Processo de conferência de facturação de prestações de Medicina Física e Reabilitação
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- Thereza Ramires Bento
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1 Processo de conferência de facturação de prestações de Medicina Física e Reabilitação Considerando: 1. a centralização de conferência de facturas na sede da Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. (ARSC, I.P.), até que o Centro Nacional de Conferência de Facturas do Ministério da Saúde alargue o seu âmbito de actuação; 2. o facto de a conferência de facturas de medicamentos, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e de todas as outras prestações complementares a utentes ser uma actividade fundamental para o controlo da despesa do SNS; 3. a necessidade de uma maior clarificação das regras de conferência aplicáveis e a garantia de procedimentos de recepção de documentação, conferência e pagamento uniformes em todo a Região Centro; 4. o contrato de adesão existente com as entidades do sector privado prestadoras de exames e tratamentos de Medicina Física e de Reabilitação aprovado pela Circular Normativa nº 49/85 de 29/10/85 da Direcção-Geral dos Cuidados de Saúde Primários; torna-se necessário proceder à uniformização de procedimentos existentes nas diversas ex-subregiões de Saúde no que concerne à conferência de facturas de prestações de cuidados na área de Medicina Física e Reabilitação (MFR), pelo que delibera o Conselho Directivo da ARSC, I.P. aprovar as seguintes orientações: 1. Da prescrição dos tratamentos de MFR 1.1. O acesso dos utentes aos cuidados de saúde de MFR prestados por entidades convencionadas faz-se mediante credencial do médico dos cuidados de saúde primários devidamente autenticada pela respectiva Unidade Funcional e autorizada pelo respectivo coordenador ou por quem ele delegar A credencial emitida pelo médico dos cuidados de saúde primários deverá apenas prescrever uma consulta especializada de MFR, em caso de incapacidade de 1
2 referenciar o doente através do Alert P1 para essa consulta de especialidade do Hospital de referência; 1.3. A prescrição dos tratamentos necessários, quer do ponto de vista qualitativo quer quantitativo, compete ao médico especialista de MFR, devendo vir discriminados e codificados; 1.4. Cada prescrição de actos de MFR corresponderá a um máximo de 60 tratamentos dentro do prazo máximo de 30 dias; 1.5. Esgotado o número de tratamentos ou o prazo e caso se verifique a necessidade de continuação de tratamentos deverá ser informado por escrito o médico dos cuidados de saúde primários com vista à eventual emissão de nova credencial; 1.6. A continuidade do acesso dos doentes a este tipo de tratamentos deverá ser pautada por uma avaliação criteriosa e rigorosa por parte do médico dos cuidados de saúde primários, não sendo admissível a emissão de credenciais para continuidade de cuidados sem uma avaliação prévia do doente, em sede de consulta presencial, por parte do médico dos cuidados de saúde primários. 2. Dos procedimentos de facturação 2.1. Morada para Expediente: Toda a facturação referente a prestações de Medicina Física e Reabilitação, tal como todas as restantes, deverá ser remetida para o Centro de Conferência de Facturas da ARSC, I.P. sito na Rua Antero Quental nº 42 Sobreloja Coimbra; 2.2. Prazo: A facturação mensal deverá ser entregue durante os primeiros 10 dias úteis do mês imediato àquele a que respeita. 2.3.Informação a enviar: A informação enviada pela Entidade Convencionada para efeitos de facturação, em formato papel, é composta por: Factura (em duplicado) que deverá estar de acordo com a legislação aplicável, nomeadamente o Código do IVA, devendo conter a seguinte informação: 2
3 o Identificação da entidade adquirente, de acordo com o CIVA, e que terá de corresponder à ARS; o Nome comercial da entidade convencionada; o Número da factura; o Data da factura; o Indicação de factura Original (uma vez que é obrigatório o envio de uma factura em duplicado); o Número de identificação fiscal da entidade convencionada; o Total do número de lotes; o Nº total de requisições; o Nº total de exames/tratamentos/consultas; o Importância total dos exames/tratamentos/consultas (campo Total T1 ); o Importância total das taxas moderadoras (campo Total T2 ); o Importância total facturada (campo T1- T2 ); o Assinatura e carimbo da entidade convencionada; Nota: As facturas deverão ser geradas por distrito de origem do utente (ou seja, se a entidade convencionada, num determinado mês, receber utentes oriundos de locais de prescrição pertencentes a diferentes distritos deverá emitir tantas facturas quanto os distritos de origem dos utentes); Credencial dos cuidados de saúde primários com a prescrição de consulta de MFR e ou de tratamentos em caso de continuidade. A credencial deverá conter: identificação completa do utente (nome, idade e nº de utente do SNS); assinatura do utente (comprovativo da prestação dos actos acima referenciados); identificação da natureza das prestações (neste caso, deverá ser assinalado o campo G MFR ); 3
