Trabalho de Metodologia Científica Marxismo - Uma análise de sua cientificidade

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1 Trabalho de Metodologia Científica Marxismo - Uma análise de sua cientificidade ALEX SALES ANDRADE 1 LILIANY APARECIDA 1 ROBERTO L. DE OLIVEIRA JÚNIOR 2 PROF. RUDINI SAMPAIO UFLA - Federal University of Lavras BCC - Bacharelado em Ciência da Computação Universidade Federal de Lavras (UFLA) - Lavras, MG - Brasil 1 (alexsa,liliap)@bcc.ufla.br 2 robertojr@bcc.ufla.br Abstract. Com este artigo, pretende-se fazer uma análise científica em relação à teoria do intelectual alemão Karl Marx. Este artigo é dividido em duas partes, no qual em primeiro momento cita os motivos que levam o marxismo ser considerado ciência, e em contrapartida, cita motivos em que não poderia ser considerada como tal. Esse é um trabalho para a disciplina de Metodologia Científica do curso de Ciência da Computação da UFLA. Keywords: MARXISMO, ciência, metodologia científica. (Received 01 de Junho, 2008 / Accepted 01 de Junho, 2008) 1 Introdução Figure 1: Karl Marx Atualmente é bastante difícil analisar a sociedade humana sem se referenciar, em maior ou menor grau, à produção de Karl Marx (Figura:1) ( ), mesmo que a pessoa não seja simpática à ideologia construída em torno do pensamento intelectual dele, principalmente em relação aos seus conceitos econômicos. Porém, desde sua publicação até os dias de hoje pessoas ainda afirmam que a teoria marxista no campo social seja científico, enquanto outras recriminam essa idéia. Nesse artigo, detalharemos que um método científico é composto por caracterização, hipóteses, previsões, experimentos, e outros aspectos. Contudo, sabemos que não existe uma "receita de bolo" para o método científico, mas alguns aspectos devem existir nele. Na primeira seção mostraremos como Marx produziu a sua obra, seguiu o método científico e o seu processo. Baseado nisso, descobriremos o que sustenta a idéia de pessoas considerarem o marxismo científico. Na seção posterior, o fato que torna o marxismo não científico será abordado baseado nas experimentações e observações realizadas por Marx. A base principal será discutida em torno de que a ciência envolve aquilo que é objetivo, empiricamente testável. Além disso, serão mostrados alguns pontos em que a teoria entra em conflito com a ciência. Ao final da seção, explicitam-se fatos que Marx previu que aconteceriam e que não obteve sucesso. O perfil e a base de quem acredita no marxismo será retratado em detrimento da verdadeira base científica.

2 2 Metodo Científico usado por Marx Para que se possa afirmar que o "Marxismo é uma ciência" é necessário levantar a seguinte questão: "O que é ciência?". Procurando a resposta para esta questão em [3, Dicionário Aurélio] encontra-se a seguinte definição: Ciência é o "conjunto metódico de conhecimentos obtidos mediante a observação e a experiência". Segundo [1, Alomà], para que o conhecimento seja considerado uma ciência, um dos requisitos exigidos é que se mantenha uma homogeneidade de critérios. Portanto, o que se pode concluir destas definições é que ciência é tudo aquilo que respeita uma homogeneidade de critérios definidos dentro de métodos científicos. Bem, mas o que é um método científico? Para muitos autores os métodos científicos nada mais são do que a aplicação da Lógica à Ciência, porém eles vão um pouco além, pois estes são um conjunto de regras básicas para desenvolver uma pesquisa, usando a observação e experimentação. Em [6, Wikipédia] encontra-se os seguintes elementos que compõe o método científico: Caracterização - Quantificações, observações e medidas. Hipóteses - Explicações hipotéticas das observações e medidas. Previsões - Deduções lógicas das hipóteses. Experimentos - Testes dos três elementos acima. Além destes elementos, o método científico consiste dos seguintes aspectos: Observação - Uma observação pode ser simples, isto é, feita a olho nu, ou