RELATÓRIO ANUAL DE 2007 VERSÃO RESUMIDA

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1 RELATÓRIO ANUAL DE 2007 VERSÃO RESUMIDA Original : Francês

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3 Banco Central dos Estados da África Ocidental Avenida Abdoulaye Fadiga - BP Dakar - Senegal ISSN

4 ÍNDICE PÁGINAS OS MOMENTOS IMPORTANTES DO BCEAO EM viii COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS E ORGANIGRAMA DO BCEAO...xiii VISÃO GLOBAL...3 I CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO INTERNACIONAL CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO DA UMOA Produto interno bruto Produção agrícola Extracção mineira Produção industrial e volume de negócios do comércio de retalho Evolução dos preços Finanças públicas Balança de pagamentos Mobilização dos recursos e situação da dívida externa...11 II IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA OBJECTIVO DA POLÍTICA MONETÁRIA ACÇÃO MONETÁRIA Política das taxas de juro Operações de open market Acções nos balcões permanentes de refinanciamento Dispositivo das reservas obrigatórias RESULTADOS DA ACÇÃO MONETÁRIA E EVOLUÇÃO DOS AGREGADOS MONETÁRIOS Activos externos líquidos Crédito interno Posição líquida dos Governos Créditos à economia Evolução dos créditos recolhidos na Central dos riscos Massa monetária e base monetária Poupança privada recolhida pelos bancos e as caixas económicas Concursos do Banco Central Evolução das resenvas obrigatórias Operações do mercado interbancário e evolução das taxas bancárias de base Operações do mercado dos títulos públicos e privados...29 III EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO GESTÃO DA CIRCULAÇÃO FIDUCIÁRIA Levantamentos e depósitos nos balcões Levantamentos Depósitos Composição da circulação fiduciária EXECUÇÃO DOS REGULAMENTOS NO SEIO DA UMOA Movimentos de notas externas nos balcões das Agências do BCEAO Disposições entre os Estados membros da UMOA EXECUÇÃO DOS REGULAMENTOS COM O ESTRANGEIRO...34 iii

5 3.3.1 Operações sobre notas com o estrangeiro Transferências escriturais FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS DE PAGAMENTO Sistema de Transferência Automatizada e de Regulamento na UEMOA (STAR-UEMOA) Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA) Sistema monético interbancário regional Central dos Incidentes de Pagamento (CIP) Vigilância dos sistemas de pagamento Textos regulamentares Organização e normalização bancária e financeira...40 IV SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO Textos regulamentares Evolução da rede bancária Actividade dos bancos e dos estabelecimentos financeiros Situação em relação do dispositivo prudencial Dispositivo dos acordos de classificação EVOLUÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO REGIONAL EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS FINANCEIROS DESCENTRALIZADOS Indicadores de actividade Implementação do PRAFIDE Quadro jurídico e dispositivo prudencial Reforço das capacidades Melhoramento da informação financeira Vigilância do sector...47 V OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO GESTÃO DAS RESERVAS DE CÂMBIO INTEGRAÇÃO ECONÓMICA DOS ESTADOS MEMBROS DA UEMOA COOPERAÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA Relações com as Instituições de Bretton Woods Relações com as outras instituições OUTRAS ACTIVIDADES E PROJECTOS DO BCEAO Recolha, gestão e difusão de informações estatísticas Central dos balanços...51 VI QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO VIDA E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Conselho dos Ministros da UMOA Conselho de Administração do BCEAO ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO Gestão dos recursos humanos Organigrama Efectivo Formação Evolução da rede do BCEAO Sistema de informação e de comunicação...58 iv

6 6.2.4 Modernização da documentação e dos arquivos Dispositivo de controlo das actividades e das operações Dispositivo de controlo de gestão...60 VII CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO ANÁLISE DO BALANÇO CONTA DE PERDAS E LUCROS CONTROLO DAS CONTAS RELATÓRIO SOBRE O CONTROLO DOS MAPAS FINANCEIROS DO BCEAO MAPAS FINANCEIROS DO BCEAO A 31 DE DEZEMBRO DE LISTA DOS GRÁFICOS Gráfico 1 : taxa de crescimento do PIB em termos reais da UEMOA...7 Gráfico 2 : produções agrícolas de exportação...8 Gráfico 3 : produções alimentares...9 Gráfico 4 : crédito interno...17 Gráfico 5 : massa monetária...20 Gráfico 6 : base monetária...21 Gráfico 7 : UMOA situação monetária integrada...21 Gráfico 8 : poupança interna dos particulares e empresas...23 Gráfico 9 : evolução dos efectivos do BCEAO de 1993 a LISTA DOS QUADROS Quadro 1 : evolução das taxas médias anuais de câmbio....6 Quadro 2 : evolução das taxas médias trimestriais de câmbio...6 Quadro 3 : variação dos preços ao consumidor em 2006 e 2007 em (%)...10 Quadro 4 : coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos...14 Quadro 5 : situação monetária integrada...15 Quadro 6 : evolução por país dos activos externos líquidos...16 Quadro 7 : evolução por país da posição líquida do Governo...18 Quadro 8 : evolução por país dos créditos à economia...19 Quadro 9 : evolução por país da massa monetária Quadro 10 : evolução por país da poupança privada recolhida pelos bancos e caixas económicas...23 Quadro 11 : concursos do Banco Central...24 Quadro 12 : intervenções do BCEAO...24 Quadro 13 : evolução por país dos concursos do Banco Central...25 Quadro 14 : créditos à economia e refinanciamentos...26 Quadro 15 : repartição dos refinanciamentos de créditos à economia segundo os balcões...26 Quadro 16 : evolução das reservas obrigatórias dos bancos...27 Quadro 17 : evolução das reservas obrigatórias dos estabelecimentos financeiros...27 Quadro 18 : evolução das taxas interbancárias (média ponderada)...28 Quadro 19 : evolução dos empréstimos interbancários no seio da UMOA...28 Quadro 20 : repartição dos levantamentos nos balcões das agências do BCEAO...31 Quadro 21 : repartição dos depósitos nos balcões das agências do BCEAO...32 Quadro 22 : composição das notas e moedas em circulação...32 Quadro 23 : movimentos das notas externas nos balcões das agências do BCEAO...33 Quadro 24 : disposições entre os países da UMOA...33 Quadro 25 : fluxo das transferências via o BCEAO...34 Quadro 26 : evolução de alguns indicadores de STAR-UEMOA em v

7 Quadro 27 : dados característicos das trocas no SICA-UEMOA...37 Quadro 28 : dados saídos da centralização dos incidentes de pagamentos...38 Quadro 29 : repartição dos estabelecimentos de créditos por país...42 Quadro 30 : evolução dos empregos e recursos dos bancos e estabelecimentos financeiros da UMOA...43 Quadro 31 : acordos de classificação dos tratados em Quadro 32 : evolução dos principais indicadores dos SFD...45 Quadro 33 : evolução comparada do balanço do BCEAO...63 vi

8 A União Monetária África Ocidental (UMOA), criada pelo Tratado de 14 de Novembro de 1973 que substituiu o de 12 de Maio de 1962, integra os seguintes oito Estados membros, localizados na África Ocidental : BENIN MALI BURKINA NÍGER COTE D IVOIRE SENEGAL GUINE-BISSAU TOGO O Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), cujo a o quadragésimo terceiro exercício constitui objecto deste relatório, é o instituto de emissão comum da UMOA, encarregue nomeadamente de garantir a gestão da sua moeda comum, o Franco da Comunidade Financeira Africana (Franco CFA), a das suas reservas de câmbio e de implementar a política monetária comum. N.B. - Na ausência de qualquer outra precisão, os valores indicados neste relatório são expressos em francos CFA. vii

9 OS MOMENTOS IMPORTANTES DO BCEAO EM 2007 O exercício findo foi marcado, para o BCEAO, pelos seguintes eventos. NO PLANO DA INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E DA COOPERAÇÃO MONETÁRIA Reunião na Sede do BCEAO da Direcção da Associação dos Bancos Centrais Africanos Uma reunião da Direcção da Associação dos Bancos Centrais Africanos (ABCA) decorreu a 23 de Fevereiro de 2007, na Sede do BCEAO. Esta sessão, consagrada essencialmente à análise das actividades da Associação durante o ano 2006, permitiu igualmente definir uma estratégia de cooperação entre a ABCA e a União Africana (UA). A cerimónia de abertura do encontro foi presidida pelo Senhor Damo Justin BARO, Governador interino do BCEAO. Visita do Governador interino ao Grão-Ducado do Luxemburgo A convite do Ministro luxemburguês da Cooperação e da Acção Humanitária, o Governador interino do BCEAO, Senhor Damo Justin BARO, efectuou uma visita ao Grão-Ducado de Luxemburgo, nos dias 26 e 27 de Novembro de O objectivo da visita era participar na cerimónia oficial de abertura da semana europeia do microcrédito e proceder à assinatura, com o Ministro luxemburguês da Cooperação e Acção Humanitária, do Protocolo de Acordo entre o Grão-Ducado de Luxemburgo e o BCEAO, relativo ao projecto : «Promoção dos sectores financeiros inclusivos na UEMOA», destinado a apoiar a implementação do Programa Regional de Apoio à Finança Descentralizada (PRAFIDE). Durante a sua estada, o Governador interino do BCEAO e a delegação que o acompanhava trocaram impressões com o Presidente do Banco Central do Luxemburgo rodeado pelos seus mais próximos colaboradores, durante um almoço de trabalho. Visitou igualmente a Comissão de Supervisão do Sector Financeiro do Luxemburgo e teve uma sessão de trabalho com a Direcção da Cooperação para o Desenvolvimento do Grão-Ducado. NO PLANO MONETÁRIO E FINANCEIRO Conclusão da entrada em produção do SICA-UEMOA O arranque do Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA) ocorreu na Guiné-Bissau a 8 de Fevereiro de 2007, no Togo a 1 de Março de 2007 e no Níger a 28 de Junho de Por outro lado, o pagamento dos saldos de compensação no Sistema de Transferência Automatizado e de Pagamento na UEMOA (STAR-UEMOA) para cada um destes países decorreu correctamente. O funcionamento do SICA-UEMOA tornou-se efectivo em todos os países da União e o incremento do volume das trocas ilustra a apropriação das suas funcionalidades pelos participantes. Na sequência do arranque do SICA-UEMOA em todos os países da União, a entrada em produção do sistema regional de compensação, prevista para o ano 2008, vai permitir concluir um dos objectivos maiores da reforma dos sistemas de pagamento da UEMOA. Seminário sobre o ciclo de vida da moeda fiduciária Um seminário sobre o ciclo de vida da moeda fiduciária foi organizado pela Direcção da Emissão, a 30 de Março de 2007, na Sede do BCEAO. Este seminário reuniu agentes das Direcções da viii

10 Emissão, da Inspecção e da Auditoria Interna, do Património, da Segurança e da Direcção Nacional do BCEAO para o Senegal. Foi animado por um grupo de peritos da Royal Dutch Mint, de Transtrack International, de Kusters Engineering, de Joh. ENSCHEDE, do Banco Central do Reino de Holanda e do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO). Durante este seminário, os principais temas analisados incidiram-se sobre : - os custos da gestão contínua da logística relativa às notas de banco, as moedas e a segurança ; - as recentes evoluções relativas às características das notas de banco ; - o último ponto da situação relativa à desagregação das notas de banco e das moedas ; - o programa holandês de exportação dos bens de equipamento ; - a gestão dos signos monetários : a experiência do BCEAO. Reunião de concertação entre o Governador interino do BCEAO e os Presidentes das APBEF da UEMOA No âmbito das relações tradicionais entre o Banco Central e os estabelecimentos financeiros, o Governador interino do BCEAO, Damo Justin BARO, realizou uma sessão de trabalho com os Presidentes das Associações Profissionais dos Bancos e Estabelecimentos Financeiros (APBEF) da UEMOA, a 4 de Maio de 2007, na Sede do BCEAO. Esta reunião de concertação, na qual participaram o Secretário Geral da Comissão Bancária da UMOA, os Directores Nacionais do BCEAO, os Directores do Crédito, dos Estudos e da Comunicação, foi a ocasião para discutir sobre as questões relativas ao financiamento da economia, às taxas de juro e ao papel do Estado. No final do encontro, os participantes concordaram em perenizar este quadro de concertação, nomeadamente através de um encontro anual. Seminário sobre os sistemas de pagamento e actividades dos bancos centrais De 11 a 14 de Junho de 2007, decorreu na Sede do BCEAO, um seminário sobre o tema : «Sistemas de pagamento e actividades dos bancos centrais». Este seminário, animado pelos representantes do Banco Central do Reino de Marrocos, do Banco Nacional da Bélgica, do Banco da França, do Banco Central Europeu, do BCEAO, da Bolsa Regional dos Valores Mobiliários (BRVM) e do Depositário Central-Banco de Pagamento (DC-BR), reuniu cerca de cem participantes provenientes do BCEAO e do Secretariado Geral da Comissão Bancária da UMOA. Inscreve-se no âmbito do reforço das capacidades dos agentes do BCEAO na área dos sistemas de pagamento. O seminário permitiu aos participantes reforçar os seus conhecimentos sobre os sistemas de pagamento criados pelo BCEAO e melhor apreender as implicações dos sistemas de pagamento e as suas inter-relações com a política monetária e a estabilidade financeira. Foi igualmente um quadro propício de trocas de experiências entre os diferentes Bancos Centrais presentes, a BRVM e o Secretariado Geral da Comissão Bancária da UMOA. Arranque da monética interbancária regional O BCEAO participou, de 11 a 15 de Junho de 2007, na reunião do Grupo Interbancário Monético da UEMOA (GIM-UEMOA) e do Conselho de Administração do Centro de Tratamento Monético Interbancário da UEMOA (CTMI-UEMOA). Durante estes encontros, o Banco Central foi admitido no seio das instâncias de decisão destas estruturas. Convém igualmente assinalar o arranque efectivo da inter-operacionalidade monética regional em 12 de Junho de No final dos trabalhos, o BCEAO obteve o estatuto de Administrador não accionista no seio do Conselho de Administração do CTMI-UEMOA. O Banco Central beneficiou igualmente do estatuto de membro de direito da Direcção do GIM-UEMOA, órgão de controlo das actividades do Grupo que integra setenta e um bancos membros. Esta posição conforta o BCEAO nas suas atribuições relativas à organização e à supervisão dos sistemas de pagamento, assim como na criação do sistema monético interbancário na União. ix

11 Seminário sobre a promoção da bancarização e o uso dos instrumentos de pagamento escriturais De 6 a 8 de Agosto de 2007, decorreu na Sede do BCEAO em Dakar, um seminário sobre a promoção da bancarização e o uso dos meios de pagamento escriturais na UEMOA. Tratava-se através deste seminário, de iniciar uma concertação regional, com vista a definir as medidas visando a melhoraria do acesso das populações aos serviços bancários no seio da União e promover o uso dos instrumentos de pagamento escriturais para o reforço da eficiência dos novos sistemas de pagamento. Os temas discutidos durante o seminário incidiram-se sobre as implicações da promoção da bancarização e do uso dos meios de pagamento escriturais no âmbito da reforma dos sistemas de pagamento, a definição de uma nova política de facturação dos serviços bancários considerando os objectivos desta reforma, a melhoria da transparência na facturação dos serviços bancários e o reforço da taxa de bancarização na UEMOA. No final dos trabalhos do seminário, foi validado um plano de acção acompanhado de um conjunto de medidas de promoção, sensibilização, comunicação e formação a serem implementadas pelo BCEAO, os Estados, os bancos e as Associações Profissionais dos Bancos e Estabelecimentos Financeiros (APBEF). Seminário interno sobre a política monetária Em 10 de Setembro de 2007, decorreu na Sede do BCEAO, sob a Presidência do Governador interino, Damo Justin BARO, um seminário interno sobre a política monetária para os membros do Comité Executivo alargado aos Directores Nacionais. Este seminário registou a participação dos representantes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco de França. A primeira sessão plenária do seminário debruçou-se sobre o quadro teórico da política monetária e sua implementação no BCEAO e nos bancos centrais estrangeiros (Banco Central Europeu, Reserva Federal americana, etc.). A segunda sessão plenária foi consagrada aos desafios a enfrentar com vista a reforçar a eficiência da política monetária do BCEAO. Na sequência das exposições, as trocas de opiniões incidiram-se sobre o objectivo da política monetária, o dispositivo de análise e de previsão económica, o balanço das operações de Open Market, o funcionamento do mercado interbancário, a oportunidade de manutenção das reservas obrigatórias, o excesso de liquidez bancária e o aperfeiçoamento do mercado de capitais, a utilidade da taxa de juro neutra, assim como o papel acrescido que deverá ser atribuído à comunicação na implementação da política monetária do Banco Central. Criação do CONOBAFI Em 20 de Setembro de 2007, sob o impulso do BCEAO, foi criado o Comité Oeste Africano de Normalização e de Organização Bancária e Financeira (CONOBAFI), que reúne o conjunto dos organismos de regulação do sector bancário e financeiro, assim como as associações profissionais existentes. O CONOBAFI deverá assumir um papel de catalizador na organização e na gestão das evoluções da área bancária e financeira no seio da UEMOA. Os seus órgãos de Direcção são : a Assembleia Geral, o Conselho Executivo e o Secretariado Executivo. O Conselho Executivo é presidido pelo Governador do BCEAO ou pelo seu representante. x

12 Ateliê regional de validação do programa intitulado «Promoção de sectores financeiros inclusivos na UEMOA», no âmbito do PRAFIDE No âmbito do apoio que pretende trazer na implementação do Programa Regional de Apoio à Finança Descentralizada (PRAFIDE), através do programa intitulado : «Promoção de sectores financeiros inclusivos na União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA)», a Cooperação luxemburguesa, com a colaboração do BCEAO, organizou, a 25 de Outubro de 2007 nas instalações da Sede do Banco Central em Dakar, um ateliê regional de validação do referido programa. Neste encontro, participaram cerca de sessenta representantes das estruturas ministeriais de seguimento dos Sistemas Financeiros Descentralizados (SFD), das estruturas ministeriais de promoção do sector, das Associações Profissionais das Instituições de Micro-crédito (APIM), e de outros parceiros no desenvolvimento intervindo na implementação do PRAFIDE. NO PLANO DA GESTÃO DO BCEAO Adopção da Reforma Institucional da UMOA e do BCEAO Analisando as conclusões do Conselho de Ministros relativas às recomendações da Auditoria institucional e organizacional do BCEAO, a 11ª sessão ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União, ocorrida a 20 de Janeiro de 2007 em Ouagadougou (Burkina Faso), adoptou a reforma institucional da UMOA e do BCEAO e instruiu o Conselho de Ministros da União e o Governador do BCEAO a tomar as disposições necessárias para a sua implementação diligente. Inauguração do novo edifício da Agência Principal do BCEAO em BISSAU Patrocinada pelo Presidente da República da Guiné-Bissau, João Bernardo VIEIRA, a cerimónia de inauguração do novo edifício da Agência Principal do BCEAO em Bissau contou com a participação efectiva do Presidente da República do Senegal, Mestre Abdoulaye WADE, e de numerosas personalidades, entre as quais o Presidente do Conselho de Ministros, Senhor Jean-Baptiste COM- PAORE, o Presidente da Comissão da UEMOA, Senhor Soumaïla CISSE e o Presidente interino do BOAD, Senhor Issa COULIBALY. A cerimónia foi marcada pelas alocuções do Presidente do Município de Bissau, Florentino NANQUE, do Governador interino do BCEAO, Damo Justin BARO, do Presidente da República do Senegal, Sua Excelência Senhor Abdoulaye WADE, e do Presidente da República da Guiné-Bissau, Sua Excelência Senhor João Bernardo VIEIRA. Estas alocuções, que deram à cerimónia toda a sua solenidade, foram seguidas por uma entrega de medalhas comemorativas aos dois Chefes de Estado e ao Presidente do Conselho de Ministros da UEMOA pelo Governador do BCEAO, por uma cerimónia de corte de fita simbólica, pelo desvendamento da placa inaugural e por uma visita às instalações do novo edifício. Inauguração dos Centros de lazeres do BCEAO em Ouagadougou e Lomé Os Centros de lazeres do BCEAO em Ouagadougou e em Lomé foram inaugurados, respectivamente a 8 de Outubro de 2007 e a 22 de Novembro de xi

13 Em Lomé, a cerimónia foi realçada pela presença do Presidente da República do Togo, Sua Excelência Senhor Faure Essozimna GNASSINGBE. Em Ouagadougou, o evento foi marcado pela participação do Primeiro-Ministro do Burkina Faso, Tertius ZONGO. O Governador interino do BCEAO, Damo Justin BARO, e diversas figuras políticas e administrativas dos países envolvidos, assim como representantes de instituições financeiras nacionais e internacionais participaram nestas cerimónias. Projecto BAOBAB No âmbito da evolução dos sistema de informação do BCEAO, uma aplicação de gestão dos serviços de caixa e dos signos monetários denominada BAOBAB ("BAnking OBject ABstraction") foi realizada e produzida na Sede. A aplicação BAOBAB gere, em tempo real, a posição das contas clientes e oferece uma gestão centralizada das operações de caixa e do balcão, tendo em conta o novo Regulamento de caixa. xii

14 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS E ORGANIGRAMA DO BCEAO xiii

15 COMPOSIÇÃO DA CONFERÊNCIA DE CHEFES DE ESTADO E GOVERNO DA UMOA em 31 de Dezembro de 2007 PRESIDENTE : Sua Excelência Senhor Blaise COMPAORE, Presidente do Burkina Faso. Sua Excelência Senhor Boni YAYI, Presidente da República do Benin. Sua Excelência Senhor Blaise COMPAORE, Presidente do Burkina Faso. Sua Excelência Senhor Laurent GBAGBO, Presidente da República da Côte d Ivoire. Sua Excelência Senhor João Bernardo VIEIRA, Presidente da República da Guiné-Bissau. Sua Excelência Senhor Amadou Toumani TOURE, Presidente da República do Mali. Sua Excelência Senhor Mamadou TANDJA, Presidente da República do Níger. Sua Excelência Senhor Abdoulaye WADE, Presidente da República do Senegal. Sua Excelência Senhor Faure Essozimna GNASSINGBE, Presidente da República do Togo. xiv

16 COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS DA UMOA em 31 de Dezembro de 2007 PRESIDENTE : Sr. Jean-Baptiste COMPAORE, Ministro da Economia e Finanças do Burkina Faso República do Benin Sr Soulé Mana LAWANI, Ministro da Economia e Finanças ; Sr Pascal Irénée KOUPAKI, Ministro de Estado Encarregado da Prospectiva, Desenvolvimento e Avaliação da Acção Pública. Burkina Faso Sr. Jean-Baptiste COMPAORE, Ministro da Economia e Finanças ; Srª Minata SAMATE CESSOUMA, Ministra Delegada junto do Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Regional, Encarregada da Cooperação Regional. República da Côte d'ivoire Sr. Charles Koffi DIBY, Ministro da Economia e Finanças ; Sr. Amadou KONE, Ministro da Integração Africana. República da Guiné-Bissau Sr. Issufo SANHA, Ministro das Finanças ;Sr. Abubacar Demba DAHABA, Ministro da Economia e Integração Regional. República do Mali Sr. Abou-Bakar TRAORE, Ministro da Economia e Finanças ; Sr. Oumar Hammadoun DICKO, Ministro dos Malianos do Exterior e da Integração Africana (até o Conselho dos Ministros de Setembro de 2007). República do Níger Sr. Ali Mahaman Lamine ZEINE, Ministro da Economia e Finanças ; Sr. Halidou BADJE, Ministro do Comércio, Indústria e Normalização. República do Senegal Sr. Abdoulaye DIOP, Ministro de Estado, Ministro da Economia e Finanças ; Sr. Ibrahima SAR, Ministro Delegado junto do Ministro de Estado, Ministro da Economia e Finanças, Encarregado do Orçamento. República do Togo Sr. Adji Othèth AYASSOR, Ministro da Economia e Finanças ; Sr. Gilbert BAWARA, Ministro da Cooperação, Desenvolvimento e Ordenamento do Território. xv

