II Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional

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1 II Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional SUBTERFÚGIOS E NOVOS PADRÕES DE ORGANIZAÇÃO NO TRÁFICO ILEGAL DE ESCRAVOS: O CASO DO BRIGUE ASSEICEIRA Ana Flávia Cicchelli Pires O comércio de africanos através do Atlântico durou aproximadamente quatro séculos, envolvendo-se nesta atividade todas as nações modernas. As estimativas em torno do volume de escravos traficados atingem a cifra de aproximadamente onze milhões. 1 Desse total, cerca de 40% desembarcou em portos brasileiros, demonstrando que o tráfico de escravos entre a África e o Brasil constitui-se enquanto um dos principais circuitos comerciais de nossa história. Esta comunicação tem por objetivo analisar o período da ilegalidade do comércio de escravos para o Brasil através do Atlântico. A partir deste estudo poderemos perceber a flexibilidade do tráfico ilegal, em função da necessidade de estar adotando, continuamente, novos subterfúgios e estratégias para contrabalançar a intervenção britânica e as leis que foram sendo acordadas visando seu fim. Como conseqüência deste processo, assistiremos a emergência de novas formas de organização da empresa traficante. Para atingir o objetivo proposto, o trabalho estará dividido em dois momentos. Num primeiro momento, traçarei um breve panorama sobre o processo abolicionista brasileiro no tocante ao comércio escravista, situando a conjuntura específica em que se desenvolverá o tráfico ilegal de escravos no oitocentos. Perceberemos que, se por um lado, a política empreendida pelos britânicos teve seus limites e não conseguiu atingir seu objetivo Mestranda em História no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense. Este projeto tem contado com o financiamento da Capes. 1 Sobre o volume do comércio transatlântico de escravos ver as seguintes estimativas: ELTIS, David, BEHRENDT, Stephen & RICHARDSON, David. A participação dos países da Europa e das Américas no tráfico transatlântico de escravos: novas evidências. In: Afro-Ásia, 24 (2000), pp CURTIN, Philip D. The Atlantic slave trade: a census. Madison: Wisconsin University Press, LOVEJOY, Paul E. The volume of the Atlantic slave trade: a synthesis. In: Journal of African History, 23, nº 4 (1982), p

2 plenamente, por outro lado, foi um dos fatores responsáveis pelas mudanças que serão empregadas nos dois lados do Atlântico Brasil e África para o prolongamento da atividade escravista. Num segundo momento, o trabalho estará dedicado a tarefa de analisar uma embarcação que foi apresada e palco de processo na Comissão Mista Brasileira e Inglesa. Este caso nos ajudará a refletir sobre a possibilidade de envolvimento da região sul do Brasil no contrabando de africanos. ABOLIÇÃO DO COMÉRCIO ESCRAVISTA PARA O BRASIL ATRAVÉS DO ATLÂNTICO: Iniciando-se no último quartel do século XVIII, a campanha pela abolição do tráfico de escravos através do Atlântico prolongou-se ao longo do século XIX, alegando para a causa defendida elementos de ordem moral, política, econômica, religiosa, filosófica etc. A Inglaterra aboliu o comércio escravista em 1807, 2 abrindo mão de uma atividade na qual, até então, tinha substancial participação. A partir daí, passou a ser grande o seu empenho em fazer com que os outros países adotassem a mesma medida, especialmente Portugal, Espanha e suas colônias Brasil, no primeiro caso, Cuba e Porto Rico, no segundo. No que diz respeito a Portugal e sua colônia, o Brasil, a pressão inglesa para a abolição do comércio negreiro remonta à vinda da família real para o Rio de Janeiro, em Portugal encontrava-se envolvido numa série de problemas em função das Guerras Napoleônicas, sendo a transferência da Corte para o Brasil auxiliada pela Inglaterra. Em função desta proteção, Portugal vê-se impelido a assinar o Tratado de Aliança e Amizade entre o Príncipe Regente de Portugal e o Rei do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, em 19 de fevereiro de Esse é apenas o primeiro ato formal a partir do qual uma série de tratados internacionais entre Inglaterra e Portugal e, após a independência, com o Brasil é assinada, com objetivo de pôr fim ao tráfico de escravos. Entre outras determinações ficou decidido que o Príncipe Regente estando convencido da injustiça do comércio de escravos e resolvendo cooperar com Sua Majestade Britânica adotaria os meios mais eficazes para conseguir uma abolição gradual do tráfico atlântico em seus domínios, sendo que, a partir de então, só seria permitido comerciar com os territórios africanos que lhe pertencessem. O que ficava estipulado nesse artigo não 2 Tal medida passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de