pode exigir a utilização de instrumentos apropriados. Descrição: O experimento precisa ser replicável (capaz de ser reproduzido). Previsão: As hipóteses precisam ser válidas para observações feitas no passado, no presente e no futuro. Controle: Para maior segurança nas conclusões, toda experiência deve ser controlada. Experiência controlada é aquela que é realizada com técnicas que permitem descartar as variáveis passíveis de mascarar o resultado. Falseabilidade: toda hipótese tem que ser falseável ou refutável. Isso quer dizer que mesmo que haja um consenso sobre uma hipótese ou teoria, é necessário que se mantenha a possibilidade de se refutála. Está fortemente associada ao fato que uma teoria não é definitiva. Se novas observações refutam uma teoria, ela deve ser abandonada, e novas hipóteses levantadas que expliquem todas as observações. É um dos elementos mais importantes do método científico. Explicação das Causas: Na maioria das áreas da Ciência é necessário que haja causalidade. Nessas condições os seguintes requerimentos são vistos como importantes no entendimento científico: Identificação das Causas Correlação dos eventos - As causas precisam se correlacionar com as observações. Ordem dos eventos - As causas precisam preceder no tempo os efeitos observados Uma maneira linearizada e pragmática de apresentar os quatro pontos acima está exposta a seguir passo-apasso. Vale a pena que é apenas um exemplo, não sendo obrigatória a existência de todos esses passos. Na verdade, na maioria dos casos não se segue todos esses passos, ou mesmo parte deles. O método científico não é uma receita: ele requer inteligência, imaginação e criatividade. O importante é que os aspectos e elementos apresentados acima estejam presentes. Definir o problema. Recolhimento de dados Proposta de uma hipótese Realização de uma experiência controlada, para testar a validade da hipótese Análise dos resultados Interpretar os dados e tirar conclusões, o que serve para a formulação de novas hipóteses. Publicação dos resultados em monografias, dissertações e teses, artigos ou livros aceitos por universidades e ou reconhecidos pela comunidade científica. Tendo por base estes conceitos de definições, é cabível neste ponto identificar como Marx produziu a sua obra, como ele seguiu o método científico. Segundo [1, Alomà], o processo de investigação e produção que Marx seguiu consiste dos seguintes pontos:

3 Descobrimento de um problema: Marx observa que há falta uma análise científica do funcionamento da sociedade (em síntese, do capital). Plano: a sociedade moderna, como qualquer sistema social, é um processo que tem a sua origem, desenvolvimento e conclusão no ponto em que será transformada em outra coisa; temos que conhecer as leis que regem esse processo - incluindo os destaques do funcionamento do capital - para poder atuar racionalmente sobre elas, ou seja, para que a negação da sociedade moderna seja a dialética e não a mecânica. Corpo de conhecimentos relacionados: economia, política, história, material empírico e estatístico, etc. Solução com o material obtido: Marx examina com um trabalho ciclope os conhecimentos existentes e constata que não permitem a solução do problema planejado; por outro lado, sintetiza a imensa riqueza de todos os materiais com os quais tem trabalhado, prevê criticamente os seus limites e dá o passo seguinte. Criação de novos conteúdos: além do método científico, Marx aplica a análise dialética de forma mecânica, que compreenda que é a celular do corpo de capitais; a partir da forma mecânica do produto do trabalho surge necessariamente o dinheiro, o capital; desenvolve o conceito de valor, o que demonstra que qualquer outra forma de valor reside no parente; proceder à análise do processo de formação de capital, diferenciando mão de obra de trabalho, e assim por diante. Solução do problema: efetivamente, Marx oferece uma explicação completa do funcionamento do capitalismo, de como