EFEITOS DO LOCAL DO JOGO E DO NÚMERO DO SET NA PERFORMANCE EM JOGOS DE VOLEIBOL DE ALTO NÍVEL

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1 UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO EFEITOS DO LOCAL DO JOGO E DO NÚMERO DO SET NA PERFORMANCE EM JOGOS DE VOLEIBOL DE ALTO NÍVEL. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DO DESPORTO -ESPECIALIZAÇÃO EM JOGOS DESPORTIVOS COLECTIVOS Paulo Jorge Ferreira dos Santos Beça Vila Real, 2010

2 Dissertação apresentada com vista à obtenção do grau de Mestre em Ciências do Desporto, na área dos Jogos Desportivos Colectivos. Orientadores: Professor Dr. Jaime Sampaio e Professor Dr. Paulo Vicente João Departamento de Desporto da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Paulo Jorge Ferreira dos Santos Beça Vila Real, 2010

3 À MEMÓRIA DO MEU PAI

4 Agradecimentos A vida humana é verdadeiramente deslumbrante e aliciante quando feita de objectivos. Cada um de nós, confere-lhe sentido por, ao longo do seu percurso de vida, ir definindo etapas a atingir, procurando ultrapassar obstáculos e responder a desafios pessoais, académicos e profissionais. Como em qualquer projecto de investigação, foram diversas as pessoas que contribuíram para que este trabalho se pudesse concretizar. Nesse sentido, gostaria de expressar o meu reconhecimento e a minha gratidão a todos aqueles que contribuíram para a realização deste trabalho. Ao Professor Doutor Jaime Sampaio, pelas críticas construtivas e pela pertinência nas sugestões, no rigor científico e pelo incontornável conhecimento nesta área de estudo que tanto enriqueceu este trabalho. Ao Professor Doutor Vicente João, tendo-se disponibilizado a co-orientar este trabalho, o meu agradecimento, aos constantes incentivos e disponibilidade que sempre manifestou desde a recolha da amostra como pela bibliografia facultada para a realização do mesmo, o meu muito obrigado AMIGO Vicente. À Federação Portuguesa de Voleibol, na pessoa do Presidente Vicente Araújo e do Director Técnico Nacional, o Mestre Daniel Lacerda e da sua equipa de trabalho, que nos possibilitou a presença e a informação recolhida para a base de dados desta dissertação. Aos meus irmãos e família, por todo o apoio, amizade, compreensão e encorajamento. Ao meu pai, de que tenho uma enorme saudade e estou certo de que apreciaria assistir a este meu passo. I

5 À minha mãe, por todo o amor, carinho, amizade, apoio, compreensão, encorajamento, pelo tempo escasso que lhe dispensei. À Diana, obrigado por existires e por teres tido paciência pelo tempo que ficamos privados de nos divertirmos, mas vou compensar-te... À Cláudia Oliveira, por todo o amor, apoio, colaboração e ajuda incondicional ao longo destes meses, que independente dos seus afazeres profissionais sempre me ajudou ao realizar sugestões pertinentes para a elaboração do mesmo. III

6 RESUMO O presente estudo tem como objectivo identificar de que forma o efeito do local (casa/fora) e do número do set nos procedimentos do jogo de voleibol de alto nível tem repercussões no desfecho final (vitória/derrota). Foram analisados 76 jogos da Liga Europeia de 2007 (seniores masculinos) a partir do Software DataVolley, correspondentes a 610 sets, num total de acções distribuídas por acções de serviço, acções de ataque, acções de recepção e acções de bloco. Para a descrição dos dados recorremos aos procedimentos habituais da estatística descritiva, a média e o desvio-padrão. Foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas a dois factores: número de set e local de jogo. Estes dois procedimentos foram repetidos para o jogo a 3, 4 e 5 sets. No caso de se necessitar de realizar a comparações múltiplas foi utilizado o teste de Tukey HSD. Considerou-se o valor de p<0,05 para nível de significância. Os principais resultados permitemnos constatar que no factor casa, nos jogos a 3 sets, os procedimentos de jogo que apresentam maior eficácia são o bloco e o ataque. Nos jogos a 4 e a 5 sets, a recepção e o bloco são os procedimentos que apresentam maior eficácia. No entanto independentemente dos jogos a 3, 4 e a 5 sets o procedimento de jogo que apresenta maior eficácia é o bloco. Na comparação entre sets, nos jogos a 3 e a 4 sets não se verificaram diferenças significativas, no entanto, nos jogos a 5 sets verificaram-se diferenças significativas entre todos os procedimentos de jogo (serviço, recepção, ataque e bloco), no entanto o serviço e recepção apresentam diferenças com todos os sets anteriores (1º,2º,3º e 4º). O presente estudo reforçou a necessidade da utilização do bloco como factor fundamental para o sucesso da equipa, principalmente nos jogos em casa. Palavras-chave: Vantagem casa; Voleibol; indicadores de performance; Liga Europeia; Análise do Jogo; Jogos Desportivos. V

7 Abstract This study aims to identify the effects location (home / away) and the number of sets in a high-level volleyball game have on the final outcome (win / lose). We analyzed 76 games of Euroleague 2007 (senior men) using DataVolley Software, corresponding to 610 sets, in a total of 39,068 performance indicators comprising of 13,555 serves, 13,496 attacks, 10,742 receptions and 1275 blocks. For the description of the data, we used the standard procedures of descriptive statistics, the average and standard deviation. We used an ANOVA for repeated measures of two factors: the set number and game site. These two procedures were repeated for the game at 3, 4 and 5 sets. When we needed to perform multiple comparisons, we used the Tukey's HSD test. We considered the value of p <0.05 significance level. The main results allow us to conclude that given the home factor, in 3-set games, performance indicators that are more effective are the block and attack. In 4- and 5-set games, the reception and block are the indicators of performance that are more effective. However, independently of the games having 3, 4 or 5 sets, the indicator of performance which is more effective is the block. Comparing sets in 3- and 4-set games, there were not significant differences. However, in 5-set games there were significant differences in all the indicators of performance (serve, reception, attack and block). Nevertheless, the serve and reception differ from all the previous sets (1, 2, 3 and 4). This study reinforced the need to use the block as a key factor for the team s success, especially in home games. Key-words: Home Advantage; Performance indicators Volleyball; European League; Match analysis, team sport. VII

8 Índice geral Agradecimentos Resumo Abstarct Índice geral Índice de quadros Índice de figuras I V VII IX XI XIII 1. Introdução 1 2. Material e Métodos Apresentação de Resultados Discussão de Resultados Conclusões Bibliografia Anexos 32 Anexo A Report Match Data Volley IX

9 Índice de quadros Quadro nº 1 - Médias e resultados da comparação estatística da maior eficácia no serviço, recepção, bloco e ataque referentes a vitória por 3 sets e a sua influência no local do jogo. 13 Quadro nº 2 - Médias e resultados da comparação estatística da maior eficácia no serviço, recepção, bloco e ataque referentes a vitória por 4 sets e a sua influência no local do jogo. Quadro nº 2 - Médias e resultados da comparação estatística da maior eficácia no serviço, recepção, bloco e ataque referentes a vitória por 5 sets e a sua influência no local do jogo XI

