União Humanitária dos Doentes com Cancro. Direitos dos Doentes com Cancro. Direitos dos Doentes com Cancro 1/6
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- Fátima Pinheiro Angelim
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1 Direitos dos Doentes com Cancro Direitos dos Doentes com Cancro 1/6
2 Índice 1. Subsídio por doença 2. Pensão por invalidez 3. Complemento por dependência 4. Comparticipação de medicamentos 5. Taxas moderadoras 6. Contribuições da entidade patronal à Segurança Social 7. Descontos no IRS 8. Depósitos bancários 9. Abono de família 10. Acesso a crédito para aquisição ou construção de casa própria 11. Aquisição de veículos 12. Despesas de deslocação Direitos dos Doentes com Cancro 2/6
3 1. Subsídio por doença O subsídio por doença corresponde à baixa médica que compensa a perda de remuneração, resultante da incapacidade temporária provocada pela sua doença. Para ter acesso ao subsídio por doença, é necessário pedir o Certificado de Incapacidade Temporária (CIT) ao seu médico: Médico de Família (Centro de Saúde) ou médico do Hospital, no caso da Segurança Social; Médico dos subsistemas; Qualquer médico para funcionários públicos. Decreto-Lei 28/2004, de 4 de Fevereiro: atribuição do subsídio de doença; Decreto-Lei 146/2005, de 26 de Agosto: atribuição do subsídio de doença; Portaria 337/2004, de 31 de Março: atribuição do subsídio de doença. Direitos dos Doentes com Cancro 3/6
4 2. Pensão por invalidez A Segurança Social pode atribuir-lhe uma pensão por invalidez, através de duas vias: 1. Regime contributivo, em que poderá beneficiar de contagem especial do tempo de serviço, para efeitos de aposentação. O montante da pensão será calculado com base nas regras definidas no Decreto-Lei 92/2000, de 19 de Maio. Dados necessários para acesso à pensão: Registo das remunerações dos últimos 36 meses; Preenchimento de impresso próprio ( Requerimento de Pensão ), que contém uma declaração médica - o impresso poderá ser obtido nas Lojas do Cidadão, no Centro Nacional de Pensões ou no Instituto da Segurança Social, devendo o requerimento ser entregue no Centro Nacional de Pensões; Se pertence à função pública, deverá apresentar-se em Junta Médica. 2. Regime não contributivo, em que é solicitada Pensão Social de Invalidez, cujo valor será o equivalente ao montante mínimo do Regime Geral. Dados necessários para acesso à pensão: Preenchimento de impresso próprio ( Requerimento de Pensão ), que contém uma declaração médica - o impresso poderá ser obtido nas Lojas do Cidadão, no Centro Nacional de Pensões ou no Instituto da Segurança Social, devendo o requerimento ser entregue num Centro Regional de Segurança Social; Se pertence à função pública, deverá apresentar-se em Junta Médica. Decreto-Lei 92/2000, de 19 de Maio: protecção especial a atribuir às pessoas que sofrem de doença do foro oncológico. Direitos dos Doentes com Cancro 4/6
5 3. Complemento por dependência Este complemento corresponde a um apoio adicional que poderá ser-lhe atribuído, nas seguintes condições: Se já beneficia de pensão por invalidez; Se não beneficia de pensão por invalidez, caso haja perda da capacidade de locomoção. Se pertence à função pública, é necessária a apresentação de requerimento, em impresso próprio, à ADSE. O início do complemento por dependência reportar-se-á à data do requerimento, caso nessa data estejam reunidas as condições de atribuição; se tal não acontecer, corresponderá à data em que estas condições estejam reunidas. Decreto-Lei 92/2000, de 19 de Maio: protecção especial a atribuir às pessoas que sofrem de doença do foro oncológico. 4. Comparticipação de medicamentos Esta comparticipação ser-lhe-á aplicada nas seguintes condições: Medicamentos do Escalão A: fornecidos gratuitamente; Medicamentos dos Escalões B e C: comparticipados parcialmente. Nos casos em que seja aplicada esta comparticipação, terá que constar no seu Cartão de Utente a letra R, atribuída e colocada no Centro de Saúde ou num Hospital do Serviço Nacional de Saúde (hospitais públicos). Decreto-Lei 129/2005, de 11 de Agosto: escalões de comparticipação; Portaria 91/2006, de 27 de Janeiro: regimes especiais de comparticipação; Direitos dos Doentes com Cancro 5/6
6 Portaria 728/2006, de 24 de Julho: regimes especiais de comparticipação dos funcionários públicos (ADSE). 5. Taxas moderadoras A isenção do pagamento de taxas moderadoras é aplicada a qualquer pessoa com cancro. Para requerer isenção das taxas moderadoras, terá que assegurar uma das seguintes condições: Apresentar a declaração do seu médico de família; Apresentar a declaração de um Hospital do Serviço Nacional de Saúde (hospital público); Apresentar a letra T no seu Cartão de Utente - assunto tratado no seu Centro de Saúde. Decreto-Lei 173/2003, de 1 de Agosto: taxas moderadoras. 6. Contribuições da entidade patronal à Segurança Social A sua entidade patronal poderá reduzir as contribuições à Segurança Social relativas a doentes com incapacidade igual ou superior a 20%, com contrato por tempo indeterminado. Para que tal aconteça, é necessário apresentar o respectivo requerimento, acompanhado de: Folha de salários do trabalhador com incapacidade ; Certificação da deficiência pela Direcção-Geral dos Cuidados Primários ou pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP); Cópia do contrato de trabalho. Decreto-Lei 299/86, de 19 de Setembro: redução das contribuições à Segurança Social relativas a deficientes. Direitos dos Doentes com Cancro 6/6