surge e desenvolve o capital e como gera o valor e a mais valia no processo de trabalho, a forma como o valor é transmitido através dos elementos da estrutura da sociedade e como o processo econômico determina o funcionamento global do sistema, engajado com efeitos retroativos a base ideológica que se legitima. Ela mostra também que os próprios princípios que constituem o sistema - tanto material e espiritual - não é possível sem conseqüências até sua recente transformação do próprio sistema. Tendo por base estes pontos, eles mostram que Marx seguiu alguns dos métodos científicos e manteve uma homogeneidade de critérios a serem avaliados e testados, o que dá piso para dizer que o Marxismo é uma ciência. O fato que torna o Marxismo não científico pode ser entre outras as experimentações e observações realizadas por Marx. Na próxima seção a questão da não cientificidade do Marxismo será abordada e melhor discutida. 3 As falhas do método de Marx As referências para se contruir esta seção foram retiradas de: [2, Corrêa], [4, Rocha], [5, Roesler]. Há mais de um século, varias pessoas têm se perguntado se o Marxismo é ou não uma ciência. Sem sombra de duvidas o marxismo não é uma ciência, pois é considerado ciência aquilo que é objetivo, empiricamente testável. Onde seus resultados podem ser verificados e possivelmente contraditos. Ao contrário das ciências naturais, que podem ser testadas em suas relações de causa e efeito de maneira abstrata, o marxismo tem por único laboratório a própria sociedade. Se ele não tiver sua aplicação social diretamente na luta de classes, perde seu sentido e deixa de existir. O marxismo é decerto um apanhado de idéias erradas. E entra em conflito com a ciência em alguns pontos: Considera que a realidade é intimamente contraditória, isto é, unidade de ser e não-ser ao mesmo tempo (aqui o marxismo faz a sua tese a de Hegel de que "todas as coisas são, em si mesmas, contraditórias"). Sendo a realidade assim feita, só a dialética, isto é, a lógica da contradição, é capaz de entendê-la. Com efeito, a ciência não só ignora a lógica dialética, como também considera que as contradições, longe de serem uma característica positiva da realidade, são apenas o índice de erros subjetivos, isto é, da insuficiência das hipóteses teóricas adotadas, hipóteses que, entrando em contradição com os fatos, devem por isso mesmo ser mudadas ou abandonadas. O marxismo possui "O Capital" de Karl Marx. Alguns dirão, que também a ciência vive de obras fundamentais. No entanto, não há obra científica que tenha tanta interpretação quanto as obras marxistas. Se lermos as opiniões dos leitores de Marx veremos que elas são diferentes. Tanto os defensores dos campos de trabalho escravo como defensores de direitos dos operários, se inspiraram em Marx para seus reclamos. Nenhuma forma de

4 ciência pode ter tantas interpretações absurdamente distantes uma das outras. De nada importa aos marxistas que todas as experiências marxistas tenham dado apenas em miséria, desgraça, corrupção, desvario, loucura e guerra. Nenhuma forma de ciência pode desprezar os experimentos feitos, mesmo os que dão errado. Sempre que uma teoria científica, um postulado é desmentido pelos fatos, ele é abandonado. A Ciência não pode sustentar aquilo que foi desmentido pela experiência. Tudo aquilo que é desmentido pela experiência não pode ser chamado de ciência. Marx oferece a seus seguidores um futuro absurdo. Marx nos "garante" que a partir dos tempos em que ele escreveu, a vida dos trabalhadores ficará cada vez pior. A renda dos proletários encolherá, a revolução proletária planetária chegará em breve,e cla-ro, a revolução socialista começará nos países capitalistas mais avançados. Cada profecia de Marx sobre o futuro mostrou-se infundada. No mundo como um todo, nunca se viveu tão bem. Simplesmente não existe uma só profecia de Marx que tenha dado certo. O marxismo muda de acordo com a conveniência, não com a experiência. O