10 Indice de figuras Figura 1. Modelo estrutural da investigação centrada na vantagem em casa (adaptado em Courneya e Carron, 1991) 4 XIII

11 1. Introdução

12 1. Introdução Após uma breve pesquisa nos Jogos Desportivos Colectivos pode-se constatar que nos últimos tempos um dos fenómenos que tem despertado um grande interesse científico é a vantagem casa e a sua influência no resultado de jogo. Courneya y Carron (1992) mencionam que a vantagem casa é representada pela consistência com que as equipas vencem mais de 50% dos jogos disputados em casa, desde que realizem o mesmo número de jogos em casa e fora, defrontando os mesmos adversários. Estes autores realizaram 16 estudos ao longo de 260 épocas desportivas onde compararam os resultados da vantagem casa em várias modalidades que integram os Jogos Desportivos Colectivos. Os valores obtidos mostram que o factor casa a nível quantitativo varia de modalidade para modalidade, verificando-se uma maior vantagem para o futebol (69%), sendo o basebol a modalidade que usufrui menos deste factor (53,5%). No voleibol, não encontramos estudos que refiram a percentagem do sucesso em jogos realizados em casa. As investigações realizadas centram-se predominantemente na influência do factor casa nos procedimentos de jogo que poderão levar à vitória do jogo. Como é o caso dos indicadores discriminantes (Maquieira, 2007; João, 2008), as variações do marcador (Gubellini, 2005; Lobietti et al., 2006), os indicadores de eficácia (Oliveira et al., 2004; Oliveira et al., 2005a; Oliveira et al., 2007) e a caracterização das acções terminais (Marcelino et al., 2008). Existem estudos que indicam que a influência do factor casa está mais iminente em certos momentos de jogo. Estudos efectuados no voleibol e no basquetebol em equipas de elite masculina, sugerem maiores vantagens casa nos momentos iniciais 1

13 dos jogos. De acordo com Pallarés e Rosel (2001), isto acontece porque a equipa da casa está mais familiarizada com a luminosidade do campo; com o público, existindo assim, uma menor ansiedade competitiva. Segundo Pollard (2002), no seu estudo sobre as percentagens de vitórias alcançadas pelas equipas da casa nas ligas de basquetebol, hóquei e basebol, quando ocorre uma mudança de estádio, verificou que o factor casa diminuiu, logo após a mudança, porém passado pouco tempo este voltou a subir à medida que as equipas se iam familiarizando com o novo espaço de jogo. Nos estudos referidos acima verifica-se uma forte vantagem nas equipas que jogam em casa, no entanto as causas que suportam este facto são ainda pouco conhecidas e exploradas. Em Portugal são escassos os artigos e documentos que suportam estes resultados pelo que se torna ainda mais pertinente a sua investigação. Neste sentido fomos em busca desta resposta e descobrimos que existem vários factores que podem influenciar na vantagem casa, tais como: dimensão da área de jogo, características do piso, espectadores e à pressão exercida na arbitragem. Relativamente à dimensão da área de jogo e às características do piso (Pollard, 1986; Barnett e Hilditch, 1993; Reilly e Gilbourne, 2003; Drubscky, 2003) consideram que estes dois factores trazem muitas consequências para a táctica e para o estilo técnico do jogo em causa, podendo alterar a importância relativa da táctica, da força e da resistência aeróbia /anaeróbia dos jogadores. Pollard (2002) defende que há uma maior consciência espacial do atleta em casa, o que permite uma orientação/reorientação mais eficaz nas acções decorrentes e exigidas em jogo. Uma outra explicação é o clima acolhedor fomentado pelos espectadores que existe quando se joga em casa, emoção essa 2

14 que funciona de forma inversa para com a equipa visitante. Neave e Wolson (2003) sugerem que há um incentivo motivacional importante nesta área podendo haver alterações hormonais favoráveis ao desempenho desportivo dos atletas, principalmente se a rivalidade entre equipas (exemplo em derbies) for exacerbada. Outro factor que não pode ser descurado é a influência do factor casa exercido sobre a equipa de arbitragem. Em Portugal é comum verificar-se a pressão que o público, comissão técnica, dirigentes exerce na equipa de arbitragem em situações de bola mais dúbias. De acordo com Nevill e Tall (2002) neste caso específico o árbitro tende a decidir favoravelmente pela equipa da casa. Toda esta atmosfera competitiva acaba por originar um estado psicológico diferenciado entre as duas equipas, aumentando a ansiedade e o stress na equipa visitante. Também está provado que outro factor que influencia negativamente a performance dos atletas de alto nível é o jet lage, mais conhecido propriamente como síndroma de mudança de fuso horário, consequência de viagens entre continentes como acontece especificamente em Campeonatos do Mundo, Jogos Olímpicos, Taças Intercontinentais e jogos entre as Competições Europeias de Clubes, ou fases de apuramento para Campeonatos do Mundo e da Europa que implica uma mudança de fuso horário de três ou mais horas (Reilly & Silvénio, 2000). De forma sucinta e esquemática, Courney e Cannon (1991) elaboraram um modelo integrativo e estrutural constituídos por cinco componentes fortemente interrelacionais que eles consideram que influenciam o factor vantagem casa. 3

15 Local do Jogo Factor do local do jogo Estados psicológicos Estados comportamentais Performance Casa Fora Público Jogadores Jogadores Primária Instalações Treinadores Treinadores Secundária Viagens Regras Árbitros Árbitros Terciária Figura 1. Modelo estrutural da investigação centrada na vantagem em casa (adaptado em Courneya e Carron, 1991) Os autores defendem que as primeiras 4 componentes influenciam de forma directa a performance dos atletas. Esta última, por sua vez, é subdividida em performance primária, secundária e terciária. A performance primária diz respeito aos indicadores que expressam a execução de determinadas acções (exemplo: estatísticas de jogo). A performance secundária refere-se aos indicadores que decidem o desfecho do jogo (exemplo: pontos marcados e sofridos). Por último, a performance terciária debruça-se sobre as medidas que estabelecem o desfecho final do jogo (vitória/derrota). A literatura consultada defende que a vantagem casa pode influenciar directamente a capacidade dos atletas, quer nas acções terminais como nas não terminais, influenciando de forma directa o desfecho de jogo (vitória/derrota). Acerca da familiaridade com o local do jogo, Moore e Brylinsky (1995) argumentam que as equipas são beneficiadas ao jogar em casa por estarem mais acostumadas às características do campo. Os aspectos climáticos e alimentares, nomeadamente a gastronomia da região, podem interferir de forma negativa na performance da equipa de fora. Além do mais, não raras vezes as equipas visitantes adoptam tácticas defensivas, o que, de acordo com Bray, Jones e Owen (2002) tende a beneficiar psicologicamente alterações positivas na percepção de controlo e autoconfiança as equipas que jogam em casa. O factor viagem versa sobre o cansaço decorrente do deslocamento das equipas visitantes, sobretudo quando 4

