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1 I Revisão do Plano Director Municipal de Leiria Caracterização Biofísica Volume I 2001, actualizado em 2004, 2008 e 2010

2 Aditamento O presente serve de aditamento aos Estudos apresentados à Comissão Técnica a 25 de Março de Da consulta às entidades, resultou um parecer de alteração em: Volume 1 ponto 6.4 relativo a cheias no concelho, em especial no Vale do Rio Lis, completando a informação com elementos referentes à Obra Hidroagrícola do Vale do Lis e seu contributo para a regularização de cheias. Para tal foi-nos enviado uma Nota Histórica e Objectivos Originais da Obra do Lis. Volume 3 Ponto 1.1 referente a Áreas de Regadio algumas correcções sugeridas. A par destas alterações procedeu-se a uma caracterização Biofisica por freguesias, abordagem sobre a poluição de aquíferos e caracterização da sismicidade do concelho. 1

3 Sumário A apresentação deste trabalho de análise biofísica do concelho de Leiria tem com objectivo uma recolha de dados científicos que sustentem as ideias mestras de desenvolvimento do planeamento para o território concelhio. Insere-se num processo de sistematização de informação, correspondendo à segunda abordagem ao tema. A primeira, entregue à Comissão Técnica de Acompanhamento em Maio de 2002 apresentava deficiências em termos gráficos e de conteúdo técnico, o que se procurou melhorar nesta versão. A monitorização de informação associada a uma evolução de competências técnicas, que apesar de ainda não se encontrarem concluídas, permitem um momento de reflexão, por razões de enquadramento dos trabalhos de revisão do Plano. A estrutura do relatório manteve os principais temas, os quais se fazem representar nos comuns estudos biofísicos de apoio a Planos Directores Municipais. (Relatório 3 dos estudos prévios do PDM de Leiria em vigor). Houve contudo uma maior sistematização da informação recolhida na primeira entrega, tratamento de imagem, e melhor apoio de imagem cartográficas. Por esta razão optou-se também por uma divisão da estrutura dos estudos em três volumes para facilidade de tratamento informático. - Volume 1-análise física do concelho em termos morfológicos, geológicos, hidrológicos e climáticos; - Volume 2 -análise sumária das grandes unidades paisagísticas do concelho e a respectiva documentação fotográfica; - Volume 3 -breve análise da biodiversidade do concelho em termos de vegetação e uso do solo áreas de regadio; e uma extensa descrição dos objectivos, metodologia do trabalho exaustivo de investigação sobre os espaços florestais do concelho. Neste capítulo é também realizada uma caracterização profunda sobre o povoamento florestal, autóctone e planeamento das unidades paisagísticas concelhias em termos florestais. A Reserva Agrícola Nacional, Reserva Ecológica Nacional, Áreas de conservação da natureza e mais tarde Estrutura Ecológica Municipal inserem-se neste volume como evidencias naturais associadas a instrumentos de planeamento. Fontes de informação: A fonte de informação utilizada neste trabalho consistiu basicamente em: - Estudos de caracterização do Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Lis 1998; - Carta Geológica anos 60; - Rede climatológica 1997 Ministério do Ambiente DRARN Centro dados pluviométricos das estações climatológicas do concelho. Estes dados tratados permitiram uma 2

4 Metodologia: análise extensiva do comportamento pluviométrico do concelho com base de dados actualizados; - Em termos climatológicos (temperatura, ventos) o Gabinete do PDM tem estabelecido contactos para obtenção de dados mais actualizados, sendo os dados apresentados referentes a anos 1960/70. Com a recolha de dados mais actualizados será possível efectuar comparações e avaliar a existência ou não de alterações climatológicas; A metodologia utilizada na elaboração deste relatório, consistiu em: - Pesquisa bibliográfica; - Plantas gráficas do Plano Director Municipal de Leiria em vigor; - Plantas gráficas do Plano Director Municipal de Leiria em fase de revisão; - Plantas elaboradas com base em dados resultantes da pesquisa bibliográfica em Microstation. 3

5 ÍNDICE GERAL Página: 1. Introdução 5 2. Morfologia Altimetria Declives Exposições solares Geologia Estruturas Tectónicas no concelho de Leiria Litologias das Formações Geológicas Paleogeografia Pedologia Hidrologia Hidromorfologia Hidrogeologia - SISTEMAS DE AQUÍFEROS Fontes termais Cheias Clima Evapotranspiração Insolação Precipitação Temperatura Vento Sismicidade 78 Bibliografia 80 4

6 1. Introdução O território, a estrutura que, ainda hoje, sustenta o Estado nação, começou por ser um conceito acima de tudo, política, que não definia mais de que uma extensão de terra sujeita a uma jurisdição uma noção que transformava o território num objecto e o solo num simples suporte das relações entre o território e o poder. Ao longo do último século, por influência, em particular, das ciências sociais, da geografia, da biologia, o conceito de território alargou-se, e passou a integrar também o meio ambiente em sentido restrito o relevo, a composição do solo, o clima ou a vegetação os fenómenos sociais, as construções políticas que estão na base da divisão do espaço, as infra-estruturas produtivas e de comunicação, a psicologia humana e as exigências biológicas comuns a vários grupos humanos e respectivas heranças. Enquanto realidade, o território também, é um produto da história do homem, pelo menos, numa proporção semelhante à do seu desenvolvimento exclusivamente físico. Existe uma relação muito estreita entre o meio físico e o meio social, entre a natureza e a cultura, entre a terra e o habitat.. (Jorge Nunes, arq.). Nasce-se e vive-se num tempo e num lugar. Sente-se e interpreta-se o mundo através da paisagem, movendo-nos entre os elementos naturais e elementos artificiais os que construímos / destruímos ao longo do tempo. Breve síntese das características biofísicas do concelho A paisagem do concelho de Leiria é diversificada, distinguindo-se 5 unidades paisagísticas: orla costeira dunar, colinas suaves arenosas, colinas greso-argilosas, maciço calcário e vales dos rios Lis e Lena. No que respeita aos solos, predominam quatro grandes grupos: podzóis, cambissolos, luvissolos e aluviossolos. O clima da região, com influência atlântica e mediterrânica, é considerado de transição, mais ou menos defendido da influência continental, pela presença da barreira montanhosa formada pelas serras de Sicó, Aires e Candeeiros. Os ventos predominantes que se fazem sentir são do Quadrante Norte e Oeste com dominância de Noroeste. Em termos geológicos, o concelho de Leiria, insere-se na Orla Mesocenozóica Ocidental, podem ser encontrados materiais pertencentes a todas as idades: desde as margas do Retiano-Hetangiano (Triássico Superior e Jurássico Inferior), até aos aluviões modernos, incluindo praticamente todas as séries do Secundário (Jurássicas e Cretácias) e do Terceário (ESAS, 2003). O relevo é geralmente pouco acidentado, cerca de 2 / 3 do território apresenta cotas inferiores a 200 m de altitude na área referente ao vale do Lis. Em termos hidrológicos, o rio Lis, principal rio do concelho, estabelece uma relação entre os concelhos vizinhos, através da sua bacia hidrográfica. 5

7 Figura n.º1 Enquadramento do concelho de Leiria Bacia Hidrográfica do rio Lis Síntese das características biofísicas por freguesia Por motivos de facilidade de análise com mais pormenor é feita a abordagem biofísica por freguesia. Tendo em conta os seguintes limites administrativos fornecidos pelo IGP (Instituto Geográfico Português). 6

8 Em termos de distribuição das unidades paisagísticas, é possível encontrar a paisagem típica do Maciço Calcário Estremenho nas freguesias de Cortes, Arrabal, Chainça e Santa Catarina da Serra. A paisagem típica de colinas greso argilosas encontra nas freguesias de Memória, Caranguejeira, Santa Eufémia, Pousos, Barreira, Azoia, parte de Maceira, Parceiros, Marrazes, Boa Vista e Colmeias. Na maior parte da área do concelho predominam as colinas suaves arenosas, na parte mais ocidental do concelho, e da margem direita e esquerda do vale do rio Lis. Esta unidade de paisagem estende-se desde de parte das freguesias de Maceira, Parceiros, Barosa, Marrazes, Boa Vista e Colmeias à freguesia de Coimbrão, onde surgem as areias dúnicas típica da paisagem da orla costeira que nos conduz até à praia do Pedrógão. Os vales mais significativos do concelho são os vales dos rios Lis e Lena, que surgem na parte sul do concelho, e se juntam na parte central do concelho na cidade de Leiria. Da junção deste dois vales surge um vale do rio Lis mais largo, que se estende pelas colinas suaves arenosas até à foz do rio Lis, já fora do concelho, a sul da praia do Pedrógão, na Praia da Vieira. 7

9 Figura 2 Unidades paisagísticas por freguesia 8

10 2. Morfologia 2.1. Altimetria A topografia do Concelho de Leiria é geralmente pouco acidentada, tal como se pode observar no mapa hipsométrico, cerca de 2/3 do território apresenta cotas inferiores a 200 metros de altitude, a máxima altitude situa-se a sul do concelho e ronda 419 metros. Os vales dos rios Lis e Lena, de fundos planos e largos praticamente ao longo de todo o seu percurso com uma largura da ordem dos metros constituem verdadeiras planícies aluvionares. N legenda : Hipsometria (m) <50-22,6 (frequência -%) , , ,5 >400-0 Figura. 3 Carta hipsométrica 9

11 Em termos de distribuição de valores de altimetria do concelho por freguesias, é possível verificar que as freguesias com valores altimétricos maiores são Memória, parte de Colmeias e Caranguejeira, Arrabal, Santa Catarina da Serra e Chaínça. Estas concentram uma frequência de 13,5% das classes altimétricas seleccionadas mais elevadas. A maior parte do concelho de Leiria apresenta valores de frequência mais elevados na classe dos 100 aos 200 metros de altitude. Valores que pertencem às freguesias de Maceira, formando o planalto da Maceira, parte da freguesia de Azoia e Parceiros, Barreira, Cortes, Arrabal Pousos, Caranguejeira, Boa Vista, Milagres, Marrazes, Souto da Carpalhosa, Bajouca, Bidoeira e Colmeias. As freguesias com frequência de classes inferiores a e metros encontram-se associadas, ocupando a parte litoral oeste do concelho, são elas as freguesias de Coimbrão, Monte Redondo, Carvide, Carreira, Monte Real, Ortigosa, Amor, Regueira de Pontes, Parceiros, Azoia e Leiria. 10

12 Figura 4 Carta hipsométrica por freguesias 2.2 Declives O relevo, de um modo geral é constituído por colinas arredondadas ou truncadas por superfícies mais ou menos planas, que se desenvolvem ligeiramente para Noroeste. As únicas excepções são os planaltos e serras das regiões Sul e Sudeste. Em termos de declives, no concelho predominam as classes de declives mais baixos, cerca de 80% da área do concelho apresenta declives inferiores a 15%, e desta 44,6% são inferiores a 5. 11