mesmo não acontece na ciência. Apoiar a evolução e denunciar como farsa o criacionismo era inconveniente para Darwin e seus seguidores. No entanto, a experiência, e não a conveniência, é que determinaram o aparecimento da teoria da evolução das espécies. O conveniente para Darwin era ele apoiar a farsa do criacionismo bíblico, mas ainda assim, a experiência e não a conveniência é que determinam o destino das teorias científicas. Uma fábula marxista famosa é aquela que diz que a História seria determinada por fatores econômicos. Milênios provam que é a História que determina a Economia e não o contrário. Afirmar que a História é resultado da Economia é tão absurdo quanto afirmar que a luz do dia cria o sol. Uma outra fábula marxista famosa é aquela que diz que o capitalismo "matou" o feudalismo. E que os feudos se extinguiram devido a razões econômicas. Porém, os feudos não se extinguiram. Basta lembrar aí os casos de Mônaco, Luxemburgo, Andorra, San Marino, etc. O fato de feudo ser chamado de emirado ou principado não impede os citados de serem feudos. Sobre esses pontos o conflito do marxismo com a ciência (ciências da natureza) é total. Quem afirma que o marxismo seria ciência se baseia no fato de que Marx teria desenvolvido um método infalível, o materialismo dialético ("diamat"), capaz de fornecer a chave para a compreensão do passado histórico e para prever o seu futuro, que necessariamente se encaminharia para a e- mancipação final da humanidade por intermédio da ascensão do proletariado e a conseqüente superação da divisão e da luta de classes, bem como a libertação permanente do homem. Porém as previsões feitas com base em seu método erraram por muito. Marx garantiu que o estado marxista diminuiria. Ele agigantou-se. Marx garantiu que a revolução seria em nações capitalistas avançadas. Ela só ocorreu em nações pobres. Marx garantiu que a revolução melhoraria imensamente a vida dos operários. Ela só deu riqueza a alguns espertalhões. Marx garantiu que os operários fariam as revoluções. As revoluções foram feitas por ricos e intelectuais. Marx garantiu que o socialismo seria seguido do comunismo. O que sempre seguiu o socialismo foi o capitalismo. Marx garantiu que o socialismo enterraria a idéia de Deus. Mais de 70 anos de socialismo e as repúblicas ex-soviéticas da Ásia central estão todas baseadas no alcorão. Marx garantiu que o socialismo encerraria idéias nacionalistas. A explosão de nações ditas socialistas foi enorme. Todas as suas propostas para a melhora da vida dos operários só deram em miséria. O debate acadêmico sobre a validade científica das teses marxianas é polêmico, pois envolve de um lado, intelectuais vinculados à noção tradicional de ciência, e de outro lado, intelectuais que insistem na permanência do marxismo na academia. Assim, se a academia é considerada como o local destinado, por excelência, à produção e ao desenvolvimento da ciência e do saber, este, só passível de ser atingido mediante rigorosos exames metodológicos da realidade, o debate sobre a veracidade científica dos postulados escritos por Karl Marx ganha nesse meio um contorno todo especial, pois implica em - desde que reconhecida a importância das teorias marxianas - um avanço tão qualitativo na concepção de fazer ciência e intervir no meio social, que por suposto lógico deveria colocar em risco a própria noção de conhecimento. 4 Resultados das pesquisas com professores do DCC Afim de obter alguns dados estatísticos a respeito do assunto tratado neste artigo, foi feita uma pesquisa com alguns professores do Departamento de Ciência da Computação (DCC), da Universidade Federal de Lavras. A

