RELATÓRIO ANUAL 2012 VERSÃO RESUMIDA

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1 RELATÓRIO ANUAL 2012 VERSÃO RESUMIDA

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3 RELATÓRIO ANUAL 2012 VERSÃO RESUMIDA

4 Banco Central dos Estados da África Ocidental Avenue Abdoulaye FADIGA BP 3108 Dakar Sénégal ISSN

5 SUMÁRIO AS ETAPAS RELEVANTES DO BCEAO EM COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS E ORGANIGRAMA DO BCEAO MENSAGEM DO GOVERNADOR VISTA PANORÁMICA I - AMBIENTE ECONÓMICO E FINANCEIRO AMBIENTE ECONÓMICO E FINANCEIRO INTERNACIONAL AMBIENTE ECONÓMICO E FINANCEIRO DA UMOA Produto interno bruto Produção agrícola Extracção mineira Produção industrial e volume de negócio do comércio de retalho Evolução dos preços Finanças públicas Balança dos pagamentos Mobilização dos recursos e situação da dívida externa II EXECUÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA OBJECTIVOS DA POLÍTICA MONETÁRIA ACÇÃO MONETÁRIA Política das taxas de juro Operações de open market Acções sobre os balcões permanentes de refinanciamento Dispositivo das reservas obrigatórias EVOLUÇÃO DOS AGREGADOS MONETÁRIOS Activos externos líquidos Crédito interno Posição líquida dos Governos Créditos à economia Evolução dos créditos recenseados na Central de riscos Massa monetária e base monetária Poupança privada coletada pelos bancos e as caixas de poupança Crédito do Banco Central Evolução das reservas obrigatórias Operações do mercado interbancário Operações do mercado dos valores públicos e privados III - EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO GESTÃO DA CIRCULAÇÃO FIDUCIÁRIA Levantamentos e depósitos nos balcões Levantamentos Depósitos Composição da circulação fiduciária Relatório anual do BCEAO

6 3.2 - EXECUÇÃO DOS PAGAMENTOS DENTRO DA UMOA Movimentos de notas externas nos balcões das Agências do BCEAO Transferências entres os Estados membros da UMOA EXECUÇÃO DOS PAGAMENTOS COM O EXTERIOR Operações com o estrangeiro através de notas Transferências escriturais FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS DE PAGAMENTO Sistema de Transferência Automatizado e Pagamento na UEMOA (STAR-UEMOA) Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA) Sistema monético interbancário regional Central dos Incidentes de Pagamento Vigilância dos sistemas de pagamento Quadro jurídico e regulamentar IV SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO Evolução da rede bancária Atividade dos bancos e das instituições financeiras Situação em relação ao dispositivo prudencial Dispositivo dos acordos de classificação EVOLUÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO REGIONAL EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS FINANCEIROS DESCENTRALIZADOS Indicadores de atividade Execução do Programa Regional de Apoio à Finança Descentralizada (PRAFIDE) Desenvolvimento do quadro jurídico e do dispositivo prudencial Vigilância do sector da microfinança Melhoria da informação financeira Reforço das capacidades Balanço do sector e perspetivas REFORÇO DA ESTABILIDADE FINANCEIRA Reuniões do Comité de Estabilidade Financeira na UMOA Acompanhamento dos riscos dentro do sistema bancário Instalação do Fundo de Garantia dos Depósitos das instituições financeiras na UMOA Desenvolvimento do dispositivo prudencial aplicável às estabelecimentos de crédito da UMOA Autorização das estabelecimentos financeiras com carácter bancário a receberem depósitos de fundos do público Atualização da legislação sobre o litígio das infracções à regulamentação das relações financeiras exteriores Instalação de um quadro jurídico específico de tratamento das contas dormentes na UEMOA Melhoria do quadro regulador e do dispositivo de gestão dos sistemas de pagamento Revisão dos documentos legais relativos ao combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo Atualização do quadro regulamentar relativo às operações de pensão paga Instalação dos Especialistas em Valores do Tesouro (EVT)...88 Relatório anual do BCEAO

7 Finalização dos textos relativos à política monetária...88 V. OUTRAS ATIVIDADES DO BCEAO GESTÃO DAS RESERVAS CAMBIAIS INTEGRAÇÃO ECONÓMICA DOS ESTADOS MEMBROS DA UEMOA COOPERAÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA Relações com as instituições de Bretton Woods Relações com as outras instituições OUTRAS ATIVIDADES E OUTROS PROJECTOS DO BCEAO Recolha, gestão e difusão de informações estatísticas Central dos balanços...94 V I QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO VIDA E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Conselho dos Ministros da UMOA Comité de Política Monetária do BCEAO Conselho de Administração do BCEAO Comité de Auditoria do BCEAO ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO Gestão dos recursos humanos Organigrama e medidas individuais Pessoal Formação Evolução da rede do BCEAO Sistema de informação e de comunicação Modernização da documentação e dos arquivos Dispositivos de gestão dos riscos e actividades de controlo Dispositivo do controlo de gestão ANEXOS Cronologia das principais medidas de política monetária adotadas pelo BCEAO Principais documentos publicados pelo BCEAO LISTA DOS GRÁFICOS Gráfico 1 : taxa de crescimento do PIB real da UEMOA Gráfico 2 : produções alimentícias Gráfico 3 : produções agrícolas de exportação...41 Gráfico 4 : crédito interno Gráfico 5 : massa monetária Gráfico 6 : base monetária Gráfico 7 : UMOA situação monetária integrada Gráfico 8 : poupança interna dos particulares e das empresas Gráfico 9 : entradas e saídas de notas nos balcões do BCEAO Gráfico 10 : entradas e saídas de moedas nos balcões do BCEAO Relatório anual do BCEAO

8 Gráfico11: evolução do pessoal do BCEAO LISTA DAS TABELAS Tabela 1 : evolução das taxas médias anuais de câmbio (FCFA por unidade monetária) Tabela 2 : evolução das taxas médias trimestrais de câmbio (FCFA por unidade monetária) Tabela 3 : variação dos preços ao consumo em 2011 e Tabela 4 : coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos Tabela 5 : situação monetária integrada Tabela 6 : evolução dos activos externos líquidos por país...49 Tabela 7 : evolução da posiçãolíquida do Governo por país Tabela 8 : evolução dos créditos à economia por país Tabela 9 : evolução da massa monetária por país Tabela 10 : evolução por país da poupança privada recolhida pelos bancos e pelas caixas de poupança...56 Tabela 11 : apoio do Banco Central Tabela 12 : intervenções do BCEAO Tabela 13 : apoio do Banco Central...59 Tabela 14 : créditos à economia e refinanciamentos...60 Tabela 15 : distribuição dos refinanciamentos de créditos à economia conforme os balcões...60 Tabela 16 : evolução das reservas constituídas pelos bancos...61 Tabela 17 : evolução das reservas constituídas pelos estabelecimentos financeiros...61 Tabela 18 : evolução das taxas interbancárias em 2012 (média ponderada)...62 Tabela 19 : evolução dos empréstimos interbancários na UMOA em Tabela 20 : distribuição dos levantamentos nos balcões das Agências do BCEAO...64 Tabela 21 : distribuição dos depósitos nos balcões das Agências do BCEAO Tabela 22 : composição das notas e moedas em circulação Tabela 23 : movimentos de notas externas nos balcões das Agências do BCEAO Tabela 24 : disposições entre os países da UMOA...68 Tabela 25 : fluxo das transferências mediante o BCEAO...70 Tabela 26 : evolução de alguns indicadores de STAR-UEMOA em Tabela 27 : dados característicos dos intercâmbios no SICA-UEMOA até 31 de dezembro de Tabela 28 : dados da aplicação da CIP até 31 de dezembro de Tabela 29 : distribuição dos estabelecimentos de crédito por país Tabela 30 : evolução dos empregos e dos recursos dos bancos e das instituições financeiras da UMOA...78 Tabela 31 : acordos de classificação tratados em Relatório anual do BCEAO

9 A UNIÃO MONETÁRIA DA ÁFRICA OCIDENTAL (UMOA) A União Monetária da África Ocidental (UMOA), instituída pelo Tratado de 12 de maio de 1962 substituído pelos de 14 de novembro de 1973 e de 20 de janeiro de 2007, agrupa os oito Estados membros seguintes, situados em África Ocidental : BENIM BURKINA FASO CÔTE D'IVOIRE GUINÉ-BISSAU MALI NÍGER SENEGAL TOGO O Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), cujo quinquagésimo aniversário de atividade é aqui apresentado, o Instituto de emissão comum aos Estados membros da UMOA é, nomeadamente encarregado da gestão da sua moeda comum, o Franco da Comunidade Financeira Africana (FCFA), das suas reservas cambiais e da execução da política monetária comum. N.B. Na falta de qualquer outra especificação, os valores indicados neste relatório estão expressos em francos CFA. Relatório anual do BCEAO

10 AS ETAPAS RELEVANTES DO BCEAO EM 2012 Para o BCEAO, o exercício anterior foi marcado pelos eventos a seguir. NO PLANO MONETÁRIO E FINANCEIRO Quinquagésimo aniversário do BCEAO O ano 2012 marca o quinquagésimo aniversário do Banco Central dos Estados da África Ocidental. Aquando do lançamento das manifestações comemorativas desse evento, o Presidente em exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União, a Sua Excelência O Senhor Faure Essozimna GNASSINGBE, Presidente da República do Togo, dirigiu uma mensagem às populações da União. Essa mensagem foi difundida nos canais televisivos nacionais dos Estados membros da União a 31 de outubro de 2012, véspera da data de entrada em vigor do Tratado de 12 de maio de 1962 que instituiu a UMOA. No âmbito dessa mesma celebração, o BCEAO organizou um Simpósio, realizado em Dakar a 5 e 6 de novembro de 2012, sobre o tema «Integração monetária e alterações do sistema financeiro internacional : balanço e perspetivas». O Simpósio pretendia não só fazer o balanço dos cinquenta anos do BCEAO, mas também analisar as evoluções da reflexão económica e financeira e as práticas dos bancos centrais, examinando ao mesmo tempo os novos desafios ligados à criação e à consolidação das zonas monetárias. O Simpósio registou a participação de cerca de duzentos convidados vindos dos cinco continentes. A cerimónia de abertura do evento foi presidida pelo Chefe do Estado senegalês, A Sua Excelência O Senhor Macky SALL. A cerimónia de encerramento foi presidida pela Sua Excelência O Doutor Alassane Ouattara, Presidente da República da Côte d Ivoire, na presença do seu homólogo senegalês, acompanhados pelas suas respetivas esposas. Na cerimónia de encerramento do Simpósio, foi atribuído o Prémio Abdoulaye FADIGA para a promoção da Investigação Económica, edição de 2012 «Especial Cinquentenário do BCEAO». Seminário sobre a reforma do dispositivo de elaboração da balança de pagamentos dentro da UEMOA O BCEAO organizou de 23 a 27 de abril de 2012, na sua Sede, um seminário relativo à reforma do dispositivo de elaboração da balança de pagamentos dentro da UEMOA. Esse encontro, consagrado ao lançamento da produção da balança dos pagamentos segundo a metodologia da 6ª edição do Manual do FMI dentro da União, reuniu os membros do Grupo de Trabalho constituído por Direcções Nacionais, Direcções dos Serviços Centrais que contribuem para os trabalhos de elaboração da balança dos pagamentos e da Direcção da Investigação e da Estatística que assegura a Secretaria Técnica. Os objetivos do encontro eram nomeadamente a formação de todos os atores da produção das contas externas sobre os princípios e os conceitos da 6ª edição do Manual da balança dos pagamentos e da posição exterior global, com o apoio da missão técnica do FMI, bem como a examinação e a validação dos documentos elaborados pela Secretaria Técnica do Grupo de Trabalho. Relatório anual do BCEAO

11 Concertação regional sobre o desenvolvimento do «mobile banking 1» O desenvolvimento do mobile banking é um eixo estratégico prioritário escolhido pelo BCEAO para a promoção da utilização dos meios de pagamento electrónico e a inclusão financeira das populações desfavorecidas da UEMOA. Assim, foram realizadas em 2012, várias ações que visam a promoção do mobile banking dentro da UEMOA. Trata-se de facto da assinatura de um protocolo de acordo com «Consultative Group to Assist the Poor» CGAP 2 para a realização de estudos relativos à oferta e à procura de serviços financeiros pelas populações da União, da elaboração de um plano de ações para o desenvolvimento do mobile banking dentro da UEMOA, mas também a instalação de um Comité de Peritos encarregado de definir a sua estratégia de desenvolvimento. Nesse âmbito, realizou-se uma consertação regional na Sede do BCEAO em Dakar, de 27 a 29 de junho de 2012, com vista a partilhar as experiências dos países pioneiros no domínio do mobile banking, suscitar o diálogo entre as principais partes implicadas e propor eixos estratégicos de promoção desse meio de pagamento dentro da UEMOA. A concertação reuniu sessenta e oito (68) participantes provenientes dos Bancos Centrais do Quénia, da Tanzânia e das Filipinas, organismos internacionais parceiros ao desenvolvimento, tais como o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), «Consultative Group to Assist the Poor» (CGAP) e a Associação mundial das empresas de telecomunicação (GSMA). Também dela tomaram parte, representantes do sector bancário e da microfinança e estabelecimentos emissores de moeda electrónica, empresas de telefonia móvel, da Agência de Regulação das Telecomunicações e dos Correios do Senegal, e agentes da Secretaria Geral da Comissão Bancária da UMOA e do BCEAO. Seminário regional sobre a melhoria do setor da microfinança O Grupo de trabalho Estados-BCEAO encarregado de propor medidas para a preservação e a consolidação da viabilidade do setor da microfinança dentro da UMOA, foi instalado pelo Conselho dos Ministros da União em outubro de No decorrer do ano 2012, esse Grupo de trabalho organizou concertações nacionais em cada Estado membro da União, de abril a maio, com o intuito de proceder ao censo das preocupações de todos os intervenientes do setor e de identificar vias de soluções. Além disso, organizou três (3) reuniões temáticas em julho e em agosto de 2012 sobre «a governação e os sistemas de informação dos Sistemas Financeiros Descentralizados (SFD)», A fiscalização e a viabilidade financeira dos SFD» e «A recuperação dos SFD em dificuldade». Com vista a aprovar as conclusões dessas reuniões, foi organizado um seminário regional de síntese pelo Grupo de trabalho a 6 e 7 de setembro de 2012, na Sede do BCEAO, em Dakar. Esse encontro reuniu os representantes dos Estados membros da UMOA, do BCEAO e das Associações Profissionais dos Sistemas Financeiros Descentralizados (APSFD), pessoas-recurso, e parceiros técnicos e financeiros, nomeadamente a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), a Cooperação de Luxemburgo, o Grupo Consultativo de Assistência aos Pobres (CGAP), Desenvolvimento Internacional Desjardins (DID), o Fundo de Equipamento das Nações Unidas (FENU) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 1 O mobile banking, no sentido estrito do termo, designa os serviços bancários por telefone, prestados pelos bancos. Trata-se maioritariamente de serviços de consulta, pagamento de facturas, transferência de capitais, etc. No sentido lato, o conceito abrange todos os sistemas financeiros que podem ser prestados com ou sem conta bancária por qualquer instituição autorizada para o efeito. 2 CGAP Consultative Group to Assist the Poor Organização Não Governamental membro do Grupo do Banco Mundial que atua no domínio da microfinança e dos serviços financeiros inclusivos. Relatório anual do BCEAO

12 O encontro permitiu nomeadamente, proceder à adopção das recomendações dos trabalhos temáticos do Grupo de trabalho e identificar as medidas complementares para a melhoria da governação, dos sistemas de informação e da fiscalização dos SFD dentro da UMOA, e as soluções susceptíveis de possibilitar a recuperação dos SFD em dificuldade. O plano de ações para a preservação e a consolidação da viabilidade do setor da microfinança dentro da União, surto do seminário acima mencionado, foi adoptado pelo Conselho dos Ministros da UMOA, por Decisão N o CM/UMOA/024/12/2012, aquando da sua sessão ordinária de 14 de dezembro de Cerimónia de lançamento da nova nota de 500FCFA A 3 de novembro de 2012, a Sua Excelência O Senhor Macky SALL, Presidente da República do Senegal visitou a Sede do BCEAO. Após a alocução de boas vindas do Governador Tiémoko Meyliet KONE, essa visita foi marcada pelo discurso de lançamento da nova nota de 500FCFA, durante o qual, a Sua Excelência O Senhor Macky SALL aclamou os desempenhos do BCEAO e felicitou o seu pessoal. A seguir, o Presidente da República do Senegal e o Governador do BCEAO desvendaram a nova nota. A sua Excelência O Senhor Macky SALL visitou também o Museu da Moeda, a sala dos Conselhos e a sala panorâmica dos banquetes. Concertação regional sobre a promoção da bancarização e da utilização dos meios escriturais de pagamento dentro da UEMOA O BCEAO organizou, na sua Sede de 21 a 23 de novembro de 2012, uma concertação regional sobre a promoção da bancarização e da utilização dos meios de pagamento na UEMOA. Esse encontro, que se inscreve no âmbito da avaliação das estratégias implementadas desde 2007 para, facilitar o acesso das populações aos serviços financeiros, por um lado, e por outro lado, promover a utilização de novos meios de pagamento, visava dois objetivos principais, isto é a avaliação da execução do plano de ações para a promoção da bancarização e a utilização dos meios escriturais de pagamento, bem como a definição de um novo plano estratégico para a promoção da inclusão financeira dentro da UEMOA. Para além do BCEAO, essa concertação registou a participação de delegações provenientes das administrações financeiras públicas, dos bancos e das associações profissionais de bancos e estabelecimentos financeiros, dos Sistemas Financeiros Descentralizados, dos parceiros exteriores tais como Bank Al-Maghrib, o Comité Consultativo do Setor Financeiro Francês, Consultative Group to Assist the Poor (CGAP), a Alliance for Financial Inclusion (AFI) e associações de consumidores. Convém assinalar que antes desta concertação, foram organizados encontros em todos os países da União durante o ano 2012, com todos os atores concernentes para examinar no plano local, o estado de execução do plano Em perspectiva, estão previstas sessões de restituição das conclusões da concertação regional em todos os países da União, para uma implicação de todos os atores na execução das recomendações. Relatório anual do BCEAO

13 Seminário de formação sobre «O combate ao branquamento de capitais e o financiamento do terrorismo e atividades dos bancos centrais» De 10 a 12 de dezembro de 2012, realizou-se na Sede do BCEAO em Dakar, um seminário de formação sobre o «Combate ao branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo e atividades dos Bancos Centrais». Esse seminário inscreve-se no âmbito do reforço das capacidades dos agentes do BCEAO no domínio do combate ao branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, para uma melhor gestão dessa atividade dentro do Banco Central, de acordo com as obrigações legais que lhe incumbem. Registou a participação dos representantes do BCEAO, do Grupo Intergovernamental de Ação contra o Branqueamento de Capitais em África Ocidental (GIABA), do Banco da França, da Empresa SWIFT, da Autoridade de Controlo Prudencial (ACP) da França, da Célula Nacional de Tratamento das Informações Financeiras (CENTIF) do Senegal. NO PLANO DA INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E DA COOPERAÇÃO MONETÁRIA Participação do BCEAO no seminário de formação dos Administradores do site da Associação dos Bancos Centrais Africanos (ABCA) A Secretaria permanente da Associação dos Bancos Centrais Africanos (ABCA) organizou, com o apoio do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), um seminário de formação dos Administradores do site da ABCA nos Bancos Centrais membros, a 21 e 22 de maio de 2012 em Dakar, na Sede do BCEAO. Esse seminário pretendia formar os participantes relativamente aos novos procedimentos de administração, com vista a favorecer o domínio do sistema de gestão de conteúdo utilizado e a atualização regular do site pelos bancos centrais membros com dados de qualidade. O seminário registou a participação de vinte e cinco (25) delegados provenientes de vinte (20) Instituições membros. Seminário de formação dos formadores relativamente ao quadro jurídico aplicável aos SFD da União O BCEAO organizou na sua Sede em Dakar, um seminário de formação dos formadores sobre o quadro jurídico aplicável aos Sistemas Financeiros Descentralizados (SFD) da UMOA, de 21 a 25 de maio de Para além dos agentes do BCEAO e da Secretaria Geral da Comissão Bancária da UMOA, o seminário reuniu uma vintena de participantes em representação das Estruturas Ministeriais de Seguimento (EMS) dos SFD, bem como o parceiro ao desenvolvimento no âmbito da execução do Programa Regional de Apoio à Finança Descentralizada (PRAFIDE), isto é Lux- Development. Esse encontro pretendia favorecer a apropriação do novo quadro jurídico aplicável aos SFD pelos agentes que dependem das Autoridades de controlo. Seminário sobre o tema «Avaliação das políticas públicas» No âmbito da execução do seu programa de reforço das capacidades das Administrações Económicas e Financeiras dos Estados membros da UEMOA, o BCEAO organizou um seminário regional de formação sobre o tema «Avaliação das políticas públicas», de 4 a 8 de junho de 2012, em Lomé (Togo). Essa sessão visava conhecer as potencialidades ofertas pela avaliação das políticas públicas como instrumento de apoio à decisão e ferramenta de melhoria do desempenho público e levar os participantes a se familiarizarem com as principais técnicas de avaliação das políticas públicas. Reuniu uma quinzena de agentes provenientes das Administrações económicas e financeiras dos Estados membros da União. Relatório anual do BCEAO

14 Seminário regional conjunto Instituto para o desenvolvimento das capacidades (IDC) do FMI/COFEB sobre o tema «Gestão macroeconómica e questões de dívida» No âmbito da execução das acções externas de formação do Banco Central para o exercício 2012, o COFEB organizou de 25 de junho a 6 de julho de 2012 na Sede do BCEAO, um seminário regional sobre o tema «Gestão macroeconómica e questões de dívida», em parceria com o Instituto para o Desenvolvimento das Capacidades (IDC) do FMI. Essa sessão reuniu vinte e oito (28) participantes provenientes das estruturas encarregadas da gestão da dívida nas Administrações económicas e financeiras dos oito (8) Estados membros da UMOA, da Guiné, da Mauritânia, do Burundi e da República Democrática do Congo. Ainda, dela tomaram parte, agentes do BCEAO. A cerimónia de abertura realizou-se na presença do Embaixador do Reino da Bélgica no Senegal, cujo Governo deu um apoio financeiro para a organização da sessão. O objetivo visado por esse seminário era permitir aos participantes familiarizarem-se com os principais conceitos e quadros utilizados na elaboração da estratégia de gestão da dívida interna e externa. O seminário devia permitir também aos participantes entenderem melhor o papel da estratégia de individamento na gestão macroeconómica e familiarizarem-se com a nova maqueta de elaboração das estratégias de gestão da dívida pública a médio prazo, desenvolvida pelas Instituições de Bretton Woods. Concertação anual entre a OHADA e os Órgãos e as Instituições da UEMOA e da CEMAC dotados de poderes regulamentares O BCEAO tomou parte de um encontro, realizado a 30 de agosto de 2012,na sua Sede em Dakar, no âmbito das concertações anuais entre a Secretaria Permanente da Organização para a Harmonização do Direito dos Negócios em África (OHADA) e os Órgãos e as Instituições da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) e da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC) dotados de poderes regulamentares. Esse encontro reuniu vinte e três (23) participantes da Secretaria Permanente da Organização para a Harmonização do Direito dos Negócios em África (OHADA), do Banco dos Estados da África Central (BEAC), da Comissão da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), da Comissão Bancária da União Monetária da África Ocidental (CB-UMOA, da Comissão Bancária da África Central (COBAC), da Conferência Interafricana dos Mercados de Seguros (CIMA), da Conferência Interafricana de Previdência Social (CIPRES) e do Conselho Regional da Poupança Pública e dos Mercados Financeiros (CREPMF). Depois dos intercâmbios, os participantes realçaram a especificidade do direito bancário, monetário e financeiro bem como a do direito da previdência social e do direito de contabilidade das empresas submetidas a um regime particular que realça o seu carácter derogatório em relação ao direito comum da OHADA. Salientaram a necessidade de reforçar esse tipo de concertação para determinar soluções comuns e adaptadas tendo em conta a autonomia e a particularidade do direito aplicável aos domínios regidos por normas específicas, em relação ao direito OHADA. Os participantes tiveram também um intercâmbio sobre um quadro permanente de concertação (CPC), cujas modalidades de execução e composição foram especificadas. A instalação desse quadro foi recomendada pelo Conselho dos Ministros da OHADA, aquando da sua sessão realizada de 13 a 15 de dezembro de 2010 em Lomé. Após a instalação do CPC, o BCEAO foi convidado a aceitar assumir a sua secretaria, para o primeiro mandato. Relatório anual do BCEAO

15 Sexta reunião da Célula sub-regional encarregada da reconcialiação dos dados sobre os intercâmbios intra-uemoa A sexta reunião da Célula sub-regional encarregada da reconciliação dos dados sobre os intercâmbios intra-uemoa realizou-se na Sede do BCEAO a 24 e 25 de setembro de Esse encontro reuniu participantes provenientes das administrações estatísticas e aduaneiras dos Estados membros da União, da Comissão da UEMOA e das Direções Nacionais do BCEAO. O objetivo desse encontro era proceder a uma análise minuciosa das assimetrias notadas nas declarações estatísticas bilaterais dos Estados, para uma aproximação dos dados do comércio intra-uemoa para o ano 2011 e avaliar as transações intra-comunitárias no turismo, nas remessas dos trabalhadores emigrantes e dos investimentos diretos estrangeiros. A reunião ofereceu a oportunidade de examinar e de adoptar uma nota metodológica comum para a estimação da taxa de frete para os países da União. Permitiu também fazer a situação relativamente à execução das recomendações das reuniões anteriores da Célula e para formular novas, com vista a consolidar o dispositivo de seguimento dos intercâmbios exteriores da UEMOA. Seminário regional conjunto AFRITAC Ocidental/BCEAO sobre o tema «Gestão dos bancos em dificuldade e resolução das crises bancárias» O BCEAO organizou na sua Sede em Dakar, em parceria com o Centro Regional de Assistência Técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a África Ocidental (AFRITAC Ocidental), um seminário regional de formação sobre o tema «Gestão dos bancos em dificuldade e resolução das crises bancárias», de 1 a 5 de outubro de Esse seminário tinha como objetivo principal familiarizar os participantes com os elementos-chaves da análise das dificuldades dos bancos e reexaminar as técnicas utilizadas na resolução das crises bancárias. Visava, especificamente, melhorar os seus conhecimentos relativamente aos meios preventivos de deteção de uma falhança bancária, as medidas alternativas de resolução das crises e de preservação da estabilidade financeira, as condições de execução das administrações provisórias, de planos de salvação ou de liquidação das crises na Zona UEMOA. A sessão reuniu trinta e seis (36) participantes, essencialmente agentes de enquadramento dos Ministérios da Economia e das Finanças dos oito (8) Estados membros da UEMOA, das Direções Nacionais e da Sede do BCEAO, da Secretaria Geral da Comissão Bancária da UMOA, da Comissão da UEMOA, do Banco Central da Mauritânia e do Banco Central da República da Guiné. NO PLANO DA GESTÃO DO BCEAO Encontro entre o Governador e os Diretores Gerais O Governador Tiémoko Meyliet KONE, procedeu à entrega oficial das cartas de missão aos Diretores Gerais, a 9 de janeiro de 2012, na Sede da Instituição. Esse encontro que registou a participação dos Vice-Governadores e do Secretário Geral, visava felicitar os Directores Gerais e lembrar que a sua nomeação responde à necessidade para o Instituto de emissão, adaptar a sua organização ao alargamento das suas tarefas tradicionais e à evolução do ambiente económico internacional. Essa notificação solene das cartas de missão é o símbolo de um novo modo de gestão dos recursos humanos dentro do Banco. A esse respeito, o Senhor Governador insistiu sobre a importância dos Diretores Gerais na cadeia de decisão dentro da Instituição e apelou-os para a solidariedade para uma melhor partilha das boas práticas. Relatório anual do BCEAO

16 O Diretor Geral da Administração e do Património, O Senhor Siriki KONE, em nome dos Diretores Gerais, agradeceu as Autoridades do Banco pela confiança dispensada e pelos conselhos sábios a eles dados. Tomou, nomeadamente, o comprisso de atuar sempre para o alcance dos objetivos que lhes foram fixados. Seminário de alto nível sobre o tema «A planificação estratégica e a gestão baseada nos resultados» O BCEAO organizou, de 7 a 12 de maio de 2012 na sua Sede, um seminário de alto nível sobre o tema «A planificação estratégica e a gestão baseada nos resultados» em prol da sua gestão. Esse seminário intervem quatro meses após a reorganização dos Serviços do Banco Central, após a qual, o Senhor Governador fixou aos Diretores Gerais, através das suas cartas de missão, objetivos que devem ser declinados em planos de ações. A execução eficaz desses planos precisa do domínio de ferramentas da planificação estratégica e da gestão baseada nos resultados. Essas ferramentas permitem alertar os gestores, através de um sistema de informação de gestão pelos quadros dos aparelhos de comando, sobre as derrapagens possíveis para que possam tomar, na altura certa, as medidas corretivas em curso de execução. A gestão baseada nos resultados pretende melhorar a tomada de decisão e levar os gestores a terem consciência da importância da responsabilidade e da transparência em matéria de gestão. Seminário sobre o tema «Metodologia e práticas de auditoria interna» No âmbito do reforço das capacidades dos seus auditores internos, o BCEAO organizou um seminário sobre o tema «Metodologia e práticas de auditoria interna», de 17 a 21 de dezembro de 2012 em Dakar. A organização desse seminário realça a importância que as Autoridades do Banco dão ao reforço das capacidades dos auditores internos, nomeadamente com a execução do programa de certificação profissional no período Deveria permiitir consolidar a integração harmoniosa de agentes principiantes no ofício de auditoria e dar aos auditores mais confirmados, a oportunidade de confrontar as suas experiências às boas práticas e às normas internacionais. Relatório anual do BCEAO

17 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS E ORGANIGRAMA DO BCEAO Relatório anual do BCEAO

18 COMPOSIÇÃO DA CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA UMOA a 31 de dezembro de 2012 PRESIDENTE : Sua Excelência Faure Essozimna GNASSINGBE, Presidente da República do Togo. Sua Excelência Boni YAYI, Presidente da República do Benim. Sua Excelência Blaise COMPAORE, Presidente do Burkina Faso. Sua Excelência Alassane OUATTARA, Presidente da República da Côte d Ivoire. Sua Excelência Manuel Serifo NHAMADJO, Presidente da República da Guiné-Bissau, por interino. Sua Excelência Dioncounda TRAORE, Presidente da República do Mali, por interino. Sua Excelência Issoufou MAHAMADOU, Presidente da República do Níger. Sua Excelência Macky SALL, Presidente da República do Senegal. Sua Excelência Faure Essozimna GNASSINGBE, Presidente da República do Togo. Relatório anual do BCEAO

19 COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DOS MINISTROS DA UMOA a 31 de dezembro de 2012 Presidente : Sr. Tièna COULIBALY Ministro da Economia, das Finanças e do Orçamento da República do Mali. República do Benim Sr es. Jonas GBIAN, Ministro da Economia e das Finanças ; Marcel de SOUZA, Ministro do Desenvolvimento, da Análise Económica, e da Prospetiva. Burkina Faso Sr es. Lucien Marie Noël BEMBAMBA, Ministro da Economia e das Finanças ; Vincent ZAKANE, Ministro Delegado junto ao Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Regional, Encarregue da Cooperação Regional. República da Côte d Ivoire Sr a. Nialé KABA, Ministro junto ao Primeiro Ministro, encarregue da Economia e das Finanças; Sr. Ally COULIBALY, Ministro da Integração Africana. República da Guiné-Bissau Sr es. Abubacar Demba DAHABA, Ministro das Finanças ; Abubacar BALDE, Ministro do Comércio, da Indústria e da Valorização dos Produtos Locais. República do Mali Sr es. Tièna COULIBALY, Ministro da Economia, das Finanças e do Orçamento ; Marimpa SAMOURA, Ministro Delegado junto ao Ministro da Economia, das Finanças e do Orçamento, Encarregue do Orçamento. República do Níger Sr es. Gilles BAILLET, Ministro das Finanças ; Amadou Boubacar CISSE, Ministro de Estado, Ministro do Plano, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Comunitário. República do Senegal Sr es. Amadou KANE, Ministro de Estado, Ministro da Economia e das Finanças ; Abdoulaye Daouda DIALLO, Ministro Delegado junto ao Ministro da Economia e das Finanças, encarregue do Orçamento. República do Togo Sr es. Adji Otèth AYASSOR, Ministro da Economia e das Finanças ; Mawussi Djossou SEMODJI, Ministro junto ao Presidente da República, encarregue da Planificação, do Desenvolvimento e do Ordenamento do Território. Relatório anual do BCEAO

20 COMPOSIÇÃO DO COMITE DE POLÍTICA MONETÁRIA DO BCEAO a 31 de dezembro de 2012 PRESIDENTE : Sr. Tiémoko Meyliet KONE Governador do BCEAO. Sr. Jean-Baptiste M. P. COMPAORE, Vice-Governador do BCEAO, Sr. Mamadou DIOP, Vice-Governador do BCEAO. MEMBROS REPRESENTANDO OS ESTADOS República do Benim Sr. Houéssou Yaovi HADONOU, Diretor dos Assuntos Monetários e Financeiros. Burkina Faso Sr. Ousmane OUEDRAOGO, Antigo Vice-Governador do BCEAO, Antigo Ministro de Estado, antigo Ministro das Finanças e do Plano. República da Côte d Ivoire Sr. Kanvaly DIOMANDE, Conselheiro Especial do Primeiro Ministro. República da Guiné-Bissau Sr. Rui Duarte FERREIRA, Diretor de Gabinete do Ministro das Finanças. República do Mali Sr. Bangaly N'ko TRAORE, Diretor Geral da Dívida Pública. República do Níger Sr. Mahamane ANNOU MALLAM, Antigo Presidente do Grupo de Estudo e Pesquisa em Desenvolvimento Económico e Social (GERDES). República do Senegal Sr a Gnounka DIOUF, Ministra Conselheira na Presidência da República República dotogo Sr. Mongo AHARH-KPESSOU, Secretário Permanente para o Seguimento das Políticas de Reformas e dos Programas Financeiros. República Francesa Sr a Françoise DRUMETZ, Diretora da Cooperação Exterior do Banco da França. MEMBROS NOMEADOS INTUITU PERSONAE Sr a Karidia SANON, Professora na Unidade de Formação e de Pesquisa em Ciências Económicas e de Gestão (UFR/CEG) na Universidade de Ouagadougou (Burkina-Faso). Sr a Aoua SYLLA BARRY, Secretária Geral do Ministério das Minas BAMAKO (República do Mali). Sr a Aïchatou KANE, Governadora da Região de Niamey NIAMEY (República do Níger). Relatório anual do BCEAO

21 COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO a 31 de dezembro de 2012 PRESIDENTE : M. Tiémoko Meyliet KONE Governador do BCEAO República do Benim Sr a Fatima Sékou MADOUGOU, Diretora Geral do Tesouro e da Contabilidade Pública. Burkina Faso Sr. Moumounou GNANKAMBARY, Diretor Geral do Tesouro e da Contabilidade Pública. República da Côte d Ivoire Sr. Adama KONE, Diretor Geral do Tesouro e da Contabilidade Pública. República da Guiné-Bissau Sr. Jorge Anibal PEREIRA, Diretor Geral do Tesouro. República do Mali Sr. Abdoulaye TOURE, Secretário Geral do Ministério da Economia e das Finanças. República do Níger Sr. Hanounou DJIBRIL, Secretário Geral do Ministério das Finanças. República do Senegal Sr. Waly NDOUR, Tesoureiro Geral, Agente contabilista central do Tesouro. República do Togo Sr. Kodjo Tépé-Sévon ADEDZE, Diretor da Alfândega. República da França Sr. Arnaud BUISSE, Sub-Diretor dos Assuntos Financeiros Multilaterais e do Desenvolvimento na Direção Geral do Tesouro. Relatório anual do BCEAO

22 COMPOSIÇÃO DO COMITÉ DE AUDITORIA DO BCEAO a 31 de dezembro de 2012 PRESIDENTE : Sr. Abdoulaye TOURE, Secretário Geral do Ministério da Economia, das Finanças e do Orçamento (Mali) República da Côte d Ivoire Sr. Adama KONE, Diretor Geral do Tesouro e da Contabilidade Pública República da Guiné-Bissau Sr. Jorge Anibal PEREIRA, Diretor Geral do Tesouro República do Níger Sr. Hanounou DJIBRIL, Secretário do Ministério das Finanças. Relatório anual do BCEAO

23 BANCO CENTRAL DOS ESTADOS DA ÁFRICA OCIDENTAL a 31 de dezembro de 2012 GOVERNADOR : VICE- GOVERNADOR: VICE- GOVERNADOR: SECRETÁRIA GERAL: Secretária Geral Adjunta : Conselheiro Especial do Governador : Sr. Tiémoko Meyliet KONE Sr. Jean-Baptiste M. P. COMPAORE Sr. Mamadou DIOP Sr a. Fatimatou Zahra DIOP Sr a. Séna Elda KPOTSRA Sr. Oumar Tatam LY Conselheiros do Governador : Sr. Siriki KONE Sr. Abdoulaye SECK Sr. Alain Fagnon KOUTANGNI Sr. João Alage Mamadu FADIA GABINETE DO GOVERNADOR Chefe do Gabinete do Governador : Sr a. Sylviane MENSAH CONTROLO GERAL Controlador Geral : Conselheiros do Controlador Geral : Sr. Alain Fagnon KOUTANGNI Sr a. Marguerite FAYE SOUMARE Sr. Mamadou SEREME Sr. Boubacar DIA DIREÇÕES GERAIS Diretor Geral da Administração e do Património : Diretor Geral dos Estudos Económicos e da Moeda : Diretor Geral das Operações : Diretor Geral da Organização e dos Sistemas de Informação : Diretora Geral dos Recursos Humanos e da Formação : Sr. Siriki KONE Sr. Ismaila DEM Sr. Oumar Tatam LY Sr. Abdoulaye SECK Sr a. Joëlle Annie BOLHO Relatório anual do BCEAO