17 COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO em 31 DE Dezembro de 2007 PRESIDENTE : Sr. Damo Justin BARO Governador interino do BCEAO República do Benin Sr. Félicien C. ZACHARIE, Director Geral do Tesouro e da Contabilidade Pública no Ministério da Economia e Finanças ; Sr. Dieudonné C. ASSOGBA, Director Adjunto do Gabinete do Ministro de Estado encarregado da Prospectiva, Desenvolvimento e Avaliação da Acção Pública. Burkina Faso Sr. Moumouni GNANKAMBARY, Director Geral do Tesouro e da Contabilidade Pública no Ministério da Economia e Finanças ; Sr. Léné SEBGO, Director Geral da Cooperação no Ministério da Economia e Finanças. República de Côte d'ivoire Sr. Kouamé KOUASSI, Director Geral do Orçamento e Finanças no Ministério da Economia e Finanças ; Sr. Claude Yao BEUGRE, Conselheiro Especial do Ministro da Economia e Finanças. República da Guiné-Bissau Srª Maria Paula Costa PEREIRA, Directora Geral do Tesouro no Ministério das Finanças ; Sr. João Viriato RODRIGUES, Director da Dívida no Ministério das Finanças. República do Mali Sr. Aboubacar Alhousseyni TOURE, Director Nacional do Tesouro e Contabilidade Pública no Ministério da Economia e Finanças ; Sr. Sambou WAGUE, Secretário Geral do Ministério da Economia e Finanças. República do Níger Sr. Boubacar Moumouni SAIDOU, Comissário encarregado da Economia no Ministério da Economia e Finanças ; Sr. Abdou SOUMANA, Secretário Geral do Ministério da Economia e Finanças. República do Senegal Sr. Mamadou SARR, Tesoureiro Geral, Agente Contador Central do Tesouro ; Sr. Djibril CAMARA, Conselheiro Técnico encarregado das questões no Gabinete do Ministro de Estado, Ministro da Economia e Finanças. República do Togo Sr. Essowedéou AGBA, Secretário Geral do Ministério da Economia e Finanças ; Sr. Marc Dèdèriwè ABLY-BIDAMON, Director Geral das Alfândegas no Ministério da Economia e Finanças. República da França Sr. Xavier MUSCA, Director Geral do Tesouro e Política Económica no Ministério da Economia, Finanças e Emprego ; Sr. Jean-Christophe DEBERRE, Director das Políticas de Desenvolvimento no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Europeus. xvi

18 xvii

19 BANCO CENTRAL DOS ESTADOS DA ÁFRICA OCIDENTAL a 31 de Dezembro de 2007 GOVERNO Governador interino : Vice-Governador : Secretário Geral : Conselheiro Especial do Governador : Conselheiro Especial do Governador para os assuntos de integração económica : Conselheiro Especial do Governador para os assuntos monetários : Conselheiro Especial do Governador para a modernização das caixas : Sr. Damo Justin BARO Sr. Ali Badjo GAMATIE Sr. Modienne GUISSE Sr. Jean-Claude BROU Sr. Théophile N'DOLI AHOUA Sr. Ousmane OUEDRAOGO Sr. Amadou BACHIR CONTROLO GERAL Controlador Geral : ASSISTENTE DO GOVERNADOR Sr. Jean-Claude BROU Sr. Mori Samata CISSE DEPARTAMENTOS Director do Departamento da Administração Geral e da Formação : Director do Departamento da Emissão, da Contabilidade e das Finanças : Director do Departamento dos Estudos Económicos e da Moeda : CONSELHEIRO DO SECRETÁRIO GERAL : Sr. Adama DIEYE Sr. Oumar Tatam LY Sr. Kodzo Mawuéna DOSSA Sr. Adamah KANGNI CONSELHEIRO DO CONTROLADOR GERAL E DIRECTORES DE DEPARTAMENTO Conselheiro do Controlador Geral : Conselheiro do Director do Departamento da Administração Geral e da Formação : Conselheiros do Director do Departamento da Emissão, da Contabilidade e das Finanças : Conselheiros do Director do Departamento dos Estudos Económicos e da Moeda : Sr. Paul-Marie KYELEM Sr. Siriki KONE Sr. Joseph Pindana SAMA Sr. Félix DJAN DJE Sr. Joseph Dodji GBEGNON Sr. Mamadou Lamine DIALLO xviii

20 DIRECÇÕES DOS SERVIÇOS CENTRAIS Directora dos Assuntos Administrativos : Directora dos Assuntos Jurídicos : Director da Comunicação : Director da Contabilidade : Director do Controlo de Gestão e do Orçamento : Director dos Controlos e Prevenção dos Riscos : Director do Crédito : Director da Emissão : Director dos Estudos : Director da Formação : Director da Informática : Director da Inspecção e Auditoria Interna : Director das Operações Financeiras : Director do Património : Director da Pesquisa e Estatística : Director dos Recursos Humanos : Director da Segurança : Directora dos Sistemas de Pagamento : Director dos Sistemas Financeiros Descentralizados : Srª Joëlle Annie BOLHO Srª Aminata FALL NIANG Sr. Alioune Blondin BEYE Sr. Soumaïla OUEDRAOGO Sr. Alain KOUTANGNI Sr. Alaje Mamadu FADIA Sr. Charles KI-ZERBO Sr. Cheick A. Tidiani DIAKITE Sr. Armand BADIEL Sr. Mahamadou GADO Sr. Abdoulaye SECK Sr. Denis N GBE Sr. Paul K. THIEBA Sr. Sidiki TRAORE Sr. Ismaïla DEM Sr. Jean-Baptiste Ayayé AMAN Sr. Dabo MANKAN Srª Fatimatou Zahra DIOP Sr. Konzo TRAORE REPRESENTAÇÕES Representante Residente do Governador Junto da Comissão da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) : Representante do BCEAO junto das Instituições Europeias de Cooperação : Sr. Mamadou Lamine DIOUF Vago DIRECÇÕES NACIONAIS Director Nacional para o Benin : Director Nacional para o Burkina : Director Nacional para a Côte d Ivoire : Director Nacional para a Guiné-Bissau : Director Nacional para o Mali : Director Nacional para o Níger : Director Nacional para o Senegal : Director Nacional para o Togo : Sr. Marcel de SOUZA Sr. Bolo SANOU Sr. Kablan YAO-SAHI Sr. Aguinaldo EMBALO Sr. Idrissa TRAORE Sr. Oumarou GAGERE Sr. Birame SENE Sr. Ayéwanou GBEASOR xix

21 ENDEREÇOS DOS DIFERENTES SÍTIOS DO BCEAO SEDE SOCIAL Avenida Abdoulaye FADIGA Caixa Postal : nº 3108 Dakar Telefone : (221) Telefax: (221) e Telex: BCEAO SG, SG, SG, SG Site Internet: BENIN Cotonou Avenida Jean-Paul II 01 Caixa Postal : n 325 RP Telefone : (229) e Telex : 5211 BCEAO COTONOU Telefax : (229) Director da agência Principal : Sr. Roger AGBOZOGNIGBE Parakou Caixa Postal : n 201 Telefone : (229) Telex : 5099 BCEAO PARAKOU Telefax : (229) Chefe da Agência auxiliar : Sr. Moussibaou SANNI BURKINA Ouagadougou Avenida Gamal Abdel NASSER Caixa Postal : n 356 Telefone : (226) /16/17 Telex : BCEAO BF e BCEAO BF Telefax : (226) Director da Agência Principal : Srª Fatoumata OUEDRAOGO Bobo-Dioulasso Caixa Postal : n 603 Telefone : (226) /45/46 Telex : BCEAO BF Telefax : (226) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Zoukou KERE COTE D IVOIRE Abidjan Avenida Terrasson de Fougères Caixa Postal : n ABIDJAN 01 Telefone : (225) e Telex : BC ABJ CI et Telefax : (225) et Director da Agência Principal : Sr. Eugène Zoro BOTY BI Abengourou Caixa Postal : n 905 Telefone : (225) e Telex : ABENGOUROU CI Telefax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Issouf OUATTARA Bouaké Caixa Postal : n 773 Telefone : (225) e Telex : BCEAO BOUAKE Telefax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Kouadio BOMBO (Coordenador) Daloa Caixa Postal : n 46 Telefone : (225) Telex : BCEAO DALOA Telefax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Niangoran ALLE Korhogo Caixa Postal : n 54 Telefone : (225) e Telex : KORHOGO CI Telefax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Kouadio BOMBO (Coordenador) Man Caixa Postal : n 1017 Telefone : (225) Telex : BCEAO MAN Telefax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Kouadio BOMBO (Coordenador) San Pedro Caixa Postal : n 387 Telefone : (225) Telex : BCEAO SAN PEDRO Telefax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : Srª Malona BAMBA GUINE-BISSAU Bissau Caixa Postal : n 38 Telefone : (245) e Telex : 289 BCGB 1 Telefax : (245) e Directora da Agência Principal : Sra. Felicidade Soares Correia de Brito ABELHA. xx

22 MALI Bamako Boulevard de 22 de Outubro de 1946 Caixa Postal : n 206 Telefone : (223) et Telex : 2574 BCEAO BAMAKO Telefax : (223) Director da Agência Principal : Sr. Soumaïla KIDA Mopti Caixa Postal : n 180 Telefone : (223) e Telex : BCEAOMPT 8001 MJ Telefax : (223) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Idrissa Matoti TOURE Sikasso Caixa Postal : n 453 Telefone : (223) Telefax : (223) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Ibrahima TOURE NÍGER Niamey Rua do urânio Caixa Postal : n 487 Telefone : (227) e Telex : BCEAO 5218 NI Telefax : (227) Director da Agência Principal : Sr. Sahaka MAHAMAN SALAH Maradi Caixa Postal : n 265 Telefone : (227) Telex : BCEAO 8244 NI Telefax : (227) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Achirou DAN MAGARIA Zinder Caixa Postal : n 133 Telefone : (227) Telex : BCEAO 8226 NI Telefax : (227) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Abdou Rahamane Aboubacar ABANI SENEGAL Dakar Boulevard General De Gaulle x Triangle sud Caixa Postal : n 3159 Telefone : (221) Telex : BCEAO SG Telefax : (221) Director da Agência Principal : Sr. Abdoulaye GAYE Kaolack Caixa Postal : n 79 Telefone : (221) e Telex : BCEAO SG Telefax : (221) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Alain Serge NICOD Ziguinchor Caixa Postal : n 317 Telefone : (221) Telex : BCEAO SG Telefax : (221) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Birama FALL TOGO Lomé Rua Abdoulaye FADIGA Caixa Postal : n 120 Telefone : (228) Telex : 5216 BCEAO TO Telefax : (228) Director da Agência Principal : Sr. Kokou Seretti GOZAN Kara Caixa Postal : n 75 Telefone : (228) e Telex : 7202 Telefax : (228) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Novignon GABOUTOU REPRESENTAÇÃO DO GOVERNADOR JUNTO DA COMISSÃO DA UEMOA Avenida Gamal Abdel NASSER, Ouagadougou, Burkina Caixa Postal : n 64 OUAGADOUGOU 01 Telefone : (226) Telex : BCEAO 5205 BF Telefax : (226) REPRESENTAÇÃO DO BCEAO JUNTO DAS INTITUIÇÕES EUROPEIAS DE COOPERAÇÃO 29, rua du Colisée, Paris, França Telefone : (33) Telex : BCEAO PARIS Telefax : (33) xxi

23 Senhor Philippe-Henri DACOURY-TABLEY, Governador do BCEAO xxii

24 Messagem do Governador do BCEAO A Conferência dos Chefes de Estado e Governo dos Estados membros da União Monetária Oeste Africana (UMOA), reunida em Ouagadougou a 20 de Janeiro de 2007, adoptou a Reforma institucional da UMOA e do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO). Esta Reforma surge trinta e quatro anos depois da assinatura, em Paris, do Tratado de 14 de Novembro de 1973, materializando o controlo pelos Estados membros da UMOA dos domínios da soberania tão importantes como a gestão monetária, a orientação e o financiamento do desenvolvimento. A arquitectura institucional da UMOA criada em 1973 permitiu alcançar resultados consideráveis em termos de estabilidade monetária e de financiamento do desenvolvimento. No entanto, com o tempo, as dificuldades apareceram, em particular com a necessidade de manter um sistema financeiro são e eficiente, num contexto marcado pela extensão dos choques macroeconómicos e a liberalização progressiva das economias da União. Por outro lado, no plano externo, as mutações do ambiente acentuaram-se durante as últimas décadas, sob o impacto da aceleração do processo de liberalização financeira e da globalização crescente da economia mundial. Este novo contexto afectou sensivelmente as condições de formulação e condução da política monetária e estimulou uma modificação dos objectivos e das missões dos bancos centrais, dos seus meios de acção e do quadro institucional que os rege. A Reforma de 20 de Janeiro de 2007 visa essencialmente adaptar a arquitectura da UMOA e do BCEAO às evoluções surgidas no ambiente interno e externo da União. Responde em particular à preocupação de construir um Banco Central, em perfeita harmonia com a sua época e o seu ambiente, dotado de instrumentos de trabalho, de normas e procedimentos renovados, ao mesmo tempo próximo das populações e pronto para estar à altura dos desafios da integração sub-regional e da mundialização. Esta reforma da maturidade, tem em conta o longo caminho percorrido, assim como os ricos ensinamentos tirados de mais de quarenta anos de integração monetária na África Ocidental. Finaliza igualmente, num edifício institucional coerente e equilibrado, as diferentes obras de modernização e de liberalização iniciadas pelo BCEAO desde o fim dos anos 80 em matéria, entre outros, de política monetária, de supervisão bancária, de regulamentação das relações financeiras externas e dos sistemas de pagamento, assim como do micro-crédito. O objectivo é construir um Banco Central moderno, independente, transparente e eficiente, adaptado às realidades da UMOA, conforme os padrões internacionais e voltado para o futuro. A Reforma consolida a independência do BCEAO e lhe dá os meios de reforçar a sua credibilidade e a eficácia da sua acção. No entanto, a independência concedida implica uma obrigação de transparência acrescida. Nesta perspectiva, o Banco Central deverá comunicar claramente sobre as suas decisões e informar o público, os actores do sistema financeiro e os Estados dos resultados da sua acção. O objectivo é fazer entender e partilhar com os agentes económicos a coerência das decisões tomadas, a fim de permitir-lhes formar as suas expectativas, de modo mais racional possível. 1

25 Neste propósito, a adopção pelo Banco Central das regras de deontologia, de ética e de governação mais estritas torna-se uma necessidade. A partilha e a cultura destes valores por toda a comunidade financeira oeste-africana, vai contribuir nomeadamente para reforçar a estabilidade e a eficiência do sistema financeiro. A apropriação dos princípios da Reforma pelas instituições financeiras vai permitir a instauração de uma concorrência sã, favorecendo um financiamento duradouro do desenvolvimento dos países membros da União. Esta Reforma, que preserva os princípios centrais de igualdade e de solidariedade entre os Estados membros da União, visa assim criar as condições propícias para a atractividade e a competitividade, assim como para o desenvolvimento harmonioso e duradouro do espaço económico comunitário. O seu êxito vai depender do ritmo maximal da sua implementação, mas igualmente da sua sincronização com as medidas de seguimento relativas principalmente à melhoria do «policy mix» entre a política monetária comum, as políticas orçamentais e estruturais dos Estados membros, assim como o aperfeiçoamento dos mercados de capitais. Philippe-Henri DACOURY-TABLEY Governador do Banco Central dos Estados da África Ocidental, Presidente do Conselho de Administração 2

26 VISÃO GLOBAL A actividade económica mundial continuou a ser bem orientada em 2007, graças nomeadamente ao dinamismo do crescimento nos países emergentes da Ásia e da América Latina. Com efeito, o ritmo de crescimento da economia mundial fixou-se em 4,9 %% contra 5,0% em Nos países em desenvolvimento, observou-se uma expansão sustentável da actividade económica. Assim, em termos reais, a taxa de crescimento do PIB dos países africanos estabeleceu-se em 6,2% contra 5,9% em Com vista a conter as tensões inflacionistas, induzidas nomeadamente pela alta dos preços das matérias primas energéticas, os bancos centrais dos principais países industrializados prosseguiram a orientação restritiva da sua política monetária durante o primeiro semestre do ano No entanto, durante o segundo semestre, a contracção da liquidez, causada pela crise do mercado hipotecário nos Estados Unidos, e os receios de recessão levaram à uma interrupção no aperto da sua política monetária. No mercado de câmbios, a consolidação do euro para com o dólar dos Estados Unidos prosseguiuse. Em 2007, o euro valia em média 1,3705 dólares, ou seja uma apreciação de 9,1% em relação ao ano Nos Estados membros da UEMOA, a situação económica ressentiu-se dos resultados menos satisfatórios do que previsto na campanha agrícola, devido às condições climáticas desfavoráveis em alguns países, a cortes de electricidade e dificuldades financeiras no seio de algumas fileiras. Por outro lado, os desequilíbrios induzidos pelo aumento do preço contínuo do crude fizeram pesar incertezas nas economias da União. Neste contexto, o produto interno bruto progrediu, em termos reais, de 3,0% contra 3,1% um ano antes. A inflação fixou-se em média anual em 2,4%, em ligeira alta em relação ao nível de 2,3% atingido em Esta evolução do nível geral dos preços no consumidor é devida ao aumento dos preços de alguns produtos alimentares importados e ao impacto da subida dos preços do petróleo, em particular durante o último trimestre do ano. O défice global das finanças públicas, excluindo os donativos, estabeleceu-se em 1.363,9 mil milhões, para o conjunto da União. Em relação ao PIB, a taxa de crescimento real fixou-se em 5,0% contra 5,1% em O nível da dívida externa atingiu 9.092,8 mil milhões contra 8.753,8 mil milhões no final de Dezembro de 2006, em progressão de 339,0 mil milhões. Este stock da dívida representou no final de 2007 o equivalente a 33,1% do PIB contra 34,1% em A balança de pagamentos dos Estados membros da União registou um saldo global excedentário de 692,1 mil milhões contra 537,7 mil milhões em O défice da balança das transacções correntes, excluindo as transferências oficiais, aumentou estabelecendo-se em 7,8% do PIB contra 5,6% em A orientação prudente do BCEAO no que diz respeito à acção monetária durante os últimos anos foi prosseguida, com vista a contribuir para o controlo das tensões inflacionistas, a consolidação da poupança e o reforço do crescimento económico. Num contexto de moderação da inflação a nível da União durante os primeiros meses do ano, o Instituto de emissão manteve as suas taxas directoras em 4,75% para a taxa de redesconto e 4,25% para a taxa de cedência temporária de liquidez, níveis em vigor desde 24 de Agosto de O Banco Central manteve igualmente os mesmos coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos da União. Tendo em conta a evolução da tesouraria bancária e das taxas de juro de 3

27 curto prazo, o BCEAO retomou as suas operações de open market, a partir de Fevereiro de Quarenta e oito (48) operações semanais de adjudicações de injecção de liquidez foram organizadas durante o ano, para uma maturidade de uma semana por operação. A posição externa líquida creditícia das instituições monetárias foi reforçada em 766,3 mil milhões, para se situar em 4.665,8 mil milhões. As reservas de câmbio estabeleceram-se em 4.795,6 mil milhões, induzindo uma taxa de cobertura da emissão monetária de 114,1% no final de Dezembro de O crédito interno aumentou de 12,5% para se fixar em 5.385,9 mil milhões, devido a subida dos créditos à economia. As intervenções do Banco Central aumentaram de 77,7 mil milhões de um ano para outro, para se estabelecer em 419,6 mil milhões. Esta evolução está ligada a um acréscimo de 103,6 mil milhões dos refinanciamentos a favor dos bancos e estabelecimentos financeiros, atenuado pelo recuo de 25,9 mil milhões de crédito do Banco Central aos Estados. Reflectindo a evolução das suas contrapartidas, a massa monetária progrediu de 18,7% para alcançar 8.511,5 mil milhões. O ano 2007 foi marcado pela adopção dos textos de base da reforma institucional da UMOA e do BCEAO pela Conferência dos Chefes de Estado e Governo, durante a sua sessão de 20 de Janeiro de O processo de inserção destes textos no ordenamento jurídico dos Estados membros está em curso. As obras relativas à modernização dos sistemas e meios de pagamento foram prosseguidas, nomeadamente com o arranque do Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA) em todos os Estados membros da União. No final das concertações realizadas aos níveis nacional e regional, o BCEAO elaborou um plano de acção e iniciou campanhas de sensibilização e informação do dos actores interessados, com vista a reforçar o número da população titular de conta bancária e o uso dos instrumentos de pagamento escriturais na União. Por outro lado, com o objectivo nomeadamente de reforçar a base financeira dos bancos e estabelecimentos financeiros da União, o Conselho dos Ministros da União decidiu elevar o capital social mínimo aplicável aos bancos e estabelecimentos financeiros da União. Assim, de mil milhão e 300 milhões, respectivamente para os bancos e os estabelecimentos financeiros, o montante do capital social mínimo aplicável deverá passar para 10 mil milhões e 3 mil milhões. Esta medida será implementada em duas fases cuja primeira deverá permitir atingir os limiares intermediários de 5 mil milhões e de mil milhão, fixados respectivamente para os bancos e os estabelecimentos financeiros em actividade na União até No domínio da promoção dos Sistemas Financeiros Descentralizados (SFD), o processo de ordenamento do quadro jurídico foi finalizado pela adopção, pelo Conselho dos Ministros da União, de uma nova lei e do seu decreto de aplicação. Por outro lado, o Banco Central apoiou os Estados membros, com vista à emissão de empréstimos obrigacionistas de maturidade de 10 anos para o financiamento dos investimentos na área das infraestruturas de base. Continuou igualmente levar a cabo acções no quadro da cooperação monetária e contribuiu no reforço do processo de integração regional. No fim do ano 2007, as contas do BCEAO foram submetidas, em aplicação do artigo 64 dos seus Estatutos, à verificação dos Controladores Nacionais (Revisores Oficiais de Contas das Agências Principais e do Comissário Controlador (Revisor Oficial das Contas Consolidadas do BCEAO) nomeado pelo Conselho dos Ministros. O Comissário controlador procedeu, por outro lado, conjuntamente com o Controlador designado pela França, à análise da aplicação da Convenção de Conta de Operações. 4

28 I - CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO INTERNACIONAL A actividade económica continuou bem orientada a escala mundial em 2007, sustentada pelos países emergentes, cujo dinamismo compensou o abrandamento do crescimento económico no seio dos países industrializados. A taxa de crescimento do produto interno bruto mundial fixou-se em 4,9%, depois de uma realização de 5,0% em A desaceleração do ritmo de crescimento registado nos países industrializados durante o ano 2007, traduz o impacto desfavorável da subida dos preços do petróleo e o aumento das incertezas ligadas à crise dos créditos imobiliários com risco (ou «subprimes») surgida nos Estados Unidos. A nível da Zona euro, o produto interno bruto aumentou de 2,6% em 2007, depois de um crescimento de 2,8% no ano precedente. Nos Estados Unidos, o produto interno bruto progrediu de 2,2%, depois de ter atingido 2,9% em No Japão, o crescimento económico fixou-se em 2,1% em 2007, contra 2,4% em No Reino Unido, a actividade económica foi mais sustentada apoiada do que nos outros países industrializados, em 2007, com um crescimento de 3,1%, contra 2,9% um ano antes, em sob o impulso do dinamismo das actividades dos serviços e do sector manufactureiro. Nos países emergentes, a actividade manteve o seu dinamismo, devido nomeadamente ao aumento dos investimentos estrangeiros. O produto interno bruto fixar-se-ia em 7,8% em 2007, contra 7,7% em Na América Latina, o ritmo da expansão económica foi de 5,6% em 2007, ou seja a mesma taxa que em O ambiente favorável aos negócios criado na região, incentivou a prosseguição dos investimentos estrangeiros, relançou o aparelho de produção e estimulou as exportações. As economias emergentes da Ásia registaram em 2007, como em 2006, uma expansão económica de 9,7%. Esta evolução foi induzida pelo acréscimo da procura interna, assim como pelo vigor das exportações para a Zona euro e o Japão. Em África, a taxa de crescimento económico situar-se-ia em 6,2% em 2007, depois de uma realização de 5,9% em 2006, sob o impulso da alta dos preços das matérias primas. Esta aceleração esconde, no entanto, as disparidades observadas entre os países produtores de petróleo e de metais preciosos tais como o ouro, por um lado, e os outros países, por outro lado. Além disso, as economias africanas aproveitaram das reformas implementadas desde o início dos anos 2000, para sanearem o quadro macroeconómico. As tensões inflacionistas apareceram globalmente moderadas em 2007, tendo a evolução dos preços sido contida em níveis inferiores aos do ano Assim, nos Estados Unidos, o índice de preços no consumidor registou uma variação, em média anual, de 2,9%, contra 3,2% um ano atrás. No Japão, os preços registaram uma alta de 0,1% durante 2007 contra 0,2% em Na Zona euro, o índice harmonizado de preços no consumidor aumentou de 2,1% em 2007 contra 2,2% em Todavia, no Reino Unido, o índice de preços do comércio a retalho aumentou de 3,2 %, contra 2,9% em Com vista a conter as tensões inflacionistas, a acção monetária restritiva dos bancos centrais dos principais países industrializados prosseguiu-se até Julho de 2007, antes da contracção da liquidez, provocada pela crise dos créditos hipotecários americanos de alto risco ou «subprimes», levasse alguns deles a proceder a injecções maciças de liquidez. Assim, o Banco Central Europeu aumentou em 25 pontos percentuais, por duas vezes, a taxa de refinanciamento, a taxa da facilidade marginal e a taxa de depósito para 4,0 %, 5,0% e 3,0%, respectivamente. Estas taxas directoras não se alteraram desde Junho de A Reserva Federal americana não modificou, por sua vez, as suas taxas durante os primeiros 9 meses do ano No entanto, a partir de 18 de Setembro de 2007, procedeu a reduções acumuladas de um ponto percentual sobre a sua principal taxa directora. A taxa objectiva dos fundos federais terminou o ano em 4,25%. O Banco do Japão abaixou de 25 pontos percentuais a sua taxa de redesconto em 21 de Fevereiro de 2007, para 0,5%. No reino Unido, depois de ter aumentado a sua principal taxa directora de 25 pontos base, em Janeiro, Maio 5