3 afetava os direitos de Portugal sobre os territórios de Cabinda e Molembo 3, nem limitava ou restringia o comércio em Ajudá e em outros portos da África com ocupação portuguesa. O tratado permitiu também uma redução nos direitos alfandegários sobre os produtos manufaturados ingleses, que passaram a pagar uma taxa de 15% em substituição aos 24% anteriormente estabelecidos. 4 Em janeiro de 1815, durante o Congresso de Viena, a questão do tráfico foi novamente levantada, discutida e temporariamente resolvida. De acordo com o novo tratado, ficou proibido a todo vassalo da Coroa de Portugal comprar ou traficar escravos em qualquer lugar da Costa da África, ao norte do Equador. 5 Além disso, o Príncipe Regente de Portugal comprometia-se em: não empreender o tráfico debaixo da bandeira portuguesa para outro fim que não fosse suprir de escravos suas possessões transatlânticas; adotar as medidas necessárias para que o ajuste fosse cumprido; fixar, através de um tratado separado, o período em que o tráfico de escravos seria proibido em todos os seus domínios. Já Sua Majestade Britânica comprometia-se em adotar medidas que impedissem qualquer embaraço às embarcações portuguesas enquanto o comércio escravista agora limitado ao sul da linha do Equador ainda fosse permitido segundo as leis de Portugal e aos tratados existentes entre as duas nações. Além disso, indenizaria Portugal pelas embarcações que haviam sido apresadas indevidamente até 1º de junho de Para a regulamentação dos pontos fixados em 1815 foi assinada a Convenção Adicional de 28 de julho de 1817, que estipulou cláusulas para impedir qualquer comércio ilícito de escravos, tendo como itens principais: o direito mútuo de visita e busca aos navios mercantes das partes contratantes Portugal e Inglaterra sempre que houvesse suspeita de 3 Os direitos sobre tais territórios já haviam sido disputados pelo governo da França. 4 Tratado de Amizade e Aliança entre o Príncipe Regente de Portugal e El-Rey do Reino Unido da Grã- Bretanha e Irlanda, assinado em 19 de fevereiro de 1810, Collecção das Leis do Império do Brasil, BN. Segundo Maurício Goulart, o compromisso português nesta ocasião foi mais além, uma vez que (...) comprometeu-se o príncipe regente, depois de reafirmar o intento de cooperar eficazmente na causa de humanidade tão gloriosa sustentada pela Inglaterra, a abolir de pronto todo o comércio e tráfico de escravos nos estabelecimentos de Bissau e Cacheu. GOULART, Maurício. A escravidão africana no Brasil: das origens à extinção do tráfico. 3ª edição revista. São Paulo: Editora Alfa-Ômega, 1975, p Grifo do autor. 5 O comércio escravista entre o Brasil e a Costa da Mina encontrava-se, dessa maneira, proibido. 6 Tratado de 22 de Janeiro de 1815, Collecção das Leis do Império do Brasil, BN. Durantes este Congresso, as principais nações concordaram em abolir o comércio escravista, exceto Portugal, Espanha e França. Porém, logo depois, em novembro de 1815, a França adota a mesma resolução. Dessa maneira, Portugal e Espanha foram as únicas nações que permaneceram ativas no comércio escravista. KLEIN, Herbert. O fim do comércio de escravos. In: O comércio atlântico de escravos: quatro séculos de comércio esclavagista. Lisboa: Editora Replicação, 2002, p

4 tráfico ilícito; o apresamento de embarcações, caso a seu bordo fossem encontrados escravos irregularmente embarcados na África. Tais casos seriam encaminhados aos tribunais estabelecidos para este efeito, as Comissões Mistas, encarregadas de julgar com agilidade os apresamentos e determinar a indenização por perdas sofridas, em caso de detenção injusta e arbitrária. Portugal ainda assumiu o compromisso de promulgar uma lei determinando as penas que deveriam ser aplicadas aos vassalos de sua Coroa que viessem a fazer o tráfico ilícito de escravos. Grã-Bretanha, ainda de acordo com a Convenção, concederia indenizações aos donos de navios portugueses que foram apresados pelos cruzadores britânicos no período compreendido entre 1º de junho de 1814 e o estabelecimento das Comissões Mistas. 7 A Convenção de 28 de julho de 1817 teria validade de 15 anos, contados a partir da abolição total do tráfico de escravos, caso as partes contratantes não chegassem a um novo ajuste antes disso. Este prazo foi estipulado em um artigo separado à Convenção de 1817, assinado em 11 de setembro deste mesmo ano, em Londres. 8 As Comissões Mistas teriam sedes na Costa da África (Serra Leoa), no Brasil (Rio de Janeiro) e na Inglaterra (Londres). As comissões anglo-portuguesas eram destinadas a julgar, sem apelação, sobre a legalidade da detenção dos navios empregados no tráfico de escravos. Além disso, eram responsáveis pelo estabelecimento de indenizações, caso fosse concedida liberdade ao navio apresado. Cada uma das comissões era composta por um comissário juiz, um comissário árbitro e um secretário ou oficial de registro, nomeados pelo soberano do país onde residia a comissão. No caso do navio ser condenado por viagem ilícita, o casco e a carga à exceção dos escravos seriam considerados boa presa, sendo vendidos em leilão público, em benefício dos dois governos. Quanto aos escravos encontrados nas embarcações apreendidas ficou determinado que receberiam uma carta de alforria e seriam consignados ao governo do país onde estivesse instalada a comissão que 7 Convenção Adicional de 28 de julho de 1817, Collecção das Leis do Império do Brasil, BN. Anexo a esta Convenção, encontramos os seguintes atos ou instrumentos: 1) Formulário de passaporte para os navios mercantes portugueses que se destinarem ao tráfico lícito da escravatura; 2) Instruções para os navios de guerra das duas nações que forem destinados a impedir o tráfico ilícito de escravos; 3) Regulamento para as Comissões Mistas que residirão na Costa d África, no Brasil, e em Londres. 8 Artigo separado da Convenção assinada aos 28 de julho de 1817, Collecção das Leis do Império do Brasil, BN. 4