5 pesquisa é uma tentativa de se levantar dados a respeito da crença ou não na cientificidade do Marxismo. Assim foram feitos os seguintes questionamentos: 1. O que é ciência para você? 2. Você considera o Marxismo científico? 3. Por que o considera assim? 4. Você considera o método utilizado por Karl Marx um método de pesquisa científico? 5. Você acredita no Marxismo? Ao todo foram questionados por volta de dez professores, porém somente quatro responderam as questões levantadas. Os nomes não serão revelados. As respostas dadas foram as seguintes: Professor A. 1. Busca de novas formas de intelegibilidade do mundo, procurando teoria e modelos que expliquem a realidade em geral. 2. Não. 3. Pela lei de Popper, a teoria tem que ser fasificável. 4. Não tem conhecimento do método usado por Marx, mas crê que não seja científico. 5. Há diversas coisas válidas em sua teoria que podemos até acreditar em sua veracidade, porém há outras coisas em que ele considera o mundo previsível, imutável, que podemos descartar devido à constante mudança do mundo e do ser humano. Professor B. 1. Estudo do mundo. 2. Sim. 3. Padrão de comportamento humano no mundo. 4. Não conhece o método utilizado por Marx. 5. Não. Professor C 1. É a investigação organizada, ou seja, seguindo determinadas regras. 2. Interpreto que você está perguntando se eu acho que a formulação dessas idéias seguiu uma metodologia científica. Eu considero que sim. É notável que esse conjunto de idéias surgiu em meio a um método de investigação. A questão que é os métodos científicos mudam e hoje temos métodos que achamos serem melhores. 3. Porque foi desenvolvido a partir da observação lógica de fatos. 4. O que eu sei sobre "o método" é que Marx estudou trabalhos anteriores e investigou a realidade de maneira predominantemente lógica (lógica no campo humano/social não é uma coisa muito bem definida) e portanto diria que sim. É um método científico. 5. Eu acredito que essas idéias ajudam a explicar nossa sociedade. Acredito que a sociedade precisa ser transformada. Porém, até onde eu sei (nunca li as obras de Marx e Engels), não existe uma receita de transformação nessas obras, de forma que a pergunta não faz muito sentido para mim. Professor D 1. É a investigação racional e metódica da realidade, seguindo o método científico. 2. Não. 3. Popper mostrou através do falsificacionismo que o marxismo não é científico, como se alegava. Para Popper, o marxismo está no mesmo local que as crenças e as superstições. 4. Não. 5. Não. Com estas respostas pode-se observar que há pessoas que acreditam e não acreditam nas idéias desenvolvidas por Marx, que as reconhece como sendo científicas e há aquelas que pensam que estas idéias não são científicas. 5 Conclusão Neste artigo foram feitas algumas análises do método científico que Karl Marx se baseou para construir sua teoria. Esta análise foi feita tomando como base o paradigma do Posítivismo, e o que se pode concluir a partir deste paradigma, é que o Marxismo não pode ser considerado uma ciência, posto que a sua base científica fora construída nos pilares da dialética. Contudo, o que se pode afirmar após esta análise é que as idéias revolucionárias desenvolvidas por Marx, trouxeram novos elementos para o estudo das classes sociais, incentivando a sociedade a conhecer melhor suas ações dentro de seus próprios limites.

6 6 Apêndice A Aqui serão expostas algumas curiosidades a respeito de uma análise econômica feita com bases na Mais Valia, que é um termo muito utilizado por Karl Marx. Fração que exprime a taxa de lucro: ( MV lim = ( V ) t C V +1 ) = 0 (1) Onde: MV = mais valia; V = valor; C = capital. 7 Apêndice B Esta é uma tabela de alguns paradigmas de pesquisa. Table 1: Paradigmas P aradigmas Metodologiautilizadaem : P ositivista Metodologia utilizada nas ciências naturais e da terra. Interpretativo Metodologia utilizada nas ciências humanas. References [1] Alomá, J. S. El marxismo es una ciencia?, [2] Corrêa, J. G. S. A relação marxismo ciência. [3] Fereira, A. B. H. Minidicionário da lingua portuguesa., [4] Rocha, D. C. A religião do marxismo, [5] Roesler, G. Adendo sobre ciênci e marxismo (parte i), [6] Wikipédia. Método científico, 2007.

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