16 percorrem extensas distâncias até o local do jogo (Carron et al., 2005; Smith, 2005). A viagem realizada pelo visitante e a sua decorrente fadiga assim como a influência negativa do público local antes e durante os jogos, determinam a postura em jogo. Este último aspecto é ressalvado por Nevill et al. (1996) e por Nevill e Holder (1999) como o de maior predominância. Nos seus estudos encontraram uma maior influência na vantagem da casa na medida que aumenta a multidão e, consequentemente, o barulho provocado por esta. A multidão das claques é um factor que, também é determinante e está relacionado ao contingente de pessoas que vão aos estádios e pavilhões apoiar as suas equipas (Nevill & Holder, 1999). Em linhas gerais, a presença de um grande número de público exerce efeito motivacional nos atletas, intimida os oponentes e influencia a arbitragem a favorecer, mesmo que não intencionalmente, a equipa de casa (Smith, 2005). Ainda sobre essa controvérsia, existem estudos (Zeller & Jurkovac, 1988) envolvendo a influência do número absoluto de público e/ou claque no resultado do jogo e no comportamento dos atletas e dos árbitros que proporcionaram evidências acerca do relacionamento favorável entre número do público da claque e a vantagem casa. Numa pesquisa Efectuada por Nevill, et al., (1999) observaram um aumento significativo na percentagem de pontos ganhos em casa quando as equipas jogaram na presença de uma grande assistência. Num trabalho anterior, Nevill, et al. (1996) verificaram que o número total de público e/ou claque que aparecem nos estádios está positiva e significativamente associado à vantagem casa. As explicações oferecidas pelos investigadores que encontraram relação positiva entre vantagem casa e número de público a favor referem-se: a) ao efeito 5

17 motivacional jogadores que jogam em casa, e b) à intimidação dos adversários e dos árbitros. Uma outra explicação, que é documentada em estudos, é a resposta protectora para uma invasão territorial, sugerindo que há um incentivo motivacional importante nesta defesa, podendo haver alterações hormonais favoráveis ao desempenho desportivo nos jogadores que jogam em casa, e ainda mais se a rivalidade for exacerbada (Neave & Wolfson, 2003). Pode haver também factores influentes pelo programa de competição estabelecido. O regulamento da competição evita jogos seguidos para uma equipa em casa, ou impede que a equipa da casa mude de campo sem aviso prévio, mas infelizmente não controla alguns factores manipuladores que podem ocorrer como: dificultar indirectamente o adversário a alojar-se em tempo previsto e/ou alojar-se em hotéis distantes e em locais barulhentos; deixar de garantir condições e horários adequados para o seu treino e reconhecimento do local do jogo, quando este permitir, minutos antes da partida. Como argumentado por Pollard (2006), as características geográficas de um país podem interferir na vantagem casa, assim a presença de regiões com altitude e maior área territorial, podem levar os visitantes a realizar grandes deslocações. Outras evidências na literatura da relação entre vantagem casa é distância de deslocamento do visitante nas competições, a possibilidade de fadiga e a fraca prestação, no final das partidas, nos jogos fora, em função de viagens, sendo encontradas diferenças significativas nas médias dos finais das partidas entre casa e fora. Aspectos como tamanho e densidade de público nos locais dos jogos têm sido investigados no desempenho de equipas, nas decisões de árbitros e na própria percepção do público e jogadores sob sua 6

18 influência em relação à vantagem casa. É assinalado que, além de tentar prejudicar o estado psicológico da equipa adversária, o público da casa, através da pressão e da intimidação pelo ambiente caseiro propenso, pode também exercer uma forte influência sobre as decisões do árbitro a favor da equipa da casa. Assim, é comum encontrar países com forte tradição de predomínio do factor "casa", consagrando-se vitoriosos, apesar de revelar alguma inferioridade noutros factores, perante os restantes adversários, como por exemplo, na qualificação técnica dos seus jogadores. Outro factor importante é, naturalmente, o árbitro, sobre quem se exerce boa parte da pressão e contra quem se dirigem muitas tentativas de intimidação pelo ambiente "caseiro" propenso, quer seja pelo quadro de jogadores, equipa técnica, dirigentes ou pelo público. De acordo com os estudos de Nevill et al. (1996) e Nevill et al. (2002) eles exercem forte influência a favor das equipas da casa, principalmente, quando se trata de decisões importantes no aspecto da arbitragem. Toda esta atmosfera competitiva termina num estado psicológico diferenciado na equipa visitante, e esta não estando psicologicamente preparada para orientar tal situação, tem como consequência um aumento de ansiedade e origem de stress de diferentes níveis e sentidos nos jogadores, que podem temer, ainda que inconscientemente, não conseguirem corresponder às expectativas traçadas para o jogo (Miranda, 1998). Consequentemente, estes factores aliados aos demais levantados até ao momento, podem levar a um diminuição das condições psico-fisiológicas e das perspectivas para a equipa visitante, que inclusive se predispõe a tomar decisões por acções tácticas extremamente defensivas, culminando então num desempenho insatisfatório na casa do adversário. Porém, é de se acreditar que a prestação das melhores equipas é menos influenciada pelo factor "casa" do que a dos piores, e que 7

19 uma das consequências da experiência e da profissionalização é a maior independência em relação aos factores que podem ser intervenientes na preparação para o jogo. A dinâmica competitiva, e mesmo os treinos, devem levar todos os elementos da equipa técnica a procurarem informações sobre seus adversários e estarem preparados para os pormenores do factor "casa" e transformá-los em todas as circunstâncias possivelmente treináveis. Na tentativa de anular esta vantagem, cabe às equipas visitantes explorarem com muito pormenor as circunstâncias adversas que irão confrontar. No campo táctico devem ser elaborados bons recursos ofensivos, já que sofrer uma pressão ofensiva é quase uma regra na casa do adversário do jogo. Esta também deve sofrer de uma adaptação, onde soluções para determinados problemas como: tácticos ou mesmo sobre o sistema de jogo a enfrentar irão depender da flexibilidade e da versatilidade do elenco de seus jogadores. Um forte suporte psicológico também é indicado. Por fim, o número de espectadores da casa é considerado um factor criador de ansiedade e pressão social. Mas apesar disso, a qualidade dos jogadores é discutida, ou seja, as equipas que apresentarem as melhores qualidades físicas, técnicas, tácticas e psicológicas conseguirão independentemente do número de público da casa ultrapassar a equipa adversária. Por último importa no nosso caso realizar uma breve descrição da modalidade de voleibol e justificar por que motivo se optou-se pela escolha desta temática. O voleibol é um jogo desportivo colectivo (JDC) que integra 6 acções técnicas: serviço, recepção do serviço, passe, remate, bloco e defesa. O jogo começa com o serviço, seguido da recepção, distribuição, ataque, bloco, defesa e novamente distribuição. A partir desse momento, ambas as equipas entram num movimento de jogo, ou seja, uma sequência cíclica que só termina quando uma das equipas perde 8