5 dera a sentença para prestarem serviço como trabalhadores livres. 9 A Comissão Mista estabelecida em Serra Leoa foi responsável pelo julgamento de diversos navios que traficavam para o Brasil. Mesmo navios apresados próximos à costa brasileira foram conduzidos para lá pelos cruzadores britânicos. Em 26 de janeiro de 1818 foi promulgado outro alvará, com força de lei, para a execução e punição dos transgressores que continuassem a traficar escravos nos portos proibidos da costa africana, dando as convenientes providências a respeito do destino da carga humana. Os navios empregados no tráfico seriam confiscados com todos os aparelhos e pertences, juntamente com a carga. Aos oficiais dos navios seria imputada uma pena de degredo por cinco anos em Moçambique, além do pagamento de multa. Ficou determinado que os africanos encontrados a bordo seriam entregues ao Juízo da Ouvidoria da comarca para aí servirem, como libertos, por tempo de quatorze anos, em algum serviço público ou alugados em praça a particulares de estabelecimento e probidade conhecida. Os responsáveis deveriam alimentá-los, vesti-los, doutriná-los e ensinar-lhes o ofício ou trabalho que se convencionasse, pelo tempo que fosse estipulado. Além disso, seria nomeado um curador, também pessoa de conhecida probidade, que teria por ofício requerer tudo o que for a bem dos libertos e fiscalizar os possíveis abusos. 10 Em 1821 assistimos ao retorno de D. João VI a Portugal devido ao temor de perder o trono português em função das revoluções liberal-nacionalistas lá ocorridas no ano anterior, deixando em aberto a questão da fixação do prazo para o término do tráfico de escravos. 11 Sendo assim, declarada a independência do Brasil, em 1822, os ingleses tentaram novo entendimento, agora com o nascente Império. As negociações prosseguiram até 1825 envolvendo, por um lado, o reconhecimento da independência por parte da Coroa Britânica e, por outro, garantias seguras da abolição do tráfico por parte do Brasil. Embora as primeiras negociações tenham sido rejeitadas, a 23 de novembro de 1826 foi ajustada uma nova convenção entre o Brasil e a Grã-Bretanha, com a finalidade de por termo ao comércio de escravatura da Costa da África, quando os tratados anglo-portugueses de 9 Anexo nº 3: Regulamento para as Comissões Mistas que devem residir na Costa da África, no Brasil, e em Londres, Collecção das Leis do Império do Brasil, BN. 10 Alvará com força de lei de 26 de janeiro de 1818, Collecção das Leis do Império do Brasil, BN. 11 BETHELL, Leslie. A abolição do tráfico de escravos no Brasil: a Grã-Bretanha, o Brasil e a questão do tráfico de escravos Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1976, p.34. GOULART, Maurício. Op. cit., p

