Um bom dia para todos. Em primeiro lugar, naturalmente, dirijo-me às novas. diplomadas e aos novos diplomados, aos nossos ex-estudantes: este

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1 Sessão Diplomas, 31 de maio de 2014 Intervenção do Senhor Reitor, Prof. Doutor Manuel Assunção Um bom dia para todos. Em primeiro lugar, naturalmente, dirijo-me às novas diplomadas e aos novos diplomados, aos nossos ex-estudantes: este instante é vosso! Mas saúdo igualmente as famílias e os amigos que os acompanham neste dia especial; sejam muito bem-vindos à Universidade de Aveiro, uma instituição aberta que existe para fazer serviço público e que, portanto, é de todos os que a procuram e acarinham. Nesse serviço público que prestamos tem lugar de destaque, naturalmente, a educação e a formação de jovens e de outros públicos cada vez mais variados, com diferentes origens e de múltiplas proveniências. É para os nossos estudantes que, em primeiro lugar, existimos. Pelo que nada nos dá maior gosto que registrar o seu sucesso e testemunhar o seu crescimento enquanto pessoas e enquanto profissionais. Vê-los e vê-las "abrir asas e voar" é uma alegria onde nos sentimos irmanados a essas famílias e amigos que os, e as, acompanham desde há muito. Sabemos que cada diploma encerra uma história própria, personalizada: de sonho, certamente, antes de tudo; mas também de luta, de esforço, de anseios e frustrações, de júbilo e celebração, de tantos pequenos e grandes momentos, associados a uma enorme panóplia de sentimentos e de 1

2 vivências. Que este dia e o diploma que ides receber marque, simbolicamente, esse triunfo em relação a vós próprios com o bom sabor a contrato executado e a objetivo atingido. Trabalhamos, dia-a-dia, para que o valor dos certificados e dos diplomas que entregamos seja sempre maior. Pela relevância do que ensinamos e pela qualidade com que o fazemos. Não falo só das matérias nucleares de cada curso e do que acontece na sala de aula. Falo também da aquisição de outras competências, crescentemente, decisivas: capacidades de expressão oral e escrita, de auto-organização, de trabalho em grupo, de desenvolvimento de um projeto, de empreendedorismo. Falo, igualmente, do conhecimento de línguas, de inglês mas também de outras -chinês, alemão, árabe, russo, etc, etc- a que incentivamos os nossos alunos: línguas cuja importância todos reconhecemos num mundo que não pára de ficar mais aproximado e mais global. Refiro ainda o vasto programa de estágios e períodos de aprendizagem em contexto de trabalho, na indústria e noutros sectores de atividade, que abrange já uma grande percentagem dos que nos escolheram para estudar: quase milhar e meio de estudantes em cada ano letivo. 2

3 Menciono, por fim, o ambiente internacional do Campus da Universidade de Aveiro, com 11% de alunos estrangeiros representativos de 76 países distintos, e que propicia, desse modo, contacto com novas culturas e com novos valores e dá um acréscimo de mundivivência a todos. Mundivivência é, precisamente, a par do domínio de línguas estrangeiras uma ferramenta de valorização individual, determinante pela vida fora. Essenciais, as duas, no desejável percurso de cidadão de cada um; mas fundamentais, também, a poderem fazer a diferença em muitas situações, no que respeita ao encontrar a solução profissional de cada um, num mercado de emprego que é já, definitivamente, global. O desemprego, e mais ainda o desemprego jovem, é um flagelo que nos traz a todos muito preocupados. Ainda assim, os diplomados pela Universidade de Aveiro estão perto do topo nacional no que concerne aos dados de empregabilidade disponibilizados. O que não deixa de testemunhar abonatoriamente sobre a nossa oferta formativa e sobre a utilidade do percurso de aprendizagem que, aqui, concluíram. O valor do diploma depende muito, claro está, do valor da própria marca UA. O nosso mérito na investigação que concretizamos, onde se salienta o 20ºs lugar em Ciência de Materiais na Europa; o trabalho próximo com empresas de que, por exemplo, o Instituto de Telecomunicações é consequência 3