29 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO e Julho de 2007, o Banco da Inglaterra marcou uma pausa de vários meses, antes de iniciar, em Dezembro de 2007, um ciclo de moderação monetária, trazendo de volta a sua principal taxa directora de 5,75% para 5,50%. Neste contexto, no mercado dos câmbios, o euro apreciou-se face ao dólar dos Estados Unidos. Com efeito, a moeda única europeia prosseguiu a sua tendência altista, alimentada por um diferencial de taxa de juro cada vez menos favorável à divisa americana. Fixou-se, em média em 2007, em 1,3705 dólares, ou seja uma apreciação de 9,1% em relação a Contra a moeda japonesa e a libra esterlina, a moeda europeia apreciou-se em média de 10,4% e 0,4% respectivamente. Devido à sua vinculação nominal ao euro, o franco CFA registou, em relação às principais moedas dos países industrializados, um comportamento idêntico ao da moeda única europeia. No plano sub-regional, registou-se em 2007 uma evolução contrastadas cotações médias das principais moedas da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em relação ao franco CFA Com efeito, o dalasi gambiano e o franco guineense apréciaram-se respectivamente em 4,0% e de 10,4 %, enquanto que o naira nigeriano desvalorizou-se em 5,6 %. Quanto ao cedi ganeense, a sua paridade em relação ao franco CFA foi modificada na altura da entrada em circulação, em 18 de Julho de 2007, de uma nova moeda denominada «Ghana cedi» equivalente a cedis. A título das matérias primas, a alta da cotação mundial do ouro observada em 2006, prosseguiu-se durante o ano Com efeito, o preço da onça do ouro estabeleceu-se em média em 696,55 dólares americanos em 2007, em progressão de 15,1% em relação ao preço médio em

30 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO Os preços das matérias primas, tais como o petróleo, o café, o cacau, o algodão e os oleaginosos, registaram igualmente um aumento, sob o efeito do vigor da procura mundial, das tensões sociais e políticas, assim como dos riscos climáticos que afectaram a oferta. Pelo contrário, os preços da borracha recuaram-se, devido ao forte aumento da oferta mundial CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO DA UMOA A conjuntura económica na União foi marcada pelos resultados contrastados da campanha agrícola e pelo recúo das actividades na indústria. Pelo contrário, a actividade foi mais sustentada nos sectores do comércio e serviços, assim como no da Construção civil e Obras Públicas (BTP) Produto interno bruto O produto interno bruto da União registou em 2007 um crescimento de 3,0%, contra 3,1% em Este nível da taxa de crescimento é devido à progressão da actividade nos serviços, nomeadamente nas telecomunicações, e no sector da Construção civil e Obras públicas (BTP), graças à execução dos projectos de infraestruturas de base. Pelo contrário, o crescimento foi menos sustentável ao nível do sector secundário, por causa da redução da produção de petróleo na Côte d'ivoire, na sequência do assoreamento de alguns poços do campo BAOBAB, da extracção do ouro no Mali, assim como a queda da produção das indústrias transformadoras, consecutiva à escassez dos factores de produção, tais como a energia eléctrica. Quanto ao sector primário, a sua contribuição foi relativamente fraca, devido à redução da produção de subsistência. Por país, uma aceleração do crescimento foi registado no Benin, passando de 3,8% em 2006 para 4,6% graças a recuperação da produção de algodão, de 1,2% para 1,5% na Côte d'ivoire, de 1,8% para 2,7% na Guiné-Bissau é de 2,3% para 4,8% no Senegal. O regresso do crescimento registado na Côte d'ivoire e na Guiné-Bissau deve-se a melhoria do clima sócio-político, enquanto que no Senegal, está ligado à retoma das actividades de algumas empresas, nomeadamente as Indústrias Químicas do Senegal (ICS). Todavia, um abrandamento da actividade foi observado no Burkina, no Mali, no Níger e no Togo. A taxa de crescimento estabeleceu-se em 4,0% contra 5,5% em 2006 no Burkina, 3,2% contra 5,3% no Mali, 3,1% contra 5,1% no Níger e em 1,5% contra 3,9% em 2006 no Togo. 7

31 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO Produção agrícola A campanha ressentiu-se da persistência das dificuldades financeiras no seio de algumas fileiras e da parada precoce das chuvas no Níger, no Senegal, na Guiné-Bissau e no Burkina. A produção de subsistência registou um aumento, excepto alguns cereais. Pelo contrário, as colheitas das principais culturas de exportação (café, cacau, amendoim, caju) foram menos satisfatórias. Estagnaram, na sua maioria ou recuaram, como foi o caso do algodão, devido à redução das superfícies semeadas. A produção de caju progrediu de 5,8%, situando-se em toneladas na Guiné-Bissau. Todavia, a produção do algodão baixou de 28,8% para se fixar em toneladas. A produção do Café relativa a campanha 2007/2008, recuou-se igualmente de 0,3% para se estabelecer em toneladas. A do cacau fixou-se em toneladas durante a campanha de 2007/2008, em baixa de 0,2% em relação à campanha precedente. A produção do amendoim estabeleceu-se em toneladas, ou seja um recúo de 1,7% em relação à campanha de 2006/2007. A produção alimentar da União registou globalmente um acréscimo de 2,3%. Esta evolução foi observada em todos os Estados membros da União, com excepção do Senegal, do Níger e da Guiné-Bissau, cujas produções diminuíram respectivamente de 7,0%, 5,4% e 9,3%, traduzindo os efeitos do défice da pluviometria registado em

32 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO Extracção mineira No sector mineiro, as principais produções da União foram globalmente orientadas para a baixa. A produção do ouro recuou em 7,7%, para se situar- em ,3 Kilogramas, devido à redução de 9,6% da produção no Mali. Os dados acumulados no conjunto do ano 2007 situam a produção do crude em barris, em redução de 19,3%, em relação ao período homólogo de 2006, devido principalmente ao assoreamento de alguns poços na Côte d'ivoire. A produção do urânio diminuiu de 8,1% no Níger, estabelecendo-se em 3.154,5 toneladas, por causa do recuo das extracções em algumas jazidas que estão no final de ciclo. A dos fosfatos recuou igualmente de 15,3%, fixando-se em toneladas, por causa da redução de 36,0% da produção no Togo Produção industrial e volume de negócios do comércio a retalho O Índice global da Produção Industrial da União registou um recúo de 3,0% em 2007, depois de ter progredido 3,9% em Esta evolução está ligada à diminuição da produção industrial em relação ao ano precedente no Mali (-18,5%), na Guiné-Bissau (-13,0%), no Níger (-4,0%), no Togo (-3,9%), no Benin (-3,4%) e na Côte d'ivoire (-1,5%). Todavia, progrediu no Burkina (3,3%) e no Senegal (3,1%). O índice do volume de negócios do comércio a retalho do sector moderno aumentou em média 3,9 %, nos países da UEMOA, durante os doze meses de 2007 contra 7,7% no período homólogo do ano de Esta progressão global da actividade comercial é o resultado, nomeadamente da subidas das vendas de automóveis, motocicletas e peças sobressalentes (14,5%), de bens diversos (13,5%), de bens de equipamento pessoal (12,3%), de produtos farmacêuticos e cosméticos (10,9%) e de produtos petrolíferos (0,5%). Por país, as vendas progrediram na Guiné-Bissau (26,6%), no Benin (24,7%), no Senegal (9,1%), na Côte d'ivoire (7,5%), no Burkina (3,4%) e no Níger (0,5%)Todavia, as vendas contraíram-se no Mali (-7,7%) e no Togo (-5,0%). Em comparação com o período homólogo de 2006, o ritmo de evolução do volume de negócios do comércio a retalho está a acelerar na Côte d Ivoire, na Guiné-Bissau e no Senegal. Uma clara retoma da actividade comercial foi observada no Benin. Uma desaceleração do volume de negócios foi registada no Burkina, enquanto que uma redução foi constatada no Mali, no Níger e no Togo. 9

33 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO Evolução dos preços O nível geral de preços no consumidor na UEMOA fixou-se, em média, em alta de 2,4% em 2007 contra 2,3% em Uma aceleração da inflação foi observada, em 2007, na Guiné-Bissau e no Senegal, contra uma estabilidade no Níger e uma desaceleração nos outros países da UEMOA. O objectivo de 2,0% no máximo, retido no programa monetário, foi cumprido em todos os países com a excepção da Guiné-Bissau e do Senegal. A dispersão das taxas de inflação dos países da União aumentou. Assim, o desvio-padrão das taxas de inflação em média fixou-se em 2,1 pontos percentuais em 2007 contra 1,1 ponto percentual em A evolução da inflação em média no conjunto do ano 2007 resulta de um perfil infra-anual caracterizado por um assinalável abrandamento de Janeiro a Setembro de 2007, seguido por uma tendência altista até Dezembro de A evolução dos preços na União foi induzida pelo aumento dos preços de vários produtos alimentares importados, o encarecimento do gás e o impacto do nível elevado das tarifas de produtos petrolíferos nos serviços de transporte e em alguns produtos alimentícios, nomeadamente os legumes e os tubérculos. A inflação subjacente 1, que constitui a componente de longo prazo da evolução do nível geral de preços, registou igualmente um acréscimo, situando-se em média anual, em 1,9% em 2007 na UEMOA contra 1,7% em Fixou-se em -0,2% no Mali e no Níger, 1,0% no Burkina, 1,2% na Guiné-Bissau, 1,7% no Togo, 1,8% no Benin e no Senegal e 2,4% na Côte d'ivoire. O diferencial da inflação para com os países vizinhos revelou-se favorável à União, atingindo, em particular, 3,6 pontos percentuais em relação à Nigéria e 7,7 pontos percentuais em relação ao Gana. Porém, em relação a Zona euro, onde a taxa de inflação se situou em média em 2,2% em 2007, o diferencial foi desfavorável à União em 0,2 ponto percentual Finanças públicas 1 : O indicador de inflação subjacente retido pelo BCEAO é calculado pela média assimétrica aplicada às variações mensais do índice dos preços. O método consiste essencialmente em excluir de modo temporário, do cabaz de consumo, os produtos cujas variações mensais dos preços constituem os valores extremos para o mês em análise. A execução das operações financeiras dos Estados membros da UEMOA em 2007 foi caracterizado por uma ligeira deterioração do saldo global, base engajamentos, excluindo donativos, revelado-se deficitário em 1.363,9 10

34 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO mil milhões contra 1.335,9 mil milhões em Em relação ao PIB, o défice passou de 5,1% em 2006 para 5,0% em Por país, este défice em relação ao PIB fixou-se em 1,5% no Benin, 11,8% no Burkina, 1,4% na Côte d'ivoire, 24,4% na Guiné-Bissau, 8,2% no Mali, 7,0% no Níger, 6,1% no Senegal e 1,4% no Togo. Os défices foram em grande parte financiados pelos desembolsos de empréstimos externos e a emissão de Bilhetes ou obrigações de Tesouro. A situação da tesouraria pública de alguns Estados continua frágil, devido ao controlo insuficiente das despesas de funcionamento e da fraqueza da mobilização dos recursos externos, criando uma acumulação dos atrasados de pagamentos externos. A título da supervisão multilateral, os Estados membros da União, excepto o Benin, não cumpriram com o conjunto de critérios de convergência do primeiro grau retidos no quadro do Pacto de Convergência, de Estabilidade, de Crescimento e de Solidariedade Balança de pagamentos Em 2007, as trocas externas dos Estados membros da união saldaram-se por um excedente global de 692,1 mil milhões contra 537,7 mil milhões em Esta evolução foi induzida pelo reforço do excedente da conta de capital e de operações financeiras, atenuado pelo agravamento do défice das transacções correntes. Com efeito, o défice das transacções correntes agravar-se-ia em 531,8 mil milhões para se estabelecer em 1.664,3 mil milhões, devido ao mau desempenho do comércio externo. Excluindo donativos, o défice corrente passaria de 5,4% do PIB em 2006 para 7,8% do PIB em A deterioração do défice da balança comercial, que se fixaria em 886,1 mil milhões contra um excedente de 15,6 mil milhões em 2006, deve-se a uma baixa das exportações num contexto de aumento das importações. A balança dos serviços regrediu de 2,3%, revelando-se deficitária em 1.376,7 mil milhões. O aumento das saídas líquidas a título dos rendimentos, que teriam passado de 567,4 mil milhões para 584,7 mil milhões, está ligado à remuneração dos investidores privados estrangeiros. A progressão do excedente das transferências correntes de 765,3 mil milhões para 1.183,3 mil milhões dever-se-ia aos donativos públicos. O excedente da conta de capital e das operações financeiras melhorou-se de 685,9 mil milhões, em relação ao ano Esta evolução explica-se nomeadamente pelo aumento dos investimentos directos de 84,1% para se estabelecer em 755,0 mil milhões e pelo acréscimo dos investimentos de carteira que se fixaram-se em 85,9 mil milhões contra -5,7 mil milhões um ano atrás. Por país, a análise da balança de pagamentos de 2007 revela défices da conta corrente excluindo transferências oficiais acima da norma comunitária fixada em 5% do PIB em todos os Estados membros, excepto em Côte d'ivoire onde este défice se situou em 1,5% do PIB. O rácio do défice relativo ao PIB acentuou-se, passando, entre 2006 e 2007, de 6,9% para 8,3% no Benin, de 6,3% para 9,9% no Mali, e de 10,0% para 12,0% no Senegal. Todavia estabilizou-se em 12,0% no Burkina e diminuiu na Guiné-Bissau, no Níger e no Togo. Os recursos externos mobilizados a título da conta de capital e das operações financeiras permitiram financiar em 2007 os défices correntes tornando os saldos globais de balança de pagamentos excedentários em todos os Estados membros Mobilização dos recursos e situação da dívida externa Os Estados membros da União continuaram a beneficiar do apoio financeiro da comunidade internacional, no quadro da execução dos seus programas de reconstrução económica e financeira. As ajudas recebidas em apoio a estes programas fixaram-se em 579,4 mil milhões de FCFA, contra 552,4 mil milhões em A taxa de mobilização estabeleceu-se em 61,4% contra uma realização de 70,6% no ano precedente. Os montantes mobilizados junto dos organismos multilaterais ascenderam-se a 426,7 mil milhões contra 418,0 mil milhões em Os financiamentos recebidos das instituições de Bretton Woods passaram de 204,1 mil milhões para 227,2 mil milhões de um ano para outro. As contribuições do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) registaram um decréscimo de 10,3 mil milhões para se fixar em 11

35 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 66,3 mil milhões em 2007, tal como as da União Europeia, avaliadas em 67,7 mil milhões contra os 74,9 mil milhões registados no ano anterior. As contribuições do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) passaram de 14,6 mil milhões em 2006 para 10,3 mil milhões em As contribuições dos parceiros bilaterais melhoraram-se para se fixar em 152,6 mil milhões em 2007 contra 134,4 mil milhões em Os principais doadores foram os Países Baixos, a Arábia Saudita, a França, a Suécia e o Fundo Kowetiano. Por conseguinte, o nível global da dívida externa 2 dos Estados membros da União registou um crescimento líquido durante 2007, sendo estimado em 9.092,8 mil milhões no final de Dezembro de 2007 contra 8.753,8 mil milhões no final de Dezembro de 2006, ou seja um acréscimo de de 339,0 mil milhões. Os desembolsos dos empréstimos fixaram-se em 548,1 mil milhões. O rácio da dívida em ao PIB melhorou-se, situando-se em 33,1% contra 34,1% no ano anterior. Esta-beleceu-se em 11,3% contra 21,1% no Benin, 20,0% contra 17,1% no Burkina, 43,2% contra 49,6% na Côte d'ivoire, 273,7% contra 287,9% na Guiné-Bissau, 29,1% contra 25,1% no Mali, 36,5% contra 15,1% no Níger, 18,1% contra 17,8% no Senegal e 70,5% contra 67,5% no Togo. Os países que não beneficiaram de apoios financeiros externos acumularam atrasados de pagamentos na ordem de 292,3 mil milhões. Construção de mãe-d água de uma capacidade de 5 mil metros cúbicos em Abidjan (Côte d'ivoire) 2 : O nível da dívida externa em 2007 da Guiné-Bissau, do Mali e do Togo foi objecto de estimativa. 12

36 II - IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 2.1 OBJECTIVOS DA POLÍTICA MONETÁRIA Os programas monetários para o ano 2007 foram elaborados conforme às directivas de política da moeda e do crédito decidida pelo Conselho de Ministros da UMOA, durante a sua sessão de 8 de Setembro de As directivas tiveram em conta às orientações de política económica definidas ao nível regional, nomeadamente prosseguir os esforços de saneamento das finanças públicas, acelerar as reformas estruturais, em particular nas fileiras agrícolas e reforçar as infraestruturas. Consideraram igualmente o contexto económico e financeiro internacional, marcado pela persistência do nível elevado dos preços do barril de petróleo. A acção monetária deverá ser orientada na busca da estabilidade de preços com um objectivo de inflação máxima de 2,0% e contribuir para uma afectação óptima dos recursos, bem como para o aprofundamento do mercado financeiro com vista a um financiamento são da economia. Os equilíbrios projectados revelaram, para a União, as seguintes evoluções em 2007 : - uma melhoria de 290,0 mil milhões da posição externa líquida das instituições monetárias ; - uma progressão de 170,2 mil milhões (ou 3,8 %) do crédito interno, sob o efeito de um acréscimo de 185,7 mil milhões (ou 4,6 %) dos créditos à economia e de uma melhoria de 15,5 mil milhões (ou 3,3%) da posição líquida dos Governos ; - um aumento da massa monetária de 5,9%. Por outro lado, as intervenções do Banco Central foram antecipadas em 276,0 mil milhões, ou seja uma baixa de 40,0 mil milhões em relação às previsões revistas no final de Dezembro de 2006, devido essencialmente o reembolso dos financiamentos monetários directos consolidados e a amortização dos créditos consolidados à Guiné- Bissau. O montante global dos créditos aos Estados foi fixado em 269,0 mil milhões, em recúo de 41,0 mil milhões. Os refinanciamentos a favor dos estabelecimentos de crédito foram previstos em torno de 7,0 mil milhões, em progressão de mil milhão em relação às previsões revistas para Dezembro de ACÇÃO MONETÁRIA A acção do Banco Central em 2007 baseou-se principalmente no uso dos instrumentos indirectos de regulação da liquidez para confortar a estabilidade monetária e contribuir para o financiamento não inflacionista do crescimento Política das taxas de juro A política de taxas de juro do Banco Central visa contribuir para a realização do objectivo de estabilidade de preços através da regulação da liquidez bancária, da promoção da poupança, da manutenção bem como da reciclagem óptima da liquidez disponível na União. Durante o ano 2007, o Instituto de emissão manteve as suas taxas directoras em 4,75% para a taxa de redesconto e 4,25% para a taxa de cedência temporária da liquidez, níveis em vigor desde 24 de Agosto de Esta ausência de modificação se enquadra num contexto de moderação da inflação na União durante os primeiros meses do ano e de interrupção da orientação em alta das taxas de juro dos principais bancos centrais no fim do período. As taxas interbancárias fixaram-se em média anual em 4,74% para a maturidade de um dia, 4,41% para a de uma semana, 5,60% para a de duas semanas, 5,53% para a de um mês, 5,52% para a de três meses, 5,80% para a de seis meses, 6,50% para a de nove meses e 5,60% para a de doze meses, reflectindo uma baixa em relação ao ano anterior. No compartimento de uma semana, duração correspondente à maturidade das operações de adjudicação e no compartimento mais activo do mercado interbancário, foi observada uma redução da taxas médias desde a retoma das injecções de liquidez, passando de um ano para outro, de 4,61% a 4,41% em média. 13

37 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA As taxas de base bancárias situaram-se num intervalo de 3,08% a 12,00% contra 4,00% a 12,00% em As taxas regulamentadas aplicáveis à remuneração da poupança nas cardenetas mantiveram-se fixas em 3,50% Operações de open market O Banco Central retomou a partir de Fevereiro de 2007, as suas operações de open market, num contexto marcado por uma diminuição contínua da liquidez bancária observada durante os últimos três exercícios, tensões nas taxas do mercado interbancário e défices crescentes de constituição das reservas obrigatórias pelos bancos. Nestas condições, quarenta e oito operações semanais de adjudicação de injecção de liquidez foram organizadas no período entre 5 de Fevereiro e 31 de Dezembro de 2007 para uma maturidade de uma semana por operação. Estas operações permitiram caminhar para a realização do objectivo de pilotagem da taxa do mercado interbancário no interior do corredor situado entre a taxa marginal de adjudicação de liquidez e a taxa de cedência temporária de liquidez (pension). O prosseguimento destas intervenções, conjugada com as medidas visando uma melhor organização deste mercado, deveria contribuir para o reforço das condições de uma reciclagem óptima dos recursos no mercado de capitais da União Acções nos balcões permanentes de refinanciamento As necessidades de tesouraria dos bancos durante o último trimestre de 2007 induziram um acréscimo do volume das operações registado no balcão da cedência temporária da liquidez. Estes refinanciamentos estabeleceram-se em média em 89,4 mil milhões durante o quarto trimestre de 2007 contra 10,4 mil milhões no quarto trimestre de Em média anual, fixaramse em 49,5 mil milhões no final de Dezembro de 2007 contra 7,2 mil milhões no ano precedente Dispositivo das reservas obrigatórias O sistema das reservas obrigatórias visa reforçar a eficácia das taxas de juro no seio do dispositivo de gestão monetária do Banco Central, influenciando a liquidez dos bancos e a sua capacidade de conceder créditos. Permite diferenciar, por Estado, os coeficientes de reservas necessárias para os bancos e estabelecimentos financeiros. Assim, o Instituto de emissão manteve os mesmos coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos da União, fixados desde 16 de Junho de 2005, em 15,0% no Benin, 9,0% no Mali, no Níger e no 14

38 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Senegal, 7,0% no Burkina, 5,0% na Côte d'ivoire e 3,0% na Guiné-Bissau e no Togo. A base de incidência continua a ser depósitos a ordem, créditos de curto prazo incluindo créditos de campanha, e créditos brutos sobre o exterior. Os coeficiente das reservas obrigatórias aplicáveis aos estabelecimentos financeiros não sofreram alteração, fixando-se em 5,0% desde a 1º de Outubro de RESULTADOS DA ACÇÃO MONETÁRIA E EVOLUÇÃO DOS AGREGADOS MONETÁRIOS A situação monetária da União no final de Dezembro de 2007, foi caracterizada por uma progressão da massa monetária reflectindo uma consolidação da posição externa líquida das instituições monetárias e um aumento do crédito interno Activos externos líquidos Os activos externos líquidos das instituições monetárias estabeleceram-se em 4.665,8 mil milhões, em alta de 766,3 mil milhões em relação a fim de Dezembro de A consolidação da posição externa líquida das instituições monetárias deve-se essencialmente ao Instituto de emissão, cujos activos externos líquidos atingiram 4.492,5 mil milhões, em alta de 766,9 mil milhões. As reservas oficiais de câmbio aumentaram de 767,4 mil milhões para se situar-em 4.795,6 mil milhões em finais de Dezembro de Resultou daí uma taxa de cobertura das responsabilidades monetárias à vista do Banco Central em torno de 114,1%. Por sua vez, as responsabilidades perante o exterior do Instituto de emissão mantiveram-se quase estáveis, estabelecendo-se em 303,1 mil milhões. Por outro lado, os activos externos líquidos dos bancos registaram uma baixa de 0,6 mil milhão, estabelecendo-se em 173,3 mil milhões, devido a subida de 7,7 mil milhões dos activos externos brutos e das responsabilidades perante o exterior de 8,3 mil milhões. O acréscimo dos activos externos líquidos das instituições monetárias foi registado em todos os países da União, excepto no Togo, cujas disponibilidades externas sofreram um= recúo de 5,0 mil milhões, ou seja 2,4%. 15