6 1815 e 1817 foram adotados e renovados pelo Brasil. 12 De acordo com o novo tratado, num prazo de três anos após sua ratificação esta aconteceu dia 13 de março de 1827 não seria mais lícito ao Império do Brasil comerciar escravos na Costa da África, equiparando sua prática à pirataria. Além disso, as duas partes contratantes se comprometiam em nomear, desde já, Comissões Mistas, à semelhança daquelas estipuladas com Portugal. 13 Esse acordo soou altamente impopular, refletindo mal em diversas partes do Império. Segundo Leslie Bethell, a grande maioria dos deputados brasileiros estava convencida de que a abolição do tráfico negreiro, naquele momento, seria um desastre já que o Brasil era economicamente dependente de braços escravos. Além disso, argumentavam como boa parte do país que o governo imperial tinha abolido o tráfico em conseqüência da pressão estrangeira, e não para atender aos interesses nacionais. 14 Mais uma vez as repercussões foram enormes, marcando negativa e profundamente as relações entre os dois governos brasileiro e inglês que, durante algumas décadas, continuariam envolvidos em questões diplomáticas. Quando anunciada a proibição da entrada de escravos no Brasil, em 1826, criou-se grande inquietação não só neste lado do Atlântico, mas também na costa da África. 15 Temendo o cumprimento desta convenção, os interessados na continuidade do comércio negreiro fizeram um esforço grande para importar o máximo possível de africanos, o que resultou num aumento brutal do volume dos escravos traficados para o Brasil, atingindo uma cifra superior aos períodos anteriores, como resposta à iminência do seu fim. Muitos fazendeiros contraíram dívidas com os traficantes, ficando depois sem condições de saldálas. 12 Vale destacar que o reconhecimento da independência por parte da Coroa Britânica estava vinculado à abolição do comércio de escravos pelo Brasil. Sem o reconhecimento inglês ficava difícil fazer o comércio marítimo. 13 Convenção de 23 de novembro de 1826, Collecção das Leis do Império do Brasil, BN. O Tratado de 1826 estipulou que no período compreendido entre 1827 e 1830 os cruzadores britânicos continuariam a operar de acordo com a Convenção de Direito de Busca firmada em 1817 entre Inglaterra e Portugal. BETHELL, Leslie. Op. cit., p BETHELL, Leslie. Idem, pp Com relação aos conflitos gerados na costa da África quando do anúncio do fim do comércio de escravos para o Brasil, especialmente na costa centro-ocidental, vide: FERREIRA, Roquinaldo Amaral. Dos sertões ao Atlântico: tráfico ilegal de escravos e comércio lícito em Angola, Dissertação de Mestrado em História, UFRJ, Rio de Janeiro, Ainda do mesmo autor: FERREIRA, Roquinaldo Amaral. Escravidão e revoltas de escravos em Angola ( ). In: Afro-Ásia, nº ( ), pp

7 O governo brasileiro tentou adiar a data marcada para a abolição, ou seja, 13 de março de 1830, mas o governo britânico não estava disposto a ceder. Esta data chegou, porém nos meses seguintes o debate sobre a extinção do tráfico negreiro ficou relegado a segundo plano, em função das crises políticas que culminaram com a abdicação de D. Pedro I ( ). Tal assunto voltou à cena durante o período em que a Regência Trina assumiu o governo, quando foi promulgada a lei de 7 de novembro de A partir da sanção desta lei pela Assembléia Geral, o tráfico de escravos passou a ser considerado ilícito. Ficou determinado que todos os africanos recolhidos em embarcações ilegais ou desembarcados em território do Brasil seriam considerados livres. A nova lei reafirma a condição de livres dos africanos introduzidos no Brasil por comércio ilícito, mas estende sua abrangência a todo continente africano e não apenas aos embarques feitos ao norte do Equador. Além disso, estipularam as penas a serem aplicadas aos importadores de escravos. Estes, entre outras responsabilidades, deveriam arcar com as despesas de reexportação dos africanos. Com relação à definição de quem seriam os importadores pode-se dizer que estes iam desde o comandante, mestre ou contramestre da embarcação, incluindo também todos os interessados na negociação. A responsabilidade pela ilegalidade era, pela primeira vez, estendida àqueles que cientemente comprassem os referidos africanos, embora para esses as penas fossem menores Lei de 7 de novembro de MALHEIRO, Perdigão. A escravidão no Brasil: ensaio histórico, jurídico, social. 3ª ed. Petrópolis: Vozes; Brasília: INL, 2v., Os esforços do governo português, primeiramente, e depois do governo brasileiro com a finalidade de pôr fim ao comércio de escravos, culminaram na criação de um novo status jurídico, composto pelos africanos livres. Eram africanos livres todos os africanos emancipados por estarem a bordo de embarcações apresadas e condenadas por tráfico ilegal pela Comissão Mista: (...) ordena tomar conta dos africanos achados a bordo do Brigue Rio da Prata apresado por uma [ilegível] inglesa, e que se acham na armação debaixo da custódia de uma força de Permanentes, para os pôr a disposição do Juiz de Órfãos desta Cidade, para lhes dar o destino que ultimamente se adotou; isto em conseqüência da sentença proferida pela Comissão Mista sobre o tráfico da escravatura, tenho a honra de rogar a V. Exª. se sirva a expedir as convenientes ordens para que os mencionados africanos sejam postos a minha disposição para o referido fim. 27 de fevereiro de Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ), Fundo Presidência da Província (PP), Coleção 80. Estavam também inseridos na categoria os africanos recém-importados apreendidos em terra por autoridades brasileiras: Constando-me que existem alguns africanos novos dos desembarcados no dia 26 do próximo passado mês na praia do Peró, e do brigue incendiado pela tripulação em casas de um indivíduo de nome José Luiz Lopes Trindade, morador naquela praia, e conhecido também por José Peró, (...); ordeno-lhe terminantemente, e sob sua responsabilidade, que sem perda de tempo, (...), requisite a força policial que necessitar, e com ela faça apreensão dos africanos novos que encontrar naquelas casas e prenda à minha ordem o dito Trindade. Cidade de Cabo Frio, 11 de setembro de APERJ, Fundo PP, Coleção 192. Sobre os africanos livres, entre outros, ver: MAMIGONIAN, Beatriz G. To be a liberated african in Brazil: labour and citizenship in the nineteenth century. Tese de Doutorado em História. Waterloo: University of Waterloo, CONRAD, Robert. Os emancipados: nem escravos nem libertos. In: Tumbeiros: o tráfico 7