13 N legenda : declives <2-16,4 (frequência -%) , , , , ,8 >30-0,5 Figura 5 Carta de declives Nesta carta de declives com 7 classes, predominam as áreas com valores inferiores a 30%. As zonas com declives superiores a 30% apresentam uma frequência de 0,5% do concelho, encontram-se nas freguesias de Cortes e Arrabal zona do Maciço Calcário Estremenho Nossa Senhora do Monte, e na freguesia de Caranguejeira, nas encostas a Sul e Este da ribeira de Chitas e na encosta Nordeste da Ribeira da Igreja Velha. Encontram-se ainda declives acentuados próximo dos 30%, nas encostas do rio Lis orientadas a Nordeste entre Monte Real e a foz e nas encostas dos diversos cursos de água. 12

14 As zonas que apresentam menores declives encontram-se na parte Noroeste do concelho, nas freguesias situadas na margem esquerda do rio Lis, Carvide, Monte Real, Amor e Barosa. Figura 6 Carta de Declives por freguesia 2.3. Exposições solares No território concelhio, em termos de exposição solar é possível distinguir 3 zonas: A Noroeste do concelho, entre o Rio Lis e o Ribeiro de Fonte Cova, zona mais plana, as vertentes são mais dispersas e orientadas a Sul e Este. A Oeste do Rio Lis, as encostas seguem uma orientação Noroeste e Sudeste com maior predominância. 13

15 A Este do Rio Lis, predominam mais as orientações a Sul e a Norte. N legenda: exposição das vertentes N ,2 (frequência %) NE ,1 E ,3 SE ,5-157,5-9,9 S ,4 SW ,7 W ,5 Figura 7 Carta de exposições solares Na carta de exposições solares é possível identificar grandes encostas orientadas para sudeste e Noroeste, são elas, as encostas do vale da ribeira de Amor, Fagundo, Vala da Areia, Ribeira dos Milagres, Sirol, Ribeira das Chitas, Ribeiro da Caranguejeira. Salientam-se as vertentes dos vales dos rios Lis e Lena. 14

16 Figura 8 Carta de exposições solares por freguesia 15

17 3. Geologia O concelho de Leiria estende-se integralmente na Orla Mezocenozóica Ocidental. Os materiais pertencem a todas as idades geológicas, margas do Retiano Hetangiano (Triássico Superior e Jurássico Inferior), praticamente todas as séries do Secundário (Jurássicas e Cretácicas) e do Terciário e aluviões modernos. fonte: Carta Geológica de Portugal cartas: 22-b; 22-d; 23 - a; 23-c;26-b;27 a Figura 9 Carta Geológica 16

18 Em termos de distribuição espacial da carta Geológica pelo concelho, verifica-se que o Período Jurássico se encontra predominantemente na área do maciço Calcário Estremenho nas freguesias de Cortes, Arrabal, Chainça e Santa Catarina da Serra. É possível encontrar algumas manchas deste período geológico nas freguesias de Memória, Colmeias, Leiria, Azoia, Parceiros e um pouco nas freguesias de Maceira, Ortigosa e Souto da Carpalhosa. Figura 10 Carta geológica por freguesias 17

19 O período geológico Moderno encontra-se nas zonas dunares da Orla Costeira e nos aluviões dos vales dos cursos de água. A maior parte do território concelhio encontra-se no Período Geológico Moderno, correspondendo à paisagem das colinas suaves arenosas. O período Cretácico encontra-se essencialmente nas zonas das colinas Greso argilosas, que vai das freguesias de Colmeias, Memória, Caranguejeira, Norte das freguesias de Cortes e Arrabal, freguesia de Barreira, parte da freguesia de Azoia, Maceira, Parceiros, Milagres e Marrazes. O período Paleogénico encontra-se nas encostas das freguesias dos Pousos, Caranguejeira e Santa Eufémia onde ainda é possível encontrar vestígios com muitos anos de história da humanidade em bom estado de conservação no Vale do Lapedo e Vale da Ribeira das Chitas. Em termos de materiais geológicos, grande parte da área do concelho é composta por argilas, areias e cascalhos do Terciário, calcários do Jurássico médio e calcários margosos e margas do Cretácico e do Jurássico. Nos vales da rede hidrográfica encontram-se os aluviões e na orla costeira as areias dunares, ambas do Holocénico. Predominam dobras de grande raio de curvatura, com perturbações que proporcionam condições para o aparecimento de ocorrências hidrotermais. As areias soltas, assim como alguns calcários, apresentam permeabilidade alta. Os calcários margosos e as margas, pelo contrário, apresentam uma permeabilidade muito variável dependente do grau de consolidação do material. A constituição geológica dos terrenos determina a existência de vários minerais e consequentemente de jazidas e da possibilidade de existirem várias empresas de exploração de recursos geológicos. Um dos traços essenciais da geologia do concelho de Leiria e de toda a bacia do Lis é a presença de estruturas relacionadas com a migração de massas de gesso e sal-gema (diapíricos). Estas estruturas deram origem a áreas deprimidas que foram preenchidas por sedimentos que constituem o suporte de alguns aquíferos. A presença dos materiais evaporíticos, a profundidades relativamente pequenas, ou mesmo aflorando, pode dar origem a fácies hidroquímicas especiais: águas fortemente cloretadas ou sulfatadas, localmente, é possível a ocorrência de águas impróprias para as utilizações mais correntes, embora em casos especiais possam ter outro tipo de utilidade, hidrotermalismo, ou extracções de substâncias com interesse económico. (plano de bacia hidrográfica do rio lis - (1998) análise biofísica) Estruturas Tectónicas no Concelho de Leiria. Anticlinal Diapírico da Maceira O Anticlinal Diapírico da Maceira apresenta uma orientação NE-SW, com falhas longitudinais, havendo uma falha importante que coloca o Jurássico Superior em contacto com o Jurássico Inferior. O eixo do anticlinal é constituído por uma formação pertencente ao Jurássico, e os flancos do anticlinal são constituídos por formações pertencentes ao Jurássico e Cretácico. 18

20 Nesta estrutura geológica estão implantadas várias pedreiras de calcário e margas, cujos materiais são aplicados no fabrico de cimento, cal hidráulica e brita. As reservas que alimentam as indústrias extractivas na zona de Maceira foram consideradas de importante interesse económico e social nacional, tendo sido criado uma área cativa através da Portaria n.º447/90, de 16 de Junho e posteriormente declarada uma área de reserva pelo Decreto Regulamentar n.º 15/93 de 13 de Maio Diapiro de Monte Real O Diapiro de Monte Real aflora na região de Monte Real, apresentando, no seu núcleo, uma estrutura salífera e gessífera, do Jurássico Inferiror desenvolvendo-se entre Souto da Carpalhosa, Serra de Porto Urso, Amor e Regueira de Pontes. O Diapiro prolonga-se para Norte do Concelho de Leria, por baixo de uma cobertura Pliocénica, durante uma grande extensão, sendo os seus flancos são constituídos por formações Cretácicas e Terciárias. No Diapiro de Monte Real, nas proximidade de Souto da Carpalhosa, é actualmente explorado gesso pardo com aplicação na indústria cimenteira e, até recentemente, foi explorado dolerito proveniente de uma das chaminés vulcânicas que atravessam o Diapiro de Monte Real, na área de Montijos. Diapiro de Leiria-Parceiros O Diapiro Leiria-Parceiros tem orientação NE-SW, apresentando no seu núcleo rochas salíferas e gessíferas do Jurássico Inferior. Os flancos são constituídos por formações Jurássicas, Cretácicas e Terciárias, com fortes pendores, especialmente no seu flanco ocidental. Os Diapiros de Monte Real e Leiria datam de movimentos tectónicos do Jurássico Médio que se prolongaram até ao Pliocénico. De referir que em Leiria existe uma antiga mina de lignitos provenientes do Jurássico, na zona da Guimarota, a qual é tida em conta como uma jazida de excepcional riqueza paleontológica, devido ao seu grande número de fósseis e respectivo estado de conservação, tendo sido objecto de vários estudos por parte de cientistas estrangeiros e nacionais. Depressão de Gândara dos Olivais A Depressão de Gândara dos Olivais é a formação que separa os Diapiros de Leiria-Parceiros e o Diapiro de Monte Real, sendo esta preenchida por depósitos do Quaternário, Pliocénico e Miocénico. Existem várias explorações na Depressão da Gândara dos Olivais, as quais exploram maioritariamente areias. Planalto de Fátima Na região de Cortes, Arrabal e Santa Catarina da Serra faz-se sentir um maciço calcário Jurássico, o qual pertence à zona NW do planalto de Fátima. 19

21 Sinclinal de Pousos Sinclinal de Pousos é constituído por materiais que datam desde o Cretácio Inferior até ao Pliocénico. 3.2.Litologias das Formações Geológicas Areias de Praia, Dunas e Aluviões As areias de praia e dunas ocupam uma faixa mais ou menos constante ao longo da faixa litoral e cobrem as formações mais antigas. São constituídas essencialmente por areias finas. Os aluviões situam-se nas margens de todo o rio Lis e principais cursos de água da região, tais como as Ribeiras do Sirol, dos Milagres, da Ortigosa, do Souto, etc, apresentando um maior desenvolvimento junto do rio Lis. São constituídos maioritariamente por argilas lodosas. Pliocénico Na área de Coimbrão, o Pliocénico é representado por areias finas e grossas, por vezes argilosas, amareladas, acinzentadas, acastanhadas, esverdeadas, ferruginosas, com intercalações de argila e lignitos, com fósseis vegetais. É difícil diferenciar as formações do Pliocénico das formações do Plistocénico na área de Coimbrão e Carvide visto que os materiais se encontram misturados. Na área de Monte Real o Pliocénico apresenta areias de grão fino a médio, amareladas, acastanhadas ou acinzentadas, misturadas com areias eólicas e areias por vezes argilosas. O Pliocénico Marinho aflora junto a Monte Real e a NE de Serra Porto Urso, apresentando areias finas e intercalações de argilas acastanhadas e azuladas. Também são encontrados fósseis de conchas. O Pliocénico Marinho encontra-se, em quase toda a sua extensão, coberto pelo Pliocénico de fácies Continental. O Diapiro de Monte Real encontra-se escavado na sua parte superior, tendo sido preenchido por areias Pliocénicas. Na área do Barracão, o Pliocénico é representado pela predominância de argilas rosadas, brancas, castanhas e cinzentas, as quais se encontram cobertas por areias grosseiras e seixos bem rolados, com várias intercalações lignitosas. No local estão instaladas extensas e inúmeras indústrias extractivas de argila, a qual é aplicada em produtos cerâmicos de elevada qualidade. As jazidas de argílas que ocorrem na área de Barracão foram consideradas de grande interesse para a indústria cerâmica nacional, tendo sido criada uma zona cativa pela portaria n.º 448/90, de 16 de Junho e posteriormente zona de reserva pela Portaria n.º 1384/95, de 22 de Novembro. 20