20 o ponto (Selinger and Ackermann-Blount, 1986; Fraser, 1988; Beal, 1989; Hippolyte e tal., 1993; Beal, 2002). Pode-se conquistar ponto directamente através do ataque, o bloco e o serviço, pelo que estes procedimentos denominam-se de acções terminais ou na versão original de Scoring Skills. Por sua vez, os procedimentos de defesa e recepção são designados de acções não terminais e/ou acções de continuidade ou seja, Non Scoring Skills. É de salientar que, perante erros de execução, é possível provocar ruptura no marcador do jogo com as acções não terminais, isto é, conquistar o ponto. A revisão literária consultada defende que a vantagem casa pode influenciar directamente a capacidade dos atletas, quer nas acções terminais como nas não terminais, influenciando de forma directa o desfecho de jogo (vitória/derrota). O presente estudo tem como objectivo identificar de que forma o efeito do local (casa/fora) e do número do set nos procedimentos do jogo de voleibol de alto nível tem repercussões no desfecho final (vitória/derrota). 9

21 2. Material e Métodos

22 2. Material e Métodos Amostra A amostra do presente estudo foi retirada a partir da score box da Confederação Europeia de Voleibol (CEV). Os resultados foram obtidos através da estatística oficial da Liga Europeia de seniores masculinos (n=76, entre 18 de Maio e 4 de Julho de 2007), correspondentes a 610 sets, num total de acções distribuídas por acções de serviço, acções de ataque, acções de recepção e acções de bloco. A escolha da amostra teve como critério a análise de todos os jogos efectuados na Liga Europeia de 2007, em virtude de estar presente a Selecção Sénior Nacional Portuguesa de Voleibol. Procedimentos O objectivo da nossa investigação foi analisar o jogo de voleibol, pretendendo-se identificar os momentos ocorridos ao longo do tempo (set e jogo). Dividiu-se o jogo em três momentos: 3-0, 3-1 e 3-2 e analisou-se o que sucedia durante estes três momentos. Deste modo, pretendeu-se perceber se o factor casa/fora intervém no desfecho final do jogo (vitória / derrota). O voleibol integra 6 procedimentos de jogo: serviço, recepção do serviço, passe, remate, bloco e defesa. A nível temporal, o jogo inicia-se com o serviço, seguido da recepção, distribuição, ataque, bloco, defesa e distribuição. A partir desse momento, ambas as equipas entram num fluxo de jogo ou sequência cíclica que só termina quando uma das equipas perde o ponto (Beal, 1989; Hippolyte e tal., 1993; Beal, 2002). 10

23 O ataque, o bloco e o serviço, devido à possibilidade de conquistar ponto directamente, são designados por Scoring Skills, sendo a tradução para português mais comum Acções Terminais. Por sua vez, os procedimentos de defesa e recepção são designados por Non Scoring Skills, havendo em português duas possíveis traduções tais como: acções não terminais e/ou acções de continuidade. Todavia, através destes procedimentos é possível provocar ruptura no marcador do jogo, sendo, no entanto, sempre devidos a erros de execução. Para o presente estudo optou-se por analisar os procedimentos de jogo (ataque, bloco, serviço e recepção) que variam ao longo dos seguintes resultados 3-0, 3-1 e 3-2 e analisar se o factor casa intervém no desfecho final do jogo (vitória / derrota). Neste estudo, a variável dependente considerada foi o resultado do jogo (vitória e derrota). Quanto às variáveis independentes, foram escolhidas as variáveis sugeridas por alguns estudos como acções terminais: serviço, bloco e ataque (Moutinho, 2000; Palao et al., 2004; Marcelino & Mesquita, 2008; João, 2008), incluiu-se também, a recepção em virtude de outros estudos terem indicado este procedimento como essencial para o desenrolar do jogo (Palao, et al. 2004, João et al. 2006, Maia & Mesquita, 2006). Os dados foram recolhidos e tratados através do software Data Volley nas páginas web da CEV (Confederação Europeia de Voleibol). Foi utilizado o Data Volley por ser o instrumento com a informação disponível para os objectivos do estudo (ver anexo A). Este software permite-nos aceder às estatísticas pormenorizadas qualitativas totais e por set, trazendo maior riqueza de dados ao investigador e ao treinador, face aos resultados esperados para o presente estudo. 11

24 A FIVB (Federação Internacional de Voleibol) e a CEV (Confederação Europeia de Voleibol) efectuam um controlo efectivo com técnicos especializados e experientes na recolha e fiabilidade dos dados dos softwares que utilizam. Os próprios sistemas estão dotados de mecanismos de detecção de erros. Como a fiabilidade é um dos processos indispensáveis para a avaliação deste processo, os registos merecem a maior credibilidade. Para mais detalhe sobre estes procedimentos, ver estudo de Marcelino (2007). Análise estatística Para a descrição dos dados recorremos aos procedimentos da estatística descritiva, a média e o desvio-padrão. Foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas a dois factores: número de set e local de jogo. Esta técnica foi repetida para os jogos a 3, 4 e 5 sets. No caso de se necessitar de realizar a comparações múltiplas foi utilizado o teste de Tukey HSD. Considerou-se o valor de p 0,05 para o nível de significância. O cálculo dos resultados foi efectuado pelo software SPSS (Statistical Program for Social Sciences) versão

25 3. Apresentação de Resultados

26 3. Apresentação dos resultados Neste capítulo pretende-se analisar os resultados obtidos e analisar os quadros evidenciando os valores mais relevantes. Quadro nº 1 - Médias e resultados da comparação estatística da maior eficácia no serviço, recepção, bloco e ataque referentes a vitória por 3 sets e a sua influência no local do jogo. Serviço Recepção Bloco Ataque N 1º set 2º set 3º set Fset P Flocal P Fsetxlocal P Casa 27 35,5±8,8 30,6±10,1 33,9±9,4 0,88 0,42 0,18 0,68 0,93 0,40 Fora 27 35,1±10,6 34,2±12,4 30,7±13,1 Casa 27 30,6±22,1 34,0±21,6 35,4±25,7 0,21 0,80 0,00 1,00 0,22 0,78 Fora 27 34,2±19,3 30,7±17,3 35,1±23,7 Casa 21 31,3±15,4 36,7±20,8 32,0±22,4 0,01 0,98 0,00 1,00 0,67 0,49 Fora 21 35,9±16,0 30,3±14,3 33,8±21,2 Casa 27 30,9±16,9 35,9±18,6 33,2±17,5 2,00 0,15 0,00 1,00 2,11 0,13 Fora 27 38,8±16,4 37,0±18,6 24,2±17,4 Os valores apresentados são a média ± desvio de padrão. Nos jogos com o desfecho de 3-0, não se verificou diferenças significativas na análise comparativa entre os procedimentos de jogo e os efeitos do local e número de sets. No que concerne ao indicador de performance serviço verificou-se que no 1º set não existem diferenças significativas entre os jogos em casa e fora. No 2º set há maior eficácia no factor casa, ao contrário do que acontece no 3º set. Na recepção no 3º set não existem diferenças entre os valores, contrariamente ao que ocorre no 1º set que se observa maior eficácia em casa e no 2º set, menor eficácia. Por sua vez, verifica-se que no bloco há uma maior eficácia no factor casa no 1º e 3º sets e menor eficácia no 2º set. No ataque verifica-se na vantagem casa uma maior eficácia no 1º e 2º set e menor eficácia no 3º set. No ataque também se verificou diferenças significativas na comparação entre sets nos jogos a 3 sets, entre o 2º e o 3º set e entre o 3º e o 2º set. 13

