Delegação da União Europeia na Guiné-Bissau
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- Maria das Graças Teixeira Barateiro
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1 Delegação da União Europeia na Guiné-Bissau CONVITE À PRESENTAÇÃO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE Seleção de uma agência de desenvolvimento de um Estado Membro da UE ou de uma Organização Internacional para atuar como Agência de Execução no âmbito do Programa abaixo descrito. 1. Designação Programa de Apoio à Competitividade da África do Oeste Componente Guiné-Bissau 2. País Beneficiário Guiné-Bissau 3. Documento de Programação/Financiamento 4. Área prioritária Programa Indicativo Regional para a África do Oeste - 11º Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED) 2: Integração Económica Regional, Apoio ao Comércio 5. Financiamento previsto EUR 4 milhões (a confirmar) 1. CONTEXTO O Programa Indicativo Regional (PIR) para a África do Oeste, financiado pelo 11º Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), foi assinado em 6 de julho de 2015 e considera o apoio à integração económica regional e ao comércio um dos quatro domínios prioritários para as intervenções da UE na sub-região durante o período a que se refere. O Programa de Apoio à Competitividade da África do Oeste inscreve-se neste domínio prioritário e, mais concretamente, no âmbito do seu objetivo específico 2 Apoio à competitividade do setor privado, tendolhe sido atribuído um financiamento global indicativo de EUR 120 Milhões. A Comissão Europeia decidiu que o Programa deveria ser constituído por uma componente regional, a executar sob a coordenação das comissões da CEDEAO e da UEMOA, e 16 componentes nacionais, uma por cada um dos 16 países da sub-região, a executar sob a coordenação dos próprios países. Decidiu ainda que a preparação do projeto seria feita em duas fases: 1. Identificação do conjunto do Programa e a formulação de uma parte da componente regional e das seguintes componentes nacionais: Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo. Para esta primeira fase foi considerado um financiamento de EUR 72 milhões, dos quais 15 EUR milhões foram atribuídos à componente regional, sendo os EUR 57 milhões restantes distribuídos pelos 8 países acima referidos. Os trabalhos de identificação foram lançados em 2016 e a formulação das componentes foi concluída em meados de 2017, encontrando-se as mesmas atualmente na etapa de financiamento pela Comissão Europeia. 1
2 2. Formulação da parte restante da componente regional e das 8 componentes nacionais restantes: Benim, Burquina Faso, Gâmbia, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali e Mauritânia. Para esta segunda fase foi considerado um financiamento FED de EUR 48 milhões, dos quais 10 EUR milhões foram atribuídos à componente regional, sendo os EUR 38 milhões restantes distribuídos pelos referidos países. Os trabalhos de formulação foram lançados em junho de 2017 e espera-se que as componentes abrangidas sejam financiadas no primeiro semestre de FORMULAÇÃO DA COMPONENTE GUINÉ-BISSAU Para a formulação das várias componentes do Programa a Comissão Europeia celebrou um contrato com um consórcio liderado pela empresa AECOM, o qual mobilizou uma equipa de quatro peritos para realizar o trabalho. A missão de terreno para recolha da informação necessária na Guiné-Bissau decorre no período de 24 de julho a 9 de agosto de 2017 e o consultor designado para esse trabalho, Sr. José Mouta, deverá recolher a informação necessária para preparar uma proposta de Documento de Ação e de Convenção de Financiamento para a componente Guiné Bissau do Programa. Embora esses documentos não estejam ainda disponíveis, a lógica de intervenção desta componente deve enquadrar-se na definida para o conjunto do Programa (componentes regionais e nacionais) durante a identificação (1ª fase), que é sumariamente descrita no anexo 1. Por outras palavras, os objetivos (geral e específico), os resultados esperados e as atividades a desenvolver no âmbito da componente Guiné-Bissau deverão seguir essa lógica de intervenção, com os ajustamentos necessários para se adequarem à situação e características específicas do país e da fileira/cadeia de valor seleccionada (para Guiné-Bissau foi escolhida a fileira Manga). 3. SELEÇÃO DAS MODALIDADES DE EXECUÇÃO PARA A COMPONENTE E DA(S) AGÊNCIA(S) DE EXECUÇÃO O presente convite para apresentação de Manifestações de Interesse visa lançar o processo de seleção de uma Agência de Desenvolvimento de um Estado Membro da EU e/ou uma Organização Internacional com competências e experiência de trabalho confirmadas nos domínios abrangidos pelo Programa, que agirá como agência de execução (total ou parcial) da Componente Guiné-Bissau do Programa de Competitividade da África do Oeste. As organizações interessadas são convidadas a responder através de uma nota sucinta realçando: a) As suas competências e experiência de trabalho nos domínios temáticos requeridos pelo Programa, especialmente em matéria de apoio à competitividade de fileiras agroindustriais; b) As suas capacidades administrativas, técnicas e logísticas para a gestão de projetos, em especial na Guiné-Bissau e/ou na sub-região; c) A abordagem e atividades que propõem para atingir os objetivos e resultados esperados da Componente Guiné-Bissau do Programa; d) A capacidade e disponibilidade para mobilizarem eventuais cofinanciamentos; e) Outra informação que considerem relevante. As Manifestações de Interesse deverão ser endereçadas por a Herve.ROUSSEAU@eeas.europa.eu e jose_mouta@hotmail.com, o mais tardar até ao dia 7 de agosto de Anexo 1. Grandes linhas do Programa de Competitividade da África do Oeste 2