22 Miocénico O Miocénico aflora em Carvide e está representado por argílas e margas amareladas e acastanhadas, passando a margas cinzentas na base. Na sua parte inferior apresenta grés grosseiros amarelados, argilosos e por vezes conglomerados. Aflora também em A-dos-Pretos, freguesia de Maceira, sendo constituído por grés argilosos mais ou menos grosseiros, ocasionalmente com níveis conglomeráticos com intercalações de argílas acastanhadas e amareladas. O Miocénico na zona de Leiria é de carácter continental, aflorando nas margens do rio Lis, e nos flancos do Sinclinal de Pousos. A Oeste do Diapiro de Leiria-Parceiros o Miocénico consiste em argilas, arenitos argilosos e margas com concreções calcárias, e a Este do Diapiro de Leiria-Parceiros é constituído por arenitos argilosos ou siliciosos, mais ou menos grosseiros com seixos mal rolados e intercalações de argilas. De uma maneira geral, no Concelho de Leiria, o Miocénico apresenta-se na forma de camadas greso-argilosas e greso-arenosas amareladas, esbranquiçadas e acastanhadas. Oligocénico O Oligocénico aflora a sul de Maceira sob a forma de um grés argiloso, por vezes conglomerático, sendo, por vezes, difícil diferenciar o Oligocénico do Eocénico. O Oligocénico a Sul de Souto Carpalhosa consiste numa alternância de margas arenosas, arenitos argilosos e calcários e conglomerados com cimento margoso ou calcário, apresentando as mesmas características a Este do Diapiro de Leiria-Parceiros. Eocénico Nos flancos do Diapiro de Monte Real, o Eocénico é representado essencialmente por formações (argilas, grés argilosos e conglomerados) de cor vermelha. O Eocénico aflora a Este do Diapiro de Monte Real, havendo inclusive explorações, na freguesia de Bajouca que, exploram argila vermelha com aplicação na indústria cerâmica. O Eocénico, na periferia do Diapiro de Leiria-Parceiros apresenta conglomerados com elementos calcários, arenitos avermelhados e argilas castanhas. Cretácico Na área do Anticlinal da Maceira, o Cretácico Superior faz-se representar por calcários apinhoados. A Este do Diapiro de Monte Real, entre Pinheiro e Souto da Carpalhosa, o Cretácico Superior é representado pela alternância de diversas variedades de calcários com fragmentos apinhoados, subcristalinos, rosados, amarelados, brancos e margosos. 21

23 O Cretácico Inferior é um complexo gresoso que é representando por arenitos finos, areias grosseiras, argilas amarelas, cinzentas e conglomerados com calhaus quartzosos rolados, aflorando nos flancos do Diapiro de Monte Real, entre Pinheiro e Souto da Carpalhosa, nos flancos do Diapiro de Leria-Parceiros, nos flancos do Anticlinal da Maceira e na parte oriental do Concelho de Leiria. De salientar que várias argilas exploradas na área do Barracão, são do Cretácico Inferior, as quais se encontram por baixo da cobertura Pliocénica. Na área de Coimbrão e Pedrógão, apenas aflora o Cretácico Inferior, representado por escassos e pequenos afloramentos de grés amarelados com zonas conglomeráticas. Jurássico Na área de Coimbrão e Pedrógão existem apenas pequenos afloramentos do Jurássico nas proximidades da Lagoa da Ervideira e de Pedrogao, os quais consistem essencialmente em calcários. No Anticlinal da Maceira, o Jurássico faz-se representar por uma grande variedade de calcários e margas pertencentes a várias Idades e Épocas. Segue-se uma descrição genérica das litologias formadas em diferentes Épocas e Idades, no Anticlinal em causa. Portlandiano: Consiste em margas gresosas, cinzentas e acastanhadas na região de Maceirinha, passando a margas cinzentas, acastanhadas, avermelhadas com grés cinzento em Maceira; Kimeridgiano: margas cinzentas acastanhadas com níveis gresosos, acastanhados ou cinzentos, sem fósseis; Calvoniano: calcários margosos amarelados, na área de Pocariça; Batoniano: calcários brancos e rijos; Bajociano: constituído maioritariamente por Calcários margosos. Aaleniano: aflora eixo do Anticlinal de Maceira, tratando-se de calcários compactos, cinzentos. Toarciano: representado essencialmente por calcários margosos; Domeriano: calcário compacto margoso amarelado; Entre Leiria, Azoia e Alcogulhe é possível identificar o Portlandiano que consiste em arenitos argilosos amarelados, acastanhados, cinzentos, arroxeados ou esverdeados, mais ou menos consolidados, com intercalações de argilas e margas. O Oxfordiano é representado por um complexo calcário margoso, aflorando nos flancos do Diapiro de Leiria-Parceiros e numa grande extensão na área de Arrabal e Santa Catarina da Serra, pertencendo ao Planalto de Fátima. O núcleo dos Diapiros de Monte Real e Leiria-Parceiros data do Hetangiano-Retiano, sendo representado por afloramentos de margas, calcários dolomíticos, e gesso, existindo formações salíferas associadas a este complexo. Pequenos afloramentos do Hetangiano-Retiano também são visíveis nas proximidades de Monte Redondo. Na área de Leiria, foram identificadas, em furos de sondagens, diversas litologias pertencentes a diferentes idades do Jurássico, tal como o Batoniano, Bajociano, Aaleniano, Toarciano, Charmoutiano e Sinemuriano. 22

24 O Complexo de Lagares do Kimeridgiano Inferior aflora principalmente nas freguesias de Colmeias e Memória, consistindo num complexo de arenitos de grão fino, alternando com argilas cinzentas e algumas intercalações de calcários areníticos, cinzentos ou amarelados, e de lignito. Rochas Eruptivas Na zona de Maceira, aflora um filão, com orientação NW-SW, de gabro doleritico, muito alterado, com granolumetria relativamente grosseira, apresentando cristais de plagioclase. Na área de Monte Redondo, Monte Real, e Souto Carpalhosa afloram vários filões doleriticos e chaminés vulcânicas, cortando o Jurássico Inferior. Em Montijos existiu uma pedreira de dolerito com estrutura compacta e grão médio a grosseiro. Na zona de Leiria são representadas por doleritos e basaltos, em filões ou domos, localizados no interior, ou flancos do Diapiro de Leiria-Parceiros. O próprio Castelo de Leiria foi construído num domo dolerito ofitico, bastante alterado. 4. Paleogeografia Do ponto de vista paleogeográfico, a região de Leiria faz parte da grande bacia de sedimentação que, nos primeiros tempos do Mesozoíco, se instalou na enorme fossa tectónica limitada, pelo Maciço Hespérico e, pelo continente Ocidental, testemunhando ainda hoje pelos ilhéus das Berlengas e Farilhões. (TEIXEIRA e ZBYSZEWSKI,1968) As formações geológicas da região foram sendo formadas num processo de avanço e recuo das águas epicontinentais, originando as camadas de sedimentação contínua que constituem hoje a base dos terrenos da região de Leiria. Para além deste processo ocorreram acções tectónicas que deram início à formação dos diapiros de Leiria e Monte Real. Houve actividade eruptiva e assim se formaram os domos doleríticos e filões que se instalaram ao longo de fracturas. As acções tectono diapíricas prosseguiram até à actualidade. 5. Pedologia Os solos do concelho de Leiria encontram-se entre quatro principais tipos de solo: podzóis, cambissolos, luvissolos e aluviossolos. Estes tipos de solo apresentam, consoante a classificação FAO/UNESCO as seguintes principais características (Sousa,1997): Podzóis Solos com horizonte B espódico (horizonte subsuperficial, de acumulação aluvial de matéria orgânica, alumínio e /ou ferro, por vezes cimentado, textura grosseira). Cambissolos Solos com horizonte B câmbio com grau de saturação em bases (pelo método do NH4 Oac) inferior a 50%, sem as características de diagóstico próprias dos Vertissolos ou do Andossos; sem propriedades gleicas até a profundidade de 50 cm. 23

25 Luvissolos Solos com um horizonte B árgico com capacidade de troca catiónica igual ou superior a 24 cmol (+) Kg-1 de argila e uma saturação em bases (pelo método do NH4 OAc) igual ou superior a 50% em toda a espessura do horizonte B; sem um horizonte A Mólico; sem um horizonte E com transição abrupta para um horizonte inferior de permeabilidade lenta, sem a forma de distribuição da argila e sem a penetração em forma de línguas que servem de diagnóstico, respectivamente aos Planossolos, aos Nitissolos e aos Podzovissolos. Aluviossolos Sub ordem da ordem solos incipientes, caracterizada por solos derivados de depósitos estratificados de aluviões. Estes tipos de solo, podem encontrar-se associados ou subdivididos em várias categorias criando assim 7 tipos de manchas, evidenciadas em anexo: Podzóis órticos associados a cambissolos, aluviossolos, cambissolos êutricos, cambissolos crómicos, cambissolos cálcicos e luvissolos rodocrómicos. 24

26 Fonte: Estudos de caracterização da bacia hidrográfica do rio Lis Figura 11 Carta de características dos solos Em termos de distribuição das características dos solos pelo concelho, é possível localizar luvissólos redocrómicos na zona do Maciço Calcário Estremenho nas freguesias de Santa Catarina da Serra, Chainça, partes das freguesias de Arrabal, Cortes e Barreira. Os cambrissólos entricos localizam-se nas freguesias de Caranguejeira, na parte norte das freguesias de Arrabal, Cortes e Barreira, partes sul das freguesias de Azoia e Maceira, Leiria, Santa Eufémia, sul da freguesia da Boa vista, parte da freguesia da Memória, Colmeias e Milagres. Cambrissólos entricos são os solos predominantes nas colinas greco-arenosas. A paisagem de colinas suaves arenosa é constituída maioritariamente por podzóis órticos associados a cambrissólos, com excepção das freguesias de Milagres que tem predominância de cambrissólos entricos. 25

27 Figura 12 Carta de solos por freguesia 6.Hidrologia O concelho de Leiria insere-se praticamente na sua totalidade na bacia hidrográfica do Lis com excepções de uma pequena área a Noroeste do concelho pertencente à bacia hidrográfica do Mondego, de uma pequena área a Sueste pertencente à bacia hidrográfica do Tejo e uma pequena área junto da costa pertencente às bacias de drenagem as ribeiras da costa. A bacia hidrográfica do Lis constitui a bacia mais significativa nos processos hidrológicos e nas disponibilidades hídricas da região. 26

