragem

8 Arbitragem Tribunal Arbitral Conceitos Requisitos Elementos Procedimento Arbitragem Conceitos Única forma de solução extrajudicial disciplinada pela legislação brasileira, tendo como última norma a Lei n.º 9.307/96, que veio resgatar do esquecimento centenário de nossas instituições a arbitragem, em face da burocracia da homologação que impedia o seu uso efetivo no âmbito de nosso país. (Lemos, Eduardo Manoel. In Arbitragem & Conciliação, pág. 83). Arbitragem é um procedimento jurisdicional público ou privado, instituído por força contratual e vontade das partes que proporciona a solução de conflitos, com estabelecimento de procedimento e leis próprias, subtraindo, com força legal, do Poder Judiciário o litígio em questão.

9 Arbitragem - Pública: É aquela instituída para dirimir litígios entre entes públicos ou entre estes e particulares sobre atos de império Estatal. É muito utilizada no âmbito internacional para solução de litígios entre Estados. - Privada: Tipos É aquela instituída para solução de conflitos entre particulares, ou entre estes e entes públicos quando o litígio envolver atos de poder discricionário do Estado. Arbitragem Requisitos Art. 1.º As pessoas capazes de - Capacidade das partes contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios - Dir. Patrim. Disponíveis a direitos patrimoniais disponíveis. - Convenção Arbitral; Art. 2.º A arbitragem poderá ser - Juízo Arbitral; de direito ou de eqüidade, a critério das partes. - Laudo Arbitral Fundam.; 1.º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública.

10 Arbitragem Elementos Art. 3.º As partes interessadas podem - Cláusula compromissória; submeter a solução de seus litígios ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem, assim entendida a - Compromisso arbitral; cláusula compromissória e o compromisso arbitral. - Árbitro (s) (art. 13); Art. 4.º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes - Sentença Arbitral. em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir relativamente ao contrato. Art. 9.º O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial. DIREITO E RESPON- SABILIDADE EXTRA- CONTRATUAL OBJETIVA SUBJETIVA CIVIL CONTRATUAL

11 DIREITO CIVIL Direito e Arbitragem Direito dos Contratos Arbitragem: OBRIGAÇÃO CONTRATUAL Princípios das relações de consumo; Princípio da obrigação contratual boa fé função social; Princípio da vulnerabilidade do consumidor CDC 51, VII; Princípio da inexecução dos contratos (aperfeiçoamento contrato); Princípio da autonomia da vontade (LArb 1 o. e 2 o.); Princípios da força obrigatória dos contratos pacta sunt servanda Direito e Arbitragem Jovi Barboza

12 Aspectos Históricos Conflitos e Arbitragem Deontologia Arbitral Jurisdição Arbitral Aspectos Legais Prodecimento Considerações finais Função Arbitral - Responsabilidade; - Competência; - Moral.

13 Função Arbitral - Responsabilidade O Árbitro exerce a função arbitral com a confiança das partes e representa o órgão institucional a que está ligado, devendo manter conduta idônea com a prerrogativa que recebe e respeitar a vontade das partes e o regimento do Tribunal. Função Arbitral - Competência A competência do árbitro é atribuída pela Convenção Arbitral. O árbitro não pode exceder os limites da convenção, ainda que conheça fatos outros que possa influenciar no julgamento.

14 Função Arbitral - Moral (Ética)( Os preceitos morais são princípios que devem nortear o comportamento do árbitro perante a sociedade, pois são esses princípios que lhe dão credibilidade para sua nomeação. Código de Ética Jurisdição Arbitral - Preparação Técnica Saber estudar a lei ou os princípios gerais do direito, saber pesquisar, saber redigir uma sentença, praticar a leitura para ampliar o vocabulário, inclusive técnico para melhor elaboração do laudo arbitral. A PREPARAÇÃO TÉCNICA é meio caminho andado para uma sentença arbitral correta.

15 Jurisdição Arbitral - Conhecimento do Fato Estudar o fato minuciosamente, verificando todos os pontos, todas as nuanças, perquerir a verdade, diligenciar, se for o caso, requerer prazo às partes, mas, NUNCA julgar sem o mais profundo conhecimento dos fatos, pois os fundamentos da sentença nascem da certeza de conhecimento dos fatos pelo árbitro. CONHECER OS FATOS é julgar com imparcialidade. Jurisdição Arbitral - Conhecimento do Direito Considerar o direito aplicável ao caso, pois se as partes não optarem pelo julgamento por eqüidade, o Árbitro deverá julgar POR DIREITO. Pedir ajuda, consultar os colegas ou assessoria jurídica do Tribunal, enfim, tomar todo o cuidado para evitar a nulidade da sentença.