27 Quadro nº 2 - Médias e resultados da comparação estatística da maior eficácia no serviço, recepção, bloco e ataque referentes a vitória por 4 sets e a sua influência no local do jogo. Serviço Recepção Bloco Ataque N 1º set 2º set 3º set 4º set Fset P Flocal P Fsetxlocal P Casa 21 23,2±9,9 27,3±8,7 24,0±9,0 25,6±10,4 0,36 0,77 0,00 1,00 1,24 0,29 Fora 21 28,1±8,5 24,6±6,8 23,9±8,0 23,4±8,5 Casa 20 32,7±17,1 18,4±15,0 22,9±20,0 26,0±16,1 Fora 21 34,0±19,1 21,9±18,0 29,6±16,4 14,5±15,8 4,03 0,01* 0,00 1,00 1,64 0,19 Casa 18 27,1±15,2 27,6±22,3 21,9±13,0 23,4±13,4 0,24 0,84 0,37 0,55 1,261 0,29 Fora 17 21,2±14,9 20,6±13,4 26,2±16,1 31,2±22,9 Casa 21 22,8±18,5 25,4±17,6 26,7±17,1 25,1±13,4 0,42 0,73 0,00 1,00 0,154 0,92 Fora 21 22,0±14,4 28,3±16,0 24,2±14,0 25,4±16,8 Os valores apresentados são a média ± desvio de padrão. *P 0,05 Após análise do quadro 2, pode-se verificar que nos jogos a 4 sets, a comparação dos procedimentos de jogo em relação aos sets há diferenças significativas na recepção. Facto este que poderá ser justificado por a equipa ter um set de vantagem sobre o adversário, apresentado níveis de concentração superiores e poderem desta forma contribuírem para o desfecho do jogo (vitória). Esta argumentação baseia-se no princípio de que para existir um ataque organizado e efectivo deverá existir qualidade nas recepções. Em relação ao serviço verificou-se que no 1º set há maior eficácia no factor casa, ao contrário do que acontece no 2º, 3º e 4º set. Pode-se encontrar justificação nos índices de fadiga que aumentam ao longo do jogo e consequentemente existir uma diminuição dos níveis de concentração dos jogadores (Gabbett et al., 2007; Melrose et al., 2007). Outro motivo que poderá servir de sustentação aos resultados obtidos, é a equipa querer arriscar no serviço de forma a dificultar as acções do adversário, na tentativa da conquista de ponto directo. Pelos motivos já referidos anteriormente, na recepção no 1º, 2º e 3º set observa-se maior eficácia em casa e no 4º set menor eficácia. No que concerne ao bloco há maior eficácia no factor casa no 3º e 4º set e menor eficácia no 1º e 2º set. Este facto resulta de uma menor eficácia na recepção. A melhor 14

28 opção para colmatar a deficiência defensiva face ao poderio ofensivo do adversário é a existência de uma boa formação táctica do bloco. Vários investigadores sugerem que o bloco é o primeiro procedimento da defesa. Finalmente o ataque apresenta maior eficácia no factor casa no 2º set, menor eficácia no 3ºset e no 1º e 4º set não existem diferenças. Este último procedimento de jogo apresenta valores idênticos em casa e fora. Serviço Recepção Bloco Ataque Quadro nº 3 - Médias e resultados da comparação estatística da maior eficácia no serviço, recepção, bloco e ataque referentes a vitória por 5 sets e a sua influência no local do jogo. N 1º set 2º set 3º set 4º set 5º set Fset P Flocal P Fsetxlocal P Casa 28 23,3±7,1 21,8±7,4 23,6±7,5 19,0±5,2 12,2±5,5 17,97 0,00* 0,00 1,00 0,79 0,52 Fora 28 23,7±7,0 22,7±8,6 20,5±6,8 20,9±9,0 12,3±6,5 Casa 28 19,1±13,2 27,4±13,7 22,2±17,1 20,3±16,6 11,1±12,2 4,40 0,00* 0,00 1,00 0,46 0,76 Fora 28 17,5±17,0 22,4±17,1 23,9±18,9 22,8±17,1 13,3±15,8 Casa 23 18,3±16,9 27,8±26,2 25,3±22,2 19,4±15,8 9,1±11,2 4,40 0,00* 0,00 1,00 0,46 0,76 Fora 23 21,4±17,1 16,5±14,1 21,3±20,6 23,8±17,4 15,9±21,9 Casa 28 25,1±11,4 21,2±10,2 18,4±11,8 21,4±13,9 13,9±11,1 4,62 0,00* 0,00 1,00 0,33 0,85 Fora 28 22,3±13,8 24,5±13,0 18,4±12,7 21,1±15,5 13,6±11,0 Os valores apresentados são a média ± desvio de padrão. P 0,05 Após análise do quadro 3, pode observar-se que nos jogos a 5 sets, comparando os procedimentos de jogo em relação aos sets existem diferenças significativas no serviço, recepção, bloco e ataque. Poderá ser justificado pelo facto da equipa que joga em casa ter menos índices de ansiedade competitiva e também ser mais apoiada pelo público, assim como estar mais familiarizada com a área e o terreno de jogo (Jones & Harwood 2008). Em relação ao serviço verificou-se que no 2º e 4º set há maior eficácia no factor casa, ao contrário do que acontece no 3º set. No 1º e 5º set não se verificam diferenças. Um argumento plausível é no 2º set se verifica maior eficácia do serviço devido à intenção de dificultar a recepção do adversário, o que vai intervir de forma negativa, directa ou indirectamente, nos outros procedimentos de jogo. No 4º set 15

29 arriscam mais no serviço na tentativa de se atingir ponto directo e assim contribuir para terminar o jogo. Na recepção no 3º, 4º e 5º set observa-se maior eficácia em casa e no 1º e 2º set menor eficácia. No que concerne ao bloco há maior eficácia no factor casa no 1º, 4º e 5º set e menor eficácia no 2º e 3º set. A eficácia da recepção e do bloco observada nos últimos sets do jogo estão intimamente relacionados uma vez que, mesmo que o bloco não seja efectivo ele irá atenuar o ataque do adversário (diminuindo a velocidade da bola) contribuindo desta forma para uma recepção mais eficiente; outro aspecto a ponderar é a menor área a defender, face a uma correcta colocação do bloco, o que obriga a uma melhor colocação da bola pela equipa adversária, o que nem sempre é fácil. Finalmente o ataque apresenta maior eficácia no factor casa no 2º set, menor eficácia no 1ºset e nos 3º, 4º e 5º sets não existem diferenças. O ataque apresenta valores idênticos em (casa/fora) nos últimos sets do jogo. Verifica-se também diferenças significativas na comparação entre sets, nos jogos a 5 sets. Na comparação entre sets, nos jogos a 3 e a 4 sets não se observam diferenças significativas, no entanto, nos jogos a 5 sets verificaram-se diferenças significativas entre todos os procedimentos de jogo (serviço, recepção, ataque e bloco). É de referir que o serviço e a recepção apresentam diferenças com todos os sets anteriores (1º,2º,3º e 4º). 16