28 N Leiria legenda: Fonte: Atlas do Ambiente Figura 13 Enquadramento da bacia hidrográfica do rio lis A bacia hidrográfica do rio Lis apresenta uma orientação S-NW e uma área total de 945 Km 2, localiza-se na zona centro do País, abrangendo a total ou parte dos concelhos de Leiria, Batalha, Marinha Grande, Porto de Mós e Ourém. Esta bacia é limitada a Norte pela bacia hidrográfica do rio Mondego, a sul e Este pela bacia do rio Tejo e a Oeste pelo Oceano Atlântico. 27

29 A bacia hidrográfica na sua área de montante apresenta um percurso no Maciço Calcário Estremenho, onde se verifica uma drenagem através de galerias dando origem a abundantes exsurgências de que são exemplo as nascentes dos rios Lis e Lena, situação resultante da extrema permeabilidade desta formação calcária. A zona intermédia, a qual apresenta a maior parte da bacia, desenvolve-se sobre arenitos, calcários margosos e margas. A densidade de drenagem é elevada, já que devido ao substrato presente há uma maior tendência para o escoamento superficial. A zona terminal de jusante a densidade de drenagem é baixa, em que os cursos de água apresentam fraco declive longitudinal, o que contribui para que se verifiquem dificuldades no escoamento. N legenda: Bacia hidrográfica do rio Lis Bacia hidrográfica do rio Tejo Bacia hidrográfica do rio Mondego Bacias hidrográficas de vários fonte: Atlas do Ambiente Figura 14 Bacias hidrográficas do concelho de Leiria 28

30 QUADRO I - Bacias hidrográficas no concelho de Leiria Bacia Hidrográfica Vouga e Mondego (Vários) Mondego Tejo (Vários) Lis Área no Concelho de Leiria 24.9 Km Km2 8.9 Km Km Km2 Secção Área Comprimento Declive médio (Km 2 ) (Km) Rio Lis antes da confluência com ribeiro do Sirol , Ribeira do Sirol Rio Lis antes da confluência do rio Lena Rio Lena Rio Lis após confluência do rio Lena Fonte: Estudo hidrológico/hidráulico do rio Lis, (Novembro 2001) Apesar dos comprimentos destes troços serem próximos, (entre os 21,2 e os 32,6 Km) as suas áreas de bacia apresentam diferenças significativas. O troço do rio Lis antes da confluência com a ribeira do Sirol, apresenta uma área de bacia muito próximo da área da bacia da ribeira do Sirol que apresenta um comprimento semelhante, mas apresenta um declive médio inferior. Entre os troços do rio Lis antes da confluência com o rio Lena, o rio Lena e o troço do rio Lis após confluência do rio Lena, existe grande semelhança nos comprimentos e mesmo nos declives médios, contudo em termos de áreas de bacia, surgem diferenças significativas. O troço do rio Lis após a confluência do rio Lena apresenta uma área de bacia próxima do triplo a área da bacia do rio Lena. E o troço do rio Lis antes da confluência do rio Lena apresenta o dobro da área de Bacia do rio Lena. A bacia hidrográfica do Lis desenvolve-se inteiramente sobre terrenos da Orla Mesocenozóica Ocidental. A cabeceira da bacia inicia-se numa importante unidade geomorfológica, o Maciço Calcário Estremenho, onde se dá a recarga que abastecem as principais nascentes que alimentam o rio Lis, desenvolvendo-se, em seguida, essencialmente sobre uma zona bastante aplanada, constituída fundamentalmente por terrenos cenozóicos de cobertura (PBH). Na já antiga publicação "Índice Hidrográfico e Classificação Decimal dos Cursos de Água" da autoria da Direcção Geral dos Recursos e Aproveitamentos Hidráulicos, Lisboa 1981, a bacia hidrográfica do rio lis é apresentada pelos seguintes dados: 29

31 QUADRO II. Classificação decimal, quantificação de áreas e comprimento dos cursos da Bacia Hidrográfica do Rio Lis Curso de Água Área da Bacia Hidrográfica em Km2 Comprimento do Curso de Água em Km 332 Rio Lis 945,4 39, Rio de Fora 126, Ribeira de Coimbrão 14,3 4, Ribeira da Carrasca 7,3 6, Ribeira de Santo Aleixo 24,9 8, Ribeira de Água Formosa 4, Ribeira da Bajouca 10,5 6, Ribeira do Regato 11,4 8, Ribeira da Guia Ribeira do Regato 4, Rio Negro 3, Ribeira da Carreira 31,9 13, Ribeiro do Covo 3, Ribeira das Várzeas 16, Ribeira da Ortigosa 6,9 6, Ribeira do Casal Gamito 8, Ribeira dos Milagres 57, Ribeira da Assanha 9,7 5, Ribeira da Gandara 7, Ribeira da Caranguejeira ou do Sirol 117,1 19, Ribeira dos Murtórios 15,7 7, Ribeiro do Vale da Raposeira 6,4 7, Ribeiro do Castanheiro 5,6 3, Ribeira do Vale Sobreiro 35,3 10, Ribeiro das Poças 5 3, Ribeiro do Salgueiral 4,3 2, Ribeiro dos Sete Rios 5, Ribeiro do Vale Longo 6 4, Ribeiro do Vale Facão 4,8 3, Ribeiro do Freixial 26,8 13, Ribeira do Vale Abadia Ribeiro da Mãe de Água 10,3 7, Ribeiro da Tábua 34,9 10, Ribeiro dos Ingleses 5, Vala da Pedra 19, Ribeira do Boco 13, Vala dos Barreiros 92,5 11, Ribeiro da Escoura 32, Ribeiro do Amor 27, Ribeiro do Fagundo 25,9 13, Ribeiro de Albergaria 7,2 5, Ribeiro do Picheleiro 14,7 6, Rio Lena 188,9 26, Ribeiro do Telheiro 4,2 5, Ribeira das Alcanadas 6, Ribeira do Freixo 13,7 7, Rio Alcaide 59,6 14, Ribeira de Chão de Pinhos 6, Ribeiro da Canada 4,4 4, Ribeiro dos Parceiros 9 5, Ribeiro da Várzea ou do Vale Gracioso 24,1 7, Ribeiro da Calvaria 16, Ribeiro do vale da Mata 4,9 3, Ribeira do Rio Seco 106, Ribeira do Vale da Pedreira 7 5 Fonte: Direcção Hidráulica do Mondego 30

32 A sua localização pelo território concelhio é a seguinte: Figura 15 - Carta hidrográfica 31

33 O rio Lis O rio Lis nasce na Zona de Maciço Calcário Estremenho próximo da povoação de Fontes, desenvolve-se ao longo de 39,5 Km, indo desaguar em Vieira de Leiria, fora do concelho de Leiria. Os principais afluentes da margem esquerda são o ribeiro da Tábua/Escoura, ribeiro de Amor, rio Lena e o rio Seco. O rio de Fora, a ribeira dos Milagres, a ribeira da Caranguejeira ou do Sirol e a ribeira do Freixial são os principais afluentes da margem direita. A bacia hidrográfica do rio Lis, junto à Ponte dos Caniços apresenta uma área de cerca de 232 Km2. Sob o aspecto hidráulico/hidrológico pode-se afirmar que afluem à cidade de Leiria dois rios (Lis e Sirol) cujas bacias hidrográficas são de grandeza semelhante, embora com algumas características diferenciadas. O rio Lis antes da confluência do Lena apresenta uma área de bacia aproximada a 240 Km 2, comprimento de 30,6 Km, declive médio de 0,015 e cerca de 83 nós de ligação. Em termos de regime, o rio Lis e os seus afluentes comportam-se como cursos de tipo torrencial, ou mais precisamente mediterrânico, que registam forte variabilidade nos quantitativos anuais de caudais. Esta heterogenidade interanual de caudais está bem patente no caso do posto hidrométrico de Monte Real, onde os caudais anuais variam entre os 8,2 milhões de metros cúbicos num dos anos mais secos ( ) e os 604 milhões de metros cúbicos num dos mais húmidos ( ), com as consequentes implicações ambientais. As elevadas concentrações pluviométricas têm um forte poder erosivo sobre as vertentes mais expostas e, juntamente com ocorrência de pontas de cheias bastante violentas, levam ao transporte de grande quantidade de sedimentos grosseiros que cobrirão os solos aluvionares de elevado valor agrícola. A eficiência erosiva das águas que escoam é tanto maior quanto mais despidas de vegetação estiverem as vertentes constituídas por materiais que, além de relativamente impermeáveis são facilmente arrastáveis (caso das margas e areias). O papel depurador exercido pelas águas pluviais sobre a bacia é irregular e sazonal, relacionando-se directamente com a pluviosidade; a sua eficiência é maior nos anos mais húmidos e, nos anos mais secos, pode tornar-se extremamente insuficiente. De igual modo, os efeitos poluentes de todo o tipo de dejectos são grandemente acentuados no Verão, pela falta de diluição e drenagem que o rio Lis evidencia (por exemplo: em Monte Real, no ano de 1988, a média mensal do seu caudal no trimestre de Inverno foi 32,8 milhões de m3 e no trimestre de Verão unicamente de 2 milhões de m3). (plano de bacia hidrográfica do rio lis). Sob o ponto de vista geomorfológico a bacia do Lis forma uma unidade hidrológica com uma certa uniformidade morfológica em cerca de 2/3 se encontram abaixo da cota 200 m. 32

34 Os principais cursos de água principal da bacia são o rio Lena, rio de Fora e ribeira do Rio Seco. Os vales dos rios Lis e Lena que se orientam no sentido Sul Norte, são vales planos e largos, próprios de planícies aluvionares. O vale do Lis apenas estreita ao atravessar a estrutura diapírica de Leiria, para logo se alargar a jusante da confluência do Lena, apresentando-se aí uma vasta planície aluvionar. A bacia apresenta uma ocupação diferenciada em termos de tipologia de ocupação, enquanto que em cerca de 40% da área Sul predominam os terrenos agrícolas de mosaico policultural, mas na área Norte apenas 25% Hidromorfologia A bacia hidrográfica apresenta uma curva típica de um estado de velhice, onde predominam fenómenos de transporte e deposição de sedimentos. Face ao comportamento que apresenta pode dividir-se em três zonas distintas: 1. A zona localizada mais a jusante, da costa até às proximidades de Monte Redondo Amor. Caracteriza-se por uma fraca densidade de drenagem e pelo fraco declive dos cursos de água. Por este motivo o escoamento faz-se com uma certa dificuldade e a drenagem da área é bastante incompleta. Os materiais litológicos são essencialmente areias dunares, areias e cascalhos de origem marinha fortemente permeáveis. 2. A zona central que cobre a maior parte do concelho desenvolve-se sobre arenitos, calcários margosos e margas. A densidade de drenagem é elevada, decorrente da maior dificuldade de infiltração das águas, originando um escoamento mais facilitado de águas e de efluentes. 3. A zona a montante corresponde ao percurso no Maciço Calcário Estremenho que, à custa da sua extrema permeabilidade, possui uma drenagem essencialmente hipogeia através de galerias dando origem, no seu rebordo, a abundantes surgências de que as do Lis e Lena são exemplos a zona mais reduzida do concelho de Leiria. 33