24 CONSELHEIROS DOS DIRETORES GERAIS Conselheiro do Director Geral da Administração e do Património : Sr. Sidiki TRAORE Conselheiro do Director Geral dos Estudos Económicos e da Moeda : Sr. Sogué DIARISSO Conselheiro do Diretor Geral das Operações : Conselheiro do Diretor Geral dos Recursos : e da Formação Conselheiro do Diretor Geral da Organização e dos Sistemas de Informação : Sr. Paul Kaba THIEBA Sr. Moussa SIRFI Sr. Gnoan Abraham GNAMITCHE DIREÇÕES DOS SERVIÇOS CENTRAIS Diretor dos Estudos : Diretor da Pesquisa e da Estatística : Diretor das Relações Internacionais : Diretor da Estabilidade Financeira : Diretor das Actividades Bancárias e do Financiamento das Economias : Diretor das Actividades Fiduciárias : Sr. Armand BADIEL Sr. Bassambié BATIONO Sr. Emmanuel Junior ASSILAMEHOO Sr. Homialo GBEASOR Sr. Ahmadou Al Aminou LO Sr. Cheick Ahmed Tidiany DIAKITE Diretor da Microfinança e dos Sistemas Financeiros Descentralizados: Sr. Chalouho COULIBALY Diretor das Operações de Mercado : Sr. Habib THIAM Diretor dos Sistemas e dos Meios de Pagamento : Diretor da Gestão dos Recursos Humanos : Diretor do Centro de Formação e de Estudos Bancários Da África Ocidental (COFEB) : Diretor do Pessoal e dos Assuntos Sociais : Diretor do Controlo de Gestão : Diretor da Organização e dos Métodos : Diretor dos Sistemas de Informação : Diretor da Inspecção e das Auditorias : Diretor da Prevenção dos Riscos : Diretor dos Assuntos Jurídicos : Sr. Bwaki KWASSI Sr. Abdoulaye TRAORE Sr. Ousmane SAMBA MAMADOU Sr. Ibrahima SYLLA Sr. Sahaka MAHAMAN SALAH Sr. Kadjemna Guy GO MARO Sr. Abdoulaye MBODJ Sr. Boubacar DIA Sr. Adjoumani KOUAKOU Sr a. Séna Elda KPOTSRA Relatório anual do BCEAO

25 Diretor da Contabilidade : Diretor dos Assuntos Administrativos : Diretor do Património : Sr. Fama Adama KEÏTA Sr. Roger AGBOZOGNIGBE Sr. Hadama YBIA Diretora da Saúde : Sra. Aminata FALL NIANG Diretor dos Serviços Gerais : Sr. Alioune Blondin BEYE REPRESENTAÇÕES Representante Residente do Governador junto à Comissão da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) : Representante do BCEAO junto às Instituições Europeias de Cooperação : Sr. Charles Luanga KI-ZERBO vaga DIREÇÕES NACIONAIS Diretor Nacional para o Benim : Diretor Nacional para Burkina : Diretor Nacional para a Côte d Ivoire : Diretor Nacional para a Guiné-Bissau : Diretor Nacional para o Mali : Diretor Nacional para o Níger : Diretor Nacional para o Senegal : Diretor Nacional para o Togo : Sr. Evariste Sébastien BONOU Sr. Charles Luanga KI-ZERBO Sr. Jean-Baptiste Ayayé AMAN Sr. João Alage Mamadu FADIA Sr. Konzo TRAORE Sr. Mahamadou GADO Sr. Mamadou CAMARA Sr. Kossi TENOU Relatório anual do BCEAO

26 ENDEREÇOS DAS DIFERENTES SEDES DO BCEAO SEDE SOCIAL Avenue Abdoulaye FADIGA - Caixa Postal : n Dakar Telefone : (221) Fax : (221) e Site internet : BENIM Cotonou Avenue Jean-Paul II 01 Caixa Postal : n 325 Telefone : (229) Fax : (229) Correio electrónico : courrier.bdn@bceao.int Diretor da Agência Principal : Sra. Flora Madja ZOHOUN Parakou Caixa Postal : n 201 Telefone : (229) /29 Fax : (229) Chefe da Agência Auxiliar : M. Moussibaou SANNI BURKINA Ouagadougou Avenue Gamal Abdel NASSER Caixa Postal : n 356 Telefone : (226) /01 e Fax : (226) Correio electrónico : courrier.cdn@bceao.int Diretor da Agência Principal : Sr. Monlour DA Bobo-Dioulasso Caixa Postal : n 603 Telefone : (226) /45/46 Fax : (226) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Adama SANKARA Relatório anual do BCEAO

27 CÔTE D IVOIRE Abidjan Avenue Abdoulaye FADIGA Caixa Postal : 01 BP 1769 ABIDJAN 01 Telefone : (225) e Fax : (225) e Correio electrónico : courrier.adn@bceao.int Diretor da Agência Principal : M. Yaya SISSOKO Abengourou Caixa Postal : n 905 Telefone : (225) e Fax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : M. Yao Magloire KONAN Bouaké Caixa Postal : n 773 Telefone : (225) e Telefone : (225) Chefe da Agência Auxiliar : Vaga Daloa Caixa Postal : n 46 Telefone : (225) Fax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : M. Ningou Jacques HLYH GNELBIN Korhogo Caixa Postal : n 54 Telefone : (225) e Fax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : Vaga Man Caixa Postal: n 1017 Telefone : (225) Fax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : Vaga San Pedro Caixa Postal : n 387 Telefone : (225) Fax : (225) Chefe da Agência Auxiliar : M. Issouf OUATTARA Relatório anual do BCEAO

28 GUINÉ-BISSAU Bissau Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria Caixa Postal : n 38 Telefone : (245) e Fax : (245) Correio electrónico : courrier.sdn@bceao.int Diretora da Agência Principal : Sra Felicidade Soares Correia de Brito ABELHA MALI Bamako 94, Avenue Moussa TRAVELE Caixa Postal : n 206 Telefone : (223) / e Fax : (223) Correio electrónico : courrier.ddn@bceao.int Diretor da Agência Principal : M. Youssouf B. COULIBALY Mopti Caixa Postal : n 180 Telefone : (223) e Fax : (223) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Amadou Boucari CISSE Sikasso Caixa Postal : n 453 Telefone : (223) e Fax : (223) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Ibrahima TOURE NIGER Niamey Rue de l'uranium Caixa Postal : n 487 Telefone : (227) e Fax : (227) Correio electrónico : courrier.hdn@bceao.int Diretor da Agência Principal : Sr. Amadou MOUSSA Relatório anual do BCEAO

29 Maradi Caixa Postal : n 265 Telefone : (227) Fax : (227) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Achirou DAN MAGARIA Zinder Caixa Postal : n 133 Telefone : (227) Fax : (227) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Abdourahamane Aboubacar ABANI SENEGAL Dakar Boulevard Général De Gaulle x Triangle sud Caixa Postal : n 3159 Telefone : (221) Fax : (221) Correio electrónico : courrier.kdn@bceao.int Diretor da Agência Principal : Sr. Djibril CAMARA Kaolack Caixa Postal : n 79 Telefone : (221) Fax : (221) Chefe da Agência Auxiliar : M. Garantigui DOUMBOUYA Ziguinchor Caixa Postal : n 317 Telefone : (221) e Fax : (221) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Birama FALL TOGO Lomé Rue Abdoulaye FADIGA Caixa Postal : n 120 Telefone : (228) Fax : (228) Correio electrónico : courrier.tdn@bceao.int Diretor da Agência Principal : Sr. Kodjo SEDJRO Relatório anual do BCEAO

30 Kara Caixa Postal : n 75 Telefone : (228) e Fax : (228) Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Koamivi DIVO-AYAOVI REPRESENTAÇÃO DO GOVERNADOR JUNTO À COMISSÃO DA UEMOA Avenue Gamal Abdel NASSER, Ouagadougou, Burkina Caixa Postal : 64 OUAGADOUGOU 01 Telefone : (226) Fax : (226) Correio electrónico : courrier.z03@bceao.int REPRESENTAÇÃO DO BCEAO JUNTO ÀS INSTITUIÇÕES EUROPEIAS DE COOPERAÇÃO 29, rue du Colisée, Paris, France Telefone : (33) Fax : (33) Correio electrónico : bceao@paris-bceao.org Relatório anual do BCEAO

31 MENSAGEM DO GOVERNADOR Em 2012, os Estados membros da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) voltaram a ter um crescimento económico forte, depois de 2011, um ano particularmente difícil, marcado pela crise pós-eleitoral em e a seca no Sael. Com feito, apesar do abrandamento da economia mundial, o produto interno bruto da União progrediu de 6,4% em 2012 contra 0,7% no ano anterior. Esse ressalto foi possibilitado pela retomada da actividade económica em Côte d Ivoire, o impulso da produção mineira e industrial bem como o aprumo da produção agrícola. Foi registada uma deceleração da inflação. Com efeito, o aumento do nível geral dos preços ao consumo passou, em média, de 3,9% em 2011 a 2,4% em As finanças públicas apresentaram um perfil melhor, em comparação ao ano anterior, com um aumento das receitas e das despesas em capital e um défice orçamental descrescente. No entanto, o saldo da balança comercial saiu com um défice de 630,7 mil milhões, ligado ao aumento da fatura de petróleo e o aumento das importações de bens de equipamento, no âmbito da execução dos projectos de construção ou de reabilitação de infrastruturas económicas. O saldo total da balança dos pagamentos dos Estados membros da UEMOA ficou com défice de 261,1 mil milhões, após um défice de 10,4 mil milhões em Durante o ano 2012, o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) empreendeu ações tendendo a aproximar mais as instituições financeiras das populações da UEMOA. Para além das iniciativas para o desenvolvimento dos serviços bancários pelo telemóvel ou mobile banking, organizou a 14 de dezembro de 2012, em colaboração com os Estados membros, concertações nacionais que desembocaram na adopção de um Plano de ações para a preservação e a consolidação da viabilidade do sector da microfinança. Essas medidas foram reforçadas, com a definição de um novo Plano Estratégico, aquando da concertação regional organizada de 21 a 23 de novembro de 2012, na Sede do BCEAO, para a promoção da bancarização e da utilização dos meios escriturais de pagamento dentro da UEMOA. Esses esforços têm como objetivos consolidar as estratégias já executadas, nomeadamente para facilitar o acesso das populações aos serviços bancários e financeiros, promover a utilização dos meios modernos de pagamento dentro da população favorecer a mobilização da poupança pelos circuitos financeiros formais. O Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) celebrou o seu quinquagésimo aniversário no ano O evento foi centrado na reflexão prospetiva, com a organização de um Simpósio de alto nível a 5 e 6 de novembro de 2012 em Dakar, acerca do tema central : «Integração monetária e mudanças do sistema financeiro internacional : balanço e perspectivas». Os debates permitiram realçar as interrelações entre a integração monetária, a aprofundamento financeiro e o crescimento económico. Também permitiram identificar diferentes riscos, nomeadamente os ligados ao carácter embrionário dos mercados financeiros e sobretudo à heterogeneidade da situação económica dos Estados membros, que constituem grandes dificuldades no processo de pilotagem de uma união monetária. Relatório anual do BCEAO

32 Ciente das expetativas das populações e dos Estados membros da UEMOA que se empenharam em projectos importantes e reformas estruturais, para um crescimento económico mais forte e sustentável, o Banco Central, continuará a executar o seu programa de ações. E isso, para estruturar mais o mercado financeiro e aprofundá-lo, inspirando-se das principais conclusões do Simpósio. O BCEAO contiuará também com determinação, a instalação de ferramentas de integração e de sistemas de financiamento inovadores e sãos, para permitir aos Estados e aos agentes económicos privados financiarem as suas atividades nas melhores condições. O Governador do Banco Central dos Estados da África Ocidental, Presidente do Conselho de Administração Relatório anual do BCEAO

33 VISTA PANORÂMICA O ambiente internacional ficou frágil em 2012, devido essencialmente às incertezas ligadas à persistência da crise das dívidas soberanas na Zona euro, onde o produto interno bruto registou uma queda de 0,6%, contra um aumento de 1,4% em A conjunção do impacto dessa crise com outros factores estruturais endógenos, em diferentes países, provocou um anbrandamento da actividade económica mundial. Segundo estimações do Fundo Monetário Internacional (FMI) realizadas em julho de 2013, a taxa de crescimento da economia mundial passou a 3,1 % contra 3,9% em Nos países emergentes e em desenvolvimento nota-se também, um abrandamento do crescimento económico. As estimações disponíveis indicam uma expansão económica de 4,9%, contra 6,2% em A atividade económica progrediu de 7,8% na China contra 9,3% em Aumentou de 4,0% na Índia, após 7,7% em No Brasil, o aumento do PIB real foi de 0,9% contra 2,7% no ano anterior. Em África-subsahariana, foi registado um crescimento de 4,9% em 2012 após 5,4% em 2011.Como no ano anterior, essa progressão da atividade económica está principalmente ligada ao dinamismo das exportações de matérias primas, produtos mineiros em particular. Ainda foi sustentada pelo aumento das despesas nas infrastruturas, nomedamente nos países da Zona Franco. Nesse contexto de abrandamento da atividade económica e de sub-utilização das capacidades de produção, a inflação continuou a baixar. Nos países avançados, a taxa de inflação estabeleceu-se a 2,0% em 2012, após 2,7% em Nos países emergentes e em desenvolvimento, passou de 7,2% em 2011 a 5,9% em Essa situação levou os principais bancos centrais a manter a orientação complacente da sua política monetária. Nos mercados dos câmbios, o euro rebaixou, em média durante todo o ano 2012, de 7,7% relativamente ao dólar dos Estados Unidos, de 7,6% e 6,6% respetivamente em relação ao yen e à libra sterling. Nos Estados membros da UEMOA, apesar do impacto da conjuntura internacional pouco favorável e dos choques internos, o produto interno bruto registou uma progressão de 6,4% em 2012 contra 0,7% no ano anterior. Esse ressalto do crescimento está ligado à retomada da actividade económica em mais forte do que o previsto, o desenvolvimento da produção mineira consecutiva à valorização de vários projectos nos domínios auríferos e petrolíferos nesses últimos anos, bem como o aprumo da produção agrícola e a consolidação da produção industrial, num contexto de melhoria da disponibilidade da oferta de energia eléctrica. A taxa de inflação, dentro da UEMOA, teve uma média de 2,4% para todo o ano 2012 contra 3,9% em Essa deceleração resulta da dissipação do impacto da crise pós-eleitoral em Côte d Ivoire que provocou o aumento dos preços nesse país em Está ligada também à queda dos preços dos produtos petrolíferos no Níger graças ao arranque da produção doméstica de petróleo e de gás e à incidência das medidas tomadas por certos países para aumentarem a produção alimentícia fora de tempo e limitar o aumento dos preços dos cereais. A execução das operações financeiras dos Estados em 2012, teve como resultado uma melhoria dos défices públicos. Com base nos compromissos, fora das doações, o défice total atenuou-se, estabelecendo-se a 2.189,9 mil milhões contra 2.352,8 mil milhões um ano antes. Em percentagem do PIB, esse défice situou-se a 5,4 % em 2012 contra 6,4% em O saldo orçamental de base teria um défice de 906,8 bilhões, com uma diminuição nítida em relação ao nível do ano anterior. Essa evolução favorável ao perfil das finanças orçamentais estimadas a 7.768,3 mil milhões no final de dezembro de 2012, registando um aumento de 1.389,4 mil milhões em relação ao mesmo período no ano anterior. Relatório anual do BCEAO

34 A análise das contas externas para o ano 2012 mostra um perfil menos favorável do que em O saldo total da balança dos pagamentos dos Estados membros da UEMOA apresenta um défice de 261,1 mil milhões em 2012, contra um défice de 10,4 mil milhões em Essa situação resulta de uma forte degradação das contas corrente e financeira, compensada em parte por uma melhoria dos fluxos da conta de capital. O défice da conta das transações correntes deveria agravar-se de 113,6% em 2012, para passar a 2.373,5 mil milhões, devido à deterioração do saldo da balança dos bens e serviços e do rendimento primário, cujos efeitos foram atenuados por um aumento do rendimento secundário. O excedente da conta de capital cresceu de forma sensível, passando de 749,0 mil milhões em 2011 a 3.625,0 mil milhões em 2012, essencialmente em relação às remissões de dívida concedidas à Côte d Ivoire e às doações-projetos recebidas pelos Estados. A posição exterior líquida credora das instituições monetárias estabeleceu-se a 5.578,3 mil milhões nos finais de dezembro de 2012, com uma queda de 261,1 mil milhões em relação aos finais de dezembro de A degradação da posição exterior líquida das instituições monetárias cabe ao Banco Central, cujos ativos exteriores líquidos calculam-se a 5.527,6 mil milhões, com uma queda de 376,4 mil milhões, atenuada pelo aumento de 115,3 mil milhões da posição exterior credora dos bancos. Disso resultou uma taxa de cobertura da emissão monetária do Banco Central de 105,5% em Estabelecendo-se a ,2 mil milhões nos finais de dezembro de 2012, o crédito interno por liquidar registou, em ritmo anual, um aumento de 15,2%. Essa evolução deve-se essencialmente à degradação de 535,9 mil milhões da posição líquida devedora dos Governos que se situou a 2.866,3 mil milhões nos finais de dezembro de 2012, reforçada pelo aumento dos créditos à economia, em progressão de 12,9% de um ano para o outro, e estabeleceu-se a 8.823,9 mil milhões nos finais de dezembro de Refletindo a evolução das suas contrapartidas, a massa monetária progrediu de 9,8%. Tendo em conta a moderação da inflação e dos riscos que ameaçam a evolução económica dentro da União, o BCEAO decidiu baixar as suas taxas de juro de referência de 25 pontos de base, para contribuir para o alcance dos objectivos de crescimento económico que os Estados membros se fixaram. A taxa de juro mínima de submissão às operações de chamadas para ofertas de injecção de capitais e a taxa de juro do balcão de empréstimo marginal (chamada antigamente taxa da pensão) foram assim fixadas respetivamente a 3,00% e 4,00% a partir de 16 de junho de O dispositivo das reservas obrigatórias do BCEAO foi rearranjado a 16 de março de De 7% desde 2010, o nível dos coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos, passou a 5% para todos os bancos da UEMOA. O Banco Central continuou as suas operações de injecção de capitais nos balcões das chamadas para oferta a uma semana e a um mês. As intervenções do Banco Central no balcão semanal das chamadas para oferta calcularam-se a 440,3 mil milhões FCFA em 2012 em média contra 242,0 mil milhões FCFA em A taxa de juro marginal surta das adjudicações semanais flutuaram entre 3,00% e 3,34%. Passou a 3,00% a 31 de dezembro de No balcão a um mês, os pedidos satisfeitos aumentaram e fixaram-se a 414,8 mil milhões FCFA em média contra 176,8 mil milhões FCFA no ano anterior. A taxa marginal dessas operações aumentou progressivamente, passando de 3,3101% a 10 de janeiro de 2012 para 3,3600% a 2 de maio de 2012, antes de baixar na sequência da queda das taxas do Banco e calculou-se a 3,0000% a 31 de dezembro de No plano institucional, o ano 2012 foi marcado principalmente pela celebração do quinquagésimo aniversário do Instituto de emissão. O evento foi comemorado na Sede da Instituição, em Dakar, e nas Direções Nacionais, na sobriedade e na reflexão científica, nomeadamente com a organização de um simpósio de alto nível. Relatório anual do BCEAO

35 Esse encontro realizou-se a 5 e 6 de novembro de 2012, em Dakar, sobre o tema : «Integração monetária e alterações do sistema financeiro internacional : balanço e perspetivas». Reuniu sumidades científicas, personalidades de alta posição, provenientes dos bancos centrais e das Instituições financeiras internacionais e sub-regionais, bem como dirigentes de bancos e empresas da União. Durante o Simpósio, procedeu-se à entrega dos símbolos da edição especial do Prémio Abdoulaye FADIGA para a pesquisa económica ao laureado. Também, ocorreu uma reorganização dos Serviços do Banco Central a 4 de janeiro de 2012, caracterizada nomeadamente pela criação de postos de Diretores Gerais. Após esses rearranjos, o Governador Tiémoko Meyliet KONE procedeu à entrega oficial das cartas de missão aos Diretores Gerais, aquando de uma reunião organizada a 9 de janeiro de 2012 na Sede da Instituição. Essa notificação solene é o símbolo de um novo modo de gestão dos recursos humanos dentro do Banco. O encontro pretendia felicitar os Diretores Gerais, indicar a importância do seu papel na cadeia de decisão e lembrar que a sua nomeação respondia à necessidade para o Instituto de emissão adaptar a sua organização ao alargamento das suas tarefas tradicionais bem como a evolução do ambiente económico internacional. No final do ano de 2012, as contas do BCEAO foram submetidos à verificação dos Controladores Nacionais e do Comissário Controlador nomeado pelo Conselho dos Ministros. O Comissário Controlador procedeu à examinação da aplicação da Convenção de Conta de Operações, com o Controlador indigitado pela França. Relatório anual do BCEAO

36 I - AMBIENTE ECONÓMICO E FINANCEIRO 1.1 AMBIENTE ECONÓMICO E FINANCEIRO INTERNACIONAL Durante o ano 2012, o ambiente económico e financeiro ficou frágil a nível mundial, devido essencialmente às incertezas suscitadas pela persistência da crise das dívidas soberanas na Zona euro. A conjunção dessa crise com outros factores estruturais endógenos traduziu-se por um abrandamento da actividade económica, tanto nos países avançados como nas economias emergentes e em desenvolvimento. Segundo as últimas estimações do Fundo Monetário Internacional (FMI) realizadas em julho de 2013, a taxa de crescimento da economia mundial cifra-se a 3,1% contra 3,9% em Nos países industrializados, a atividade económica foi menos intensa, apesar do impulso registado nos Estados Unidos e no Japão. As estimações recentes calculam a sua taxa de progressão a 1,2%, após uma realização de 1,7% em Essa situação é devida nomeadamente à recessão na Zona euro, onde o produto interno bruto registou uma queda de 0,6% em 2012 face a um aumento de 1,5% em Nos Estados Unidos, a taxa de crescimento económico é estimada a 2,2%, face a 1,8% em A economia japonesa, que continua o seu endireitamento, realiza uma taxa de crescimento de 1,9%, face a uma contração de 0,6% em Nos países emergentes e em desenvolvimento, registou-se um abrandamento do crescimento económico em Nesses países, o FMI situa a taxa de expansão económica a 4,9%, face a 6,2% em A atividade económica progrede de 7,8% na China em 2012 face a 9,3% em Aumentou de 4,0% na Índia, após 7,7% em No Brasil, o aumento do PIB real cifrou-se a 0,9% face a 2,7% no ano precedente. Em África sub-sahariana, o crescimento situou-se a 4,9% em 2012 após 5,4% em Como no ano precedente, esse aumento está ligado principalmente ao dinamismo das exportações de matérias primas, de produtos mineiros em particular. Testemunha também o aumento das despesas nas infrastruturas, nomeadamente nos países da Zona franco. O ritmo das destruções de empregos reduziu-se em certos países industrializados. Assim, a taxa de desemprego regrediu nos Estados Unidos, passando de 9,0% em 2011, a 7,8% em No Japão, a taxa de desemprego cifrou-se a 4,2%, e 4,6% em No entanto, na Europa, a situação no mercado do emprego continua a constituir uma fonte de preocupação. No Reino- Unido, a taxa de desemprego manteve-se num nível elevado de 7,8% em Para a Zona euro, situou-se a 11,7%, com um aumento de um ponto de percentagem num ano. Num contexto de abrandamento da atividade económica e de sub-utilização das capacidades de produção, a inflação continuou a baixar. Nos países avançados, a taxa de inflação estabeleceuse a 2,0% em 2012, após 2,7% em Nos países emergentes e em desenvolvimento, de 7,2% em 2011, caiu a 5,9% em Relatório anual do BCEAO

37 No plano da política monetária, os bancos centrais, tendo em conta a atonia da atividade económica, deram uma orientação complacente à sua política. Assim, a Reserva Federal Americana (FED), o Banco do Japão, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra mantiveram as suas principais taxas de referência a níveis próximos de zero. Em particular, o BCE aumentou o volume das suas operações de injecção de capitais e manteve o seu dispositivo de compra de valores mobiliários. Instalou também, a 6 de setembro de 2012, um novo programa limitado de remissões condicionais de dívidas públicas, chamado Outright Monetary Transactions (OMT). Essa decisão, apreciada positivamente pelos mercados financeiros, provocou uma extensão das taxas de empréstimo dos países mais frágeis da Zona tais como a Espanha e a Itália, a dez anos. A nível das taxas de juro, o Banco Central Europeu procedeu à redução das suas taxas de referência de 25 pontos básicos com data de efeito a 11 de julho de 2012, reduzindo a taxa das chamadas para ofertas para as operações principais de refinanciamento a 0,75%. Por sua parte, o FED levou a cabo o seu programa de compra de obrigações de Estado antes de se comprometer a 14 de setembro de 2012, a remir todos os meses, junto às instituições financeiras, 40 mil milhões de dólares de obrigações afiançadas sobre créditos imóveis e o novo arranque da atividade no sector do alojamento. Afinal, o FED mostrou a sua vontade de manter a faixa de evolução da taxa objetiva dos fundos federais entre 0,00% e 0,25% até ao fim do ano Nos países emergentes, foram adotadas políticas monetárias mais flexíveis, como resposta ao abrandamento do crescimento económico e às incertezas atinentes ao financiamento das economias. Nos mercados dos câmbios, em 2012 o euro sofreu as dificuldades da Zona euro a superar a crise das dívidas soberanas, das inquietações relativas à viabilidade da referida Zona e das tensões socio-políticas ligadas à execução das políticas de austeridade orçamental em certos Estados membros. O preço corrente do euro baixou, em média de 7,7% face ao dólar dos Estados Unidos, de 7,6% e 6,6 % em relação respetivamente ao yen e à libra sterling. O franco CFA, devido à sua ancoragem nominal no euro, registou uma evolução semelhante à da moeda européia, em relação às principais moedas dos países industrializados. Em 2012, os mercados financeiros mundiais foram bem orientados globalmente. Os principais índices de bolsa endireitaram-se progressivamente, sob o feito da confiança dos investidores nas políticas macroeconómicas executadas na Zona euro. Assim, o índice EuroStoxx 50 registou um aumento de 13,4%. No Reino Unido, o índice Footsie 100 aumentou de 5,8%. Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e Nasdaq tiveram uma evolução semelhante, progredindo respetivamente de 7,3% e 15,9%. No Japão, o índice Nikkei 225 registou um aumento de 22,9%. No que diz respeito às matérias primas, o preço dos principais produtos de base tiveram evoluções diferenciadas segundo os produtos. Essa situação explica-se pela evolução do iato entre a oferta e a procura mundial, consecutiva, conforme o caso, à crise internacional, ao impacto dos acasos climáticos sobre a oferta e aos receios suscitados por factores geopolíticos. Os preços dos produtos energéticos ficaram a níveis elevados, com um índice, calculado pelo FMI, em aumento, em variação anual, de 0,7% em relação a 2011, refletindo o impacto das tensões geopolíticas persistentes no Médio-Oriente. O índice dos preços correntes do petróleo apareceu em progressão de 1,0% de um ano para o outro. Porém, o índice dos preços das matérias primas (metais e produtos agrícolas) que servem de insumos para as indústrias regrediu de 15,5%, estando o sector industrial afectado pelo abrandamento da procura chinesa e a situação da Zona euro. Também, o índice dos preços dos produtos alimentícios recuou de 3,7%. Relatório anual do BCEAO

38 Na sequência da evolução global dos preços dos produtos agrícolas, os preços da maior parte das matérias primas exportadas nos países da UEMOA registaram quedas sensíveis em 2012, em relação aos níveis alcançados em Em média, no ano 2012, os preços correntes mundiais desses produtos diminuiram de 39,0% para o algodão, 32,9% para o óleo de palmeira, 24,1% para a borracha, 21,8% para a castanha de caju, 19, 7% para o cacau, 11,4% para o óleo de palma e 6,0% para o café. Porém, o ouro que continuou a desempenhar um papel de valor refúgio, num contexto de incertezas, registou o reforço do seu preço corrente de 6,4% de um ano para o outro. Tabela 1 : evolução das taxas médias anuais de câmbio (Francos CFA por unidade monetária) VARIAÇÃO (%) Direito de saque especial (1 DTS) 744, ,0216 5,05 Dólar dos Estados-Unidos (1 USD) 471, ,5518 8,34 Franco suíço (1 CHF) 532, ,2272 2,26 Libra sterling (1 GBP) 755, ,9546 7,03 Yen japonês (1 JPY) 5,9117 6,4002 8,26 Fonte : BCEAO. Tabela 2 : evolução taxas médias trimestriais cambiais (FCFA por unidade monetária) ANO o trimestre 2 o trimestre 3 o trimestre 4 o trimestre Direito de Saque Especial Dólar dos Estados- Unidos 749, , , , , , , ,5428 Franco suíço 509, , , ,6020 Libra sterling 768, , , ,1697 Yen japonês 5,8271 5,5869 5,9757 6,2940 ANO O trimestre 2 O trimestre 3 O trimestre 4 O trimestre Direito de Saque Especial Dólar dos Estados- Unidos (1 DTS) 771, , , ,4745 (1 USD) 500, , , ,8664 Franco suíço (1 CHF) 543, , , ,0108 Libra sterling (1 GBP) 786, , , ,4313 Yen japonês (1 JPY) 6,3079 6,3940 6,6730 6,2401 Fonte : BCEAO. Relatório anual do BCEAO

39 1.2 AMBIENTE ECONÓMICO E FINANCEIRO DA UMOA Produto interno bruto Após um ano 2011 particularmente difícil, marcado pela crise pós-eleitoral em Côte d Ivoire e a seca no Sahel, os Estados membros da UEMOA voltaram a apresentar uma nova dinâmica de crescimento forte, puxada pela execução de grandes projectos de desenvolvimento e de investimento privado. Apesar do impacto de uma conjuntura internacional pouco favorável e choques internos, o produto interno bruto da União registou uma progressão de 6,4% em 2012 face a 0,7% no ano precedente. Esse ressalto do crescimento está ligado à forte retoma da atividade económica em Côte d Ivoire, o impulso da produção mineira consecutivo à valorização de vários projectos nos domínios aurífero e petrolífero, bem como o endireitamento da produção agrícola e a consolidação da produção industrial, num contexto de melhoria da disponibilidade da oferta de energia eléctrica. Gráfico 1 : taxa de crescimento do PIB real da UEMOA Em percentagem Fonte : BCEAO Produção agrícola Globalmente, a campanha agrícola 2012/2013 correu bem dentro da União, graças às ações empreendidas pelos Estados no plano nacional e a nível comunitário para melhorar a segurança alimentar e fortalecer o dinamismo das fileiras de exportação. Beneficiou também das condições climáticas e fitosanitárias favoráveis. Com efeito, a pluviometria foi precoce, abundante e bem distribuída no tempo e no espaço. O total registado durante essa estação aproxima o de 2010, considerado como um dos anos mais chuvosos da última década. Chuvas fortes que provocaram inundações em certos países da União, nomeadamente o Benim, o Níger e o Senegal. Todavia, manteve-se o potencial de crescimento e de desenvolvimento. Também, a situação fitosanitária foi boa globalmente. Relatório anual do BCEAO

40 Segundo as estimações feitas pelos Serviços oficiais em janeiro de 2013, a produção alimentícia cifrava-se a toneladas durante a campanha 2012/2013, com um aumento de 10,9% em relação à campanha agrícola precedente. Os melhores resultados foram registados no Senegal, no Bukina Faso e no Níger, onde as ceifas alimentícias tiveram aumentos respetivos de 43,2%, 31,4% e 28,7%. Essa evolução seria essencialmente possibilitada pela consolidação da produção de milho miúdo e de sorgo nesses países. No Mali, o aumento de 13,5% da produção alimentícia, é atribuível, em grande parte, ao aumento de 19,2% da produção de arroz estimada a 2,1 milhões de toneladas. Na Guiné-Bissau, no Togo e em Côte d Ivoire, as estimações indicam aumentos respetivos de produção de 15,9%, 4,9% e 3,2%. Em comparação com a produção média das cinco campanhas anteriores, as ceifas da campanha 2012/2013 teriam uma progressão de 18,5%. Gráfico 2 : produções alimentícias Em milhares de toneladas Benim Burkina Côte d'ivoire Guiné-Bissau Mali Niger Senegal Togo Fontes : Organismos nacionais de comercialização. No que diz respeito às culturas de exportação, a produção de algodão em grão da União foi de toneladas, com um aumento de 18,7% em relação à campanha anterior, devido à expansão das superfícies semeadas e dos esforços feitos pelos Estados para apoiar a melhoria dos rendimentos. Os aumentos mais importantes foram notadas no Benim (20,0%), no Burkina Faso (24,4%) e em Côte d Ivoire (37,5%). Em relação à produção média das cinco campanhas anteriores, a taxa de progressão das ceifas de algodão em grão é de 18,7%. Graças às ações empreendidas para redinamizar a fileira café, as ceifas desse produto aproximaram-se dos níveis alcançados antes da crise pós-eleitoral, situando-se a toneladas durante a campanha 2012/2013, face a toneladas, na campanha anterior. As estatísticas disponíveis atinentes à castanha de caju indicam um aumento de 12,3% da produção regional que atingiu toneladas, graças à consolidação das ceifas no Benim (+25,0%) e em Côte d Ivoire (+10,0%). Na Guiné-Bissau, as ceifas registaram uma queda de 7,5%. Relatório anual do BCEAO

41 A produção de cacau, realizada essencialmente em Côte d Ivoire, registou uma queda de 10,6% situando-se a toneladas para a campanha 2012/2013, por causa do envelhecimento e da falta de manutenção das plantações. No entanto, a produção de amendoim registou toneladas, com um aumento de 5,0%, de uma campanha para a outra. Essa evolução registou-se principalmente graças à boa orientação das ceifas no Senegal (+31,3%), atenuada pela queda de 26,3% da produção no Níger. Gráfico 3 : produções agrícolas de exportação 3000 Em milhares de toneladas Cacau Café Algodao Amendoim Castanha de Caju Fontes : Organismos nacionais de comercialização Extracção mineira Em matéria de produção mineira, a situação em 2012 aparece contrastada conforme os produtos. A extracção dos fosfatos cifra-se a toneladas, com uma progressão de 6,3% em relação a Essa situação resulta do aumento de 22,3% da produção no Togo, consecutivo à modernização dos equipamentos de produção. No Senegal, as quantidades extraídas baixaram de 2,3%. A produção de urânio aumentou de 9,9% no Níger, estabelecendo-se a 4.568,9 toneladas. Quanto à produção de ouro, registou um aumento de 5,4%, e situa-se a ,7kg. Essa consolidação da extracção de ouro é consecutiva à da produção do Mali (+10,1%) em relação a 2011, com o início da produção da mina de Gounkoto. No Burkina Faso, a produção alcançou ,0 kg em 2012 face a ,0 kg no ano precedente, ou seja um aumento de 9,5%. No Níger, a produção registou uma dimunuição de 15,6%, ficando a 1.581,1 kg. Em Côte d Ivoire, as estatísticas disponíveis sobre os nove primeiros meses do ano 2012 indicam um aumento de 5,1%, levando a produção acumulada nesse período a 9.903,1 kg, dado o aumento sensível da produção de EQUIGOLD MINES e da Companhia das Minas de ITY (SMI). Relatório anual do BCEAO

42 No que diz respeito ao petróleo bruto, os dados disponíveis situam a produção em Côte d Ivoire a barris, com uma queda de 22,3% em relação a 2011, devido a certas dificuldades técnicas e ao declínio natural dos campos petrolíferos Produção industrial e volume do comércio de retalho A produção industrial dos países da UEMOA manteve a sua orientação de aumento em Com efeito, o índice calculado pelo BCEAO aumentou em média de 4,0% em 2012, contra uma progressão de 2,4% observada em O dinamismo da produção industrial explica-se pelo aumento de 18,5% do índice do ramo «Electricidade, água e gás». Depende também do desempenho do ramo industrial (+5,2%) e do sector mineiro (+5,2%). Por país, observou-se um aumento da produção industrial no Benim (+15,8%), no Burkina Faso (+28,2%), em Côte d Ivoire (+9,0%), no Togo (+8,9%), no Níger (+2,4%) e no Mali (+0,6%). Porém, registou-se uma regressão na Guiné-Bissau (-2,6%) e no Senegal (-1,6%). O índice do volume do comércio de retalho do sector moderno aumentou de 15,1%, em média, nos países da UEMOA em 2012, face a 8,2% em Essa progressão global da actividade comercial é atribuível, nomeadamente, ao fluxo das vendas de produtos de petróleo (+22,3%), de artigos de vestuário (+17,6%) e de automóveis, de motociclos e de peças sobressalentes (+12,2%). Por país, as vendas registaram um aumento na Guiné-Bissau (+42,6%), em Côte d Ivoire (+28,8%), no Benim (+26,1), no Burkina Faso (+18,3%), no Níger (+8,3%), no Mali (+5,2) e no Senegal (+0,2%). Porém, as vendas baixaram no Togo (-2,7%) Evolução dos preços Em 2012, registou-se uma queda dos preços, após a forte progressão dos preços de Com efeito, o aumento do nível geral dos preços ao consumo dentro da UEMOA, passou em média, de 3,9% em 2011 para 2,4% em Esse abrandamento é causado pela dissipação do impacto da crise pós-eleitoral em Côte d Ivoire que tinha provocado o aumento dos preços nesse país em Está ligado também à queda dos preços dos produtos petrolíferos no Níger graças ao início da produção doméstica de petróleo e de gás e à incidência das medidas tomadas por certos países para aumentar a produção alimentícia fora da estação e limitar o aumento dos preços dos cereais. Todavia, a variação dos preços é sentida na inflação dos cereais locais ligada à queda da produção de cereais da campanha agrícola 2011/2012 e ao aumento dos preços dos combustíveis na maior parte dos países, atribuível à subida dos preços internacionais do petróleo bruto, nomeadamente no primeiro semestre de 2012, e à desvalorização do franco CFA em relação ao dólar. Além disso, os preços dos produtos petrolíferos na bomba aumentaram no Benim, depois dos subsídios aos preços dos combustíveis na Nigéria em janeiro de 2012 e das medidas de luta contra o comércio informal de produtos petrolíferos tomadas pelo Governo do Benim. Relatório anual do BCEAO

43 Tabela 3 : variação dos preços ao consumo em 2011 e 2012 em (%) Média anual Variação homóloga no final de dezembro Média anual Variação homóloga no final de dezembro Benim 2,7 1,8 6,7 6,8 Burkina 2,8 5,1 3,8 1,7 Côte d Ivoire 4,9 1,9 1,3 3,4 Guiné-Bissau 5,1 2,2 2,1 1,7 Mali 3 5,3 5,3 2,4 Níger 2,9 1,5 0,5 0,7 Senegal 3,4 2,7 1,4 1,1 Togo 3,6 1,4 2,6 2,9 UEMOA 3,9 2,5 2,4 2,8 Fontes : Institutos Nacionais da Estattística dos Estados Finanças públicas A execução das operações financeiras dos Estados em 2012 efectuou-se num contexto difícil caracterizado por pressões sobre as despesas, provocadas pela crise alimentar em muitos países e um pedido social forte, com vista a atenuar o aumento do custo da vida. Paralelamente, o reforço dos esforços de investimentos públicos em infraestruturas deveria continuar para constituir as bases de um crescimento sustentável. Apesar desses constrangimentos, as finanças públicas apresentaram um perfil favorável em 2012, em comparação com o ano anterior. O défice global, numa base de compromissos, excluindo doações, atenuou-se, situando-se a 2.189,9 mil milhões contra 2.352,8 mil milhões no ano anterior. Em percentagem do PIB, esse défice situou-se a 5,4% em 2012 face a 6,4% em O saldo orçamental básico teve um défice de 906,8 mil milhões, com uma diminuição líquida em relação ao seu nível do ano precedente. Porém, essa situação esconde disparidades. Notou-se uma melhoria do défice no Benim, em Côte d Ivoire, no Mali e no Senegal. Apontou-se uma degradação do défice nos outros países. A situação do Mali explica-se pelas medidas tomadas pelas Autoridades para preservar os equilíbrios orçamentais num contexto de crise. Essa evolução favorável do perfil das finanças públicas em 2012 é atribuível aos esforços feitos por todos os Estados para melhorar as receitas orçamentais estimadas a 7.768,3 mil milhões no final de dezembro de 2012, registando um aumento de 1.389,4 mil milhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa progressão é atribuível nomeadamente a uma cobrança mais rigorosa das receitas fiscais em quase todos os países, resultado das reformas empreendidas nesses últimos anos para melhorar a eficácia das autoridades financeiras e alargar a base tributária. Os aumentos mais significativos foram notados em Côte d Ivoire (+49,4%) em relação ao dinamismo renovado da atividade económica e no Burkina Faso (+28,1%) onde as receitas provenientes do sector mineiro registam um aumento forte. A carga tributária cifra-se a 17,0% face a 15,6% em 2011, voltando assim a ultrapassar o seu nível antes da crise pós-eleitoral em Côte d Ivoire. As despesas e os empréstimos líquidos aumentaram de 14,0%, passando de 8.731,8 mil milhões no final de dezembro de 2011 a 9.958,4 mil milhões no final de dezembro de Essa situação explica-se pelo aumento das despesas correntes, nomeadamente a massa salarial e as cargas de juro na dívida pública que registaram respetivamente uma progressão de 17,0% e 8,8%. Relatório anual do BCEAO