4 O preenchimento do rectângulo do lado direito é da responsabilidade da Entidade Convencionada, deve ser carimbado, datado, indicado o total do valor da taxa moderadora, nº de sessões realizadas (poderão ser inferior ao prescrito), o custo de cada técnica e o total. As credenciais deverão ser agrupadas em lotes de 30, identificados com verbete de identificação onde devem constar os seguintes elementos: Código tipo Tipo 0 (Geral); Tipo 1 (Doença Profissional); Tipo 2 (Migrante); Nº de sequência; Nº de requisições; Nº de exames; Valor total do lote; Valor total das taxas moderadoras Nota: as credenciais informatizadas (brancas) não devem ser rasuradas. Qualquer anotação manuscrita é considerada rasura e como tal motivo de rejeição (anexo I, al.) i) Relação de lotes - É obrigatório o envio de um documento de Relação de Lotes, preenchido com os seguintes elementos: Nome comercial da entidade convencionada; Número de identificação fiscal da entidade convencionada; Mês e ano da respectiva factura; Número da folha, relativo ao total de folhas da relação de lotes; Dados informativos, discriminados por lotes e transcritos dos respectivos verbetes de identificação dos lotes (a chamada capa dos lotes ) Comprovativo de informação de retorno ao médico de família para justificação da facturação de segunda consulta (vide cláusula 20.ª da Circular Normativa nº 49/85/DPSI de 29/10/85); 4
5 3. Dos procedimentos de conferência de facturas 3.1. De acordo com o contrato de adesão das entidades do sector privado prestadoras de exames e tratamentos de MFR, a credencial dos cuidados de saúde primários contempla o pagamento de uma consulta da especialidade de MFR e os tratamentos prescritos pelo médico fisiatra, no limite estipulado pela convenção, supra referido no ponto 1.4. do presente documento. A segunda consulta (de reavaliação ou alta) só será paga mediante comprovativo enviado pelo convencionado, conforme estipulado no ponto do presente documento Devolução de credenciais à entidade convencionada são devolvidas à entidade convencionada credenciais que não podem ser tratadas informaticamente nomeadamente devido a: Falta de etiqueta do prescritor; Falta de etiqueta do local de prescrição; Nestes casos, não fica nenhum registo informatizado destes documentos Rejeição de credenciais são rejeitadas todas as credenciais que, não cumprindo as normas estipuladas, não podem ser consideradas para pagamento, sendo feito registo do lote da sua posição, bem como dos exames facturados. Esta situação anómala é comunicada à entidade convencionada aquando do envio do ofício de pagamento (anexo 1 onde se elencam todos motivos de rejeição; às prestações de MFR não são aplicáveis os motivos de rejeição previstos nas als. l) e r)). 3.4.Notas de débito ou crédito: Após a comunicação dos erros e diferenças por parte do Centro de Conferência de Facturas da ARSC, I.P., a aceitação dos mesmos consubstancia-se na emissão da respectiva nota de débito ou de crédito. Estas são emitidas mensalmente, independentemente do montante a rectificar. 5
6 3.5. Auditorias a ARSC, I.P. promoverá auditorias mensais, por amostragem, à facturação de MFR com vista a aferir o cumprimento das regras definidas e à minimização da fraude, no cumprimento dos princípios da boa gestão, a que por lei está obrigada. 4. Revogação A presente circular revoga todas as orientações existentes sobre esta matéria emitidas pelos coordenadores ou outros elementos das ex-subregiões de Saúde ou dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) 6
7 ANEXO I Informação ao Convencionado Convencionado: Nº de Contribuinte: Alínea Tipo de Rejeição a) Falta etiqueta do médico/unidade de Saúde. b) Não condiz com o prescrito (código / nomenclatura). c) Falta carimbo/assinatura da entidade prestadora. d) Falta assinatura do médico/utente. e) Exames/Códigos que não constam da Tabela/Ausência de códigos. f) Ausência da autorização (termo de responsabilidade) na Requisição: - Para a área M (só TAC's) (cf. Despacho 16/94); na área G (cf. Despacho 15/94). g) Doença Profissional só em lote código tipo 1. h) Migrantes só em lote código tipo 2. i) Requisição electrónica não pode ter prescrições manuscritas. j) Não é utente do SNS. k) Falta Nº do Cartão do Utente l) O exame/tratamento pertence a outra área de convenção. ( ) m) Domicílios rectificados: n) Excesso exames / tratamentos. o) Continuação de tratamentos - 1 só consulta (de avaliação). p) Fora do distrito ( enviar a: ) q) Nas taxas cobradas a 50% deve vir indicada na requisição a idade do utente, n.º do B.I. e a assinatura legível de quem identificou o utente. r) A "Declaração do Utente" - Tem de ser datada / Sempre que é colocada a impressão digital, ou assinado a rogo, deve ser indicado o nº. de B. I. do utente. s) De acordo com o Despacho nº 4325/2008 (Adesão ao preço compreensiv - Hemodiálise), os exames constantes da requisição anexa, são da responsabilidade do prescritor. t) Taxas Moderadoras: u) Outros: Código mal valorizado Erro de Soma Não Isento Código mal valorizado Erro de Soma Observações: Outros DATA / / 7
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