35 fonte: plano de bacia hidrográfica do rio lis (1998) análise biofísica Figura 16 Principais unidades hidrológicas homogéneas É possível identificar as unidades hidrológicas do Tejo a sul da freguesia de Santa Catarina da Serra, Chainça e Maceira. Nas freguesias de Cortes, Arrabal, Caranguejeira, Pousos, Santa Eufémia, é uma zona considerada de recolha de águas cabeceiras do rio Lis. Nas freguesias de Maceira, Azoia, Barreira e sul de Parceiros, encontra-se a unidade do rio Lena. Na unidade hidrológica do médio Lis que vai desde o norte da freguesia de Maceira, Parceiros, Barosa, Marrazes, Milagres, Colmeias, Bidoeira de Cima, Souto da Carpalhosa, Ortigosa, Amor, e Monte Real em parte. 34

36 A unidade hidrológica do Mondego localiza-se em parte da freguesia da memória e parte na freguesia de Colmeias. O baixo lis é localizado nas freguesias de Monte Redondo, Carvide, Bajouca, e parte de Coimbrão. Figura 17 Carta de solos por freguesia 6.2. Hidrogeologia Sistemas Aquíferos A bacia hidrográfica do Lis possui alguns sistemas de aquíferos importantes relacionados com formações calcárias e detríticas que se organizam e distribuem com base na sequência dos sedimentos e na tectónica local. Esta sequência 35

37 individualiza verticalmente formações com comportamento hidrológico diverso que se traduz na existência de aquíferos, aquitardos e aquiclusos. Neste sistema de aquíferos multicamada ocorrem drenâncias entre eles consoante o potencial hidráulico local, vulgarmente fluxos descendentes nas zonas de recarda e ascendentes nas de descarga. fonte: plano de bacia hidrográfica do rio lis (1998) análise biofísica Figura 18 Sistema de aquíferos 36

38 Em relação à circulação de água subterrânea individualizam-se dois tipos de sistemas de aquíferos os cársicos e os porosos. Os primeiros assentam em calcários e dolomitos e têm em regra poder de auto-regulação limitado. Nestes sistemas são marcantes as grandes variações de caudal das nascentes por onde descarregam e pela amplitude da variação dos níveis dos níveis da água entre a época das chuvas e a estação seca. Os sistemas aquíferos porosos assentam em formações detríticas mesozóicas e algumas terciárias e são de tipo multicamada. Os aquíferos encontram-se dispersos, praticamente, por toda a área da bacia. Verifica-se a existência de áreas de sobreposição de aquíferos com espaços urbanos. As situações mais críticas localizam-se em torno de Leiria, e um pouco por toda a bacia, nas imediações dos cursos de água: Rib. da Bajouca, Rib. do Fagundo, rio Lis e rio Lena. Leirosa- Monte Real Vieira de Leiria Marinha Grande Aquífero da Maceira Pousos - Caranguejeira Figura 19 Sistemas de aquífero por freguesias 37

39 Da análise da carta que indica a distribuição das suiniculturas pelos aquíferos no concelho de Leiria, verifica-se que é possível identificar uma zona sensível em termos de poluição de aquíferos, que no aquífero chamado Pousos Caranguejeira se estende entre Bidoeira, Milagres, Boa Vista, Santa Eufémia, Norte de Arrabal e Caranguejeira. Aquífero Leirosa- Monte Redondo Aquífero Vieira de Leiria Aquífero Maceira Aquífero Pousos - Caranguejeira Aquífero Maciço Calcário Estremenho Figura 20 Sistemas de aquíferos por freguesias e ocupação urbana Em termos de distribuição de ocupação urbana representada de forma homogénea por todo o concelho com excepção da cidade de Leiria. Verifica-se que existe uma distribuição semelhante pelos diversos aquíferos do concelho. 38

40 Relativamente à distribuição de indústria verifica-se que o aquífero do Maciço Calcário Estremenho não se encontra com uma ocupação industrial significativa em termos de quantidade de indústrias que possam poluir de alguma forma o aquífero. O aquífero da Maceira apresenta alguma sobreposição de ocupação industrial, nomeadamente indústria extractiva de Margas com a particularidade do aquífero apresentar características detríticas. O aquífero intitulado Pousos Caranguejeira apresentam alguns pontos de concentração de indústria, nomeadamente Pousos Milagres e Bidoeira, aquíferos com características cársicas. O aquífero da orla ocidental aluviões, apresenta uma sobreposição com ocupação industrial em Monte Redondo e Norte de Souto da Carpalhosa. 6.3.Fontes termais A tectónica diapírica presente nos diapiros de Leiria Parceiros e Monte Real, relacionada normalmente com fracturas profundas, está associada ao aparecimento de fontes termais. No diapiro de Leiria Parceiros existiu a Fonte de Porto Moniz também designada por fonte de Covêlos ou salgada ; situava-se a 100 metros a norte de Leiria, na Quinta de Porto Moniz. Era água bicarbonatada cálcica, cloretada sódica, sulfatada magnésica, que por ser fortemente cloretada sódica foi utilizada em tempos para obtenção de sal comum, em salinas, hoje também abandonadas. No diapiro de Monte Real, para além das termas do Picoto, existem as de Monte Real localizadas em terrenos da base do Jurássico, observáveis junto da nascente. A água é mesossalina, sulfídrica cálcica, sulfatada cálcica e magnésica, cloretada e bicarbonatada mista, radioactiva, hipotermal (19ºC). Estas termas são conhecidas e utilizadas desde o tempo dos romanos. 39

41 Figura 21 Nascentes Hidro-minerais 6.4. Cheias Ao longo dos tempos, a bacia hidrográfica do rio Lis, foi sendo progressivamente desbravada e arroteada para utilização agrícola. Como consequência directa da destruição desordenada do coberto vegetal a erosão dos terrenos marginais dos ribeiros tributários do Lis foi crescendo e alargada às encostas dos terrenos desnudados. Em simultâneo, o assoreamento dos vales foi ocorrendo. Com a erosão das encostas e assoreamento dos leitos começaram a ocorrer cheias nas planícies, sendo frequentes, até 1900, as inundações na cidade de Leiria. Foram realizados inúmeros trabalhos e obras de protecção realizados no leito do rio, mas verificaram-se inconsequentes. 40

42 A primeira grande inundação da cidade acontece em Março de Em 1780, as cheias produziram a alteração do leito do rio que passou a desaguar a sul da praia da Vieira. A regularização do curso permitiu que o rio voltasse a ser navegável. Um século mais tarde as cheias voltaram mais desastrosas e com maior frequência. Em 1887 iniciou-se perto da foz, na margem direita, a sementeira de pinhal com a finalidade de suster as areias e impedir o assoreamento. É em 1902 que Leiria sofre a pior das inundações. Nos campos perto da cidade, os sedimentos transportados pelo Lis chegam a formar depósitos de um metro de espessura. Apenas se conseguiu acabar com as inundações quando se tomaram medidas adequadas de correcção torrencial através da implantação de árvores em locais mais susceptíveis aos fenómenos erosivos. As repetidas cheias do Lis contribuíram para o enriquecimento e constituição dos terrenos de aluvião ao longo do seu curso. A partir de 1901 iniciaram-se obras de correcção torrencial, as primeiras a serem realizadas e cujos resultados foram muito significativos. Estas obras estão associadas a acções de revestimento florestal, tendo sido submetido a regime florestal os leitos, taludes dos cursos de água e barrancos causados pela erosão, como forma de garantir a sua execução e conservação. A construção da Obra Hidroagrícola do Vale do Rio Lis decorreu nos anos de 1943 a 1957 e compreendeu a realização de diversos trabalhos, tais como a regularização da foz do rio Lis e trabalhos marítimos complementares, (regularização do rio Lis desde Leiria até à foz, regularização e correcção torrencial de alguns dos seus afluentes, enxugo e drenagem na área defendida e obras de rega, adaptação ao regadio de 2145 ha de terrenos). Os problemas vividos no vale do rio Lis, desde a fundação da Nacionalidade até aos anos 40 do século XX traduzemse no interesse manifestado pelo Estado no vale do Lis que levou à execução ao longo da história de sucessivas obras importantes de contenção das margens e desobstrução do rio Lis e ribeiras afluentes, por forma a defender esta área dos efeitos devastadores de cheias, do forte assoreamento do vale, permitindo a fixação de populações, o desenvolvimento de Leiria e a utilização agrícola dos solos destas várzeas A situação recorrente da falta de manutenção destas obras conduziu por diversas vezes ao retorno das condições naturais, com cheias de elevado poder destrutivo, inundação permanente de áreas extensas, e consequentes problemas de paludismo e dificuldades de comunicação entre as povoações ribeirinhas. A ocorrência de uma cheia particularmente devastadora em Novembro de 1900, provocou isolamento da cidade de Leiria e levou em última análise à criação de diversos serviços governamentais com o objectivo especifico de tratar o problema do rio Lis, passando a considerar-se que o seu tratamento exigia uma acção integrada em toda a bacia. Numa primeira análise dos problemas identificaram-se como principais, a existência de sedimentos, nos barrancos da zona de terrenos pliocénicos da margem direita do rio Lis, a jusante de Leiria. Considerou-se então a necessidade de realizar intervenções para controlo dos efeitos da erosão torrencial do leito e das encostas das cabeceiras do rio Lis e dos afluentes que cruzam essas sub-bacias. 41