44 Quanto às despesas em capital, aumentaram de 45,3 mil milhões, e calcularam-se a 3.011,3 mil milhões em 2012, de acordo com a continuação da execução dos programas de investimentos públicos nos domínios das infraestruturas. Em percentagem do PIB, ficaram a 7,5% face a 7,0% em A análise por país permitiu distinguir três grupos. O primeiro é constuído por países em que os esforços de investimento registados são mais significativos, isto é o Burkina Faso (11,2% do PIB em 2012 face a 9,9% em 2011), a Côte d Ivoire (4,9% do PIB em 2012 face a 2,6% em 2011), o Níger (11,7% do PIB em 2012 face a 7,1% em 2011) e o Togo (8,8% do PIB em 2012 face a 8,3% em 2011). O segundo grupo é constituído pelo Senegal onde as despesas em capital, em percentagem do PIB, são quase estáveis de um ano para o outro (11,0% do PIB em 2012 face a 10,5% em O Benim, a Guiné-Bissau e o Mali, que constituem o terceiro grupo, registaram uma queda nas suas despesas de investimento, respetivamente de 1,0 ponto, 3,5 pontos e 6,3 pontos de percentagem do PIB. As quedas fortes registadas na Guiné-Bissau e no Mali têm a ver com a crise socio-política que sofreram em O défice orçamental da União em 2012, foi financiado até 86,0% por recursos externos (doações e empréstimos). O financiamento bancário líquido cifrou-se a 312,0 mil milhões, com um aumento de 93,2% em relação ao ano precedente Balança dos pagamentos As contas externas dos países da União são elaboradas segundo a metodologia da sexta edição do Manual da balança dos pagamentos e da posição exterior do FMI (MBP6), a partir dos dados do ano 2011 (ver enquadrado n o 2). Nessa base, as estimações para o ano 2012 anunciam um perfil das transações exteriores menos favorável do que em Globalmente, a evolução dos intercâmbios apresenta uma forte degradação das contas corrente e financeira, compensada em parte, por uma melhoria dos fluxos da conta de capital. O défice da conta das transações correntes deveria intensificar-se de 113,6% em 2012, para se cifrar a 2.373,5 mil milhões, dada a deterioração do saldo da balança dos bens e serviços e do rendimento primário, cujos efeitos foram atenuados por um aumento do rendimento secundário. O saldo da balança comercial apresentaria um défice de 530,7 mil milhões em 2012, após 407,8 mil milhões em 2011, em relação com um aumento das importações (+18,1%), nitidamente superior ao das exportações (+8,9%). O dinamismo das importações é apoiado pela aceleração das compras de bens de equipamento e intermediários, o aumento dos abastecimentos em produtos alimentares e outros de bens de consumo corrente e o aumento da factura petrolífera. A evolução das importações de bens de equipamento e intermediários está ligada à continuação e à intensificação dos investimentos públicos e privados, devido nomeadamente à execução de projectos de construção de infraestruturas económicas e sociais em Côte d Ivoire e do desenvolvimento de novos projectos mineiros e petroleiros em vários países da União. No que diz respeito às importações de produtos alimentares e outros bens de consumo corrente, o seu aumento traduz essencialmente, os esforços feitos no âmbito da gestão da crise alimentar nos países do Sael bem como a melhoria dos rendimentos dos lares em Côte d Ivoire. No respeitante à factura petrolífera, o seu aumento é provocado principalmente por tensões nos mercados internacionais e pela procura renovada em Côte d Ivoire, apesar do aumento da oferta intracomunitária, com a entrada em fase de produção da Companhia de Refinaria de Zinder (SORAZ). Relatório anual do BCEAO

45 As exportações, por sua parte, foram orientadas, de acordo com o aumento das vendas de ouro e de algodão, cujos efeitos seriam moderados pela baixa das de cacau e petróleo. A melhoria das exportações de ouro traduz a boa orientação dos preços bem como o aumento da produção, provocado pelo início de produção da mina de Gounkoto no Mali e o alcance do regime da de Tongon em Côte d Ivoire, apesar da queda do regime de produção no Burkina, devido a turbulências sociais registadas no domínio. Tratando-se do Algodão, a calma resulta essencialmente do aumento da produção de cerca de 76,0% no Mali, vendida a preços bem superiores aos do mercado internacional. Porém, o volume de vendas da fileira do cacau registou uma queda sensível (-20,2), devido à queda dos preços nos mercados internacionais e da diminuição das quantidades enviadas para o exterior. A redução dos envios de favas de cacau está ligada ao regresso à normalidade, após o nível excepcionalmente elevado alcançado em 2011 e o pousio vegetativo observado nas plantações. Quanto à queda das exportações de petróleo, resulta da depleção natural de certos campos e da suspensão de certos poços para manutenção. O défice da balança dos serviços acentuou-se, devido ao aumento do transporte das mercadorias e dos outros serviços especializados solicitados pelos sectores das indústrias extractivas e das telecomunicações, em plena expansão, junto às pessoas não-residentes. A respeito do saldo da conta de rendimento primário, continua a apresentar uma deterioração, de acordo com os pagamentos de dividendos pelas principais empresas exportadoras e as das telecomunicações, que registam uma evolução favorável dos seus volumes de vendas. No entanto, o saldo da conta de rendimento secundário aumentou, sob o efeito de uma melhoria das ajudas orçamentais e dos apoios recebidos no âmbito dos apoios às populações vítimas da crise alimentar nos países do Sael. As remessas dos trabalhadores emirgantes mantêm também uma tendência de aumento, apesar do contexto de crise económico nos países de acolhimento. Essa situação explicase principalmente pelo impulso de solidariedade dos emigrantes para com os membros das suas famílias, nomeadamente nos países afectados pelos défices alimentares e as inundações. Acrescentado ao PIB, fora das doações, deveria o défice da conta corrente, cifrar-se a 7,6% face a 4,1% em O excedente da conta do capital subiu sensivelmente, passando de 749,0 mil milhões em 2011 a 3.625,0 mil milhões em 2012, essencialmente de acordo com as remissas de dívida concedidas à Côte d Ivoire e as doações-projectos que os Estados receberam. As transacções correntes acumuladas e em capital apresentam assim um sobejo de 1.251,5 mil milhões em 2012, após um défice de 364,5 mil milhões no ano precedente. Esse sobejo permitiu uma redução líquida dos compromissos financeiros exteriores de 1.251,5 mil milhões em 2012, face a uma acumulação líquida de 364,5 mil milhões realizada em A orientação das transações da conta financeira em 2012 traduz uma diminuição do endividamento líquido no respeitante aos outros investimentos, todavia, os compromissos líquidos relativamente aos investimentos diretos estrangeiros e as carteiras de crédito aumentaram. A orientação dos fluxos dos «outros investimentos» é atribuível às operações financeiras do sector público, em harmonia com a tomada em consideração do cancelamento de dívida concedido à Côte d Ivoire. O aumento dos compromissos líquidos como investimentos diretos está ligado à continuação dos investimentos mineiros e petrolíferos em certos países da União e o regresso dos investidores à Côte d Ivoire, graças a várias acções iniciadas pelas Autoridades nacionais. Em relação com essas evoluções, o saldo total da balança dos pagamentos dos Estados membros da UEMOA apresenta um défice de 261,1 mil milhões em 2012, face a 10,4 mil milhões em Um défice da balança dos pagamentos estimado em todos os países da União em 2012, menos no Benim, no Mali e no Níger. Relatório anual do BCEAO

46 1.2.8 Mobilização dos recursos e situação da dívida exterior O valor global por liquidar da dívida exterior dos Estados membros da UEMOA cifra-se a 8.728,2 mil milhões FCFA no final de dezembro de 2012 face a ,3 mil milhões no ano precedente, ou seja uma queda de 26,1%. Essa diminuição está ligada com os alijamentos obtidos pela Côte d Ivoire, após o alcance do ponto de conclusão da Iniciativa PPTE em junho de Os saques sobre os empréstimos dos países da União ficaram a 975,4 mil milhões de FCFA face a 1.222,0 mil milhões em O rácio da dívida por liquidar sobre o PIB ficou baixo, cifrando-se a 21,6% em 2012 face a 32,1% no ano precedente. Por país, ficou a 16,6% face a 17,8% em 2011 no Benim, 23,3% face a 23,9% no Burkina, 19,0% face a 54,2% em Côte d Ivoire, 36,0% face a 33,9% na Guiné-Bissau, 26,3% face a 24,5% no Mali, 15,9% face a 16,4% no Níger, 28,4% face a 25,7% no Senegal e 14,0% face a 13,9% no Togo. Relatório anual do BCEAO

47 II EXECUÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 2.1 OBJETIVOS DA POLÍTICA MONETÁRIA A política monetária do BCEAO foi levada em 2012 de acordo com os objetivos fixados pelos seus novos Estatutos, surtos da Reforma institucional que entrou em vigor em O objetivo principal da política monetária do BCEAO é assegurar a estabilidade dos preços, definida pelo Comité de Política Monetária como uma taxa de inflação em variação homóloga evoluindo de 1,0% a 3,0%. Sem prejudicar esse objetivo, o BCEAO dá um apoio às políticas económicas da UEMOA para um crescimento são e sustentável. Assim, foi realizado pelos Serviços do BCEAO, um enquadramento macroeconómico que mostra os riscos potenciais sobre a estabilidade dos preços e sobre o crescimento, com vista a proporcionar sinais de referência aos membros do Comité de Política Monetária sobre a evolução futura das economias da União. O enquadramento macroeconómico para o ano 2012 levou em conta as principais hipóteses seguintes : No plano internacional : estagnação do crescimento económico mundial à volta de 4,0% em 2012, bem como em 2011, devido, por um lado, à fragilização do tecido económico nos países desenvolvidos devido à crise da dívida soberana, e, por outro lado, ao abrandamento do crescimento nas economias emergentes ; bom domínio dos preços dos produtos básicos, nomeadamente os do ouro e do algodão. Segundo as previsões feitas pelo BCEAO em outubro de 2011, o preço médio do ouro seria 1.814,3 dólares EU a onça em 2012, com um aumento de 15%. Os preços do algodão deveriam registar uma queda, mas ficariam a níveis favoráveis, situando-se a 108,1 centavos por libra peso. O preço do cacau registaria uma queda em 2012 como em 2011 ficando a 128,2 centavos EU por libra-peso. Essas evoluções poderiam constituir um factor importante para estimular a produção nos Estados membros da UEMOA ; resolução da crise da dívida soberana na Zona euro, para preservar a estabilidade da moeda europeia. Assim, foram feitas as previsões com base num euro para 1,43 dólar, propostas pelos serviços do Eurosistema ; aumento moderado de cerca de 2,9% do preço médio do barril de petróleo bruto, que se situaria a 100,5 dólares em 2012 face a uma progressão de cerca de 15,0% em Essa deceleração no aumento dos preços do petróleo interviria num contexto marcado por um abrandamento do crescimento mundial ligado à persistência de incertezas que ameaçam a atividade das principais potências económicas (Estados Unidos, União Europeia, China, etc.) ; aumento de cerca de 5,0% dos preços dos produtos alimentares importados ; taxa de inflação na Zona euro prevista a 2,0% em 2012, principal parceira comercial da União. No plano interno : queda da produção de cereal durante a campanha agrícola 2011/2012, ligada aos défices pluviométricos registados em certas regiões ; aumento da produção alimentícia da ordem de 10% dentro da União durante a campanha agrícola 2012/2013 ; manutenção, pelos Estados, dos esforços feitos no âmbito da reforma da administração fiscal e da realização de infrastruturas de desenvolvimento, nomeadamente no domínio da energia e das estradas ; Relatório anual do BCEAO

48 apaziguamento do clima socio-político em todo o país e uma consolidação da atividade económica em Côte d Ivoire, principal motor económico da União ; reforço das capacidades de produção e de distribuição da energia eléctrica ; continuação dos investimentos diretos estrangeiros nos sectores mineiros da União. Nessa base, os equilíbrios monetários projetados para o ano 2012 foram evidenciados, as evoluções seguintes foram registadas : consolidação de 312,9 mil milhões da posição exterior líquida das instituições monetárias da União ; subida de 14,6% do crédito interno, de acordo com uma progressão de 12,9% dos créditos da economia e uma degradação de 439,7 mil milhões da posição líquida dos Governos ; subida de 12,3% da massa monetária. 2.2 AÇÃO MONETÁRIA Durante o ano 2012, a ação do Banco Central apoiou-se principalmente na utilização dos instrumentos indiretos de regulação da liquidez Política das taxas de juro Num contexto caracterizado por um domínio das pressões inflacionárias e das perspetivas de crescimento favoráveis, mas também para levar em conta preocupações ligadas ao impacto das crises socio-políticas no Mali e na Guiné-Bissau, mas também incertezas suscitadas pelo ambiente internacional, o BCEAO decidiu baixar as taxas de juro de referência de 25 pontos básicos, para apoiar a atividade económica. A taxa de juro mínima de submissão às operações de chamadas para ofertas de injecção de capitais e a taxa de juro do balcão de empréstimo marginal (chamada antigamente taxa da pensão) foram fixadas respetivamente a 3,00% e a 4,00% com 16 de junho de 2012 como data de efeito Operações de open market O Banco Central aumentou sensivelmente em 2012, os montantes postos em adjudicação nos balcões das chamadas para ofertas a uma semana e a um mês com vista a satisfazer as necessidades crescentes de liquidez dos estabelecimentos de crédito. Além disso, a taxa mínima de submissão às adjudicações, fixada a 3,25% desde 16 de junho de 2009, foi reduzida até 3,00% a 16 de junho de Os vales e as obrigações do Tesouro representaram o essencial dos activos apresentados pelos estabelecimentos de créditos como suportes às operações de refinanciamento. As intervenções do Banco Central no balcão semanal das chamadas para ofertas cifraram-se em média semanal a 440,3 mil milhões FCFA em 2012 contra 242,0 mil milhões FCFA em O montante posto em adjudicação evoluiu entre 375,0 mil milhões FCFA e 550,0 mil milhões FCFA, conforme as previsões das necessidades de liquidez dos bancos. A taxa de juro marginal surta das adjudicações semanais flutuou entre 3,00% e 3,34%. Ficou a 3,00% a 31 de dezembro de Relatório anual do BCEAO

49 Os pedidos satisfeitos no compartimento mensal do mercado em 2012 subiram a 414,8 mil milhões FCFA em média face a 176,8 mil milhões FCFA no ano precedente. A taxa marginal dessas operações subiu gradualmente, passando de 3,3101% a 10 de janeiro de 2012 a 3,3600% a 2 de maio de 2012, antes de descer na sequência da queda das taxas orientadoras do Banco Central para se cifrar a 3,0000% a 31 de dezembro de Afinal, o crédito global dos montantes adiantados nos balcões de chamadas para ofertas a uma semana e a um mês estabeleceu-se a 956,9 mil milhões FCFA no final de dezembro de 2012 (525,0 mil milhões FCFA no compartimento de uma semana e 431,9 mil milhões FCFA no de um mês) face a 661,8 mil milhões FCFA no final de dezembro de 2011 (350,0 mil milhões FCFA no compartimento de uma semana e 311,8 mil milhões FCFA no de um mês), ou seja uma subida de 295,1 mil milhões FCFA (+44,6%). Não foi realizada nenhuma operação de recuperação de caixa desde janeiro de Acções sobre os balcões permanentes de refinanciamento Os créditos do Instituto de emissão às instituições de crédito no balcão de empréstimo marginal aumentaram no decorrer do ano Com efeito, o montante desses créditos passou de 61,6 mil milhões em dezembro de 2011 a 92,8 mil milhões em dezembro de 2012, ou seja uma subida de 31,3 mil milhões. Essa evolução é atribuível às subidass registadas em Côte d Ivoire (+15,9 mil milhões), no Mali (+11,0 mil milhões), no Burkina Faso (3,2 mil milhões) e no Níger (+1,1 mil milhão) Dispositivo das reservas obrigatórias A 16 março de 2012, o nível dos coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos, foi fixado a 5,0% para todos os bancos da UEMOA, ora cifrava-se a 7,0% desde 16 de dezembro de Tabela 4 : coeficientes de reservas obligatorias aplicables a los bancos 16 nov. en Hasta el el 15 dez. 15 nov dez en el 15 abril abril en el 15 agosto agosto en el 15 set sept. 00 au 15 avril abril en el 15 março março 04 en el 15 junho junho 2005 en el 15 junho junho 2009 en el 15 maio maio en el 15 dez dez en el 15 março 2012 Desde el 16 março 2012 Benim (en porcentaje) 9,0 9,0 3,0 3,0 9,0 9,0 9,0 13,0 15,0 9,0 7,0 7,0 5,0 Burkina 9,0 9,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 7,0 7,0 7,0 7,0 5,0 Côte d'ivoire Guiné- Bissau 9,0 1,5 1,5 3,0 3,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 7,0 5,0 5,0 5,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 5,0 7,0 5,0 Mali 9,0 9,0 3,0 3,0 3,0 3,0 9,0 9,0 9,0 7,0 7,0 7,0 5,0 Niger 5,0 5,0 1,5 3,0 5,0 5,0 5,0 5,0 9,0 7,0 7,0 7,0 5,0 Senegal 5,0 1,5 1,5 3,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 7,0 7,0 7,0 5,0 Togo 9,0 3,0 1,5 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 5,0 7,0 5,0 Relatório anual do BCEAO

50 2.3 EVOLUÇÃO DOS AGREGADOS MONETÁRIOS A situação monetária da União foi caracterizada em 2012 por uma subida da massa monetária, consecutiva à progressão do crédito interno. As intervenções globais do Banco Central registaram uma subida líquida nesse período. A progressão da massa monetária foi atenuada pela queda dos activos externos líquidos das instituições monetárias. Tabela 5 : situação monetária integrada Variação em 2012 Absoluta em % MIL MILHÕES FCFA Activos externos líquidos 5 636, , ,3-261,1-4,5 Banco Central 5 554, , ,6-376,3-6,4 Bancos 81,5-64,5 50,8 115,3 178,8 Crédito interno 8 715, , , ,6 15,1 Posição líquida dos Governos 1 906, , ,8 525,4 22,5 Créditos à Economia 6 808, , , ,2 12,9 ACTIVO = PASSIVO , , , ,5 7,9 Massa monetária , , , ,8 9,7 Circulação fiduciária 3 557, , ,1 217,3 5,9 Depósitos no banco 8 658, , , ,6 11,2 Depósitos em CNE e CCP 97,3 111,8 110,7-1,1-1,0 Outros elementos líquidos 2 038, , ,3-55,3-2,4 Fonte : BCEAO Activos externos líquidos Os activos externos líquidos das instituições monetárias eram de 5.578,3 mil milhões no final de dezembro de 2012, com uma queda de 261,1 mil milhões em relação ao final de dezembro de O Banco Central, cujos activos externos líquidos atingiram 5.527,6 mil milhões, com uma queda de 376,4 mil milhões, sofreu a degradação da posição externa líquida das instituições monetárias, atenuada pela subida de 115,3 mil milhões da posição externa credora dos bancos. As reservas oficiais cambiais baixaram de 242,2 mil milhões, para se situar a 7.051,2 mil milhões no final de dezembro de Disso resultou uma taxa de cobertura da emissão monetária do Banco Central de 105,5% face a 109,1% em Por sua parte, os compromissos externos do Instituto de emissão subiram de 134,2 mil milhões, cifrando-se a 1.523,7 mil milhões. Notou-se uma contração dos activos exteriores líquidos em Côte d Ivoire (-256,0 mil milhões), no Senegal (-51,2 mil milhões), na Guiné-Bissau (-34,8 mil milhões), no Togo (-17,3 mil milhões) e no Burkina Faso (-2,7 mil milhões), ao passo que no Benim registou-se (+68,9 mil milhões), no Níger (+167,9 mil milhões) e no Mali (+2,8 mil milhões). Relatório anual do BCEAO

51 Tabela 6 : evolução por país dos activos exteriores líquidos Mil milhões FCFA BENIM Activos exteriores líquidos 728,6 717,0 785,9 Banco Central 506,3 352,6 245,4 Bancos 222,3 364,3 540,5 BURKINA Activos exteriores líquidos 647,5 681,6 678,9 Banco Central 300,8 275,3 233,9 Bancos 346,8 406,2 445,0 CÔTE D IVOIRE Activos exteriores líquidos 1 385, , ,9 Banco Central 1 351, , ,6 Bancos 33,6 168,9 260,4 GUINE-BISSAU Activos exteriores líquidos 93,3 119,3 84,5 Banco Central 64,4 95,4 65,0 Bancos 28,9 23,9 19,6 MALI Activos exteriores líquidos 726,0 693,9 696,7 Banco Central 552,2 584,9 542,1 Bancos 173,8 109,0 154,7 NÍGER Activos exteriores líquidos 292,9 263,5 431,4 Banco Central 292,6 265,2 419,8 Bancos 0,3-1,7 11,6 SENEGAL Activos exteriores líquidos 987,9 930,6 879,5 Banco Central 734,5 726,2 775,5 Bancos 253,4 204,5 103,9 TOGO Activos exteriores líquidos 259,5 291,1 273,8 Banco Central 193,5 200,2 76,6 Bancos 66,0 90,9 197,2 UMOA* Activos exteriores líquidos 5 636, , ,3 Banco Central 5 554, , ,6 Bancos 81,5-64,5 50,8 (*) : incluindo activos não distribuídos e ajustamentos. Fonte : BCEAO Crédito interno Em relação ao final de dezembro de 2011, o crédito interno registou uma subida de 1.546,1 mil milhões ou 15,2%, e passou a ,2 mil milhões. Essa evolução é essencialmente atribuível à degradação da posição líquida dos Governos, reforçada pela subida dos créditos à economia. Relatório anual do BCEAO

52 Gráfico 4 : crédito interno UMOA ,2 mil milhões FCFA N.R. & Aj. 15,4% Bénim 6,5% Burkina 9,7% Togo 6,3% Senegal 19,2% Côte d'ivoire 29,4% Niger 3,9% Mali 8,9% Guiné-Bissau 0,7% Fonte : BCEAO. NB : N.R. & Aj. = Não distribuídos e ajustamentos Posição líquida dos Governos A posição líquida devedora dos Governos para com o sistema bancário degradou-se de 535,9 mil milhões, e passou a 2.866,3 mil milhões no final de dezembro de Essa subida é atribuível à progressão da subscrição dos bancos às emissões de valores públicos durante o período e ao recurso forte dos Estados aos apoios do FMI. Os apoios do Banco Central aos Estados, constituídos essencialmente pelas consolidações dos adiantamentos estatutários, passaram de 212,9 mil milhões no final de dezembro de 2011 a 192,5 mil milhões em dezembro de 2012, ou seja uma queda de 20,4 mil milhões, em relação com a ressorção progressiva por causa dos reembolsos. O apuramento total devia ocorrer no final de dezembro de 2012, mas houve atrasos em certos países. Relatório anual do BCEAO

53 Tabela 7 : evolução por país da posição líquida do Governo Bilhões FCFA BENIM Posição líquida do governo -165,5-97,2-164,0 Créditos e depósitos públicos 406,4 403,3 439,7 Dívidas do Estado 240,9 306,1 275,7 BURKINA Posição líquida do governo 16,7-7,9-47,1 Créditos e depósitos públicos 257,7 318,3 382,3 Dívidas do Estado 274,4 310,5 335,2 CÔTE D IVOIRE Posição líquida do governo 788,3 822, ,3 Créditos e depósitos públicos 274,7 469,1 392,0 Dívidas do Estado 1 063, , ,3 GUINE-BISSAU Posição líquida do governo 3,0 8,0 21,2 Créditos e depósitos públicos 12,9 12,8 3,2 Dívidas do Estado 15,9 20,7 24,3 MALI Posição líquida do governo -270,1-203,2-54,2 Créditos e depósitos públicos 442,0 418,0 265,2 Dívidas do Estado 171,9 214,8 211,1 NÍGER Posição líquida do governo 4,1 15,8-45,1 Créditos e depósitos públicos 117,8 114,9 177,1 Dívidas do Estado 121,9 130,7 132,0 SENEGAL Posição líquida do governo 200,3 164,8 101,1 Créditos e depósitos públicos 346,0 405,7 505,3 Dívidas do Estado 546,3 570,5 606,4 TOGO Posição líquida do governo 138,8 98,9 129,5 Créditos e depósitos públicos 107,3 150,3 155,4 Dívidas do Estado 246,1 249,2 284,8 Fonte : BCEAO Créditos à economia Os créditos correntes à economia registaram uma progressão de 12,9% de um ano para o outro, e ficaram a 8.823,9 mil milhões no final de dezembro de Essa subida é atribuível aos créditos ordinários (+12,4%) e aos créditos de campanha (+38,7%). A subida dos créditos ordinários resultaria principalmente dos créditos proporcionados às empresas atuando no sector da energia, da agro-indústria, das telecomunicações, das minas e do comércio. No Benim, os créditos correntes à economia registaram uma subida de 79,5 mil milhões (9,4%), e ficaram a 924,4 mil milhões no final de dezembro de Essa evolução é atribuível sobretudo aos créditos ordinários que progrediram de 65,9 mil milhões. A subida dos créditos ordinários resultaria principalmente de instalações de créditos em prol de empresas que atuam nos sectores da agro-indústria, da distribuição de produtos petrolíferos, da energia, das telecomunicações, dos BTP, do comércio geral e dos serviços. Os créditos a médio e longo prazo subiram de 79,7 mil milhões ao passo que os a curto prazo regrediram de 0,2 milhão. Relatório anual do BCEAO

54 No Burkina Faso, os créditos à economia cifraram-se a 1.181,2 mil milhões, ou seja um acréscimo de 229,6 mil milhões (24,1) em relação a Essa evolução resulta de uma progressão de 224,3 mil milhões dos créditos ordinários e a de 5,3 mil milhões dos créditos de campanha. A evolução dos créditos ordinários é atribuível às instalações de novos apoios bancários às companhias mineiras e de algodão, bem como os créditos concedidos às empresas que intervêm nos sectores da energia, dos combustíveis, das telecomunicações, do BTP, da agro-indústria, do comércio geral e dos serviços. Os créditos a curto prazo e os a longo prazo subiram respetivamente de 159,1 mil milhões e de 70,4 mil milhões. Em Côte d Ivoire, os créditos à economia por liquidar ficaram a 2.308,3 mil milhões no final de dezembro de 2012 face a 2.052,1 mil milhões em Os créditos ordinários aumentaram de 221,0 mil milhões num contexto de retoma das atividades bancárias ao passo que o abrandamento notado um ano mais cedo estava ligado à crise pós-eleitoral. Os créditos a curto prazo e os a médio e longo prazo subiram respetivamente de 138,4 e 117,8 mil milhões. Na Guiné-Bissau, os créditos à economia ficaram a 64,2 mil milhões no final de dezembro de 2012, ou seja uma subida de 10,1 mil milhões (18,7%) em relação a Essa evolução é globalmente atribuível aos créditos de campanha que progrediram de11,8 mil milhões, ao passo que os créditos ordinários desceram de 1,7 milhão (-3,1%). As novas instalações de créditos bancários foram benéficas para as empresas que intervêm na recolha da castanha de caju. Os créditos a curto prazo e os a médio e longo prazo subiram respetivamente de 9,3 mil milhões e 0,8 milhão. No Mali, os créditos à economia por liquidar subiram de 49,9 mil milhões (4,8) e passaram a 1.099,2 mil milhões. Esse aumento é provocado exclusivamente pela progressão de 50,2 mil milhões dos créditos ordinários. Os créditos de campanha, no entanto, registam uma queda de 0,3 milhão. Esses créditos ordinários foram concedidos a companhias que atuam nos domínios das telecomunicações, da energia, da distribuição de produtos petrolíferos, das minas, do comércio geral. Os créditos a curto prazo e os a médio e longo prazo subiram respetivamente de 39,1 mil milhões e de 10,8 mil milhões. No Níger, os créditos à economia fixaram-se a 500,0 mil milhões, com um aumento de 97,4 mil milhões (24,2%), resultando do aumento de 97,0 mil milhões dos créditos ordinários. A progressão desses créditos é devida essencialmente aos avanços pecuniários concedidos a companhias petrolíferas, mineiras, de telecomunicações, da energia, da hotelaria e dos serviços. Os créditos a curto e os a médio e longo prazo registaram uma subida respetivamente de 41,5 mil milhões e 55,9 mil milhões. No Senegal, os créditos concedidos ao sector privado subiram de 191,8 mil milhões (9,8%), para se estabelecerem a 2.144,8 mil milhões no final de dezembro de O acréscimo dos créditos ordinários de 194,0 mil milhões explicam-se principalmente pela instalação de créditos bancários para os operadores do sector privado atuando nos sectores dos combustíveis, da agro-indústria, das indústrias manufatureiras, da energia, das telecunicações, do imobiliário e dos serviços. O acréscimo dos créditos está ligado ao aumento de 103,1 mil milhões a curto prazo e de 88,7 mil milhões dos a médio e longo prazo. No Togo, os créditos à economia por liquidar passaram a 601,8 mil milhões no final de dezembro de 2012, ou seja um acréscimo de 95,8 mil milhões em relação ao final de dezembro de Essa evolução está ligada exclusivamente aos créditos ordinários. Os créditos a curto prazo e os a médio e longo prazo subiram respetivamente de 47,2 mil milhões e 48,6 mil milhões, devido essencialmente ao aumento dos créditos ordinários concedidos a companhias atuando no sector das indústrias manufatureiras, da construção e das obras públicas, bem como dos transportes. Relatório anual do BCEAO

55 Tabela 8 : evolução por país dos créditos à economia Mil milhões FCFA BENIM Créditos à economia , , ,0 Créditos a curto prazo , , ,0 Créditos a médio e longo prazo , , ,0 BURKINA Créditos à economia , , ,0 Créditos a curto prazo , , ,0 Créditos a médio e longo prazo , , ,0 CÔTE D IVOIRE Créditos à economia , , ,9 Créditos a curto prazo , , ,9 Créditos a médio e longo prazo , , ,0 GUINE-BISSAU Créditos à economia , , ,0 Créditos a curto prazo , , ,0 Créditos a médio e longo prazo , , ,0 MALI Créditos à economia , , ,0 Créditos a curto prazo , , ,0 Créditos a médio e longo prazo , , ,0 NÍGER Créditos à economia , , ,0 Créditos a curto prazo , , ,0 Créditos a médio e longo prazo , , ,0 SENEGAL Créditos à economia , , ,9 Créditos a curto prazo , , ,9 Créditos a médio e longo prazo , , ,0 TOGO Créditos à economia , , ,2 Créditos a curto prazo , , ,2 Créditos a médio e longo prazo , , ,0 Fonte : BCEAO Evolução dos créditos recenseados na Central de riscos O total dos créditos recensados por liquidar, em circulação na central de riscos era de 7.007,6 mil milhões no final de dezembro de 2012 face a 6.365,3 mil milhões a 31 de dezembro de 2011, ou seja uma subida de 642,3 mil milhões (10,1%). Nesse período, os créditos a curto prazo aumentaram de 267,8 mil milhões (5,9%) e os créditos a médio e longo prazo de 374,4 mil milhões (20,3%). O aumento do crédito total por liquidar recenseado em circulação na central de riscos, registado em 2012, provém nomeadamente, do aumento dos créditos concedidos aos sectores de atividades seguintes : «Comércio por grosso e a retalho, restaurantes e hotéis» (+382,7mil milhões) ; «Indústrias manufactureiras» (+83,1 mil milhões) ; «Seguros, negócios imobiliários e serviços às empresas» (+69,1 mil milhões) ; «Serviços prestados à coletividade, serviços sociais e pessoais» (+65,7 mil milhões) ; «Construções e obras públicas» (+42,2 mil milhões) ; «Eletricidade, gás e água» (+22,7 mil milhões) ; Relatório anual do BCEAO

56 «Transportes, armazenagens e comunicações» (+4,8 bilhões). Todavia, notou-se uma queda nos sectores de atividades «Agricultura, silvicultura e pesca» (4,9 mil milhões) e «Indústrias extractivas» (-23,1 bilhões). No final de dezembro de 2012, o total dos créditos recenseados na central de riscos é distribuído entre o Senegal (25,4%), a Côte d Ivoire (24,0%), o Burkina Faso (16,4%), o Benim (11,7%), o Mali (8,1%), o Níger (7,1%), o Togo (7,0%) e a Guiné-Bissau (0,3%) Massa monetária e base monetária Em relação à evolução dessas contrapartidas, a massa monetária registou uma progressão de 9,8%, passando a ,2 mil milhões no final de dezembro de Esse aumento da liquidez global realizou-se graças a depósitos bancários que subiram de 11,2% e pela circulação fiduciária que subiu de 6,3%. Em comparação com o seu nível do final de dezembro de 2011, a base monetária contractou-se de 0,9%, e situou-se a 5.763,5 mil milhões no final de dezembro de 2012, sob o efeito da queda de 19,8% das reservas dos bancos que o aumento de 6,3% da circulação fiduciário não conseguiu compensar. Tabela 9 : evolução da massa monetária por país Mil milhões FCFA BENIM Massa monetária 1 274, , ,0 Circulação fiduciária 346,1 376,8 398,5 Depósitos bancários, CCP e CNE 928, , ,5 BURKINA Massa monetária 1 319, , ,5 Circulação fiduciária 215,1 189,6 230,3 Depósitos bancários, CCP e CNE 1 104, , ,1 CÔTE D IVOIRE Massa monetária 4 152, , ,6 Circulação fiduciária 1 638, , ,5 Depósitos bancários, CCP e CNE 2 514, , ,1 GUINE-BISSAU Massa monetária 123,6 173,7 162,8 Circulação fiduciária 64,1 85,9 83,4 Depósitos bancários, CCP e CNE 59,5 87,8 79,4 MALI Massa monetária 1 294, , ,5 Circulação fiduciária 314,5 415,4 514,3 Depósitos bancários, CCP e CNE 980, , ,2 NÍGER Massa monetária 576,0 611,2 802,5 Circulação fiduciária 234,9 269,6 345,2 Depósitos bancários, CCP e CNE 341,2 341,6 457,3 SENEGAL Massa monetária 2 540, , ,9 Circulação fiduciária 561,8 589,4 586,7 Depósitos bancários, CCP e CNE 1 979, , ,1 TOGO Massa monetária 717,0 831,3 905,3 Circulação fiduciária 183,3 193,8 161,3 Depósitos bancários, CCP e CNE 533,7 637,5 744,0 Fonte : BCEAO. Relatório anual do BCEAO

57 Gráfico 5 : massa monetária = ,2 mil milhões FCFA Senegal 19,3% Togo 6,0% N.R. & Aj. 2,7% Benim 9,7% Burkina 11,6% Niger 5,3% Mali 11,4% Guiné-Bissau 1,1% Côte d'ivoire 32,7% Fonte : BCEAO. NB : N.R. & Aj. = Não distribuídos e ajustamentos. Gráfico 6 : base monetária = 5.749,0 mil milhões FCFA Togo 4,6% N.R. & Aj. 6,4% Bénin 8,9% Burkina 6,4% Sénégal 14,9% Niger 8,1% Mali 12,7% Guinée-Bissau 1,7% Fonte : BCEAO. NB : N.R. & Aj. = Não distribuídos e ajustamentos. Côte d'ivoire 36,3% Relatório anual do BCEAO

58 Gráfico 7 : UMOA situação monetária integrada Em milhoes de francs CFA Janeiro-10 Fevereiro-10 Março-10 Abril-10 Maio-10 Junho-10 Julho-10 Agosto-10 Setembro-10 Outubro-10 Novembro-10 Dezembro-10 Janeiro-11 Fevereiro-11 Março-11 Abril-11 Maio-11 Junho-11 Julho-11 Agosto-11 Setembro-11 Outubro-11 Novembro-11 Dezembro-11 Janeiro-12 Fevereiro-12 Março-12 Abril-12 Maio-12 Junho-12 Julho-12 Agosto-12 Setembro-12 Outubro-12 Novembro-12 Dezembro-12 Activos externos liquidos Posição liquida dos Governos Créditos à Economia Massa monetária Fonte : BCEAO Poupança privada recolhida pelos bancos e pelas caixas de poupança A poupança mobilizada pelo sistema bancário dentro dos países da União cifrou-se a 4.686,9 mil milhões a 31 de dezembro de 2012, com uma subida de 469,5 mil milhões ou 11,1% em relação ao nível registado no ano anterior. Essa evolução é atribuível principalmente aos depósitos a prazo e às contas com regimes especiais que aumentaram respetivamente de 272,3 mil milhões ou 12,0% e 197,2 mil milhões ou seja 10,%1. Tabela 10 : evolução por país da poupança privada recolhida pelos bancos e pelas caixas de poupança Mil milhões FCFA BENIM Poupança privada 418,1 446,2 491,5 Poupança privada/massa monetária (%) 32,8 32,4 33,6 BURKINA Poupança privada 479,7 514,2 613,3 Poupança privada/massa monetária (%) 36,4 34,3 35,2 CÔTE D IVOIRE Poupança privada 1 379, , ,4 Poupança privada/massa monetária (%) 32,8 30,7 32,9 GUINE-BISSAU Poupança privada 13,6 24,8 28,7 Poupança privada/massa monetária (%) 11,5 14,3 17,6 MALI Poupança privada 336,9 362,0 385,8 Poupança privada/massa monetária (%) 24,3 22,5 24,3 NÍGER Poupança privada 113,6 120,4 138,4 Poupança privada/massa monetária (%) 19,7 19,7 17,2 SENEGAL Poupança privada 953, , ,8 Poupança privada/massa monetária (%) 37,9 38,2 37,2 TOGO Poupança privada 262,7 298,2 337,0 Poupança privada/massa monetária (%) 36,6 35,9 37,2 UMOA Poupança privada 4 026, , ,9 Poupança privada/massa monetária (%) 32,1 30,9 31,3 Fonte : BCEAO. Relatório anual do BCEAO