30 4. Discussão de Resultados

31 4. Discussão dos resultados O objectivo do presente estudo foi investigar em qual dos sets existe maior eficácia nos seguintes procedimentos de jogo: serviço, recepção, ataque e bloco, qual deles é o mais importante para o desfecho do jogo e se o factor casa influência o desfecho do jogo (vitória / derrota). Iniciaremos a nossa exposição com apresentação da discussão dos resultados relativamente à análise geral do jogo (5 sets) e posteriormente de acordo com os diversos cenários de cada jogo (3-0; 3-1 e 3-2). Isto é, em qual dos sets existe maior eficácia nos procedimentos de jogo: serviço, recepção, ataque e bloco e qual a variável mais importante para o desfecho do jogo. Prosseguiremos com a fundamentação utilizando para isso diversos estudos onde se observa se o factor casa intervém favoravelmente para o desfecho do jogo (vitória /derrota). O jogo de voleibol começa com o serviço logo, este é considerado como sendo o 1º procedimento do jogo. Deste modo, este procedimento do jogo poderá ser considerado a primeira arma de uma equipa em virtude de ser o primeiro momento de posse de bola. De acordo com Marcelino e Mesquita (2008), quem serve melhor acaba por ganhar os sets. Nesta linha de pensamento existem estudos que defendem que as equipas que estão a perder o set arriscam mais no serviço, porque não têm nada a perder, o que faz com que sejam mais eficazes no serviço e consigam ganhar mais pontos. Importa, portanto, aumentar a eficácia do serviço uma vez que, sendo considerado uma acção terminal (Marcelino & Mesquita, 2008), pode resultar num ponto directo. Num âmbito geral de análise de jogo, no nosso estudo, o serviço é mais eficaz nos jogos a 5 sets. Num âmbito geral de análise de jogo, neste estudo, os resultados apontam para um maior eficácia do serviço nos jogos a 5 sets. Nos jogos a 3 e 5 sets surge uma maior eficácia no 2º set. 17

32 A recepção embora não sendo uma acção terminal, se tiver uma elevada eficácia possibilita ao distribuidor organizar a equipa em termos ofensivos. Com efeito, diversos estudos constataram uma associação positiva entre a eficácia da recepção e o resultado final do jogo (João et al., 2006; Lobietti et al., 2008). As diferenças encontradas nos diversos estudos poderão ser explicadas pela utilização de diferentes instrumentos de recolha, selecção de critérios distintos e características da amostra. No presente estudo, a recepção, em jogos a 4 e 5 sets, indica que quanto mais eficaz é a recepção, maior é a probabilidade de ganhar o jogo. A eficácia da recepção depende obviamente do nível de qualidade das equipas e da experiência dos jogadores. Os atletas de elite obtêm uma leitura correcta da trajectória da bola através da observação do adversário (deslocamento que o atleta realiza para rematar assim como a colocação do próprio corpo). Relativamente ao bloco verifica-se, no presente estudo, que existe maior eficácia deste procedimento de jogo nos 3, 4, e 5 sets. Pode-se explicar por de facto o bloco ser uma acção terminal de oposição à acção atacante. Nas equipas de elite o bloco é, frequentemente, realizado na estrutura de triplo bloco (3 jogadores a blocar), tendo quase sempre um elevado grau de concretização. A realização de um bloco eficaz no final dos sets, através da estratégia de actuação do treinador, pode ter efeito no resultado do jogo. A utilização de uma substituição de um jogador mais baixo (normalmente o distribuidor ou outro que esteja na rede, menos eficaz no bloco) por um jogador mais alto, pode implicar a vitória do set ou jogo, caso este jogador tenha sucesso na sua actuação. (João, 2008). 18

33 Todavia, a importância do bloco na literatura não é unânime (Oliveira, 2004; Palao et al., 2004; Afonso et al., 2008), o que poderá ser explicado por diversos factores, onde se destaca o nível de competição das equipas (as equipas de alto nível competitivo utilizam mais este procedimento comparativamente às de nível inferior). O ataque é unanimemente considerado como o factor de maior sucesso no jogo de voleibol (Gubellini et al., 2005; Oliveira et al., 2005; Lobietti et al., 2006; Marcelino & Mesquita, 2006). Diversos autores referem que quanto mais elevado for o número de ataques no último set, maior é a probabilidade da equipa ganhar o jogo (Maquieira, 2007; Oliveira, 2007; Marcelino & Mesquita, 2008). O ataque é, assim, o procedimento através do qual as equipas conquistam mais pontos durante o set, discriminando, também, a vitória e a derrota (Lobietti et al., 2006; Oliveira, 2007; Marcelino & Mesquita, 2008). Este procedimento surge muitas vezes associado à qualidade da recepção (João et al., 2006; Maia & Mesquita, 2006) e à defesa (Queiroga, 2005), o que também poderá estar, de certa forma, reflectido no set final, uma vez que a variável percentagens de recepções positivas foi conjuntamente discriminada com o número de ataques. Neste estudo verifica-se nos jogos a 3 sets, o ataque é mais eficaz, o motivo de tal sucesso poderá ser porque as equipas apresentam diferenças a nível de performance. Nos jogos a 4 e 5 sets, não se verifica esta disparidade visto acção de bloco apresentar maior eficácia, ao coexistir uma estrutura de triplo bloco, que apresenta quase sempre uma elevada eficácia. Independentemente do resultado do jogo o ataque apresenta maior eficácia no 2º set. 19

34 Marcelino e Mesquita (2008), na análise das características dos procedimentos de jogo das melhores equipas do panorama mundial, destacaram que o ataque e o serviço são os únicos procedimentos de jogo capazes de discriminar as equipas quanto ao resultado do set. No entanto, para vencer o set é necessário aumentar o número de pontos ganhos através do bloco e do serviço. Realizando uma análise mais detalhada por sets verifica-se que no primeiro set ambas as equipas se focam por se conhecerem mutuamente. Os treinadores e respectivos jogadores tentam descodificar os aspectos débeis da equipa opositora, ou seja, realizam adaptações necessárias entre as equipas. Neste sentido, verificamos que para não se perder o jogo é necessário, no 1º set, obter o maior número de pontos, usufruir dos erros do adversário e falhar o menos possível no serviço. Os erros de serviço podem ser explicados pela necessidade que as equipas têm de arriscar mais, com o objectivo de contrariar a eficácia do ataque adversário, sendo todavia importante minimizá-los durante o 1º set. Com efeito, diversos estudos apontam para esta tendência (Agelonidis, 2004; Oliveira, 2004; Gubellini, 2005), ou seja, neste nível de competição, quem não arriscar no serviço está a facilitar a tarefa ao adversário (Agelonidis, 2004). Este autor reforça mesmo a ideia de que o serviço deverá ser forçado, pois cerca de 5% deste procedimento resulta em ponto. Nos sets intermédios João (2008), refere que as equipas já vão conhecendo a forma de jogar uma da outra. Todavia, não sendo o momento decisivo que determina o resultado do jogo, as equipas vão ainda adaptando as suas estratégias ao adversário no sentido de obter condições favoráveis para o set final, também 20