4 importante; a nossa preocupação com a produção de conhecimento aplicado ou aplicável que nos colocou na primeira posição nacional no número de patentes registadas per capita; a relação intensa com a região traduzida, entre outras coisas, pela incubadora em rede que criámos com as autarquias e pelo projeto do Parque de Ciência e Inovação, que vai dinamizar, também, os sectores Agroindustrial, do Mar, da Energia, das Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica e do Design; o envolvimento exemplar na divulgação científica e tecnológica através da Fábrica de Ciência Viva; o nosso empenho na cultura, no qual a Música ocupa um lugar relevante; a contribuição que damos para a dinâmica da cidade com mais de 500 eventos realizados anualmente dos quais duas centenas internacionais; são todos elementos que explicam a nossa presença nos rankings internacionais de universidades, evidenciam o impacto da nossa ação e revelam o mérito associado aos diplomas que entregamos. No mesmo sentido destacamos a capacidade que tivemos para compatibilizar ensino universitário e ensino politécnico, inseridos numa verdadeira rede regional de educação e formação, contribuindo para a respetiva diferenciação e para a dignificação dos dois subsistemas; o contributo crescente, e respetiva visibilidade mediática, que temos tido na discussão de temas de interesse nacional e mundial; o programa, com fundos próprios de apoio social aos nossos alunos, visando minorar o 4

5 abandono por carências financeiras; o dinamismo que temos tido na angariação de receitas adicionais que reduziram a nossa dependência do Estado; o próprio ambiente humano da Universidade e a sua beleza arquitetónica que os nossos alunos sublinham dizendo que "é bom viver e trabalhar no campus": todos constituem, igualmente, provas do valor do diploma que vos entregamos. Os próprios licenciados, mestres e doutores pela nossa casa podem contribuir para valorizar, ao longo do tempo, as certidões de curso que lhe passamos. Tenho-me empenhado na defesa da ideia que os antigos estudantes são os nossos melhores embaixadores. A Associação dos Antigos Alunos da UA tem sido, e é, um valiosíssimo aliado neste processo. Seremos, enquanto Universidade, tanto melhores quanto mais pudermos contar com antigos estudantes a trazerem-nos novas ideias e desafios, a darem-nos informação sobre a sua inserção profissional e a adequação da formação ministrada, a proporem-nos projetos e contratos, a voltarem para continuar a estudar em Aveiro, a estabelecerem parcerias connosco, a acolherem colegas mais novos em estágios ou empregos nas instituições onde trabalham. E ao fazerem isso, ao tornarem a Universidade de Aveiro mais capaz, estão a valorizar a marca UA e, consequentemente, o seu próprio diploma. Por isso 5

6 lanço sempre, aqui, esse apelo de manterem o laço com esta comunidade UA alargada de que vocês fazem parte e que sem vocês fica incompleta. Lançámos no ano transato, a propósito dos 40 anos da UA, o primeiro dia do Antigo Aluno. Repetiremos este ano; e contamos convosco para um dia de festa especial no Campus. A Universidade de Aveiro concedeu no ano de 2013 três agregações e cinco títulos de especialistas. Os Doutoramentos atribuídos somaram 170. Foram em número de 961 os mestres que graduámos, dos quais 235 frequentaram mestrados integrados. 81 estudantes completaram Cursos de Formação Especializada. Licenciaram-se 1545 estudantes. E 186 formandos concluíram Cursos de Especialização Tecnológica. Falamos pois de um total de 2951 graus outorgados num espectro de cursos e níveis de formação muito abrangente: tal é a nossa contribuição para um país que se quer e está cada vez mais qualificado! E acreditamos que a educação que providenciámos ultrapassa, em muito, a simples dimensão da formação profissional permitindo aos novos graduados contribuírem mais para a nossa vida coletiva, serem agentes promotores de uma maior coesão territorial e social, terem mais capacidade de pensar e executar políticas a vários níveis, serem portadores de mais sentido de responsabilidade e de solidariedade. Em suma, estou certo que os ajudámos a vir a ser melhores cidadãos, mais interventivos e úteis, num Portugal que se quer, sempre, melhor. 6

7 Nesta cerimónia vamos, igualmente entregar as bolsas aos melhores caloiros. Elas representam mérito excecional que a Universidade de Aveiro, com os seus próprios fundos, quer reconhecer e premiar. Atribuímos 29 bolsas das quais 7 correspondem a alunos que conseguiram manter na UA o patamar de notas com que entraram. Os meus parabéns aos contemplados: que continuem no nível elevado de performance que os trouxe até aqui. Este ato marca, de algum modo, o fim das comemorações dos 40 anos da Universidade de Aveiro. Razão acrescida para a festa que aqui vivemos, por causa de vós mas também como símbolo de um projeto pujante, a Universidade de Aveiro, de que todos gostamos e queremos projetar ainda mais. Termino, saudando, mais uma vez, os novos graduados. Tem sido um orgulho tê-los cá e foi um privilégio termos sido objeto da vossa escolha. Desejo-vos os maiores sucessos, pessoais, familiares, profissionais. E voltem sempre, meus caros amigos, minhas estimadas amigas: Aveiro é vosso e há-de ser! Que tenham muita sorte e sejam muito felizes. 7