59 Gráfico 8 : poupança interna dos particulares e das empresas UMOA = 4.686,9 mil milhões FCFA Senegal 24,1% Togo 6,6% Benim 10,6% Burkina 12,1% Niger 2,9% Mali 8,5% Guiné-Bissau 0,3% Côte d'ivoire 34,9% Fonte : BCEAO Créditos do Banco Central As intervenções do Banco Central cifraram-se a 1.732,5 mil milhões a 31 de dezembro de 2012, com um aumento de 291,4 mil milhões em relação ao seu nível no final de dezembro de Descompõem-se em refinanciamentos aos estabelecimentos de crédito por um montante de 1.049,7 mil milhões e em créditos aos Estados com 682,8 mil milhões. A evolução registada segue-se ao acréscimo de 326,3 mil milhões dos refinanciamentos atenuado por uma queda de 34,9 mil milhões dos créditos aos Estados. Tabela 11 : apoios do Banco Central Março Dez 2011 Junho 2012 Set Dez Mil milhões FCFA Apoios aos Tesouros nacionais (a) 717,7 712,2 707,3 702,9 682,8 Total dos apoios estatutários art. 16 (incluindo a consolidação) 212,9 207,4 202,5 198,1 192,5 Apoios ao título do artigo 13 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Descobertos em contas correntes (art. 14) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Descobertos estatutários consolidados 212,9 207,4 202,5 198,1 192,5 Previsão de efeitos públicos (art. 15) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Títulos de Estado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Consolidações 5,1 5,1 5,1 5,1 5,1 Apoios ligados aos DTS 499,7 499,7 499,7 499,7 485,2 Mobilizações de títulos garantidos (art.12) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Apoios aos bancos e estabelecimentos financeiros com carácter bancário (b) 723,4 806, ,0 891, ,7 Balcão dos leilões regionais 661,8 740,9 895,7 826,2 956,9 Pensão 61,6 66,0 105,3 64,8 92,8 TOTAL DAS INTERVENÇÕES (a+b) 1 441, , , , ,5 Variações trimestrais (%) 18,0 5,4 12,5-6,7 8,7 Variações anuais (%) 29,0 37,6 48,2 30,5 20,2 Fonte : BCEAO. Relatório anual do BCEAO

60 Créditos aos Tesouros nacionais situaram-se a 682,8 mil milhões no final de dezembro de 2012, face a 717,7 mil milhões em 2011, após os reembolsos dos apoios ligados aos subsídios de DTS de 14,5 mil milhões e reembolsos dos apoios monetários diretos consolidados do BCEAO 5,6 mil milhões aos Estados. Os créditos consolidados ao título do ex-banco Central da Guiné-Bissau (ex-bcgb) e do ex-banco de Crédito Nacional na Guiné-Bissau (ex-bcn), de um crédito residual de 5,1 mil milhões, não registaram nenhuma variação de um ano para o outro. Refinanciamentos dos bancos e estabelecimentos financeiros com carácter bancário calcularam-se a 1.049,7 mil milhões a 31 de dezembro de 2012 (que representam 11,9% dos créditos à economia), face a 723,4 mil milhões em 2011, com um aumento de 326,3 mil milhões (+45,1%). Os créditos aos bancos e estabelecimentos financeiros com carácter bancário no balcão dos leilões regionais calculam-se a 956,9 mil milhões e os ao balcão de empréstimo marginal a 92,8 mil milhões, face a respetivamente 661,8 mil milhões e 61,6 mil milhões no final de dezembro de Em resumo, no final de dezembro de 2012, os créditos do BCEAO aos tesouros nacionais e os seus refinanciamentos dos bancos e estabelecimentos financeiros com carácter bancário, apresentam-se por país, da forma seguinte. Tabela 12 : intervenções do BCEAO no final de dezembro de 2012 Créditos à Créditos ao Estado economia ( incluindo títulos de Estado e (refinanciamento) consolidações de créditos) Montante global Total (incluindo consolidação) Benim 312,1 34,5 0,0 346,6 Burkina 220,6 34,4 1,0 255,0 Côte d Ivoire 113,3 353,5 164,1 466,8 Guiné-Bissau 10,4 14,8 1,1 25,2 Mali 115,7 51,6 0,7 167,3 Níger 38,2 60,0 22,9 98,2 Senegal 123,7 92,4 2,1 216,1 Togo 115,6 41,8 0,7 157,4 UMOA 1 049,7 682,7 192,5 1732,4 Fonte : BCEAO. Relatório anual do BCEAO

61 Tabela 13 : créditos do Banco Central (em mil milhões FCFA) Variação (c)/(b) (a) (b) (c) Absoluta en % BENIM 132,0 265,5 346,6 81,1 30,6 Tesouro público 32,8 35,5 34,5-1,0-2,8 - Artigo 16 ( incluindo a consolidação) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - Adiantamentos contra títulos de Estado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - Apoios ligados aos DTS 32,8 35,5 34,5-1,0-2,8 Bancos e instituições financeiras com carácter bancário 99,2 230,0 312,1 82,1 35,7 BURKINA 144,1 193,5 255,0 61,5 31,8 Tesouro público 40,6 39,3 34,4-4,9-12,5 - Artigo 16 (incluindo a consolidação) 8,7 4,9 1,0-3,9-79,6 - Dívidas garantidas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - Adiantamentos contra títulos de Estado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - Apoios ligados aos DTS 31,9 34,4 33,4-1,0-2,9 Bancos e instituições financeiras com carácter bancário 103,5 154,2 220,6 66,4 43,1 CÔTE D IVOIRE 394,8 409,5 466,8 57,3 14,0 Tesouro público 336,3 359,0 353,5-5,5-1,5 - Artigo 16 (incluindo a consolidação) 164,1 164,1 164,1 0,0 0,0 - Adiantamentos contra títulos de Estado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - Apoios ligados aos DTS 172,2 194,9 189,4-5,5-2,8 Bancos e instituições financeiras com carácter bancário 58,5 50,5 113,3 62,8 124,4 GUINE-BISSAU 13,8 18,0 25,2 7,2 40,0 Tesouro público 13,8 15,0 14,8-0,2-1,3 - Artigo 16 (incluindo a consolidação) 1,1 1,1 1,1 0,0 0,0 - Apoios consolidados 5,1 5,1 5,1 0,0 0,0 - Apoios ligados aos DTS 7,6 8,8 8,6-0,2-2,3 Bancos e instituições financeiras com carácter bancário 0,0 3,0 10,4 7,4 246,7 MALI 122,6 130,6 167,3 36,7 28,1 Tesouro público 55,2 55,7 51,6-4,1-7,4 - Artigo 16 (incluindo a consolidação) 5,8 3,3 0,7-2,6-78,8 - Adiantamentos contra títulos de Estado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - Apoios ligados aos DTS 49,4 52,4 50,9-1,5-2,9 Bancos e instituições financeiras com carácter bancário 67,4 74,9 115,7 40,8 54,5 NÍGER 72,9 97,4 98,3 0,9 0,9 Tesouro público 61,8 64,1 60,1-4,0-6,2 - Artigo 16 (incluindo a consolidação) 27,0 25,9 22,9-3,0-11,6 - Adiantamentos contra títulos de Estado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - Apoios ligados aos DTS 34,8 38,2 37,1-1,1-2,9 Bancos e instituições financeiras com carácter bancário 11,1 33,3 38,2 4,9 14,7 SENEGAL 164,6 224,0 216,1-7,9-3,5 Tesouro público 104,2 103,5 92,4-11,1-10,7 - Artigo 16 (incluindo a consolidação) 18,5 10,4 2,1-8,3-79,8 - Dívidas garantidas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - Adiantamentos contra títulos de Estado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - Apoios ligados aos DTS 85,7 93,1 90,3-2,8-3,0 Bancos e instituições financeiras com carácter bancário 60,4 120,5 123,7 3,2 2,7 TOGO 72,5 102,6 157,4 54,8 53,4 Tesouro público 44,4 45,6 41,8-3,8-8,3 - Artigo 16 (incluindo a consolidação) 5,7 3,2 0,7-2,5-78,1 - Adiantamentos contra títulos de Estado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - Apoios ligados aos DTS 38,7 42,4 41,1-1,3-3,1 Bancos e instituições financeiras com carácter bancário 28,1 57,0 115,6 58,6 102,8 Fonte : BCEAO. Relatório anual do BCEAO

62 Tabela 14 : UMOA - créditos à economia e refinanciamentos Junho Dez Març 2012 Set Dez Mil milhões FCFA Créditos à economia 7 813, , , , ,9 (incluindo créditos de campanha) 164,6 194,2 164,3 158,5 228,3 Variações dos créditos à economia (em %) 3,6 4,8 5,1 2,2 5,8 Refinanciamentos dos créditos à economia 723,4 806, ,0 891, ,7. Créditos aos bancos e instituições financeiras 723,4 806, ,0 891, ,7. Dívidas garantidas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Variações dos refinanciamentos (em %) 44,9 11,5 24,1-11,0 17,8 Parte dos créditos à economia refinanciados junto ao BCEAO (%) 9,8 10,4 12,3 10,7 11,9 Fonte : BCEAO. Tabela 15 : distribuição dos refinanciamentos dos créditos à economia conforme os balcões Dezembro de 2011 Setembro de 2012 Dezembro de 2012 (mil (mil (mil milhões % milhões % milhões % FCFA) FCFA) FCFA) Mercado monetário (chamadas para ofertas) 661,8 91,5 826,2 92,7 956,9 91,2 Outros balcões ordinários (empréstimo marginal) 61,6 8,5 64,8 7,3 92,8 8,8 Balcão excecional 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Refinanciamentos títulos PASFI 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Refinanciamentos títulos ex-oncad 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 TOTAL 723,4 100,0 891,0 100, ,7 100,0 Fonte : BCEAO Evolução das reservas obrigatórias O número de bancos submetidos ao dispositivo das reservas obrigatórias é de cento e sete (107) no final de dezembro de Na mesma data, três (3) instituições financeiras com carácter bancário estavam submetidas ao sistema das reservas obrigatórias, um número igual ao do ano precedente. O montante médio das reservas necessárias para os bancos cifrou-se a 608,8 mil milhões em 2012 face a 588,6 mil milhões um ano antes. As reservas constituídas efetivamente subiram de 71,4 mil milhões e alcançou 1.293,9 mil milhões. Assim as reservas livres dos bancos passaram de 633,7 mil milhões para 684,3 mil milhões de um período para o outro. No que diz respeito aos estabelecimentos financeiros com carácter bancário, o montante médio das reservas necessárias situou-se a 190,5 milhões em 2012, para reservas constituídas de 238,8 milhões, dando assim um excedente global líquido de 48,3 milhões em 2012 contra um excedente global líquido de 12,0 milhões no ano precedente. Relatório anual do BCEAO

63 Tabela 16 : evolução das reservas constituídas pelos bancos (em milhões FCFA) Períodos Reservas necessárias Reservas constituídas Défice bruto (1) Excedente Bruto (2) Excedente (+) ou défice (-) líquido (3) = (2)+(1) Total Incluindo títulos a a a a a a a a a a a a Média Fonte : BCEAO. Tabela 17 : evolução das reservas obrigatórias constituídas pelos estabelecimentos financeiros (em milhões FCFA) Períodos Reservas necessárias Reservas constituídas Défice bruto (1) Excedente Bruto (2) Excedente (+) ou défice (-) líquido (3) = (2)+(1) a a a a Média Fonte : BCEAO Operações do mercado interbancário Durante o ano 2012, a evolução do mercado interbancário da UMOA foi marcada por um aumento do volume das operações e a diminuição das taxas de juro. O volume médio semanal do conjunto das transações, cifrou-se a 73,5 mil milhões FCFA face a 44,6 mil milhões FCFA em As operações cobriram ponderações de um (1) dia até doze (12) meses. Os compartimentos a um dia, uma semana, duas semanas e um mês foram os mais ativos, representando respetivamente 10,7%, 58,3%, 14,5% e 12,3% do volume médio das transações. Não foi registada nenhuma transação no prazo de nove (9) meses. O volume médio das transações interbancárias continua a ser relativamente fraco, representando apenas 8,6% do montante global médio das injeções de capitais do BCEAO. Relatório anual do BCEAO

64 Todos os sítios da União participaram na animação do mercado interbancário. Os sítios mais ativos em termos de ofertas de recursos, foram os de Abidjan (32,8%), de Cotonou (22,8%) e de Lomé (16,5%). Os principais sítios beneficiários são os de Dacar (41,1%), de Abidjan (20,8%) e de Ouagadougou (16,3%). Tabela 18 : evolução das taxas interbancárias em 2012 (média ponderada em percentagem) 1 dia 1 semana 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses 9 meses 12 meses Janeiro 4,2 3,8 4,9 4,6 5,8 Fevereiro 4,9 4,3 4,6 5,0 5,0 5,0 Março 4,0 4,7 5,1 4,8 4,7 5,7 Abril 4,3 4,5 5,1 5,2 4,9 4,8 Maio 3,8 4,3 5,4 5,2 5,4 4,8 Junho 4,4 4,0 5,5 5,1 5,2 5,5 9,0 Julho 5,0 4,0 5,6 5,1 5,2 5,9 Agosto 3,7 4,5 4,9 5,1 4,7 Setembro 4,1 3,9 5,5 5,2 5,0 4,8 Outubro 4,0 3,8 5,4 5,3 5,7 Novembro 4,2 3,8 5,3 5,2 5,4 6,5 Dezembro 4,0 3,7 5,3 5,3 4,8 5,8 Média 4,2 4,0 5,2 5,1 5,2 5,1 9,0 Fonte : BCEAO. Tabela 19 : evolução dos empréstimos interbancários dentro da UMOA em 2012 (em milhões FCFA) Montantes médios Empréstimos Margens Durações dos médios de taxas (em %) empréstimos correntes Total incluindo UMOA Janeiro ,00 a 7,50 1 dia a 6 meses Fevereiro ,00 a 7,00 1 dia a 6 meses Março ,00 a 7,00 1 dia a 6 meses Abril ,25 a 7,25 1 dia a 6 meses Maio ,25 a 7,00 1 dia a 6 meses Junho ,00 a 9,00 1 dia a 12 meses Julho ,00 a 7,25 1 dia a 6 meses Agosto ,25 a 6,00 1 dia a 3 meses Setembro ,00 a 7,00 1 dia a 6 meses Outubro ,00 a 7,25 1 dia a 3 meses Novembro ,00 a 7,00 1 dia a 6 meses Dezembro ,00 a 7,00 1 dia a 6 meses Média Fonte : BCEAO Operações do mercado dos títulos públicos e privados As emissões de títulos de créditos negociáveis e de títulos públicos, com a aprovação ou o crédito do BCEAO, calcularam-se globalmente a 1.650,8 mil milhões em 2012, face a 4.354,6 mil milhões em Disseram respeito aos certificados de depósito com o valor de 9,0 mil milhões, os títulos dos estabelecimentos financeiros por 7,0 mil milhões, os títulos do Tesouro por um montante global de 1.051,6 mil milhões e as obrigações do Tesouro por 583,2 mil milhões. As emissões de títulos de créditos negociáveis cifraram-se a 16,0 mil milhões em 2012 contra 70,5 bilhões em São distribuídas da forma seguinte : Relatório anual do BCEAO

65 uma (1) emissão de certificados de depósito dividida em duas (2) partes, com um montante total de 9,0 mil milhões foi realizada no Mali por uma ponderação de sete (7) anos ; uma (1) emissão de títulos das instituições financeiras de um montante de 7,0 mil milhões e de uma ponderação de 18 meses, foi realizada em Côte d Ivoire em dezembro de Nenhuma emissão foi realizada no que diz respeito aos títulos BOAD e bilhetes do tesouro Assim, no final de dezembro de 2012, os títulos de créditos negociáveis por liquidar, cifrou-se a 244,1 mil milhões face a 246,6 mil milhões no final de dezembro de 2011, distribuiram-se da forma seguinte : três (3) linhas de certificados de depósito, para cada um dos seguintes bancos : o CBAO- Senegal (15,0 mil milhões), o BRM-Senegal (4,0 mil milhões), o BM-Mali (9,0 mil milhões) ; uma (1) linha de títulos dos estabelecimentos financeiros de Alios Finanças (7,0 mil milhões) ; seis (6) linhas de títulos das instituições financeiras regionais (BOAD) com um crédito de 209,1 mil milhões por liquidar. No tocante aos títulos públicos, cinquenta e quatro (54) emissões foram realizadas em 2012 por um volume de 1.634,8 mil milhões face a cento e seis (106) em 2011 por um volume de emissão de 4.284,1 mil milhões. Trinta e nove (39) emissões de títulos do Tesouro foram realizadas por adjudicação com taxas variáveis por (7) Estados da União, por um montante total de 1.051,6 mil milhões em 2012 face a noventa e seis (96) emissões por um montante de 3.475,7 mil milhões em Essas emissões são distribuídas da seguinte forma : dez (10) para o Benim, por um montante total de 246,0 mil milhões ; quatro (4) para o Burkina, por um montante global de 96,7 mil milhões ; três (3) para a Côte d Ivoire por um montante total de 131,5 mil milhões ; sete (7) para o Mali, por um montante global de 177,3 mil milhões ; dois (2) para o Níger, por um montante global de 267,7 mil milhões ; três (3) para o Togo, por 60,0 mil milhões. As taxas médias de rendimento desses títulos variaram entre 4,1067% e 6,8525%. No compartimento longo do mercado dos capitais, foram efetuadas quinze (15) emissões de obrigações do Tesouro por um montante global de 583,2 mil milhões, com taxas variando entre 6,00% e 6,70%, face a dez (10) emissões em 2011 por um montante de 808,4 mil milhões. Distribuem-se da seguinte forma : uma (1) para o Burkina, por um montante de 32,4 mil milhões ; quatro (4) para a Côte d Ivoire, por um montante total de 252,3 mil milhões ; oito (8) para o Senegal, por um montante global de 250,4 mil milhões ; duas (2) para o Togo, por um montante de 48,1 mil milhões. Os títulos públicos em circulação cifram-se a 3.023,9 mil milhões no final de dezembro de Relatório anual do BCEAO

66 III - EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 3.1 GESTÃO DA CIRCULAÇÃO FIDUCIÁRIA AS Operações efetuadas nos balcões do Banco Central foram marcadas, em 2012, por um excedente dos levantamentos sobre os depósitos de sinais monetários. Em comparação com 2011, a parte das notas na circulação fiduciária ficou estável a 96,3% Levantamentos e depósitos nos balcões O volume das operações de levantamento e de depósito nos balcões do Banco Central registou um aumento significativo durante o ano Os levantamentos e os depósitos efetuados nos balcões do Banco Central, durante o ano 2012, foram relativos, no total, cifraram-se a 3.709,5 milhões de notas e moedas, face a 2.860,2 milhões de unidades durante o exercício 2011, ou seja um acréscimo de 26,7% Levantamentos Durante o ano 2012, os levantamentos de notas cifraram-se a 1.852,7 milhões de vinhetas (11.744,2 mil milhões FCFA), face a 1.402,3 milhões de vinhetas em 2011 (10.285,1 FCFA), ou seja um aumento de 32,1% em volume e de 14,2% em valor. Os levantamentos mais importantes foram registados em Côte d Ivoire (30,2%), no Burkina Faso 18,3%) e no Senegal (14,9%). O volume dos levantamentos de moedas registou uma subida de 45,0 nesse período, passando de 82,0 milhões de unidades em 2011 para 118,9 milhões de unidades em Em valor, as saídas de moedas passaram de 9,9 mil milhões FCFA em 2011 para 13,0 mil milhões de FCFA em Por país, os levantamentos distribuem-se da forma seguinte : Tabela 20 : distribuição dos levantamentos nos balcões das Agências do BCEAO Benim Burkina Côte Guinéd Ivoire Bissau Mali Níger Senegal Togo Total Notas Valor (%)Valor 10,9% 18,3% 30,2% 1,6% 12,5% 6,0% 14,9% 5,6% 100,0% Número 210,7 300,4 528,0 42,6 239,4 123,9 282,5 125, ,7 (%) 11,4% 16,2% 28,5% 2,3% 12,9% 6,7% 15,2% 6,8% 100,0% volume Moedas Valor (%)Valor 13,6% 10,8% 26,7% 2,2% 14,2% 7,7% 17,6% 7,2% 100,0% Número 17,2 13,9 28,1 2,1 20,0 8,6 18,7 10,4 118,9 (%) Volume Valores em milhões FCFA Números em milhões de unidades Fonte : BCEAO. 14,4% 11,7% 23,7% 1,7% 16,8% 7,2% 15,7% 8,7% 100,0% Relatório anual do BCEAO

67 Gráfico 9 : entradas e saídas de notas nos balcões do BCEAO Em Percentagem Benim Burkina Côte d'ivoire Guiné-Bissau Mali Niger Senegal Togo E n t r a d a s S a i d a s Fonte : BCEAO. Gráfico 10 : entradas e saídas de moedas nos balcões do BCEAO Em percentagem E n t r a d a s S a i d a s 10 0 Benim Burkina Côte d'ivoire Guiné-Bissau Mali Niger Senegal Togo Fonte : BCEAO Depósitos Os depósitos de notas nos balcões do Banco Central cifraram-se a 1.737,8 milhões de notas (11.427,5 mil milhões FCFA), face a 1.369,3 milhões (10.175,2 bilhões FCFA) em 2011, ou seja uma subida de 26,9% em volume e 12,3% em valor. Relatório anual do BCEAO

68 As entradas mais importantes em valor foram notadas em Côte d Ivoire (24,4%), no Burkina Faso (18,4%) e no Senegal (15,3%). No que diz respeito às moedas, os depósitos efetuados nos balcões do Banco Central passaram de 6,7 milhões de unidades em 2011 para 11,1 milhões de unidades em 2012, registando-se assim, nesse período, uma subida de 65,7% em volume. Em valor, cifram-se a 3.969,0 milhões FCFA em 2012 face a 1.820,0 milhões FCFA no ano precedente. Por país, os depósitos distribuem-se da forma seguinte : Tabela 21 : distribuição dos depósitos nos balcões das Agências do BCEAO Benim Burkina Côte Guinéd Ivoire Bissau Mali Níger Senegal Togo Total Notas Valor (%) Valor 14,5% 18,4% 24,4% 1,3% 13,2% 5,0% 15,3% 7,8% 100,0% Número 238,1 288,5 403,0 33,5 226,7 103,0 275,5 158, ,8 (%) Volume 13,8% 16,7% 23,3% 1,9% 13,1% 6,0% 16,0% 9,2% 100,0% Moedas Valor (%) Valor 8,7% 5,0% 0,7% 7,4% 6,9% 8,1% 50,0% 13,1% 100,0% Número 1,5 0,9 0,3 0,9 0,7 1,2 4,3 1,3 11,1 (%) Volume 13,1% 7,9% 2,7% 8,2% 6,6% 11,0% 38,6% 11,8% 100,0% Valores em milhões FCFA Números em milhões de unidades Fonte : BCEAO Composição da circulação fiduciária No final de dezembro de 2012, a circulação fiduciária estabeleceu-se a 4.381,1 mil milhões FCFA face a 4.099,4 mil milhões FCFA no ano precedente, ou seja uma subida de 6,9%. As notas grandes constituíram 90,0% da circulação das notas a 31 de dezembro de 2012 face a 91,5% no mesmo período do ano Tabela 22 : UMOA composição das notas e moedas em circulação (em milhões FCFA) Fonte : BCEAO. Valores 31/12/10 31/12/11 31/12/12 Notas Moedas Total Relatório anual do BCEAO

69 3.2 EXECUÇÃO DOS PAGAMENTOS DENTRO DA UMOA Movimentos de notas externas nos balcões das Agências do BCEAO Os movimentos de notas externas resultando das operações de seleção, no decorrer do exercício 2012, cifraram-se a 2.846,0 mil milhões FCFA face a 1.541,2 mil milhões FCFA no exercício precedente, ou seja uma subida de 84,7%. As notas deslocadas constituem principalmente as emitidas pelas Agências de Côte d Ivoire (42,4%), do Benim (11,6%), do mali (10,2%), do Burkina Faso (10,5%) e do Togo (9,4%). As Agências do Burkina, do Benim, do Togo e do Mali registaram nos seus balcões os montantes mais importantes de notas externas com respetivas partes de 27,3%, 24,6%, 16,6% e 13,1%. Tabela 23 : movimentos de notas externas nos balcões das Agências do BCEAO (em mil milhões FCFA) Exercício 2011 Exercício 2012 Variação (1) (2) (3)=(2)-(1) Entradas Saídas Saldos Entradas Saídas Saldos Entradas Saídas Saldos Benim 483,7 208,0 275,7 700,5 330,5 370,0 216,8 122,5 94,3 Burkina 101,8 211,3-109,5 777,9 269,2 508,8 676,1 57,8 618,3 Côte d Ivoire 53,2 602,4-549,2 206, ,6-999,9 153,5 604,2-450,7 Guiné-Bissau 83,2 37,6 45,6 22,5 66,0-43,5-60,7 28,4-89,1 Mali 202,1 112,9 89,2 371,9 289,4 82,5 169,8 176,4-6,7 Níger 145,3 129,7 15,6 120,5 243,9-123,3-24,8 114,2-138,9 Senegal 110,5 151,3-40,8 174,9 172,4 2,4 64,4 21,1 43,2 Togo 429,2 155,7 273,5 471,2 268,2 203,0 42,0 112,5-70,5 UMOA 1 609, , , , , ,1-0,1 Fonte : BCEAO Disposições entre Estados membros da UMOA Os fluxos de capitais entre os Estados membros da União Monetária da África Ocidental (UMOA) baixaram de 620,1 mil milhões ou 4,0% estabelecendo-se a ,5 mil milhões em 2012 face ,6 mil milhões no ano precedente. Esse abrandamento resulta essencialmente da degradação de 94,5% dos capitais líquidos destinados ao Burkina, de 39,3% dos fluxos líquidos de capitais para a Côte d Ivoire, de 37,7% para o Mali e de 38,1% para o Togo. No Benim, o saldo negativo dos intercâmbios de capitais diminuiu para se situar a 171,1 mil milhões em 2012 face a 185,2 mil milhões em 2011, ou seja uma queda de 14,1 mil milhões dos fluxos líquidos das transações, dada a diminuição de 4,0% das receções e de 4,3% das emissões. No Burkina, o défice dos fluxos líquidos dos intercâmbios de capitais subiu de um ano para o outro passando de 85,6 mil milhões em 2011 para 166,5 mil milhões em 2012, portanto uma agravação de 80,9 mil milhões provocada por uma progressão forte das emissões em relação às receções de fundos. Relatório anual do BCEAO

70 Em Côte d Ivoire, a tendência para a queda do saldo excedentário dos fluxos financeiros líquidos dos intercâmbios intracomunitários continuou em 2012 para se estabelecer a 399,3 mil milhões face a 657,7 mil milhões em Essa contração justifica-se pelo efeito combinado da regressão de 1.050,4 mil milhões ou seja 22,7% das receções de fundos provenientes dos outros países da União e numa proporção menor, da queda de 792,0 mil milhões das emissões de capitais. Com efeito, as receções de capitais para o Estado marfinense cifraram-se a 3.578,9 mil milhões em 2012 face a 4.629,3 mil milhões em Quant às emissões, estabeleceram-se a 3.179,6 mil milhões em 2012 face a 3 971,6 mil milhões no ano precedente. Na Guiné-Bissau, o saldo excedentário dos fluxos líquidos de capitais de 16,5 mil milhões, notado no ano anterior, baixou em 2012 para se fixar a 2,1 mil milhões, ou seja uma diminuição de 87,3% provocada pela contração de 31,3 mil milhões das receções que passaram de 174,4 mil milhões em 2011 para 143,1 mil milhões no ano seguinte. No Mali, o défice dos fluxos líquidos de capitais intensificou-se para se estabelecer a 247,3 mil milhões em 2012 face a 179,6 mil milhões em 2011, ou seja uma degradação de 37,7%, ligado ao efeito combinado da queda de 186,2 mil milhões ou 12,4% das receções que passaram de 1.497,6 mil milhões em 2011 para 1.311,4 mil milhões em 2012 e de 118,5 mil milhões ou seja 7,1% das emissões que se cifraram a 1.558,7 mil milhões em 2012 face a 1.677,2 mil milhões no ano anterior. No Níger, o saldo dos fluxos financeiros líquidos passou de um défice de 25,8 mil milhões em 2011 para um excedente de 66,4 mil milhões em 2012, ou seja uma progressão de 91,2 mil milhões ou 357,4% nomeadamente em relação com o efeito combinado do aumento de 29,8 mil milhões das receções e da redução de 62,4 mil milhões das emissões. No Senegal, a evolução excedentária dos intercâmbios de capitais notada em 2011, consolidou-se em Com efeito, o saldo dos fluxos líquidos de capitais intracomunitários subiu de novo até 723,7 mil milhões em 2012 face a 651,0 mil milhões no ano anterior, ou seja uma melhoria de 72,7 mil milhões nomeadamente em relação com o aumento das receções. Durante o período analisado, o volume dos capitais recebidos dos outros Estados da UMOA aumentou de 742,6 mil milhões. A respeito das emissões de capitais destinados a outros países, progrediram de 669,6 mil milhões. No Togo, o saldo dos fluxos líquidos de intercâmbios de capitais ficou com défice, passando de 267,4 mil milhões em 2011 para 369,2 mil milhões em 2012, devido ao aumento das emissões em direcção a outros países da União. Tabela 24 : disposições entre os países da UMOA (em mil milhões FCFA) Transações 2011 Transações 2012 Variações Receções Emissões Fluxos líquidos (1) Receções Emissões Fluxos líquidos (2) Valor (2) (1) BENIM 2 015, ,3-185, , ,3-171,1 14,1 7,6 BURKINA 2 053, ,5-85, , ,6-166,5-80,9-94,5 CÔTE D IVOIRE 4 629, ,6 657, , ,6 399,3-258,4-39,3 GUINE-BISSAU 174,4 157,9 16,5 143,1 141,0 2,1-14,4 87,3 MALI 1 497, ,2-179, , ,7-247,3-67,7-37,7 NÍGER 626,5 652,3-25,8 656,3 589,9 66,4 92,2 357,4 SENEGAL 2 662, ,9 651, , ,8 723,7 72,7 11,2 TOGO 1 512, ,1-267, , ,5-369,2-101,8-38,1 SEDE 517, ,8-581,6 560,7 798,1-237,4 344,2 59,2 TOTAIS , ,6 0, , ,5 0,0 0,0 0,0 Fonte : estado das disposições Intra-UMOA emitidas e recebidas. % Relatório anual do BCEAO

71 3.3 EXECUÇÃO DOS PAGAMENTOS COM O EXTERIOR Operações com o estrangeiro em notas A 31 de dezembro de 2012, o total das notas de euro disponíveis nas caixas das Agências representa o contra-valor de 15,8 mil milhões FCFA, face a 4,8 mil milhões FCFA no ano precedente. Durante o exercício passado, as encomendas de notas de euro estabeleceram-se ao contra-valor de 14,0 mil milhões FCFA face a 8,3 mil milhões FCFA no mesmo período do ano Em 2012, não foi efetuado nenhum repatriamento de notas de euro, ao passo que 20,7 mil milhões FCFA tinham sido repatriados para o Banco da França no decorrer do exercício anterior Transferências escriturais Os fluxos das transferências entre a UEMOA e o exterior, através do BCEAO, traduziram-se por saídas líquidas de moedas de 550,1 mil milhões FCFA após um défice de 37,4 mil milhões FCFA em 2011 e um excedente de 60,0 mil milhões FCFA em Essa intensificação do défice em 2012 explica-se essencialmente pela diminuição das transferências recebidas pelos Tesouros nacionais. As transferências emitidas durante o ano 2012, estimadas a 3.898,7 mil milhões FCFA, foram feitas principalmente pelos bancos (3.078,5 mil milhões FCFA) e pelos tesouros nacionais (716,9 mil milhões FCFA). Quanto às transferências em receção cifradas a 3.348,0 mil milhões FCFA, foram distribuídas da mesma forma, isto é, 2.034,0 mil milhões FCFA para os bancos e 1.155,8 mil milhões FCFA para os Tesouros. Em 2012, as transferências emitidas pelos bancos, através do BCEAO, aumentaram de 392,0 mil milhões FCFA (+14%), estabelecendo-se a 3.078,5 mil milhões FCFA face a 2.686,5 mil milhões FCFA em 2011, nomeadamente em relação com o aumento combinado das importações de bens de equipamentos e de produtos intermediários bem como pagamentos para serviços (+258,5 mil milhões FCFA ; +48,7%). No entanto, foi notada uma queda de 23,3 mil milhões FCFA dos pedidos ligados à cobertura de importação dos produtos petrolíferos, ou seja -1,9% em relação a Por sua parte, as transferências em receção dos bancos estabeleceram-se a 2.034,0 mil milhões FCFA em 2012, após o nível de 1.593,5 mil milhões FCFA alcançado em 2011, ou seja um aumento de 440,6 mil milhões FCFA (+27,6%). As receções foram alimentadas principalmente pelo repatriamento das receitas de exportação de urânio (342,5 mil milhões FCFA), de algodão (264,5 mil milhões FCFA) e vários outros produtos (648,5 mil milhões FCFA). Afinal de contas, no ano 2012, as transferências líquidas dos bancos apresentam um saldo com défice de 1.044,5 mil milhões FCFA, ou seja uma melhoria do saldo de 48,6 mil milhões FCFA em relação ao ano As emissões de fundos dos tesouros nacionais cifraram-se a 716,9 mil milhões FCFA, com uma progressão de 97,7 mil milhões FCFA (+15,7%) em relação a Disseram respeito principalmente aos reembolsos de dívidas externas dos Estados membros da União, aos pagamentos de diversas prestações de serviços e aos abastecimentos das representações diplomáticas. As receções de fundos cifraram-se a 1.155,8 mil milhões FCFA, com uma diminuição de 451,9 mil milhões FCFA em relação a Esses recursos recebidos foram concedidos no âmbito de apoios-projectos, de apoios orçamentais e de apoios e subsídios diversos de provedores de fundos. Lembre-se que o aumento forte registado em 2011, resultou em grande parte, dos recursos de que a Côte d Ivoire beneficiou como assistência da comunidade internacional, depois da crise pós-eleitoral de Além disso, a queda das receções notada em 2012, foi agravada pelos efeitos da crise socio-política que o Mali atravessou desde o primeiro trimestre do referido ano. Relatório anual do BCEAO

72 Globalmente, as transferências líquidas dos Tesouros nacionais apareceram excedentárias de 438,9 mil milhões FCFA em 2012 face a um saldo positivo de 988,5 mil milhões FCFA em Tabela 25 : fluxos das transferências através do BCEAO exercício 2012 Transferências Transferências recebidas emitidas Saldos Em mil milhões FCFA Bancos 1 593, , , , , ,5 Tesouros públicos e organismos regionais 1 607, ,8 619,3 716,9 988,5 438,9 Diversos agentes económicos 125,5 158,2 58,3 103,2 67,2 55,0 TOTAL 3 326, , , ,7-37,4-550,6 Fonte : BCEAO. 3.4 FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS DE PAGAMENTO No âmbito da continuação da modernização dos sistemas de pagamento dentro da UEMOA, o ano 2012 ficou marcado pelos principais eventos seguintes : a execução das acções de desenvolvimento do «mobile banking» dentro da UEMOA, marcada pela organização de uma concertação com as partes implicadas a nível regional ; a organização de um seminário sobre a avaliação do plano de acções , para a promoção da bancarização e a utilização de meios de pagamento escriturais ; O lançamento de vários estudos sobre os sistemas de pagamento, atinentes às modalidades de conexão dos Sistemas Financeiros Descentralizados (SFD) aos sistemas de pagamento, à avaliação das condições de uma participação mais ativa dos Tesouros Públicos Nacionais e das Instituições Comunitárias de Financiamento aos sistemas de pagamento e o início de uma investigação junto aos utilizadores e utentes dos sistemas de pagamento com vista a identificar as suas preocupações e analisar as suas necessidades ; A sensibilização das Administrações públicas e dos grandes encarregados dos serviços de facturas da UEMOA à utilização dos pagamentos eletrónicos. A respeito do funcionamento dos sistemas de pagamento em 2012, as atividades articularam-se em volta dos pontos seguintes : o Sistema de Transferência Automatizada e de Pagamento dentro da UEMOA (STAR-UEMOA) ; o Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA) ; o Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA) ; o Sistema Monético Interbancário Regional ; a vigilância dos sistemas de pagamento ; o quadro legal e regulamentar dos sistemas de pagamento. Relatório anual do BCEAO

73 3.4.1 Sistema de Transferência Automatizada e de Pagamento na UEMOA (STAR-UEMOA) O Sistema de Transferência Automatizada e de Pagamento na UEMOA (STAR-UEMOA) permite tratar em tempo real as operações com importância sistémica, nomeadamente as transferências bancárias e as operações compensadas de SICAUEMOA, da monética interbancária regional e da Bolsa Regional dos Valores Mobiliários (BRVM). A 31 de dezembro de 2012, o balanço de funcionamento de STAR-UEMOA é globalmente satisfatório e apresenta as principais estatísticas seguintes : dois novos estabelecimentos bancários foram admitidos no sistema o que levou o número de participantes a 107 ; o número médio diário de operações resolvidas registou uma progressão de 26,6% passando de em 2011 para para o ano 2012 ; a taxa de rejeição por insuficiência de fundos ficou quase constante a 0,1% nos cinco últimos anos. Portanto, mantém-se muito inferior à norma máxima de 1% ; o prazo médio de realização das transações ficou a uma média de 41 segundos em Tabela 26 : evolução de alguns indicadores de STAR-UEMOA em 2012 Mês Número médio diário de pagamentos Valor médio diário dos pagamentos (em mil milhões FCFA) Liquidez média diária dos bancos (em mil milhões FCFA) Taxa média de rejeições financeiras (em %) Prazo médio de realização das transacções (em segundos) janeiro 1 977,2 532, ,8 0,18% 42 fevereiro 2 120,5 549, ,2 0,14% 48 março 2 200,1 546, ,6 0,07% 29 abril 1 598,4 530, ,1 0,17% 49 maio 2 054,3 607, ,6 0,13% 44 junho 1 994,0 580,6 991,4 0,08% 33 julho 2 008,6 567, ,1 0,11% 33 agosto 1 986,3 522, ,2 0,08% 39 setembro 1 804,6 484,4 920,6 0,08% 41 outubro 1 947,6 472,1 810,6 0,10% 53 novembro 1 678,8 512,8 916,1 0,17% 47 dezembro 1 899,9 571, ,8 0,09% 37 Média geral 1 939,2 539, ,6 0,12% 41 Fonte : BCEAO. Durante o ano 2012, foi criado um comité encarregado do reforço do dispositivo que permitisse socorrer os sistemas críticos do BCEAO, nomeadamente STARUEMOA. Além disso, os trabalhos de instalação do Plano de Continuidade das Atividades (PCA) prosseguiram-se. No âmbito da consolidação de STAR-UEMOA e da melhoria dos serviços prestados aos participantes, as seguintes medidas estão a ser executadas : Relatório anual do BCEAO