39 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 16

40 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Crédito interno Ao estabelecer-se em 5.385,9 mil milhões em finais de Dezembro de 2007, o crédito interno na União registou, em ritmo anual, uma progressão de 602,0 mil milhões ou 12,5%. Esta situação resulta da subida de 606,3 mil milhões de crédito ao sector privado, cujo efeito foi atenuado pela redução de 4,2 mil milhões dos créditos líquidos aos Estados Posição líquida dos Governos A posição líquida devedora dos Governos para com o sistema bancário situou-se em 481,6 mil milhões em 31 de Dezembro de 2007, registando uma melhoria de 4,2 mil milhões em relação ao nível atingido em finais de Dezembro de Esta evolução resulta do aumento de 354,0 mil milhões dos haveres aos Estados junto do sistema bancário, cujo impacto foi atenuado pela progressão de 349,8 mil milhões dos seus engajamentos. O aumento dos haveres dos Estados esta relacionado em particular com o reforço dos depósitos junto dos bancos (200,0 mil milhões) e do Instituto de emissão (157,4 mil milhões ). Os créditos do Banco Central aos Estados passaram de 316,9 mil milhões em finais de Dezembro de 2006 para 291,0 mil milhões em Dezembro de 2007, ou seja uma diminuição de 25,9 mil milhões ou 8,2%. Estes créditos são constituídos essencialmente pelas consolidações dos avanços estatutários, cujo montante em divida se estabeleceu-em 285,8 mil milhões em Dezembro de 2007,registando um recúo de em relação aos 311,3 mil milhões observados no final do ano

41 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Créditos à economia O montante dos créditos à economia passou de 4.298,0 mil milhões em Dezembro de 2006 para 4.904,3 mil milhões em Dezembro de 2007, ou seja uma progressão de 606,3 mil milhões ou 14,1%, imputável essencialmente aos créditos ordinários que aumentaram de 619,4 mil milhões ou de 15,0%, tendo os créditos de campanha diminuído de 13,1 mil milhões ou de 8,2%. Por fim, a evolução dos créditos à economia traduziu-se pela expansão dos créditos de curto prazo de 297,6 mil milhões e os de médio e longo prazos de 308,6 mil milhões. 18

42 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 19

43 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Evolução dos créditos recenseados na Central dos riscos O montante global das utilizações dos créditos recenseados na Central dos Riscos estabeleceu-se em 3.924,8 mil milhões em finais de de Junho de 2007 contra 4.021,8 mil milhões em 31 de Dezembro de 2006, ou seja um recúo semestral de 97,0 mil milhões (2,38%). Durante o período, os créditos de curto prazo baixaram de 85,3 mil milhões (2,79%) e os créditos de médio e longo prazos, de 11,7 mil milhões (1,1%). A redução registada, que inclui uma componente sazonal, é atribuída nomeadamente ao retrocesso dos créditos consentidos aos sectores de actividades «Indústrias transformadora» (-50,1 mil milhões), «Comércio» (-40,1 mil milhões), «Agricultura, silvicultura e pesca» (-39,2 mil milhões) e «Construção civil e obras públicas», que apenas foi parcialmente compensado pelas subidas observadas nos sectores de actividades «Transportes, entrepostos de mercadorias e comunicações» (+36,9 mil milhões) e «Seguros, negócios imobiliários e serviços às empresas» (+2,9 mil milhões). Por país, os créditos recenseados na Central de Riscos representam no final de Junho de 2007, 12,3% do montante total para o Benin, 10,7% para o Burkina, 27,0% para a Côte d'ivoire, 0,1% para a Guiné-Bissau, 11,0% para o Mali, 4,7% para o Níger, 29,4% para o Senegal e 4,8% para o Togo Massa monetária e base monetária A massa monetária aumentou de 1.340,7 mil milhões em 2007, para se estabelecer em 8.511,5 mil milhões, ou seja uma alta de 18,7%. O aumento da massa monetária deve-se aos depósitos que se consolidaram de 1.029,8 mil milhões para atingir 5.970,7 mil milhões, enquanto que a circulação fiduciária aumentou de 310,9 mil milhões, para se situar em 2.540,8 mil milhões. A parte da circulação fiduciária na massa monetária estabeleceu-se em 29,9% contra 31,1% no ano anterior. Por sua vez, a base monetária situou-se em 3.641,5 mil milhões, em acréscimo de 618,1 mil milhões em relação a Dezembro de Esta evolução resultou da melhoria de 310,9 mil milhões da circulação fiduciária, de 238,9 mil milhões das reservas dos bancos e 68,3 mil milhões dos outros depósitos. 20

44 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 21

45 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Poupança privada mobilizada pelos bancos e caixas económicas A poupança mobilizada pelo sistema bancário no seio dos países da UEMOA foi estimada em 2.661,5 mil milhões em 31 de Dezembro de 2007, em progressão de 398,5 mil milhões ou de 17,8% em relação a seu nível registado no ano precedente. Esta evolução é principalmente imputável aos depósitos a prazo e às contas em regimes especiais que aumentaram respectivamente de 227,4 mil milhões e 169,3 mil milhões. O gráfico e o quadro seguintes apresentam por país, a poupança privada mobilizada pelos bancos e caixas económicas. 22

46 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Créditos do Banco Central As intervenções do Banco Central aumentaram, de um ano para outro, de 77,7 mil milhões para estabelecer-se em 419,6 mil milhões em 31 de Dezembro de Esta evolução está ligada à subida dos refinanciamentos a favor dos bancos e estabelecimentos financeiros. 23

47 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Pelo contrário, os créditos aos Estados recuaram em variação anual. Os créditos sobre os Tesouros nacionais fixaram-se em 291,0 mil milhões em finais de Dezembro de 2007 contra 316,9 mil milhões em 2006, devido à redução dos financiamentos monetários directos consolidados do BCEAO aos Estados (-25,4 mil milhões), ao pagamento integral do stock residual de 0,3 mil milhão de títulos de Estado 5%-2006 e à amortização pela Guiné-Bissau de 0,2 mil milhão dos créditos consolidados relativos ao ex-banco Central da Guiné-Bissau (ex-bcgb) e ao ex-banco de Crédito Nacional (ex-bcn). O montante dos títulos de Estado 5%-2006 foi inteiramente pago em 31 de Dezembro de 2007, na sequência do pagamento pelo Togo do saldo residual de 0,3 mil milhão na carteira do Banco Central, efectuado durante o mês de Janeiro de De um montante de 25,0 mil milhões em finais de Dezembro de 2006, os refinanciamentos de créditos à economia fixaram-se em 128,6 mil milhões em 31 de Dezembro de 2007, ou seja 50 mil milhões no balcão das adjudicações e 78,6 mil milhões no da cedência temporária de liquidez, representando globalmente 2,6% dos créditos à economia. No total, em relação às metas adoptadas nos programas monetários para 2007, as realizações em finais de Dezembro de 2007, relativamente aos créditos aos Tesouros Nacionais e aos refinanciamentos a favor dos bancos e estabelecimentos financeiros, a situação se apresentam como segue por país : 24

48 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 25

49 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Evolução das reservas obrigatórias constituídas O número de bancos submetidos ao dispositivo das reservas obrigatórias atingiu noventa e cinco (95) em 31 de Dezembro de 2007 contra noventa (90) no final de Dezembro de O dos estabelecimentos financeiros submetidos ao sistemas das reservas obrigatórias manteve-se em três no Burkina e um na Côte d'ivoire. O montante das reservas necessárias para os bancos estabeleceu-se em média em 492,8 mil milhões em 2007 contra 441,2 mil milhões em As reservas efectivamente constituídas aumentaram de 163,9 mil milhões, para se situar em 810,1 mil milhões. Assim, as reservas excedentárias dos bancos passaram em média anual de 205,0 mil milhões para 317,2 mil milhões. Em termos líquidos do montante médio dos créditos do BCEAO a favor dos bancos (49,5 mil milhões) em 2007, estabeleceram-se em 267,7 mil milhões contra 197,8 mil milhões em 2006 em média anual. No entanto, no quarto trimestre de 2007, as reservas excedentárias dos bancos líquidas dos refinanciamentos do Banco Central recuaram de 146,2 mil milhões contra 179,2 mil milhões no período homólogo de Em relação aos estabelecimentos financeiros, o montante médio das reservas necessárias situou-se em 513,0 milhões em 31 de Dezembro de 2007, para reservas efectivamente constituídas de 318,0 milhões em média, resultando assim um défice médio líquido de 213,0 milhões, depois do de 306,0 milhões um ano atrás. 26

50 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Operações do mercado interbanário e evolução das taxas bancárias de base O mercado interbancário da União conheceu uma recrudescência de actividades durante o ano O volume médio semanal das transacções fixou-se em 30,0 mil milhões contra 22,1 mil milhões um ano atrás. As operações compreenderam um grande leque de prazos indo de um (1) dia a doze (12) meses. Todavia, os prazos de uma (1) semana, um (1) mês, duas (2) semanas, um (1) dia e três (3) meses foram os mais activos com médias de transacções semanais respectivamente de 19,5 mil milhões, 3,6 mil milhões, 3,5 mil milhões, 1,9 mil milhão e 1,2 mil milhão. A semelhança do ano precedente, as maturidades com seis (6), nove (9) e doze (12) meses foram as menos dinâmicas. 27

51 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Em 2007, as praças mais activas da União, em termos de ofertas semanais, foram as de Dakar (10,2 mil milhões), de Cotonou (5,8 mil milhões) e de Abidjan (5,8 mil milhões). As principais praças beneficiárias de empréstimos, em média semanal, foram Dakar (13,7 mil milhões), Ouagadougou (5,5 mil milhões) e Bamako (3,8 mil milhões). As taxas de juro mínimo e máximo estabeleceram-se respectivamente em 3,00% e 7,50% durante o ano 2007 contra 2,50% e 8,25% um ano atrás. Esta amplitude das taxas reflecte essencialmente operações marginais em termos de volume. No prazo principal de uma semana, as taxas médias ponderadas variaram entre 3,73% e 5,38% no ano, com uma tendência para a redução das taxas mínimas, desde a retoma das adjudicações do BCEAO no mercado monetário em 5 de Fevereiro de as taxas bancárias de base situaram-se no interior do intervalo de 3,08% a 2,00% em 2007 contra 4,00% a 12,00% um ano atrás. 28

52 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Operações do mercado dos títulos públicos e privados As emissões de títulos de créditos negociáveis através de adjudicação com o apoio do Banco Central estabeleceram-se globalmente em 330,6 mil milhões contra 216,2 mil milhões em Tratam-se exclusivamente de Bilhetes do Tesouro. Oito emissões de Bilhetes do Tesouro foram realizadas por adjudicação a taxas variáveis por cinco Estados da União, ou seja : - Dois pelo Burkina, o Mali e o Níger para montantes acumulados respectivos de 46,9 mil milhões, 53,1 mil milhões e 30,0 mil milhões ; - Uma pela Côte d'ivoire e o Senegal para montantes respectivos de 133,5 mil milhões e 67,2 mil milhões. As taxas médias de rendibilidade destes cupões variaram num intervalo de 4,6806% a 7,4649% contra 3,8206% e 5,3048% em Em finais de Dezembro de 2007, o montante dos títulos de créditos negociáveis fixou-se em 330,3 mil milhões contra 222,0 mil milhões em Dezembro de Este montante compreende : - Cinco linhas de Bilhetes do Tesouro de um montante acumulado de 242,7 mil milhões ; - Cinco linhas de títulos das instituições financeiras regionais (BOAD) de um montante total de 69,2 mil milhões ; - Duas linhas de títulos dos estabelecimentos financeiros de um montante acumulado de 3,3 mil milhões ; - e títulos de tesouraria das Indústrias Químicas do Senegal (ICS) de um montante de 15,0 mil milhões, com vencimento em 8 de Fevereiro de Por outro lado, para o financiamento dos investimentos no domínio das infraestruturas económicas de base, quatro Estados da União emitiram empréstimos obrigacionistas através de leilão com o apoio do BCEAO entre 28 de Junho de 2007 e 29 de Julho de Os tíitulos foram emitidos por um prazo de dez (10) anos. O montante global mobilizado estabeleceu-se em 161,9 mil milhões, dois quais 58,7 mil milhões para o Senegal, 41,9 mil milhões para o Benin, 41,3 mil milhões para o Burkina, com a taxa de 5,50% cada um e 20,0 mil milhões para o Togo com uma taxa de 6,00%. 29

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54 III - EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 3.1 GESTÃO DA CIRCULAÇÃO FIDUCIÁRIA As operações efectuadas nos balcões do Banco Central foram marcadas, durante o ano 2007, por um excedente dos levantamentos em relação aos depósitos dos signos monetários. A parte das notas na circulação fiduciária estabeleceu-se em 95,5% contra 95,2% em Levantamentos e depósitos nos balcões As operações de levantamento e de depósito nos balcões do banco Central registaram uma ligeira subida durante o ano Os levantamentos e os depósitos efectuados nos balcões do Banco Central, durante o ano 2007, envolveram um total de 2.387,4 milhões de notas e moedas, contra 2.240,9 milhões de unidades durante o exercício 2006, ou seja uma alta de 6,5% Levantamentos Os levantamentos de notas durante o ano 2007 fixaram-se em 1.177,5 milhões de vinhetas (7.476,7 mil milhões de FCFA), contra 1.080,9 milhões de vinhetas em 2006 (6.525,7 mil milhões de FCFA), ou seja uma alta de 8,9% em volume e de 14,6% em valor. Os levantamentos mais importantes foram registados na Côte d Ivoire (26,1%), no Senegal (17,3%), no Burkina (17,3%) e no Benin (14,8%). As saídas de moedas baixaram neste período de 21,5%, passando de 79 milhões de unidades em 2006 para 62 milhões de unidades em Em valor, cifram-se em 2007 em 12,2 mil milhões de FCFA contra 14,0 mil milhões de FCFA no ano anterior. Por país, os levantamentos repartem-se como se segue Depósitos Os depósitos de notas nos balcões do Banco Central envolveram 1.132,1 milhões de notas (7.101,5 mil milhões de FCFA), contra 1.057,9 milhões de notas (6.251,8 mil milhões de FCFA) em 2006, ou seja uma alta de 7,0% em volume e de 13,6% em valor. Os depósitos mais importantes em valor foram observados no Benin (19,5%), no Senegal (18,8%), no Burkina (18,1%) e na Côte d Ivoire (17,3%). Relativamente às moedas, os depósitos efectuados nos balcões do Banco Central passaram de 23,2 milhões de unidades em 2006 a 16,2 31

55 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO milhões de unidades, registando assim, neste período, uma baixa de 30,2%. Em valor, ciframse em 3.220,9 milhões de FCFA em 2007 contra 4.831,7 milhões de FCFA no ano precedente. Por país, os depósitos repartem-se como se segue Composição da circulação fiduciária No final de Dezembro de 2007, a circulação fiduciária (fora do Banco Central) estabeleceu-se em 2.869,9 mil milhões contra 2.470,6 mil milhões um ano atrás, ou seja um acréscimo de 16,2%. As grandes notas constituíram 89,6% das notas em 31 de Dezembro de 2007 contra 88,4% no período homólogo do ano

56 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 3.2 EXECUÇÃO DOS PAGAMENTOS NO SEIO DA UMOA Movimentos de notas externas nos balcões das Agências do BCEAO Os movimentos das notas externas resultantes da triagem cifraram-se, durante o exercício 2007, em 2.114,8 mil milhões de FCFA contra 1.097,1 mil milhões de FCFA no exercício anterior, ou seja uma alta de 92,8%. As notas deslocadas são constituídas principalmente das emitidas pelas Agências de Côte d'ivoire (41,6%), do Benin (12,7%), do Níger (11,1%), do Burkina (10,9%), do Togo (9,3%) e do Mali (9,1%). As Agências do Benin, do Burkina e do Togo registaram nos seus balcões os montantes mais importantes de notas externas que representaram respectivamente 32,4%, 23,4% e 16,5% do total das notas Disposições entre os Estados membros da UMOA Os fluxos de capitais entre os Estados da União Monetária Oeste Africana (UMOA) aumentaram de 723,3 mil milhões, passando de 4.060,0 mil milhões em 2006 para 4.783,3 mil milhões em 2007, ou seja uma progressão de 17,8%. Esta evolução resulta principalmente de uma melhoria de 70,9% dos fluxos líquidos de capitais a favor da Côte d'ivoire. 33

57 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 3.3 EXECUÇÃO DOS PAGAMENTOS COM O ESTRANGEIRO Operações sobre notas com o exterior Em 31 de Dezembro de 2007, o contravalor do montante global recebido em notas de euros nas Agências fixou-se em 13,3 mil milhões de FCFA contra 18,2 mil milhões de FCFA no ano anterior. Durante o exercício precedente, duas encomendas de um valor de 1,6 mil milhão de FCFA foram registadas por conta dos Tesouros Nacionais. O contravalor dos repatriamentos das notas do euro junto do Banco de França estabeleceu-se em 56,27 mil milhões de FCFA Transferências escriturais Os fluxos entre a União e o estrangeiro saldaram-se por entradas líquidas de divisas de 463,7 mil milhões contra 66,3 mil milhões em Este perfil favorável, pelo segundo ano consecutivo deve-se essencialmente a excedentes líquidos produzidos pelos Tesouros Nacionais, em aumento desde As transferências emitidas pelos bancos, através do BCEAO, mantiveram-se em alta fixandose em 1.476,9 mil milhões em 2007 contra mil milhões em 2006, ou seja uma progressão de 155,9 mil milhões (+11,8%). As entradas de fundos dos bancos estabeleceram-se no seu mais alto nível desde 2002, em 1.149,0 mil milhões, ou seja uma alta de 113,8 mil milhões (+11,0%) em relação a Contudo, a situação deficitária dos bancos agravou-se de 42,1 mil milhões, fixando-se em 327,9 mil milhões contra 285,8 mil milhões em As transferências emitidas pelos Tesouros Nacionais e outros organismos públicos a favor do exterior situaram-se em 490,7 mil milhões, em alta de 107,4 mil milhões (+28,0%) em relação a As transferências recebidas pelos Tesouros Nacionais registaram uma progressão sensível para se estabelecer em 1.273,1 mil milhões em 2007 contra 723,0 mil milhões em 2006 (+76,1%), sob o efeito nomeadamente dos fluxos de fundos ligados aos investimentos directos estrangeiros nos sectores das minas e das telecomunicações e da assistência financeira dos doadores. Globalmente, os fluxos de transferências dos Tesouros e outros organismos públicos saldaram-se por entradas líquidas de fundos de 782,4 mil milhões contra 339,6 mil milhões em Relativamente às transacções efectuadas no âmbito dos mecanismos da Agência Monetária da África Ocidental (AMAO), nenhuma operação foi registada durante 2007 entre o BCEAO e os outros bancos centrais membros da AMAO. Convém no entanto, recordar que o Comité dos Governadores dos bancos centrais dos países membros da CEDEAO concordou, durante a sua 34ª reunião ordinária realizada em Dezembro de 2006, sobre a necessidade da AMAO se retirar da gestão operacional do mecanismo de compensação na sua forma actual. 34

58 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 3.4 FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS DE PAGAMENTO Em 2007, os novos sistemas de pagamento foram marcados pelos seguintes principais eventos : - o arranque de SICA-UEMOA nos últimos três países onde ainda não estava operacional, a saber : a Guiné-Bissau, o Níger e o Togo ; - o arranque da monética interbancária regional em 15 de Junho de 2007 ; - a assinatura, em 30 de Abril de 2007 pelo Governador do BCEAO, da Instrução N relativa ao procedimento da acreditação dos organismos de qualificação e ao procedimento de avaliação e de qualificação das prestações de serviços de certificação electrónica nos sistemas de pagamento da UEMOA ; - a formalização da política e dos instrumentos de supervisão dos sistemas de pagamento da União ; - a criação efectiva do Comité Oeste Africano de Organização e Normalização Bancária e Financeira (CONOBAFI) com a realização, em 20 de Setembro de 2007, da Assembleia Geral Constitutiva ; - a elaboração de um plano de acção para o reforço do número de pessoas titulares de conta bancária e a promoção da utilização dos meios de pagamento escriturais e a organização da campanha de sensibilização sobre estes aspectos Sistema de Transferência utomatizado e de Pagamento na UEMOA (STAR-UEMOA) As actividades realizadas no quadro do funcionamento do Sistema de Transferência Automatizado e de Pagamento na UEMOA (STAR-UEMOA) para o ano 2007 foram relativas diz às tarefas correntes de gestão operacional e de apoio aos participantes (Agências Principais, Sede do BCEAO, bancos, CTMI- UEMOA, DC/BR, BOAD), assim como ao seguimento da implementação dos mecanismos de avanços intra-diários. Foi registada uma apropriação satisfatória do sistema pelos utentes, materializando-se por uma participação activa dos bancos da União, um acréscimo em número e em valor das trocas efectuadas no sistema, a melhoria tanto qualitativa como quantitativa dos indicadores de desempenho do sistema (taxa de rejeição, prazos de pagamento das operações, disponibilidade do sistema e redução dos riscos), que são traduzidos pelos seguintes resultados : - todos os bancos da União participam nas jornadas de troca, com excepção dos recentemente instalados ; - o número médio diário de operações tratadas aumentou consideravelmente, passando de de 716 em 2005 para em 2006 e em 2007 ; - o valor médio diário das operações pagas fixou-se em 202,2 mil milhões de FCFA em 2007, contra 133,2 mil milhões de FCFA em 2006 e 102 mil milhões de FCFA em 2005 ; - a taxa de rejeição por insuficiência de fundos estabeleceu-se em média em 0,1% nos três anos e permaneceu largamente abaixo da norma máxima de 1% ; - os incidentes de funcionamento do sistema baixaram significativamente durante este ano. 35

59 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA) O sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA) é composto de nove sistemas de compensação, um sistema nacional para cada um dos Estados membros da UEMOA e um sistema de compensação sub-regional para as trocas de valores inter-países. Entrou em vigor no Mali em 17 de Novembro de 2005, no Senegal em 19 de Janeiro de 2006, no Burkina em 29 de Junho de 2006, na Côte d'ivoire em 03 de Agosto de 2006, no Benin em 09 de Novembro de 2006, na Guiné-Bissau em 08 de Fevereiro de 2007, no Togo em 15 de Março de 2007 e no Níger em 28 de Junho de O funcionamento dos sistemas nacionais é globalmente satisfatório com taxas de rejeição técnica inferiores a 1% em todos os países para uma norma máxima de 5%. Esta situação traduz o domínio do novo dispositivo de compensação pelos diversos participantes através da melhoria e de um respeito do formato das operações transmitidas ao sistema. Além disso, os principais objectivos do novo sistema de compensação foram alcançados. Trata-se da automatização das trocas, da redução dos prazos de cobrança e de imputação nas contas dos clientes, da segurança das trocas e da melhoria da gestão da tesouraria dos bancos. Na sequência do arranque de SICA-UEMOA em todos os países da UEMOA, a entrada em vigor do sistema regional para as trocas dos valores inter-países iniciou a sua última fase com a realização dos testes de operações reais com vista a um arranque em Fevereiro de

60 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO Sistema monético interbancário regional No âmbito da criação do sistema interbancário de pagamento por cartão, o BCEAO desempenha um papel de federador e impulsionador. A gestão administrativa e técnica do sistema é assegurada pelos bancos através de duas estruturas interbancárias distintas : - uma estrutura de governação constituída em Fevereiro de 2003, sob a forma de GIE e denominada o Agrupamento Interbancário Monético da União Económica e Monetária Oeste Africana (GIM-UEMOA) ; - uma estrutura de tratamento ou Centro de Tratamento Monético Interbancário da UEMOA (CTMI-UEMOA), criada sob forma de sociedade anónima em Janeiro de O Banco Central participa na definição das orientações estratégicas destas estruturas através da sua participação, por um lado enquanto membro de direito do Comité de Direcção do GIM-UEMOA e, por outro lado, enquanto Administrador do CTMI-UEMOA. O sistema bancário de pagamento por cartões agrupava até finais de Dezembro de 2007, setenta e quatro (74) estabelecimentos que aderiram ao GIM-UEMOA. O Agrupamento validou o conjunto das regras de funcionamento da solução monética, estabelecidas com base nas normas internacionais Europay MasterCard Visa (EMV) e adoptou contratos «portadores» e «comerciantes» modelos para o conjunto dos cartões emitidos pelos seus membros. O arranque efectivo do CTMI-UEMOA foi efectuada em 15 de Junho de 2007, tendo seis bancos da União beneficiado da inter-operabilidade regional. A conexão de outros 29 bancos da União está prevista para Para permitir a adesão de todos os bancos ao projecto monético, o BCEAO organizou, nos dias 26 e 29 de Outubro de 2007 em Paris, um encontro com os grupos franceses com filiais na UEMOA. As Sessões de trabalho foram realizadas com o BNP Paribas, o Crédit Agricole e a Societé Générale. Na saída destes encontros, estes grupos prometeram tomar disposições para organizar a participação das suas filiais no projecto monético regional. Com efeito, até 37