8 É ainda a Regência Trina que, em 12 de abril de 1832, promulga um decreto com a finalidade de regular a execução da carta de lei de 7 de novembro de Foram introduzidos novos regulamentos, prevendo a inspeção pela polícia e pelos juízes de paz locais de todos os navios que entrassem ou deixassem um porto brasileiro. Se fossem encontrados ou apreendidos africanos nas circunstâncias da lei, eles seriam postos em depósito e os importadores obrigados a pagar a quantia necessária para sua reexportação. Além disso, constando ao intendente geral da polícia ou a qualquer juiz de paz que alguém comprou ou vendeu escravo boçal, o fato seria averiguado. Se fosse concluído que o africano veio após a cessação do tráfico, ele seria depositado para que se procedesse nos termos da lei. Em todos os casos consta que as partes interessadas seriam ouvidas. 17 Apesar dessas medidas, que vieram sendo estipuladas gradativamente desde 1810, o tráfico atlântico continuou em atividade. Embora o comércio escravista tenha sofrido um forte abalo nos primeiros anos da década de 1830, a partir de assistimos à sua recuperação, muito em função do contexto político da Regência. Os traficantes continuaram em ação através de um sistema de contrabando, com a conivência do governo e das autoridades brasileiras, cabendo à Inglaterra vigiar, reprimir e exigir o cumprimento dos tratados e convenções firmados. Os esforços para conter o tráfico de africanos foram poucos e insuficientes, encontrando apoio nas populações locais e fácil mercado. Adicionase a isso a conivência das próprias autoridades locais, freqüentemente constituídas pelos próprios fazendeiros interessados na continuidade do tráfico. Do total de africanos trazidos para o Brasil em trezentos anos de tráfico atlântico, aproximadamente 20% chegou entre 1831 e Tal percentagem demonstra quanto o tráfico ilegal foi importante, principalmente se comparado ao período total de tráfico atlântico para o Brasil. de escravos para o Brasil. São Paulo: Ed. Brasiliense, PIRES, Ana Flávia Cicchelli. Os africanos livres na Província do Rio de Janeiro. Monografia de bacharelado em História, UFF, Niterói, BASTOS, A. C. Tavares. Cartas do Solitário. 4ª edição. São Paulo: Ed. Nacional; Brasília: INL, Decreto de 12 de Abril de 1832, Collecção das Leis e Decretos do Império do Brasil. BN. Após esta data ainda será promulgada uma outra lei com o objetivo de pôr fim ao tráfico de escravos: Lei de 4 de setembro de ELTIS, David. Economic growth and the ending of the transatlantic slave trade. Nova Iorque: Oxford University Press, 1987, pp Do total de escravos que entraram no Brasil entre 1831 e 1855, 78,40% ( ) desembarcou em portos em portos ao sul da Bahia, mais especificamente no Rio de Janeiro, a maioria sendo absorvida pela economia cafeeira do Vale do Paraíba. Para a Bahia foram direcionados 13,98% ( ) dos desembarques, ficando as regiões ao norte desta com 7,60% (54.700) dos africanos desembarcados em portos brasileiros. Como podemos perceber, o porto do Rio de Janeiro foi o principal centro de comércio escravista do Brasil ao longo do século XIX. 8

9 Se as leis acordadas para pôr um fim ao comércio de africanos para o Brasil, assim como a repressão britânica que se fazia presente, não conseguiram atingir seu objetivo plenamente, certamente elas desempenharam um papel essencial nas mudanças que foram implantadas no Atlântico Sul para o prolongamento da atividade escravista. Para dar continuidade ao comércio atlântico de escravos para o Brasil após sua proibição, em 1830, será empregada uma série de estratégias e subterfúgios com a finalidade de fugir das dificuldades colocadas no caminho daqueles que queriam dar prosseguimento a este infame comércio. De acordo com Herbert Klein, Em muitos aspectos, o comércio pré-1830 seguiu os moldes do comércio do século XVIII no que toca ao armamento, transporte de escravos e organização comercial. Mas a era pós-1830 iria registrar novos desenvolvimentos em todos os aspectos do comércio, da compra inicial dos escravos na costa africana ao financiamento das viagens, e à venda final dos escravos. Todas estas novas estratégias foram concebidas para contornar a intervenção militar directa dos Britânicos e / ou a necessidade de subornar funcionários americanos para poderem desembarcar os escravos nas Américas. 19 Entre as mudanças operadas no comércio escravista em função de sua passagem para a esfera da ilegalidade temos: aumento da importância de se ter representantes permanentes na Costa da África, a partir da necessidade de redução do tempo em que uma embarcação aí deveria permanecer até completar a sua carga; no lugar dos navios negreiros, recorreu-se cada vez mais aos navios de carga, utilizados no transporte direto de mercadorias da América, Europa e Ásia para a África, onde seriam trocadas por escravos; desenvolvimento de novas formas de financiamento do negócio, com a formação de sociedades ou empresas interessadas em custear as despesas de muitos navios e expedições com certo grau de estabilidade, dispersando os riscos e reunindo o capital necessário para a manutenção de uma presença constante em África; dispersão dos embarques na costa centro-ocidental africana e 19 KLEIN, Herbert. Op. cit. pp