74 a fase final dos testes de um mecanismo de adiantamentos intra-diários para permitir ao Banco Central proporcionar liquidez aos participantes que precisam, sujeito a deter títulos como garantia. Este mecanismo deveria ser posto em produção em 2013 ; a melhoria do dispositivo de gestão e de socorro de STAR-UEMOA Sistema Interbancário Automatizado de Compensação na UEMOA (SICA-UEMOA) SICA-UEMOA é o sistema de compensação de massa em que são tratadas a coleção dos cheques, as transferências de montantes fracos (menos de 50 milhões FCFA), as notas promissórias, as cartas de câmbio e os pareceres de levantamentos apresentados pelos participantes. No final do ano 2012, SICA-UEMOA registou um aumento significativo do número de participantes e dos volumes de operações. A respeito da participação, o número de estabelecimentos passou de 117 em 2011 para 120 em 2012, com o início da produção da GT Bank em Côte d Ivoire, o CBAO BF, o BGFI Bank, e a integração do Tesouro Público do Burkina. No Benim, African Investment Bank (AIB) foi excluído do sistema após a retirada da sua autorização. No que diz respeito às operações, registaram uma subida de mais 25% tanto em volume como em valor. O número total dos intercâmbios cifrou-se a operações por um valor de mil milhões FCFA com progressões fortes a nível sub-regional, no Burkina, em Côte d Ivoire e no Togo. O cheque continua a ser o instrumento mais usado nos intercâmbios com 80% do volume das operações. Para o ano 2013, as ações previstas visam essencialmente a continuação dos projectos de melhoria e de optimização do funcionamento do sistema bem como a sua segurança nos planos operacional e técnico. Por isso, estão previstos : o lançamento do projecto de centralização dos sistemas nacionais e sub-regionais na Sede do BCEAO. Essa centralização responde a uma necessidade de melhoria da eficácia e da gestão do sistema e a redução dos custos ligados à sua exploração e à instalação do dispositivo de socorro. O projecto deveria registar progressos importantes no decorrer do ano 2013 ; a instalação do Fundo de garantia cujos textos regulamentares estão em curso de validação ; a continuação dos programas de suspenção do intercâmbio dos suportes de papel e a passagem para o intercâmbio estrito de imagens escaneadas na compensação, nomeadamente no Benim, em Côte d Ivoire e no Senegal ; a execução do projecto de conexão dos Tesouros Públicos Nacionais e de certos Serviços Financeiros dos Correios aos sistemas de pagamento. Relatório anual do BCEAO

75 Tabela 27 : dados característicos dos intercâmbios no SICA-UEMOA a 31 de dezembro de 2012 Países Número de operações trocadas Valor de operações trocadas (em mil milhões FCFA) Ano 2011 Ano 2012 % Ano 2011 Ano 2012 % Benim ,19% ,11% Burkina ,82% ,80% Côte d Ivoire ,87% ,12% Guiné-Bissau ,87% ,00% Mali ,48% ,37% Níger ,82% ,38% Senegal ,26% ,12% Togo ,87% ,91% Sub regional ,10% ,01% Total UEMOA ,94% ,55% Fonte : BCEAO Sistema monético interbancário regional No âmbito da promoção do pagamento eletrónico, o Conselho dos Ministros da UEMOA tinha pedido ao BCEAO para buscar vias e meios para uma implicação mais forte das Administrações públicas da UEMOA na utilização da monética. Também, o BCEAO apoiou o Grupo Interbancário Monético da UEMOA (GIM-UEMOA) na organização de uma série de encontros de sensibilização das Administrações Públicas da União relativamente à utilização dos serviços prestados pela monética interbancária regional. Esses encontros realizaram-se entre 2011 e 2012 em todos os países da UEMOA. Surgiu desses encontros que as Administrações públicas financeiras, de facto, precisam da modernização dos seus serviços de pagamento (bolsas, pensão, salários, taxas, impostos, etc). Os sectores público e privado, representados por empresas diversas do domínio das telecomunicações, da distribuição de água e de energia, do ensino, da saúde e dos combustíveis, também manifestaram pedido forte relativamente à monética. Está a ser elaborado um plano de ação para a execução das medidas identificadas para acompanhar as Administrações públicas em matéria de utilização da monética e de serviços financeiros por telemóvel no âmbito da realização das suas operações financeiras. Para o ano 2013, os maiores desafios para vencer, a nível da monética interbancária regional, estão ligados : a prestação comercial dos serviços bancários por telemóvel, pelos bancos membros do GIM- UEMOA ; a divulgação dos pagamentos eletrónicos multi-suportes (cartões, móveis, internet) ; ao desenvolvimento da atividade de pagamento por via eletrónica ; ao aparecimento de uma oferta regional competitiva em matéria de mobile banking. Relatório anual do BCEAO

76 3.4.4 Central dos Incidentes de Pagamento Na Central dos Incidentes de Pagamento (CIP), as ações realizadas em 2012 disseram respeito : à revisão do dispositivo bem como as ações em instância e as dificuldades encontradas pelas Direções Nacionais, no âmbito da gestão do dispositivo da CIP. Foi elaborado um plano de ações para superá-las. Essas ações dizem respeito à consulta da CIP pelo público, à conexão das câmaras dos corretores de bolsas à Central, às dificuldades de carregamento de dados na Central para os estabelecimentos de crédito e a continuação das diligências com vista a assinatura de contrato de prestação de serviço em certas Direções Nacionais. Para o ano 2013, foram previstos fundos no orçamento 2013 do BCEAO para a continuação da execução das ações agendadas ; o seguimento das operações e das reclamações dos Estabelecimentos Detentores de Conta (EDT) ; a entrada efetiva em produção de Diamond Bank Benim, filial do Togo. É de notar também, durante este ano, a entrada em produção de novos ETC na CIP a saber BGFI Bank Côte d Ivoire e GT Bank Côte d Ivoire. A 31 dezembro de 2012, o número de contas ligados a instrumentos de pagamento declarados na CIP a nível da UEMOA, situa-se a face a em 2011 e em A taxa de homonimia para o ano ainda é aceitável e situa-se a 0,39%. A tabela seguinte faz a síntese das taxas de declaração e de homonimia bem como o número de consultas da CIP até 31 de dezembro de Tabela 28 : dados surtos da aplicação da CIP a 31 de dezembro de 2012 Países Número de contas declaradas (1) Número de contas possuídas (2) Taxas de declaração Número de consulta Taxa de homonimia Benim ,69% ,55% Burkina ,50% ,11% Côte d Ivoire ,68% ,23% Guiné-Bissau ,50% 156 0,31% Mali ,57% ,09% Níger ,07% ,51% Senegal ,01% ,05% Togo ,63% ,28% TOTAL ,83% ,39% Fonte : BCEAO. (1) Contas ligadas a instrumentos de pagamento e declaradas na CIP. (2) Contas ligadas a instrumentos de pagamento. Relatório anual do BCEAO

77 3.4.5 Vigilância dos sistemas de pagamento A atividade de vigilância dos sistemas de pagamento da União foi confiada ao BCEAO, em virtude do artigo 9 dos seus Estatutos e das disposições do Regulamento n o 15/2002/CM/UEMOA de 19 de setembro de 2002 relativo aos sistemas de pagamento nos Estados membros da UEMOA. Nos termos do artigo 3, título 1 do referido regulamento, «o Banco Central vela pelo funcionamento e pela segurança dos sistemas de pagamento. Toma todas as medidas necessárias para organizar e assegurar a eficácia e a solidez dos sistemas de pagamento por compensação interbancária e outros sistemas de pagamento dentro da União e com os países terceiros». O objetivo principal visado pelo BCEAO através da missão de fiscalização dos sistemas de pagamento é a manutenção da estabilidade financeira, a promoção da eficácia, da fiabilidade e da segurança dos sistemas de pagamento dentro da União. Para o exercício 2012, a vigilância dos sistemas de pagamento foi feita com base num plano centrado : no seguimento contínuo do bom funcionamento dos sistemas de pagamento geridos pelo BCEAO (STARUEMOA e SIGA-UEMOA) ; na supervisão dos estabelecimentos de moeda eletrónica. Respeitante ao bom funcionamento dos sistemas de pagamento geridos pelo Banco Central, o seguimento foi feito com base nos princípios fundamentais adotados na matéria sob a direção do Banco dos Pagamentos Internacionais. No âmbito desse exercício, as recomendações formuladas foram postas em relatórios mensais e comunicadas aos gestores desses sistemas para a sua execução. No que diz respeito à supervisão dos estabelecimentos de moeda eletrónica, foram organizadas três missões de verificação com a participação da Secretaria Geral da Comissão Bancária. As conclusões dessas missões mostraram pontos de não conformidade de certas operações em relação ao quadro que rege a atividade de moeda eletrónica e justificaram, por conseguinte, a instalação de um plano de ações que devem desembocar na sua correção. Para o ano 2013, o eixo prioritário será relativo à melhoria dos sistemas e meios de pagamento da UEMOA às normas internacionais e a avaliação da capacidade de resistência de SICA-UEMOA e de STARUEMOA. Nessa base, eis as principais ações no que diz respeito à vigilância dos sistemas de pagamento : a finalização do novo quadro de fiscalização dos sistemas e meios de pagamento ; o aprofundamento da análise dos riscos ligados a STAR-UEMOA, SICA-UEMOA, aos Sistemas de Emissão de Moeda Eletrónica (SEME) através dos relatórios trimestrais de fiscalização ; o seguimento da atividade e da aplicação da regulamentação da emissão de moeda eletrónica dentro da UEMOA. Além disso, o BCEAO assegurará o seguimento da execução das recomendações do seminário sobre os Sistemas de Transferência Rápida de Dinheiro (STRA), organizado em Dakar em Relatório anual do BCEAO

78 3.4.6 Quadro legal e regulamentar Tocante ao quadro legal e regulamentar, as reflexões foram centradas em dois aspectos, a saber : a revisão da Instrução relativa à emissão da moeda eletrónica ; a implantação institucional relativa à emissão da moeda eletrónica. A respeito da Instrução relativa à emissão da moeda electrónica, a concertação regional sobre o «mobile banking» permitiu recolher sugestões dos atores sobre as pistas para melhorar o texto referido. Essa contribuição foi enriquecida pelas conclusões tiradas das missões de exploração realizadas junto ao banco Central do Kénia, das Filipinas e do Banco da França. Os trabalhos sobre a implantação institucional dos estabelecimentos de moeda eletrónica permitiram esclarecer o estatuto dos estabelecimentos concernentes tendo em conta a nova lei bancária. No final dessas reflexões, foi decidido proceder a uma separação entre o Estatuto de Estabelecimento Financeiro de Pagamento Eletrónico, para assegurar a coerência entre as disposições da lei bancária e as do Regulamento sobre os sistemas de pagamento. Relatório anual do BCEAO

79 IV SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO 4.1 EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO Evolução da rede bancária Durante o ano 2012, a rede bancária da UEMOA ficou reduzida de uma unidade em relação ao ano anterior, devido às evoluções seguintes : no Benim, foi publicado um despacho ministerial, relativo à retirada de autorização de African Investment Bank (AIB), como banco ; em Côte d Ivoire, a Comissão Bancária autorizou a instalação de uma filial de Coris Bank, no âmbito do procedimento da autorização única ; Assim, o número de estabelecimentos de crédito autorizados passou a cento e vinte (120) unidades, face a cento e vinte e uma (121) no ano anterior. Tabela 29 : distribuição dos estabelecimentos de crédito por país (*) 31/12/ /12/2012 Bancos Estabelecimentos financeiros com Carácter bancário Balcões Bancos Estabelecimentos financeiros com Carácter bancário Balcões (**) P1 P2 P1 P2 BENIM BURKINA CÔTE D IVOIRE GUINE-BISSAU MALI NÍGER SENEGAL TOGO UMOA Fonte : BCEAO. N.B. : P1 = balcões, agências, escritórios e pontos de venda ; P2 = DAB/GAB. * Com base nos despachos de autorização ou de retirada de autorização. ** Reapresentação dos dados de Atividade dos bancos e dos estabelecimentos financeiros Entre 2011 e 2012, a evolução do sistema bancário da União foi caraterizada por um crescimento dos recursos e dos empregos de 9,31% e 13,02% respetivamente. Os recursos dos estabelecimentos de crédito cifraram-se a ,5 mil milhões no final de dezembro de 2012 face a ,6 mil milhões no final de dezembro de 2011, registando assim uma subida de 1.254,9 mil milhões. Essa evolução resulta do aumento de 1.015,4 mil milhões dos depósitos e empréstimos, de 156,7 mil milhões dos fundos próprios líquidos e de 82,8 mil milhões de recursos diversos. Relatório anual do BCEAO

80 Os empregos progrediram de 1.625,4 mil milhões durante o ano, para atingir ,5 mil milhões no final de dezembro de 2012, devido ao aumento dos créditos aos clientes de 1.009,1 mil milhões e dos outros empregos de 613,3 mil milhões. Os créditos a curto prazo progrediram de 581,1 mil milhões, e os créditos a médio e longo prazo de 507,7 mil milhões. Os créditos não reembolsados aumentaram de 78,7 mil milhões. As operações de crédito-arrendamento e similares registaram uma subida de 29,3 mil milhões. Para os outros empregos, as unidades de investimento e as imobilizações financeiras aumentaram respetivamente de 440,2 mil milhões e 60,9 mil milhões e estabeleceram-se a 2.700,9 mil milhões e 587,6 mil milhões. A taxa bruta de degradação da carteira dos bancos e estabelecimentos financeiros da União ficou estável a 15,9% no final de dezembro de A taxa líquida, tendo em conta fundos constituídos, apresentou um aumento de 0,2 ponto de percentagem, e estabeleceu-se a 6,5%. O excedente líquido dos bancos e estabelecimentos financeiros registou uma diminuição de 370,5 mil milhões, e situou-se a 639,0 mil milhões no final de 2012, devido ao um crescimento mais acentuado dos empregos em relação aos recursos. Tabela 30 : evolução dos empregos e recursos dos bancos e estabelecimentos Em financeiros mil milhões da UMOA FCFA Montantes Variações UMOA Dez 2011 Dez 2012 em valor em % (1) (2) (3)=(2)-(1) (4)=(3)/(1) 1. CRÉDITOS 8 560, , ,1 6,9 Créditos a longo prazo 303,2 354,0 50,8 16,8 Créditos a médio prazo 2 891, ,5 456,9 15,8 Créditos a curto prazo 4 563, ,0 581,1 12,7 incluindo créditos de campanha 188,3 290,1 101,8 54,1 Crédito-arrendamento e similares 72,4 101,7 29,3 40,5 Créditos não reembolsados (a) 541,5 620,2 78,7 14,5 incluindo os duvidosos e litigiosos 245,9 279,4 33,5 13,6 Taxas líquidas de degradação (a/1) (em %) 6,3 6,5 0,2 2,5 2. OUTROS EMPREGOS 3 916, ,5 616,3 15,7 Unidades de investimento 2 260, ,9 440,2 47,7 Imobilizações financeiras 526,7 587,6 60,9 11,6 Outras imobilizações 618,9 649,1 30,2 15,2 Diversos empregos 509,9 594,9 85,0 16,7 A. TOTAL EMPREGOS (1+2) , , ,4 12,7 1. FUNDOS PRÓPRIOS LÍQUIDOS 1 391, ,7 156,7 11,3 2. DEPÓSITOS E EMPRÉSTIMOS , , ,4 14,1 A prazo 5 420, ,7 551,5 10,2 Contas disponíveis 5 814, ,7 463,9 8,0 3. OUTROS RECURSOS 860,6 943,4 82,8 9,6 B. TOTAL DOS RECURSOS (1+2+3) , , ,9 9,3 DÉFICE (-) OU EXCEDENTE (+) (B-A) 1 009,5 639,0 370,5 36,7 AFETAÇÃO DO SALDO DE DINHEIRO 1. DISPONIBILIDADES 421,6 466,5 44,9 10,6 2. BANCOS E CORRESPONDENTES 587,8 172,8-415,0-70,6 Empregos 2 617, ,4 195,5 7,5 Incluindo fora da UMOA 547,9 711,2 163,3 29,8 Recursos 2 032, ,6 608,1 29,9 Incluindo fora da UMOA 341,7 328,1-13,6-4,0 Fonte : BCEAO. Relatório anual do BCEAO

81 4.1.3 Situação em relação ao dispositivo prudencial Com base nos dados disponíveis, a 30 de setembro de 2012, os fundos próprios efetivos acumulados em todo o sistema bancário da UMOA cifram-se a 1.086,4 mil milhões. Os riscos ponderados estabelecem-se a 9.769,3 mil milhões. Disso resulta um rácio médio, «capital próprio em risco» de 11,12 para todo o sistema bancário, com um aumento de 0,16 ponto de percentagem em relação ao final de dezembro de 2011 para uma norma mínima fixada a cerca de 8,0%. Cerca de 76% dos estabelecimentos de crédito respeitam esse rácio. Só a Côte d Ivoire com um rácio médio de cobertura dos riscos de 7,38%, apresenta um desempenho inferior à norma regulamentar. Além disso, a 30 de setembro de 2012, 61,0% dos bancos e estabelecimentos financeiros com carácter bancário respeitavam a norma de liquidez, contra 59,0% no final de dezembro de No total, no plano prudencial, a maior parte das principais normas ligadas aos fundos próprios são respeitadas por uma proporção importante de estabelecimentos. No domínio da vigilância, 16,0% do número total de estabelecimentos de crédito encontravam-se sob vigilância apertada. Entre esses, três (3) estabelecimentos são sujeitos a uma medida de administração provisória, por causa da sua situação financeira desequilibrada e insuficiências na sua gestão e no seu funcionamento Dispositivo dos acordos de classificação O dispositivo dos acordos de classificação foi instituído pelo Conselho dos Ministros da UMOA em dezembro de Foi corrigido em setembro de Constitui um instrumento de controlo a posteriori, da qualidade da carteira dos bancos e estabelecimentos financeiros. Nesse âmbito, os bancos e estabelecimentos financeiros têm obrigação de submeter ao BCEAO, pedidos de acordo de classificação para, pelo menos, as cinquenta (50) maiores empresas utilizadoras de crédito. Por decisão n o CM/UMOA/022/12/2012 do Conselho dos Ministros da UMOA relativa à revisão da norma do coeficiente de cobertura dos empregos a médio e longo prazo por recursos estáveis e a revogação do rácio de estrutura da carteira aplicável aos estabelecimentos de crédito da União, os referidos estabelecimentos já não são obrigados a respeitar o rácio de estrutura da carteira, correspondente a uma relação mínima de 60,0% entre os seus créditos que beneficiam de um acordo de classificação e o total dos seus brutos pendentes. Porém, para as suas próprias necessidades, o BCEAO continua a acompanhar as realizações dos estabelecimentos de crédito, para o rácio de estrutura da carteira. Durante o exercício 2012, 982 pedidos de acordo de classificação foram investigados pelo Banco Central, por um montante total de 1.636,3 mil milhões face a 785 dossiês no ano anterior por um valor de 1.007,3 mil milhões. Depois da examinação dos dossiês, 850 pedidos que respeitam as normas previstas pelo dispositivo obtiveram uma situação favorável até 1.078,4 dossiês que correspondem a 86,6% dos dossiês investigados e 65,9% dos montantes apresentados. No final de dezembro de 2012, os empréstimos classificados cifraram-se a 773,6 mil milhões face a 459,2 bilhões no ano precedente. Relatório anual do BCEAO

82 Tabela 31 : acordos de classificação tratados em 2012 (montante em milhões FCFA) Benim Burkina Côte d Ivoire Guiné-Bissau Mali Níger Senegal Togo Total Fonte : BCEAO EVOLUÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO REGIONAL Durante o ano 2012, a Bolsa Regional dos Valores Mobiliários (BRVM) evoluiu num contexto económico marcado, no plano internacional, por uma atonia do crescimento, ligada nomeadamente, à fragilidade persistente do sistema financeiro nos países industrializados. No plano interno, a situação macroeconómica melhorou de forma sensível em 2012, graças a um novo arranque da atividade económica em Côte d Ivoire, à continuação das reformas estruturais e ao reforço das ações que visam a atratividade dos Estados membros. Nesse contexto, os dois índices de referência, isto é o BRVM 10 e o BRVM composite, subiram respetivamente de 25,55 pontos e 27,70 pontos em relação aos seus níveis de dezembro de 2011, cifrando-se a 184,04 pontos e 166,58 pontos no final de dezembro de Também, a capitalização bolsista total registou uma progressão de 25,5% em 2012, estabelecendo-se a 4.863,2 mil milhões no final de dezembro de Essa evolução é atribuível à subida de 26,9% da capitalização no mercado das ações, estabeleceu-se a 4.031,4 bilhões no final de dezembro e à das obrigações de 19,2% onde a capitalização atingiu 831,8 mil milhões. O volume das tranções situou-se na tendência crescente registada. Com efeito, no final de dezembro de 2012, sob a liderança das transações na ação ECOBANK, partes foram negociadas face a partes ao longo de Com efeito, ações ECOBANK foram negociadas, ou seja 90,36% do total do mercado. 4.3 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS FINANCEIROS DESCENTRALIZADOS Indicadores de atividade Segundo as informações disponíveis no final de dezembro de 2012, há sete centas e vinte e nove (729) instituições de microfinança na UMOA. O número de beneficiários das prestações de serviço dos Sistemas Financeiros Descentralizados (SFD), subiu de 0,4%, em relação a dezembro de 2011 e ficou a 11,7 milhões FCFA no final de dezembro de No plano da intermediação financeira, os depósitos e os financiamentos instalados aumentaram. Com efeito, os depósitos aumentaram de 10,6%, para se cifrarem a 681,8 mil milhões FCFA (ou seja 6,4% dos depósitos dos bancos) face a 616,7 mil milhões FCFA no ano anterior. Os saldos de empréstimos cresceram de 9,6%, para se cifrarem a 646, 8 mil milhões FCFA (ou seja 7,3% dos empréstimos dos bancos) face a 589,9 mil milhões FCFA em dezembro de Relatório anual do BCEAO

83 A taxa bruta de degradação da carteira dos SFD da União, calculada pela proporção de empréstimos pendentes reportados ao crédito por liquidar, cifrou-se a 5,5% no final de dezembro de 2012 face a 5,4% no final de dezembro de Esse número situa-se acima da norma de 3%. A proporção dos SFD com uma taxa bruta de degradação da qualidade da sua carteira acima deste limiar permanece elevada, alcançando 86,9% Execução do PRAFIDE As ações realizadas pelo BCEAO, durante o ano 2012 no âmbito da execução do Programa Regional de Apoio à Finança Descentralizada (PRAFIDE) beneficiaram do apoio financeiro do Consórsio de doadores (ASDI-CGAPFENU) e da Cooperação de Luxemburgo através do Projecto «AFR/017 Promoção de sectores financeiros inclusivos na Zona UEMOA». Disseram respeito aos pontos seguintes : o desenvolvimento do quadro legal e do dispsitivo prudencial ; a vigilância do sector da microfinança ; a melhoria da informação financeira ; o reforço das capacidades dos atores que intervêm no domínio da microfinança Desenvolvimento do quadro legal e prudencial A respeito do desenvolvimento do quadro legal e do dispositivo prudencial, a lei relativa à regulamentação dos SFD elaborada em 2007 bem como o decreto atinente à sua aplicação foram adotados no Benim, no Burkina, na Guiné-Bissau, no Mali, no Níger e no Senegal. O decreto de execução da referida lei continua em adoção em Côte d Ivoire e no Togo Supervisão do sector A reunião anual de concertação entre o BCEAO, a Secretaria Geral da Comissão Bancária da UMOA e os Ministérios encarregados das Finanças dos Estados membros da UMOA foi organizada na Sede do BCEAO em Dakar, de 28 a 30 de março de Esse encontro foi consagrado ao balanço da vigilância do sector da finança descentralizada em cada um dos Estados membros da União e à examinação dos programas de inspeção dos SFD para o ano Durante o encontro, os participantes acordaram para a realização de trinta e três (33) missões conjuntas de inspeção dos SFD implicando os Ministérios encarregados das Finanças e o Banco Central. A este respeito, o BCEAO realizou, com as Estruturas Ministeriais de Seguimento (SMS) dos SFD, vinte e cinco (25) missões de inspeção no final de dezembro de 2012 face a trinta e oito (38) em Porém, o reforço da vigilância do sector, através do aumento do número de missões de controlo no local, permanece um grande desafio para as Autoridades de supervisão do sector. De acordo com a instrução dos pedidos de autorização para a prática, o Instituto de emissão elaborou um guia de instrução desses documentos. Além disso, o BCEAO procedeu à examinação de dez (10) dossiês de pedido de autorização e de dois (2) pedidos de isenção da exigência de nacionalidade. Relatório anual do BCEAO

84 Melhoria da informação financeira No âmbito da melhoria da informação relativa ao sector, o Banco Central continuou as suas reflexões visando a instalação de uma Central de riscos dos SFD. Nesse âmbito, foram efetuadas viagens de informações junto aos Bancos Centrais de Ruanda e da Índia. As reflexões relativas à instalação de uma aplicação centralizada de seguimento dos SFD pelas autoridades de vigilância em toda a União também continuaram Reforço das capacidades O Banco Central continuou as suas ações de reforço das capacidades no domínio da microfinança, através de seminários organizados nos planos nacional e regional, durante o ano Assim, os seguintes encontros foram organizados : um seminário regional de formação dos formadores sobre o quadro legal aplicável aos SFD, de 21 a 25 de maio de 2012, em Dakar. O objetivo desse encontro era permitir aos agentes das Autoridades de controlo, apropriarem melhor o conteúdo do novo quadro legal aplicável aos SFD e para servirem de revezamento para as formações nos seus países respectivos ; sessões nacionais de formação sobre o quadro legal aplicável aos SFD no Togo (de 08 a 12 de outubro de 2012), no Benim (de 22 a 26 de outubro de 2012), em Côte d Ivoire (de 12 a 14 de novembro de 2012) e na Guiné-Bissau (de 19 a 23 de novembro de 2012), para reforçar a divulgação do novo quadro legal ; um seminário de formação sobre o guia de instrução dos dossiês de pedido de autorização dos SFD da UMOA destinados aos atores do sector, de 02 a 06 de julho de 2012, em Abidjan ; uma sessão de formação dos formadores dos agentes dependentes das Autoridades de controlo e das Associações Profissionais dos SFD (APSFD) sobre as normas de contabilidade específica dos sistemas financeiros descentralizados (RCSFD) da UMOA, em Dakar, de 12 a 23 de novembro de 2012, na Sede do BCEAO. Além disso, o BCEAO tomou parte da sessão de formação em microfinança no Instituto Boulder em Turim, na Itália, de 16 de julho a 3 de agosto de Também, o Instituto de emissão participou na animação das aulas de uma formação em Master em Microfinança no Centro Africano de Estudos Superiores em Gestão (CESAG) durante o ano letivo Balanço do sector e perspectivas O ano 2013 vai ser marcado pela execução do Plano de ações para a preservação e a consolidação da viabilidade do sector da microfinança na UMOA e a continuação das atividades previstas no âmbito do Projecto «AFR/017 Promoção de sectores financeiros inclusivos na Zona UEMOA». As principais atividades deveriam ter a ver com a consolidação da execução do novo quadro legal, o reforço da vigilância e a melhoria da informação sobre o sector. Relatório anual do BCEAO

85 No âmbito da consolidação da execução do novo quadro legal, encara-se proceder : a continuação da divulgação e da aplicação efetiva dos novos textos que regem o sector da microfinança na UMOA ; ao controlo reforçado da aplicação das disposições da Instrução n o de 29 de dezembro de 2010 relativa à organização do controlo interno dentro dos SFD ; a sensibilização das estruturas fundamentais das redes dos SFD sobre as suas obrigações em matéria de controlo dos fundos básicos afiliados ; a tomada de medidas visando assegurar a inscrição sistemática das referências de autorização nas placas e nos cartazes publicitários de cada SFD ; o seguimento da instalação efetiva dos fundos de segurança dentro das redes das Instituições Mutualistas ou Cooperativas de Poupança e Crédito (IMCEC) ; a vigilância reforçada para a conformidade dos SFD com as novas normas de capitalização e com as ligadas ao financiamento dos activos fixos e das participações. No que diz respeito ao reforço da vigilância, as ações previstas estão ligadas : a instauração da supervisão baseada nos riscos ; a instalação, a nível dos SMS, de um dispositivo de seguimento da execução das medidas preconizadas após os controlos internos e externos dos SFD, com a definição de uma periodicidade mínima de controlo no local ; ao reforço das capacidades dos agentes dependentes das Autoridades de controlo, nomeadamente, no que diz respeito à instrução dos dossiês de pedido de autorização e a Mesa de Contabilidade Específica dos SFD ; a revisão do guia do inspector, para levar em conta as disposições do novo quadro legal que rege o sector e as evoluções recentes notadas no domínio da microfinança. Em matéria de melhoria da informação sobre o sector, as medidas a executar são relativas : a aceleração das diligências relativas à instalação de uma Central de riscos dos SFD na União ; a concepção de uma solução informática centralizada de seguimento dos SFD para os SMS, o BCEAO e a Secretaria Geral da Comissão Bancária, que deveria constituir um verdadeiro dispositivo de controlo das moedas dotado de um mecanismo de alerta precoce ; a continuation da conformidade entre sistemas de informação de gestão dos SFD com as prescrições da Mesa de Contabilidade Específica dos SFD. 4.4 REFORÇO DA ESTABILIDADE FINANCEIRA No decorrer do ano 2012, foram realizadas as atividades seguintes no âmbito do reforço da estabilidade financeira dentro da UMOA : organização das reuniões estatutárias do Comité de Estabilidade Financeira dentro da UMOA (CSF UMOA) ; Relatório anual do BCEAO

86 acompanhamento dos riscos dentro do sistema bancário ; instalação do Fundo de Garantia dos Depósitos das Instituições Financeiras dentro da UMOA ; desenvolvimento do dispositivo prudencial aplicável aos estabelecimentos de crédito da UMOA ; autorização dos estabelecimentos financeiros com carácter bancário de receberem depósitos de fundos do público ; atualização da legislação sobre o litígio das infrações à regulamentação das relações financeiras exteriores ; instalação de um quadro legal específico de tratamento das contas inativas dentro da UEMOA ; melhoria do quadro regulador e do dispositivo de gestão dos sistemas de pagamento ; revisão dos documentos legais atinentes à luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo ; atualização do quadro regulador relativo às operações de pensão paga ; anstalação dos Especialistas em Valores do Tesouro (SVT) ; finalização dos documentos relativos à política monetária Reuniões do Comité de Estabilidade Financeira na UMOA O Comité de Estabilidade Financeira na UMOA (CSFUMOA), presidido pelo Governador do BCEAO, organizou as suas duas reuniões estatutárias do ano, respetivamente a 14 e 17 de dezembro de 2012 em Dakar. O Comité aprovou as orientações relativas à realização da cartografia dos riscos das diferentes componentes do sistema financeiro, na perspetiva da elaboração daquela atinente ao sector financeiro inteiro. O CSF-UMOA examinou também as modalidades de instalação de mecanismos de vigilância adaptados ao seguimento e ao controlo das diferentes categorias de organismos de garantia que funcionam na União. As reflexões estão em curso, nomeadamente dentro do BCEAO, para a execução efetiva das recomendações formuladas. Além disso, o Comité aprovou as propostas formuladas pelo Grupo de Peritos do CSF-UMOA para a instalação de um quadro regulador e de supervisão dos grupos financeiros que atuam na União. Examinou também as principais disposições do projeto de Carta relativa à cooperação em matéria de vigilância dos grupos financeiros. O documento está a ser finalizado pelos serviços competentes de cada órgão e instituição membro do CSF-UMOA. O Comité ainda levou reflexões sobre a escolha dos indicadores macroprudenciais que devem constituir a base do dispositivo de alerta precoce a instalar dentro da União. As modalidades de fixação dos limiares também foram examinadas pelo Comité que deu instruções para a finalização do dossiê. Relatório anual do BCEAO

87 4.4.2 Acompanhamento dos riscos dentro do sistema bancário No âmbito da análise da capacidade de resistência do sector bancário, o BCEAO continuou durante o ano 2012, a elaboração dos indicadores de solidez financeira para cada um dos oito países da UMOA e para toda a Zona. A evolução desses indicadores traduz uma solidez relativa do sistema bancário regional que, todavia, continua a ser vulnerável ao risco de empréstimo, nomeadamente devido a uma concentração dos financiamentos em algumas empresas grandes. Além disso, na perspetiva de proporcionar à União ferramentas capazes de prevenir o desencadear de crises, dentro do sistema bancário, em particular, o Banco Central empreendeu trabalhos para a instalação de um dispositivo de realização de testes de resistência e de alerta precoce de crises bancárias dentro da UMOA Instalação do Fundo de Garantia dos Depósitos das instituições financeiras na UMOA As leis relativas respetivamente à regulamentação bancária e aos Sistemas Financeiros Descentralizados (SFD) previram a adesão dos estabelecimentos de crédito e de microfinança da União a um Fundo de Garantia dos Depósitos (FGD). Esse Fundo terá como objetivo contribuir para o reforço da confiança dos depositantes, condição essencial para aumentar a mobilização de recursos pelas instituições e consolidar a estabilidade financeira. No âmbito da execução das disposições já referidas, o Banco Central formulou propostas de orientações para a instalação desse Fundo. Essas orientações foram objeto de diálogos nacionais nos diferentes Estados membros. No final desse processo, foram submetidas ao Conselho dos Ministros da UMOA que autorizou a criação do Fondo aquando da sua sessão de 28 de setembro de As simulações relativas ao tamanho do Fundo e o limite das compensações dos depositantes bem como os documentos regulamentares que devem regê-lo estão em curso de finalização Desenvolvimento do dispositivo prudencial aplicável aos estabelecimentos de crédito da UMOA No plano da regulamentação prudencial, foram revistas duas (2) normas aplicáveis aos estabelecimentos de crédito durante o último trimestre do ano Essa revisão leva em conta, nomeadamente, o processo de aumento do capital social mínimo dos estabelecimentos de crédito, decidido pelo Conselho dos Ministros da UMOA em Inscreve-se também no âmbito da harmonização entre a regulamentação prudencial e as práticas internacionais. Assim, o Conselho dos Ministros da União, pela Decisão n o CM/UMOA/022/12/2012 de 14 de dezembro de 2012, baixou de 75,0% a 50,0% a norma relativa ao coeficiente de cobertura des empregos a médio e longo prazo por recursos estáveis e suprimiu o rácio da estrutura da carteira Autorização dos estabelecimentos financeiros com carácter bancário a receberem depósitos de fundos do público Com a entrada em vigor a 1 de abril de 2010 da Reforma Institucional da UMOA e do BCEAO e da nova lei relativa à regulamentação bancária, certas disposições do Decreto-Quadro elaborado na execução da Lei bancária precedente foram objeto de uma directriz do BCEAO n o 11/12/2010/RB que especifica a classificação, a reforma jurídica e as operações dos estabelecimentos financeiros com carácter bancário. Relatório anual do BCEAO

88 Com base nesse arranjo, o Conselho dos Ministros da União adotou a Decisão n o CM/UMOA/021/12/2012 de 14 de dezembro de 2012 relativo ao projecto de Decreto uniforme relativo à autorização dos estabelecimentos financeiros com carácter bancário a receberem depósitos de fundos do público. O Decreto uniforme pretende completar a Directriz do BCEAO acima referida, na vertente relativa à autorização de receção de fundos do público pelos estabelecimentos financeiros. Retoma, essencialmente, as disposições do antigo Decreto-quadro relativo à natureza e às características dos depósitos susceptíveis de serem recebidos pelos estabelecimentos financeiros e alarga a lista dos depósitos elegíveis, incluindo os depósitos recebidos no âmbito de uma operação de crédito diferido e os depósitos efetuados no âmbito de um reembolso de empréstimo Atualização da legislação sobre o litígio das infrações à regulamentação das relações financeiras exteriores Após a adoção pelo Conselho dos Ministros da União, a 1 de outubro de 2010, do novo Regulamento atinente às relações financeiras exteriores dos Estados membros da UEMOA, o BCEAO procedeu a uma revisão da legislação sobre o litígio das infrações à regulamentação cambial em vigor, para a harmonizar com o referido Regulamento. Nesse âmbito, foram levadas em conta preocupações expressas pelos atores concernentes, relativas à interpretação e à aplicação de certas dispisções do documento vigente. Os trabalhos realizados desembocaram na elaboração de um projeto de nova lei uniforme que foi objeto de uma concertação larga com os atores concernentes bem como dois projetos de decreto de aplicação da mesma. Esses textos, adotados pela Decisão n o CM/UMOA/020/12/2012 do Conselho dos Ministros da União a 14 de dezembro de 2012, foram transmitidos aos Estados membros para o inserirem na sua ordem jurídica interna Instalação de um quadro legal específico de tratamento de contas inativas da UEMOA No âmbito das ações realizadas no plano regulamentar para uma melhor proteção dos interesses dos utentes dos serviços financeiros e um reforço da sua confiança para com establecimentos bancários e financeiros, o BCEAO realizou trabalhos visando a instalação de um regime jurídico específico para o tratamento das contas que ficaram inativas durante muito tempo e para as quais os estabelecimentos depositários não conseguem encontrar os titulares ou os herdeiros, vulgarmente chamadas contas dormentes. Essa regulamentação visa também proteger os bancos e as outras instituições concernentes (os SFD, os serviços financeiros dos Correios e Caixas Nacionais de Poupança) contra os riscos de litígios ligados ao tratamento dos ativos não reclamados pelos clientes, registados nos seus livros, bem como desfalques e fraudes. A esse respeito, o Conselho dos Ministros da União, pela Decisão n o CM/UMOA/005/05/2012, de 10 de maio de 2012, aprovou as orientações que lhe foram submetidas pelo BCEAO para a instalação do quadro jurídico específico de tratamento das contas inativas nos livros dos organismos financeiros dos Estados membros da UMOA. Com base nessas orientações, o Banco Central elaborou um projeto de lei uniforme atinente às contas inativas que foi adotado pelo Conselho dos Ministros aquando da sua sessão de 28 de setembro de 2012 por Decisão n o CM/UMOA/016/09/2012. A inserção dessa lei na ordem jurídica interna dos Estados membros da União deveria ocorrer a 31 de dezembro de 2013, o mais tardar, de acordo com a Decisão n o CM/UMOA/023/12/2012 do Conselho dos Ministros da União a 14 de dezembro de Relatório anual do BCEAO