35 continua a estar presente a necessidade de pontuar no jogo, aproveitando-se os erros da equipa adversária, visto que poderão fazer a diferença no final do jogo. Zetou et al. (2006) referem que, nas competições de alto rendimento desportivo, as equipas vencedoras diferenciam-se das restantes em virtude de manterem uma regularidade e consistência neste procedimento de jogo (serviço) ao longo dos sets e da competição (Agelonidis, 2004). Se a esta variável acrescentarmos os erros no serviço, discutidos anteriormente, fica mais claro que uma equipa que faz muitos serviços também pode arriscar mais, cometendo, por um lado, mais erros mas, por outro, também ganhando mais pontos com esta acção do jogo. Estes resultados foram igualmente descritos por Marcelino et al. (2008). O set final, por ser considerado o set das grandes decisões, assume particular importância. Neste caso, podemos dizer que à medida que o jogo se aproxima do seu final, emergem mais variáveis (estatísticas referentes aos procedimentos de jogo) que diferenciam as equipas quanto ao resultado (vitória/derrota) (João, 2008). O estudo efectuado por Marcelino et al,. (2009), demonstra que vencer um set está intimamente relacionado com os indicadores da performance e que existe mais probabilidade da equipa que joga em casa ganhar o jogo. Os mesmos autores referem que as equipas que jogam em casa têm tendência para ganhar o 1º set e os dois últimos sets do jogo (4 e 5 set). No presente estudo verificou-se que existe um maior eficácia nos jogos até aos 3 sets no factor casa nos procedimentos de jogo, no 1º set (recepção, bloco e ataque), no 2º set (serviço e ataque) e no 3º set (serviço e bloco). Estes resultados vão de encontro parcialmente aos do estudo de Marcelino et al. (2009) que após analisarem 21

36 275 sets no ano de 2005 na Liga do Mundo de Seniores Masculinos verificaram que as diferentes acções do jogo explicam as vantagens e mostram que para ganhar o 1º set os jogadores da casa correm mais riscos no ataque e no bloco enquanto para ganharem o último set a mesma equipa tenta melhorar o aspecto da recepção. Os resultados obtidos mostram diferenças entre os indicadores da performance (ataque, serviço, bloco e remate) entre os sets no jogo de voleibol mais altos de eficácia em algumas destas acções, o mesmo se verifica no presente estudo. No entanto, nos jogos a 4º sets (3-1), verificou-se que no factor casa onde existe uma maior eficácia dos procedimentos de jogo, no 1º set (resultou o serviço e recepção), no 2º set (recepção e ataque), no 3º set (recepção e bloco) e no 4 set (bloco). Podemos afirmar que nos jogos a 4 sets a equipa que joga em casa apresenta um melhor side-out, uma vez que se observa que a recepção apresenta maior eficácia no 1º, 2º e 3º set. O 4º set foca apenas o bloco como sendo o procedimento de jogo com maior eficácia. Noutro estudo, Maquieira (2007), para uma amostra de n=215 jogos da fase regular e dos play-off na liga italiana no ano de , refere que as variáveis que diferenciam os vencedores dos vencidos nos jogos a 3 sets são os pontos de bloco, pontos de ataque e erros de ataque. Nos jogos a 4 sets, são os pontos de bloco e pontos de ataque e por fim nos jogos a 5 sets, os pontos de ataque. Por outro lado, Marcelino e Mesquita (2008), referem que o ataque e o serviço são os únicos procedimentos de jogo capazes de discriminar as equipas quanto ao resultado do set. No entanto, para vencer o set, é necessário incrementar o número de pontos ganhos, através do bloco e do serviço. O ataque e o bloco foram os procedimentos que se apresentaram regulares ao longo do jogo, verificando-se um 22

37 menor risco no serviço no último set do jogo. Contudo, Kountouris e Laios (2007) referem que com o passar dos anos têm vindo a aumentar consideravelmente os jogos a 5 sets, ou seja, tem havido um maior equilíbrio entre as equipas. Os resultados obtidos são significativos no ataque, no set e no total de 5 sets. Analisando-se set a set, resultam diferenças no coeficiente de ataque e bloco no 1º set, enquanto que no coeficiente da recepção, no 3º set e no 5º set, no 4º set o serviço apresenta diferenças significativas. Todas estas diferenças manifestam-se a favor da vantagem casa. Os resultados obtidos mostram que todos os ataques que as equipas realizam durante um set, 48,59% resultam em conquista imediata de ponto para a equipa do atleta executante. Continuando com a mesma leitura, 18,22% dos blocos e 4,61% dos serviços originam conquista de ponto. A observação dos valores relativos ao efeito negativo, que dizem respeito, em todos os procedimentos de jogo, a percentagem de erros e consequente perda de ponto, revela que o bloco é o procedimento onde se verificam mais erros relativamente ao total de execuções (41,86%). Os resultados apresentados mostram que as equipas, aquando da realização do serviço, perdem mais pontos (18,35%) do que aqueles que ganham (4,61%) por intermédio deste procedimento de jogo. Apesar desta superiorização - da percentagem de pontos perdidos relativamente aos pontos ganhos - justifica-se o facto de as equipas continuarem a arriscar na execução deste procedimento de jogo, na medida em que, quando as equipas servem com continuidade (77,04%) há uma elevada probabilidade de perderem o ponto. Isto porque, de todas as recepções que as equipas adversárias fazem, elas conseguem em 94,02% das vezes distribuir e 23

38 consequentemente atacar 98,96% das bolas, destas ganham o ponto em quase metade das vezes (48,59%). Assim, observa-se que as equipas conquistam um ponto de serviço por cada quatro serviços falhados, a percentagem de erros na recepção ronda os seis por cento (6%), em cada dois ataques as equipas ganham um ponto, as equipas, ao nível do bloco, perdem mais pontos (41,86%) do que os que ganham (18,22%). Os resultados demonstram que existe uma nítida vantagem em ganhar os jogos com as equipas que jogam em casa. No entanto, verifica-se diferenças manifestadas entre ganhar um set entre as equipas visitadas e visitantes variando o número de set (1º,2º, 3º, 4º ou 5 set). Porém as equipas que jogam em casa têm uma maior probabilidade de ganhar o 1º, 4º e 5º set (Jones, 2007). Outro resultado relevante que sustenta os resultados do presente estudo é o facto que revela que a eficácia na recepção é maior no 3º e 5º set. Sendo que o jogo de voleibol ganha-se conquistando a vantagem de dois sets podendo o resultado (vitória) ficar conquistada no 3º set. Quando isto não ocorre, ganha a equipa que vence o 5º set. Neste último a recepção encontra valores de performance mais altos, contribuindo desta forma para uma melhor organização de ataque e consequentemente uma finalização da jogada. (João e tal, 2006; Marcelino e tal. 2009). De acordo com Maquieira (2007) e Oliveira (2007), as variáveis que discriminam a vitória têm ocorrido nestes procedimentos de jogo (ataque e bloco), quer nos jogos a 3, a 4 e a 5 sets, diminuindo o risco no serviço no final dos sets e principalmente no último set. Estes resultados estão de acordo com os obtidos no nosso estudo, na medida em que consideramos o último set do jogo, independentemente de ser um jogo a 3, a 4 ou a 5 sets. 24