10 a conseqüente emergência de novas opções de abastecimento. Todas essas mudanças foram de suma importância para o prolongamento do tráfico atlântico por mais algumas décadas. O CASO DO BRIGUE ASSEICEIRA, 1840: Dentro do contexto dos embarques e desembarques clandestinos, ressaltamos o caso do brigue denominado Asseiceira, apresado pelo bergantim de guerra inglês Fawn, comandante John Foote acompanhado pelo brigue de S.M.B. Partridge. O Asseiceira foi palco de processo na Comissão Mista Brasileira e Inglesa que, como visto anteriormente, era responsável pelo julgamento de embarcações envolvidas no comércio ilegal de escravos. A análise deste caso nos possibilitará uma melhor compreensão de como se davam as operações comerciais no período da ilegalidade, assim como as artimanhas empregadas pelos traficantes para dar continuidade ao tráfico negreiro. Além disso, este processo nos convida a refletir sobre a possibilidade de participação da região sul do Brasil no contrabando de africanos. De acordo com o comandante do cruzador inglês, John Foote, a Asseiceira foi detida no dia 31 de dezembro de 1840, aproximadamente 20 milhas de distância da Ilha de São Sebastião, navegando sem bandeira e sem artilharia. O comandante do brigue Asseiceira, Antonio da Silva Mellão, declarou ao Tenente inglês que a embarcação vinha de Quelimane para Ilha Grande, com uma tripulação de 23 pessoas e 5 passageiros, além de 332 escravos embarcados no porto da África Oriental acima mencionado no dia 3 de novembro de Ainda segundo John Foote, a embarcação parecia estar em bom estado para navegar, abastecida com suficiente porção de água e mantimentos para manutenção dos africanos e da tripulação até que chegassem ao seu destino. Depois de apresada, a Asseiceira foi conduzida para o Rio de Janeiro. Chegando neste porto, os escravos, assim como o capitão e os passageiros foram mandados para bordo da fragata de S.M.B. Crescent Do total de africanos a bordo do Asseiceira, 85 eram homens, 25 eram mulheres, 168 eram moleques e 54 eram negrinhas. 21 Arquivo Histórico do Itamaraty (AHI), III - Coleções Especiais; 33 - Comissões Mistas Brasil Grã-Bretanha (tráfico de negros), Embarcação Asseiceira, Lata 2, Maço 2. 10

11 Soares. 24 De acordo com José Capela, de facto, no porto de Quelimane o contrabando era o O processo da Asseiceira é bastante complexo, especialmente porque envolve uma outra embarcação na transação pretendida. Segundo a documentação, a Asseiceira saiu do Rio de Janeiro com destino a Santa Catarina, com a finalidade de receber a carga e tripulação que estava a bordo do brigue português Dois Amigos. 22 Este havia saído do Rio de Janeiro com destino a Goa, com escala por Moçambique, em novembro de Contudo, em função de contratempos em sua navegação, tornou-se necessário que arribasse ao primeiro porto que se pudesse tomar e o vento favorecesse, o que acabou ocorrendo em Santa Catarina. Após o auto de vistoria realizado na Ilha de Santa Catarina, o Dois Amigos foi declarado inavegável. Assim sendo, tornou-se necessário procurar outra embarcação que pudesse realizar a viagem a que estava destinado. Como não foi encontrada nenhuma embarcação disponível no porto a que arribou o Dois Amigos, a solução foi fretar e mandar vir do Rio de Janeiro uma outra embarcação. 23 O brigue português Asseiceira, tendo como proprietários João Machado Cardoso e José Vieira Pimenta súditos portugueses, recebeu a bordo a tripulação e a carga do Dois Amigos e seguiu viagem. Saiu da Ilha de Santa Catarina em março de 1840, com destino a Goa, sendo permitido fazer uma escala em Moçambique. De acordo com João Baptista Boisson, primeiro piloto e caixa do brigue, a embarcação entrou em Quelimane arribado, para se refazer de água e mantimentos. Contudo, em 8 de junho de 1840 solicitou a Alfândega do local autorização para desembarcar a sua carga e realizar o seu negócio em Quelimane, o que foi concedido pelo responsável, cujo nome era José Joaquim Fortunato pão nosso de cada dia. Nos anos finais do comércio ilegal, a presença dos escravistas brasileiros e de seus agentes em Quelimane era recorrente, sendo os embarques e desembarques de mercadorias e de escravos realizados um pouco afastados da vila, mas sempre contando com a colaboração das autoridades. 25 Tal aspecto pode ser confirmado também através do dado fornecido por diversos depoentes perante a Comissão Mista. Estes 22 Segundo a documentação, o proprietário do Dois Amigos era Vicente Júlio Botelho de Azevedo. 23 AHI, III, 33, Op. cit. 24 Embora J. B. Boisson é que tenha solicitado o desembarque da carga da Asseiceira em Quelimane, em seu depoimento ele afirma que não seguiu para Goa por rebeldia do capitão até então, Manços Soares de Noronha, que não quis seguir as ordens do dono e desembarcou ali as fazendas. AHI, III, 33, Idem. 25 CAPELA, José. O tráfico de escravos nos portos de Moçambique, Porto: Edições Afrontamento, 2002, pp