43 Nesse sentido foram planeadas e executadas intervenções que incluíram a construção de centenas de açudes nos rios Lis e Lena e as linhas de água da margem direita, e por outro acções de florestação das margens e outras intervenções no vale do rio Lis. Estas intervenções só por si tiveram efeitos significativos na redução do assoreamento do baixo Lis, foi criada a Obra de Defesa dos Campos do Lis normalmente designada por Obras do Lis. O Decreto-lei n.º de 28 de Março de 1946 delega na Direcção Geral dos Serviços Hidráulicos as competências necessárias para a sua execução. Dos últimos anos destacam-se as cheias de (Fevereiro de 1985, Fevereiro de 1986, Janeiro de 1988). Recentemente, o Projecto de emparcelamento do Vale do Lis surge como forma de atenuar os problemas de deficiências graves de enxugo, dificuldade de distribuição de água de rega, deficiências na rede viária índices de fragmentação de propriedade e dispersão predial elevadas O Projecto de Emparcelamento do Vale do Lis incide sobre a área do Aproveitamento Hidroagrícola do Vale do Lis, cuja execução remonta aos anos 50, tendo tido como objectivo a rentabilização dos solos da baixa aluvionar do rio Lis. Os terrenos eram essencialmente constituídos por areias e argilas, misturadas em proporções bastante variáveis, com elementos grosseiros ou detritos orgânicos e em algumas zonas com elevada percentagem de turfa. O tipo de solo e as condições de terreno causaram problemas de encharcamento por deficiente escoamento de água do rio e das valas que formaram devido à má definição do leito. No Inverno o enxugo era muito lento o que impossibilitava os trabalhos agrícolas. Com a finalidade de atingir esse objectivo executaram-se as Obras do rio Lis que integram as seguintes infra estruturas: - Rede viária, que compreende a rede viária de acesso ao perímetro que assenta em caminhos asfaltados; e a rede viária interna de circulação no perímetro, cujas acessibilidades para serem garantidas tiveram de recorrer à construção de pontes, passadiços e pontões. - Rede de rega que preconiza a utilização de caudais de estiagem armazenadas em açudes amovíveis distribuídos nas diferentes linhas de água e derivados para uma rede primária e distribuídos nas diferentes linhas de água e derivados para uma rede primária e distribuídos por uma densa rede secundária. Por vezes era necessário recorrer a estações elevatórias; - Rede de drenagem, que compreendia a defesa dos campos através dos colectores de encosta e o enxugo do vale através da abertura de extensa rede de enxugo rematada por estações de bombagem. A propriedade neste aproveitamento encontra-se repartida por 3557 proprietários e 7213 prédios, sendo que a área média dos prédios é de 2749 m2 e a área média por proprietário é de 5574 m2, possuindo cada proprietário em média 2,03 prédios. O aproveitamento foi estruturado em dois sub-perímetros: 42

44 1. O sub perímetro I que corresponde a 1261 ha e engloba 3 unidades hidraulicamente independentes. (blocos I, Is e II) e apresenta características hidráulicas independentes. 2. O sub-perímetro II que corresponde a 996 ha e possui 4 unidades hidraulicamente independentes (blocos II, III, IV e V). O Aproveitamento Hidroagrícola do Vale do Lis, dada a sua antiguidade, caracteriza-se por um índice de fragmentação e dispersão predial muito elevado, com deficiências graves de enxugo e distribuição da água de rega e por uma rede viária deficitária e não adaptada às necessidades do sistema agrícola actual que utiliza um parque de máquinas completamente diferente do que existia há cerca de 50 anos atrás, acrescido ainda da fraca manutenção que tem levado à degradação da rede viária. O Aproveitamento Hidroagrícola do Vale do Lis gerido desde 1965, pela Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Lis. O número de beneficiários deste aproveitamento varia de ano, para ano, tendo-se apurado 3605 em O projecto de Emparcelamento do Aproveitamento Hidroagrícola do Vale do Lis resultou em grande parte da necessidade de colmatar as inúmeras deficiências estruturais (deficiências graves de enxugo, dificuldade de distribuição de água de rega, deficiências na rede viária índices de fragmentação de propriedade e dispersão predial elevada) que ocorrem nos perímetros e que condicionam o desenvolvimento das actividades agrícolas e respectivo rendimento das culturas. O actual projecto visa responder a essas necessidades tendo como objectivos contribuir para a viabilização do regadio, para a melhoria das condições de trabalho dos agricultores e diminuição dos custos de produção. Pretende-se a reabilitação e modernização das infra estruturas adequando-as às novas exigências e condições de exploração de modo a tornar as explorações agrícolas economicamente viáveis e assegurar a melhoria das condições de produção e de trabalho das mesmas. Para tal o projecto preconiza as acções nucleares: 1. Beneficiação e construção de rede viária (mais eficaz e defendida dos processos de erosão); 2. Beneficiação da rede de rega (para que efectivamente sirva as propriedades com eficiência); 3. Beneficiação da rede de enxugo e drenagem (com um traçado coerente e eficaz que permita a ocupação do solo de Verão e de Inverno); 4. Reorganização da propriedade e melhoramentos fundiários (com vista a uma diminuição do grau de dispersão predial e definição das parcelas com uma forma geométrica mais adequada à agricultura). Para dar cumprimento ao Decreto-Lei n.º 364/98 de 21 de Novembro, foi realizada a delimitação de zonas inundáveis resultado de reunião entre Bombeiros Municipais de Leiria - Delegação de Protecção Civil e DRAOT Centro Delegação de Leiria, recorreu-se à memória dos elementos das entidades referidas, para demarcar as zonas abrangidas pelas cheias de maior amplitude, consideradas dos 100 anos. 43

45 Figura 22 Zonas ameaçadas pelas cheias (1999) 44

46 Figura 23 Carta de zonas ameaçadas pelas cheias (1999) As freguesias abrangidas pelo risco de inundação são Cortes, Leiria, Pousos, Santa Eufémia, Caranguejeira, Azoia, Parceiros, Barosa, Marrazes, Amor, Regueira de Pontes, Ortigosa, Monte Real, Carvide, Carreira, Souto da Carpalhosa, Monte Redondo e Coimbrão. Estas zonas inundadas estão associadas à ultrapassagem das margens dos rios Lis, Lena, ribeira do Sirol, ribeira de Caranguejeira e ribeira de Caldelas, ribeiro do Picheleiro, Vala de Areia, ribeira de Amor e ribeiro de Escoura, e rio de Fora. Nas freguesias de Maceira, Azoia, Barosa, Marrazes, Colmeias e Souto da Carpalhosa, foram registadas 45

47 inundações pontuais, associadas a condução de águas pluviais por redes de colectores, nem sempre dimensionadas para fazer face a situações de precipitação anormal. Os locais que foram apontados como pontos críticos devido a estrangulamento do caudal do rio Lis na Cheia de 1988 (ultimas cheias que causaram grande abrangência) foram: Ponte das Fontes; Ponte das Cortes; Próximo da Quinta de São Venâncio; Ponte das Mestras; Locais de inundação na cidade de Leiria: Quinta do Amparo junto à ribeira do Amparo; Zona da Meia-lua, problema de colectores, não existia válvula de retenção, como se trata de uma zona plana, sempre que existem chuvas intensas existe uma grande probabilidade de ocorrerem inundações; Estrada da Barosa rebaixamento da mota do rio que provoca inundação do caminho-de-ferro quando o caudal do rio aumenta; Zona do Gato Preto devido ao nível de cotas nesta zona ser inferior ao nível da cota do colector pluvial, existindo retrocesso das águas do colector; Em 1996 registou-se uma inundação de toda a zona das feiras resultante do rebentamento dos esgotos pluviais; Na zona do Marachão, o nível freático é mais baixo em relação às margens do rio Lis, o que provoca a ocorrência de cheias automaticamente caso as águas do rio transbordem; O edifício Europa na Olhalvas foi inundado em 1989 devido ao açude se encontrar num nível baixo. As zonas de risco elevado de inundação correspondem a áreas onde existem ocupações urbanas sobre as áreas de leito de cheias, as zonas de risco médio correspondem a áreas onde existem ocupações urbanas sobre as áreas de aluviões. 46

48 Figura 24 Carta de zonas ameaçadas pelas cheias (1999) por freguesia e por área ocupada/construída 47

49 Figura 24 Carta de zonas ameaçadas pelas cheias (1999) e zonas de aluvião 48

50 Figura 25 Carta de zonas ameaçadas pelas cheias e zonas de aluvião e áreas ocupadas 49

51 Figura 26 Carta de zonas ameaçadas pelas cheias (1999) em espaços urbanos 50

52 Os seguintes extractos representam áreas ocupadas em espaços urbanos que sofrem algum contacto com a zona inundável. Porto Longo Aroeira freguesia de Monte Redondo Monte Redondo Freguesia de Monte Redondo 51

53 Carreira freguesia da Carreira Amor freguesia de Amor 52

54 Barreiros freguesia de Amor e Regueira de Pontes freguesia de Regueira de Pontes Barosa freguesia da Barosa e Leiria freguesia de Leiria e Marrazes Leiria freguesia de Leiria 53

55 Fontes freguesia de Cortes Vale do Horto freguesia de Azoia Pousos freguesia de Pousos 54

56 Santa Eufémia freguesia de Santa Eufémia Caranguejeira freguesia de Caranguejeira 55

57 Caldelas freguesia de Caranguejeira Campinos - freguesia de Caranguejeira Em Novembro de 2001, foi realizado um estudo hidrológico/hidráulico do rio Lis, na zona de intervenção do Programa Polis na cidade de Leiria. Neste estudo pretendeu-se determinar, para a situação futura, quer as cheias associadas a determinadas probabilidade de ocorrência (10, 25, 50 e 100 anos, em termos de caudais e níveis), quer o correspondente ao comportamento do rio Lis, incluindo o seu leito de cheias, no troço do rio fronteiro à zona urbana da Cidade de Leiria. Tendo por base os elementos constantes do PBH lis efectuou-se uma análise detalhada, tendo-se utilizado o método semi empírico do Soil Conservation Service, para estimar os caudais de máxima cheia associados a diversos períodos de retorno, para as várias secções em análise, no rio Lis e na ribeira do Sirol. Nos 10 anos de registos disponíveis da estação hidrométrica do Açude do Arrabalde verificou-se que os valores máximo, médio e mínimo são 274,5 m 3 /s, 83,3 m 3 /s e 9,5m 3 /s, respectivamente. 56