61 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO este encontro, estes bancos mantiveram-se fora do processo de interbancaridade monética regional. Um dos principais objectivos da criação de um sistema interbancário regional de pagamento por cartão bancário é promover o uso do cartão de pagamento à escala da União, de tal modo que o cartão bancário possa desempenhar o seu verdadeiro papel de instrumento de pagamento, largamente aceite por todos os comerciantes e em todos os distribuidores automáticos de notas da região. As orientações estratégicas da monética baseiam-se nos seguintes eixos : - uma monética de massa interbancáriacom o objectivo de atribuir a cada conta um cartão bancário ; - uma adopção dos padrões provados, a fim de reforçar a segurança do sistema ; - uma mutualização dos investimentos a fim de realizar economias de escalas e reduzir os custos. As próximas etapas integram nomeadamente : - a finalização dos pré-requisitos pelos bancos membros do GIM-UEMOA, a fim de poder ser conectados no CTMI-UEMOA ; - o reforço das acções de comunicação em torno do cartão de pagamento interbancário, bem como de acções de comunicação dirigidas à população ; - a criação em 2008 da actividade de pagamento centralizada através da instalação de Terminais de Pagamento Electrónicos (TPE) junto dos comerciantes Central dos Incidentes de Pagamento (CIP) As actividades realizadas no âmbito da Central dos Incidentes de Pagamento (CIP) referem-se a análise mensal dos incidentes de pagamento e o seguimento da implementação do novo programa informático. Os dados saídos da centralização dos incidentes de pagamento em finais de de Dezembro de 2007 são resumidos no quadro em baixo. 38

62 EMISSÃO MONETÁRIA CONTEXTO E SISTEMAS ECONÓMICO DE PAGAMENTO E FINANCEIRO Em Dezembro de 2007, o Ficheiro das Contas Bancárias (FICOB) recenseou uma taxa de constituição de 70,75%. O Ficheiro de Centralização dos Incidentes de pagamento por Cheques (FCC) registou um cúmulo de incidentes de pagamento de e a taxa de regularização dos incidentes declarados fixouse em 32,11%. A implementação do projecto de modernização dos sistemas de pagamento foi uma oportunidade para proceder uma releitura crítica do dispositivo legal, regulamentar e operacional da CIP em colaboração com os parceiros. Assim, uma nova versão do programa informático da CIP foi criada e deve permitir uma perfeita coerência entre as rejeições dos bancos devido à insuficiência de fundos da parte do cliente escolhido e a inscrição nos ficheiros da CIP. Esta nova disposição vai contribuir para o reforço da segurança dos pagamentos e a confiança dos actores económicos no sistema financeiro graças a uma informação exacta actualizada e de fácil acesso. A produção deste novo programa depende da actualização dos sistemas de informação dos Estabelecimentos Conservadores de Contas (ETC) para ter em conta os dados relativos à CIP. A sua entrada em vigor, prevista para 2008, será efectiva quando a taxa de declaração global para um determinado Estado atingir 75%. A entrada progressiva para produção da aplicação nova CIP é planejado dentro Supervisão dos sistemas de pagamento Uma das missões atribuídas ao BCEAO é a supervisão de todos os sistemas de pagamento da UEMOA. Neste âmbito, o ano de 2007 foi consagrado à definição das modalidades práticas de exercício da missão de supervisão dos sistemas de pagamento pelo Banco Central. Para isso, o Banco Central definiu os seus objectivos em matéria de supervisão dos sistemas de pagamento através de uma política geral precisando nomeadamente as suas responsabilidades e as dos outros actores, bem como o perímetro da supervisão. Complementando o documento de política geral, o BCEAO finalizou uma Instrução destinada a gerentes dos sistemas de pagamento e precisando as disposições e modalidades gerais definidas em matéria de supervisão. Criou igualmente um modo operatório para a supervisão dos sistemas de pagamento. De janeiro, 2008 o modo operatório da supervisão será difundida aos serviços do BCEAO encarregados da supervisão dos sistemas de pagamento. Um seminário de formação será igualmente organizado para eles, com vista a implementação prática da actividade de supervisão Textos regulamentares A consolidação do quadro jurídico dos sistemas de pagamento prosseguiu-se em 2007 com nomeadamente dois factos importantes. O primeiro diz respeita à assinatura pelo Governador do BCEAO, em 30 de Abril de 2007, da Instrução N , relativa ao procedimento de acreditação dos organismos de qualificação e ao procedimento de avaliação e de qualificação das prestações de Serviços de Certificação Electrónica (PSCE), nos sistemas de pagamento da UEMOA. Esta Instrução permite organizar o quadro da prova electrónica e confere ao BCEAO o papel de centro de acreditação no domínio dos sistemas de pagamento. O segundo foi relativo à finalização dos projecto de Lei Uniforme relativa às infracções em matéria de cheques, de cartões bancários e outros instrumentos e procedimentos electrónicos de pagamento. Este texto erige em infracções as fraudes, os abusos e as falsificações dos cartões bancários e outros instrumentos electrónicos de pagamento e organiza o quadro repressivo das referidas infracções. Neste propósito, o BCEAO organizou em 25 de Outubro de 2007 uma concertação que reuniu nomeadamente profissionais do direito e especialistas em direito penal provenientes de diversos Estados da União. O projecto, terminado no final desse encontro, será submetido em Março de 2008 ao Conselho de Ministros da UMOA, antes da consulta dos Parlamentos 39 Relatório Anual do BCEAO

63 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO dos países da União. Por outro lado, durante 2007, os nomes atribuídos aos sistemas de pagamento do BCEAO (STAR-UEMOA e SICA- UEMOA) beneficiaram da protecção jurídica nos países da União Europeia, no Canadá assim como nos Estados Unidos (apenas para SICA-UEMOA). A protecção de STAR-UEMOA nos EUA deverá ser finalizada em Organização e normalização bancária e financeira No quadro da organização e da normalização do sector bancário e financeiro, o BCEAO decidiu, em colaboração com a comunidade bancária e financeira da União, criar um Comité Oeste Africano de Organização e Normalização Bancária e Financeira (CONOBAFI). A Assembleia Geral Constitutiva do CONOBAFI foi realizada em 20 de Setembro de 2007, sob a presidência do Governador do BCEAO. Reuniu representantes das Associações Profissionais dos Bancos e Estabelecimentos Financeiros (APBEF), da Bolsa Regional dos Valores Mobiliários (BRVM), do Conselho Regional da Poupança Pública e dos Mercados Finan-ceiros (CREPMF), do Agrupamento Interban-cário Monético da UEMOA (GIM-UEMOA) e do BCEAO. No final deste encontro, os Estatutos da Associação foram adoptados pelos membros fundadores. O Secretário Executivo e os membros do Conselho Executivo foram igualmente designados nesta ocasião. O CONO- BAFI terá, no âmbito das suas atribuições, de prosseguir as reflexões já iniciadas sobre a organização e a normalização bancária e financeira, bem como instituir grupos de trabalho a este efeito. O arranque dos sistemas de pagamento automatizados na União permitiu igualmente, graças a uma revisão das normas em vigor, a adopção de uma nova norma do cheque e de outros títulos de comércio (letra de câmbio e promissória) no seio da UEMOA. As diligências relativas à homologação destas normas no plano regional estão em curso a nível do Secretariado Regional de Normalização, Certificação e Promoção da Qualidade (NORMCERQ) da Comissão da UEMOA. 40

64 IV SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO 4.1 EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO Textos regulamentares Com o objectivo de reforçar a base financeira dos bancos e estabelecimentos financeiros da União e, nomeadamente, permitir-lhes contribuir mais eficientemente para financiamento da economia, o Conselho de Ministros da União decidiu, na sua sessão de 17 de Setembro de 2007, aumentar o capital social mínimo aplicável aos bancos e estabelecimentos financeiros da União Monetária Oeste Africana (UMOA), de mil milhão e 300 milhões respectivamente, para 10 mil milhões e 3 mil milhões. Esta medida, que pretende ter em consideração às evoluções ocorridas no contexto internacional em geral e regional em particular, será implementada em duas etapas. Numa primeira fase, o capital social mínimo dos bancos será fixado em 5 mil milhões e o dos estabelecimentos financeiros em mil milhão. No prazo de três (3) anos, a contar de 1 de Janeiro de 2008, os bancos e estabelecimentos financeiros devem realizar os restantes 5 mil milhões e mil milhão. Assim, os estabelecimentos em actividade deverão respeitar estes novos limiares, o mais tardar 31 de Dezembro de Estes limiares são aplicáveis imediatamente para os pedidos de autorização na qualidade de banco ou de estabelecimento financeiro introduzidos a partir de 1 de Janeiro de A data de aplicação dos níveis de 10 mil milhões e 3 mil milhões, respectivamente para os bancos e os estabelecimentos financeiros, será definida no final da primeira fase. Um Aviso do Banco Central, datado de 2 de Novembro de 2007, notificou a Decisão do Conselho de Ministros da UMOA aos bancos e estabelecimentos financeiros da União. O Conselho de Ministros adoptou igualmente, na sua sessão de 4 de Julho de 2007, a Directiva relativa à luta contra o financiamento do terrorismo nos Estados membros da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA). Por outro lado, uma Instrução do Governador do BCEAO, relativa à luta contra o branqueamento de capitais no seio dos organismos financeiros, entrou em vigor em 2 de Julho de Evolução da rede bancária Em 2007, a rede bancária da UMOA prosseguiu a sua consolidação, num ritmo mais acelerado do que em A diversificação da paisagem bancária foi igualmente reforçada pela autorização de novos grupos bancários. Assim, sete (7) novas autorizações foram concedidas, durante o exercício 2007, a três (3) bancos e a quatro (4) estabelecimentos financeiros. No entanto, foram canceladas as autorizações de um (1) banco e de três (3) estabelecimentos financeiros durante o mesmo período. Por país, a rede bancária foi marcada pelas seguintes evoluções : - no Burkina, dois despachos ministeriais foram tomados, relativos à autorização respectivamente da Société Financière de Garantie Interbancaire (SOFIGIB) e de Coris Bank, na sequência da transformação do estabelecimento financeiro ''la Financière du Burkina (FIB)'', cuja autorização foi cancelada. Por outro lado, uma autorização foi concedida à Société Africaine de Crédit Automobile (SAFCA) Côte d'ivoire para a abertura de uma sucursal no Burkina, no âmbito do dispositivo de autorização única. Pelo contrário, o Ministro das Finanças emitiu o despacho do cancelamento da autorização da Société Burkinabé de Financement Sociedade Burkinabé de Financiamento (SOBFI) ; - na Côte d'ivoire, uma autorização, como estabelecimento financeiro, foi atribuida a CREDIT SOLIDAIRE ; - no Mali, Banque pour le Commerce et l'industrie (BCI-Mali) foi autorizado e uma autorização foi concedida à Société Africaine de Crédit Automobile (SAFCA) Côte d'ivoire para a abertura dums sucursal 41

65 SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO no Mali no âmbito da autorização única ; - no Senegal, a autorização de Attijariwafa Bank Senegal (AWBS) foi cancelada, na sequência da sua fusão por absorção pelo Banque Senegalo-Tunisienne (BST) e da mudança de denominação social da sociedade absorvente para Attijari Bank Senegal ; - no Togo, a transformação da Caisse d'epargne du Togo (CET), estabelecimento financeiro, em Banque Populaire pour l'epargne et le Crédit (BPEC) teve como consequência o surgimento de um novo banco e o cancelamento da autorização enquanto estabelecimento financeiro da CET Actividade dos bancos e estabelecimentos financeiros A actividade dos bancos e estabelecimentos financeiros da UMOA foi marcada por um aumento dos recursos e dos empregos, respectivamente de 13,7% e de 15,2%. Os recursos estabeleceram-se em 7.878,5 mil milhões em 2007 contra 6.928,6 mil milhões um ano atrás, registando assim uma progressão de 949,9 mil milhões. Esta evolução resulta essencialmente de um acréscimo de 845,1 mil milhões dos depósitos e empréstimos e de 154,6 mil milhões dos recursos diversos, atenuado pela redução de 49,8 mil milhões dos fundos próprios líquidos. Os empregos aumentaram de 921,7 mil milhões, para se fixar em 7.003,8 mil milhões em 31 dezembro de 2007, sob os efeitos conjugados do aumento de 325,9 mil milhões de créditos e de 595,8 mil milhões dos outros empregos. O aumento dos créditos diz respeito aos financiamentos de médio e longo prazos (+186,0 mil milhões), os créditos de curto prazo (+111,1 mil milhões), as operações de leasing e similares (+12,4 mil milhões) e os créditos em moura (+16,4 mil milhões). Todavia, os créditos de campanha baixaram de 51,4 mil milhões durante o mesmo período. O aumento dos outros empregos é essencialmente imputável aos títulos de investimento que aumentaram de 420,7 mil milhões, às imobilizações financeiras que progrediram de 48,5 mil milhões, a 42

66 SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO outras imobilizações que evoluíram de 38,1 mil milhões e aos diversos empregos que aumentaram de 88,5 mil milhões. O excedente da tesouraria dos bancos e estabelecimentos financeiros progrediu de 28,2 mil milhões para se situar em 874,7 mil milhões em A qualidade da carteira dos bancos e estabelecimentos financeiros da União, apreciada com base na taxa bruta de degradação dos créditos, deteriorou-se ligeiramente de 0,2 ponto percentual durante o referido período, para se estabelecer em 19,8% em Dezembro de A taxa líquida de degradação da carteira de créditos baixou, no entanto, de 0,2 ponto percentual, para se fixar em 7,7% em Com efeito, a taxa de cobertura dos créditos comprometidos pelas provisões melhorou-se de 1,1 ponto percentual para se situar em 66,2% em

67 SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO Situação em relação ao dispositivo prudencial Com base nas informações disponíveis em 30 de Junho de 2007, o rácio médio de cobertura de riscos, que mede a relação entre os fundos próprios efectivos e os riscos ponderados dos bancos e estabelecimentos financeiros da União, estabeleceu-se em 6,75% contra 8,36% em Dezembro de 2006, abaixo da norma regulamentar fixada em 8%. O rácio de bancos, que se situava em 7,78% em Dezembro de 2006, recuou para 6,3% no final de Junho de A proporção dos bancos e estabelecimentos financeiros que cumpriram com a norma de solvabilidade regrediu ligeiramente, passando de 66% em Dezembro de 2006 para 64% em finais de Junho de Relativamente ao coeficiente de liquidez, a proporção de bancos e estabelecimentos financeiros que respeitarama norma mínima de 75% aumentou de 5 pontos percentuais para se estabelecer-em 61% em Junho de Tratando-se da conformidade em relação a outras normas prudenciais, algumas insuficiências foram registadas ao nível da divisão de riscos, em particular ao nível da limitação dos engajamentos pela mesma assinatura, da cobertura das aplicações de médio e longo prazos pelos recursos estáveis e da estrutura da carteira. As normas acima referidas são observadas respectivamente por 48%, 56% e 1% dos bancos e estabelecimentos financeiros. No plano geral da supervisão, 27% do efectivo global de estabelecimentos de crédito estavam sob supervisão estrita em 30 de Junho de Entre eles, 4 dos quais 2 bancos e 2 estabelecimentos financeiros, estava sob medida de administração provisória, devido a sua situação financeira desequilibrada e as deficiências na sua gestão e no seu funcionamento Dispositivo de accord de classement (rating) O dispositivo de accord de Classement (rating) foi instituído pelo Conselho de Ministros da UMOA em Dezembro de 1990 e revisto em Setembro de Constitui um instrumento de controlo a posteriori da qualidade da carteira dos bancos e estabelecimentos financeiros. Neste âmbito, os bancos e estabelecimentos financeiros são obrigados a submeter ao BCEAO pedidos de accord de classement (rating), pelo menos para as cinquenta (50) maiores empresas beneficiárias dos seus créditos. Por outro lado, cada estabelecimento de crédito tem de respeitar uma relação mínima de 60% entre o seus créditos beneficiários de rating e o montante total dos seus créditos brutos. Assim, durante o exercício 2007, setecentos e quatro (704) pedidos de rating foram instruídos pelo Banco Central, por um montante global de 901,8 mil milhões contra 465 dossiês no ano precedente para um valor de 861,9 mil milhões. No final da análise dos dossiês, quinhentos e sessenta (560) pedidos respeitaram as normas previstas pelo dispositivo tendo obtido uma cotação favorável por um valor de 485,9 mil milhões correspondente a 79,5% dos dossiês instruídos e 53,9% dos montantes apresentados. Em 2007, o montante de créditos que obteve rating favorável estabeleceu-se em 369,7 mil milhões contra 235,6 mil milhões um ano atrás. 44

68 SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO 4.2 EVOLUÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO REGIONAL A actividade da Bolsa Regional de Valores Mobiliários (BRVM) foi bem orientada em 2007 tendo sido registada uma progressão das cotações dos principais títulos no conjunto dos compartimentos do mercado bolsista. No compartimento das acções, os índices BRVM 10 e BRVM compósito registaram aumentos de 71,6% e 77,0% de um ano para outro, para se fixar-em 224,85 pontos e 199,45 pontos respectivamente. Até ao final de Dezembro de 2007, a capitalização do mercado das acções aumentou de 80,3% para atingir 3.726,6 mil milhões. No entanto, esta capitalização concentrou-se fortemente num número reduzido de títulos que foram objectos da quasi-totalidade (99,3%) das transacções. No mercado obrigacionista, a capitalização fixou-se em 528,0 mil milhões, ou seja uma alta de 41,3%, devido cotação de novas linhas obrigacionistas. Quanto à capitalização total do mercado, ela fixou-se em 4.304,2 mil milhões, em alta de 73,8% durante o período em análise. O volume total das transacções triplicou, passando de títulos em 2006 para títulos em finais de Dezembro de No mercado das acções, o volume das transacções fixou-se em títulos trocados em 2007 contra títulos em No compartimento obrigacionista, o volume das transacções registou uma alta sensível, situando-se em títulos em 2007 contra títulos trocados em Dezembro de Em 31 de Dezembro de 2007 estavam cotados 66 títulos idos quais 38 acções e 28 obrigações, contra 61 títulos um ano atrás. 4.3 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS FINANCEIROS DESCENTRALIZADOS A expansão do sector do micro-crédito na União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) prosseguiu-se em 2007, graças aos esforços constantes realizados pelas Autoridades monetárias para consolidar os desempenhos registados pelos sistemas financeiros descentralizados (SFD) Indicadores de crescimentos do sector As estimativas relativas à evolução do sector demonstram o dinamismo das finanças de proximidade. Com efeito, a oferta dos serviços financeiros de proximidade aumentou através das actividades de mais de 700 SFD dispondo de mais de pontos de serviço. Mais de sete (7) milhões de beneficiários têm acesso aos serviços financeiros oferecidos por estas instituições. No plano da intermediação financeira, ressaltou-se entre 2006 e 2007 uma alta concomitante dos depósitos e dos financiamentos efectuados. Ao estabelecerem-se em 400,7 mil milhões de FCFA, os depósitos subiram de 16,3%, enquanto que os montantes de créditos progridiram 10,6%, para se fixarem em 377,6 mil milhões de FCFA. A taxa bruta de degradação da carteira, medida pelo rácio dos créditos em moura sobre o montante total dos créditos, fixou-se em 5,9% em 2007 contra 6,5% no ano anterior. Este rácio permanece acima da norma de 5% nomáximo, comummente admitido no sector. A baixa da taxa bruta de degradação da pasta dos SFD explica-se pela contracção dos créditos em moura, conjugada com o acréscimo do montante de créditos. 45

69 SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO Implementação do PRAFIDE Em 2007, a Cooperação luxemburguesa comprometeu-se em apoiar a implementação do Programa Regional de Apoio a Finança Descentralizada (PRAFIDE) 3, através de um programa intitulado «Promoção de sectores financeiros inclusivos na Zona UEMOA». A assinatura de um protocolo de acordo relativo ao montante de 18,8 milhões de euros, ou seja 12,5 mil milhões de FCFA para uma duração de cinco (5) anos, realizou-se em 27 de Novembro de 2007 no Luxemburgo entre o Banco Central e o Grão-Ducado de Luxemburgo. As negociações estão igualmente em curso com outros parceiros de desenvolvimento, nomeadamente o Banco Africano de Desenvolvimento e a União Europeia, com vista a obter recursos adicionais susceptíveis de ampliar o impacto do PRAFIDE no sector do micro-crédito. As acções levadas a cabo em 2007 pelo BCEAO no quadro do PRAFIDE, referem-se à preparação do quadro jurídico e do dispositivo prudencial, o reforço das capacidades dos actores que intervêm na área do micro-crédito, a melhoria da informação financeira e a supervisão do sector Quadro jurídico e dispositivo prudencial O processo de preparação do quadro jurídico arrancou em 2002 por uma série de estudos iniciados pelo Banco Central sobre o sector. Prosseguiu-se até 2007, nomeadamente por largas concertações com o conjunto dos actores que intervêm no sector (SFD, Estados, doadores, etc.). Os novos textos, a saber a lei e o seu decreto de aplicação, foram adoptados pelo Conselho de Ministros da União Monetária Oeste Africana, durante a sua sessão de 6 de Abril de 2007 realizada em Lomé, no Togo. 3 : PRAFIDE é um programa regional elaborado pelo BCEAO em Visa preservar a integridade e a estabilidade do sistema financeiro da UEMOA e eliminar os obstáculos à edificação de um sector financeiro acessível à maioria das pessoas. As principais inovações propostas no novo quadro jurídico aplicável ao SFD envolvem, nomeadamente : - a extensão do campo da nova lei ao conjunto dos SFD e a adopção de um regime único de autorização de exercício, com a intenção de simplificar as regras e os procedimentos administrativos ; - a implicação do Banco Central na instrução dos dossiês de autorização de exercício. Com efeito, foi proposto que a autorização seja doravante concedida pelo Ministro titular das Finanças, após o parecer vinculativo do BCEAO ; - a intervenção do BCEAO e da Comissão bancária na supervisão dos SFD, nomeadamente dos que atingirem uma certa dimensão financeira ; - o poder de sanções conferido ao Banco Central e à Comissão Bancária da UMOA para os SFD de uma certa dimensão financeira Reforço das capacidades Através dos encontros, seminários e ateliês, tanto no plano regional como internacional, o Banco Central prosseguiu, em 2007, a partilha da experiência da União no domínio do microcrédito. Neste âmbito, participou no seminário regional sobre o quadro legal e regulamentar das instituições de micro-crédito, organizado em Fevereiro de 2007 pelo Centro AFRITAC do Oeste. Esta formação visava possibilitar aos participantes a troca de impressões sobre as melhores práticas em matéria de regulamentação do sector do micro-crédito. Além disso, o Banco Central organizou, em Março de 2007, um seminário sobre "o papel do micro-crédito no desenvolvimento e na luta contra a pobreza", destinado aos agentes das Estruturas Ministeriais de Seguimento (SMS) e estruturas responsáveis pela promoção do sector. Por outro lado, o BCEAO participou, em Maio de 2007, na reunião de coordenação dos doadores intervenientes no sector do micro-crédito na sub-região e nos trabalhos do Comité de implementação das recomendações do Ano Internacional do Micro-crédito em