7 7. Descontos no IRS Se for portador de, pelo menos, 60% de incapacidade (o que pode acontecer em diversos tipos de cancro), terá os seguintes direitos: Possibilidade de abater na totalidade as despesas de educação e reabilitação, bem como prémios de seguro, desde que seja o primeiro beneficiário. Tal é aplicável aos descendentes, desde que deficientes; Isenção de tributação em 50% dos rendimentos das categorias A e B do cônjuge casado e não separado judicialmente por pessoas e bens. Para ter acesso a estes direitos, deverá apresentar o Atestado de Incapacidade Multiusos (AIM). Poderá solicitar ao seu médico hospitalar ou ao médico de família uma declaração de doença para, posteriormente, o AIM ser solicitado ao Delegado de Saúde da sua área de residência - saiba mais informação no seu Centro de Saúde. Decreto-Lei 215/89, de 1 de Julho: estatuto dos benefícios fiscais; Decreto-Lei 198/2001, de 3 de Julho: código do IRS; Decreto-Lei 202/96, de 23 de Outubro (com a redacção do Decreto-Lei 174/97, de 19 de Julho): atestado de incapacidade multiusos. 8. Depósitos bancários Qualquer pessoa com incapacidade igual ou superior a 60%, está isenta do pagamento de imposto sobre os juros das contas poupança-reforma, desde que o saldo não ultrapasse o total de 9.228,60, de acordo com o artigo 44º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. Para ter acesso a estes direitos, deverá apresentar o Atestado de Incapacidade Multiusos (AIM). Poderá solicitar ao seu médico hospitalar ou ao médico de família uma declaração de doença para, posteriormente, o AIM ser solicitado ao Delegado de Saúde da sua área de residência - saiba mais informação no seu Centro de Saúde. Decreto-Lei 215/89, de 1 de Julho: estatuto dos benefícios fiscais. Direitos dos Doentes com Cancro 7/6
8 9. Abono de família No caso de crianças ou jovens portadores de deficiência, em função da qual sejam devidas prestações por encargos com deficiência, no âmbito do subsistema de protecção familiar, será concedido Abono de Família até aos 24 anos de idade. Decreto-Lei 176/2003, de 2 de Agosto: abono de família. 10. Acesso a crédito para aquisição ou construção de casa própria Se apresentar uma incapacidade igual ou superior a 60%, tem direito a condições especiais de acesso ao crédito, mediante seguro de vida. As condições a obter devem ser discutidas e negociadas junto do seu banco. Direitos dos Doentes com Cancro 8/6
9 11. Aquisição de veículos Se apresentar uma deficiência motora (incapacidade igual ou superior a 60%) e tiver mais de 18 anos, poderá pedir isenção do Imposto Sobre Veículos, nos veículos destinados a uso próprio. A isenção é válida apenas para veículos novos que possuam nível de emissão de CO2 até 160 g/km, não podendo a isenção ultrapassar o montante de 6.500,00. O pedido de isenção deverá ser remetido à Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais de Consumo, acompanhado da declaração de incapacidade permanente emitida há menos de 5 anos pela Junta Médica, ou pelas Juntas Médicas da GNR, PSP ou Forças Armadas. Na declaração de incapacidade, deverá constar: A natureza da deficiência; O grau de incapacidade; O comprovativo da elevada dificuldade de locomoção, na via pública ou no acesso ou utilização dos transportes públicos colectivos convencionais; A inaptidão para a condução, caso exista. Lei 22-A/2007, de 29 de Junho: imposto sobre veículos; Decreto-Lei 202/96, de 23 de Outubro: juntas médicas para avaliação de incapacidades; Decreto-Lei 341/93, de 30 de Setembro: tabela nacional de incapacidades. Direitos dos Doentes com Cancro 9/6
10 12. Despesas de deslocação Na comparticipação das despesas de deslocação, existem várias situações possíveis: 1. Sistema Nacional de Saúde: as despesas inerentes ao transporte para realização de consultas, exames e tratamentos, podem ser reembolsadas, desde que seja apresentada uma credencial, passada pelo médico de família ou autorização hospitalar prévia, com avaliação da necessidade do transporte no trajecto domicílio - local de tratamento. 2. Subsistemas de saúde: as despesas devem ser apresentadas aos subsistemas, dependendo das condições. 3. Função pública: as despesas serão reembolsadas pela ADSE. Nota: Esta é apenas uma súmula, muito resumida, dos Direitos dos Doentes com Cancro. Contacte a União Humanitária dos Doentes com Cancro para uma informação mais pormenorizada e, se necessário, recorra ao nosso apoio para a solicitação destes direitos junto das entidades competentes, conforme a especificidade do seu caso. Lisboa, Direitos dos Doentes com Cancro 10/6
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