16 Aspectos Históricos Conflitos e Arbitragem Deontologia Arbitral Jurisdição Arbitral Aspectos Legais Prodecimento Considerações finais Deontologia da Função Arbitral Função Arbitral; Jurisdição Arbitral; Por Eqüidade; Por Direito; A função arbitral é função jurisdicional, assim como, nos limites da Convenção Arbitral há um PODER JURISDICIONAL

17 JURISDIÇÃO ARBITRAL O Árbitro ou Tribunal Arbitral exerce jurisdição porque DIZ O DIREITO nos limites da Convenção Arbitral (vontade partes). LIMITES: Coercibilidade Jurisdição Arbitral Lei de Arbitragem Art. 33: Art. 33. A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a decretação da nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei. 1.º A demanda para decretação de nulidade da sentença arbitral seguirá o procedimento comum, previsto no Código de Processo Civil, e deverá ser proposta no prazo de até noventa dias após o recebimento da notificação da sentença arbitral ou de seu aditamento.

18 Jurisdição Arbitral CPC Art. 475-N: Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: IV - a sentença arbitral. (Inciso acrescentado pela Lei nº , de ) COISA JULGADA Solução de Conflitos Juízo Particular Ausência do Estado Sentença Irrecorrível

19 LEI DE : O Árbitro Art. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.... Função Arbitral Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou homologação pelo Poder Judiciário. Função Arbitral PODERES DO ÁRBITRO: O Árbitro Decidir por Direito Decidir por Eqüidade Dizer o DIREITO Decisão definitiva Confiança das partes

20 Aspectos Históricos Conflitos e Arbitragem Deontologia Arbitral Jurisdição Arbitral Aspectos Legais Prodecimento Considerações finais Legislação Pertinente Lei n /96 Lei de Arbitragem Convenção interamericana Dec. leg. 90/1995 Convenção de Nova Iorque Convenção de Montevidéu Lei Modelo UNCITRAL Regulamentos de Câmaras Arbitrais - TACOM

21 Aspectos Históricos Conflitos e Arbitragem Deontologia Arbitral Jurisdição Arbitral Aspectos Legais Prodecimento Considerações finais Arbitragem - ad hoc: Procedimento É a arbitragem instituída sob regras estabelecidas pelas partes, isto é, na convenção arbitral, determinam qual a forma de instituição e, de modo detalhado, todo o procedimento que será empregado na realização da arbitragem. - institucional: É a arbitragem que se institui sob as regras de um órgão ou entidade arbitral qualquer, cujo regimento interno regerá a arbitragem, inclusive com nomeação de árbitros dentre aqueles ligados à instituição.

22 Arbitragem Procedimento COMPROMISSO ARBITRAL (CONTEÚDO): O compromisso arbitral conterá, obrigatoriamente, o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes; nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros; a matéria que será objeto da arbitragem; e o lugar em que será proferida a sentença arbitral (art. 10). Arbitragem Procedimento COMPROMISSO ARBITRAL (CONTEÚDO): O compromisso arbitral conterá, facultativamente, local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem; a autorização para julgamento por eqüidade, se quiserem as partes; o prazo para apresentação da sentença arbitral; indicação de lei nacional ou regras corporativas aplicáveis à arbitragem; responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas; e fixação dos honorários do (s) árbitro (s) (art. 11).

23 Arbitragem Procedimento Art. 2º º. Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. Arbitragem Procedimento Art. 2º º. Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio.

24 Arbitragem Procedimento DEVIDO PROCESSO LEGAL (DUE PROCESS OF LAW) Princípios da Garantia Processual (art. 21, 2.º): Princípio do Contraditório; Princípio da Igualdade das Partes; Princípio da Imparcialidade do Árbitro; Princípio do Livre Convencimento do Árbitro; Arbitragem REQUISITOS DA SENTENÇA (art. 26): Relatório; Fundamentos; Dispositivo; Procedimento Data e local da sentença. Identifica as partes, narra os fatos, causa de pedir Análise das questões de fato e de direito Decisão propriamente dita (resolução do litígio)

25 Arbitragem Direito e Arbitragem RESPON- SABILIDADE CIVIL EXTRA- CONTRATUAL OBJETIVA SUBJETIVA CONTRATUAL Direito Arbitral Aspectos Históricos Conflitos e Arbitragem Deontologia Arbitral Jurisdição Arbitral Aspectos Legais Prodecimento Considerações finais

26 Considerações finais Desnecessária a homologação Prazo máximo de 180 dias Não há grau de recurso Trânsito em julgado imediato Advocacia Manutenção da prerrogativa Valorizaçãoda autonomiadavontade Justiça Particular desvinculação Sistema Arbitral Direito Arbitral Solução Amigável de Conflitos ÉO FIM!!!