3 ANEXO: GRANDES LINHAS DO PROGRAMA DE COMPETITIVIDADE DA ÁFRICA DO OESTE Durante a identificação e formulação da 1ª fase do Programa foram propostos os objetivos, resultados e atividades indicativas seguintes, que definem o enquadramento geral para a formulação das componentes nacionais consideradas para a 2ª fase. 4. LÓGICA DE INTERVENÇÃO 1.1 Objetivos O objetivo geral do programa (1 ª e 2 ª fases) é reforçar a competitividade da África do Oeste graças a um reforço das capacidades de produção, de transformação e de exportação do setor privado, em conformidade com as estratégias regionais e nacionais da indústria e das PME. O objetivo especifico é melhorar o desempenho e o crescimento de certos setores e cadeias de valor prioritários e serviços conexos, estimulando a sua contribuição para a indústria, o comércio regional, a exportação e a criação de empregos. As componentes nacionais do Programa incidirão sobre cadeias de valor a selecionar tendo em conta as prioridades aos níveis nacional e regional. 1.2 Resultados Para realizar este objetivo específico o Programa prevê dois resultados esperados principais que se reforçam mutuamente e que se desdobram em seis sub-resultados, aos níveis regional e nacional, tendo em conta o princípio da subsidiariedade: Resultado 1: As cadeias de valor nacionais e regionais são reforçadas graças a processos de produção e transformação sustentáveis, com maior valor acrescentado, baixas emissões de carbono e melhor acesso aos mercados (local, regional e internacional). Sub-resultado 1.1 (Nível nacional): A competitividade au nível das empresas é melhorada, especialmente através de uma abordagem de clusters. Sub-resultado 1.2 (Nível nacional): As organizações intermédias das cadeias de valor selecionadas são reforçadas e a sua prestação de serviços às PME é melhorada e alargada (qualidade, normas, novas soluções verdes, acesso aos mercados, etc.). Sub-resultado 1.3 (Nível regional): As articulações regionais entre os atores das cadeias de valor selecionadas são promovidas e as organizações intermédias regionais chave são apoiadas. Sub-resultado 1.4 (Nível regional): O sistema de infraestruturas regionais da qualidade é reforçado, com vista à promoção das questões ambientais. 3
4 Resultado 2: O ambiente de negócios é melhorado aos níveis regional e nacional. Sub-resultado 2.1 (Nível nacional): As políticas regionais em favor da competitividade são transpostas para os países e promovem um ambiente mais favorável para as atividades das empresas. Sub-resultado 2.2 (Nível regional): A política e o quadro regionais para melhorar a competitividade são harmonizados, formulados e monitorizados. Adicionalmente, as capacidades das Comissões da CEDEAO/UEMOA e dos Estados membros para assegurar uma gestão, coordenação e monitoria bem-sucedidas do Programa serão reforçadas. 1.3 Atividades Principais Para os resultados esperados 1 as principais atividades indicativas podem incluir: Nível Nacional: 1.1. Apoiar as MPME agrupadas nas cadeias de valor selecionadas na identificação e resolução de problemas específicos em domínios relevantes (por exemplo, desenvolvimento ou melhoramento do processamento industrial, economia verde, melhoria da qualidade e conformidade com as normas, desenvolvimento do comércio e acesso aos mercados, organização e profissionalização dos serviços logísticos, etc.) Capacitar as organizações intermédias para o desenvolvimento das infraestruturas de Qualidade e dos intercâmbios comerciais e para melhorar a resposta às necessidades das MPME das cadeias de valor selecionadas: Melhorar e ampliar a prestação de serviços dos organismos nacionais de apoio às empresas e das organizações profissionais; Reforçar a capacidade de elaboração e implementação de uma política nacional de qualidade eficiente; Melhorar e ampliar a prestação de serviços das instituições de formação profissional e de investigação, em especial no que se refere a tecnologias e processos com baixas emissões de carbono e eficazes na utilização dos recursos. Nível regional 1.3. Resolver as falhas de coordenação, criar melhores articulações regionais entre os atores das cadeias de valor e reforçá-las com uma dimensão regional, por exemplo: Encorajar o desenvolvimento de redes e a criação de plataformas regionais para a partilha de informações e boas práticas sobre as principais cadeias de valor; preparar estudos e análises para promover as cadeias de valor regionais. Desenvolver parcerias comerciais, redes, alianças e fóruns de negócios e investimento que interessem às empresas da África do Oeste, incluindo o engajamento da Diáspora (fóruns de comércio e de investimento da CEDEAO); encorajar o desenvolvimento de modelos comerciais nos setores prioritários da CEDEAO; aumentar as capacidades de apoio das 4
5 agências regionais e das organizações intermédias que tenham uma orientação regional para os sectores selecionados Consolidar o apoio contínuo e melhorar a capacidade da infraestrutura de qualidade regional para elaborar e aplicar as normas, por exemplo: Reforço das estruturas regionais de qualidade (Direção, Conselho da qualidade, Comité de normas, Comité de conformidade, etc.) Coordenar a infraestrutura de qualidade dos Estados membros e encorajar a organização em rede das unidades nacionais de qualidade (deve ser articulado com a intervenção 1.2). Para os resultados esperados 2, as atividades chave podem incluir: Nível Nacional: 2.1. Apoiar os países na transposição e implementação das políticas regionais em favor da competitividade (concorrência, investimento, soluções verdes, etc.) e na melhoria de um ambiente propício ao desenvolvimento das cadeias de valor selecionadas. Encorajar o uso de parcerias público-privadas. Nível regional 2.2. Apoiar o desenvolvimento institucional para a gestão/coordenação do Programa (quadro de resultados da política industrial) e as políticas de competitividade da CEDEAO, por exemplo: Apoiar a CEDEAO para coordenar e acompanhar a conceção e/ou implementação da estratégia industrial durável regional e a estratégia do setor privado; Apoiar a harmonização das políticas e da regulamentação da competitividade regional (concorrência, investimento). Articular com a intervençã 5
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