12 afirmaram que os objetos existentes a bordo do Asseiceira a serviço da escravatura como, por exemplo, as caldeiras e escotilhas foram todos recebidos em Quelimane. Um dos depoentes, inclusive, disse que os africanos haviam sido recebidos dentro do porto, defronte da casa do Governador. 26 Entre os papéis achados a bordo do brigue Asseiceira encontramos algumas cartas que sugerem o envolvimento de José Bernardino de Sá na negociação. Uma dessas cartas, dirigida a João Baptista Boisson com data de 27 de janeiro de 1840, tem o seguinte conteúdo: Nesta ocasião segue o brigue Asseiceira de minha propriedade para pegar no carregamento do Dois Amigos o qual V. Mce. passa a comandar, e a seguir em tudo as ordens do Sr. José Bernardino de Sá. Desejo-lhe saúde. Assinado por José Vieira Pimenta Júnior e João Machado Cardoso, proprietários da Asseiceira. 27 Já foi mencionado anteriormente que uma das grandes mudanças operadas durante o período da ilegalidade do comércio de africanos para o Brasil foi a saída dos pequenos negociantes, em função do alto risco que tal empreitada exigia. De acordo com Mary Karasch, na década de 1840, assistimos a uma rede de negócios altamente organizada, dominada por uma média de 20 a 30 capitalistas, que normalmente tinham por hábito diversificar seus negócios, mantendo outras atividades comerciais paralelamente àquelas envolvidas no tráfico atlântico. 28 José Bernardino de Sá, importante negociante da praça do Rio de Janeiro, ilustra bem esse tipo de capitalista que atuou no tráfico escravista. Estendeu suas operações comerciais aos dois lados do Atlântico, mantendo e controlando depósitos de escravos no Brasil, assim como agentes comerciais, feitorias e barracões na costa africana. Na tentativa de salvaguardar suas embarcações das garras dos cruzadores britânicos, envolveu-se em processos extremamente complexos. O nome de José Bernardino de Sá, condecorado com o título de Barão de Vila Nova do Minho, aparece envolvido em não menos do que dez processos de embarcações 26 AHI, III, 33, Op. cit. A maioria dos depoentes afirma que os africanos embarcaram a três ou quatro léguas de distância da vila. 27 AHI, III, 33, Idem. 28 KARASCH, Mary. The Brazilian slavers and the illegal slave trade, Tese de Mestrado, University of Wisconsin, 1967, p