58 No projecto de reabilitação do açude do Arrabalde (Hidroprojecto, 1999). Os caudais de dimensionamento de máxima cheia tiveram em conta os caudais de ponta de cheia adoptados nos projectos datados de 1942, em que o caudal de projecto para o período de retorno de 100 anos foi de 210 m3/s, tendo sido o caudal adoptado para o dimensionamento do açude desta ordem de grandeza, já que não se equacionou alterar a definição da obra existente, em termos de cotas finais, com a implementação do projecto de reabilitação. Tempo de concentração (TC): tempo necessário para uma gota de água caída no ponto mais afastado da bacia chegue à secção em estudo, será o período decorrido entre o fim da chuvada útil e o ponto da inflexão do hidrograma (hidrograma unitário adimensional do SCS National Engineering Handbook, 1972). Os tempos de concentração adoptados para as várias secções de cálculo foram: Secção Tempo de concentração (horas) Rio Lis antes da confluência do Sirol 5,4 Ribeira do Sirol 6,1 Rio Lis antes da confluência do Lena 6,4 Rio Lena 7,0 Rio Lis após confluência do Lena 7,0 Tendo em vista o cálculo dos caudais de ponta máxima, de carácter mais realista, em lugar de se considerar uma chuvada útil uniforme no tempo considerou-se um histograma útil definido por 4 fracções consecutivas com 12,5%;25% e 12,5% da precipitação útil da chuvada. Para o rio Lena e para o rio Lis imediatamente a jusante da confluência da ribeira do Sirol, as durações totais das chuvadas, para vários períodos de retorno, com durações úteis correspondentes ao tempo de concentração (7 e 6,3 horas, respectivamente. Rio Lena TC= 7 horas Rio Lena TC= 7 horas T=100 anos T= 50 anos T= 25 anos T= 10 anos 7,9 8,1 8,4 8,8 7,4 7,7 8,0 8,3 Uma duração de chuvada total de 8 horas. Resultados Período de retorno Rio Lis antes da Ribeira do Sirol Rio Lis antes da Rio Lena Rio Lis após (Anos) confluência do Sirol confluência do Lena confluência do Lena Os dados indicados representam os caudais de ponta (m 3 /s) para várias secções, para uma duração de chuvada de 8 horas e período de retorno de 10, 25, 50 e 100 anos. 57

59 È possível verificar que o caudal de ponta do troço do rio Lis após confluência do Lena é superior aos outros troços, dado que este troço recebe os caudais dos outros. Os caudais de ponta para os 100 anos são aproximadamente o dobro dos caudais de ponta para um período de retorno de 10 anos. Do estudo para área do programa Polis através de simulação para a situação actual, foi possível salientar que ocorrem situações de transbordo a montante da ponte dos caniços para todos os períodos de retorno analisados (10, 25, 50,100 anos). São preconizadas soluções para os troços do rio Lis nesta área urbana, de modo que após estas realizações, o curso do rio se mantenha o mais próximo possível do leito normal, nos diversos períodos de retorno. Em Maio de 2004, é concluído um estudo hidrológico para a área afecta ao Plano de Pormenor da Zona Desportiva de Leiria, situada na Centro Oeste da cidade na margem esquerda do rio Lis, próximo da confluência do rio Lena, do lado direito do IC2. Nos 10 anos de registos disponíveis na estação hidrométrica do Açude do Arrabalde, verificou-se que os valores máximo, médio e mínimo são 274,5 m 3 /s, 83,3 m 3 /s e 9,5 m 3 /s, respectivamente. Contudo, sendo dados em número insuficiente, para realizar uma análise estatística credível dos dados caudais de ponta, este estudo baseou-se também Plano da Bacia do Lis. Foi utilizado o método semi-empírico do Soil Conservation para estimar os caudais de máxima cheia associado ao período de retorno de 100 anos, para as várias secções em análise, no rio Lis. Da aplicação deste método resultou para um período de 100 anos um caudal de ponta de 236 m 3 /S para o rio Lis antes da confluência com o rio Lena e para uma duração de chuvada de 8 horas. Para o Estudo hidráulico do Rio Lis na área afecta ao Plano de Pormenor da Zona Desportiva de Leiria, recorreu-se a modelo matemático de hidrodinâmica para o fornecimento de indicações sobre os níveis de água que se verificam no troço em estudo para diferentes situações de escoamento, face à ausência de dados de campo estatisticamente significativos. Conjuntamente, são dadas indicações sobre as velocidades médias e sobre as áreas molhadas nas secções transversais. Tornando-se possível simular o escoamento nos leitos para diferentes condições de caudais afluentes de montante e de níveis a jusante. A área inundada na situação actual para 100 anos, Segundo os resultados da simulação para situação actual, para o período de 100 anos, a área afecta à área em estudo, situa-se em área inundada. O que sublinha o levantamento feito pelos Bombeiros e Protecção Civil em sede do PDM. 58

60 Proposta de intervenção Para redução da área inundada, no troço da área em estudo é proposto a execução do alteamento da margem esquerda do rio Lis entre a ponte do Arrabalde e a ponte do IC2. É sugerida a realização de um murete de protecção entre o caminho pedonal existente e o talude do rio que salvaguarde cotas calculadas, acrescidas de uma folga mínima de 0,15 m. A zona de inundação, para 100 anos, decorrentes das intervenções propostas resulta na área contida na área muito próxima do leito normal do rio neste troço. 7.Clima À semelhança do restante território de Portugal Continental, o concelho de Leiria situa-se dentro dos climas mediterrânicos, cujas características fundamentais são a presença de duas estações bem diferenciadas tanto do ponto de vista térmico como pluviométrico a um Verão quente e praticamente sem precipitação, luminosidade forte, grande insolação opõe-se um Inverno com temperaturas suaves mas fortemente chuvoso, assim o clima é bastante ameno, com algumas características de clima mediterrânico marítimo, Verão quente e Inverno normalmente suave. A pluviosidade verificada no período de Inverno é característica dos climas de influência marítima e das encostas montanhosas que, pela sua situação geográfica, constituem barreiras à livre progressão dos ventos marítimos bastante húmidos. A pluviosidade e temperaturas andam associadas ao facto de na região os ventos dominantes soprarem dos quadrantes Norte e Noroeste, exactamente no sentido da mais fácil penetração dos ventos marítimos húmidos, dada a disposição do relevo, com dominância para a orientação das elevações e abertura dos vales do Lis e Lena. No que respeita à nebulosidade, a região é particularmente sujeita e sensível aos nevoeiros marítimos o que é benéfico, sobretudo no Verão, na medida em que suprem a falta de água. Nos vales do Lis e do Lena a acumulação de ar frio dá origem a nevoeiros mistos que dificultam a dispersão de agentes poluidores atmosféricos ao impedirem a sua ascensão. O vento tem importância na difusão dos poluentes atmosféricos, e a precipitação, cujos quantitativos e ritmo de distribuição condicionam o regime de escoamentos dos principais cursos de água tem como consequência a difusão dos poluentes transportados por esta via. Na classificação climática de Köppen o clima da zona onde se insere o concelho de Leiria é do tipo Csb, isto é mesotérmico (temperado) húmido, com estação seca no Verão, o qual é moderadamente quente mas extenso. Este tipo climático é caracteristicamente mediterrâneo com influência oceânica, em que a temperatura média do mês mais quente é superior a 10ºC e a do mês mais frio é inferior a 18ºC e superior a 3ºC, a precipitação ocorre no Inverno cujo mês mais chuvoso é superior a três vezes a do mês mais seco, sendo esta sempre inferior a 30 mm. Os quatro meses mais quentes têm temperaturas médias superiores a 10ºC, mas a temperatura média do mês mais quente é inferior a 22,0ºC. 59

61 Segundo a classificação climática de Thornthwaite, nesta região domina o clima do tipo B 1B 2sa, em que B 1 e B 2 corresponde a clima mesotérmico (temperado), s corresponde a moderada deficiência no Verão e a, corresponde a pequena concentração térmica no Verão. 7.1.Evapotranspiração A evapotranspiração potencial anual média situa-se entre os 700 e os 800 mm, sendo a evapotranspiração real anual média cerca de 600 mm. 7.2.Insolação A insolação anual é cerca de 2500 horas e a radiação solar inferior a 145 kcal/cm2. O número de horas de sol atinge (em Monte Real) o valor médio anual de 2494,9 horas. Quadro III Insolação ( ) Total (horas) % Jan Fev. Mar. Abri. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Ano 127,7 137,6 190,7 228,0 271,1 269,6 299,6 293,4 221,2 188,4 132,4 135,2 2494,9 5,2 8,0 5,6 4,2 5,4 6,3 8,7 9,6 4,4 6,3 4,0 6,9 74,6 Gráfico 1. Distribuição da insolação anual 350,0 300,0 250,0 200,0 150,0 Toal t (h) % 100,0 50,0 0,0 Jan Fev. Mar. Abri. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 7.3.Precipitação A estação que apresenta uma precipitação média mais elevada no concelho é a da Caranguejeira seguida da Mata da Bidoeira, Maceira e Monte Real. 60

62 Figura 26 Localização das estações meteorológicas 61

63 QUADRO IV. Variação da precipitação entre 1941 e 1996 no concelho de Leiria (mm) Anos Monte Real 14 O/04 M. Bidoeira 14E/02 Maceira-Lis 15 O /03 Caranguejeira 15E/03 Leiria 15E/ , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,5 Média ,5 Fonte: Rede climatológica Bacias hidrográficas dos rios Mondego, Vouga e Lis DRARNCENTRO 62

64 Variação da precipitação anual do concelho Monte Real Bidoeira Maceira-Lis Caranguejeira Leiria Precipitação média anual do concelho Média MONTE REAL BIDOEIRA MACEIRA C ARANGUEJEIRA LEIRIA Estes valores revelam uma tendência para a existência de maiores valores de precipitação no interior do que no litoral do concelho. O ponto mais elevado de precipitação registado foi na estação da Mata da Bidoeira em 1959/60 com cerca de 1537mm. A estação de Monte Real regista os valores de precipitação menores da tabela no ano de , (234mm). Os meses de Verão: Junho, Julho e Agosto apresentam os valores mais reduzidos. Os meses de Abril e Maio apresentam valores de precipitação média mais elevados do que o mês de Março nos postos da Mata da Bidoeira e Caranguejeira, postos localizados mais a Este do concelho. 63

65 Variação da precipitação de Monte Real OUT NOV DEZ JAN FEV 200 MAR 150 ABR MAI JUN JUL AGO SET Precipitação média mensal Monte Real OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET Média A distribuição sazonal da precipitação é muito acentuada, concentrando-se no semestre húmido (Outubro Março) cerca de 75% da precipitação. OUT Variação da precipitação média mensal da Mata da Bidoeira NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 64

66 Precipitação média mensal da Mata da Bidoeira Média 20 0 OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET Verifica-se que o mês mais chuvoso é Dezembro, onde em média se registam precipitações da ordem dos 140 mm. Os meses mais secos são Julho e Agosto, com precipitações médias mensais da ordem dos 10 mm e onde ocorrem vários meses sem precipitação. Variação da precipitação média mensal da Maceira-lis OUT NOV 500 DEZ JAN FEV MAR ABR 100 MAI JUN JUL AGO SET Precipitação média mensal de Maceira-lis OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET Média 65

67 Variação da precipitação média mensal de Leiria Precipitação média mensal de Leiria OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET Média 0 OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET Variação da precipitação média mensal de Caranguejeira OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 66