39 A coerência dos resultados dos diferentes estudos pode também ser explicada pelo elevado nível competitivo de todas as equipas analisadas. De facto, de acordo com Palao et al. (2004), o rendimento do ataque e do bloco diferenciam as equipas quanto ao nível competitivo, pelo que estes resultados poderão não ser generalizáveis a outros níveis de competição. Outro resultado que se verifica neste estudo é que os erros nos procedimentos de jogo são menores quando os jogos são realizados em casa. Procurou-se na literatura existente pesquisas científicas que justificassem este facto e constatou-se que existem várias explicações para tal ocorrência; sendo as mais comuns: a) familiaridade com o local do jogo; b) factor viagem; c) influência do público da casa (Courneya & Carron, 1992; Pollard, 2006 a). 25

40 5. Conclusões

41 5. Conclusões As conclusões são apresentadas de acordo com os objectos de estudo. Ou seja, análise geral do jogo (5 sets) e posteriormente de acordo com os diversos cenários de cada jogo (3-0; 3-1 e 3-2) e se o factor casa intervém favoravelmente para o desfecho do jogo (vitória / derrota). Análise geral do jogo (5 sets): Na comparação entre os procedimentos de jogo e os sets existem diferenças significativas, no serviço, na recepção, no bloco e no ataque. Na comparação entre sets, nos jogos a 3 e a 4 sets não se verificaram diferenças significativas, no entanto, nos jogos a 5 sets verificaram-se diferenças significativas entre todos os procedimentos de jogo (serviço, recepção, ataque e bloco), no entanto o serviço e recepção apresentam diferenças com todos os sets anteriores (1º,2º,3º e 4º). Análise do resultado (3-0;3-1 e 3-2): Os principais resultados permitem-nos constatar que o factor casa, nos jogos a 3 sets, os procedimentos de jogo que apresentam maior eficácia são o bloco e o ataque. Nos jogos a 4 e a 5 sets, a recepção e o bloco são os procedimentos mais eficazes. No entanto, independentemente dos jogos a 3, 4 e a 5 sets o procedimento de jogo que revela maior eficácia é o bloco. O presente estudo reforçou a necessidade da utilização do bloco como factor fundamental para o sucesso da equipa, principalmente nos jogos em casa. 26

42 Comparando o nível de eficácia dos procedimentos de jogo, em casa ou fora podemos constatar que estes apresentam uma maior eficácia em casa. Logo considera-se que o factor casa influencia positivamente o resultado de jogo. Após este estudo considera-se as seguintes implicações para a prática da modalidade do Voleibol: 1- As equipas que jogam em casa apresentam maior eficácia que as equipas adversárias, nos procedimentos de jogo estudados (serviço, recepção, bloco e ataque), no entanto, existem diferenças em jogos a 3, 4 e 5 sets. 2- Podemos sugerir aos treinadores a importância de alguns procedimentos nos diferentes sets ao longo do jogo, com incidência do bloco. 3- Em relação às diferenças entre sets, o 5º set apresenta um formato diferente e como tal deve-se dar uma maior importância, visto que a sua vitória corresponde ao triunfo (desfecho) final do jogo. 4- No seguimento do referido estudo, sugerimos que além dos quatro procedimentos de jogo estudados, seja acrescentando a distribuição e defesa. 27

43 6. Bibliografia

44 6. Bibliografia Afonso, J. (2008). Contributos da análise de jogo para o estudo da tomada de decisão da distribuidora em Voleibol. Estudo aplicado em selecções nacionais de seniores femininos de elite. Dissertação de Mestrado em Treino de Alto Rendimento FADEUP Afonso, J., Mesquita, I., Marcelino, R., & Coutinho, P. (2008). The effect of the zone and tempo of attack in the block opposition, in elite female volleyball. In A. Hökelmann & M. Brummund (Eds.), Notational Analysis in Sport - VIII ( ). Magdeburg: Otto-von- Guericke-Universität Magdeburg. Agelonidis Y (2004). The jump serve in Volleyball from oblivion to dominance. Journal of Human Movement Studies, 47: Barnett, V; Hilditch,(1993), S. The effect of an artificial pitch surface on home team performance in football (soccer). Journal of the Royal Statistical Society A; 156: Beal, D. (1989). Basics team System and tactics. Coaches Manual I. FIVB: Beal, D. (2002). Sistemas y tacticas basicas de equipo. Curso Internacional de Entrenadores de Voleibol - Nivel I (Manual de Entrenador). Esplugues de Llobregate - Barcelona,FIVB. Capítulo 15. Bray, S. R.; Jones, M. V; Owen, S., (2002); The influence of competition location on athletes psychological states. Journal of Sport Behavior, v. 25, n. 3. Bray, S.R., & Widmeyer, W.N. (2000). Athletes perceptions of the home advantage : An investigation of perceived causal factors. Journal of Sport Behavior, 23, Carron AV, Loughhead TM, Bray SR. (1992);The home advantage in sport competitions: Courneya and Carron s conceptual framework a decade later. J Sports Sci;23(4): Carron, A., Loughhead, T. and Bray, S. (2005) The Home Advantage in Sport Competitions: Courneya and Carron s (1992) Conceptual framework a decade later. J Sports Sci;23(4): Courney, K.& Carron, A.(1991). Effects of travel and length of home stand/road trip on the home advantage. Journal of sport & exercise psychology. 13, Courney, K.& Carron, A.(1992). The home advantage in sports competitions: A literature review. Journal of Sports Sciences, April 2005; 23 (4): Gabbett, T. J. (2007). Science of rugby league football: A review. Journal of Sports Sciences, 23, Gubellini, L., Lobietti, R. & Di Michele, R. (2005). Statistics in Volleyball: the Italian Professionais Leagues. Scientific Fundaments of Human Movements and Sport Practice. Starosta, W. and Squatrito, S. Bologna, International Association of Sport Kinectics, Library Series. Edizioni Centro Universitario Sportivo Bolognese. 21 (2): Hippolyte, R., Totterdell, B. and Winn, P. (1993). Strategies of team management through Interlandi, S. (2000). Differenze ed analogie nella pallavolo tra il vecchio sistema di punteggio ed il rally point system Instituto Superiorie di Educazione Fisica della Lombardia. Milano, Universitad di Milano. Tesi di Diploma. 28

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48 7. Anexos

49

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