70 SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO Melhoria da informação financeira No âmbito das actividades retidas no âmbito desta vertente, o Banco Central, com o apoio financeiro de parceiros de desenvolvimento, mandou elaborar um referencial contabilístico específico aos SFD da UMOA. As sessões de formação a favor de agentes dos SFD, iniciadas em 2006, prosseguiram-se em 2007 em todos os Estados membros da União, excepto na Guiné- Bissau. Estas acções visam permitir às instituições de micro-crédito se familiarizarem com este instrumento de gestão e seguimento. Mais de dois mil (2.000) actores do micro-crédito, nomeadamente os agentes das Estruturas Ministeriais de seguimento e dos SFD, foram formados até hoje, sobre o uso deste instrumento. Por fim, o Banco Central organizou, em Abril 2007, um atelier de apresentação deste referencial contabilístico aos representantes das ordens Nacionais dos Peritos contabilistas e contabilistas Credenciados (ONECCA) da UMOA. Por outro lado, os trabalhos preliminares para a criação de uma Central de riscos no sector do micro-crédito foram lançados e deverão prosseguir-se em Além disso, um estudo sobre os custos e a tabela de preços dos serviços prestados pelos SFD foi iniciado no Senegal e no Mali. Os resultados das investigações levadas a cabo neste âmbito deverão permitir obter elementos concretos sobre a problemática da taxa de juro no sector do micro-crédito. As monografias dos SFD, relativos ao exercício de 2005, as notas trimestrais sobre a situação do micro-crédito e o relatório anual de 2006 sobre a supervisão dos SFD foram elaborados Supervisão do sector No âmbito do reforço da supervisão dos SFD, o BCEAO realizou, conjuntamente com os Ministérios titulares das Finanças, trinta e duas (32) missões de inspecção das principais instituições de micro-crédito da União. Todos os países da União foram abrangidos por estas missões, às quais se acrescem as realizadas pelos Ministérios, sem a intervenção do BCEAO 2. O reforço da supervisão do sector, através do acréscimo do número das missões de verificação e de um melhor seguimento da implementação das recomendações daí resultantes, constitui um dos maiores desafios das estruturas responsáveis pelo controlo em cada um dos Estados membros da União. O Presidente da República do Togo, Sua Excelência Senhor Faure Essozimna GNASSINGBE, inaugurando o centro de lazeres do BCEAO em Lomé, na presença do Governador interino do BCEAO, o Senhor Damo Justin BARO. 2. As estruturas de minitérielles de seguimento (SMS) fizeram em 2007 cem e vinte oito (128) missões de inspeção. 47

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72 V - OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO 5.1 GESTÃO DAS RESERVAS DE CÂMBIO A gestão das reservas de câmbio da UMOA em 2007, foi conduzida,de acordo com o quadro organizacional criado a partir de 1 de Setembro de 2005, na sequência das alterações às condições de centralização das reservas de câmbio da União na Conta de Operações pela Cláusula Adicional n 1 da Convenção de Conta de operações de 4 de Dezembro de A política das reservas de câmbio foi assim caracterizada pela diversificação dos suportes de investimentos dos activos em divisas não depositados na Conta de Operações, em cumprimento estrito dos princípios e práticas de prudência comummente admitidos para a gestão das reservas oficiais de câmbio, em particular as Directivas do FMI na matéria. A gestão das reservas de câmbio da UMOA em 2007 foi realizada num contexto económico internacional marcado pelo abrandamento notável da actividade nos Estados Unidos, de turbulências ao nível dos mercados financeiros internacionais, induzidas pela crise de créditos hipotecários americanos com alto risco ou «subprimes» e a ressurgência dos riscos inflacionistas, devido a alta dos preços dos produtos energéticos. Neste contexto, o BCEAO decidiu manter activos depositados na Conta de Operações a um nível ligeiramente superior à taxa convencional de centralização das disponibilidades externas da União na referida conta. Em 31 de Dezembro de 2007, as reservas de câmbio do BCEAO depositadas na Conta de Operações fixaram-se em 53,40% contra 53,60% no final de Os activos em divisas não depositados na Conta de Operações foram detidos sob a forma de activos obrigacionistas e investimentos monetários, repartidos entre uma carteira de investimento, um fundo de liquidez e um fundo de cobertura de riscos denominado em Direitos de Saque Especiais (DSE). 5.2 INTEGRAÇÃO ECONÓMICA DOS ESTADOS MEMBROS DA UEMOA O Banco Central participou activamente na implementação do dispositivo de supervisão multilateral das políticas e desempenhos macroeconómicos dos Estados membros da União, participando nos trabalhos do Secretariado Conjunto (BCEAO, Comissão da UEMOA e BOAD), assim como nos do Comité de Peritos estatutários. Neste âmbito, contribuiu para a avaliação dos programas plurianuais de convergência e a elaboração dos relatórios semestrais de execução da supervisão multilateral das políticas e desempenhos macroeconómicos dos Estados membros relativos ao ano As análises levadas a cabo revelaram as dificuldades encontradas pela maioria dos Estados da União para fazer convergir as suas economias rumo aos objectivos comunitários. Assim, são necessários esforços suplementares para acelerar o ritmo de convergência das economias, a fim de respeitar o novo horizonte de convergência e reforçar os fundamentos da moeda comum. Estes esforços são relativos à implementação das reformas macroeconómicas e estruturais, nomeadamente em matéria de saneamento das finanças públicas. Por outro lado, um forte impulso político e uma implicação acrescida dos Estados na implementação efectiva do dispositivo de supervisão multilateral revelam-se necessárias para a realização da convergência macroeconómica. A título da consolidação do processo de integração na UEMOA, o Banco Central prosseguiu as suas actividades visando a realização do Programa Económico Regional (PER). Em particular, o Instituto de emissão participou nos trabalhos do Comité de Pilotagem, com vista à elaboração do quadro institucional de mobilização de recursos, da implementação e do seguimento-avaliação do PER. 49

73 OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO 5.3 COOPERAÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA Relações com as Instituições de Bretton Woods As operações efectuadas pelo Banco Central com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por conta dos Estados membros da UMOA em 2007 saldaram-se,pela entrada líquida de recursos na ordem de 11,4 milhões de DSE, ou seja o equivalente de 8,3 mil milhões de FCFA contra saída líquida de 12,5 milhões de DSE, correspondente a 9,4 mil milhões de FCFA um ano atrás. As entradas líquidas dos recursos são essencialmente imputáveis ao aumento dos desembolsos efectuados pelos Estados da União, à concessão de uma Ajuda de Emergência pós-conflito (AUPC) à Côte d'ivoire e à redução das amortizações, na sequência da implementação da Iniciativa de Alívio da Dívida Multilateral (IADM). Os desembolsos efectuados relativos à Facilidade para a redução da pobreza e o Crescimento (FRPC) e da AUPC em 2007 fixaram-se, em 52,5 milhões de DSE, representando 38,4 mil milhões de FCFA, contra desembolsos de 37,5 milhões de DSE, ou seja 29,0 mil milhões de FCFA no quadro da FRPC no ano anterior. A melhoria do montante dos desembolsos está principalmente ligada ao apoio financeiro concedido à Côte d'ivoire,no âmbito da Ajuda de Emergência Pós-Conflito. As amortizações dos empréstimos concedidos pelo FMI fixaram-se em 37,1 milhões de DSE, ou seja 27,1 mil milhões de FCFA contra 46,0 milhões de DSE, (35,3 mil milhões de FCFA) em Estas operações traduziram-se por diferenças de câmbio favoráveis de 3,9 mil milhões de FCFA em 2007 contra 1,3 mil milhão um ano atrás. Os pagamentos de juros e comissões fixaramse em 5,3 milhões de DSE, equivalentes a 3,9 mil milhões de FCFA, contra 5,1 milhões de DTS, ou seja 3,9 mil milhões de FCFA no ano precedente. Diz respeito às comissões pagas relativos a utilização dos recursos gerais (4,9 milhões de DTS ou 3,6 mil milhões de FCFA) e ao pagamento dos juros relativos à utilização dos recursos administrados (0,4 milhão de DTS ou 0,3 mil milhão de FCFA). No âmbito do pagamento dos encargos relativos aos juros e às comissões, os Estados membros da União adquiriram 4,5 milhões de DSE, equivalentes a 3,3 mil milhões de FCFA. As cedências fixaram-se em 5,4 milhões DSE, representando 4,0 mil milhões de FCFA. Por outro lado, o FMI pagou aos Estados membros da UMOA 1,3 milhão de DSE, ou seja 0,9 mil milhão de FCFA relativamente às remunerações das suas posições creditícias, contra 1,1 milhão de DTS, equivalentes a 0,8 mil milhão de FCFA no ano anterior. Em 31 de Dezembro de 2007, as responsabilidades líquidas dos Estados membros da UMOA, a título de empréstimos da Facilidade para a Redução da Pobreza e Crescimento (FRPC), estabeleceram-se globalmente em 150,5 milhões de DSE contra 175,7 milhões de DSE no ano precedente, registando assim uma redução de 14,3 %. O total de engajamentos relativamente a conta de recursos gerais estabeleceu-se em 40,6 milhões de DSE, devido ao apoio financeiro concedido a Côte d'ivoire no quadro da Apoio de Emergência Pós-Conflito. Por fim, no âmbito do ajustamento dos activos em moeda dos Estados membros, regido pelo artigo V, secção 11 dos Estatutos do FMI, esta instituição reduziu, em 30 de Abril de 2007, de cerca de 28,7 mil milhões, os seus activos em francos CFA nos livros do Banco Central, por causa da apreciação de 4,5% do franco CFA em relação ao DSE, na sequência da paridade fixa da moeda comum com o euro Relações com as outras instituições No âmbito do reforço da cooperação monetária no seio da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Banco Central participou na sessão extraordinária do Conselho de Convergência da CEDEAO, realizada em 9 de Outubro de 2007 em Ouagadougou. Durante este encontro, os Ministros e os Governadores dos Bancos Centrais concordaram sobre a necessidade de levar a cabo um estudo de viabilidade, a fim de determinar a melhor opção possível para a criação da moeda única da CEDEAO. Por outro lado, o Banco Central participou na vigésima primeira sessão do Conselho de Convergência da CEDEAO, realizada em 6 de Dezembro de 2007, precedida pela vigésima 50

74 OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO quarta reunião do Comité Técnico, nos dias 3 e 4 de Dezembro de Neste âmbito, o Conselho decidiu que uma metodologia seja elaborada sobre a avaliação dos desempenhos dos Estados membros da Zona Monetária da África Ocidental (ZMAO) com indicadores estruturais de medida da viabilidade da convergência. Também, o Conselho pediu que o projecto dos Estatutos dos Sistemas de pagamento seja reenviado para os Estados membros para observações antes da sua análise na primeira reunião estatutária em O Banco Central assistiu, como observador, a décima oitava reunião do Comité de Governadores dos Bancos Centrais da ZMAO, realizada em 5 de Dezembro de 2007 em Accra. O Comité dos Governadores analisou o projecto dos Estatutos dos sistemas de pagamento da ZMAO, o projecto de Regulamentação dos bancos da Zona, o projecto dos Estatutos da Autoridade de supervisão Financeira da África Ocidental (ASFAO) e das propostas de emendas dos Estatutos do Instituto Monetário da África Ocidental (IMAO). Os outros aspectos institucionais e administrativos analisados pelo Comité dos Governadores dizem respeito ao nível adequado do capital do futuro Banco Central da África Ocidental (BCAO), à infraestrutura dos sistemas de pagamento deste Banco, ao programa de actividades, assim como ao projecto de orçamento do IMAO para o ano No plano da cooperação monetária em África, o BCEAO participou na 31ª sessão ordinária do Conselho de Governadores da Associação dos Bancos Centrais Africanos (ABCA), realizada em Tripoli a 15 de Agosto de 2007, e no simpósio sobre o tema : «Micro-crédito, poupança e cooperativas de crédito na redução da pobreza». O Instituto de emissão assistiu igualmente na reunião da Direcção da Associação dos Bancos Centrais Africanos (ABCA), que teve lugar em 23 de Fevereiro de 2007 em Dakar. Nesta ocasião, a Direcção deliberou sobre a estratégia proposta pela União Africana, visando a criação de Instituições Financeiras Africanas (IFA). Analisou, em seguida, os relatórios relativos à implementação em 2006 do Programa de Cooperação Monetária. Por fim, o Banco Central participou nos trabalhos do Comité de convergência da Zona franco, contribuindo para o exercício da supervisão multilateral das políticas macroeconómicas. 5.4 OUTRAS ACTIVIDADES E PROJECTOS DO BCEAO Recolha, gestão e difusão de informações estatísticas A recolha e a gestão de informações estatísticas, relativas nomeadamente aos Estados membros da UEMOA, visa permitir ao Banco Central de dispor em qualquer momento, de informações necessárias a elaboração de estudos, à execução de trabalhos de pesquisa (económico, sociológico, histórico), assim como à edição das publicações oficiais do BCEAO. Para o efeito, uma base de dados estatísticos foi criada em 1998, denominada BASTAT, colocando à disposição dos Serviços do Banco Central, dados históricos e recentes sobre a situação económica, monetária e financeira dos Estados da União e sobre a administração e a gestão do Instituto de emissão. Em finais de Dezembro de 2007, a base contava com séries estatísticas, dos quais 37% relativo ao sector monetário, 24% à administração e à gestão do BCEAO, 12% às finanças públicas, 11% ao sector real, 10% ao sector externo e 3% ao sector social. Por outro lado, 2% dos dados são indicadores de desempenho macroeconómico e 1% é relativo ao ambiente. Os dados da base são na sua maioria disponíveis para o período de 1960 a A difusão das estatísticas pelo Instituto de emissão é feita através das diferentes publicações do BCEAO e do sítio web do Banco Central Central de balanços Em 2007, o Repertório Único das Empresas (RUE) registou novas empresas no conjunto dos Estados da União, excepto a Guiné-Bissau, fixando o volume do RUE em empresas em 31 de Dezembro de A título da campanha de recolha 2007, as Agências Principais do BCEAO receberam maços de demonstrações financeiras completas, incluindo maços do exercício 2006 e 844 maços dos exercícios anteriores contra maços recolhidos durante a campanha Em 31 de Dezembro de 2007, 51

75 OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO a base dos maços exploráveis para a realização dos principais produtos da Central de Balanços era constituída por maços de demonstrações financeiras dos exercícios de 2000 a 2006 contra maços um ano atrás, ou seja um aumento de 40%. No que diz respeito ao arranque efectivo das actividades da Sociedade de Comercialização das Informações de Empresa (SCIE-SA), uma Convenção de delegação será concluída para definir as condições de exploração do serviço público de informações de empresa pela Sociedade, nomeadamente as relativas ao tratamento das informações da base de dados, protegidas pelo segredo estatístico e o segredo de negócios. Um caderno de encargos, que fixa as obrigações e prestações específicas esperadas da SCIE-SA, foi anexado à Convenção que a completa. Sua Excelência, João Bernardo VIEIRA, Presidente da Guiné-Bissau e Sua Excelência Abdoulaye WADE, Presidente do Senegal, procedendo à inauguração do novo edifício da Agência Principal de Bissau, na presença do Governador interino do BCEAO, Senhor Damo Justin BARO 52

76 VI - QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO 6.1 VIDA E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS Durante o exercício 2007, os Órgãos da União realizaram os seus encontros, conforme às disposições do Tratado de 14 de Novembro de 1973 constitutivo da União Monetária Oeste Africana (UMOA) e dos Estatutos do Banco Central Conferência dos Chefes de Estado e Governo da União A Conferência de Chefes de Estado e Governo da União realizou a sua 11ª sessão ordinária em 20 Janeiro de 2007, na sala de Conferências Internacionais de Ouaga 2000, em Ouagadougou, sob a presidência da Sua Excelência o Senhor Mamadou TANDJA, Presidente da República do Níger, o seu Presidente em exercício Conselho dos Ministros da UMOA Presidido pelo Senhor Jean-Baptiste M. P. COMPAORE, Ministro da Economia e Finanças do Burkina, o Conselho de Ministros da União Monetária Oeste Africana (UMOA) teve as seguintes modificações durante o exercício 2007 : - para a República do Benin, em 17 de Junho de 2007, o Senhor Soulé Mana LAWANI, Ministro das Finanças, foi nomeado membro do Conselho, em substituição do Senhor Albert Sègbégnon HOUNGBO. O Senhor LAWANI é Ministro da Economia e Finanças desde 02 de Novembro de 2007 ; - para o Burkina Faso, em 02 de Julho de 2007, a Senhora Minata Samate CESSOUMA, Ministra delegada junto do Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Regional, encarregada da Cooperação Regional, foi designada membro do Conselho, em substituição do Senhor Jean de Dieu SOMDA ; - para a República de Côte d'ivoire, em 10 de Abril de 2007, o Senhor Amadou KONE, Ministro da Integração Africana, foi designado membro do Conselho, em substituição do Senhor Albert TOIKEUSE MABRI ; - para a República da Guiné-Bissau, em 27 de Abril de 2007, o Senhor Abubacar Demba DAHABA, Ministro da Economia e Integração Regional, foi designado membro do Conselho, em substituição do Senhor Victor MANDINGA ; - para a República do Níger, a 27 de Junho de 2007, o Senhor Halidou BADJE, Ministro do Comércio, Indústria e Normalização, foi designado membro do Conselho, em substituição do Senhor Seyni OUMAROU ; - para a República do Senegal, em 27 de Junho de 2007, o Senhor Ibrahima SAR, Ministro delegado junto do Ministro de Estado, Ministro da Economia e Finanças, encarregado do orçamento, foi designado membro do Conselho, em substituição do Senhor Cheikh Hadjibou SOUMARE ; - para a República do Togo, em 14 de Março de 2007, o Senhor Adji Otheth AYASSOR, Ministro das Finanças, Orçamento e Privatizações, foi designado membro do Conselho, em substituição do Senhor Payadowa BOUKPESSI. Durante o ano 2007, o Conselho de Ministros teve quatro (04) sessões ordinárias respectivamente em 06 de Abril de 2007 na Agência Principal do BCEAO em Lomé, em 04 de Julho de 2007 na Sede do BCEAO em Dakar, em 17 de Setembro de 2007 na Agência Principal do BCEAO em Bissau e em 12 de Dezembro de 2007 na Agência Principal do BCEAO em Ouagadougou. Reuniuse igualmente em sessão extraordinária preparatória da Conferência de Chefes de Estado e Governo da União em 18 de Janeiro de 2007 na Agência Principal do BCEAO em Ouagagoudou. 53

77 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO Conselho de Administração do BCEAO Em 2007, o Conselho de Administração do BCEAO realizou quatro (04) sessões ordinárias, sob a presidência do Senhor Damo Justin BARO, Governador interino do Banco Central, o seu Presidente estatutário, respectivamente em 30 de Março de 2007 na Agência Principal do BCEAO em Cotonou, em 03 de Julho de 2007 na Sede do BCEAO, em 15 de Setembro de 2007 na Agência Principal do BCEAO em Bissau e em 10 de Dezembro de 2007 na Agência Principal do BCEAO em Ouagadougou. Durante o referido exercício, a composição do Conselho conheceu as seguintes mudanças : - para o Burkina Faso, o Senhor Moumouni GNANKAMBARY, foi nomeado Administrador do BCEAO, a partir de 20 de Agosto de 2007, em substituição do Senhor Lucien Marie Noël BEMBAMBA ; - para a República da Guiné-Bissau, a Senhora Maria Paula Costa PEREIRA, foi nomeada Administradora do BCEAO, a partir de 04 de Junho de 2007, em substituição do Senhor Fernando Jorge Maria CORREIA ; - para a República do Senegal, O Senhor Mamadou SARR foi nomeado Administrador do BCEAO, em substituição do Senhor Falilou Mbacké DIAGNE, a partir de 15 de Junho de O Senhor Djibril CAMARA foi nomeado Administrador do BCEAO, a partir de 27 de Agosto de 2007, em substituição do Senhor Adama DIEYE. 6.2 ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO Gestão dos recursos humanos Organigrama O organigrama do Banco Central sofreu algumas modificações na sua estrutura durante o exercício 2007, com a supressão e /ou a reestruturação de alguns Serviços. Assim, o Departamento da Segurança, Assuntos Jurídicos e Serviços Gerais, o Departamento de Projectos e Missões, a Direcção das Relações Internacionais, a Direcção dos Serviços Gerais e a Missão para a realização da Central dos Balanços foram suprimidos na Sede. Ao nível das Agências Principais e das Agências Auxiliares, o número de Serviços e Secções passou respectivamente para nove (09) e cinco (05), contra onze (11) e seis (06) antes, com a fusão das actividades da administração e da segurança, dos estudos e das estatísticas, assim como as relativas às operações financeiras e dos sistemas de pagamento. Estas modificações foram consagradas pelas decisões n , e , na date de 26 de Dezembro de 2006, relativas respectivamente à organização dos Serviços do BCEAO, das Direcções dos Serviços Centrais e das Direcções Nacionais do BCEAO Efectivo Em 31 de Dezembro de 2007, o efectivo global do pessoal do Banco Central estabeleceu-se em agentes contra agentes no final de Dezembro de Este efectivo é constituído por agentes em actividade e de 89 agentes em posição de comissão de serviço ou de disponibilidade. O efectivo em actividade, repartido entre a Sede, as oito Agências Principais, as quinze Agências Auxiliares, as duas Representações do BCEAO e o Secretariado Geral da Comissão Bancária da UMOA, permanece relativamente estável de um ano para outro, tendo as saídas sido compensadas pelas entradas de efectivo durante o ano Fixou-se em em 31 de Dezembro de 2007 contra um ano atrás, ou seja uma ligeira redução de 8 pessoas durante o período em análise. Com um efectivo de agentes, o pessoal de enquadramento representa 35,03% do pessoal em actividade. Compõe-se de 59 membros do Governo e Directores, 694 agentes de enquadramento superior e 627 agentes de enquadramento médio. O pessoal de enquadramento registou uma diminuição de 3 pessoas em relação a 31 de Dezembro de O pessoal não quadro é constituído por agentes, ou seja 64,97% do efectivo em actividade em 31 de Dezembro de Este corpo, composto de 763 agentes administrativos, 53 agentes de apoio técnico,

78 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO agentes de serviço e 625 agentes de caixa e de triagem, permaneceu estável de um ano para outro. Por sítio o efectivo global do pessoal em actividade em 31 de Dezembro de 2007 reparte-se como seguinte : - Sede : 859 agentes ; - Direcções Nacionais (Agências Principais e Auxiliares) : agentes ; - Representação do BCEAO junto das Instituições Europeias de Cooperação : 06 agentes ; - Representação do Governador junto da Comissão da UEMOA : 14 agentes ; - Secretariado Geral da Comissão Bancária da UMOA : 101 agentes. A evolução do efectivo do pessoal em actividade por corpo, desde 1993, apresenta-se como se segue Formação Durante o exercício de 2007, o Centro Oeste Africano de Formação e Estudos Bancários (COFEB) prosseguiu as suas acções de formação contínua a favor do pessoal do BCEAO, e de reforço das capacidades a favor das administrações económicas e financeiras, assim como dos agentes dos bancos e estabelecimentos financeiros dos Estados membros da União. Relativamente à formação contínua dos agentes do BCEAO, o Centro organizou, no âmbito das suas actividades correntes, cursos e seminários na Sede, cursos descentralizados, cursos e seminários por videoconferência, assim como formações implementadas por outras instituições. No total, dois mil cento e noventa e cinco (2.195) agentes beneficiaram de uma formação, entre os quais : agentes para os 20 cursos e seminários organizados na Sede ; participantes nos 8 cursos descentralizados organizados pelas Direcções Nacionais ; 55