89 Melhoria do quadro regulador e do dispositivo de gestão dos sistemas de pagamento Após as evoluções ocorridas com a entrada em produção dos novos sistemas de pagamento, da Reforma Institucional da UMOA e do BCEAO, bem como o aparecimento de novos instrumentos e meios de pagamento, foi iniciada uma avaliação da regulamentação relativa aos sistemas e meios de pagamento, para identificar as emendas desejadas e os textos complementares susceptíveis de reforçar o seu impacto. Nesse âmbito, o Banco Central procedeu a um censo completo das dificuldades encontradas na execução dessa regulamentação, nomeadamente pelos estabelecimentos de crédito e pelos serviços concernentes dos Estados. Nessa base, estão a ser elaborados novos textos regulamentares que serão submetidos à adoção do Conselho dos Ministros da União em Além disso, no âmbito do reforço da segurança dos sistemas de pagamento da União, o BCEAO iniciou trabalhos para a instalação de um Fundo de garantia do pagamento dos saldos de compensação do Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICAUEMOA), em colaboração com os participantes, os bancos e os Tesouros Públicos, em particular. Essa iniciativa visa tornar SICA-UEMOA conforme às normas internacionais em vigor em matéria de sistemas de compensação. O projeto de Convenção relativo à criação e à gestão do Fundo de garantia do pagamento dos saldos de SICAUEMOA e que fixa as suas regras, foi elaborado de acordo com as orientações aprovadas pelo Governo do BCEAO, aquando da sua reunião de 29 de agosto de Estão previstas concertações nacionais com os participantes no sistema de compensação sobre o projeto de Convenção Revisão dos textos legais relativos à luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo Devido a alterações ocorridas tanto no plano interno como no externo, o BCEAO iniciou um processo de revisão dos textos relativos à luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo nos Estados membros da União. Esse processo apoia-se, em particular, nas informações tiradas da execução desses textos. Além disso, deveria permitir tornar os textos acima referidos, conformes às novas normas internacionais na matéria, publicadas pelo Grupo de Ação Financeira (GAFI) em fevereiro de A esse respeito, foi efetuado um censo completo das dificuldades encontradas pelos atores concernentes na implementação dos textos em vigor. A partir dos resultados desse censo, o BCEAO iniciou o processo de elaboração de novos projetos de textos jurídicos relativos ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo que vão ser submetidos ao Conselho dos Ministros da União, para serem adotados, durante o ano No que diz respeito à revisão dos textos jurídicos relativos à luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo nos Estados membros da UEMOA, foram recolhidas as preocupações e propostas dos atores concernentes. Está em curso a análise das contribuições recebidas e novas normas do Grupo de Ação Financeira (GAFI) na matéria e deveria permitir a elaboração da nota de orientação e dos projetos de textos jurídicos, durante o ano Relatório anual do BCEAO

90 Atualização do quadro regulamentar relativo às operações de pensão paga No âmbito da atualização da regulamentação sobre as operações de pensão paga, foram elaborados um projeto de Regulamento comunitário e um projeto de Convenção-quadro relativos a essas operações, com base nas orientações aprovadas pelo Governo do Banco aquando da reunião de 12 de setembro de O projeto de Regulamento finalizado após concertações com os atores concernentes será submetido ao Conselho dos Ministros da União, para ser adotado no ano Instalação dos Especialistas em Valores do Tesouro (SVT) No âmbito da revitalização do mercado dos títulos da dívida pública na UMOA, o BCEAO elaborou os projetos de textos relativos aos Especialistas em Valores do Tesouro. Esses textos, constituídos por uma Carta que rege as relações entre os Tesouros públicos, os SVT e a Agência UMOA-Títulos sobre o mercado dos títulos da dívida pública dos Estados membros da União, da Directriz do BCEAO relativa às regras gerais aplicáveis aos SVT e do Código de Bom Comportamento desses atores, foram finalizados com base nas observações dos Directores Gerais dos Tesouros Públicos dos Estados membros da UMOA. Os projetos de textos vão ser objeto de concertações com os estabelecimentos de crédito e as Companhias de Gestão e de Intermediação da União. O projeto de regulamento finalizado após as concertações com os atores concernentes será submetido ao Conselho dos Ministros da União, para ser adotado em Atualização dos textos relativos à política monetária Com vista levar em conta, a nível dos textos regulamentares que regem o mercado dos títulos públicos, a instalação da Agência UMOA-Títulos e a criação do Fundo de Estabildade Financeira, o Banco Central procedeu a uma revisão do Regulamento relativo aos vales e às obrigações do Tesouro. O projeto de texto especifica, nomeadamente, o papel da Agência UMOA-Títulos na organização das emissões de vales e obrigações do Tesouro e reforça a segurança do mercado pela inserção de disposições relativas à prevenção das faltas de pagamento. O Regulamento emendado, será submetido ao Conselho dos Ministros durante o ano Relatório anual do BCEAO

91 V - OUTRAS ATIVIDADES DO BCEAO GESTÃO DAS RESERVAS CAMBIAIS A gestão das reservas cambiais caraterizou-se pela continuação da política de diversificação dos produtos de investimento dos activos em moedas levantados da Conta de operações, no estreito cumprimento das princípios e práticas de cautela commumente admitidas para a gestão de reservas cambiais oficiais, particularmente as Diretivas do FMI na matéria. Durante o ano 2012, a gestão das reservas cambiais do BCEAO foi realizada numa conjuntura económica internacional caracterizada pela morosidade do crescimento mundial, em conexão com os impactos da crise da dívida soberana na Europa em particular e com a fraqueza do comércio internacional. Neste contexto, o Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal americana (FED) aumentaram o seu apoio à economia reforçando a orientação complacente da sua politica monetária. De facto, depois da sua inscrição num período de observação, na sequência do sucesso das adjudicações a longo prazo de dezembro de 2011 e fevereiro de 2012, o BCE decidiu proceder no decurso do mês de julho de 2012, a uma redução de 25 pontos básicos das suas principais taxas de referência, reduzindo assim a taxa de juros das principais operações de refinanciamento a altura de 0,75%, seja o seu nível histórico mais baixo. Além do mais, o BCE decidiu criar um programa de resgate de dívidas públicas de curto prazo (1 a 3 anos) por um montante e um período ilimitados designado «Outright Monetary Operations» Por sua parte, a Reserva Federal americana manteve ao longo do ano 2012 a taxa objectiva dos fundos federais no intervalo alvo entre 0% e 0,25%, em vigor desde 16 de dezembro de Também, anunciou a sua intenção de a manter neste intervalo até meados de 2015, especificando que uma evolução da sua principal taxa de referência seria ligada a limiares de desencadeamento, isto é uma taxa de desemprego inferior a 6,5% e uma taxa de inflação superior a 2,5%. Além disso, o FED prolongou até ao fim do ano a operação «Twist» que devia acabar em junho de Esta operação que visa prolongar as taxas consiste em substituir os títulos de Estado de prazo inferior ou igual a 3 anos detidos pelo FED, por títulos de prazo entre 6 e 30 anos. Enfim, o FED lançou novos programas de compra de títulos de dívida relacionados com o imobiliário (MBS) e obrigações do Tesouro americano a longo prazo. Neste ambiente económico e financeiro, o nível dos activos em moeda do BCEAO detidos na Conta de operações foi ligeiramente mantido acima da taxa convencional de centralização das disponibilidades exteriores da União na referida conta. A 31 de dezembro de 2012, as reservas cambiais do BCEAO depositadas na Conta de operações representariam 54,61% das reservas globais face a 52,69% no final do ano Os activos em divisas levantados da Conta de operações são detidos na forma de activos obrigacionistas e de investimentos monetários, distribuídos entre uma carteira de investimentos, partes de um Fundo Comum de investimento gerido por uma Instituição Internacional, um Fundo de Liquidez e um Fundo de cobertura dos riscos sobre as operações efetuadas pelo FMI, em Direitos de Saques Especiais (DTS). Relatório anual do BCEAO

92 No total, a política de gestão das reservas cambiais, implementada pelo BCEAO durante o exercício 2012 foi regida por imperativos de segurança, de liquidez e rendimento das referidas reservas. 5.2 INTEGRAÇÃO ECONÓMICA DOS ESTADOS-MEMBROS DA UEMOA No âmbito de projectos relacionados com o aprofundamento do processo de integração económica na União, o Banco Central participou nos trabalhos do Comité de Pilotagem do Programa Económico Regional. As ações desenvolvidas pelo Comité foram principalmente relativas à implementação da segunda etapa do PER (PER II) que abrange o período O PER II é um instrumento essencial para o desenvolvimento económico da UEMOA, que visa vencer alguns dos principais desafios com que a União está confrontada, particularmente o acesso à energia, segurança alimentar, gestão da água, desenvolvimento das áreas desfavorecidas e a criação de um sistema de produção integrado e eficiente. Inclui uma centena de projetos com um custo total de mil milhões de francos CFA, dos quais 87% para o desenvolvimento de infraestruturas económicas. No âmbito da busca do financiamento do PER II, foi realizada em Abidjan uma mesa redonda dos doadores a 2 e 3 de Julho de Este encontro permitiu recolher as intenções de contribuições financeiras dos parceiros de desenvolvimento, que atingiram um montante de 2035 mil milhões de francos CFA, seja 46% do valor total necessário para o financiamento global do PER II. Em termos de políticas comuns sectoriais da União, o BCEAO participou nas atividades relativas à implementação da Iniciativa Regional para a Energia Sustentável (IRED), nomeadamente no âmbito dos trabalhos do Comité de Pilotagem e do Comité Técnico da Comissão de Seguimento da IRED bem como os do Conselho de Doadores do Fundo Desenvolvimento Energia (FED). Os trabalhos realizados incluem principalmente o seguimento da execução dos projetos financiados a partir dos recursos do FED e a aprovação de novos financiamentos de projetos prioritários de eletricidade nos Estados-Membros da União. Também, incluem a conclusão do estudo de viabilidade de um Fundo de investimento para o financiamento das infraestruturas de energia nos países da UEMOA. Além disso, foi criado um Comité Regional dos Produtores, Transportadores e Distribuidores de Energia Elétrica (CRPTDE) dos Estados-Membros da UEMOA com vista a aumentar as capacidades de empréstimos para o financiamento da IRED. No âmbito da implementação do dispositivo de vigilância multilateral das políticas e dos desempenhos macroeconómicos dos Estados-Membros da União, o Banco Central participou nos trabalhos da Secretaria Conjunta (Comissão da UEMOA, BCEAO e BOAD) e nos trabalhos do Comité estatutário dos Peritos. Os trabalhos centraram-se essencialmente na elaboração dos relatórios semestrais de execução da supervisão multilateral. Também, foram relativos à avaliação de programas plurianuais de convergência dos Estados-Membros da União. Além disso, o Banco Central participou nos trabalhos da Secretaria Conjunta (Comissão da UEMOA, BCEAO, BOAD e CREPMF) sobre a preparação dos documentos apresentados na 16ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União, que se realizou a 6 de junho de 2012 em Lomé. Para o efeito, elaborou uma contribuição para o relatório sobre o estado da União em 2012, o documento base da Conferência. Relatório anual do BCEAO

93 5.3 - COOPERAÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA Relações com as Instituções de Bretton Woods Das operações realizadas pelo Banco Central com o Fundo Monetário Internacional (FMI), para os Estados-Membros da UMOA resultaram, durante o ano de 2012, entradas líquidas de 197,6 milhões de DTS face a 219,1 milhões de DTS um ano antes. Esta diminuição reflete as dificuldades enfrentadas por alguns países no âmbito da execução dos seus programas com o FMI nomeadamente o Mali e o Togo e a suspensão das relações financeiras entre a Guiné-Bissau e o Fundo. Para o ano 2012, os saques realizados para a Facilidade Alargada de Crédito (FEC) 1 1 foram de 217,6 milhões de DTS representando169,4 mil milhões de francos FCFA, contra 239,3 milhões de DTS ou 178,8 mil milhões de FCFA no ano anterior. Os reembolsos dos empréstimos concedidos pelo FMI são de 14,8 milhões de DTS, seja 11,6 mil milhões de FCFA. Os encargos suportados pelo BCEAO em 2012 no âmbito das operações com o FMI cifraram-se a 1,0 milhão de DTS equivalente a 610,1 milhões FCFA em 2012, face a 3,5 milhões DTS (2,6 mil milhões FCFA) no ano precedente. Reportaram-se exclusivamente às comissões pagas para a utilização dos recursos gerais. Nenhuma despesa de juros foi paga durante o período, devido à aplicação das medidas tomadas em Julho de 2009 pelo FMI em resposta à crise financeira global, sobre o cancelamento excecional dos juros sobre os empréstimos do fundo para países com baixo rendimento 2. Para a remuneração das suas posições credoras em 2012, o FMI pagou 0,9 milhão DTS ou 530,7 milhões FCFA aos Estados membros da UMOA face a 3,1 milhões DTS equivalentes a 2,3 mil milhões FCFA no ano anterior No âmbito das suas operações com o FMI, os Estados-Membros da União adquiriram 14,8 milhões DTS em 2012 ou 11,6 mil milhões FCFA Relações com as outras instituições No plano de cooperação monetária em África, o BCEAO participou nas reuniões anuais da Associação dos Bancos Centrais Africanos (ABCA) para o ano 2012, realizadas a 29 e 30 de Agosto de 2012, em Argel. Estes encontros foram marcados pelo Simpósio da Associação realizado a 29 de Agosto de 2012 e a 36 ª reunião ordinária do seu Conselho de Governadores, que teve lugar a 30 de agosto de A reunião dos Governadores centrou-se (i) na análise do relatório de etapa sobre as atividades do Comité conjunto ABCA-CUA, (ii), na avaliação da implementação do Programa de Cooperação Monetária em África (PCMA), (iii) na criação da Comunidade dos Supervisores Bancários africanos (CSBA), (iv) nas emendas dos Estatutos da ABCA, (v) na organização de reuniões e no orçamento da Associação para o ano 2013 bem como (vi) na eleição da sua nova direção. Em relação ao Simpósio, foi a oportunidade para discussões sobre o tema "Desafios para os Bancos Centrais Africanos face à volatilidade dos fluxos de capitais e dos preços das matérias primas." No fim dos trabalhos, o Conselho de Governadores incentivou os países africanos a intensificarem os seus esforços na implementação do PCMA, tendo em conta os desempenhos mitigados registados nesta área. 1 A facilidade Alargada de Crédito (FEC) é o principal instrumento de empréstimo a médio prazo do FMI para países com rendimento baixo confrontados com problemas prolongados de balança dos pagamentos. 2 O período de aplicação da decisão de cancelamento excecional dos juros sobre os empréstimos concessionais concedidos pelo FMI com baixo rendimento, foi prolongado de um ano no final de dezembro de Relatório anual do BCEAO

94 Na área da integração monetária na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o BCEAO participou nas reuniões estatutárias da Agência Monetária da África Ocidental (AMAO) e da Zona Monetária da África Ocidental (ZMAO), realizadas em janeiro e julho de 2012, respetivamente, em Freetown, Serra Leoa, e em Monróvia, Libéria. Esses encontros foram marcados pelas reuniões dos Comités de Governadores dos Bancos Centrais dos países membros da ZMAO e da CEDEAO, bem como pela reunião do Conselho de Convergência da Zona. As principais questões examinadas incidiram sobre (i) a convergência macroeconómica em 2011, (ii) o estado de implementação das atividades atribuídas à Agência no âmbito do roteiro para a criação da moeda única da CEDEAO, (iii) a harmonização das práticas de contabilidade e de informação dos bancos e outras instituições financeiras da CEDEAO e (iv) o relatório sobre os quadros de política monetária na Comunidade. Tendo em conta atrasos registados nestes processos, os Governadores convidaram todas as partes interessadas para acelerarem a realização das suas ações ao risco de ter de adiar novamente o prazo de implementação desses projetos. A nível continental, o BCEAO participou na 5ª reunião anual conjunta da Conferência dos Ministros da Economia e Finanças da União Africana e da Conferência dos Ministros africanos das Finanças, Planificação e Desenvolvimento Económico da Comissão Económica para África (CAMEF/CMCEA), realizada a 26 e 27 de Março de 2012, em Addis Abeba, Etiópia. O tema central desta sessão foi : "Concretizar o potencial da África enquanto pólo de crescimento mundial." A reunião foi precedida, de 22 a 25 de março de 2012, pelos trabalhos preparatórios da Comissão de Peritos desta instância, e incluiu um painel de alto nível e sessões paralelas relativas a vários sub-temas. Também, o Banco Central participou na 47ª Assembleia anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e na 38ª Assembleia anual do Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD), realizada a 31 de Maio e 1 de Junho de 2012, em Arusha, na Tanzânia. Além disso, participou no ateliê regional para a troca de experiências sobre as melhores práticas em matéria de convergência das políticas e criação de moedas únicas, realizado em Adis Abeba, a 26 e 27 de Julho de Este ateliê, organizado pela Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA), serviu de quadro para uma reflexão mais aprofundada sobre a integração em África, em relação aos esforços que visam acelerar a realização da união monetária e integração financeira. No âmbito do reforço das suas relações de cooperação, o BCEAO e o Banco dos Estados da África Central (BEAC) realizaram a sua reunião anual a 17 e 18 de Setembro de 2012, em N'Djamena, no Chade. Os trabalhos da reunião centraram-se na análise da implementação de acções previstas no âmbito da cooperação em 2012 bem como na identificação de novos eixos de parceria entre ambas as instituições para o ano Além disso, os dois governadores evocaram a evolução do ambiente económico e financeiro internacional e as perspectivas macroeconómicas de ambas as zonas. Quanto à avaliação da cooperação monetária em 2012, as duas instituições fizeram o balanço das atividades relativas à cooperação em matéria de reforço do dispositivo de controlo interno e à gestão das reservas cambiais. As discussões sobre o programa de cooperação em 2013 centraram-se nas questões relativas à cooperação em matéria de capacitação, gestão de sinais monetários, reforço da integração financeira e quadro político monetário bem como no dispositivo da supervisão do setor financeiro em ambas as regiões. No fim do encontro, um grupo de trabalho foi criado para aprofundar as reflexões sobre o projeto de retoma dos resgates das notas exportadas dos dois Bancos Centrais e a interconexão dos sistemas de pagamento da UEMOA e da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC). Relatório anual do BCEAO

95 No âmbito de sua participação nas reuniões da primavera e nas Assembleias anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, realizadas em abril e outubro de 2012, o BCEAO participou nomeadamente nas reuniões do Comité Monetário e Financeiro Internacional (CMFI) e do Comité de Desenvolvimento (DC) dessas instituições. Estas reuniões permitiram aos ministros responsáveis pelas Finanças e pelo Desenvolvimento Económico e aos Governadores dos bancos centrais formularem pareceres e recomendações sobre questões relacionadas com o crescimento económico e o desenvolvimento dos países bem como o funcionamento dessas instituições. O BCEAO participou também em outros encontros à margem dos do FMI e do Banco Mundial. Trata-se da reunião de Ministros e Governadores dos Bancos Centrais do Comité dos 10, do encontro de Governadores do Grupo África francófona no FMI no Banco Mundial e de um seminário de alto nível organizado pelo FMI sobre o tema " Reforço da estabilidade e do crescimento na UEMOA num ambiente incerto." O BCEAO albergou a 24 de Setembro de 2012, a reunião do Subcomité técnico para a reflexão aprofundada sobre a organização, o funcionamento e a representação do Grupo dos países africanos francófonos no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial designado " Grupo África II." O objetivo desse encontro era elaborar propostas sobre o modo de nomeação dos Administradores que representam o Grupo do Conselho de Administração do FMI e do Banco Mundial, a arquitetura institucional e a animação do Grupo, com o objetivo de assegurar uma melhor representação dos países membros dos órgãos nas instituições de Bretton Woods e a representação dos países nos órgãos consultivos do FMI e do Banco Mundial, com base em regras transparentes. As conclusões deste encontro foram apresentadas ao Presidente do Grupo. Na área da parceria com outras autoridades monetárias, o BCEAO celebrou acordos de cooperação com o Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) e o Banco da França, respetivamente em setembro e outubro de Estes acordos visam desenvolver as relações entre o BCEAO e estas instituições, particularmente em termos de capacitação, troca de experiências e informações sobre questões monetárias e financeiras. Na sua colaboração com o Banco de Portugal e os Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa (BCPLP), o BCEAO participou em vários encontros durante o ano Estas reuniões incidiram principalmente na troca de opiniões sobre questões de interesse comum, e sobre a capacitação e troca de experiências em várias áreas, incluindo o desenvolvimento de sistemas de pagamento, as tecnologias da Informação e Comunicação bem como auditoria contabilística. Durante o ano 2013, para além da implementação de ações previstas no âmbito dos acordos de cooperação assinados, serão tomadas medidas para a redinamização dos acordos em vigor, mas que não foram alvo de ações específicas mas também a formalização das relações de parcerias com outras instituições, como o Bank Al-Maghrib OUTRAS ATIVIDADES E PROJETOS DO BCEAO Recolha, gestão e difusão da informação estatística A recolha e gestão da informação estatística relativa aos Estados-Membros da UEMOA obedece à necessidade de o Banco Central ter, em qualquer momento, informações necessárias para a elaboração de estudos, execução de trabalhos de pesquisa económica, monetária e financeira, mas também a edição de publicações oficiais do Banco. Para este fim, uma base de dados estatísticos foi criada e implementada em 1998 pelo BCEAO. Relatório anual do BCEAO

96 Esta base de dados foi recentemente rebatizada EDEN (Depósito de dados Económicos e financeiros), na sequência dos trabalhos iniciados em 2011, para permitir a sua disponibilidade no site Internet do BCEAO. Abrange a situação económica, monetária e financeira dos Estados da União. A base de dados financeiros do Banco Central é constituída por cerca de séries estatísticas dos setores real, monetário, exterior e social, assim como pelo do setor das finanças públicas. Os dados estão disponíveis consoante uma frequência anual, mensal, semanal ou diária e abrange o período de 1960 a Estes dados podem ser consultados, nas tabelas prédefinidas ou selecionando uma lista de variáveis. Os critérios de consulta (país, período, etc.) dependem da escolha livre do utilizador. Na sequência das consultas, as tabelas geradas podem ser consultadas diretamente na interface ou exportadas. A base de dados do BCEAO será gradualmente estendida para as estatísticas sociais, incluindo os dados sobre a população, educação, serviços sociais básicos, saúde, nutrição e habitação Central dos balanços Durante o ano 2012, as atividades do Banco Central relativas à centralização da informação de empresas não financeiras está principalmente virada para a gestão do regime da base de dados contabilísticos, jurídicos e financeiros, bem como a sua disponibilização para a Sociedade de Comercialização da Informação da Empresa (SCIE-SA), no âmbito da sua missão. No âmbito da gestão da base de dados contabilísticos, financeiros e jurídicos, uma nova aplicação, "Central de balanço", agora centralizada na Sede do BCEAO foi posta em produção a 13 de fevereiro de O Repertório Único das Empresas (RUE) registou novas empresas, de todos os Estados da União, menos a Guiné-Bissau, elevando o tamanho da RUE para empresas a 31 de dezembro de Este resultado vem na sequência da campanha de recolha de demonstrações financeiras em Com efeito, neste contexto, as principais Agências coletaram maços completos de notas, dos quais relativos ao ano fiscal de 2011 e relativos aos exercícios anteriores. Em 2011, as demonstrações financeiras coletadas totalizaram , das quais relativas ao ano de 2010 e 1651 aos anos anteriores. No âmbito da disponibilização da Sociedade de Comercialização da Informação Empresarial (SCIE-SA), informações tiradas da base de dados no quadro da implementação da Convenção de delegação de serviço público, os dados relativos a demonstrações financeiras de para todos os países da UEMOA, menos a Guiné-Bissau, foram transferidas para esta empresa pelo Banco Central em novembro de Relatório anual do BCEAO

97 VI QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO 6.1 VIDA E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS Durante o exercício de 2012, os órgãos da União realizaram as suas reuniões de acordo com as disposições do Tratado de 20 de Janeiro de 2007 que constituem a União Monetária Oeste Africana e os Estatutos do Banco Central dos Estados da África Ocidental Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União A Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União realizou em 2012 a sua 16ª sessão ordinária a 6 de junho de 2012, em Lomé, República do Togo, sob a presidência da Sua Excelência Faure Essozimna Gnassingbé GNASSINGBE, Presidente da República do Togo. Estiveram presentes : para a República do Benim, Sua Excelência Docteur Boni YAYI, Presidente da República ; para o Burkina Faso, Sua Excelência Senhor Blaise COMPAORE, Presidente do Faso ; para a República de Côte d Ivoire, Sua Excelência Docteur Alassane OUATTARA, Presidente da República ; para a República da Guiné-Bissau, Senhor Abubacar Demba DAHABA, Ministro das Finanças, Representando Sua Excelência Senhor Manuel Serifo NHAMAJO, Presidente da República por interino ; para a República do Mali, Sua Excelência Dr Cheikh Modibo DIARRA, Primeiro Ministro ; para a República do Níger, Sua Excelência Senhor Issoufou MAHAMADOU, Presidente da República; para a República do Senegal, Sua Excelência Senhor Macky SALL, Presidente da República ; para a República de Togo, Sua Excelência Senhor Faure Essozimna GNASSINGBE, Presidente da República. Participaram nos trabalhos desta sessão, os membros do Conselho de Ministros da UEMOA presidido pelo Sr. Tièna COULIBALY, Ministro da Economia, das Finanças e do Orçamento da República do Mali, bem como : Senhor Cheikh Hadjibou SOUMARE, Presidente da Comissão da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) ; Senhor Tiémoko Meyliet KONE, Governador do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) ; Senhor Christian ADOVELANDE, Presidente do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) ; Senhor Léné SEBGO, Presidente do Conselho Regional da Poupança Pública e dos Mercados Financeiros (CREPMF). Relatório anual do BCEAO

98 Examinando a situação económica e financeira da União, os Chefes de Estado e de Governo realçaram a resiliência da atividade económica na União, apesar do contexto interno e externo difícil. Observaram que as perspetivas macroeconómicas parecem favoráveis. A Conferência acompanhou com interesse as orientações do Comité de Alto Nível sobre as novas estratégias para a mobilização de recursos financeiros para o desenvolvimento, sob a liderança da Sua Excelência Dr. Alassane Ouattara, Presidente da República da Côte d Ivoire. A conferência incentivou os Órgãos e as Instituições da União para iniciarem a implementação das ações identificadas com vista a angariar financiamentos para o desenvolvimento, sob a autoridade do presidente Alassane Ouattara. Também, a Conferência observou novos progressos na implementação da Iniciativa Regional para a Energia Sustentável (IRED), sob a supervisão da Sua Excelência o Dr Boni YAYI, Presidente da República do Benim. Neste contexto, os Chefes de Estado e de Governo foram informados dos financiamentos estabelecidos pelo Fundo de Desenvolvimento Energético (FDE). A Conferência convidou os Organismos e as Instituições comunitárias a prosseguirem os seus esforços para a mobilização efetiva dos recursos dedicados à IRED e instruiu para privilegiarem o financiamento de projetos regionais e integradores. Também, decidiu estabelecer uma nova forma de governação baseada na parceria entre os setores público e privado e nas reformas estruturais destinadas a melhorar o financiamento da economia. A Conferência foi informada das conclusões da auditoria sobre os prejudícios sofridos pelo Banco Central dos Estados da África Ocidental durante a crise pós-eleitoral em Côte d Ivoire. Além do mais, os Chefes de Estado e de Governo aprovaram uma Lei Complementar estabelecendo o dever de sigilo dos Chefes e Membros dos Órgãos e Instituições da UEMOA, em relação às atividades políticas nos Estados-Membros Conselho de Ministros da UMOA Presidido pelo Sr. Tiena COULIBALY, Ministro da Economia, das Finanças e do Orçamento da República do Mali, o seu Presidente estatutário, o Conselho de Ministros da União Monetária Oeste Africana (UMOA) registou as seguintes alterações durante o ano de 2012 : Para a República do Benim, a 9 de abril de 2012, o Sr. Jonas GBIAN, Ministro da Economia e das Finanças, foi nomeado membro do Conselho, em substituição da Sra. Alayi Adidjatou MATHYS. - Para a República de Côte d Ivoire, a Sra. Nialé KABA, Ministra junto do Primeiro- Ministro da Economia e das Finanças foi nomeada membro do Conselho, em substituição do Sr. Charles Koffi DIBY. O Sr. Ally Coulibaly, Ministro da Integração Africana foi nomeado membro do Conselho, em substituição do Sr. Adama BICTOGO. Relatório anual do BCEAO

99 Para a República da Guiné-Bissau, a 31 de maio de 2012, o Sr. Abubakar Demba Dahaba, Ministro das Finanças, foi nomeado membro do Conselho, em substituição do Sr. José Mário VAZ. A 31 de maio de 2012, o Sr. Abubakar BALDE, Ministro do Comércio, da Indústria e da Valorização dos Produtos Locais, foi nomeado membro do Conselho, em substituição da Sra. Helena Nosolini EMBALO. Para a República do Mali, a 24 de abril de 2012, o Sr. Coulibaly Tiena, Ministro da Economia, das Finanças e do Orçamento foi nomeado membro do Conselho, em substituição do Sr. Lassine BOUARE. A 27 de abril de 2012, o Sr. Marimpa SAMOURA, Ministro Delegado junto do Ministro da Economia, das Finanças e do Orçamento, foi nomeado membro do Conselho, em substituição do Sr. Sambou WAGUE. - Para a República do Níger, a 2 de abril de 2012, o Sr. Gilles BAILLET, Ministro das Finanças, foi nomeado membro do Conselho, em substituição do Sr. Ouhoumoudou MAHAMADOU. - Para a República do Senegal, a 05 de abril de 2012, o Sr. Amadou Kane, Ministro da Economia e das Finanças, foi nomeado membro do Conselho, em substituição do Sr. Abdoulaye Diop. A 06 de abril de 2012, o Sr. Abdoulaye Daouda Diallo, Ministro Delegado junto do Ministro da Economia e das Finanças responsável pelo Orçamento, foi nomeado membro do Conselho, em substituição do Sr. Abdoulaye Diop. Para a República do Togo, a 05 de setembro de 2012, o Sr. Mawussi Djossou SEMODJI, Ministro junto do Presidente da República, responsável pela Planificação, Desenvolvimento e Ordenamento do Território, foi nomeado membro do Conselho, em substituição da Sra. Dede Ahoéfa EKOUE. Durante o ano 2012, o Conselho de Ministros realizou quatro (04) sessões ordinárias, respetivamente a 10 de maio de 2012 na Agência Principal do BCEAO em Lomé, a 29 de junho de 2012, na Sede do BCEAO em Dakar, a 28 de setembro de 2012 na Agência Principal do BCEAO em Cotonou, sob a presidência do Sr. Tiena COULIBALY, Ministro da Economia e das Finanças da República do Mali, o seu Presidente estatutário, e a 14 de dezembro de 2012 na Agência Principal do BCEAO em Niamey, sob a presidência do Sr. Adji Otèth AYASSOR, Ministro da Economia e das Finanças da República do Togo que assumiu o interino do Presidente. Também, o Conselho reuniu-se em sessão extraordinária preparatória para a Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União a 9 de Maio de 2012 na Agência Principal do BCEAO em Lomé. Também, duas (02) outras sessões extraordinárias foram realizadas, respetivamente a 20 de fevereiro de 2012 na Agência Principal do BCEAO em Ouagadougou e a 31 de março de 2012, na Agência Principal do BCEAO em Abidjan. Na sua reunião extraordinária de 20 de fevereiro de 2012, o Conselho de Ministros, após análise do relatório final da primeira reunião do Comité de Alto Nível sobre a Segurança Alimentar no espaço UEMOA, criado pela Conferência de Chefes de Estado e de Governo observou os impactos negativos dos défices pluviométricos na produção agrícola na União. Preocupou-se com os resultados pouco satisfatórios da campanha agrícola 2011/2012 nos países da União, principalmente o balanço cerealífero registado em seis (06) países. Os ministros decidiram a criação de um grupo de trabalho para coordenar as medidas de retoma da produção agrícola na União e um mecanismo para acompanhar e avaliar a implementação das ações identificadas. Relatório anual do BCEAO

100 Durante a sua sessão extraordinária de 31 de março de 2012, o Conselho tomou conhecimento dos termos de sanções económicas e financeiras decididas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) contra responsáveis do Comité Nacional de Recuperação da Democracia e Restauração do Estado ( CNRDRE ) e os seus associados nos países membros da CEDEAO. O Conselho manifestou a sua profunda preocupação com a situação sócio-política no Mali e os seus impactos sobre a economia do Mali e da União. O Conselho felicitou os Chefes das Instituições e Organismos da UEMOA pelas medidas conservatórias tomadas para lidar com esta situação. No final dos trabalhos, o Conselho tomou as seguintes decisões: Como medida conservatória, o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), a Comissão da União Económica e Monetária Oeste Africana ( UEMOA ), o Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD), a Comissão Bancária da União Monetária Oeste Africana (UMOA) e o Conselho Regional da Poupança Pública e Mercados Financeiros (CREPMF) não deveriam manter relações com pessoas que têm habilitações concedidas por um Governo legítimo da República do Mali em exercício e reconhecido pela Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União. Na expectativa, o BCEAO foi instruído a suspender toda a movimentação de fundos nas contas abertas nos seus livros em nome do Tesouro público do Mali. Contudo, o BCEAO foi autorizado a proceder à liquidação das transações pendentes relativas a prazos de pagamento de títulos vencidos do Estado do Mali, cuja autorização de depósito da Conta especial de liquidação foi expressamente dada ao Banco antes do início da crise. Da mesma forma, o BCEAO deveria continuar a realizar operações com instituições de crédito no Mali, exceto com aquelas que envolvem o Tesouro público do Mali. Para manter o bom funcionamento dos mercados monetários e financeiros da União, o BCEAO é autorizado a proceder à renovação dos títulos e deveres do Tesouro público do Mali emitidos por adjudicação, com o seu apoio progressivamente com seus prazos até ao retorno de um funcionamento regular das contas do Tesouro do Mali nos livros do Banco Central. O Conselho de Ministros decidiu também tomar as medidas necessárias para garantir a segurança dos bens e do pessoal do BCEAO e do BOAD, nos termos do artigo 39º do Tratado da UMOA, e da Comissão da UEMOA. Na sua reunião extraordinária de 9 de maio de 2012, o Conselho de Ministros examinou o projeto de agenda da 16ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União realizada a 06 de junho de 2012 em Lomé. Durante a sua reunião ordinária de 10 de maio de 2012, o Conselho de Ministros analisou a recente situação económica e financeira da UEMOA e as perspetivas para Os Ministros preocuparam-se com o impacto do abrandamento do crescimento mundial sobre a atividade económica na União, com a má campanha agrícola 2011/2012 nos países do Sael e com as crises sócio-políticas no Mali e na Guiné-Bissau. A consideração desses fatores deveria levar a uma diminuição das previsões de crescimento do PIB para 2012, inicialmente estimadas a 6,4%. Os Ministros observaram um aumento das pressões inflacionárias na União, devido principalmente ao aumento dos preços dos produtos com base em cereais locais e dos géneros alimentícios importados. A esse respeito, congratularam-se com as iniciativas tomadas nos Estados-Membros em causa e a nível da comunidade para reduzir os riscos da insegurança alimentar que afectariam as populações, particularmente os grupos mais vulneráveis. Também, comprometeram-se a agir em sinergia para a implementação de ações com vista a conter o aumento dos preços de bens de grande consumo e incentivar a produção agrícola na União. Relatório anual do BCEAO

101 O Conselho de Ministros aprovou as orientações propostas pelo BCEAO, para o estabelecimento de um quadro jurídico específico que regula o tratamento de contas inativas durante muito tempo nos livros das instituições financeiras dos Estados-Membros da UEMOA. Os Ministros pediram ao BCEAO para finalizar e apresentar, numa das suas sessões vindouras, os projetos de regulamentos que regem essas contas inativas Durante a sua sessão ordinária de 29 de junho de 2012, o Conselho de Ministros, depois de analisar a recente situação económica e financeira da UEMOA, observou que as perspetivas macroeconómicas estão imbuídos de incertezas relativas ao abrandamento da economia mundial e ao impacto das crises sócio-políticas no Mali e na Guiné-Bissau. Assim, a taxa de crescimento real do PIB seria de 5,3% em 2012 contra uma previsão inicial de 6,4%. Neste contexto, o Conselho está particularmente satisfeito com a realização do ponto de conclusão da Iniciativa Países Pobres Muito Endividados (PPME ) por Côte d Ivoire, criando melhores perspetivas para acelerar o crescimento e a redução da pobreza no país, com implicações positivas para todos. O Conselho registou com satisfação a redução das pressões inflacionárias nos últimos anos, particularmente em conexão com as medidas tomadas pelos Estados-Membros e as instituições comunitárias para lutar contra o alto custo de vida. A inflação, medida pelo índice harmonizado de preços ao consumo situou-se a 1,8% numa base anual no final de maio face a 2,8% no final de fevereiro de Neste contexto, o Conselho saudou a diminuição da taxa de referência do BCEAO de vinte e cinco (25) pontos de base, a fim de contribuir para a criação de condições de um crescimento mais forte na União. Para aproveitar ao máximo a flexibilização da política monetária, o Conselho incitou os Estados-Membros a insistirem no aprofundamento das reformas das finanças públicas, a qualidade da despesa pública, bem como as medidas para estimular investimentos produtivos nos setores de crescimento Também, o Conselho aprovou as contas do BCEAO e procedeu à aplicação de recursos financeiros Na sua sessão ordinária de 28 de setembro de 2012, ao examinar a situação monetária, económica e financeira da União, o Conselho de Ministros registou com satisfação a redução das pressões inflacionárias, graças aos esforços dos Estados-Membros para lutar contra o alto custo da vida e a redução dos preços dos combustíveis em alguns Estados. A taxa de inflação foi de 1,5 % em variação homóloga no final de junho, face a 2,5 % no final de março de Os Ministros observaram o bom desenrolar da campanha agrícola 2012 / 2013, que fortalece as perspetivas de recuperação do crescimento económico na União, o que chegaria a 5,3% em termos reais, em 2012, face a 0,6 % em No entanto, o Conselho preocupou-se com evoluções desfavoráveis da conjuntura internacional que poderiam afetar os desempenhos da União. Estas afetarão também a persistência da situação de segurança alimentar em alguns Estados-Membros. Para consolidar o crescimento económico na União, os Ministros insistiram sobre a continuação das reformas estruturais de forma a criar as condições para a mobilização de recursos internos e externos em prol de investimentos próprios com vista a aumentar e diversificar a produção. Relatório anual do BCEAO

102 No âmbito da implementação das reformas destinadas a aprofundar o sector financeiro, o Conselho aprovou o projeto de lei uniforme sobre o tratamento das contas inativas nos livros de instituições financeiras dos Estados-Membros da União. Também, os Ministros acordaram sobre as diretrizes propostas pelo Banco Central com vista à criação de um sistema de proteção de depósitos das instituições financeiras na UMOA e deram instruções ao BCEAO para continuar os procedimentos que devem chegar à criação de um fundo de Garantia de depósitos na União. O Conselho de Ministros aprovou a lista de empresas e respetivos suplentes, para a auditoria das contas do BCEAO para os anos 2012, 2013 e Durante a sua reunião ordinária de 14 de dezembro de 2012, ao examinar a situação monetária, económica e financeira da União, o Conselho de Ministros felicitou-se dos desempenhos em termos de crescimento económico, graças à melhoria significativa da produção no final da campanha agrícola 2012/2013, da forte recuperação da atividade económica em Côte d Ivoire, bem como do aumento da produção de ouro e petróleo. As últimas previsões referem uma taxa de crescimento do PIB real de 5,8% para 2012, depois de 0,6 % em O Conselho registou uma ligeira subida da inflação que se situa, numa variação homóloga, a 2,7 % em setembro de 2012, depois de 2,1% em junho de Este aumento do nível geral dos preços está relacionado com o aumento dos preços dos cereais locais e produtos da pesca, bem como o ajustamento do aumento dos preços dos combustíveis em alguns Estados. Contudo, a inflação registou uma desacelaração no quarto trimestre de 2012, em conexão com um abastecimento adequado dos mercados em cereais locais a partir da campanha agrícola 2012/2013. Para alcançar uma consolidação do crescimento económico na União e a redução da pobreza, os Ministros salientaram a necessidade urgente de implementação de políticas públicas que promovam a melhoria do clima dos negócios e da governação. Também, insistiram sobre a necessidade de continuar os esforços para acelerar a implementação dos projetos de infraestruturas económicas e sociais. O Conselho aprovou as conclusões do relatório do Grupo de Trabalho Estados-BCEAO responsável pela formulação de propostas de medidas para a preservação e o fortalecimento da sustentabilidade do sector das microfinanças na UMOA. Convidou os Estados-Membros e o BCEAO a implementar rapidamente o plano de ações previsto, tendo em conta a especificidade de cada país. O Conselho aprovou também o projeto de Decreto uniforme que autoriza as instituições financeiras com caráter bancário a aceitarem depósitos de fundos do público. Na óptica de um alinhamento das legislações nacionais em vigor com o novo Regulamento sobre as relações financeiras externas dos Estados-Membros da UEMOA, o Conselho aprovou o projeto de Lei uniforme sobre o litígio das infrações à regulamentação das relações financeiras externas dos Estados-Membros da União, bem como os seus dois decretos. A esse respeito, o Conselho incentivou todos os Estados-Membros a cumprirem os procedimentos necessários para a inserção deste texto da lei no ordenamento jurídico interno de cada Estado, até 31 de Dezembro de O Conselho definiu também 31 de dezembro de 2013, como o prazo para a aprovação e a promulgação pelos Parlamentos nacionais da Lei Uniforme sobre o tratamento das contas inativas nos livros de instituições financeiras, cuja entrada em vigor está prevista para 1 de Janeiro de Relatório anual do BCEAO