13 claro. 32 Certo está que Paranaguá desempenhou um importante papel no comércio ilegal de apresadas e palco de processo na Comissão Mista. 29 Tal aspecto demonstra a avultada participação que teve negociante no contrabando de africanos. Seu nome aparece também no Relatório do Alcoforado, que diz que este célebre negociante foi quem em maior escala tinha diversas negociações, estabelecendo diversas feitorias em África e comprando fazendas a prazo nas casas inglesas. 30 Bernardino de Sá declarou que não tinha parte, nem interesse, na negociação do brigue Asseiceira. A explicação dada para o fato de seu nome figurar entre a documentação da embarcação foi a de que ele havia sido o intermediário entre os proprietários do navio e seus carregadores nos ajustes relativos à ida do Asseiceira para Santa Catarina para tomar o carregamento do Dois Amigos. Tal alegação é confirmada não só por José Vieira Pimenta e João Machado Cardoso proprietários do Asseiceira, mas também por João Baptista Boisson, que afirma que José Bernardino de Sá havia sido encarregado pelos carregadores de lhe procurar um navio para pegar a carga do Dois Amigos. 31 Voltando um pouco a discussão para a participação da região sul no comércio ilegal de escravos, é possível que a Ilha de Santa Catarina possa ter servido de subterfúgio para despistar as autoridades no que diz respeito ao contrabando de africanos. Na opinião do procurador nomeado por John Foote, a arribada do Dois Amigos em Santa Catarina foi fictícia, feita apenas para fugir dos obstáculos. Completa ainda este procurador dizendo que os interessados nesta negociação criminosa acharam-se obrigados a recorrer à proteção do cônsul português em Santa Catarina, Sr. José Gonçalves dos Santos Silva, o qual deu licença ao brigue Asseiceira para fazer uma viagem aos mares orientais da África, em oposição ao despacho que foi dado pelo Consulado Geral de Portugal na Corte do Rio de Janeiro. Contudo, o papel de Santa Catarina neste processo ainda não está totalmente africanos. Segundo o Relatório do Alcoforado, os tumbeiros seguiam rumo a Macaé, Cabo 29 Em alguns casos Bernardino de Sá aparece como proprietário, em outros como cessionário da embarcação apresada. Há ainda casos em que seu nome figura juntamente com o de seus herdeiros estes como proprietários das embarcações. AHI, III, 33, Embarcação: Diversas. 30 ALCOFORADO, Joaquim de Paula Guedes. História sobre o infame negócio de africanos da África Oriental e Ocidental, com todas as ocorrências desde 1831 a In: FERREIRA, Roquinaldo Amaral. O Relatório Alcoforado. Estudos Afro-Asiáticos (28): , outubro de AHI, III, 33, Embarcação Asseiceira, Lata 2, Maço AHI, III, 33, Idem. Vale ressaltar que esta não é a única embarcação que passa por este porto e é palco de processo na Comissão Mista Brasileira e Inglesa. 13

14 Frio, Paranaguá e outros pontos e enseadas, onde efetuavam suas descargas e entravam escandalosamente como arribados, até que de novo se preparavam e seguiam para a África. 33 Outro indício da participação de Paranaguá nas atividades negreiras vem à tona a partir do depoimento de três passageiros que vieram a bordo da Asseiceira. Eles foram para Quelimane no brigue Oriental Rápido, que havia saído de Paranaguá. 34 A Comissão Mista chegou a um veredicto com relação ao julgamento do brigue Asseiceira em março de 1841 após uma discordância entre os comissários. Estes julgaram procedente a detenção do brigue português Asseiceira, propriedade de negociantes da praça do Rio de Janeiro, sendo considerado boa presa. Os africanos a bordo foram declarados livres e emancipados e os indivíduos abaixo mencionados incursos na pena do artigo 1º da Convenção de 1826, 35 a saber: João Baptista Boisson, José Bernardino de Sá, Manoel Martins Machado e Amâncio Nunes. 36 CONCLUSÃO: Como podemos perceber através desta comunicação, o tráfico atlântico passou por grandes transformações a partir de 1830, onde assistimos a formação de novas redes comerciais, assim como a emersão de novas rotas e novas zonas de abastecimento. Além disso, o comércio ilegal de escravos foi continuamente adotando novas estratégias como as mudanças operadas no emprego das embarcações, a reorganização do sistema de financiamento, o deslocamento geográfico dos embarques ao longo da costa, entre outras, o que lhe permitiu contrabalançar a intervenção britânica e as leis acordadas visando o seu fim. O importante circuito comercial entre a África e o Brasil passou a ser realizado através de um sistema de contrabando, onde as bases organizacionais e operacionais precisavam estar 33 ALCOFORADO, Joaquim de Paula Guedes. Op. cit., pp AHI, III, 33, Op. cit. 35 Artigo I. Acabados três anos depois da troca das ratificações do presente tratado, não será lícito aos súditos do Império do Brasil fazer o comércio de escravos na Costa d África debaixo de qualquer pretexto, ou maneira qualquer que seja. E a continuação deste comércio, feito depois da dita época por qualquer pessoa súdita de sua Majestade Imperial, será considerado, e tratado de pirataria. Convenção de 23 de novembro de 1826, Collecção das Leis do Império do Brasil, BN. 36 AHI, III, 33, Op. cit. A Asseiceira, ficando sob a responsabilidade do Tesoura da Comissão Mista, foi vendida após alguns meses. 14

15 sendo refeitas e adaptadas continuamente. Essa necessidade de estar sempre se refazendo / reorganizando nos faz perceber o quanto, dentro de certos limites, o comércio ilegal de escravos era flexível. Essa flexibilidade, característica do período da ilegalidade do comércio de africanos, é um importante aspecto que nos ajuda a constatar o alto poder da empresa traficante. Apesar dos riscos e perigos, os empreendimentos eram lucrativos, bem planejados e capazes de ajustar-se ao novo quadro, transpondo os obstáculos e desenvolvendo uma lógica de funcionamento e organização. Com relação ao envolvimento da região sul do Brasil no contrabando de africanos, em função de alguns apontamentos aqui sugeridos, torna-se imprescindível uma dedicação maior ao tema. Espero que esta comunicação sirva ao menos para despertar o interesse para tal assunto. 15

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