79 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO participantes nas 14 acções de formação por videoconferência realizadas ; participantes nas 26 acções de formação organizadas pelos parceiros externos e outras instituições. Por outro lado, quatro centos e quarenta e três (443) agentes assistiram a formação à distância através a plataforma de formação concebida para o efeito e activa desde 3 de Julho de 2006 no conjunto dos sítios do Banco Central. A taxa global média de conexão foi de cerca de quatro horas (4) por agente. No que diz respeito aos módulos de formação, trezentos e doze (312) agentes escolheram formação em língua inglesa, cento e nove (109) agentes optaram pela formação em gestão e noventa (90) preferiram módulos ligados ao ambiente Open Office. A sala de auto-formação em línguas registou uma frequência média mensal de dois (2) agentes em 2007, com a assistência de um professor do Centro Africano dos Estudos Superiores em Gestão (CESAG). Sessões de cursos de inglês foram igualmente organizadas na sala de autoformação por iniciativa dos professores. Por outro lado, uma sessão de integração dos agentes recentemente recrutados foi, organizada de 5 de Novembro de 2007 a 31 de Janeiro de Reuniu sessenta e nove (69) agentes, dos quais trinta e nove (39) do corpo do enquadramento superior e trinta (30) do enquadramento médio. Este programa de formação foi realizada em torno de ensino em tronco comum e em especialidades. A título do reforço das capacidades dos agentes das administrações económicas e financeiras e dos bancos e estabelecimentos financeiros dos Estados membros da União, o COFEB prosseguiu as suas actividades de formação académica e administrou as 29ª e 30ª promoções. A 29ª promoção, que terminou o seu ciclo de formação pelas apresentações de dissertações em Dezembro de 2007, reuniu um efectivo de 46 estagiários provenientes das Administrações económicas e financeiras (34), do Banco Central da República da Guiné (01), dos Bancos e Estabelecimentos financeiros (03), das Sociedades dos Correios (06), e do Instituto Nacional de Previdência Social do Mali (02). No que diz respeito à 30ª promoção, cujas aulas arrancaram a 2 de Novembro de 2007, os 29 estagiários, foram repartidos como se segue, por organismo de origem : Administrações públicas (23), Banco Central da Mauritânia (02), Banco Central da República da Guiné (02), Banco Central dos Comores (01) e União Regional das Caixas Locais de Crédito Agrícola Mútuo ATA- CORA DONGA (01). Por outro lado, as acções seguintes foram organizadas a título de formações específicas : - o atelier de apresentação às ordens Nacionais dos Peritos Contabislistas e Contabilistas credenciados (ONECCA) do referencial contabilístico específico aos Sistemas Financeiros Des-centralizados que reuniu dez (10) Peritos Con-tabislistas e Contabislistas credenciados da Zona UEMOA ; - a promoção da bancarização e o uso de meios de pagamento escriturais na UEMOA na qual participaram sessenta e duas (62) pessoas, dois quais trinta e duas (32) do BCEAO (Direcções Nacionais e Direcções dos Serviços Centrais), assim como representantes dos bancos e estabelecimentos Financeiros, Associações Profissionais dos Bancos e Estabelecimentos Financeiros (APBEF) e Serviços Financeiros dos Estados da UEMOA ; - a concertação sobre o ante-projecto da Lei uniforme relativa à repressão das infracções em matéria de instrumentos e procedimentos electrónicos de pagamento que reuniu trinta (30) participantes, incluindo doze (12) agentes do BCEAO (Direcção dos Assuntos Jurídicos e Direcção dos Sistemas de Pagamento) e representantes dos Serviços Jurídicos e Financeiros dos Estados da UEMOA. Além disso, acções foram desenvolvidas a favor dos agentes das administrações económicas e financeiras, no âmbito da cooperação com os parceiros externos. Assim, a título do projecto conjunto BCEAO/BEAC de reforço das capacidades na África Central e Ocidental, as seguintes acções foram levadas a cabo : Vertente formação em gestão macroeconómica : a terceira fase desta vertente teve inícioem 1 de Julho de 2006 e quatro 56

80 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO (4) acções de formação foram realizadas durante o ano de 2007 a favor de cento e dezanove (119) participantes, entre os quais dez (10) agentes do BCEAO ; Vertente formação em gestão da dívida : no âmbito desta vertente cuja segunda fase iniciou desde 2005, foram realizadas sete (7) ateliês nacionais e quatro (4) seminários regionais para um público de trezentos e sessenta e três (363) pessoas, incluindo vinte e um (21) agentes do BCEAO. O Pôle-dette organizou igualmente dezanove (19) missões de apoio institucional e de assistência técnica nos países membros. Relativamente ao Instituto do Fundo Monetário Internacional (FMI), o curso regional conjunto BCEAO/Instituto do FMI sobre a gestão macroeconómica e a política das finanças públicas registou a participação de trinta e dois (32) quadros, incluindo dez (10) do BCEAO. Por outro lado, foi organizado em Fevereiro de 2007 na Sede do BCEAO, um seminário sobre o tema «Estatísticas da dívida externa» iniciado pelo Centro de Assistência Técnica do FMI para a África Ocidental (AFRITAC do Oeste). Este seminário registou a participação de vinte e quatro (24) quadros, incluindo cinco (5) do BCEAO. No total, as acções de formação organizadas pelo COFEB em 2007 permitiram aprofundar a modernização da formação a favor do pessoal do BCEAO, graças à consolidação da formação à distância e do uso da videoconferência. Um acento particular foi dado à formação dos agentes das administrações económicas e financeiras da UEMOA Evolução da rede do BCEAO O novo edifício da Agência Principal do BCEAO em Bissau foi recebido em 9 de Julho de 2007, permitindo ao pessoal de nele se instalar em 10 de Julho de Relativamente à construção de centros de lazeres nas Direcções Nacionais a favor do pessoal, as obras de Abidjan, de Bamako, de Lomé e de Ouagadougou foram terminadas e as obras e instalações técnicas recebidas durante o ano Estes complexos, assim como o de Niamey, estão prontos para serem explorados. Tratando-se do centro de lazeres de Cotonou, os trabalhos arrancaram em Dezembro de 2007, para uma duração de oito meses. O prédio da Agência Principal de Bissau 57

81 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO Sistema de informação e de comunicação As acções realizadas durante o ano 2007 no quadro da gestão do sistema de informação e de comunicação do Banco Central dizem respeito ao nivelamento das infraestruturas informáticas e de telecomunicação nos diversos sítios do Instituto de emissão, a realização de novos programas informáaticos e a migração de alguns já em uso para novas versões. As principais tarefas realizadas neste âbito : - a implementação da nova arquitectura da rede VSAT, com a generalização da tecnologia IP (Internet Protocolo) ; - a renovação da instalação de cabos nas Agências Auxiliares ; - a finalização do instalação e e arranqque do sistema de compensação interbancária SICA-UEMOA em todos os países da União, depois da criação das redes de acesso de Lomé e de Bissau ; - a instalação de novos computadores centrais (servidores) funcionando sob o sistema de exploração Linux nas Agências Principais e no Secretariado Geral da Comissão Bancária da UMOA ; - a entrada em vigor de novos programas tais como ACAJOU (seguimento de tempos de actividade dos agentes), PALMIER (gestão das missões e das facturas de despesas), PAPAYER (gestão das promoções) e ACACIA (cálculo dos indicadores de actividade económica) ; - a migração do pacote de programas de gestão dos recursos humanos GOREH, dos programa de Transferências e da Balança de Pagamentos, foi efectuada para uma nova versão da plataforma técnica ; - a prosseguição da preparação da implementação das aplicações de gestão das caixas e das operações de balcão (BAOBAB) e de gestão da contabilidade analítica (COSMOS) Modernização da documentação e dos arquivos As acções realizadas em 2007 dizem respeito à finalização da reformulação dos procedimentos e a informatização da gestão dos arquivos e da documentação, a retomada do existente, assim como o reforço das capacidades do pessoal responsáveis pela gestão dos arquivos e da documentação. No âmbito da finalização da reformulação dos procedimentos, o «Guia de gestão dos arquivos do BCEAO» foi actualizado com base nas propostas formuladas pelas Direcções Nacionais e o Secretariado Geral da Comissão Bancária da UMOA, no final da fase piloto da implementação dos referidos procedimentos a nível desses sítios. Por outro lado, foi elaborado um projecto de Decisão do Governador do BCEAO relativo à organização e regulamentação dos arquivos e da documentação. Relativamente à informatização da gestão da documentação e dos arquivos, o resultado satisfactório das diferentes fases pilotos organizadas na Sede e nos outros sítios distantes favoreceu o arranque em 1 de Outubro de 2007, do Sistema Integrado de Gestão dos Arquivos do BCEAO (SIGA-BCEAO), em todas as estruturas da Sede, bem como a programação, para 2008, da sua entrada em vigor nos sítios distantes. Por outro lado, o Sistema Integrado de Gestão das Unidades de Informação Documentário (SIGUI- DOC), dedicado à gestão da documentação no conjunto dos sítios do Banco Central e já implantado nos outros sítios, foi instalado na Agência Principal de Bissau. A retoma do existente diz respeita ao tratamento do stock dos documentos arquivados e à digitalização das referências de identificação e de localização dos dossiers na base de dados SIGA-BCEAO. Neste âmbito foi adoptado um programa global de retoma do existente ao nível das Agências Principais e do Secretariado Geral da Comissão Bancária da UMOA. Será implementado em 2008 e Na Sede, iniciou em 2007 a digitação das referências dos dossiers precedentemente tratados no quadro da retoma do existente. O reforço das capacidades do pessoal responsavel pelos arquivos e pela documentação traduziu-se em 2007, pela organização de um seminário por visioconferência sobre o tema : «Implementação dos novos procedimentos baseados no software de gestão dos arquivos», de 12 a 13 de Novembro de 2007, para fazer o balanço da fase piloto de aplica- 58

82 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO ção dos novos instrumentos de gestão dos arquivos. Reuniu 25 participantes provenientes de todos os sítios do Banco Central Dispositivo de controlo das actividades e das operações Os trabalhos realizados durante o ano 2007 inscrevem-se essencialmente no quadro da continuação do reforço do dispositivo de controlo em vigor desde Referem-se nomeadamente à consolidação dos instrumentos de controlo, à realização das missões de verificação da regularidade das operações e de avaliação da qualidade dos controlos, bem como às acções de formação. Relativamente ao controlo de primeiro nível, as diligências realizadas diz respeito principalmente à elaboração dos quadros de riscos para as estruturas que não os possuíam, à análise dos relatórios mensais dos Controladores de operações, à criação de uma aplicação dedicada ao tratamento dos resultados de controlo de operações, à elaboração dos procedimentos e modos operatórios e à actualização da base dos textos e procedimentos regulamentares sobre a rede Intranet. As acções de sensibilização e de reforço de capacidades dos Controladores de operações foram igualmente prosseguidas. Com efeito, os trabalhos de elaboração da cartografia dos riscos não cubriram algumas estruturas do Banco Central. Trata-se da Direcção dos Controlos e da Prevenção dos Riscos, da Direcção da Inspecção e da Auditoria Interna, da Direcção do Controlo de Gestão e do Orçamento e das Representações. Durante o ano 2007, foram elaborados os quadros de riscos inerentes para cada uma destas estruturas, assegurando assim uma cobertura completa do conjunto das actividades do Banco Central pela cartografia dos riscos. A análise dos relatórios dos Controladores de operações traduziu-se por uma reorientação do relatório de síntese trimestral que é doravante centrado principalmente numa melhor consideração dos riscos na análise dos resultados dos controlos. Nesta óptica, foi levado a cabo o desenvolvimento de uma aplicação dedicada à gestão dos resultados de controlos, com a colaboração da Direcção da Informática, cujos trabalhos estão em fase de finalização. Tratando-se dos manuais de procedimentos e modos operatórios, o apoio da Direcção dos Controlos e da Prevenção de Riscos na sua elaboração prosseguiu-se em 2007, a fim de facilitar a execução diária das tarefas e reforçar a qualidade dos controlos. Assim, na Sede, a maioria das estruturas operacionais finalizaram a redacção dos seus manuais de procedimentos. O tratamento destes documentos continua conforme à Decisão do Governador relativa à sua validação e registo, bem como à sua conservação. Nas Direcções Nacionais, a redacção dos manuais de procedimentos e modos operatórios continuou a nível das Agências Auxiliares. Os projectos de manuais recebidos foram analisados e as observações comunicadas às estruturas interessadas com vista à sua finalização. Por outro lado, a base de dados dos textos e procedimentos regulamentares foi actualizada pela entrada em linha, na rede Intranet, de novos documentos publicados pelo Banco Central em No âmbito do reforço das capacidades operacionais, os agentes recentemente nomeados Controladores de operações beneficiaram de uma formação que lhes permite ter uma melhor tomada a cargo das suas novas funções. Tratando-se do controlo de segundo nível, as diligências realizadas em 2007 inscreveram-se na óptica da avaliação do controlo das actividades, da apreciação da sua conformidade com a regulamentação e do desenvolvimento de uma conduta qualidade. Assim, no plano interno, com base nos riscos identificados, as missões de verificação da regularidade das operações e da boa aplicação das regras e instruções foram efectuadas na Sede, nas Agências, na Represen-tação do BCEAO junto das Instituições Europeias de Cooperação e na Represen-tação do Governador junto da Comissão da UEMOA. Além disso, foram realizadas nas Direcções dos Serviços Centrais na Sede e nas Agências as missões de avaliação da qualidade do controlo de operações, de apreciação da eficiência das actividades e da pertinência da organização. Referem-se nomeadamente à gestão das Agências do Burkina, à gestão dos projectos informáticos, à implementação do Novo Regulamento de Caixa, bem como à gestão 59

83 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO dos trabalhos imobiliários em curso. Por outro lado, foram efectuadas missões de verificação do dinheiro em caixa e destruição das notas retiradas da circulação em algumas Agências Principais. No plano externo, uma missão de auditoria organizacional e de gestão do Centro Nacional Hospitalar Universitário (CNHU) de Cotonou foi realizada, na sequência dum pedido do Governo beninense. Por outro lado, a Direcção da Inspecção e Auditoria Interna (DIAI) efectuou conjuntamente com a Direcção da Contabilidade (DCOMPT), de 5 a 23 de Fevereiro de 2007, a verificação das contas do Banco Oeste Africano de Desenvol-vimento (BOAD) relativas ao exercício terminado em 31 de Dezembro de 2006, conforme à Decisão do Comité de Direcção do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento, na data de 24 de Novembro de Por outro lado, no âmbito do reforço das capacidades dos Inspectores e Auditores internos, foram realizadas acções de formação centradas na revista de qualidade em auditoria interna e nas operações do Tesouro Público, por uma parte, e nas técnicas de expressão e de comunicação da auditoria, por outra parte. O objectivo visado era promover um nível elevado de apropriação dos fundamentos da auditoria, com vista a permitir aos inspectores e Auditores Internos melhorarem as suas competências e aumentar o seu valor acrescentado em matéria de controlo das actividades operacionais. A título de controlo externo, os trabalhos realizados referem-se essencialmente a organização, durante o período de 22 de Julho a 31 de Agosto de 2007, de um concurso público para a selecção de Gabinetes para a realização das auditorias da construção da Agência Principal de Bissau, da desmonetização dos antigos signos monetários do BCEAO e da situação do Fundo de Acções Comunitárias da UMOA. Os resultados de apurados foram submetidos ao Conselho de Ministros da UMOA durante a sua sessão de 8 de Setembro de Os Gabinetes seleccionados para a realização da auditoria das referidas operações foram designados pelo Presidente do Conselho de Ministros em 24 de Setembro de Os relatórios da auditoria das operações do BCEAO foram aprovados pelo Conselho dos Ministros durante a sua sessão de 12 de Dezembro de 2007 e pela Conferências dos Chefes de Estado e Governo durante a sua 12ª sessão ordinária decorrida em Ouagadougou a 17 de Janeiro de Por fim, o seguimento da implementação das recomendações dos controladores externos, em particular as formuladas pelo Comissário Controlador sobre o controlo interno do Banco Central e pelo FMI durante a missão de avaliação das salvaguardas dos seus recursos, foi regularmente efectuado Dispositivo do controlo de gestão A decisão n de 26 de Dezembro de 2006, relativa à organização dos Serviços Centrais, conferiu à Direcção do Controlo de Gestão e do Orçamento (DCGO), novas atribuições em matéria orçamental, a saber, a preparação e a elaboração do orçamento do Banco Central, bem como a análise e o seguimento da sua execução. É neste contexto que prosseguiu-se a implementação do controlo de gestão no BCEAO, com a exploração dos dados do Sistema Automatizado de Gestão dos Indicadores de Actividades (SAGINA) e o reordenamento dos roteiros de gestão mensais, trimestrais e semestrais do Governador. No âmbito de uma troca de experiência com os sítios, a Direcção do Controlo de gestão e do Orçamento (DCGO) organizou na Sede, de 14 a15 de Maio de 2007, um seminário agrupando os Chefes dos Serviços de Controlo de Gestão e do Orçamento (SCGO) das Agências, sobre a implementação do controlo de gestão no BCEAO. Nesta ocasião, os seguintes temas foram abordados : - a necessária articulação entre os programas de actividades e os projectos de orçamento ; - a avaliação do desempenho ; - a racionalização dos documentos de reporting. Neste último ponto, as reflexões levadas a cabo permitiram definir um plano de redacção do 60

84 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO Relatório de Controlo de Gestão (CRCG). Documento de reporting sintético, o CRCG ressalta mensalmente, as actividades realizadas pelas Agências principais, as evoluções significativas dos indicadores de gestão do Quadro de bordo do Director Nacional e os principais ensinamentos a reter da execução do orçamento. A nota do Secretário Geral n , de 26 de Dezembro de 2007 instruindo a sua implementação a partir do mês de Janeiro de 2008, extendeu a sua produção às Agências Auxiliares, às Estruturas Administrativas anexas e às direcções dos Serviços Centrais do BCEAO, segundo uma periodicidade trimestral. Por outro lado, assumindo as suas novas atribuições, a DCGB procedeu à análise da execução do orçamento de 2007 e à preparação do orçamento de 2008 do BCEAO. A Direcção iniciou igualmente trabalhos de melhoria do processo orçamental. Assim, a automatização das operações de previsões orçamentais, actualmente assegurada por uma folha de cálculo, deverá ser assumida por uma aplicação integrada ao sistema de informação do Banco Central. Neste efeito, a DCGO redigiu um caderno de encargos descrevendo o processo de preparação e de análise da execução do orçamento. Esta integração deverá nomeadamente permitir a melhoria do tratamento das informações, a possibilidade da partilha a tempo real, os dados comuns a todos os sítios, a uniformização dos métodos de trabalho e a prevenção contra os riscos de erros ligados à actualização manual das ligações. Para além disso, a aplicação deverá assumir a articulação entre o programa de actividades e o orçamento, a sua compatibilidade com o programa CAFIS que gere a execução e o fecho do orçamento deverá ser de natureza a oferecer mais possibilidades para a consideração das necessidades dos diferentes utentes da informação orçamental. No total, as novas atribuições da Direcção do Controlo de Gestão e do Orçamento, em matéria de gestão orçamental, permitiram assegurar uma melhor articulação entre os programas de actividades dos centros de despesas e a atribuição dos meios para a sua realização. Os primeiros resultados da contabilidade analítica são esperados em 2008, em particular a produção dos custos directos das actividades. Esta disponibilidade de todos os instrumentos deverá permitir a continuação de uma implementação coerente do controlo de gestão. 61

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86 VII - CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO As contas do Banco Central, para o exercício encerrado em 31 de Dezembro de 2007, são marcadas pela consolidação dos activos externos, que se traduziu por uma progressão do total do balanço e do resultado líquido. 7.I ANÁLISE DO BALANÇO O total do balanço fixou-se em 5.918,8 mil milhões de FCFA, em alta de 850,8 mil milhões ou 17%, em relação ao de 5.068,0 mil milhões, definido no termo do exercício precedente. No activo, esta evolução resulta essencialmente do acréscimo dos activos em moedas estrangeiras de 20% e da alta dos créditos sobre os estabelecimentos de crédito de 413%, atenuado pela contracção de 25% dos outros activos. No passivo, esta progressão resulta principalmente da alta de 36% das contas de depósito, de 16% da circulação fiduciária, de 44% da reserva de reavaliação do ouro, parcialmente atenuada pela redução de 34% dos outros passivos. Em 31 de Dezembro de 2007, o balanço do BCEAO apresenta-se como se segue. 63

87 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO Análise dos postos do activo O valor do mercado do stock de ouro fixou-se em 410,3 mil milhões em 31 de Dezembro de 2007 contra 357,5 mil milhões um ano atrás, ou seja, uma progressão de 52,8 mil milhões, imputável exclusivamente à apreciação da cotação da onça de ouro, que passou de FCFA em 31 de Dezembro de 2006 para FCFA em 31 de Dezembro de Com efeito, o volume do stock de ouro permaneceu sem mudança de um exercício para outro em ,42 quilogramas, ou seja, ,38 onças. Os activos sobre o Fundo Monetário Internacional (FMI), que incluem a posição de reserva e os activos em DTS, passaram de 24,0 mil milhões em 31 de Dezembro de 2006 para 22,5 mil milhões a 31 de Dezembro de 2007, ou seja uma baixa de 1,5 mil milhão, ou seja, 6%. Com efeito, a posição de reserva dos Estados membros da União, junto do FMI, deteriorou-se de 1,1 mil milhão, estabelecendo-se em 21,5 mil milhões em 31 de Dezembro de 2007 contra 22,6 mil milhões em 31 de Dezembro de Os activos em DSE dos Estados membros da União, diminuíram, igualmente, passando de 1,4 mil milhão a fim de Dezembro de 2006 para 1,0 mil milhão em 31 de Dezembro de 2007, sob os efeitos conjugados da redução do montante dos activos exprimidos em DSE ( DSE em 31 de Dezembro de 2007 contra DTS em 31 de Dezembro de 2006) e da depreciação da cotação do DTS, que passou de 749,293 FCFA em 31 de Dezembro de 2006 para 704,144 FCFA em 31 de Dezembro de Os activos em moedas estrangeiras consolidaram-se de 740,6 mil milhões, passando de 3.703,3 mil milhões em 2006 para 4.443,9 mil milhões em Esta evolução resulta nomeadamente do efeito conjugado do aumento de 399,4 mil milhões dos activos na conta de operações, de 95,0 mil milhões dos activos junto dos correspondentes, de 277,0 mil milhões da carteira dos títulos e da redução de 49,3 mil milhões dos empréstimos interbancários. Em finais de Dezembrro de 2007, a carteira de de títulos obrigacionistas adquiridos no âmbito da gestão das reservas em divisas, a título do fundo de liquidez e do fundo de investimento. São constituídos por títulos soberanos emitidos pela França (772,6 mil milhões), pela Alemanha (183,8 mil milhões) e pela Itália (108,8 mil milhões), de títulos quasi-soberanos (450,9 mil milhões) emitidos por Agências e Instituições financeiras internacionais e partes do fundo comum de investimento subscritos junto do Banco dos Regulamentos Internacionais (279,4 mil milhões). Os créditos do BCEAO inscreveram-se em alta de 83,9 mil milhões, essencialmente devido ao aumento de 103,6 mil milhões dos créditos sobre os estabelecimentos de crédito e atenuado pela redução de 19,7 mil milhões de créditos aos Tesouros Nacionais. O aumento dos créditos sobre os estabelecimentos de crédito é resultante principalmente da retomada das operações de refinanciamento, nomeadamente no mercado monetário desde Fevereiro de Em 31 de Dezembro de 2007, a decomposição dos créditos do Banco Central apresentava-se como se segue : 64

88 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO As imobilizações do BCEAO são constituídas de postos «Bens imobiliários de investimento» e «Outras imobilizações». Na sequência da aplicação da norma IAS 40 «Imóveis de investimento», um imóvel situado em Paris, de um valor líquido contabilístico de 2,5 mil milhões, foi reclassificado em 31 de Dezembro de 2007 para o posto «Bens imobiliários de investimento». As «Outras imobilizações» permaneceram quasi estáveis no mesmo período fixando-se em 214,4 mil milhões em As operações efectuadas por conta dos Tesouros Nacionais fixaram-se em 204,8 mil milhões em 2007 contra 199,7 mil milhões em 2006, ou seja, uma progressão de 5,1 mil milhões. Esta evolução resulta das transacções registadas a título da Facilidade para a redução da pobreza e Crescimento (FRPC) e de uma tiragem a título da Ajuda de Emergência Pós- Conflito (AUPC). Com efeito, as operações a título da FRPC diz respeitaram aos desembolsos de um montante total de 8,7 mil milhões e aos reembolsos de 30,9 mil milhões pelos Estados membros da União. Por outro lado, o FMI concedeu durante o exercício em apreço, a um Estado membro da União, um montante de 29,7 mil milhões a título de AUPC. Os «Outros activos» do balanço registaram uma baixa de 30 mil milhões, passando de 119,1 mil milhões em 31 de Dezembro de 2006 para 9,1 mil milhões em 31 de Dezembro de Esta diminuição é imputável ao recúo de 16 mil milhões de valores a receber, de 6 mil milhões das contas de stocks e de 8 mil milhões do saldo em compensação do BCEAO Análise dos postos do passivo As notas e moedas em circulação fixaram-se em 2.819,7 mil milhões, em acréscimo de 399,2 mil milhões em relação ao ano precedente. As contas credoras e os depósitos passaram de 1.056,6 mil milhões em 2006 para 1.437,5 mil milhões a 31 de Dezembro de 2007, ou seja, uma alta de 380,9 mil milhões com o acréscimo dos activos dos bancos e instituições comuns, dos estabelecimentos de créditos e dos depósitos públicos. 65