103 O Conselho aprovou também a diminuição de 75% a 50% da norma prudencial relativa ao fator de cobertura de empregos a médio e longo prazo, a partir de 1 de Janeiro de Finalmente, O Conselho revogou a partir da mesma data, o rácio de estrutura da carteira das instituições de crédito Comité de Política Monetária do BCEAO O Comité de Política Monetária ( CPM) do BCEAO realizou quatro (04) reuniões ordinárias, sob a presidência do Sr. Tiémoko Meyliet KONE, o Governador do Banco Central, o Presidente estatutário, respetivamente a 7 de março de 2012, 11 de junho de 2012, 05 de setembro de 2012 e 07 de dezembro de 2012 na Sede do BCEAO em Dakar. Durante a sua reunião ordinária de 7 de março de 2012, o Comité examinou a situação económica, financeira e monetária da União Monetária Oeste Africana (UMOA), à luz da recente evolução da conjuntura internacional. Analisou particularmente, os fatores de risco que possam influenciar a estabilidade dos preços e as perspetivas de crescimento económico na União. O Comité observou que, desde o início do ano de 2012, a taxa de inflação apresenta uma tendência para o aumento, devido ao impacto da má campanha agrícola 2011/2012 nos preços de cereais locais, particularmente nos países do Sael. Assim, estima-se a taxa de inflação anual a 2,9 %, para o mês de fevereiro de 2012, face a 2,5% em dezembro de As perspetivas a médio prazo prevêem que a inflação permaneceria a um nível elevado e que a taxa de inflação variaria entre 3,0 % e 3,6 % nos três primeiros trimestres de 2012, antes de descer a partir de outubro de 2012, sob o pressuposto de uma boa campanha agrícola 2012/2013. Além disso, as previsões situaram a inflação a 2,6% prevista no horizonte de vinte e quatro (24) meses, aquém do limite superior do objetivo da estabilidade dos preços. Tendo em conta os riscos sobre a inflação, os membros do CPM recomendaram aos Estados- Membros da União a implementação diligente das ações identificadas na sessão extraordinária do Conselho de Ministros de 20 de Fevereiro de 2012, relativas à segurança alimentar e à revitalização da produção agrícola no espaço UEMOA, em particular as que visam um bom abastecimento dos mercados de cereais da União, o desenvolvimento de instalações de armazenamento, o controlo da água e o aumento da produção de culturas fora da época. Analisando a conjuntura económica, os membros do CPM notaram que os Estados-Membros da UEMOA continuarão a evoluir em 2012 num contexto internacional pouco propício, marcado por um abrandamento do crescimento mundial. Também, a situação da União deveria sofrer com a má campanha agrícola 2011/2012. O CPM notou que esses fatores lançaram dúvidas sobre a realização das previsões de crescimento para 2012, que poderiam estar aquém da taxa de 6,4% prevista inicialmente. A análise das condições monetárias mostra que a liquidez bancária diminuiu de forma significativa desde o segundo semestre de Além dos fatores conjunturais, esta evolução resultou das mudanças estruturais que ocorrem nas economias da União, ocasionando importantes necessidades de financiamento para a realização de investimentos públicos e privados em curso. Esta situação ocasiona uma tensão sobre as taxas de juros do mercado monetário. Relatório anual do BCEAO

104 Em perspetiva, a procura de liquidez dos bancos poderia manter-se a um nível elevado, tendo em conta a quantidade de recursos necessários para cobrir as necessidades de financiamento expressas pelos Estados para o ano de Com base nas análises anteriores, o Comité de Política Monetária decidiu manter as taxas de juro de referência do BCEAO ao seu nível atual. Assim, a taxa de juro mínima de proposta a operações de chamadas para ofertas e a taxa de juro das operações no balcão de crédito são fixadas a 3,25% e 4,25 % respetivamente. Além disso, a fim de diminuir as restrições sobre a liquidez bancária e fortalecer as condições para um financiamento adequado da economia, o CPM decidiu reduzir o coeficiente de reservas obrigatórias para 5,0% para todos os bancos dos países da União, seja um decréscimo de dois (2) pontos percentuais, com data efetiva a 16 de Março de O Comité de Política Monetária monitorará atentamente a evolução da inflação, particularmente quanto aos riscos relacionados com o impacto sobre os preços da má camapanha agrícola 2011/2012. Durante a sua sessão ordinária de 11 de junho de 2012, o Comité examinou a situação económica, monetária e financeira da União Monetária Oeste Africana (UMOA), à luz da recente evolução da conjuntura internacional. Analisou, em particular, os fatores de risco que podem influenciar a estabilidade dos preços e as perspetivas de crescimento económico na União. O Comité observou uma atenuação do ritmo de evolução do nível geral dos preços ao consumo na União, nos últimos tempos, graças a medidas implementadas a nível nacional e regional com vista a lutar contra o alto custo de vida e mitigar os efeitos de choques de oferta. Assim, a taxa de inflação subiu de 2,3% no final de janeiro de 2012 para 2,8% no final de fevereiro de 2012, e 2,5% no final de março de 2012 para se fixar a 0,6% em abril de As perspetivas a médio prazo revelam que a taxa de inflação deverá ser coerente com o objetivo da estabilidade dos preços na União. Situar-se-ia em torno de 2,0% a médio prazo, sob o pressuposto de uma campanha agrícola 2012/2013 normal. Analisando a conjuntura, os membros do Comité de Política Monetária notaram que o crescimento económico da União para 2012 seria melhor do que o de 2011, devido à rápida recuperação da atividade em Côte d Ivoire, ao dinamismo do sector das minas e a continuação dos investimentos públicos nas infraestruturas. Contudo, existem preocupações devido ao impacto das crises sóciopolíticas no Mali e na Guiné-Bissau, bem como incertezas suscitadas pelo contexto internacional. Tendo em conta essas incertezas, as últimas estimativas situam a taxa de crescimento real do Produto interno Bruto da União para 5,3% em 2012 face a uma previsão inicial de 6,4% realizada em novembro de Com base na apreciação do balanço de riscos, o Comité de Política Monetária decidiu baixar a taxa de juro de referência do BCEAO de 25 pontos de base. A taxa de juro mínima de proposta a operações de chamadas para ofertas de injeção de liquidez e a taxa de juro do balcão de crédito do BCEAO são fixadas a 3,00 % e 4,00 %, respetivamente com data efetiva a 16 de junho de Relatório anual do BCEAO

105 Além das medidas tomadas em matéria de taxas de juro, o Comité de Política Monetária salientou a necessidade para os Estados-Membros continuarem os esforços de saneamento das finanças públicas e implementação das reformas estruturais com vista a fortalecer as bases de retoma do crescimento económico na UMOA. A nível do mercado monetário, o Comité concluiu que as tensões que tinham justificado uma diminuição do coeficiente de reservas obrigatórias em março de 2012 começaram a dissipar-se. A taxa média ponderada no subfundo a uma semana do mercado interbancário que era de 4,67% em março de 2012 baixou para 4,25% em maio de Por isso o Comité decidiu manter inalterado o coeficiente de reservas obrigatórias aplicável aos bancos ao seu nível de 5,0%, em vigor desde 16 de março de Na sua reunião ordinária de 5 de setembro de 2012, a Comité examinou a situação económicofinanceira e monetária da União Monetária Oeste Africana (UMOA), à luz da evolução recente da conjuntura internacional. Analisou, em particular, os fatores de risco que podem influenciar a estabilidade dos preços e as perspetivas de crescimento económico na União O Comité observou a continuação da moderação das tensões inflacionárias na UMOA. Assim, a taxa de inflação situou-se a 1,5 % numa variação homóloga no segundo trimestre de 2012, de 2,5% no trimestre anterior. As perspetivas a médio prazo indicam que a taxa de inflação deverá ser coerente com o objectivo da estabilidade dos preços na União. Situar-se-ia em torno de 2,3 % numa variação homóloga a médio prazo, no caso de uma campanha agrícola 2012 /2013 normal. Analisando a situação económica, os membros do Comité de Política Monetária observaram que os indicadores conjunturais disponíveis confirmam o abrandamento do crescimento da economia mundial em 2012, num contexto de tensões nos mercados financeiros internacionais. As previsões disponíveis prevêm uma taxa de crescimento da União de 5,3% em A nível do mercado monetário, o Comité observou que a diminuição de 25 pontos base das taxas de referência do BCEAO ocorrida a 16 de junho de 2012 teve repercussões nas taxas dos mercados monetários. Na verdade, as taxas de juro no subfundo a uma semana do mercado interbancário caíram de 4,67% em média, em março de 2012 para 4,03% em julho de Além disso, observou-se uma redução das taxas de juro das emissões de títulos do Tesouro. Como ilustração, a taxa média ponderada das emissões de títulos dotesouro a 12 meses caiu de 6,26% no segundo trimestre de 2012 para 5,76% em julho de Com base nessas análises, o Comité de Política Monetária decidiu manter inalteradas as taxas de referência aos seus níveis atuais. A taxa de juro mínima de proposta às operações de chamadas para ofertas de injeção de liquidez e a taxa de juro do balcão de crédito marginal mantiveram-se a 3,00 % e 4,00% respetivamente. Também, o Comité decidiu manter inalterado o coeficiente de reservas obrigatórias aplicável aos bancos ao seu nível de 5,0%, em vigor desde 16 de março de Por seu torno os Estados-Membros foram incentivados a continuar e reforçar as ações estruturais já empreendidas para melhorar a produção agrícola na União, com vista ajudar a conter o aumento dos preços a curto e médio prazo. Relatório anual do BCEAO

106 Na sua sessão ordinária de 07 de dezembro de 2012 o Comité examinou a situação económica, monetária e financeira da União Monetária Oeste Africana (UMOA), à luz da recente evolução da conjuntura internacional. Analisou, em particular, os factores de risco que podem influenciar a estabilidade dos preços e as perspetivas de crescimento económico na União. Analisando a evolução da inflação, o Comité observou um ligeiro aumento do índice harmonizado dos preços ao consumo no terceiro trimestre. Numa variação homóloga, a taxa de inflação subiu de 2,1 % em junho para 2,7 % no final de Setembro de 2012, devido ao ajustamento do aumento dos preços dos combustíveis em alguns Estados-Membros e do aumento dos preços dos cereais locais e produtos da pesca. A inflação deveria registar uma desaceleração no quarto trimestre de 2012 situando-se a 2,5 % no final de dezembro. O melhor abastecimento dos mercados de cereais seria o principal fator que explica a queda da inflação. As previsões da inflação a médio prazo estão globalmente conformes ao objectivo da estabilidade dos preços visado na União. Em média a taxa de inflação situar-se-ia a 2,3% em 2012 contra 3,8% em Num horizonte de 24 meses, prevê-se esta a 2,4%. A evolução dos indicadores da conjuntura indica que a atividade económica na UMOA continua a reforçar-se, particularmente nos sectores secundário e terciário. O índice da produção industrial aumentou de 3,0 % no terceiro trimestre, após aumentos de 1,4% e 3,2% no primeiro e segundo trimestre de O índice do volume de negócios do comércio a retalho registou um aumento líquido de 17,6 % nos primeiros nove meses do ano em comparação com o aumento de 6,5 % no período de Examinando as perspetivas de crescimento económico na União, a Comité estimou que os desempenhos em termos de crescimento seriam melhores do que o previsto. As últimas estimativas indicam um aumento no produto interno bruto da União de 5,8% em 2012, seja um aumento de 0,5 pontos percentuais em relação às previsões feitas há três meses. Para o ano 2013, o crescimento económico deveria acelerar-se para alcançar 6,5%. Seria apoiado pelos esforços dos Estados- Membros com vista a aumentar os investimentos nos sectores prioritários como a agricultura e as infraestruturas de base. As condições monetárias mantiveram-se favoráveis. As taxas de juro no mercado monetário vão diminuindo. A taxa média ponderada das operações interbancárias a uma semana situou-se em média a 4,13 %, no terceiro trimestre, face a 4,24 % no segundo trimestre de A taxa média ponderada das emissões de títulos do Tesouro situou-se a 5,63% no terceiro trimestre, face a 5,72% no trimestre precedente. Com base nessas análises, o Comité de Política Monetária decidiu manter inalteradas as taxas de referência aos seus níveis atuais. A taxa de juro mínima de proposta às operações de chamadas para ofertas de injeção de liquidez e a taxa de juro do balcão de crédito são fixadas a 3,00 % e 4,00% respetivamente Também, o Comité decidiu manter inalterado o coeficiente de reservas obrigatórias aplicável aos bancos ao seu nível de 5,0%, em vigor desde 16 de março de A Comité exortou os Estados-Membros para acelerar a implementação das ações identificadas a nível nacional e regional com vista a apoiar a produção agrícola e contribuir para a redução dos preços dos géneros alimentícios. Também, recomendou a continuação dos esforços para melhorar o nível e a qualidade das infraestruturas necessárias para acelerar o crescimento económico. Os membros do Comité acordaram manter uma vigilância constante no acompanhamento da evolução dos preços a fim de tomar, se necessário, as medidas adequadas. Relatório anual do BCEAO

107 6.1.4 Conselho de Administração do BCEAO O Conselho de Administração do BCEAO realizou duas (02) sessões ordinárias, sob a presidência do Sr. Tiémoko Meyliet KONE, governador do Banco Central, o seu presidente legal, respetivamente, a 28 de junho de 2012 na sede do BCEAO em Dakar e a 13 de dezembro de 2012 na Agência do BCEAO em Niamey. Durante o exercício revisto, a composição do Conselho registou as seguintes alterações: - para a República do Benim, a Sra. Fátima Sekou MADOUGOU, Diretora Geral do Tesouro e Contabilidade Pública foi nomeada Administradora a partir de 15 de junho de 2012, em substituição do Sr. Alexis Boaventura HOUEHA ; para a República da Guiné-Bissau, Jorge Aníbal Pereira, Diretor Geral do Tesouro foi nomeado Administrador do BCEAO a partir de 15 junho de 2012, em substituição de João Viriato Barbosa RODRIGUES ; para a República do Togo, o Sr. Kodjo Tépé-Sévon ADEDZE, Diretor Geral da Alfândega foi nomeado Administrador do BCEAO, a partir de 11 de setembro de 2012 em substituição do Sr. Badawasso Tchanenzy GNARO ; para a República francesa, o Sr. Arnaud BUISSE, Diretor Adjunto responsável pelos Assuntos Financeiros Multilaterais e Desenvolvimento na Direção Geral do Tesouro foi nomeado Administrador do BCEAO, a partir de 04 de setembro de 2012, em substituição do Sr. Yves CHARPENTIER. Na sua reunião ordinária de 28 de junho de 2012, o Conselho analisou e aprovou as contas do BCEAO a 31 de dezembro de Assim, decidiu submetê-las para a próxima sessão ordinária do Conselho de Ministros da União. Neste sentido, felicitou o Banco Central pelos resultados alcançados num contexto económico e financeiro difícil. Além disso, o Conselho autorizou o Banco Central a adquirir 10 (dez) ações adicionais que lhe foram atribuídas pela Sociedade SWIFT, em linha com o desenvolvimento das operações efetuadas pelos Estados-Membros da UE através deste canal. Na sua reunião ordinária de 14 de dezembro de 2012, os membros do Conselho examinaram e aprovaram o orçamento do Instituto de emissão para o exercício de Além disso, o Conselho de Administração tomou nota do trabalho do Comité de Auditoria do BCEAO, que se reuniu na quarta-feira, 12 de dezembro de 2012 na Agência Principal do BCEAO em Niamey, para o programa de controlo das estruturas do Banco Central para 2013 e o programa de trabalho do Comité para o mesmo ano Comité de Auditoria do BCEAO O Comité de Auditoria do BCEAO realizou três (03) reuniões, sob a presidência do Sr. Abdoulaye TOURE, o Presidente estatutário, respetivamente, a 26 e 27 de Junho de 2012, na Sede do BCEAO em Dakar, a 24 de setembro de 2012 na Agência Principal do BCEAO em Cotonou e a 12 de Dezembro de 2012 na Agência Principal do BCEAO em Niamey. Relatório anual do BCEAO

108 6.2 ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO Gestão dos recursos humanos Organigrama e medidas individuais O organigrama do Banco Central sofreu alterações durante o ano 2009 e, em termos de medidas individuais, foram tomadas decisões de nomeação Pessoal A 31 de dezembro de 2012, o pessoal total do Banco Central, todos os corpos combinados, totalizaram agentes face a agentes no final de dezembro de Este número é constituído por agentes que operam nos locais do BCEAO e 53 agentes destacados ou em disponibilidade. O pessoal em atividade, dividido entre a Sede, as 08 Agências Principais, as 12 Agências Auxiliares, as Representações e a Secretaria Geral da Comissão Bancária da UMOA, aumentou de 121 pessoas, incluindo 10 agentes que reintegraram o Banco, seja um aumento de 3,47 % em relação ao seu nível a 31 de dezembro de Com um pessoal constituido por agentes, dos quais 70 membros da Alta Administração e Diretores, o pessoal de enquadramento representa 33,04 % do pessoal em atividade. Este número registou um aumento de 19 agentes desde 31 de dezembro de O pessoal Administrativo e Técnico representa 66,47 % do pessoal em atividade a 31 de dezembro de O número deste corpo aumentou de 102 pessoas em relação a o de 31 de Dezembro do ano anterior. Para cada local, o número total do pessoal em atividade a 31 de dezembro de 2012 é como segue: - Sede : 711 agentes ; - Direções Nacionais (Agências Principais e Auxiliares) : agentes ; - Representação do BCEAO junto das Instituições Europeias de Cooperação : 4 agentes ; - Representação do Governador junto da Comissão da UEMOA : 10 agentes ; - Secretaria Geral da Comissão Bancária da UMOA : 104 agentes. Em relação ao pessoal por género a 31 de Dezembro de 2012, o pessoal masculino representa 61, 94% e conta agentes, ao passo que para o pessoal feminino, a percentagem é de 38,06%, seja agentes. A evolução do número do pessoal em atividade por ofício desde 1995, bem como as informações relativas à aposentadoria estão juntas em anexo.. Relatório anual do BCEAO

109 Gráfico 11 : Evolução do pessoal do BCEAO de 1994 a Pessoal não quadro Pessoal de enquadramento Membros da alta direção e Direores Fonte : BCEAO Formação Durante o exercício de 2012, o programa do Centro Oeste Africano de Formação e Estudos Bancários (COFEB) abrangeu as áreas relativas às ações de formação para o pessoal do BCEAO por um lado, e, por outro lado, para os agentes das administrações económicas e financeiras bem como das instituições de crédito da União e dos bancos centrais parceiros. Para as atividades correntes, o Centro implementou aulas e seminários em regime presencial e por visioconferência. Ações de formação decentralizadas foram realizadas em sítios distantes. As temáticas desenvolvidas durante estas sessões são relativas principalmente às áreas de especialização do Banco Central. Também, uma parte da formação do pessoal realizou-se na forma de inscrições de agentes do BCEAO a estágios e formações organizados por outras instituições ou organismos de formação. No total, essas formações interessaram dois mil e setenta e seis (2.876) agentes repartidos da seguinte forma : agentes para as quarenta e cinco (45) sessões de formação em regime presencial organizadas na Sede ; 891 participantes para as nove (9) ações de formação por visioconferência ; participantes para as quarenta e uma (41) ações de formação descentralizadas que se realizaram nos sítios distantes ; Relatório anual do BCEAO

110 91 agentes para os sessenta e dois (62) estágios e estadias de informação realizados junto dos parceiros e organismos de formação exteriores ; 236 agentes no âmbito do treinamento online. No âmbito das atividades específicas que visam melhorar as capacidades e os desempenhos operacionais dos agentes do BCEAO, o COFEB realizou a 4 de março de 2012, uma conferênciaatualidade sobre o tema : «os Bancos Centrais à prova das crises financeiras e soberanas», animada pelo Senhor Gilles MORISSON do Banco de França. Outra ação prevista no âmbito do reforço da cultura económica dos agentes do Banco foi relativa à criação e difusão, para agentes do BCEAO, duma publicação designada «Apêndices do COFEB». Trata-se de documentos sintéticos e didáticos sobre temas em relação direta com as principais áreas de especialização do BCEAO e/ou os principais temas económicos e financeiros recorrentes cujo domínio é julgado indispensável por todo o pessoal do Banco. O primeiro número foi publicado em setembro de 2012 sobre o tema : «Moeda e Política monetária do BCEAO». Foi publicado na intranet em formato papel e online. No âmbito das ações de formação em prol dos agentes das administrações económicas e financeiras bem como das instituições de crédito da União, as ações realizadas são as seguintes : A organização de cursos da 34 a promoção do COFEB para o ano académico Esta promoção é composta por trinta e seis(36) auditores dos quais trinta e cinco (35) provenientes das administrações económicas e financeiras dos Estados-Membros da União e um (1) agente do Banco Central da República de Guiné ; A preparação e organização do teste de pré-requisitos para a seleção dos auditores da 35 a promoção do ciclo de formação a 20 de junho de A reunião do Comité Científico que deliberou sobre os resultados realizou-se a 26 de julho de 2012, um teste de recuperação foi organizado a 14 de Novembro de 2012 para os Estados que não tinham alcançado cota requerida de cinco (5) bolsas concedidas pelo BCEAO, a saber a Côte d Ivoire, a Guiné- Bissau, o Mali e o Senegal ; A elaboração de um programa de formação para agentes das instituições de crédito da União no âmbito das ações prioritárias que constam na declaração de missão do Diretor Geral dos Recursos Humanos e da Formação. Este programa foi concebido no fim de um processo participativo que permitiu distinguir as três (3) categorias, nomeadamente as ações de formação relativas às obrigações regulamentares das instituições de crédito, as sessões cujos temas se relacionam com as áreas de especialização das intituiçõoes de crédito bem como as formações transversais sobre a gestão e a liderança ; A organização de seis (6) seminários regionais no âmbito dos programas de ações exteriores de formação. Estes seminários registaram a participação de cento e dezassete (117) agentes provenientes das administrações económicas e financeiras dos Estados da União e dos Bancos Centrais da Mauritânia, República da Guiné e do Burundi. Estas ações de formação incidiram sobre a avaliação das políticas públicas, gestão macroeconómica, quadro de formulação das estratégias a médio prazo de gestão da dívida, técnicas de previsão económica e análise conjuntural, gestão dos bancos em dificuldade e resolução das crises bancárias bem como a planificação e programação dos investimentos públicos. Relatório anual do BCEAO

111 Por outro lado, no âmbito do reforço da parceria exterior, com vista a diversificar as formações ministradas e melhorar de forma significativa o nível da oferta, o COFEB tomou medidas com vista a desenvolver uma parceria com instituições de formação de renome em França e na Grã Bretanha. O objetivo visado é disponibilizar para o público alvo (pessoal do BCEAO e quadros das instituições de crédito da UMOA), produtos de formação de qualidade conformes às normas internacionais. Neste âmbito, foi assinado um protocolo de acordo de cooperação com HEC-Paris, a 13 de dezembro de 2012 em Dakar. As diligências relativas à materialização dos projetos de cooperação com as outras escolas continuam. Do mesmo modo, o COFEB continua a formalização das parcerias com os institutos de formação dos outros bancos centrais e instituições financeiras internacionais (Instituto Bancário e Financeiro Internacional (IBFI) do Banco de França e Bank Al Maghrib) Evolução da rede do BCEAO Durante o ano, foi retomado o processo de reconstrução dos prédios das Agências Auxiliares de Bouaké e de Man e de restauração da Agência Auxiliar de Korhogo, interrompido em 2010 e 2011 devido à crise pós-eleitoral em Côte d Ivoire. Todos os gabinetes de estudos que devem atuar nestes projetos foram selecionados após concursos públicos em setembro de Quanto à escolha de arquitetos, concursos de arquitetura lançados em setembro e outubro de 2012 permitiram selecionar os projetos cuja realização arrancará em Sistema de informação e comunicação Durante o exercício 2012, o Banco Central continuou as ações visando tornar o seu sistema de informação mais integrado e performante. Neste âmbito, foi prosseguido o projeto de reformulação do Centro de tratamento iniciado em O novo Datacenter, que comecerá a funcionar no primeiro trimestre do ano 2013 proporcionará uma melhor disponibilidade dos sistemas e das aplicações. Garantirá um nível de serviço elevado às estruturas internas do Banco bem como às instituições de crédito, utilizadoras dos sistemas de pagamento. Na área das infraestruturas redes, o Banco instalou uma ligação de socorro por satélite com vista a proteger-se contra uma eventual falha dos acessos internet alugados junto dos operadores locais. Além disso, o Instituto de emissão reforçou a sua rede de telecomunicação aumentando a capacidade do segmento espacial utlizado no satélite. Esta evolução permite antecipar as necessidades futuras, sobretudo o funcionamento do sistema automatizado de gestão dos títulos e da liquidez (TRESOr) e a criação do site de socorro. O Banco Central procedeu também à reformulação do seu sistema de vídeoconferência renovando os equipamentos obsoletas e optimizando a utilização da largura da banda da rede VSAT. O novo sistema proporciona uma qualidade de imagem e alta definição. No que se refere a desenvolvimentos informáticos, a atividade incidiu sobre a reformulação do Portal Intranet que doravante proporciona novas funcionalidades que contribuirão para a melhoria da comunicação e do trabalho colaborativo. Relatório anual do BCEAO

112 Finalmente, no plano organizacional, o Banco adquiriu um novo quadro metodológico para melhor controlar a gestão dos seus projetos informáticos. Neste âmbito, o projeto de reformulação do Centro de tratamento iniciado em 2011, continuou. O novo Datacenter, que comecerá a funcionar no primeiro trimestre do ano 2013, proporcionará uma melhor disponibilidade dos sistemas e das aplicações. Garantirá um nível de serviço elevado às estruturas internas do Banco bem como às instituições de crédito, utilizadoras dos sistemas de pagamento Modernização da documentação e dos arquivos No âmbito da modernização das funções documentação e arquivos, foi criado um sistema integrado que permite partilhar os recursos arquivísticos e documentários em todos os sítios do BCEAO. Durante o ano 2012, foram realizadas duas (2) ações no âmbito da documentação. Centraram na criação de uma nova versão do software documentário utilizado no Banco Central e na capacitação dos documentalistas e arquivistas. Foi realizada a migração da base de dados documentais, que reúne as notas bibliográficas da Sede, das Direções Nacionais e da Secretaria Geral da Commissão Bancária da UMOA para uma nova versão do referido software. Esta versão designada «Full Web», mais convivial, contribui para a dinâmica de melhoria contínua dos desempenhos em matéria de gestão da documentação. No total, foram formados na utilização deste software dezasseis (16) agentes do BCEAO e da Secretaria Geral da Comissão Bancária da UMOA Dispositivos de gestão dos riscos e atividades de controlo As ações realizadas durante o ano 2012 inscrevem-se no âmbito das atividades de controlo das operações da Inspeção e Auditoria Interna bem como da coordenação dos trabalhos de controlo externo. Também foram relativas à continuação das obras e projetos iniciados, particularmente a gestão de continuidade das atividades e gestão de crise. O reforço das competências dos atores do controlo foi também prosseguido. No âmbito do controlo das operações ou controlo de primeiro nível, as atividades realizadas foram relativas essencialmente à exploração dos diferentes relatórios de controlo bem como ao seguimento da implementação das recomendações. Assim, a exploração dos relatórios das operações permitiu garantir o acompanhamento da implementação das recomendações dos diferentes serviços de controlo. A este respeito, as sínteses trimestrais relativas às anomalias notadas, causas destes disfuncionamentos, níveis de implementação das recomendações bem como à análise dos riscos incorridos pelo Banco Central, foram elaboradas. Por outro lado, as revistas trimestrais do cumprimento das regras promulgadas em matéria de investimento das reservas cambiais do BCEAO foram realizadas e enviadas ao Comité de Orientação e Supervisão da Gestão das Reservas Cambiais (COSGRC) pelo Revisor Geral. Os diferentes Obras e projetos iniciados em 2011 com vista a melhorar o funcionamento do sistema de controlo e a análise dos riscos continuaram. Relatório anual do BCEAO

113 Assim, o Governo do Banco Central validou a nota de orientação da re-estruturação do sistema de gestão dos riscos do BCEAO e um grupo de projeto composto por representantes das diferentes estruturas do Banco foi criado. O arranque do projeto foi marcado por uma importante mensagem do Governador publicada a 06 de dezembro de Quanto à gestão da continuidade da atividade e gestão de crise, os trabalhos do projeto de realização do plano de continuidade de atividade (PCA) foram finalizados por missões itinerantes dos membros do Comité Técnico do projeto em todos os sítios do Instituto de emissão, exceta a Direção Nacional do BCEAO para o Níger e a Representação junto das Instituições Européias de Cooperação. As missões a nível destes dois sítios são previstas durante o ano O primeiro teste do dispositivo de continuidade de atividade foi realizado na quinta-feira 29 de novembro de 2012 a fim de avaliar as ferramentas de gestão de crise bem como a reação das estruturas operacionais e de gestão crise em questão. Os resultados deste teste permitiram proceder à recolha dos trabalhos do projeto durante o Comité de Pilotagem realizado a 05 de dezembro de Durante este Comité, o arranque da fase de manutenção em condição operacional do dispositivo de gestão de crise e de continuidade de atividade do BCEAO também foi aprovado. A decisão relativa à criação dos orgãos permanentes de gestão de crise e segurança do Banco Central dos Estados da África Ocidental foi revista. Teve em conta a reorganização dos serviços do Banco ocorrida em janeiro de 2012 e os resultados dos trabalhos do Plano de Continuidade de Atividade (PCA). No que diz respeito ao reforço das competências dos atores responsáveis pela prevenção dos riscos e controlo de primeiro nível, traduziu-se em 2012 pela realização de várias ações de formação. As atividades de formação durante o período registaram a participação de dois (2) agentes da Direção da Prevenção dos Riscos (DPR) nos seminários sobre os temas : «A gestão dos riscos segundo ISO 31000» e «Desenrolar um sistema de gestão global dos riscos» realizados por AFNOR em Paris de 2 a 7 de abril de 2012 e de 24 a 26 de setembro de A DPR participou também na sessão de formação sobre a avaliação dos dispositivos de salvaguarda dos bancos centrais realizada conjuntamente pelo Departamento Financeiro do FMI e pela Parceria Multilateral para África (PMA) em Tunis de 16 a 20 de Abril de Além do mais, a DPR participou em Paris, no seminário sobre a governação dum banco central realizado pelo Instituto Bancário e Financeiro Internacional (IBFI) de 24 a 27 de setembro de Também participou no seminário de formação sobre a auditoria e o risk management num Banco Central, organizado pelo Instituto Bancário e Financeiro Internacional (IBFI) em Paris de 8 a 12 de outubro de Por último, um seminário animado pelo gabinete 2B Consulting foi organizado pela Direção da Prevenção dos Riscos sobre o tema : «O controlo interno num banco central», de 17 a 22 de dezembro de 2012 na Sede do BCEAO para agentes da DPR e Revisores das operações. No âmbito do controlo de segundo nível, as atividades desenrolaram-se no quadro da implementação do programa dos controlos da Direção da Inspeção e Auditorias (DIA) adotado pelo Governador e aprovado pelo Comité de Auditoria do BCEAO. Este programa teve em conta as missões não realizadas em 2011, o perfil de riscos das entidades incluídas no perímetro de auditoria do Banco bem como pedidos específicos expressos pelas autoridades. Relatório anual do BCEAO

114 Assim, procedeu à avaliação do domínio das atividades pelas estruturas operacionais e à apreciação da conformidade às instruções ou disposições regulamentares em vigor. Missões de auditoria foram realizadas numa (1) Direção dos Serviços Centrais sobre as transferências emitidas fora da UEMOA. Também auditorias foram realizadas sobre os efetivos da Caixa e o processo de tratamento das notas anuladas, respetivamente em duas (2) Agências Principais. Também foi o mesmo para as áreas de riscos numa (1) Agência Principal e numa (1) Agência Auxiliar. Além disso, as atividades dos projetos monéticas duma (1) Estrutura relacionada com o BCEAO foram auditadas. Tratando-se das missões de verificação de depósitos e de destrução de notas anuladas, foram relativas a seis (6) Agências Principais e onze (11) Agências Auxiliares. Estas operações permitiram descongestionar os cofres dos sítios visitados e apreciar o cumprimento das normas regulamentares de ocupação dos seus compartimentos à luz da limitação dos riscos de património e emissão associados à conservação dos valores. Quanto às missões específicas e as solicitadas em curso de exercício pelas autoridades do Banco, centraram-se no incidente de Caixa no Burkina Faso, uma assistência à devolução de escrituras do período de fecho temporário da rede do BCEAO em Côte d Ivoire em 2011 e a procura dos justificativos que devem permitir a restituição dos depósitos do Tesouro marfinense nas Agências fechadas no país desde Também, trinta e oito (38) transferências de serviço e cargos foram supervisionados em vários locais do Banco. Estas passações são consecutivas às nomeações de responsáveis pelo Senhor Governador no âmbito da reorganização dos Serviços do Banco, ocorrida em No âmbito da capacitação contínua dos Auditores, várias ações de formação foram realizadas. Dois seminários sobre temas de auditoria interna animados por dois (2) Bancos Centrais parceiros do BCEAO (Banco de França e Bank Al-Maghrib) bem como o Institute of Internal Auditors (IIA- Senegal), foram organizados para todos os Auditores. Também para o Senegal, foram iniciados estágios de formação e informação nas Direções e Serviços Centrais da Sede e na Direção Nacional do BCEAO a favor dos agentes colocados, transferidos e recrutados durante o ano Também estágios de formação qualificante foram realizados junto dos dois (2) bancos centrais parceiros acima referidos, por seis (6) novos Chefes de Missão. Estas estadias foram uma fonte de enriquecimento individual e coletivo, à luz das experiências partilhadas. Permitiram compreender as melhorias possíveis das práticas e melhor compreender a importância bem como as exigências de conformidade com as normas internacionais de auditoria e qualidade. A Coordenação dos trabalhos do controlo externo ou controlo de terceiro nível centrou-se na auditoria das contas do BCEAO para o exercício de 2011 pelo Comissário Controlador e os Controladores Nacionais. Depois centrou-se nas atividades desenvolvidas no âmbito da revisão anual da gestão de reservas cambiais pelo Auditor Externo das operações. Também esta diligência foi relativa às missões de auditoria específicas, particularmente a revisão das contas da Vertente formação em gestão macroeconómica do projeto BCEAO/BEAC " para o exercício de Relatório anual do BCEAO

115 Além disso, o acompanhamento das recomendações da missão de salvaguarda dos recursos do FMI foi realizado. Durante o período em análise, novos fiscalizadores externos do Banco foram designados para os anos de 2012, 2013 e Dispositivo de Controlo de Gestão Durante o exercício de 2012, o dispositivo de controlo de gestão inscreveu-se numa dinâmica de mudança, de acordo com o sistema de gestão da qualidade. Destina-se a desenvolver o desempenho da instituição de emissão, à luz das expectativas dos seus clientes e parceiros. A este respeito, as principais ações realizadas centraram-se na implementação da planificação estratégica, a implantação de um novo dispositivo de pilotagem eficiente e o estabelecimento de uma nova abordagem da contabilidade analítica. No que diz respeito à planificação estratégica, ações prioritárias atribuídas, no início do ano, a cada Direção-Geral pelo Governador formaram a base em que foi construída a edição 2012 do Plano Estratégico O acompanhamento dessas ações foi realizado periodicamente pela revista da situação de avanço dos Progamas de implementação das Ações Prioritárias (PAP). Quanto ao novo dispositivo de pilotagem, responde à necessidade de recentrar a pilotagem do desempenho a nível de vários responsáveis, por uma melhor animação das Estruturas e uma gestão mais eficaz das atividades. Baseia-se no tríptico " painel de avaliação, ações de melhoria e instância de pilotagem. Sessões de formação e de acompanhamento personalizado para todos os Responsáveis das Direções dos Serviços Centrais da Sede e da Direção da Agência Principal de Dakar foram realizadas neste âmbito com o apoio de um gabinete de consultores. Também foram organizadas sessões especiais de formação para a Direção do Banco, dos Directores Nacionais e do Secretário-Geral da Comissão Bancária. Estas sessões serão alargadas em 2013 para todas as estruturas do Banco. No plano da contabilidade analítica, foi desenvolvida uma abordagem metodológica conforme à abordagem do processo. É orientada para a otimização da organização e dos recursos do Banco que representa o terceiro eixo da política qualidade. Para 2012, a implementação da contabilidade analítica foi centrada nos dois processos-pilotos para os quais a finalidade da informação analítica procurada foi claramente identificada. Prevê-se a sua generalização para outros processos em Relatório anual do BCEAO