68 Precipitação média mensal de Caranguejeira Média 50 0 OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET Os valores médios anuais mais elevados de precipitação média ocorrem nas estações de Santa Catarina da Serra e Maceira situadas mais a sul do concelho, e registam-se valores de maior precipitação média nas estações situadas mais a Este do que a Oeste do concelho. Quadro V. Precipitação no concelho de Leiria Estação Monte Real Mata da Bidoeira Maceira-Lis Leiria Caranguejeira S.Catarina da Serra Altitude 18,0 100,0 168,0 55,0 112,0 365,0 N.º de anos c/ obs. 49,0 17,0 68,0 61,0 17,0 13,0 anos de obs e de / / /95 Precip.(mm) Fonte: Plano da Bacia Hidrográfica do Lis, 1998 Precipitação do concelho de Leiria 1200,0 1000,0 800,0 600,0 Precip.(mm) 400,0 200,0 0,0 S.Catarina da Serra Caranguejeira Leiria Maceira-Lis Mata da Bidoeira Monte Real 67

69 fonte: plano de bacia hidrográfica do rio lis -(1998) análise biofísica Figura 27 Isolinhas de precipitação Em termos de alimentação de águas resultantes da precipitação dos cursos de água, a área do Maciço Calcário Estremenho na parte sudeste do concelho recebe por mecanismos de infiltração as águas resultantes da precipitação, valores dos mais elevados do concelho, que vão surgir na nascente do rio Lis, nesta zona não surgem cursos de água 68

70 à superfície. Na unidade paisagística das colinas greso-arenosas e parte de unidade paisagística de colinas suaves arenosas as grandes ribeiras da Caranguejeira e Sirol e seus afluentes representam uma grande quantidade de recolha de águas, sendo considerada esta zona de cabeceiras do rio Lis em ultimo. Os ribeiros do Picheleiro e dos Milagres juntamente com seus afluentes e ribeiro da Ortigosa, Várzeas e Carreira, cursos de água que alimentam o médio Lis. Figura 28 Isolinhas de precipitação por freguesia Os valores de precipitação média anual aumentam de Noroeste para Sudeste consoante o aumento de altitude. Assim as freguesias de Coimbrão, Monte Redondo parte de Bajouca, Carvide Carreira, Monte Real, Ortigosa, Souto da Carpalhosa, parte de Amor, quase na totalidade das freguesias de Regueira de Pontes e de Bidoeira, apresentam 69

71 valores médios de precipitação entre os 700 e os 900 mm. As freguesias de Maceira, Azoia, Barreira, Parceiros, Barosa, parte da freguesia de Amor, Regueira de Pontes, Milagres, Bidoeira, Colmeias, Memória, Boa Vista, Santa Eufémia, Pousos, Caranguejeira, Arrabal e parte da freguesia de Santa Catarina da Serra apresentam valores médios de precipitação anuais entre os 905 e os 1100 mm. A freguesia de Chainça e parte da freguesia de Santa Catarina da Serra já apresentam valores médios de precipitação anuais superiores a 1100 mm e inferiores a 1300 mm. fonte: plano de bacia hidrográfica do rio lis (1998) análise biofísica Figura 29 Isolinhas de humidade 70

72 Figura 30 Isolinhas de humidade por freguesia Em termos de distribuição média anual pelo território concelhio. È possível verificar que as freguesias de Carvide, Monte Real, Ortigosa, Monte Redondo e Coimbrão são as freguesias com maiores níveis de humidade do ar. São também estas freguesias que apresentam a maior área de espelhos de água à superfície (canais, valas, linhas de água), e as freguesias com valores altimétricos mais reduzidos, assim como declives mais reduzidos, mais planos e mais próximos do Atlântico. As freguesias de Amor, Marrazes, Leiria, Pousos, Santa Eufémia, Norte da Caranguejeira, Boa Vista, Milagres, Bidoeira, Bajouca, Colmeias, apresentam valores de humidade média entre os 81,5 e 82%. As freguesias da Maceira, Azoia, Barreira, Cortes, Arrabal, Chainça, Santa Catarina da Serra, parte sul de Caranguejeira, Memória e parte Este da freguesia de Colmeias apresentam níveis de humidade dos mais reduzidos do 71

73 concelho. Contudo a freguesia de Coimbrão apresenta valores de humidade com amplitudes das mais elevadas que varia em poucos quilómetros de valores de humidade elevados relativamente aos valores da humidade do concelho (82-82,5%) junto ao rio Lis e valores dos mais reduzidos (80-81%), junto à orla-costeira. 7.4.Temperatura A temperatura média anual na bacia do rio Lis é de 15ºC, sendo, no entanto, a temperatura média anual na faixa costeira até Leiria, da ordem de 13ºC e de 17ºC nas cabeceiras. A temperatura média anual do ar (dados de Monte Real) é de 14,5º C, ocorrendo 41,8 dias com temperatura máxima do ar superior a 25,0ºC e 11,4 dias com temperatura mínima do ar inferior a 0,0º C. O número de dias com temperatura mínima do ar superior a 20ºC é de 0,3. A temperatura média do ar em Janeiro é de 9,8ºC e no mês de Agosto de 19,9ºC. Quadro VI. Temperatura do ar (Tº C) ( ) Jan Fev. Mar. Abri. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Ano T. Média T. máxima T. mínima N.º dias c/ T MÍN <0.0 9,8 10,2 12,0 13,2 15,9 18,1 19,4 19,4 18,6 16,6 12,2 9,0 14,5 14,0 14,7 16,8 17,6 20,6 22,6 24,0 24,0 23,7 21,5 16,4 13,5 19,1 5,6 5,7 7,1 8,7 11,2 13,6 14,8 14,4 13,4 11,6 8,0 4,5 9,1 3,6 1,9 0,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 4,6 11,4 N.º dias c/ T máx. >25.0 0,0 0,0 0,6 0,6 4,9 6,2 7,7 8,2 8,0 5,2 0,4 0,0 41,8 N.º dias c/ T min>20.0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,4 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 T. Média T.máxima T.mínima Nº dias c/ T MÍN <0.0 Nº dias c/ T máx >25.0 Nº dias c/ T mín>20.0 5,0 0,0 Jan Fev. Mar. Abri. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 72

74 Os meses de Julho e Agosto são os mais secos no concelho de Leiria, tal como é referenciado no diagrama referente a dados da Base Aérea de Monte Real no período de observação entre 1960 e Quadro VII. Variação anual da precipitação e temperatura médias entre 1960 e 1970 na estação de Monte Real Jan Fev. Mar. Abri. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Temp. média (º) 9,7 9,9 11,6 13,0 15,3 17,7 19,4 19,4 18,7 16,2 12,1 9,5 Precip.(mm) 117,7 116,6 85,2 63,9 56,5 31,1 6,1 7,8 29,9 79,2 109,4 98,2 Fonte: Instituto de Meteorologia Precip.(mm) Temp.(ºC) Jan Fev. Mar. Abri. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Os níveis de precipitação equivalentes a duas vezes os valores da temperatura média para esses meses. Os meses de Verão são os meses mais secos do ano. 73

75 Figura 31 Isolinhas de temperatura por freguesia A temperatura média anual no concelho de Leiria tem uma distribuição pelo concelho em três zonas. Entre os 12,5 a 15ºC, temperaturas médias mais baixas na faixa litoral do concelho, temperaturas entre os 15º e os 16ºC, na faixa intermédia do concelho que abrange as freguesias de Bajouca em parte, Bidoeira, Milagres, Colmeias, Memória, Boa Vista, Santa Eufémia, Caranguejeira, Pousos, parte da freguesia de Azoia, Cortes, Arrabal. Com temperaturas médias anuais do ar superiores a 16ºC até os 17,5ºC encontram-se as freguesias da Chainça e de Santa Catarina quase na sua totalidade. 74

76 7.5.Vento A disposição do relevo, nomeadamente a orientação e abertura dos vales do Lis e do Lena, favorece a circulação dos ventos marítimos e a sua penetração sensível a praticamente toda a área do concelho. Como é possível verificar nos dados de Monte Real, existem em média trinta e três dias do ano com ventos a soprarem velocidade superior ou igual a trinta e seis km/h distribuídos por todos os meses do ano. Março, Abril e Maio, os meses de Primavera que apresentam o maior número de dias com ventos de velocidades superiores ou igual a trinta e seis Km/h. Os meses de Janeiro, Março, Maio e Novembro são os meses do ano que apresentam pelo menos um dia do mês com ventos de velocidades superior ou igual a 55 Km/h. Os restantes meses não apresentam o dia inteiro com ventos cuja velocidade é superior ou igual a 55,0 km/h. No total do ano são em média 8,9 dias com vento a velocidade superior ou igual a 55 km/h. Quadro VIIII Velocidade do Vento (f) N.º de dias- ( ) Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Total/ano N.º dias C/ f>=36,0(km/h) 2,2 3,2 4,0 4,0 3,9 2,4 2,9 3,4 1,9 1,3 2,1 1,7 32,7 N.º dias com f >=55,0(KM/H) 1,2 0,8 1,0 0,6 1,1 0,2 0,7 0,3 0,4 0,7 1,2 0,7 8,9 Os dados de Monte Real apontam no sentido do predomínio nítido dos ventos dos quadrantes Norte e Noroeste, particularmente durante os meses de Verão. Em termos de velocidade dos ventos por rumos é possível verificar nos seguintes gráficos que o vento na Primavera e Verão tem predomínio no Quadrante Norte e no Outono e Inverno o Quadrante Noroestes e Sudoeste. Relativamente à frequência dos ventos por rumos, é possível identificar uma maior frequência no Quadrante Norte em todo o ano. Resumindo, é possível caracterizar os ventos do concelho de Leiria como sendo mais fortes no Outono e Inverno com a orientação NE/SO e na primavera e Verão mais fortes de Sul para Norte. 75

77 Figura 32 Velocidade dos ventos por rumos Primavera N Verão N NO NE NO NE O E O E SO S SE Anual N SO S SE NO NE O E Inverno N SO S SE Outono N NO NE NO NE O E O E SO SE SO SE S Escala:1mm 1klm/hora S 76

78 Figura 33 Frequência dos ventos por rumos Primavera N Verão N NO NE NO NE O E O E SO SE Anual SO S SE S N NO NE O E Inverno N SO S SE Outono N NO NE NO NE O E O E SO SE SO SE S S Esc:1mm - 1% 77

79 8. Sismicidade Concelho de Leiria Fonte: site meteo /sismologia /isoint.html Figura 34 Carta de isossistas de intensidades máximas Como é possível observar na carta de isossistas de intensidades máximas, o concelho de Leiria encontra-se inserido na zona de intensidade VIII. Comparativamente com o restante país continental, a sismicidade varia entre zonas de intensidade V e zonas de intensidade X. Estas zonas distribuem-se entre zona de intensidade X na faixa litoral Algarvia até zona de intensidade V em Bragança. 78

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