89 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO Esta evolução dos depósitos explica-se nomeadamente pelo impacto favorável das operações de refinanciamento do Banco Central sobre a tesouraria dos estabelecimentos de crédito, assim como pelo efeito dos fluxos líquidos positivos de transferências a favor dos Tesouros Nacionais. do Banco em 31 de Dezembro de Decompõe-se como se segue : A título das operações com o FMI, as responsabilidades situaram-se em 218,2 mil milhões contra 220,5 mil milhões em 2006, ou seja, uma redução de 2,3 mil milhões. As provisões para riscos e encargos estabeleceram-se em 36,8 mil milhões em 2007 contra 29,0 mil milhões em 2006, ou seja, um aumento de 7,8 mil milhões, sob o efeito das dotações por encargos com a reforma de 7,5 mil milhões e gratificações por medalha do trabalho de 0,3 mil milhão. Os outros passivos passaram de 124,6 mil milhões em 2006 para 82,3 mil milhões em 2007, registando assim uma baixa de 42,3 mil milhões, resultando essencialmente da redução das dívidas para com fornecedores de 17,4 mil milhões e dos valores à cobrança não disponíveis de 21,0 mil milhões. As reservas de reavaliação são constituídas da reserva de reavaliação do ouro e a da reavaliação das divisas. De um exercício para outro, estas reservas aumentaram de 246,2 mil milhões em 31 de Dezembro de 2006 para 299,0 mil milhões em 31 de Dezembro de 2007, ou seja, uma alta de 52,8 mil milhões, imputável à reavaliação do stock de ouro, na sequência da apreciação do preço da onça de ouro no mercado. O posto capital e reservas registou um acréscimo de 6,6 mil milhões, situando-se em 957,7 mil milhões em 31 de Dezembro de 2007 contra 951,1 mil milhões um ano atrás. Esta evolução resulta do efeito conjugado da dotação da reserva estatutária de mil milhão, no âmbito da atribuição dos resultados do exercício de 2006, e da constatação do Diferencial de reavaliação das outras imobilizações de um montante de 5,7 mil milhões, correspondente ao valor de entrada de notas de colecção no património 7.2 CONTA DE PERDAS E LUCROS A conta de exploração do Banco Central, depois de dotações para às amortizações e as provisões, apresentou um resultado excedentário de 59,1 mil milhões, um aumento de de 52,4 mil milhões, em relação ao resultado de 6,7 mil milhões realizado em Esta alta resulta de um forte aumento dos proveitos que passaram de 192,4 mil milhões para 248,7 mil milhões, ou seja, uma acréscimo de 56,3 mil milhões ou 29%, cujo impacto foi ligeiramente atenuado pela progressão de 3,9 mil milhões ou 2% dos encargos que passaram de 185,7 mil milhões para 189,6 mil milhões. Este desempenho traduziu-se pela melhoria de 60,7 mil milhões ou 54% do produto líquido bancário que passou, de um ano para outro, de 112,4 mil milhões para 173,1 mil milhões. As principais componentes da conta de perdas e proveitos evoluíram como se segue : 66

90 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO Resultado líquido de juros O resultado líquido dos juros, representando a deferência entre os produtos de juros e os encargos com juros, fixou-se em 159,9 mil milhões em 31 de Dezembro de 2007, em alta de 49,4 mil milhões ou 45% em relação ao montante de 110,5 mil milhões realizado em 2006, conforme o quadro que se segue : Produtos de juros Os produtos de juros, gerados pelos activos externos e pelas operações de crédito, passaram de 127,4 mil milhões em 2006 para 190,0 mil milhões em 2007, ou seja uma alta de 62,6 mil milhões ou 49%. 67

91 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO Os produtos sobre os activos externos passaram de 113,9 mil milhões em 31 de Dezembro de 2006 para 176,0 mil milhões em 31 de Dezembro em 2007, ou seja uma progressão de 62,1 mil milhões ou 55%, induzida pela progressão dos rendimentos gerados pelo conjunto das componentes, nomeadamente a conta de operações, os activos em divisas e a carteira de títulos. Os produtos das operações de crédito aumentaram de 0,5 mil milhões ou 4%, estabelecendose em 14,0 mil milhões em 2007 contra 13,5 mil milhões em Esta variação é imputável essencialmente ao auemento dos produtos gerados pelos créditos aos estabelecimentos de créditos, na sequência da retoma das operações de refinanciamento atenuado pela diminuiçãdos proveitos provenientes dos créditos aos Tesouros Nacionais Encargos de juros Os encargos com juros suportados pelo Banco Central passaram de 16,9 mil milhões em 2006 para 30,1 mil milhões em 2007, ou seja, um aumento de 13,2 mil milhões. São constituídos pelos juros pagos à clientela (20,6 mil milhões) e pelos encargos com as operações com o FMI e as outras correspondentes (9,5 mil milhões). De um ano para outro, os juros pagos à clientela aumentaram de 9,2 mil milhões, sob o efeito conjugado de um acréscimo do nível dos depósitos remunerados pelo Banco Central e da alta da taxa de remuneração destes depósitos. Quanto aos juros pagos ao FMI e outros correspondentes, a sua progressão de 4,0 mil milhões, de um exercício para outro, resulta principalmente do aumento dos encargos com as operações de carteira de títulos Dividendos Os dividendos, provenientes dos títulos de participação, permaneceram estáveis em relação ao exercício precedente, fixando-se em 0,4 mil milhão Resultado líquido de câmbio O resultado líquido de câmbio revelou-se excedentário de 12,9 mil milhões em 2007 contra um défice de 33,6 mil milhões em O excedente registado em 2007 resulta essencialmente da reavaliação dos activos do FMI denominados em franco CFA, num contexto de depreciação da taxa do DSE em relação ao franco CFA Outros produtos Os outros produtos passaram de 5,2 mil milhões em 2006 para 6,4 mil milhões em 2007, ou seja, uma alta de 1,2 mil milhão, imputável principalmente à evolução dos produtos gerados pelas actividades de STAR-UEMOA e de SICA- UEMOA, bem como dos produtos dos exercícios anteriores provenientes, no essencial, o resto de provisões para encargos a pagar, constituídas no fecho do exercício precedente e que se tornaram desnecessárias Encargos de exploração geral Os encargos de exploração geral do BCEAO passaram de 110,9 mil milhões em 2006 para 120,4 mil milhões em 2007, ou seja, um aumento de 9,5 mil milhões ou 9% resultando, essencialmente, do efeito do aumento de 12,3 mil milhões das dotações líquidas para as amortizações e provisões, atenuado pela redução de 3,4 mil milhões das despesas gerais. Com efeito, as despesas de manutenção da circulação fiduciária permaneceram quasi estáveis de um exercício para outro, situando-se em 14,6 mil milhões em 31 de Dezembro de 2007 contra 14,7 mil milhões em 31 de Dezembro de As despesas gerais acusaram uma diminuição de 3,4 mil milhões ou 4%, fixando-se em 76,3 mil milhões em 31 de Dezembro de 2007 contra 79,7 mil milhões no termo do exercício precedente, devido principalmente a contracção de 7% das despesas com o pessoal. Esta baixa 68

92 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO resulta essencialmente da incidência favorável, sobre a massa salarial, do número importante de de agentes agentes reformados em 31 de Dezembro de As dotações líquidas para as amortizações e provisões correspondem à diferença entre as dotações e as retoma. De um ano para outro, passaram de 14,1 mil milhões para 26,4 mil milhões, ou seja, um aumento de 12,3 mil milhões induzida essencialmente pela incidência de dotações complementares a título dos encargos com a reforma e gratificação por medalha de trabalho. 69

93 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO 7.3 CONTROLO DAS CONTAS A verificação das contas das Agências do BCEAO foi efectuada pelos Controladores Nacionais seguintes, designados pelos Ministros titulares das Finanças, em aplicação do Artigo 64 dos Estatutos do Instituto de Emissão, no final de um procedimento de concurso público : - no Benin, o escritório Fiduciário de África, representado pelo Senhor Johannes DAGNON ; - no Burkina, o Gabinete SOFIDEC Audit & Conseil, representado pelo Senhor Paulin OUEDRAOGO ; - na Côte d Ivoire, o Gabinete MAZARS de Côte d'ivoire, representado pelo Senhor Armand FANDOHAN ; - na Guiné-Bissau, o Gabinete BDO MBA do Senegal, representado pela Senhora Marie BA ; - no Mali, o Gabinete FAACIM-SARL, representado pelo Senhor Cheikh Abdoulaye CISSE ; - no Níger, os Gabinete KMC Audit e Conselho do Níger e MAZARS de Côte d'ivoire, representados respectivamente pelos Senhores Hassane KANEYE e Armand FANDOHAN ; - no Senegal, o Gabinete Aziz DIEYE, representado pelo Senhor Abdoul Aziz DIEYE ; - no Togo, o Gabinete AFRIQUE AUDIT & CONSULTING, representado pelo Senhor Anani K. CLOMEGAH. O controlo da contabilidade centralizada foi realizado pelo Gabinete ERNST & YOUNG RACINE do Senegal, representado pelo Senhor Makha SY. O controlo da aplicação das disposições da Convenção de Conta de operações, modificadas pela claúsula adicional n 1 assinada a 20 de Setembro de 2005 entre a França e os Estados da União foi efectuado, pela República francesa, pelo Senhor Serge TOMASI, e pelo escritório ERNST & YOUNG RACINE, Comissário- Controlador. 70

94 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO RELATÓRIO SOBRE O CONTROLO DOS ESTADOS FINANCEIROS DO BANCO CENTRAL DOS ESTADOS DA ÁFRICA OCIDENTAL RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE OS MAPAS FINANCEIROS Exercício Concluído a 31 de Dezembro de 2007 RACINE SA com Capital de FCFA RCCM : SN.DKR.95.B.73 - NINEA : S3 22, rua Ramez Bourgi - BP Dakar Tel. : (221) Fax : (221) MEMBRO DE ERNST & YOUNG Exmos Senhores Administradores do Banco Central dos Estados da África Ocidental-BCEAO Avenida Abdoulaye FADIGA DAKAR Senhores Administradores, Em execução da missão que nos confiada pelo Conselho dos Ministros da União Monetária Oeste- Africana (UEMOA), durante a sua sessão de 8 de Setembro de 2006, apresentamos-lhes o nosso relatório sobre o controlo dos mapas financeiros do BCEAO para o exercício concluído em 31 de Dezembro de A nossa missão de Comissário Controlador comporta a auditoria das contas da Sede do BCEAO e da centralização das contas das agências principais e auxiliares inspeccionadas pelos Controladores Nacionais designados em cada um dos países membros da UEMOA. Nós procedemos à auditoria dos mapas financeiros, quer dizer o balanço, as contas de perdas e proveitos, o quadro de variação dos capitais próprios, o quadro dos fluxos de tesouraria, bem como as notas anexas aos mapas financeiros para o exercício concluído em 31 de Dezembro de Estes mapas financeiros foram estabelecidos sob a responsabilidade do Serviço de Gestão do Banco Central. Cabe-nos, com base na nossa auditoria, exprimir uma opinião sobre estes mapas financeiros. A nossa auditoria foi efectuada em conformidade com as normas internacionais de auditoria tais como definidas pela International Federation of Accountants (IFAC), excepto a limitação abaixo descritas. Estas normas requerem a aplicação de diligências que permitam obter a garantia razoável de que os mapas financeiros não comportam anomalias significativas. Uma auditoria consiste em examinar, por sondagens, os elementos convincentes justificando os dados contidos nestes mapas financeiros. Ela consiste igualmente em apreciar os princípios contabilísticos contínuos e as estimativas significativas retidas para a decisão das contas e em apreciar a sua apresentação conjunta. Nós estimamos que os nossos controlos fornecem uma base razoável à opinião abaixo exprimida. Como o exercício precedente, o Controlador Nacional para a Côte d Ivoire não esteve em condições de efectuar as suas diligências de auditoria sobre as contas das agências de Bouaké, de Korhogo e de Man devido à insegurança prevalecente na zona. Estas agências que cessaram as suas actividades em 2002 foram objecto de ataques cuja avaliação de prejuízo está em curso. Em 31de Dezembro de 2007, os principais activos destas agências, tais como eles figuram nos mapas financeiros centralizados do Banco Central incluem uma contabilidade de FCFA, 50,412 mil milhões e imobilizações num valor líquido que se estima em FCFA 2,082 mil milhões. 71

95 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO Segundo as informações recolhidas junto do Serviço de Gestão do Banco e as que figuram na acta do Conselho de Administração do Banco realizado em 3 de Julho de 2007 em Dakar, o Governo da República da Côte d Ivoire comprometeu-se através dos seus representantes, a assumir as perdas que resultam destes acontecimentos. Porém, na ausência de finalização do processo de avaliação contraditória do dano sofrido e dum acordo formalizado entre as partes, foi impossível para nós exprimir uma opinião sobre a incidência destas operações nas contas do Banco. A nosso ver, excepto a incidência eventual do ponto acima evocado, estes mapas financeiros são regulares e sinceros e dão uma imagem fiel da situação financeira do BCEAO em 31 de Dezembro de 2007, dos seus resultados e da variação da situação financeira para o exercício concluído nesta data, em conformidade com as regras e com os métodos contabilísticos descritos nas notas anexas. Dakar, 21 de Março de 2008 RACINE MEMBRO DE ERNST & YOUNG Makha SY Associado 72

96 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO 7.5 MAPAS FINANCEIROS DO BCEAO A 31 DEZEMBRO DE

97 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO 74

98 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO 75

99 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO 76

100 CRONOLOGIA DAS PRINCIPAIS MEDIDAS DE POLÍTICA MONETÁRIA ADAPTADAS PELO BCEAO ENTRE 2002 E de Janeiro de 2002 No quadro da regulação da liquidez bancária na União Monetária Oeste Africana (UMOA), o Banco Central dos Estados da África Ocidental procedeu, ao seu primeiro leilão de Títulos do Banco Central para o ano 2002, com data valor de 7 de Janeiro de Com efeito, foram leiloados 400 títulos de um valor nominal de 20 mil milhões de maturidade de duas semanas. O leilão registou a participação de seis intervenientes que propuseram um montante total de 17, 3 mil mlhões. Desse montante foram satisfeitos 16, 8 mil milhões. A taxa marginal fixou-se em 5,00%. 16 de Abril de 2002 O Banco Central dos Estados da África Ocidental decidiu aumentar de 3,00% para 9,00%, o coeficiente das reservas obrigatórias aplicável aos Bancos no Mali, a partir do período de constituição que começou em 16 de Abril de Assim, os coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos na UEMOA fixaram-se como se segue, desde 16 de Abril de 2002 : - Benin : 9,00% ; - Burkina : 3,00% ; - Côte d'ivoire : 5,00% ; - Guiné Bissau : 3,00% ; - Mali : 9,00% ; - Níger : 5,00% ; - Senegal : 9,00% ; - Togo : 3,00%. Tratando-se dos estabelecimentos financeiros distribuidores de créditos, o coeficientes das reservas obrigatórias manteve-se em 5,0% em todos os Estados da UEMOA. 7 de Julho de 2003 Tomando em conta os resultados favoráveis registados em matéria de controlo da inflação e, de uma maneira geral, de estabilidade monetária, o Banco Central decidiu reduzir as suas taxas directoras de 100 pontos de base, a partir de segunda-feira 7 de Julho de Assim a taxa de redesconto passou de 6,50% para 5,50% e a taxa de cedência temporária de liquidez (pension) de 6,00% para 5,00%. Esta abrandamento da política das taxas de juro foi a expressão da confiança do Instituto de Emissão Comum na capacidade do sistema financeiro da União de assegurar o financiamento são e adequado do relançamento da economia regional. Ele acompanhou a dinâmica do mercado financeiro regional que se animou, graças nomeadamente às emissões de títulos públicos, organizadas em vários Estados da União, com o apoio do BCEAO. Finalmente, este afrouxamento monetário traduz a confiança do sector privado, dos aforadores, dos investidores e das instituições financeiras na durabilidade dos mecanismos de funcionamento da União Monetária. 20 de Outubro de 2003 Tendo a análise da conjuntura económica, monetária e financeira deixado sinais encorajadores sobre a retoma da actividade económica na maioria dos Estados da União, uma confirmação do 1 Trata-se das medidas que provocaram uma modificação dos instrumentos de política monetária. 77

101 CRONOLOGIA DAS PRINCIPAIS MEDIDAS DE POLÍTICA MONETÁRIA desaceleração de preços e uma consolidação das reservas de câmbios, o Banco Central decidiu prosseguir o abrandamento das suas condições monetárias, ao diminuir as suas taxas directoras de 50 pontos de base, desde segunda-feira 20 de Outubro de Assim a taxa de redesconto passou de 5,50% para 5,00% e a taxa de pensão de 5,00% para 4,50%. Este novo afrouxamento da política monetária foi a expressão da confiança do Instituto de Emissão Comum na capacidade do sistema financeiro de contribuir para o financiamento são e à um custo reduzido do relançamento da actividade económica nos Estados membros. Ele veio igualmente acompanhar a dinâmica do mercado financeiro regional que se mostrou animado nomeadamente pela emissões de títulos públicos, organizadas em vários Estados da União, com o apoio do BCEAO. 16 de Março de 2004 O Banco Central decidiu aumentar de 9,00% a 13,00%, o coeficiente das reservas obrigatórias aplicável aos bancos do Benin, a partir do período de constituição que começa em 16 de Março de Assim os coeficientes das reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos na UEMOA fixaramse como se segue, desde 16 de Março de 2004 : - Benin : 13,00% - Burkina : 3,00% - Côte d'ivoire : 5,00% - Guiné Bissau : 3,00% - Mali : 9,00% - Níger : 5,00% - Senegal : 9,00% - Togo : 3,00%. Para os estabelecimentos financeiros distribuidores de créditos, o coeficientes das reservas obrigatórias manteve-se em 5,00% em todos os Estados da UEMOA. 22 de Março de 2004 Considerando às evoluções favoráveis ao nível da orientação da actividade económica, do controlo da inflação e da consolidação das reservas de câmbio, o Banco Central decidiu prosseguir a relaxamento das suas condições monetárias, ao reduzir as suas taxas directoras de 50 pontos de base, a partir de segunda-feira de 22 de Março de Assim, a taxa de redesconto passou de 5,00% para 4,50% e a taxa de cedência temporária de liquidez de 4,50% para 4,00%. Este novo afrouxamento da política monetária, depois das reduções de 150 pontos de base das taxas directoras em 2003, traduziu a confiança do Instituto de Emissão Comum na capacidade do sistema financeiro de apoiar a retoma económica constatada nos Estados membros da União, por um financiamento de custo reduzido. Ele visava igualmente incentivar as iniciativas de investimentos necessários à consolidação da actividade económica. 16 de Junho de 2005 O Banco Central aumentou os coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos de 13,00% para 15,00% no Benin, de 3,00% para 7,00% no Burkina e de 5,00% para a 9,00% no Níger, a partir do período de constituição que começa em 16 de Junho de Assim os coeficientes das reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos da UEMOA fixaram-se como se segue, desde 16 de Junho de 2005 : - Benin : 15,00% - Burkina : 7,00% - Côte d'ivoire : 5,00% - Guiné Bissau : 3,00% 78

102 CRONOLOGIA DAS PRINCIPAIS MEDIDAS DE POLÍTICA MONETÁRIA - Mali : 9,00% - Níger : 9,00% - Senegal : 9,00% - Togo : 3,00%. Para os estabelecimentos financeiros distribuidores de créditos, o coeficiente de reservas obrigatórias fmanteve-se em 5,00% em todos os Estados da UMOA. 24 de Agosto de 2006 O Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) aumentou as suas taxas directoras de 0,25 ponto de percentagem desde 24 de Agosto de A partir desta data, a taxa de cedência temporária de liquidez passou de 4,00% para 4,25% e a taxa de redesconto de 4,50% para 4,75%. Esta decisão que visa confortar a contribuição da política monetária para a estabilidade macroeconómica, interveio num contexto marcado pelas preocupações suscitadas nomeadamente pela evolução previsível dos preços no seio dos Estados membros da União Monetária Oeste Africana (UMOA), susceptíveis de impedir a realização do objectivo de estabilidade de preços e, por conseguinte, de um crescimento económico são e duradouro. A decisão tomada pelo Banco Central intervém num contexto marcado, no plano internacional, pelas preocupações ligadas ao aumento sustentado de preços mundiais do petróleo que atingiram níveis recordes. Esta dinâmica que afecta o poder de compra das populações e a situação das finanças públicas, constitui um factor suplementar de tensões sobre os preços na União. A subida das taxas directoras do BCEAO contribui para o controlo da inflação no seio da UEMOA e, portanto, para a preservação da competitividade das economias dos Estados membros. Primeiro trimestre de 2007 A condução da política monetária, durante os três primeiros meses do ano 2007, foi marcada nomeadamente pelo regresso do Banco Central ao mercado monetário, com a realização semanal de leilões para a injecção de liquidez. Através da retoma das suas operações em 5 de Fevereiro de 2007, o BCEAO visava conter os efeitos de uma diminuição sensível da liquidez bancária em finais de 2006 nas taxas de juro. Estas operações deviam permitir criar as condições para uma reciclagem óptima das disponibilidades no mercado interbancário e preservar a coerência da hierárquica das taxas no mercado de capitais do curto prazo. No final do primeiro trimestre de 2007, o Banco Central organizou sete leilões para injecção de liquidez. As submissões recebidas evoluíram entre 18,1 e 40,9 mil milhões. As taxas de juro oferecidas flutuaram num intervalo de 3,975% a 5,500%. Segundo trimestre de 2007 Durante o segundo trimestre de 2007, o Banco Central prosseguiu a realização de leilões semanais de injecção de liquidez. No final deste trimestre, foram realizados treze leilões para a injecção de liquidez. As submissões recebidas evoluíram entre 21,3 mil milhões e 47,2 mil milhões. As taxas de juros oferecidas flutuaram num intervalo de 4,0000% a 4,3500%. Terceiro trimestre de 2007 Durante o terceiro trimestre de 2007, o Banco Central prosseguiu as suas intervenções, no mercado monetário. O Instituto de Emissão organizou treze leilões para injecção de liquidez, levando a trin- 79

103 CRONOLOGIA DAS PRINCIPAIS MEDIDAS DE POLÍTICA MONETÁRIA ta e três o número total destas operações desde a sua retoma em 5de Fevereiro de As submissões recebidas evoluíram entre 11,7 e 41,7 mil milhões. As taxas de juro oferecidas evoluíram num intervalo de 3,0000% a 4,2000%. Quarto trimestre de 2007 Durante o quarto trimestre 2007, o Banco Central prosseguiu as suas intervenções no mercado monetário. Assim, treze leilões foram organizados para injecção de liquidez, levando a quarenta e seis o número total destas operações desde 5 de Fevereiro de As submissões recebidas evoluíram entre 29,9 e 97,8 mil milhões biliões. As taxas de juro oferecidos flutuaram num intervalo de 3,3000% a 5,0000%. 80

104 PRINCIPAIS DOCUMENTOS PUBLICADOS PELO BANCO CENTRAL DOS ESTADOS DA ÁFRICA OCIDENTAL Periódicos 1 Relatório anual do BCEAO - de 1956 a 2007 (anual) 2 Notas de Informações e Estatísticas - de 1956 a Estatísticas monetárias (mensal) - Estatísticas económicas (trimestral) - Estudos e Pesquisas (trimestral) - Informações gerais (trimestral) 3 Boletim mensal de conjuntura de Outubro de 2005 a Maio de Boletim mensal de estatísticas monetárias e financeiras de Janeiro de 2005 a Abril de Nota trimestral de informações de Março de 2005 a Março de Anuário estatístico - de 2004 a Anuário dos bancos e estabelecimentos financeiros - de 1967 a Balanços e contas de resultados dos bancos e estabelecimentos financeiros (anual) - Balanços dos bancos e estabelecimentos financeiros - de 1967 a Balanços e contas de resultados dos bancos e estabelecimentos financeiros , Colectânea dos textos legais e regulamentares Monografias dos Sistemas Financeiros Descentralizados - de 1993 a 2005 (anual) 11 Perspectivas económicas dos Estados da UEMOA (2006, 2007) 12 Revista da estabilidade financeira da UEMOA (2006) 13 Revista Económica e Monetária (Junho de 2007, Dezembro de 2007) Obras 14 Plano Contável Bancário da UEMOA (4 volumes) - Dakar, Edição BCEAO, Agosto de Colectânea das instruções relativas à contabilização e à avaliação das operações bancárias - Volume I : Quadro regulamentar geral - Volume II : Documentos de síntese - Volume III : Transmissão dos documentos de síntese 15 História da UEMOA (3 tomos em francês e em inglês) - Paris, Edição Georges Israël, Janeiro de Sistema Contável Oeste-Africano (SYSCOA) (4 tomos) - Plano contável geral das empresas - Paris, Edição Foucher, Dezembro de Guia de aplicação - Paris, Edição Foucher, Outubro de Sistema mínimo de tesouraria - Paris, Edição Foucher, Outubro de Quadros de Passagem - Paris, Edição Foucher, Outubro de Metodologia de Análise Financeira - Dakar, Edição BCEAO,

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