116 ANEXOS Cronologia das principais medidas de política monetária adoptadas pelo BCEAO entre 2002 e de Janeiro de 2002 No âmbito da regulação da liquidez bancária na União Monetária da África Ocidental (UMOA), o Banco Central dos Estados da África Ocidental procedeu, valor de 7 de Janeiro de 2002, ao seu primeiro concurso de emissão de títulos do Banco Central para o ano de Para este efeito, 400 títulos de um valor nominal total de 20,0 mil milhões e com uma duração de duas semanas foram postos em concurso. O concurso registou a participação de seis proponentes cujas propostas de um montante total de 17,3 mil milhões foram selecionadas à altura de 16,8 mil milhões. A taxa marginal situou-se a 5,00%. 16 de abril de 2002 O Banco Central dos Estados da África Ocidental decidiu aumentar de 3,00% para 9,00%, o coeficiente de reservas obrigatórias aplicável aos bancos no Mali a partir do período de constituição que começou a 16 de abril de Assim, os coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos na UEMOA são fixados do seguinte modo, a partir de 16 de abril de 2002 : - Benim : 9,00% ; - Burkina : 3,00% ; - Côte d Ivoire : 5,00% ; - Guiné-Bissau : 3,00% ; - Mali : 9,00% ; - Níger : 5,00% ; - Senegal : 9,00% ; - Togo : 3,00%. Quanto às instituições financeiras distribuidoras de crédito, o coeficiente de reservas obrigatórias permaneceu o mesmo, 5,0%, para todos os Estados da UMOA. 7 de julho de 2003 Á luz dos resultados favoráveis notados em matéria de controlo da inflação e de modo geral, de estabilidade monetária, o Banco Central decidiu reduzir as suas taxas de referência em 100 pontos base, a partir da segunda-feira 7 de julho de Assim, a taxa de desconto passou de 6,50% a 5,50% e a taxa de pensão de 6,00% a 5,00%. Esta flexibilização da política das taxas de juro foi a marca da confiança do Instituto de emissão comum na capacidade do sistema financeiro da União em garantir o financiamento leal e adequado da retoma da economia regional. Acompanhou a dinâmica do mercado financeiro regional que se animou sobretudo graças às emissões de títulos públicos, organizados em vários Estados da União, com o apoio do BCEAO. Enfim, o abrandamento monetário traduziu a confiança do sector privado, dos aforradores, investidores e instituições financeiras na solidez dos mecanismos de funcionamento da União Monetária. Relatório anual do BCEAO

117 20 de outubro de 2003 A análise da conjuntura económica, monetária e financeira que mostra sinais encorajadores da revitalização da atividade económica na maior parte dos Estados da União, uma confirmação da desaceleração dos preços e uma consolidação das reservas de câmbio, o Banco Central decidiu continuar a flexibilização das suas condições monetárias reduzindo as suas taxas de referência em 50 pontos base, a partir de segunda-feira 20 de outubro de Assim, a taxa de desconto passou de 5,50% a 5,00% e a taxa de pensão de 5,00% a 4,50%. Esta nova redução da política monetária foi a marca de confiança do Instituto comum na capacidade do sistema financeiro de contribuir para o financiamento são e de menor custo da retoma da atividade económica nos Estados-Membros. Também, acompanhou a dinâmica do mercado financeiro regional que se animou graças principalmente às emissões de títulos públicos, realizadas em vários Estados da União, com o apoio do BCEAO. 16 de março de 2004 O Banco Central decidiu aumentar de 9,00% a 13,00%, o coeficiente de reservas obrigatórias aplicável aos bancos do Benim, a partir do período de constituição que começa a 16 de março de Assim, os coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos na UMOA são fixados do seguinte modo a partir de 16 de março de 2004 ; - Benim : 13,00% ; - Burkina : 3,00% ; - Côte d Ivoire : 5,00% ; - Guiné-Bissau : 3,00% ; - Mali : 9,00% ; - Níger : 5,00% ; - Senegal : 9,00% ; - Togo : 3,00%. Para as instituições financeiras dristibuidoras de créditos, o coeficiente de reservas obrigatórias permaneceu o mesmo, 5,00% para todos os Estados da UMOA. 22 de março de 2004 À luz das evoluções favoráveis a nível da orientação da atividade económica, controlo da inflação e consolidação das reservas cambiais, o Banco Central decidiu continuar a flexibilização das suas condições monetárias, reduzindo as taxas de referência de 50 pontos base, a partir da segundafeira 22 de março de Assim, a taxa de desconto passou de 5,00% a 4,50% e a taxa de pensão de 4,50 a 4,00%. Esta nova recuperação da política monetária, após as descidas de 150 pontos base das taxas de referência em 2003, traduziu a confiança do Instituto de emissão comum na capacidade do sistema financeiro em apoiar a retoma económica observada nos Estados membros da União, através de um financiamento a menor custo. Também visava encorajar as iniciativas de investimentos necessários para a consolidação da atividade económica. Relatório anual do BCEAO

118 16 de junho de 2005 O Banco Central aumentou os coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos de 13,00% a 15,00% no Benim, de 3,00% a 7,00% no Burkina e de 5,00 a 9,00% no Níger, a partir do período de constituição que começa a 16 de junho de Assim, os coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos da UEMOA foram fixados do seguinte modo, a partir de 16 de junho de 2005 : - Benim : 15,00% ; - Burkina : 7,00% ; - Côte d Ivoire : 5,00% ; - Guiné-Bissau : 3,00% ; - Mali : 9,00% ; - Níger : 9,00% ; - Senegal : 9,00% ; - Togo : 3,00%. Para as instituições financeiras distribuidoras de créditos, o coeficiente de reservas obrigatórias manteve-se, 5,00%, para todos os Estados da UEMOA. 24 de agosto de 2006 O Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) aumentou as suas taxas de referência de 0,25 ponto percentual a partir de 24 de agosto de A partir desta data, a taxa de pensão passou de 4,00% a 4,25% e a taxa de desconto de 4,50% a 4,75%. Esta decisão que visa fortalecer a contribuição da política monetária para a estabilidade macroeconómica, inscreve-se num contexto marcado pelas preocupações criadas sobretudo pela evolução previsível dos preços nos Estados membros da União Monetária da África Ocidental (UMOA) de forma a impedir a realização do objetivo de estabilidade dos preços, e por conseguinte, de um crescimento económico leal e sustentável. A decisão tomada pelo Banco Central surge num contexto marcado, no plano internacional, por preocupações relacionadas com o aumento sustentado dos preços mundiais do petróleo que alcançaram níveis recorde. Esta dinâmica que afeta o poder de compra das populações e a situação das finanças públicas, constitui um fator complementar de tensões nos preços dentro da União. A subida das taxas de referência do BCEAO contribui para o controlo da inflação na UMOA, e, por conseguinte para a salvaguarda da competitividade das economias dos Estados-Membros. 1 trimestre de 2007 A execução da política monetária, nos três primeiros meses do ano de 2007, foi marcada sobretudo pelo regresso do Banco Central ao mercado monetário com o lançamento de chamadas para ofertas semanais de injeção de liquidez. Com a retoma das operações a 5 de fevereiro de 2007, o BCEAO tinha como objetivo conter os impactos de uma diminuição sensível da liquidez bancária no fim do ano de 2006 nos custos do dinheiro. Estas operações deviam favorecer a criação de condições de uma reciclagem otimal das disponibilidades no mercado interbancário e preservação da coerência da hierarquia das taxas no mercado dos capitais a curto prazo. Relatório anual do BCEAO

119 No fim do primeiro trimestre de 2007, o Banco Central realizou sete chamadas para ofertas de injeção de liquidez. As propostas recebidas evoluiram entre 18,1 e 40,9 mil milhões. As taxas de juro oferecidas oscilaram entre 3,975% e 5,500%. 2 trimestre de 2007 Durante o segundo trimestre de 2007, o Banco Central continuou as chamadas para ofertas semanais de injeção de liquidez. No fim deste trimestre, foram realizadas treze chamadas para ofertas de injeção de liquidez. As propostas recebidas variaram entre 21,3 e 47,2 mil milhões. As taxas de juro oferecidas oscilaram entre 4,0000% e 4,3500%. 3 trimestre de 2007 Durante o terceiro trimestre de 2007, o Banco Central continuou as suas intervenções no mercado monetário. O Instituto de emissão realizou treze chamadas para ofertas de injeção de liquidez, levando o número total destas operações a trinta e três desde a sua retoma a partir de 5 de fevereiro de As propostas recebidas oscilaram entre 11,7 e 41,7 mil milhões. As taxas de juro oferecidas oscilaram entre 3,0000% e 4,2000%. 4 trimestre de 2007 Durante o quarto trimestre de 2007, o Banco Central continuou as suas intervenções no mercado monetário. Assim, realizou treze chamadas para ofertas de injeção de liquidez levando a quarenta e seis o número total destas operações desde a sua retoma a 5 de fevereiro de As propostas recebidas oscilaram entre 29,9 e 97,8 mil milhões. As taxas de juro oferecidas oscilaram entre 3,3000 e 5,0000%. 1 trimestre de 2008 Durante o primeiro trimestre de 2008, o Banco Central continuou as suas intervenções no mercado monetário. Assim, realizou treze (13) chamadas para ofertas de injeção de liquidez, levando a cinquenta e nove o número total destas operações desde a sua retoma a 5 de fevereiro de As propostas recebidas oscilaram entre 65,1 e 135,5 mil milhões. As taxas de juro oferecidas diminuiram, oscilando entre 2,7500% e 4,4000% face a uma faixa de 3,3000% a 5,0000% no trimestre precedente. 2 trimestre de 2008 Continuando as suas intervenções no mercado monetário durante o segundo trimestre de 2008, o Banco Central realizou treze (13) chamadas para ofertas de injeção de liquidez levando a setenta e dois o número total destas operações desde a retoma a 5 de fevereiro de As propostas recebidas oscilaram entre 97,8 e 147,9 mil milhões. As taxas de juro oferecidas oscilaram entre 3,7500% e 4,2500% face a uma faixa de 2,7500% a 4,4000% no trimestre precedente. 3 trimestre de 2008 Duante o terceiro trimestre de 2008, o BCEAO, considerando os riscos sobre a estabilidade dos preços na União, decidiu, a partir de 16 de agosto de 2008, o aumento de meio (½) ponto percentual da sua principal taxa de intervenção, nomeadamente a taxa de pensão, para a levar de 4,25% a 4,75%. A taxa de desconto foi fixada a 6,75%. Além disso, o BCEAO continuou as suas operações semanais de injeção de liquidez. O montante em concurso ficou estável a 100,0 mil milhões entre 30 de junho e 30 de setembro de As taxas de juro médias ponderadas semanais oscilaram entre 3,9720% e 4,5682 face a uma faixa de 3,9407% a 4,2331% no trimestre anterior. Relatório anual do BCEAO

120 4 trimestre de 2008 No contexto do quarto trimestre de 2008 marcado pelo início das repercussões da crise financeira sobre a atividade económica, um nível ainda elevado da inflação e um ritmo de crescimento relativamente sustentado dos créditos para a economia, o Banco Central manteve inalterada a sua principal taxa de referência. Assim, a taxa de pensão permaneceu a 4,75%, o seu nível em vigor desde 16 de agosto de Além do mais, o Banco Central continuou as suas operações semanais de injeção de liquidez, levando o montante em concurso de 100,0 mil milhões a 30 de setembro de 2008 a 160,0 mil milhões a 31 de dezembro de A realização destas operações pelo Banco Central contribuiu para a satisfação das necessidades em recursos dos bancos e limitação das tensões sobre as taxas. 1 trimestre de 2009 A realização da política monetária durante o primeiro trimestre de 2009, foi marcada pelo reforço do quadro operacional do BCEAO no mercado monetário, que se traduziu desde 19 de fevereiro de 2009 pela ativação do balcão de concursos a um mês, para além de o de uma semana. Estas ações do BCEAO visavam tranquilizar os bancos relativamente à vontade do Banco Central de resolver as necessidades de liquidez. Além disso, contribuiram para a evolução, em março de 2009, das taxas do mercado interbancário a uma semana no intervalo existente entre a taxa mínima de subscrição e a da pensão. De facto, a taxa interbancária média a uma semana situou-se a 4,71% em março de 2009 face a 4,87% em fevereiro de 2009 e 6,02 em dezembro de 2008, situando-se entre a taxa mínima dos concursos a uma semana (3,7500%) e a da pensão (4,7500%). As taxas de juro médias ponderadas semanais oscilaram entre 3,8068% e 4,7490% face a uma faixa de 4,4986% a 4,7435% no trimestre precedente. 2 etrimestre de 2009 A conjuntura económica e financeira da União durante o segundo trimestre de 2009 foi marcada pela deterioração das perspetivas de crescimento e o aparecimento de tensões sobre as finanças públicas, num contexto de atenuação das pressões inflacionárias e de abrandamento da progressão dos saldos dos empréstimos para a economia. Neste contexto, o BCEAO procedeu a uma diminuição de 0,50 ponto percentual das suas taxas de referência. Assim, a partir de 16 de junho de 2009, a taxa de pensão baixou de 4,75% a 4,25% e a taxa de desconto que serve de referência em matéria de penalidade, de 6,75% a 6,25%. Esta diminuição das taxas de referência do Banco Central deveria assim oferecer aos bancos uma margem de redução das suas taxas devedoras. Além disso, preocupado em reforçar o sinal enviado ao mercado através da redução das taxas de referência e aumentar a capacidade dos bancos para financiar a economia, o BCEAO diminuiu os coeficientes de reservas obrigatórias em quatro Estados da União (Benim, Mali, Níger e Senegal). Assim, os coeficientes de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos nestes Estados são fixados do seguinte modo a partir de terça-feira 16 de junho de 2009 : Benim : 9,0% em vez de 15,0% ; Mali : 7,0% em vez de 9,0% ; Níger : 7,0% em vez de 9,0% ; Senegal : 7,0% em vez de 9,0%. Relatório anual do BCEAO

121 Os coeficientes de reservas obrigatórias mantiveram-se no Burkina (7,0%), em Côte d Ivoire (5,0%), na Guiné-Bissau (3,0%) e no Togo (3,0%). Para as intituições financeiras distribuidoras de créditos, o coeficiente de reservas obrigatórias é fixado a 5,0% em todos os Estados-Membros da União. O BCEAO continuou as suas operações semanais e mensais de satisfação das necessidades em liquidez dos bancos. Estas ações contribuiram para reduzir as taxas do mercado interbancário a uma semana. De facto, a taxa interbancária média foi fixada a 4,37% em junho de 2009, face a 4,63% em maio de 2009 e 4,71% em março de Nas duas últimas semanas do mês de junho após a decisão do Banco Central, a taxa média interbancária neste prazo foi de 4,14%, aquém da nova taxa da pensão. As taxas de juro médias ponderadas semanais oscilaram entre 3,5653% e 3,9923%, face a uma faixa de 3,8068% a 4,7490% no trimestre anterior. 3 trimestre de 2009 Durante o terceiro trimestre de 2009, o BCEAO manteve inalteradas as suas taxas de referência em relação à evolução favorável da inflação. Assim, o BCEAO continuou uma política transigente com vista a apoiar para a retoma da atividade económica nos países da União, no contexto de uma tendência iniciada nos países industrializados. A taxa de pensão e a de desconto permaneceram a 4,25% e 6,25%, níveis em vigor desde 16 de junho de O BCEAO continuou, pelo canal das suas operações semanais e mensais, a satisfação das necessidades em liquidez dos bancos. A diminuição das taxas de referência e as injeções regulares de liquidez contribuiram para diminuir a taxa do mercado interbancário a uma semana que se situou a 4,09% em setembro de 2009 aquém da taxa de pensão, face a 4,37% em junho de 2009 e 4,63% em maio de Durante o terceiro trimestre de 2009, os montantes em concurso no balcão dos leilões semanais foram ajustados, afim de satisfazer todas as necessidades expressas pelas instituições de crédito. As taxas de juro médias ponderadas semanais oscilaram entre 3,2662% e 3,3646%, face a uma faixa de 3,5653% a 3,9923% no trimestre anterior. AlémCom vista a aprovar as conclusões dessas reuniões, foi organizado um seminário regional de síntese pelo Grupo de trabalho a 6 e 7 de setembro de 2012, na Sede do BCEAO, em Dakar. Esse encontro reuniu os representantes dos Estados membros da UMOA, do BCEAO e das Associações Profissionais dos Sistemas Financeiros Descentralizados (APSFD), pessoas-recurso, e parceiros técnicos e financeiros, nomeadamente a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), a Cooperação de Luxemburgo, o Grupo Consultativo de Assistência aos Pobres (CGAP), Desenvolvimento Internacional Desjardins (DID), o Fundo de Equipamento das Nações Unidas (FENU) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). disso, o Instituto de emissão manteve as adjudicações de taxas fixas e de montantes ilimitados no balcão a um mês, com vista a tranquilizar as instituições de crédito sobre a disponibilidade do Banco Central e acompanhá-las no financiamento da economia, num período marcado por uma atenuação das tensões inflacionárias. Relatório anual do BCEAO

122 4 trimestre de 2009 Durante o quarto trimestre de 2009, o BCEAO manteve inalteradas as suas taxas de referência em relação com a evolução favorável da inflação. A taxa de pensão e a do desconto permaneceram aos seus níveis em vigor desde 16 de junho de 2009, seja 4,25% e 6,25% respetivamente. O BCEAO continuou as suas intervenções no mercado monetário, pelo canal das suas operações semanais e mensais, com vista a satisfazer as necessidades dos bancos em liquidez. No âmbito das operações de concursos semanais de injeções de liquidez do BCEAO, o acréscimo no quarto trimestre de 2009 dos montantes em concurso, contribuiu para a continuação da recuperação das taxas interbancárias a uma semana, que se situaram a 3,87% em dezembro de 2009, face a 4,09% e 4,37% respetivamente em setembro e junho de As taxas de juro médias ponderadas semanais oscilaram entre 3,2584% e 3,3149%, face a um intervalo de 3,5653% a 3,9923% no trimestre anterior. Além disso, as adjudicações de taxa fixa de 3,65% e de montantes ilimitados no balcão a um mês foram organizadas regularmente, para garantir a satisfação das necessidades dos bancos num período mais longo, num contexto marcado por uma atenuação das tensões inflacionárias. 1 trimestre de 2010 Durante o primeiro trimestre de 2010, o BCEAO manteve inalteradas as suas taxas de referência, em relação com a evolução favorável da inflação. A taxa de pensão e a do desconto permaneceram fixas aos seus níveis em vigor desde 16 de junho de 2009, seja a 4,25% e 6,25% respetivamente. Durante este trimestre, a execução da política monetária foi marcada pela continuação das intervenções do BCEAO no mercado monetário. Assim, o Banco Central organizou doze operações semanais de injeção de liquidez. A manutenção a um nível elevado dos montantes ofertos pelo BCEAO no balcão dos concursos semanais de injeção de liquidez, durante o primeiro trimestre de 2010, contribuiu para a continuação da recuperação global das taxas interbancárias a uma semana, iniciada desde o princípio do último trimestre de De facto, as taxas interbancárias a uma semana foram fixadas a 3,33% em março de 2010, 3,52% em janeiro de 2010 e 3,87% em dezembro de As taxas de juro médias ponderadas semanais do mercado monetário oscilaram entre 3,2544% e 3,2933%, face a uma faixa de 3,2584% a 3,3149% no trimestre anterior. Além disso, o BCEAO continuou a organização de adjudicações na taxa fixa de 3,65% e de montantes ilimitados no balcão dos concursos a um mês, com vista a satisfazer as necessidades num período mais longo dos bancos, num contexto marcado por uma atenuação das tensões inflacionárias. Nenhuma alteração foi feita no dispositivo de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos da União durante o trimestre em análise. 2 trimestre de 2010 Durante o segundo trimestre de 2010, o BCEAO, através das suas operações semanais e mensais, continuou a satisfazer as necessidades dos bancos em liquidez. Relatório anual do BCEAO

123 A diminuição dos montantes ofertos pelo BCEAO no balcão das chamadas para ofertas semanais de injeção de liquidez, com vista ajustá-los a nível das necessidades expressas pelos bancos, durante o segundo trimestre de 2010, provocou um ligeiro aumento da taxa média ponderada dos concursos a uma semana e das taxas interbancárias a uma semana. Com efeito, a taxa média ponderada das chamadas para ofertas de injeção de liquidez a uma semana situou-se a 3,2942% face a 3,2629% um trimestre antes. Oscilaram entre 3,2571% e 3,3665% no segundo trimestre de 2010, face a uma faixa de 3,2544% a 3,2933% no trimestre anterior. Inscrevendo-se nesta tendência, as taxas interbancárias a uma semana foram de 3,70% no segundo trimestre de 2010, face a 3,40% no trimestre anterior. 14 de setembro de 2010 O Comité da Política Monetária realizou a sua primeira reunião ordinária a 14 de setembro de Examinando a recente situação económica, financeira e monetária da UEMOA e tendo em conta um contexto caraterizado pela ausência de risco maior para a estabilidade dos preços, o Comité decidiu manter o statu quo a nível das taxas de referência do BCEAO. Assim, a taxa miníma de proposta às operações de open market e a taxa da pensão permanecem a 3,25% e 4,25% respetivamente. Além disso, a capacidade dos bancos de constituir as reservas obrigatórias é globalmente satisfatória e a abundância relativa da liquidez bancária não deveria estar na origem de tensões inflacionárias. Para este efeito, o Comité de Política Monetária decidiu manter os coeficientes de reservas obrigatórias ao seu nível atual. Assim, o coeficiente de reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos permanece a 7,0% no Benim, no Burkina, no Mali, no Níger e no Senegal e 5,0% em Côte d Ivoire, na Guiné-Bissau e no Togo. 1 de dezembro de 2010 O Comité de Política Monetária realizou a sua reunião ordinária a 1 de dezembro de Examinando a recente situação económica, financeira e monetária da UEMOA num contexto caraterizado por uma fraca pressão inflacionária, o Comité decidiu manter o statu quo a nível das taxas de referência do BCEAO. Assim, a taxa miníma de proposta às operações de open market e a taxa da pensão permanecem a 3,25% e 4,25% respetivamente. Por outro motivo, a capacidade dos bancos de constituir as reservas obrigatórias é globalmente satisfatória e a abundância relativa da liquidez bancária não deveria provocar tensões inflacionárias. Preocupado com a harmonização dos coeficientes de reservas obrigatótias aplicáveis aos bancos dos Estados membros da União, o Comité de Política Monetária decidiu uma uniformização destes coeficientes. Assim, decidiu levar o coeficiente de reservas obrigatórias a um nível único de 7,0% para todos os países a partir de 16 de dezembro de de março de 2011 O Comité de Política Monetária do BCEAO realizou a sua reunião ordinária a 2 de março de Examinando a recente situação económica, financeira e monetária da UEMOA, à luz dos impactos da crise política em Côte d Ivoire e a resurgência das pressões inflacionárias consecutivas ao aumento dos preços dos géneros alimentícios importados e aumento dos preços do combustível na maior parte dos Estados da União, o Comité de Política Monetária decidiu manter inalteradas as taxas de referência do BCEAO. Também, a taxa miníma de proposta às operações de open market e a taxa das operações no balcão de crédito permanecem a 3,25% e 4,25% respetivamente. Relatório anual do BCEAO

124 Por outro lado, o Comité de Política Monetária decidiu manter o coeficiente de reservas obrigatórias ao seu nível de 7,0% em vigor desde 16 de dezembro de de junho de 2011 O Comité de Política Monetária do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) realizou a sua reunião ordinária a 1 de junho de Examinando a recente situação económica, financeira e monetária da UEMOA, o Comité de Política Monetária notou que o fim da crise política em Côte d Ivoire deixa contar com perspetivas económicas prometedoras para a União. Sublinhou que a inflação persiste a um nível relativamente elevado desde o início do ano de A taxa de inflação, numa variação homóloga, situou-se de facto a 3,7% no fim de março de 2011, face a 3,9% no fim de dezembro de Analisando os outros indicadores de conjuntura na UMOA, o Comité de Política Monetária notou a continuação da atonia da atividade económica nos primeiros meses de 2011, atonia atribuível particularmente aos impactos negativos da crise política em Côte d Ivoire e aos fracos desempenhos do sector industrial. Observou que a estabilidade e a segurança do sistema financeiro da União foram preservadas apesar dos riscos relacionados com o impacto da crise marfinense no sistema bancário. O Comité recomendou os bancos da União a velar pela qualidade das suas carteiras e repercutir a recuperação atual das taxas de juro do mercado monetário no volume e no custo do crédito. Salientou que a curto prazo, a subida dos preços não deveria desacelerar na União, apesar das previsões de uma manutenção dos preços do petróleo a níveis elevados e de um aumento dos preços dos géneros alimentícios importados. A taxa de inflação seria de 3,9% no final de junho. Todavia, a médio prazo, as previsões seriam conformes ao objetivo de estabilidade dos preços na União. Com base nas análises acima referidas, o Comité de Política Monetária decidiu manter inalteradas as taxas de referência do BCEAO. Assim, a taxa mínima de proposta às operações de open market e a taxa das operações no balcão de crédito permanecem a 3,25% e 4,25% respetivamente. Por outro lado, o Comité decidiu manter o coeficiente de reservas obrigatórias ao seu nível de 7,0% em vigor desde 16 de dezembro de de setembro de 2011 O Comité de Política Monetária (CPM) do BCEAO realizou a sua reunião ordinária a 7 de setembro de Durante a sessão, o Comité examinou a recente situação económica, financeira e monetária da União Monetária da África Ocidental, particularmente os riscos que pesam sobre a estabilidade dos preços e as perpetivas de crescimento económico na União. A este respeito, o Comité observou uma tendência de abrandamento no ritmo de subida dos preços. De fato, a taxa de inflação numa variação homóloga passou de 5,7% no final de abril de 2011 para 4,8% no final de maio de 2011 e para 3,9 % no final de Junho de Esta dinâmica é devida ao reestabelecimento dos canais de distribuição em Côte d Ivoire e à redução da inflação importada. Relatório anual do BCEAO

125 Analisando outros indicadores da conjuntura na UMOA, o Comité de Política Monetária observou a continuação da atonia da atividade no segundo trimestre de 2011, devido ao fraco desempenho dos sectores industriail e terciário. As condições monetárias apareceram globalmente favoráveis com liquidez bancária relativamente abundante, uma quase estabilidade das taxas no mercado monetário e uma redução das taxas de empréstimos dos bancos. Contudo, as taxas médias ponderadas de emissão de títulos do Tesouro evoluiram de um trimestre para o outro. O Comité considerou que as perspetivas de crescimento económico na União são incertas. Prevêse a taxa de crescimento da atividade económica a 5,3% em 2012 face a 1,0% em 2011, em conexão com o apaziguamento da situação sócio-política em todos os países da União. Com base nas análises anteriores, o Comité de Política Monetária decidiu manter inalteradas as taxas de referência do BCEAO. Assim, a taxa mínima de proposta nas operações de open market e a taxa das operações no balcão de crédito permanecem a 3,25% e 4,25 % respetivamente. Além disso, o Comité decidiu manter o coeficiente de reservas obrigatórias para o nível de 7,0 %, em vigor desde 16 de dezembro de de dezembro de 2011 O Comité de Política Monetária do BCEAO realizou a sua reunião ordinária no dia 7 de dezembro de Durante esta sessão, o Comité examinou a recente situação económica, financeira e monetária da União Monetária Oeste Africana (UMOA). Analisou, particularmente os fatores de risco que possam influenciar a estabilidade dos preços e as perspetivas de crescimento económico na União. Quanto à inflação, o Comité observou que a tendência de desaceleração dos preços observada desde maio de 2011 desapareceu em setembro. De fato, a taxa de inflação numa variação homóloga de 4,8 % em maio para 3,9 % no final de Junho de 2011 e de 3,6% no final de julho de 2011, 3,5 % no final de agosto de 2011, antes de subir para 3,8% no final de setembro de O aumento dos preços continua a ser influenciado pelo aumento do preço dos géneros alimentícios e combustíveis, em variação homóloga. A análise dos indicadores da conjuntura na UMOA deu a entender um fortalecimento da atividade no terceiro trimestre de 2011, nomeadamente na indústria e no sector terciário. As condições monetárias permaneceram globalmente favoráveis, no contexto de uma grande liquidez bancária e de uma redução da taxa no mercado monetário. Contudo, as taxas de juros de empréstimos dos bancos bem como as taxas médias ponderadas das emissões de títulos do Tesouro no terceiro trimestre de 2011 aumentaram em relação ao trimestre anterior. Examinando as perspetivas de crescimento económico na União, o Comité considerou que a atividade económica da União permanecerá bem orientada, apesar das incertezas da recente conjuntura internacional. Assim, a taxa de crescimento do produto interno bruto real foi projetada a 6,4% em 2012 face a 1,2% em 2011 e 4,3% em Com base na análise anterior, o Comité de Política Monetária decidiu manter as taxa de juros de referência do BCEAO a seu nível atual. Assim, a taxa de juro mínima de proposta às chamadas para ofertas e a taxa de juro das operações no balcão de crédito são fixadas a 3,25% e 4,25 % respetivamente. Além do mais, o Comité decidiu manter inalterado o coeficiente de reservas obrigatórias ao seu nível de 7,0%, em vigor desde 16 de dezembro de Relatório anual do BCEAO

126 7 de março de 2012 O Comité de Política Monetária do BCEAO realizou a sua reunião ordinária no dia 7 de março de Analisando a conjuntura económica, os membros do Comité de Política Monetária observaram que os Estados-Membros da UMOA continuarão a evoluir em 2012 num contexto internacional pouco favorável, marcado por um abrandamento do crescimento mundial. Também, a situação da União deveria sofrer da má campanha agrícola 2011/2012. O Comité de Política Monetária notou que esses fatores lançaram incerteza sobre a realização das previsões de crescimento para o ano 2012, que poderiam estar aquém em relação com a taxa de 6,4% previsto inicialmente. A análise das condições monetárias mostra que a liquidez diminuiu de forma significativa desde o segundo semestre de Para além dos fatores económicos conjunturais, esta evolução é devida a mudanças estruturais que ocorrem nas economias da União, ocasionando significativas necessidades de financiamento das importações para a realização dos investimentos privados e públicos em curso. Esta situação ocasionou uma pressão sobre as taxas de juro do mercado monetário. Em perspetiva, a procura de liquidez dos bancos poderia permanecer a um nível elevado, visto a quantidade de recursos necessários para cobrir as necessidades de financiamento expressas pelos Estados em Com base na análise anterior, o Comité de Política Monetária decidiu manter as taxas de juro de referência do BCEAO a seu nível atual. Assim, a taxa de juro mínima de proposta às chamadas para ofertas e a taxa de juro das operações no balcão de crédito são fixadas a 3,25% e 4,25 % respetivamente. Além disso, para atenuar as limitações sobre a liquidez dos bancos e estimular as condições de um financiamento adequado da economia, o Comité de Política Monetária decidiu reduzir o coeficiente de reservas obrigatórias a 5,0% para todos os bancos nos países da União, seja um decréscimo de dois (2) pontos percentuais, com data efetiva a 16 de Março de de junho de 2012 O Comité de Política Monetária do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) realizou a sua reunião ordinária a 11 de junho de O Comité examinou a situação económica, monetária e financeira da União Monetária da África Ocidental à luz da recente evolução da conjuntura internacional. Analisou, particularmente os fatores de risco que possam influenciar a estabilidade dos preços e as perspetivas de crescimento económico na União. O Comité notou uma atenuação do ritmo de evolução do nível geral dos preços ao consumo na União, nos últimos tempos, graças a medidas implementadas a nível nacional e regional com vista a lutar contra o alto custo de vida e mitigar os efeitos de choques de oferta. Assim, a taxa de inflação subiu de 2,3% no final de janeiro de 2012 para 2,8% no final de fevereiro de 2012, e 2,5% no final de março de 2012 para se fixar a 0,6% em abril de Analisando a conjuntura, os membros do Comité de Política Monetária sublinharam que o crescimento económico da União para o ano 2012 seria melhor do que em 2011 combinado com a rápida recuperação da atividade em Côte d Ivoire, o dinamismo do sector das minas, a continuação dos investimentos nas infraestruturas. Contudo, existem preocupações devido ao impacto das crises sócio-políticas no Mali e na Guiné-Bissau, bem como incertezas suscitadas pelo contexto internacional. Relatório anual do BCEAO

127 Tendo em conta estas incertezas e com base na apreciação da balança dos riscos, o Comité de Política Monetária decidiu reduzir as taxa de juro de referência do BCEAO de 25 pontos base. A taxa de juro mínima de proposta às chamadas para ofertas de injeção de liquidez e taxa de juro do BCEAO são assim fixadas a 3,00% e 4,00% respetivamente, com efetividade a 16 de junho de A nível do mercado monetário, o Comité notou que as tensões que tinham justificado uma redução do coeficiente de reservas obrigatórias em março de 2012 começaram a desaparecer. A taxa média ponderada do subfundo a uma semana do mercado interbancário que era de 4,67% em março de 2012, caiu para 4,25% em maio de Assim, o Comité decidiu manter inalterado o coeficiente de reservas obrigatórias aplicável aos bancos ao seu nível de 5 %, em vigor desde 16 de março de de setembro de 2012 O Comité de Política Monetária do BCEAO realizou a sua reunião ordinária a 5 de setembro de O Comité examinou a situação económica, financeira e monetária da União Monetária Oeste Africana (UMOA), à luz da recente evolução da conjuntura internacional. Analisou particularmente os fatores de risco que possam influenciar a estabilidade dos preços e as perspetivas de crescimento económico na União. O Comité observou a continuação da moderação das tensões inflacionárias na UMOA. Assim, a taxa de inflação situou-se a 1,5% no segundo trimestre de 2012, depois de 2,5% no trimestre anterior. As perspetivas a médio prazo indicam que a taxa de inflação rondaria 2,3% anual a médio prazo na hipótese de uma campanha normal 2012 /2013. Analisando a situação económica, os membros do Comité de Política Monetária sublinharam que os indicadores económicos disponíveis confirmam o abrandamento do crescimento da economia mundial em 2012, num contexto de tensões nos mercados financeiros internacionais. As previsões disponíveis indicam uma taxa de crescimento da União de 5,3% em A nível do mercado monetário, o Comité observou que a diminuição de 25 pontos base nas taxas de juro básicas do BCEAO, que ocorreu a 16 de junho de 2012, repercutiu-se sobre as taxas dos mercados monetários. Com efeito, as taxas de juro no subfundo a uma semana do mercado interbancário caíram de 4,67% em média, em março de 2012 para 4,03% em julho de Além disso, observou uma redução das taxas de juro das emissões de títulos do Tesouro. A taxa média ponderada das emissões de título do Tesouro em 12 meses caiu de 6,26% no segundo trimestre de 2012 a 5,76% em julho de Com base nessas análises, o Comité de Política Monetária decidiu manter inalteradas as taxas de juro básicas aos seus níveis atuais. A taxa de juro mínima de proposta às operações de concursos de injeção de liquidez e a taxa de juro do balcão de crédito são fixadas a 3,00 % e 4,00% respetivamente. Além do mais, o Comité decidiu manter inalterado o coeficiente de reservas obrigatórias ao seu nível de 5%, que está em vigor desde 16 de dezembro de de dezembro de 2012 O Comité de Política Monetária do BCEAO realizou a sua quarta reunião ordinária do ano a 7 de dezembro de O Comité examinou a situação económica, financeira e monetária, da União Monetária Oeste Africana ( UMOA ), à luz da recente evolução da conjuntura internacional. Relatório anual do BCEAO

128 Analisando a evolução da inflação, o Comité notou uma ligeira subida do índice harmonizado de preços ao consumo no terceiro trimestre de Numa variação homóloga, a taxa de inflação subiu de 2,1% em junho a 2,7% no final de Setembro de 2012, devido ao aumento dos preços dos combustíveis em alguns Estados-Membros e ao dos preços dos cereais locais e produtos da pesca. A inflação deveria sofrer uma desaceleração no quarto trimestre de 2012 para se fixar a 2,5 % no final de dezembro. Em média anual, a taxa de inflação seria de 2,3% em 2012 face a 3,8% em Prevê-se a taxa de 2,4% no horizonte de 24 meses. Analisando a evolução dos indicadores de conjuntura, o Comité observou que a atividade económica na UMOA continua a consolidar-se, particularmente nos sectores secundário e terciário. O Comité considerou que os desempenhos em termos de crescimento económico seriam melhores do que o previsto. As últimas estimativas indicam um aumento do produto interno bruto da União de 5,8% em 2012, um aumento de 0,5 ponto percentual em comparação com as previsões feitas há três meses. Para o ano de 2013, o crescimento económico deverá acelerar-se para alcançar 6,5%. No mercado monetário, as taxas de juro continuam a diminuir. A taxa média ponderada das operações interbancárias a uma semana foi em média de 4,13 %, no terceiro trimestre face a 4,24 % no segundo trimestre de A taxa média ponderada das emissões de títulos do Tesouro foi de 5,63% no terceiro trimestre face a 5,72% no trimestre anterior. Com base nessas análises, o Comité de Política Monetária decidiu manter inalteradas as taxas de referência aos seus níveis atuais. A taxa de juro mínima de proposta às operações de chamadas para ofertas de injeção de liquidez e a taxa de juro do balcão de crédito permanece a 3,00 % e 4,00% respetivamente. Também, o Comité decidiu manter inalterado o coeficiente de reservas obrigatórias aplicável aos bancos ao seu nível de 5 % em vigor desde de 16 de março de Relatório anual do BCEAO

129 Principais documentos publicados pelo Banco Central dos Estados da África Ocidental Periódicos 1 - Relatório Anual do BCEAO (anual) 2 Notas de Informação e Estatística Estatísticas Monetárias (mensal ) - Estatísticas económicas (trimestral) - Estudos e pesquisas (trimestral) - Informações gerais (trimestral) 3 - Boletim Mensal de conjuntura - de outubro de 2005 a dezembro de Boletim Mensal de Estatísticas Monetárias e Financeiras de Janeiro de 2005 a dezembro de Nota trimestral de conjuntura - de junho de 2010 a dezembro de Nota trimestral de informação de março de 2005 a Dezembro de Anuário estatístico - de 2004 a Anuário dos bancos e instituições financeiras de 1967 a Balanços e demonstrações de resultados dos bancos e instituições financeiras ( anual) - Balanços dos bancos e instituições financeiras de 1967 a Balanços e demonstrações de resultados dos bancos e instituições financeiras de 2004 a Monografias dos Sistemas Financeiros descentralizados de 1993 a 2006 (anual) 11 - Perspetivas económicas dos Estados da UEMOA (2006 a 2012) 12 - Revista da estabilidade financeira na UEMOA (2006, 2008) 13 - Revista Económica e Monetária (junho de 2007 a dezembro de 2012) Relatório anual do BCEAO

130 Publicações 14 - Plano Contabilístico Bancário da UMOA (4 volumes) - Dakar, Edição BCEAO, agosto de Recolha de instruções para a contabilização e avaliação das operações bancárias - Volume I : Quadro regulamentar geral - Volume II : Documentos de síntese - Volume III: Transmissão de documentos de síntese 15 - Compilação de textos legais e regulamentares História da UMOA (3 volumes em francês e Inglês) - Edição Paris, Georges Israel, Janeiro de Sistema de Contabilidade Oeste Africano (SYSCOA) (4 volumes) - Plano Geral de Contabilidade das empresas - Paris, Edição Foucher, Dezembro de Guia de Aplicação - Paris, Edição Foucher, outubro de Sistema mínimo de caixa - Paris, Edição Foucher, outubro de Quadro de correspondência - Paris, Edição Foucher, Outubro de Sistema de Contabilidade Oeste Africano (SYSCOA ) - Lista completa das contas e demonstrações financeiras - Dakar BCEAO Edition Metodologia para Análise Financeira - Dakar Edição BCEAO de Notas e moedas na zona UMOA (das origens até 2012). Dakar, BCEAO de 2012 Relatório anual do BCEAO

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011 VERSÃO RESUMIDA

RELATÓRIO ANUAL DE 2011 VERSÃO RESUMIDA RELATÓRIO ANUAL DE 2011 VERSÃO RESUMIDA Original : Francês RELATÓRIO ANUAL DE 2011 VERSÃO RESUMIDA 1 Banco Central dos Estados da África Ocidental Avenue Abdoulaye FADIGA BP 3108 Dakar Senegal ISSSN 08508712

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